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Presidente da Repablica 2" EDIGAO REVISTA E AMPLIADA Luiz Indio Lula da Silva Ministro da Cultura Juca Ferre Fundagao Muniz Soars Célia Porteia Coordenadora do Sistema Nacional de Sibliotecas Pablicas lice Cavalcanti (SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS POBLICAS/SNBP, instituido pelo pryre ' : residencial r® 620 de 13 de maio de 1992, tem como alo fortalecimento das bibliotecas piblicas do Pals. © SNBP assume como pressuposto basico para o desenv de suas agbes 2 funcao social da biblioteca publica. Essa pleno da cidadania, Rio de Janeiro, 2010 iia PEMIZAGRO FUNDAGRO BIBLIOTECA NACIONAL eS - Coordenad0 Geraldo Sistema Nacional de Bibvotecas Pabicas woncon isn! Lj PETROBRAS ISBN: 976-09-333.0896-.0 >> Preambulo ‘Nenhuma dessas novas técnicas de informagao e de comunicasao ¢ realmente adverséria do livro. A internet concorreria, em principio, com as bibliotecas, PRESIDENTE DA FUNDAGKO BIBLIOTECA NACIONAL >> Prefacio ‘A implementagio das politicas piblicas e culturais do Ministério da Cultura, tem sido. uw tri bbuicao social da Biblioteca Publica, de local publico aberto a transmissto do conbe- cimento, oferecendo oportunidades para o cidado que vém de encontro ao que € registrado no Manifesto da Unesco: “A biblioteca pibica 60 centro local de informagao, tomando prontamente aces- siveis aos seus utilizadores o conhecimento ea informagio de todos os géneros. (Os servigos da biblioteca piblica devem ser oferecdas com base na igualdade de acesso para todos, sem distingao de idade, raga, sexo, eligi, nacionalidade, in- {81 ou condisio social Servicos e materiis especificos devem ser postos & dis- posiclo dos utilzadores que, por qualquer razio, nao possam usar 0 servis ¢ ‘0s materiais correntes, como por exemplo minoriaslinguistcas, pessoas def- (ut arhive a orgiVBiathesofparchim, Dispontvel en 01.09.2008) A Biblioteca Piiblica leva ao individu o direito a informacao, & cultura ¢ aleitura «consequentemente ao seu desenvolvimento como sex humano, tendo a oportunidad de saber ocupar com consciéncia, 0 seu espago na sociedade. £ preciso, todavia, ter em mente que tanto a bibliografia especializada como & experiéncia apontam para a necessidade urgente do aprimoramento e atualizacio constante dos profissionais que atuam nas Bibliotecas Publicas fim de que os servi- 508 e produtos disponibilizados aos usuérios cheguem com qualidade e em tempo habil para atender as suas necessidades de informagao ¢ propiciar que as metas de desenvolvimento do individuo ¢ da comunidade sejam alcangados. lice G. M. Cavalcanti ‘COORDENADONA GRAAL DO sh'RD/#m3 >> Nota Explicativa A presente publicagio nao tema pretensio de exgotar todas as quesiGes que envoivem biblioteca piblica: outros trabalhos com ela relacionados deverdo ser escritos, sabendo- se de antemao que muito ainda teré que ser (eto, posto que mais que um dever, pro- piciar a educagio € 0 acesso a informacao € uma obrigagao inaliendvel do Estado. ‘O tempo urge, € 0 que ja se fez € muito pouco diante ueresta ainda por fazer. Este manual, que ora é lancado pela Biblioteca |, vem na sequéncia de ‘versoes anteriores: a primeira, de 1995, editada pel atender aos pelos feitos durante o IV Encontro do Sistema Nacional de Bibliotecas Pablicas, em 1994. Trabalho de bibliotecdrios dedicados & missao de gerir, organizar difundir a informagio ¢ 0 acesso aos bens culturais em todos os recantos de nosso pais, o manval, em primeira versio, contou com a contribui¢io de todos os partici- ppantes daquele Encontro Nacional, em especial, das jas Sandra Mendonca ‘€ Celia Domingues, do Rio de Janeiro; Gleyde Cost de Pernambuco; Rosa Maria de Sousa Lanna, de Minas Gerais, ¢ Mira Helena Beer Maia, de Santa Catarina. ‘Uma segunda versio, com algumas modificagées, foi publicada em Porto Alegre, em cdigdo limitada, com patrocinio ebtido pela Associagio Rio-Grandense de Bibliotecé- rosea terceira, embora com outra perspectiva, utilizou material técnico das versies anteriores, mas foi sensivelmente atualizada, reescrita ¢ ampliada com a inclusio de ‘novos capitulos, que se espera, sirvam de orientacio para a utilizagio de técnicas de preservagio e uso de novas tecnologias. ‘A obra atual, que conta com 0 Patrocinio da Petrobris, Projeto “Curso de Aper- feigoamento e Multiplicador dos Profissionais que atuam nas Bibliotecas Publicas do aie”, contém alguns acréscimos e atuslizagées ¢ ver atender as solicitages dos novos dirigentes das Bibliotecas Pablicas e profissionais da area, tendo em vista que as cedigdes anteriores estio esgotadas. ‘Cabe um agradecimento a todos aqueles que colaboraram paraa elaboracio deste ‘manual, em todas as suas verses. ‘Sandra Maria de Mendonga Domingues >> sumario CAPITULO 1 > A biblioteca péblica EVOLUGAO DO CONCEITO Noves parémetros Histérico NO BRASIL Programas de acbes & apoio a Biblotecas Pabiicas Sistema Nacional de Biblictecas Publices CAPITULO 2 > Gestio de biblioteca piblica MARKETING EM BIBLIOTECAS PUBLICAS Identificando 0 publico-alvo {A imagem da biblioteco Divuigagdo dos servigos da biblioteca Relacionamento da biblioteca com 0 governo local Relacionamento Biblioteca/Escola Pubicagies PLANEJAMENTO lanejando um servico para a comunidace Estudo da comunidade Entrevista pessoal Documentos legals e estrutura organizacional POTENCIALIZANDO RECURSOS Redes/Cons6rcios Parcerias Sociedade de Amigos da Bibloteca (SAB) ‘ADMINISTRANDO RECURSOS: geese seer ss BeSee sess Recursos humanos Quaiicagao, apertelcoamento e educarao continuada Voluntarios AVALIANDO RESULTADOS, Estalisticas dos servicos: Estatistica de frequéncia Esiaustica do movimento diario de publicagoes Relatério anual CAPITULO 3 > Um prédio funcional PRINCIPIOS GERAIS RECOMENDAQOES TECNICAS Parte eletrica, comunicagao e iluminagao Acistica Previsao de carga dos pavimentos Controle de tomperatura e umidade Defesa contra sinistros AREAS ESPECIFICAS DO PREDIO CCAPACIDADE E DIMENSIONAMENTO Capacidade das estantes Numero de lugares MOVEIS E EQUIPAMENTOS CAPITULO 4 > Formacao do acervo CRITERIOS BASICOS PARA A COMPOSIGAO DO ACERVO TIPOS DE MATERIAIS SUGESTOES DE MATERIAIS DOCUMENTAIS E BIBLIOGRAFICOS Obras de referencia Periédicos Folhetos Arquivo de recortes Estampas Material audiovisual. Multimeios Publicacdes eletrdnicas. Multimicia Objets reais Outros materiais sesss sae Sees, ersegereg ae BSRsSA22RsRe ea BB SELEGAO DO ACERVO AQUISIGAO Compra Dcagao Permuta Novas aquisigbes [AVALIAGAO PERMANENTE CCritérios para qualificag3e de obras rares Descarte ou baba Crescimento da colegao CAPITULO 5 > Tratamento técnico do acervo REGISTRO DE OBRAS Como registrar livros € folnetos ‘Como registrar perédicos Outros materiais INVENTARIO| Acerve tla Carimbos VIABILIZANDO 0 ACESSO A INFORMAGAO {A organizagio do acervo Processamento técnico Clessificagdo Catalogacto Definigio des elementos Cataloros Tipos de catdlogos Ordenago fisica do acervo, Linas Periticos Meterial audiovisuavmuttimetos EMPRESTIMO DOMICILIAR Consiceractes gerais Preparo do ivo para empréstimo Inscriglo do leitor Rotina pare o emprestimo e devolugao de obras BRI2> 328888 8 SSSSSRESSBESLLES Sasa sriaaa CAPITULO 6 > A biblioteca como centro de informagao ¢ leitura da comunidade SERVIGOS Senvigo de referencia e informacao Programa de formazBo e crientacBo de ususrios Servigo de emprestmo domicitar Senvigo de ouvoria Servigo de memoria local Sonigos especiass Servigos de extensao Servi de informagdo & cormuniade (SIC) Metocologia de impantacdo Servigos de ago cultural agente cultural ‘ividades cutturais ApresentacBo de pecas teatrais ou enceracio Apreseniagao de artistas e grupos de artistes locals Cubes de letra Concursos Exposipces Hora do conto Teatro de fanioches CAPITULO 7 > Preservagdo e conservagao do acervo Principais agentes de deterioragso de acervos documentais, Procedimentos em caso de desastres ‘Acondicionamento para preservago ‘Tratamento de documentos fotogréticos CAPITULO 8 > Informatizacao Proceso decis6rio ‘Areas de trabalho especializadas ‘Acesso ¢ disseminapao de informagBes Aplicazo na drea de preservaco Escolhe de equipamentos Programas Participagao en redes e consércios ANEXOS ANEXO 1 Enderazes dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Pablicas ANEXO 2 Modelos de Projetos de Integrago Biblioteca/Comunidede 2 serem adapiados & situac3o local |ANEXO 3 Formulério de Pesquise para conhecimento da comunidade AANEXO 14 Clesstficacéo decimal de Dewey ANEXO 15 Alfabetacdo [ANEKO 16 Calendario Cultural BIBLIOGRAFIA CONSULTADA A biblioteca publica A informacao, desde o sea dios 6a cvilizacao, €4 matéria prima do processo de de obter informacio e gerar con ‘temporénea, onde informagao ¢ poder: No e rencas sociais ¢ econbmicas entre os que possuem informagio e aqueles que estio estituidos do acesso a ela. Dentro deste contexto, cabe a biblioteca publica atuar, ‘como instituigio democratica por exceléncia, e contribuir para que esta situagio nko ‘se acentue ainda mais e que a oportunidade seja oferecida a todos. Assim, a biblio- teca piblica deve assumir © papel de centro de informasio e leitura da comunidade ‘com esse objetivo. As bibliotecas, em geral, so classficadas de acordo com as fungdes que desempe- rnham, 0 tipo de leitor para o qual direcionam seus servigas ¢ o nivel de especializacaio de seu acervo, Séo identificadas como bibliotecas nacionais, universtérias, publicas, cescolares, especiais ¢ especializadas. Como, po! ‘tem como fungio apoiar o desenvolvimento visam atender aos alunos, professores ¢ fun« coleséo voltada para 0 ensino ea pesquisa. A biblioteca €, pois, uma instituicdo que agrupa e proporciona 0 acesso 20s regis- ‘ros do conhecimento € das ideias do ser humano através de suas expresses criado- ras. Como registros entende-se todo tipo de material em suporte papel. sa ico sda ramparts ges eorrenten oeeesa & comunidade em sua totalidade. << A biblioteca publica € o espaco privilegiado do desenvolvimento das praticas lei- toras, atravésdo encontro do leitor com o livro forma-se o leitoreritico ¢ contribui~ se para o florescimento da cidadania. Evolugao do conceito 0 conceite de biblioteca piblica haseia-se na igualdade de acesso para todas, sem res- trigao de idade, raga, sexo, status social etc. ena disponiilizagao a comunidade de todo tipo de conhecimento, Deve oferecer todos os géneros de obras que sejam do in- teresse da comunidade a que pertence, bem como literatura em geral, além de infor- rmagies bisices sobre a organizago do governo, servigos piblicos em geral © ‘publicacdes oficiais. A biblioteca publica ¢ um elo entre a necessidade de informagao_ ‘de um membro da comunidade ¢ o recurso informacional que nels se encontra orga nizado e a sua disposicao. Além disso, uma biblioteca publica deve constituir-se em um_ ambiente realmente pablico, de convivencia agradivel, onde as pessous possam se en- contrar para conversar, trocar ideias, discutir problemas, auto instruir-se e participar e atividades cultura ede lazer. Assim. as bibliotecas ptiblicas caracterizam-se por: 1) destinar-se a toda coletividade, ‘ao contrario de outras que tém fungdes mais especificas; 2) possuir todo tipo de material (sem restrigdesde assuntos ou de materiais): 3) se subvencionada pelo poder publico (Fe- eral estadual ov municipal), Hla difere da biblioteca comunitaria/populr, que surge da comunidade eé por ela gerida, sendo o atendimento fio, geralmente, por vokuntrios. Novos parametros Frente ao conceito de biblioteca publica enunciado no Manifesto da UNESCO, torna- se evidente o papel da bibliotecs publica no Brasil de hoje ~ como « mais democrd tica institaigdo de cardter cultural e educacional a qual, sem diivida alguma, tem 3 Espers-se que desempenhe com eficdcia sua fungao social de centro de leitura € informacio, eabendo rescltar que, ao cumprir este papel. abiblioteca publica estaré, 1. PERIODICD DO SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTBCAS PUBLICAS. Bibiotes piblica Unesco, Manifeotoy 1994. Ro de Janie: Fannagho Biblioteca Nacional. 1.1, ago 1995. Encart especial >>18 certamente, atuando nas comunidades problemas deste nova Sociedade, que € interna de cada nacio, entre ricos e pobi a informasao ¢ regida pelos mesos fatores estruturais ¢ geopoliticos do sistema produtor de riquezas”® ‘minimizar, um dos mais graves de aprofundar a desigualdade “O fim do século esté trazendo a tona uma nova reorganizagao dos modos de produgao e negocios ¢, consequentemente, da economia, da sociedade e da politica. Esia mudanca profunda toma por base as ideias, a informagao, 0 co- ‘mhecimento, a busca da eficiencia e 0 inevitdvel risco que todas as instituicoes tém de enfrentar para garantir seu espaco e nele avangar. A globalizagio ine- xordvel que estamos sofrendo tem como principal componente tecnolégico e in- dustrial a computagao, a informagio ¢ a comunicagdo, ¢, no caso de paises da complexidade e dimensao do Brasil, ¢ preciso acto muito répidae eficiente para que nao apenas soframos este processo. Deste modo, é importante a formula- 0 de uma estratégia de governo para conceber e estimular a insergao ade quad da sociedade brasileira na sociedade da informagao™ Pee ena near a ab- Historico Crinda iada na Inglaterra como consequéncia da Revolisio Industrial, no final do sécule 2. SOCTEDADE da informagte: citncis e tecnologia para sconstrusto da wociedade da informagte ne Brasil. [Brasil IBICT; S40 Paulo: Insiato UNIEME, 1998. 168 p ‘3. Ihidem, p27 19>30 Marketing em Bibliote _Abiblioteca poblic ainda ndo faz part ‘0 banco, a igreja € 0 hospital. £ necess ‘usuirios em potencial. Deve ter seuss pelos politicos pelo publico em gerl ‘Suse atividades precisam também s Ieitores habituais €eventuais, desperta: ver seus servigos, encorsjando 0 uso & [A divulgacio dos servicos da bibliotec: tempo, mas de uma mancira empiric ov ‘soal de expandir seu uso, do que da utili: (© marketing é 0 trabalho de plane dades de uma organizacio, visando est: dor de seu produto ou com 0 usuério Identificando o pal ‘As ages da biblioteca deve ser a de marketing: mudanca de atitudes d= de suas expectativas e necessidades; 1c tio; controle eavaliagao. ‘Sao bem conhecidos em marketin motion), que em portuguss se tornam ‘do tempo do usuario), praca (bibliotec plificados, (ver Anexo 2~ Modelos de serem adaptados & situago local). Publicas sagem urbana comoo fazem 0 correio, ue ela se faca conhecer para atingir os valorizados pelos que tomam decisio, Igadas para manter 0 interesse dos seus resse de leitores em potencial e promo- quea biblioteca necessita. «jd vem sendo fetta, por muitos, ha muito va. Besa. agio resulta mais da vontade pes- ‘éenicas apropriadas de marketing 0, implementagio e controle das ativi- + uma relagio de troca com o consumi- servigo. ‘que, por principio, a biblioteca publica a0 desejéveis de serem oferecidos hoje do apresenta-se como instrumento es- ‘m grupos, de acordo com suas afinida- > 3a Planejamento planejamento pode ser definide como um conjunte de téenicas, métodos e proce- «dimentos que objetivaintervir de forma programada por meio de planos, programas «projetos. Plano — conjunto de informag®es sistemicamente ordenadas que estabelecem os abjetivos e politicas geraisreferenciadoras de programas c/ou projctos. Programa — conjunto de informagdes setorialmente organizadas que procuram operacionalizar os objetivos do plano por meio de projets. Projeto — conjunto de informacées delimitadas no tempo, espaco ¢ recursos para a execugdo de agoes setoriais, “Toda situaco de planejat seu bojo uma insatisfagdo ¢ um desejo de onde mudangas, ou seja a Tm EE octet TT tia oe i da situacio atual) objetiva-se empreender a uma série de processos para atingir uma si- tuagio almejada no futuro. Na maioria das vezes, um pla visio a longo prazo existe de mar formal na “cabega” das altas gerénci cas publicas, pode-se chamar de altas: Noentanto, ¢altamente desefével que seja estabelecido, formalmente um Plano de Desenvolvimento para a Biblioteca com uma visao a largo prazo ~ normalmente este raz é de 4 2 S anos - onde esteja formalmente expressa 4 situasSo almejada no fu- Por outro lado, deixar formalmente re- ca sistrado 0 “desejo” eas expectativas que a Spernclona! _comunidade tem em relagio a biblioteca, plano. de certa forma pode ser um instrumento preciogo para evitar a descontinuidade de trabalhos em épocas de mudancas de pre- : a fet clou eredrios de cuture. impor g tante enfatizar que 0 em jento destas sltas geréncias & fundamental, portanto, sempre que acontecerem estas mudangas governamentais, procure o prefeitoc/ou o secetério para que est visto largo praz0 seja revista em conjunto com eles. ‘E importante que 0 plano de visio macro, ou sea largo prazo, reflta os valores, idesis, titades politieas da nova administracdo. E possivel imprimir a “marca” desta nova admi cedidos em sua implementagao. Sugira acrescentat algo aos programas ¢ projetos em. ‘curso que reflita essa nove administragio, ou a criagio de novos programas ¢ proje- tos que imprimam a ‘marca’ e vendam a imagem da nova administracio. Se possvel, estabelega, formalmente ao menos, missto da biblioteca publica em sua comunidade. ‘A melhor maneira de implementar este Plano de Desenvolvimento para a Biblio tcca é de forma participativa. Monte uma equipe onde estejam envolvides represen tantes dos segmentos mais representatives de sua comunidade & de extrems importincia 0 envolvimento das altas geréncias nesta fase do planejamento, ou se}, neste macro planejamento, Se existe uma Sociedade de Amigos da Biblioteca, certa- mente ele também devers ser envolvida, Alguns conceitos importantes: Misslo — a missio estabelece a rario da existéncia da biblioteca na comunidade. [Esta deve ser definida de forma bastante abrangente de modo que sj vilida como ele- ‘mento norteador de todo o processo de planejamento a longo prazo. Mais uma vez ¢ importante conhecer as necessidades de informasao ¢ expectativas da comunidade ‘com relago & biblioteca -Exemplo ~ A Missio da biblioteca publica municipal pode ser assim estabelecida: asscgurar i comunidade, através da promogio do acesso amplo e democritico & in- formacdo, elementos para sea desenvolvimento econdmico ¢ social: ‘Combase nesta missio sero estabelecidas as politicas, objetivos. fungdes aserem >ae a 1 histériea da comunidade nos sltimos anos, desenvol- vvimento econdmico e social (principalmente tendéncias ¢ ciclos de crescimento, ‘como subsidios para melhor compreensie da situagao atual); + dados demograficos: mimero de habitantes, sexo, idade, cardter urbano ou rural da ‘comunidade, condigies de moradia (numero de habitantes em favelas c/ou con- juntos habitacionais populares); populagio, incidéncia de desemprego, existéncia de indiistrias, bancos ¢ ‘em geral (esses dados além de proporcionar inf formasbes sobre « ‘comerciais ¢ de servigos, horitios do comércio, existéncia de feiras semanais; + dados sociais: existencie de instituigGes sociais de qualquer tipo, orfanatos, asilos para idosos. presidios, ONGs (Organizagbes Nao Governamen! ais), associagdes (Lions, + dados educacionais: nivel de escolaridade da populacio, taxa de analfabetismo, exiténcia de escolas on instituicbes de ensino governamentaisou privadas dos di- da comunidade, eventos culturais realizados com maior frequéncia,jornais locais, emissoras de ridio e/ou televisio, ivrarias, editoras, outras bibliotecas; 3 << «+ dados sobre transportes e comunicagSes: principais meios de transporte, princi- puis estradas, servicos de comunicagio como telefonia, correio, TV, ridio, Internet.; «= dados sobre servigos basicos: agua, esgoto, cletricidade, sade (existéncia de hos. pitais, postos de sade etc.) Entrevista pessoal [Asentrevistas pessoais deve limitar-sea um ndmero reduzido de pessoas selecionadas demodo a obter-se uma pequena amostragem dos diferentes segmentos da populacic. Portanto, ¢ fundamental selecionar entrevisiados influentes na comunidade, que ‘ocupem cargos de diresao nas instituigées ¢ empresas locais. permitindo conhever as expectativas existentes sobre a biblioteca, do ponto de vista ofici rucional. Para completar « amostragem, as entrevistas restantes deverio ser feitas com pessoas da comunidade de diferentes segmentos socioecondmicos ¢ distintos grupos de excola- ridade, profissdo € sexo. ara entrevistas com pessoas da comunidade em geral,€ aconselhdv {questionsrio padrto (ver modelo Anexo 4 ~ Questionério padrio para revistas devem ser planejadas com antecedéncia. No caso de autori- ‘comunidade é necessério preparé-las individualmente de acordo tom ates de expecaliacho da pesou abt entreviia. Documentos legais e estrutura organizacional c/ou fundagdes culturais, as quais destinam recursos humanos, financel- jas para sua manutengio. .ca piblica municipal deve ser criada por lei municipal, de iniciativa do prefeito ou da ciara dos vereadores, motivada pela comunidade. [A Le’ de Criagdo (Anexo 5 ~ Modelo de lei de criagao de biblioteca publica) cons- titui o primeiro documento legal da biblioteca, oferecendo-the amparo legal, regula- mentando e padronizando sev funcionamento. ‘Varios outros documentos complementam a Lei de Criagio, regulamentando suas atividades administrativas: + convénios, como os efetuados com os sistemas estaduaiss + regulamentos (Ver Anexo 6 ~ Modelo de regulamento da biblioteca); + regimentos: incluem as politicas adotadas (objetivos, prioridades, servigos), as po- Iiticas de aquisisio e as estratégias de interacio com a comunidade; ‘+ manuais de servigos incluindo rotinas ¢ descrigao de tarefas dos funcionsrios; >> 40 «+ tas de reunides administrativas; + livro de decisoes decorrentes de reunioes administrativas ou tcnicas; + projetos em estude. Cabe a0 responsivel pela biblioteca organizar estes documentos num arquivo ad- rministrativo, visando preservd-los e faclitando sua localizagao e uso, ‘Lei de Criagio estabelece a ligngBes essenciais dentro da estrutura organizacio- nal, Numa biblioteca de medio a grande porte, o organograma (grafic representativo ‘da estrutara de um érpic) pode ser departamentalizado por fangées,finslidade, clien tela e servigos. ‘Varios modelos podem ser utilizados, come o exemple a seguir: Pessoal at ‘manurena0 | stendimento Servos de Extensa Procestos Técnicos Refertocia« lnormac3o Bibliotecas Ramais, ‘Preceragie Coprtaine | Caro Biblioteca ‘Aividades Cuturais Serviges & Comuni¢ade Figura 4 ~ Exemplo de organograma Potencializando Recursos Redes/Cons6rcios/Parcerias A biblioteca publica nao pode ser uma instituigao isolada, ilhada em si mesma. No contexto da sociedade atual seus servigos nao devern estar restritos a0 eu acervo, Para atender a necessidade de informasao da comunidade,a biblioteca deve utilizar os mais variados recursos. £ fundamental trabalhar em rede com diversos organismos, bem como organizar ‘se, em Ambito estadual. participando dos Sistemas Estaduais de Bibliotecas Piblicas consequentemente,integrar-se ao Sistema Nacional de Bibliotecas Pibicas. tante também integrar-se a outros sistemas ou redes, por exemplo,as bibliotecas uni- versitérias da rezigo, ou a bibliotecas em redes sistemas ampli sua capacidade de acesso i informagio e sua 4l<< ‘atuagdo fora de seu espago fisico. Possibil através do compartilhamento de recursos, o barateamento de custos \cionalizacao de servigos¢ recursos. ‘A biblioteca deve trabalhar com suas congineres em sistema de parceria. Essas par- cerias devem ser formalizadas através de convenios que estabelegam os compromis- ‘503 firmados, garentindo desta forma 0 cumprimento dos mesmas ¢ a manutengio € continuidade dos programas e projetos desenvolvidos dentro desta filosofia de traba~ Iho. Por exemplo: pode-se fazer um convénio de parceria entre bibliotecas para am- pliar a colecdo de revistas. Através deste convénio as bibliotecas comprometem-se a assinar revistas€ « cumprir as rotinas de empréstimo entre bibliotecas, de acordo com 0s critérios estabelecidos no convénio. Neste tipo de convénio uma biblioteca com- promete-se a fazer as assinaturas de determinados titulos, enquanto a outra encar- rega-se de assinar outros titulos. Este procedimento, certamente ira otimizar 0 intercimbio entre as parceiras, potencializar o acesso i informasio pelos usuarios das ‘duas bibliotecas e redundaré em economia de recursos para as dua. Sociedade de Amigos da Biblioteca (SAB) {A Sociedade de Amigos da Biblioteca (SAB) ¢ ums associagio sem fins lucrativos cons- tituida por membros da comunidade que decidem voluntariamente unir seus esfor- {G08 para apoiar a biblioteca no seu trabalho difrio, visando a otimizayio dos servigos prestados. Fo instrumento mai tante para agilizar a gestao da biblioteca ¢ 0 ‘mais eficaz canal de comunicagao ragio com a comunidade, promovendo um ‘lima favordvel em relaglo a biblioteca. Da mesma maneira, ¢ importante seu apoio 208 contatos da biblioteca com 0 governo local da qual depende. Seus Srgios diret: ‘vos devem contar com a participacao de lideres de diferentes segmentos da comuni- dade representantes das areas cultural, educacional, comercial, industrial, ONGs grupos religiosos, lubes de servigo ~ fortalecendo e ampliando, desta forma, sua ca- pacidade de didlogo com a comunidade. ‘A.cxemplo do que acorre com escolas, as SAB esto cada ver mais disseminadas ¢ constituem um grande apoio para a execusao da politica de biblioteces,a realizagio de suas atividades culturais ecaptacio de recursos. Este objetivo éalcancado estimulando 2 iniciativa privada para que dé seu apoio financeiro a biblioteca ou promovendo even- tos que proporcionem recursos adicionais 20 seu orcamento. Um modelo de estatuto de SAB (Anexo 7 ~ Modelo de estatuto de Sociedade de Amigos da Biblioteca Publica) ‘excmplifica as caracteristicas, afinalidade e 0 funcionamento de uma SAB. Administrando os recursos Recursos financeiros Os recursos da biblioteca publica provém de orsamento municipal ou estadual sendo «que algumas bibliotecas tem dotagdo prépria no orcamento de suas secretarias. Os responsiveis podem ser ordenadores de despesas, tendo que apresentar, anualmente, ‘ proposta orcamentiria. Embora esta seja a situaco ideal, a maior parte das biblio- tecas depende de outras unidades municipais ou estaduais para efetuar seus gastos, 0 que limita sobremaneira sua atuacio, Talve2, esta dependéncia seja uma das causas do desenvolvimento limitado das bibliotecas em nosso pais, sendo necessério um grande «sforso pelo responsivel para que a biblioteca tena seu pr Face as limitagpes de verbas pablicas pode depender unicamente delas, necessitando dispor de recursos Onde procurar estes recursos? taduais de financiamento de projetos. A lei federal de incentivo & Rouanet, Lei $313, de 23 de dezembro de 1991, é um étimo instram: ciamento de projetos. Sugere-se a leitura da publicagio “Guia pritico projetos culturais”, de autoria de Anténio Leal e Renato Oswaldo Kamp, que esclarece quais sio 0s mecanismos. ‘Com as leis de incentivos fitcais os empresirios tim demonstrado interesse em projetos apresentados pelas bibliotecas. O patrocinio de projetos deve ser apresentado As empresas também como ums oportunidade de publicidade de seas servigos e pro- dutos. Esses projetos podem encontrar receptividade entre os proprietarios de em- presas da comunidade, principalments daquelas relevantes para a operagio da biblioteca ou seia, livrarias, bancas de jomnal,lojas de brinquedos e de musica, lojas de lembrangas, agéncias de turismo. Orgamento ‘A municipalidade ou o estado s6 concede verbas para a biblioteca piblica se a mesma for considerada como um servigo relevante paraa populagao € se 0 orgamento for apre- sentado com metas bem justficadas.O trabalho de relagSes pibicas com as autorida- des responsiveis primordial pare a dota;ao oxeamentiria da biblioteca. No orgamento ser repartido entre educacdo. sade, transporte, cultura e outras reas, ftia de cada ‘um é muito pequens, mas pode se tornar ainda menor, ou ereser de acordo com 0 de- sempeno da biblioteca frente a populacio e as autoridades governamentais. a3<< Tipos de verbas pailicas [As verbas paiblicas sio separadas em diferentes tipos: material permanente, material de consumo, servigos. Material permanente é todo o material que forms o patrimé- aio pablico, como moves, equipamentos, livros e revstas etc. (© orgamento para material de consumo inclui material de escritrio, material de limpeza ¢ produtes utilizados para a conservacio do acervo. (Os servigos de teresiros incluem despesas de: luz, Agua, telefone, correio, trans porte, limpeza ¢ seguranca e outros servicos tais como: manutencao de equipamen- 10s, encademagio, contrato de professores¢ artistas, podendo ser efetuados através da contratacao de pessoas fisicas ou juridicas Recursos humanos A biblioteca deve ser um servigo de utilidade publica. Para que desempenhe este papel 4 comunidade a reconheca como tal, deve buscar a qualidade dos seus servicos. Esta qualidede € diretamente afetada pelos seus recursos materiais(instalagbesfsicas, mo- bilidcio, equipamentos, acervos etc.) ¢ humanos, sendo importante investir na quali- ficagao de seus funcionérios. s funciondrios que nela atuam devem conhecer bem 0 acervo, 0s servicos que a biblioteca presta e serem treinados para lidar como ptblico, Para isso sto necessérios alguns conhecimentos bisicos sobre principios ¢ normas de relagbes humanas, Fun- iondtios qualificados e atenciosos sdo elemento primordial para um bom atendi- mento € o desempenho efetivo ¢ eficaz das funcdes da biblioteca piiblica. © responsivel por uma biblioteca deve ser um biblicte:ério, ou sej, profissional ha- bilitado legalmente. O papel do responsivel pela biblioteca € de contribuir para o desen- velvimento da comunidade explorando a0 maximo os recurses de que dispde, mesmo cescassos, para satisfazer is necessidades de informagao dos membres da comunidade. ‘Os municipios com populagdo acima de 5000 habitantes devem ter, no minimo, um bibliotecirio profissional, e2 técnicos em biblioteconomia (Ensino Médio). (Ver ‘Anexo 8 Atribuigdes do técnico em biblioteconomia). Pequenos municipios nio possuem condigées de arcar com as despesas de um pro- zniimero determinado de municipios de uma mesma divisio adi préximos e acastumados a trabalhar em conjunte, podem cont tecério supervisor ; +o estado 40 qual pertence o municipio pode contratar biblitecirios supervisores sede da divisto administeativa, que atenderia 0s municipios integrantes daquela divist. de outros municipios, ou manter uma equipe supervi po ad Compete ao responsével pea biblioteca, alm de suas fungdes tenicas: + obter fundos, labora projetos + coordenar servicos administrativos:servigos gerais de escritério, arquivos internos (expediente, finangas, pessoal), correspondéncia, compra de material e contabill- dade, manutencao, limpeza e seguranca do prédio: ++ avallar as estatisticas € 0s resultados do trabalho da biblioteca; ‘+ distribuir e definir as tarefas dos funcionérios e saber aproveitar as potencialida- des de cada um. Cuidar do aperfeicoamento profissional ou técnico do pessoal. Desenvolver em todas a auto-estima pelos seus servigas e pela biblioteca. Manter ‘0 espirito de trabalho em equipe. ‘Algumas recomendagves uteis: ++ reunides regulares com a equipe da biblioteca s40 um bom método de solucionar {graglo. A troca de experiéncias 6 sempre um fator de enriquecimento dos conhe- ‘cimentos da equipe; + algumas qualidades devem ser estimuladas na equipe: consciéncia social, flexibi- lidade, adaptabilidade, capacidade de andlise, curiosidade mental, iniciativa, uma ‘boa dose de bom humor e criatividade; + dentre as qualidades acima, a criatividade € um fator indispensavel para o desen- volvimento de qualquer empresa, precisa ser estimulada em toda a equipe. Esta ‘qualidade ¢ de grande utilidade na administragao e na prestagao dos servigos da bi- blioteca, onde muitas vezes se esbarra com dificuldades para seu funcionamento. ‘© primeiro pasto para ter novas ideias ¢ inovar é acreditar que se pode ser criative. (0 responsivel pela biblioteca deve sempre dar oportunidade aos funcionatios de apre- sentarem novasideias ou proporem mudangas ou adaptagées, que venham melhorar ‘0 desempenho ¢ otimizar os trabalhos ov a qualidade dos servigos prestados. Sugestdes sobre orelacionamento com o publico para que a biblioteca tenha uma boa imagem junto a comunidade: + As pessoas que atendem a0 piblico so 0 cartio de vistas da insttuicio e ¢ pelo tipo de atendimento, que a maicria dos usuarios julga uma instituicdo. De nada ‘adianta a biblioteca ter um acervo rico ¢ instalagées perfeitamente adequadas se 0s, funcionarios que nela trabalham nio prestam um bom atendimento ao puiblico; + A cordialidade & um comportamente primordial do funcionirio no seu relacio namento com o usuario. O modo aftvel de receber um letor,o contato do olhar, 45<< + Procure encontrar dificil meio termo entre deixar Ieitor A vontade e,a0 mesmo tempo, senecessirio ou solicitado, dar-Ihe plena atengio.A pergunta : “Ser quetem aqui livro tal?” merece mais do que uma simples respasta: “Procure no catélogo”: * A tranquilidade deve ser uma atitude constante do funcionério. Atitudes extremas somente devem ser tomadas se 0 usuario assumir comportamento desrespeitoso «em relagdo as pessoas ¢ destrutivo em relagao ao acervo € ao patrimonio da bi- Dlioteca. Normas e regulamentos so instrumentos necessérios ¢ especialmente ‘iteis para orientar decisOes € apoiar atitudes dos funcionérios em tais ocasides. Qualificagao, aperteicoamento e educacae continuada (© responsivel pela biblioteca nao pode, por sis6, sera nica pessoa envolvida com 0 aperfeigoamento de pessoal. Deve procurar apoio das pessoas da comunidade, bem, ‘como estabelecer parcerias com outras instituigoes, como por exemplo universida- des/faculdades, especialmente as escolas de biblioteconomia, educacio, administra ‘qo, letras e outras, (Ver Anexo 9~ Escolas de Biblioteconomia) AA participacio, quando posstvel, do pessoal da biblioteca em encontros, seminérios, ‘congressos e reunices ¢ sempre util para o aperfeicoamento profissional da equipe. Voluntérios Um curto de encadernasio e/ou reparot em livros, por exemplo, pode despertar o in- teresse de alguns participantes para que ofereca os seus servigos por algumas horas por dia, Uma mie que acompanha o filho pode ficar entusiasmada com 0 atendi- No entanto, no € $6 gostar de ler e aparecer de vez em quando, que faz de um usuério, um voluntério. Bote precisa se comprometer a ter um horirio fixo depen: dendo de suas disponibilidades, e aceitar as normas que regulam o funcionamento da biblioteca. £ necessério um termo de compromisso, e que no mesmo se esclarega ¢ caracteristica de nao prestador de servico pablico do voluntério. >>a6 Avaliando resultados CCabe ao responsivel de biblioteca, além de dirgi-a,acompanhar os trabalhos verif- cando se estdo sendo feitos de acordo com as normas € regiments internos, se os lei- tores extdo sendo bem atendidos; sea colesio ests atvalizadas ea biblioteca est limpa e ordenada etc, Para controle ¢avaliagSo dos resultados e comparacio com os objetivos estabele- sempenho servindo, também, para justificar pedidos de aumento de funcionsrios, de verbas para as atividades etc, Estatisticas dos Servigos Para essa avaliacao, devem ser computados diariamente os seguintes servicos, preen- chendo-se a folha anexa: [Niimero de publicagdes adquiridas registradas, catalogadas, classificadas; Fichas datilografadas ¢ inseridas (ou registros feitos em computador); (Obras preparadas para empréstimo, FOLMA DIARIA DE SERVIGOS ANO Mes ‘ia | obras adguiriéas| n° de obras Fichas. aman | ompte | negunam | casientee | comitinim | Map e/enrinine | Dtegsite | neta Figura 5 ~ Folha disria de services executados MODELO N°. 100 ar<< Estatistica de frequéncia ‘Também, diariamente, deve-se anotat: ‘+ Niimero ou quantidade de inscrigBes; + Numero de frequéncia de usuarios; + Numero de empréstimos; + Numero de consultas. [No fim do més, esses dedos servirso de base para a elaboracio da estatstica mensal. Teale Figura 6 ~ Folha de controle de frequéncia Modelo no. /00 >> 48 Estatistica do movimento diario de publicagées Essa estatistica serve para auxiliar no julgamento do movimento de uma biblioteca ‘e,até mesmo, para saber que assuntos slo mais procurados e quais os horétios de maior frequencia. Manna Tarde ite Figura 7 ~ Estatistica do movimento didrio de publicagtes: ‘Como utilizar este modelo: + no fim de cada expedicnte (manhai tarde, noite) todas as obras consultadas devem ‘star sobre as mesis, para que 0s funcionérios {jamais 0 préprio leitor) as colo- quem nas estantes; + essas obras devem ser separadas de acordo com a sua classficacdo geral (tal qual ‘consta no modelo), contadas ¢ anotadas nas folhas; + apés contabilizadas, as obras podem ser recolocadas nas estantes. No fim do més, deve ser preenchida uma nova folha em que o item data repre~ sente o més, Nela se daré 0 somat6rio de todo movimento ocorrido naquele mes. Caso a biblioteca possua computador, esse trabalho pode ser feito através de algum programa especifico. O Excel, do Office € muito bom para estatistica pois permite a ela- boracio de grificos que auxiliama visualizara atuagio da biblioteca més a més, ano aano. a9<< Relatério anual (0 relatorio anual compoe-se de duas partes: «+ asoma de tados os dados estatisticos dos relatorios mensais, sendo estes efetuados ‘por pessoa encarregada de todas as estatisticas (didrias ¢ menssis) ¢ que devers consolidar o relat6rio anual. + outros dados que permitam uma avaliaga0 dasatividades da biblioteca: resultados ‘aleancados através de projetos desenvolvids, 0s principais eventos culturais rea- lizados, as dificuldades encontradas, as solugdes implementadas para problemas ssurgidos, as derrotas eas vtérias ete. Deve ser um retrato do que aconteceu durante oano. ‘As informagbes devem ser completas, porém claras, exatas, compreensiveis ¢su- cintas (um relatério confuso e/ou longo demais, ninguém Ie), tar de um assunto por vez, com um pardgrafo para cada ideia 0 ser usados gréficos, menos rides que os simples dados ‘um desempenho, ‘Um relatério bem feito ¢ completo pode reverter em grande beneficio para a bi- blioteca, na hora de solicitar verbas para aquisigao de obras, para conservagao € para ecuperagdo de acervo, bem como para requerimento de material de consumo, ins- ‘trumental téenico, moveis et. (Os relatérios de ume biblioteca publica nfo sio feitos apenas para serem arquiva- dos. Devem ser, pelo contrério, amplamente divulgados na comunidade, enviando-se copias ao érgio mantenedor, dimprensa local ete, chamando atengio do piblico para ‘o questa sendo feito pela biblioteca. Um prédio funcional De posse de um perfil demogrifico e sociocultural da comunidade, pode-se avaliar ‘quais serio as demandas de informacio ede servigosa serem oferecidos pela biblioteca. O planejamento poderé prosseguir estabelecendo-se an iretrizes quanto a ins- + o.ambiente da biblioteca deve ser funcional e agradével, ea disposicio dos méveis «€ equipamentos deve refletir esse clima, nao dificultando, por exemplo, a circula- ‘lo de usuérios ¢ funcionérios; desenho, 0s limites do espaso fisico ocupado pela biblioteca ¢ sua snvizinhas . vnamento das janelas deve levar em conta aentrada de luz natural ea ven- tilagao do ambiente, Recomends-se que 0 acervo no seja colocado muito pro ‘ximo is janelas ou diretamente exposto 20 sol, evitando © possivelextravio de obras cea sua deterioragie pela agd0 do sol, vento ¢ umidades « o piso deve ser de material resistente ede ficil onservagio. Nos lugares de clima {quente ¢conveniente utilizar material que no concentre calor como pisos de c= rimica, granilite (Korodur) ot até mesmo o piso cimentado com corante, que ainda uma boa opeaes «+ materiais coloridos dao vida a biblioteca. Exemplos: uma parede de cor diferente ‘ou mobilidrio com cores especificas para as diferentes &reas dos diversos servicos: «biblioteca é uma insttuicio dindmics; portanto, ao elaborar 0 projet, se ele de teforma ou construsio do prédio, um dos atributos essenciais a serlevado em conta és flexbilidade. Assim, é importante prever, através de projetos lexiveis Futaras expansdes do acervoe deserviges. A fexbildade pode ser obtida num espaco livre, sem paredes fixas, onde podem ser efetuadas modificagdes ambientais. Recomendagoes técnicas Parte elétrica, comunicagao e iluminagao tc dtrice deve cbedacer a normasoficisis, No caso de adaptagio de pré- porém, sem credenciamento para a tarefa. Revisoes periédlicas devem fazer parte da rotina de manutencio, tanto em prédios novos como em reformados. Quando algo de anormal for detectado, o+ consertoe “deve set providenciados, com a méxima urgéncia,a fim de evitar a ocorrencia de ‘algum sinistro.e maiares prejuizos a0 acervo €a0 prédio. ‘locas dos telefones devem ser especificados assim como 0s dutos ¢ “equipamentos, rede l6gica ¢elétrica, antena de televisio, computado- ‘ndo-sefios espalhados pelo chio. Caso seia necessirio, prever telefones ivros € as lampadas evita 0 risco de ‘era o processo de envelhecimento Acistica Existem melos de reduzr, ao minime, os ruidos dentro da biblioteca ‘mento actistico ou por disposicao adequada do layout. Prever o isola leitura de qualquer atividade de natureza ruidosa, tais como: sal infantil, oficinas ete. Pr iso de carga dos pavimentos Se biblioteca for construda em prédio de mais deum andar ¢ importante, ¢ mesmo a ae re ete trutura do pred o peso das estantes¢ dos livros. Essa anise deve se feta por um ceipettnecnctactiopidnng geri oie da URsR/ AEN -eonagents do sobrecarga de cada andar superior ¢ de 700 (setecenos) quils por metro quadrado, ee ea ee ame do espaco, podem-se construir mezaninos. Controle de temperatura e umidade eared eaeeeen erie eterna + a temperatura entre 16 19 graus centigrados result ena pees eee er ‘olas e adesivos, como os processos quimicns de deterioragio; + temperatura de 22a 24 graus centigrados é considerada, pelos padres interna- cionais ideal para conforto des usaéros eda ecuipe de trabalho; + éindispensivelainstalagio de aparelhos de ar condicionado no prédio, para permitir ‘a manutengio da temperatura dentro dessas médias. Prevendo, todavia, possveis fa- Thas no funconamento dessesequipamentos, €neseiséra uma volugdo natural de arejamento.Na telagio custo/beneficio, a vantagem de prever-se um sistema dear

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