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Diz que à medida que a sua vida vai passando µ se encurtaµ, esta se
torna mais longa, enfadonha, cansativa, chegando mesmo a
compará-la a uma peregrinação, algo duro e doloroso ´a
peregrinação cansada minha!µ.
Vai se gastando a idade e cresce o dano;
perde-se-me um remédio, que inda tinha;
se por experiência se adivinha,
qualquer grande esperança é grande engano
O ´eu poéticoµ refere que, à medida que se torna mais velho, a vida lhe
traz mais dor ´Vai se gastando a idade e cresce o danoµ;
Diz também que com a idade, perdeu a única coisa que o animava
´remédio, que inda tinhaµ, perdeu a esperança, pois percebeu com a
experiência de vida, que a esperança é apenas um engano ´se por
experiência se adivinha,/ qualquer grande esperança é grande enganoµ.
( saber de experiência feito).
Vai se gastando a idade e cresce o dano;
perde-se-me um remédio, que inda tinha;
se por experiência se adivinha,
qualquer grande esperança é grande engano.
O sujeito poético refere que corre atrás de um bem, ´Corro após este
bem µ, talvez a felicidade, a esperança, mas que nunca o consegue
alcançar ´que não se alcançaµ e por isso, perde a esperança ´no meio
do caminho me falece,/ mil vezes caio, e perco a confiançaµ; O facto
de serem referidas as ´mil quedasµ leva-nos a perceber que muitas
vezes se desiludiu, mas que muitas vezes voltou a tentar.
Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança,
se os olhos ergo a ver se inda parece,
da vista se me perde, e da esperança.