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4 INSTALACOES DE PROTECAO E COMBATE A INCENDIO 4.1 GENERALIDADES Asinstalagées de Sgua potivel, de esgotos sanité- fos e de dguas pluviais, quando projetadas ou execu- tadas inadequadamente, podem acartetar prejuizos de adem material considerivel, infligit danos & savide das pessoas © comprometer alé mesmo suas vidas Uma instalagio de protegio e combate a ineéndio, entretanto, apresenta-se de uma forma mais direta evidente como a salvaguarda de bens ¢ vidas huma- nas, que, na catéstrofe de um incéndio, podem ser destruidos. Enquanto os efeitos negatives de instala- @8es inadequadas nas primeiras se processam geral- mente de forma lenta, as consequencias de um incén- dio nao debelado prontamente so imediatas ¢ sinis- tras, Instalagdes contra incéndio ‘Compreendem as que objetivem detectar, infor- mar onde se iniciou @ incéndio e debeldlo com pres- teza tio logo irrompa, evitando que se propague ¢. portanto, restringindo o mantante dos prejuizos e im- Pedindo que as pessoas venham a sofrer algum dano. As instalagdes contra incéndio no Brasil obede- cem as normas das seguintes entidades: — Departamento Nacional de Seguros Privados ¢ Capitalizagao — DNSPC. — Norma Regulamentadora NR-23 da Portaria 1. 3.214, de 08.06.78, que regulamenta a Lei n 6.514, de 22.12.78, da Consolidagio das Leis de Traball — Associa ABNT. — Instituto de Resseguros do Brasil. Portaria n° 21, de S de maio de 1976, ¢ Circular n.* 19, de 6 de margo de 1978, — Ciidigos de Seguranga de Corpo de Bombeiros de cada estado, — No Rio de Janeiro, o Deereto n.* 897, de 21 de setembro de 1976 — Cédigo de Seguranga Contra Incéndio e Panic (Coscip), que regu: lamentou 9 Decreto-lei n. 247, de 21.07.75 — Em Sio Paulo, 0 Decreto 9.” 20.811, de IL de margo de 1983, ¢ seu Anexo. jo Brasileira de Normas Técnicas — 4.2 CLASSES DE INCENDIO. © Cédigo de Seguranga contra Incéndio Pinico do Rio de Janeiro (Coscip), em seu artigo 82, ¢ a NR-23, da Portaria n.” 3.214 do Ministério do Trabalho, dao a seguinte classificagao para os incéndios, confor- ‘me a natureza do material a proteger: [. Classe A, Fogo em materiais comuns de ficil ‘combustiio com a propriedade de queimarem ‘em sua superficie ¢ profundidade, deixando comum, papel, fibras, forragem ete, A estes poderiamos acrescentar alguns outros men- cionados no Federal Fire Council tais como © carvio, coque, filmes € material fotogri- IL. Classe 8. Fogo em infla que queimam somente em sua superficie, nao deixando re- 148 MANUAL DE INSTALAGOES MIDRAULICAS E SANTTARIAS siduos, como dleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina, querosene, solventes, borracha, ‘ileos vegetais € animais IIL Classe C. Fogo em equipamentos elétricos energizados (motores, geradores, transfor- madores, reatores, aparelhos de at-condicio- nado, televisores, radios, quadros de distei- buigi ete.) IY. Classe D. Fogo em metais pirdforos © suas ligas (magnésio, sédio, potissio, aluminio, Zireénio, titinin, € outros). Inflamam-se em contato com © ar ou produzem centelhas € até explosées, quando pulverizados € atri- tados. 4.3 NATUREZA DA INSTALACAO DE COMBATE A INCENDIO RELATIVAMENTE AO MATERIAL INCENDIADO A escolha da substincia com a qual se ird apagar co incéndio, 0 tipo de instalagao ¢ 0 modo de executa-la ‘dependem da natureza do material cujo ineéndio se cogita debelar. ‘A Tabela 4.1 apresentada em Catalogo da Bucka, Spiero Comércio, Industria e Importagio S.A... forne= ce elementos para a escalha dos meios de combate substineia muito eficaz para resfriar os materiais © apagar incéndios, a dgua é a substincia que mais se ‘emprega no combate ao fogo. E utilizada sob as seguintes formas: a) Jato (em geral denominado “'jato compact fou “Jato denso"). Usam-se bocais eom pon teiras — chamadas requintes — ligados a man gueiras que, por sua vez, recebem a agua es- ‘coada em encanamentos que constituem as re- des de incéndio. AS mangueiras sio ligadas at hidrantes adaptados as redes. Em instalagbes a0 ar livre, usa-se também uum dispositive nominade ““canhio", para langamento de con- siderdveis descargas de égua a grandes distin- cia, b) Aspersio. Empregam-se aspersores especiais, de funcionamento automatico, chamados sprinklers. A agua pulverizada forma um chu- ‘veiro sobre o local onde irrompeu o incéndio, © 0 vapor d'igua formade com a gua espar- gida constitu, por si, uma barreira a pene ragio do oxigénio, elemento que, por ser com- burente, alimenta a combustio, Existem tam- hei aspersores para operagio mio-automai «a. ¢) Emulsificagao com dgua, O sistema Mulsifire a incéncio em fungio dos produtos cujo ineéndio deve de emubificagio com agua foi propasto © de- ser extinto. senvolvido por Mather & Platt Ltda., repre- i sentado no Brasil pela Resmat Ltda. Existe 4.3.1 Agua ‘um sistema similar de Walther & Cia... de Koln, representada no Brasil pela Delta — Incéndio Por ser abundante, de baixo eusto € por sta gran- Eng. Ltda. A Wormald Resmat os fabrica para de capacidade de absorver calor, o que a torna uma varias eapacidades. Tabela 4.1 Melon de combate a | Aguaem jato | Expuma Nobilina de dgua | Géscarbinico | PS carboquimicn incéndio-e sua denso (CO), (Dry Chemical slassiicagio Extintores com Extintores € Powder) carga imstalagées fixas | Extintores. vor Scido" ou Instalagses| spear pes A— Materiais sim sim sim Sim* Sim* ‘sido, fibras teteis. madeira, papel ce B— Liguides Nio Sim Sim** sim Sim inflamavess derivado de petrileo C= Maguinaria | Nao Nio sim Sim ‘letnica, motores, seraderes. Hansformadores D— Gwes Nio No Nao*** Nio* Sion inflamdveis. so press (C) Indicado somente para prasipios de incdadio ede pequena extemae (2) tnicado somente apis estado pds Einhorn snd, exter omnia de emprego, aps previ extudo © crvatts a0 Corpo de Bombeivon¢ a6 Departamento 'Nachinal de Seguranga ¢ Higicae do Traball do Ministers do Trabalho INSTALAGOES DE PROTECAO £ COMBATE A INCENDIO Fig. 4.1 Projetor Mulsitire Os tes, de transformadores. as tintas, vemnizes e alguns liquids inflamaveis tornam-se incombustiveis por meio da formagio de uma emulsio tempo~ tiria com a sigua sobre sua superficie. Para conseguir isso, 0 sistema Mulsifire Utiliza a gua sob pressio sobre a superficie to raves de bicos especialmente dese tnhados, denominados “projetores” (Fig. 4.1). A dgua sai do projetor na forma de um cone em expanséo, em gotas finas muito dispersas, com aha yelocidade € distriboiday uniforme- mente sobre a dea visada pelo projetor. E pacto da dgua, sob essa forma atomizada, nna superficie que eria a emulsd d) Pulverizagdo ou nebulizagio. Eo caso, por exemplo, do sistema “Protetor Spray’, da Resmat, E tecomendado para protegéo contra incéndio em gases liquefeites derivados do pe- tréleo, como os empregados em industrias € . combustiveis, lubrific de use doméstico, tais como 0 propana, propi- Jeno e butano. A pulverizacdo deve ocarter ao iniciar-se um vazumento de gis liquefeito, para evitar que se incendeie. Caso ocorta a rgnigio de gases que estejam escapando, a aplicagio de 4igua pulverizada sobre a superficie do tanque pode evitar um perigoso aumento da tempe- ratura e pressdio dent nque. reduzinda © risco de ruptura do mesmo. bina, ¢ também usada para ext dio em bancos de transformadores e de incén dio de combustiveis ¢ dleos. 4.3.2 Espuma © sistema denominado “espusva mecinica” € aconselhado para liquidos inflamaveis, deriva petrélea ¢ solventes e comsiste no langamento de: 9 derdvel quantidade de espuma sobre 0 Toca da incén- dio, A espuma € obtida pela mistura com sigua de tum agente forrador de espuma, 0 etirat ou concen trade, que é um produto de base protéica, farendo-se incidir sobre a mistura um jato de ar com 0 au © langamento da espuma & realizado com os especiais e também por “canlses" ou “es wados de produtor de espuma, 4.3.3 Freon 1301 — sistema Sphreonix 0 freon 1301 (hromotriflyormetano) é usado eam excelentes resultados no combate a incéndi de madei- Papel, algendio, tecidos, liguidos inflamsveds,y2s0- lina, gases inflamaveis, centrais telefGnigas, compu tadores ete Esse gis. inibidor da reagin de combust mazenado em recipiente de forma esfér S60 red loc de dimen- © qual é colocadlo no telo sobre © 4 proteger. Um dispositive com fusivel, seme- Thante ao adotaclo no sistema de sprinklers, permite, pela ruptur { inundagaio do ais, que no € senenoso, Pode ser empregado também em unidades portiteis manuais, em unidades portateis automiticas e em sistemas fixos para saturagio total, manuais ou automatons 4.3.4 Hallon 1301 EE um gis com as mesmas propriedades do freon 1301 ¢ utiizado sob as mesmas formas, pois se rata do bromotrfiuormetana, Sfabricado pela Wormald Resmat Lida, 4.3, Gas carbOnico (Didxido de carbono) O gis carbiiniea (CO.) é um gas inodtoro e incolor, 1.5 vex mais pesado que 0 ar, mau condutor de eletrici- dade, nem t6xico nem corrosive. Entretanto, pole causa a morte porasfixia, cegar, se langado nos olhos, € produzir qucimaduras na pele. pelo frio. O efeito produzido pelo CO, na extingao dos ine do fato de substituir rapidamen divs decorre » do ar, oqua prosseguir. Aoser liber do no.ar, seu volume pode expandir-se 450 vez. E armazenado em garrafies ilindricos de ago sob alta pressio que podem ser agrupados em baterias ‘em instalagies centralizadas. © acionamento dos dis- positivos automaticos de langamenta de CO. pode ser feito por sistemas elétricos, mecanicos ou pneumiticos ligados por detectares de fumaga ou calor. Q CO. é langado sob a forma de gis, neve..ou neblina, conlor- ime 0 tipo de arpersor empregado. 130 Recomenda-se seu emprego em: — centros de processamento de dadas, instal de computadores; transformadores a dleo — geradores elétricos —equipamentos elétricos energizados: industrias quimicas; cabines de pintura: centrais térmicas — geradores diesel elétricas: turbogeradores; tipografias, flmotecas, arquivos; biblioiceas, museus e caixas-fortes; navios, nas centrais de controle 4.3.6 P6 quimico seco 0 ps quimico é fornecido em extintores portiteis ‘com manguciras de até 10 m, as quais. nos tipos de maior capacidade, podem ser eolocados em earrinhos com rodas de borracha. E empregado no combate aincéndio em industrias, refinarias,fabricas de produ tos quimicos, aeraportos ete ‘Q produto quimico bisico ¢ o bicarbonato de s6- dio micropulverizado, tratade de modo a nao abs unidade, ou 0 sulfato de potissio; essas subs no sio tGxicas € podem ser armazenadas por tempo indeterminado. Alguns tipos empregam um cilindro com © po € outro com CO,, ou mesmo ar, que funciona com propelente do po. Quando se abre a vélvula, © CC passa para o compartimento contendo o ps quimico, que, assim pressurizado, € langado sob a for uma nuvem, quando se aciona um gatifho na pistola de langamento, Hincias 4.4 CLASSIFICACAO DAS EDIFICAGOES Segundo 0 Cédigo de Seguranga Contra Ineéndio € Panico para © Rio de Janeiro (Decreto n° 897, de 21.08.76), para efeito de determinagio de medidas de seguranga contra incéndio € pinico, as edificagses so assim classific a) Residencial — prvativa (unfamiliar € multifamiliar): — coletiva (pensionates, asilos, internatos ‘eongéneres): — transitéria (hotéis, motéis e congéneros), +b) Comercial (mercantile eserit6rio), } Industrial d) Mista (residleneial © comercial) ©) Publica (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congénetes). 1) Escolas.. 8) Hospitalar e laboratorial h) Garagem (edificios, gal vidios) i) De reunido piblica (cinema, teatro, igrejas. au- itsirins, sales de exposigao, estadios, boates, es terminais rodo- MANUAL. DE INSTALAGOES HIDRAULICAS E SANITARIAS lubes, cireos, centros de convengies, restau: rantes e congéneres) i) De usos especiais diversos (depésitos de explo- sivos). k) De munigoes, inflaméveis, arquivos, museus € similares 4.5 INSTALACOES DE COMBATE A __ INCENDIO COM AGUA. CARACTERIZACAO, DOS SISTEMAS EMPREGADOS A instalagiio de combate a ineéndio com o empre- go de digua pode ser realizada por um dos seguintes sistemas de funcionamento. 4.5.1 Sistema sob comande (regido pela ‘NB-24/57) E assim chamado 0 sistema em que 0 afluxo de ‘Agua ao local do incéndio ¢ obtido mediante manobra de registros localizados em abrigos ¢ caixas de incén- dio, Os registros abrem fecham os hidruntes, também chamados “tomadas de incéndio™, e permitem a utili 10 das mangueiras com seus respectivos esguichos © requintes. 45.1.1, “HIDRANTE® OU *TOMADA DE INCEN ponte de tomada agua provide de registro de manobra e unido tipo engate rapido. No interior dos prédios, € enlocado na “caixa de incéndio™, junta- mente com i mangueira e o esguicho cosremuneke pious Fig. 4.2 Corte esquemitice simplificado de uma edificasio, tepresentanda a canalizagéo preventiva e o abastecimento Fagua INSTALAQOES DE PROTEGAO E COMBATE A INCENDIO J mc ovo Se) 7 4.3 Caixa de incéndio com hidrante As caixas de incéndio so colocadas na prumada 41 tubulagio de ineéndio ¢ em quantidade e locais fais que assegurem a possibilidade de se combater © incéndio em qualquer ponto do pavimento onde se encontram, usando-se manguciras de até 30 m de com- primento, ister &, dois ta CONEXAO PARA MANGUEIRA DE INCENDIO MATERIAL: LATAO DE ALTA RESISTENCIA TIPO STORZ — CONFORME DIM INORMAS ALEMAS) ENGATE RAPIDO — PRESSAO OU VACUO APATAMENTO EXTERNO, ue] [Binenssea ae ts tTels [BUCKA, SPIERO COMERCIO, INDUSTRIA E IMPORTAGAO S.A onexio para mangucira de incéndin, Material: ta ceisténcia, Tipe Store — conforme DIN (normas | ademas). Engate ripide — pressio ou viewo, Empatamento, | aaterno. ze ast , Exguicho jato sélido 1. 1/2" Dim: Dil. do | Compe ari Requite MT sore equine | nm) TOA Fine Zs hae wiz"|se" oT Desmont a Fig. 4.5 Esguicho oinice com adaptagio Store. Material: tubo de laté de alta resisténcia, da N.L.E. Hidrovalvala Lida. 45.12 MIDRANTE DEPASSEIO (IMDRARTE DE RECALQLE) Fie 48) E um dispositive instalado na canalizagio preven- tiva de incéndio, destinado a ligagao da mangueira da bomba do carro do CB ¢ que permitiré o recalgue «da gua da canalizagio pablica para dentro de prédio, de modo que os soldados do CB possam ligat suas mangueiras nos hidrantes das cainas de ineéndio. ete Fig. 4.6 Hidtante de passeia 182. MANUAL DE INSTALACOES HIDRAULICAS E SANITARIAS Fig. 4.7 Hidrante de eotuna 45.1.3 MDRASTE URBANO OU BE COLUNA ig 47) E um hidrante de coluna, ligado a rede de abaste= cimento da municipalidade. Permite das mangueiras do CB ou do mi dda bomba do carro do CB. Sua instalagdo é de atribu iio do drgiv competente do municipio encarr do abastecimento de dgua. 4514 mance ‘O-comprimento das linhas de mangucira © 0 dii- metro dos requintes podem ser determinados de acor- do com a Tabela 4.2 ‘As manguciras de combate obedecem & Norma Brasileira NB-24, is determinagdes da Coscip © do Corpo de Bombeinos estadual ESP-CB-002A: sio de 38 mm (1 V2"< ou de 63 mm (2 1/2") de didmetro interno, flexiveis, de fibra resistente & umidade, reves- tidas internamente de borracha. capazes de suportar 4 pressio minima de teste de 20 kgl - em 2, dotadas de junta “Store e em lances de 15 m de comprimento, 4.5.2 Sistema automatic O sistema € dito unomdrico quando 0 afluxe de gua av ponto de combate ao ineéndio se faz indepen- dentemente de qualquer intervencao de um operador, a simples entrada em ago de dispositivos especiais Conforme o tip a que pertencem, os dispositivos atuam ao ser atingido determinado nivel de tempe- natura ou de comprimento de onda de tadiagies térmi- Tabela 4.2 ‘Linhas de mangueitas Requintes Comprimento maximo Didmetro Diimetno wm 2mm LE) mm (v2 63 mm(2 | sim 19 mm 49) cas ou Tuminosas, ou pela presenga de fumaga ne am- biente. Os sprinklers ou aspersores automiticos de ymbém conhecidos como chuveiros automé- ticos, os pulverizadares, emulsionadores-nebulizado- res € os sistemas de “inundai dispositivos automiiticas proprios a ‘Ag mesmo tempo em que a digua é langada sobre 6 local onde se iniciow 0 incéndio, automaticamente deve ocorter 0 acionamento de um alarme sonore & luminoso, indicando, em certos casos, num painel @ ponto onde © mesmo esté-se verifieando. 4.6 INSTALACAO NO SISTEMA SOB COMANDO COM HIDRANTES. 4.6.1 Caracteristicas gerais Consideremos primeiramente 0 case de cio cuja instalagio de combate a incéndio pre ‘com hidrantes nos pavimentos (Fig. 4.8). Um sistema de bombas Ae D reca do reservatéiria inferior para o superior. Neste undo a maioria dos e6digos —deve ser mantida uma reserva de sigua para um primeiro combate a incéndio, apaz de garantir suprimento de gua, no minimo, durante meia hora, alimentando dois hidrantes traba- Thando simultaneamente em focais ennde @ pressao for ‘minima Essa reserva para incéndio é fixada peta legislagaio estadual e depende do tipo de prédia, do nimero de pavimentos e do sistema segundo 0 qual tadas as caixas de incéndio com hidrantes. © barrilete de distribuicdo com a extremidade do tubo acima do fundo do reservatorio assegura a reserva de agua para incéndio e alimenta as colunas de deseida da agua, das quais derivam os ra- Inais € sub-ramais que vio ter as pegas de consumo (lavatéirios, vasos sanitarios ete) ‘Uma (ubulagio saindo do fundo de cada segio do reservatdrio superior, alimenta as “eolunas de eéndio® que, em cada pavimento, servem as caixas de incéndio. Estas colunas, a0 atingitem o teto do subsolo ou o payimento 0 existir subsol, ligam-se a uma tubulagio que segue até o passeio em frente ao predio, tuma caixa eo um registra chamado “hidrante de passeio" ou de “recal- que”, ao qual j nos referimos E exigida uma presso (10 mea) nos hisrantes, nude & coloea jetiva de 1 kgf = em qual nao poder ser obtids nos 1résiltimas pavimentos superiotes com o des existente entre o reservatério superior ¢ as caixas de incéndio. Portanto, torna-se necessitia uma bomba de incéndio (B), recaleando a agua do reservatério inferior na propria tubulagio de incéndio, de modo ase obler a pressiio necessiria ao jato, inclusive nos trés pavimentos superiores. Uma valvuia de retengie (R) impede que a digua bombeada alcance o hidrante INSTALACOES DE PROTECAO E COMBATE AINCENDIO. 153, TPEPTTPEPTT Fig. 4.8 Diagrama de instalagio de ccambate a incéadin, Fig. 4.9 Fluxograma de combate a ‘nstndio (exemplo). 184 MANUAL DE INSTALAGO renee de passcio. A bombs atenderias caixas desde o ditime pavimento até 0 subsolo. Uma solugio permitida con- siste em instalar-se, na cobertura, uma bomba para pressurizar a agua, de modo que, nos trés ltimos pavimentos servidos par uma tubulagio independente, Seja posstvel contar com a presao exigida. & preciso que a alimentagio da energia elétrica das bombas se faga por derivacao antes da caixa seccionadora. 4.6.2 Estimativa da descarga no sistema de hidrantes Para 1 determinagio da descarga da bomba que alimenta os hidrantes, € preciso considerar a ocupacin do prédio eo riseo de ineéndio. De acordo com a NB-24 da ABNT temos a seguinte classificagio: Classe A — Prédios cujas classes de ocupagi na tania de Seguros Ineéndio do Brasil sejam 1 ¢ 2 (escolas, residéneias, ¢s- entries) Classe fi — Prédios cujas classes de ocupagiio se- 3, 4, 5 € 6, bem como os dept sitos de classes de ocupagao 1 ¢ 2 (ficinas, fabrieas, armazéns, deps- sitos ete). Prédios cujas classes de ocupagio na tarifa sejam 7, 8,9. 10, 11, 12 € 13 (depésitos de combustiveis inflama- atureza Classe C HIDRAULICAS E SANITARIAS Fig. 4.10 Instalagdo de combate a incéndio com equipamento na eo Iertura, usando o reservatsrio supe: rior pata suprimento de dgua as hombas, A descarga em littos por minuto em cada ponte de tomada d’igua, ou seja, em cada hidrante. é deter- tminada pela Tabela 4.3. ‘A descarga em cada hidrante, para obtengio da protegio desejavel, depende da natureza do prédio e do rico que The € atribuiddo 4.6.3 Escolha da mangueira A Norma Brasileira de Prote recomenda a escolha das mangue' elas 4.5 4.6. o contra Incéndio s conforme as Ta 4.6.4 Canalizagao preventiva e rede preventiva No sistema sob comando com hidrantes, sirio observar a distingao que o Coscip faz entre lizagao preventiva” e “rede preventiva” contra incé dio. Tabela 4.3 Previsio de descarga des hidrantes Classe de riseo Descarga (timin) A (resid, esetit6rios) 250 B 500 c 500 INSTALACOES DE PROTECAO E COMBATE A INCENDIO 185 Tabela 4.4 ‘Ocupagio t . 3 4 3 Apartamentos Casas comerciais Armazém Industria. iverson Risco hotels escritsrios ——_depsitos Pequeno (a) 250 120 360 Comiderar Mesto (1) 250 250 son cada caso Grande (c) 250 500 00, em separado Valores da descarga em litros por mi Tabela 4.5 Didmetro da mangueira Grupos de ocupagio € riscos la—1b— le—2a— 26 — da 2e— a — Ib — Ab — de — Be Tabata 6 Tana inal a eS ne Lam) N ry waae |, oe > brRos |e Bok a Chane de ptonetae ease nalizagao preventiva” é a que corresponde 8 instalagio hidraulica predial de combate a incéndio, para ser operada pelos ocupantes das edificagaes, até 4 chegada do Corpo de Bombeiros. & emipregada em prédios de apartamentos, hoteis, hospitais €conjuntos habitacionais. “Rede preventiva” é 0 sistema de canalizagées destinado a atender as descargas e pressies exigidas pelo Corpo de Bombeiros em edificagies su riscos considerdveis ¢ maiores dificuldades na extingao ddo fogo, como ocorre nas fabricas, edificagses mistas, piiblicas, comerciais, industriais, escolares, galpses grandes, edificios-garagem ete. ‘As Tabelas 4.7 ¢ 4.8 resumem as prescrigées do Cédigo de Seguranca contra Incéndio € Pinico para © Rio de Janeiro relativamente aos itens ligados 208 sistemas € as questies de armazenamento, bombea- mento da dgua e equipamentos, ais cujo abastecimento seja do tipo castelo-d'égua, 186 MANUAL DE INSTALACOES HIDRAULICAS E SANITARIAS Tabela 4.7 Sistema “preventivo fixo” com hidrantes tem Deserigio 1 Resereausrios Superior e inferior Reserva para incéndio no reservaétio superior Quando nso howver reservatiria superior, por se usar sistema hidropaeumat ‘ou bombeamento diteto, reservatrio inferior terd reserva técnica de’ Canatizagéo Pressio minima de ensaio Dismetro minimo Pressio minima em qualquer hidrante 2.4, Pressio mixima 25 Material 3 Bombas dle funcionamento 4 Mangueiras $1, Didmetro 42. Comprimento maximo 4.3. Pressio minima de teste Requinte (poato do esguicho) 6 Distdncia de cada hidrante 20 onto mais afastado a proteger 7 Abrigos para hidronte K_Niimero de hidrantes Com canalizagao preventiva Sim ambos) ‘Ate 4 hidrantes: 6.000 1 (6.000 1, acteseidos de S00 I por hidrante excedente a 4 6.000 1, acteseidos de 500 I por hidramte excedente de 4 AW ket em? mm 212) Likgt- cm? (10m -eal. agua) 4 kgt-em? Ferro galvanizado Duas com motor elétiicw para aatender 1 2 hidrantes simultaneamente, cada wma 38 mm (1. 12") fibra revestida internamente de borracha Seciies de 15 m ligadas por juntas ‘Stor, 2 ket -cm? T3 mm (12°) ou exguicho de jato regulivel som 70 » $0 x 25 em. Vidro de 3 mm Registro de gaveta 212" Junta Storz de 2 12° com redugio para 11/2" para ligagio da a sem obsticulos centre cada caixa € os respectivos pontos mais distantes a proteger seja no maximo igual a 30 m. Com rede preventiva ‘Sim, mas de modo que as bombas ‘do CB possam usar a gua do reservatéirio inferior facilmente em substituigio 8 do reservatsrio ‘superior (art. 33) Minimo 30,0001 no reservatdrio supetior ow inter Deve atender ao funcionamenta simultineo de 2 hidrantes, com vazio total de L000 min durante 3) minotos, & pressio de 4 kgf com # (arts. We 39, Cap. VIL) 4'kgt - em”? obtide com bombs Gn) Ferro fundido ow ago galvanizado Um com motor elético € outta ‘com diesel para atender a 2 idrantes simultaneamente. Dotadas de dispositive de alarme (wer Seg. 4.6.1) 63 mm @ 12) 0 38 mm (1 conforme exigido Segies de 15 mligadas por juntas Store de 21/200 11 kgf sem? 19 mm G4"), ow esguicho de jato tegulivel conforme exigéncia do ce [M1 m, Qualquer ponte do risco ddeverd ser simultaneamente falcangado por duas lias de mangueira de hidrantes distintos 5 Agrupamentos de edificagoes residenciais multifamiliares (conjuntos habitacionais de prédios de apartamentos) Contorme se pode observar na Fig. 4.11, onde temos umn conjunto de seis edificios de apartamentos: se canalizagio preventiva — pode-se eliminar os reservatérios em cada pré- dio, substituindo-se por um “eastelo-d'égua” que alimentard a canalizagio preventiva, = capacidade do castelo-d'aigua: a reserva técni- 2 de incéndio € de 6.000 I acrescidos de 200 | por hidrante exigido para todo 0 conjunto, além, naturalmente, do volume para a agua de uso geral, calculado conforme indicado no, Cap. 1; — oreservatdrio inferior deve possuir uma reser- Ya gue permita o funcionamento simultineo. de dois hidrantes durante meia hora; — odistribuidor das canalizagses preventivas te- INSTALAGOES DE PROTECAO E. COMBATE A INCENDIO. 157 Tabela 4.8 Sistema de instalagio “preventive fixo”™ Item __Finaidades das elifcagies Com canalizagio (CP) Com rede preventva (RP) 1 Apariamen ‘até 3 pay. € 900 m? de dea Dispensados - comsruida Prever CP = até 3 pay. mais de 900 Preset CP e portas corta-logo = 4 pav! ou tus reser CP: usar tarsbem sprinklers com mais do 30 m de altura ‘nas partes de uso emu, subsoil Crieea de estacionamento, © patas corta-fogo 2 Hosts, hoxpitais {16 2 paw € 900 a? Dispensad = Ne 2 av. € mais de 900 Piever CP - mais de2 pav.altura até 12m Prever CP ¢ portas corta-fngo = rma de 12 m de altura Prever CP: wsat também = sprinklers, sistema eletico de emergéncia © portas corta-foge 3 Conjuntos habitacionais Prever CP eontforme item 1 alem = dle irantes nas twas 4 Euliicagdes miss pbc, comercis, industria ¢evcotares fie 2 pave 900m de dea = ~ construia Prever RP. Consuitae 0 CB Spay. eaté altura de 30 m Prever CP Prever RP: ysar também ‘mais de 3 m de altura = sprinklers. Consultar 0 CB ate pay. emaisde WN me Prever CP on de 3 pa 5S Gealpes com Srea igual ou superior - Prever RP 21500 m! © Ealificag do induseial ow grande = Prever RP: consuat C estabelecimento comercial Bomberos sobre nstaagies de sprinklers 7 Galpio-garagem e terminais rodowisrion até 1-300 m" - nave de 1-500 me = Prever RP: e sistema de sprinklers € detesgio. % Terminal redoviri com 2.0 mais - Ver casos espesais em pavimentos “Edicio-garagem™ Tabela 4.9 Distincias em metios aleangados pelo jato demo isimetro do requinte (mm) a 6 » 2 BA 2 Disne (om) Pressio (mea) HOV oH Vv oH vo H vo oH ov o# w To 80 70 RO 75 RO 7S 8S so 90 WS Wo 15 WS 10 a 1 wo ws 20 WS 1S WS 3 Ms 2s 10 130 iss 14s 6S 120 17S BS 175 1S 178 15.0 18S 180 WS Bo 95 Wo mo 10 wo 60 mn 190 158 MANUAL DE INSTALAGOES HIDRAULICAS E SANITARIAS ‘Tabeta 4.10 Presi Dildcteo do requinte (mm) » oN MM WO ™ « von » a 2 ow w @ Wr 454085 oss 1823 0 “ vB & wR DB 4 x 2 M w 8 4 @ Tx S24 787 st 1900 2105 * ‘ » » » M MOY a you &® w oS 8 @ 0 S86 SMG LSM 2884 w * BoM MM 4 7 2 82 » oo ° om aM 20072578 ~ ‘ B 2 4 ws 4 6 ss — 67 @ WoL 15662813 78M ” ‘ ws St a a ow & — ow» o AL 67S aT 2977 7 « MoO 5 “ a n ° 771136 3158 100 . = 5 @ 3 a a7 8 ne ° x29 17 INT? MOM 3328 10 a w oS os as 4s 2 4 % ¢ “0 1964 3151 3091 120 . Ea so 8S 4 » 4 @ 7% om e@ oe M2 MI FA um didmetro minimo de 3° (75 mm). Sai do fundo do castelo-d'igua ¢ € dotado de vile | Q = 29,7 di Vp] Vazéo no requinte 4a wula de retengio e registro geral. 4.7 INDICACOES SOBRE 0 EMPREGO DE oy por MANGUEIRAS ‘A Tabela 4.9., com dados da NB-24 da ABNT, petmite determinar os alcances de jatos d'agua obtidos. | Q = ono require | 4.2 com esguichos de 13 a 32 mm pressées no esguicho de 10a MW) mea. ‘A Tabela 4.10, de uma publicagiio do fabricante KSB-Bombas, fornece a altura a (em metros) alcan- gada pelo jato de um esguicho na vertical, « méxima distincia d (em metros) alcangada pelo jato, © a des- ‘carga Q (cm litros por minuto), em fungaio da pressio P no esguicho € do diimetro do requinte na extremi- dade do exguicho. A Fig. 4.12 permite a determinagio da perda de ‘carga em manguciras de lona revestidas internamente de borracha, em fungao da descarga © do diimetro das mesmas. A vazio Q (gpm), obtida sob uma pressio p (psi) ‘com um requinte de diimetro d, (polegadas), pode ser calculada pela f6rmvuta sendo D 0 diimetro da mangueira em polegadas € Pi 8 pressiio na mangueira proxima do esguicho em Psi 4.8 BOMBA PARA COMBATE A INCENDIO. Para 0 edleulo da capacidade da bomba, devem ser previstos dois hidrantes funcionando simultane: mente num sistema sob comando, com a descarga indi cada na Tabela 4.2 € sob presse minima de 10 m de coluna d'égua. ‘A velocidade na linha de aspiragio da bombs no deve exceder a 1,5 ms"! para as bombas acima INSTALAGOES DE PROTECAO E COMBATE A INCENDIO Fig. 4.12 Perda de carga em mangueiras de looa, do nivel d°igua do reservatério de suprimento © a 20:m-s"" para as “bombas afogadas”. A fim de podermos caleular a altura manométrica a que a bomba devera atende! mos ealeular ‘a petda de carga no encanamento, ¢ também na man gueira, desde 0 hidrante até o esguicho. Costuma-se adotar os seguintes valores para as perdas de carga: — Mangueira 38 mm (1 1/2"): F = 04 m ide mangueira para descarga de 250 Limin = Mangueira 63 mm (2 12°); J = 0,15 mea/m de mangueira para 500 Vnin, Tabela 4. Materiais usados em bombas enntra incéndio fhem artes da bomba Toda em Tipo standard 1 Carcaga Bronze Bronze 3 Ein 4 Anel de des: a0 dda cateaga die 5 Buchadoeiwo Bronze Bronze 6 Caixade Fer Ferto fundislo ‘olamentos ide. 7 Bucha de caiea Bronze de gare 8 reposts Ferto Bronze fosforose Tandides 9 Parafusos e Agorcarbono Latie, tujses 199 (soma 04s renoas DE cangad _Gn 38mm Fig. 4.13 Insialagio deb io mmbeamen » para combate a ineén igucira 63 mm (2 12 para 900 Vimin, Pode-se usar o grifico da Fig. 4.12 para determi nuigio da perda de carga nas mangueiras. Para se obter a descarga de 250 min, usando requinte de 1/2" (12 mm nominais), & necessaria uma pressio de 5,7 kef em ido requinte de 5/8" (16 mm), apenas 2.4 ket segundo tabela da J = 0.3 mealm 160 MANUAL DE INSTALACOES HIDRAULICAS E SANITARIAS NFPA. Pela Tabela 4.10, seriam necessdrios cerca de 70 mea no caso do requinte de 12 mm. Para 500 min ¢ requinte de 44", € necessiria uma pressio de 4,2 kgf - cm”; ¢ usando-se requinte de 7%", apenas 2.4 kgf - em Vé-se, por esses daddos, que o diimetro do requin- te € fundamental para se obter, a uma dada pressio, a descarga desejada. Exemplo Consideremos a necessidade de previsio de fun- cionamento, no payimento mais elevado de um prédio de escritérins, de duas mangueiras. com 30 m cada uma, ligadas a hidrantes de caixas de incéndio no hat! «do pavimento, Os hidrantes sao abastecidos por enca- namento de recalque com 60m de comprimento ¢ «sti instalados a 36 m acima do nivel do reservatério inferior Para a escolha da bomba, temos que fazer as se- guintes consideragdes: — A descarga a ser fornecida & mangueira pode ser obtida pela Tabela 4.3. Tratando-se de pré- dio de escritérios, a previsio € de 250 Vmin por mangueira, pois 0 risco para esse tipo de ‘ocupagio € classe A — Como deve ser previsto o funcionamento si- multineo de duas mangueiras, a tubulagio de recalque € a bomba devem ser dimensionadas para a descarga de 2 * 250 Vimin = S00 V’min = 8,33 Ps = 30 m'/. — Para obtengio da descarga de 250 limin no esguicho, este devera estar submetido a pres- so de $5,3 mea, se o requinte for de 1/2 © a pressiio de 22,6 mea, se o requinte for de $8", Admitamos, pois, a pressio de 22. mca, obtida com requinte de diametro de 5’ tuma vez que 0 Cédigo nio permite pressies nna canalizagio preventiva superiores a 4 kgl cm — No hidrante, a pressio deverd ser maior, para levarem conta a perda de carga na mangucira, ‘A perda de carga na mangucira de 38 mm € descarga de 250 'min €, como vimos, igual 2.0.4 mea por metro de mangueira, de modo que teremos, para © comprimento total da mangueira, 30 04 = 12 mea. A pressio te devers s >. admitamos que as perdas de carga representem 20% do aetéscimo virtual no comprimento do encana. mento, 0 qual teria entio 6 + 0.2 x 60 = TO m. Se usissemos tubo de ferro galvani- zado de 2 1/2" no recalque da bomba para slimentar os dois hidrantes no pavimento su- perior, empregando-se o dbaco de Fair-Whip ple-Hsiao, com os valores d 1+s-!, obteriamos: 2reQ= J=016mm © v= 2Smest (Valor aceitavel para funcionamento ocasio- nal.) A perda de carga total seré 0,16 mim x 72,0 m = 11,52 mea ‘As perdas de carga localizadas podem ser caleuladas de modo mais preciso com o conhe- cimento das pesas €, para isso, convém ser desenhada a representacio isométrica da ins- talagao. Cileulo de altura manométrica H — desnivel h, 36,00 m — soma das perdas de carga = 11 — pressio residual no hidrante 22,60 — perda de carga na mangueira de 12,00 30m 82,12m Poténcia do motor da bomba, admitindo rendi- mento total = 0,60 1.000 % 0.00833 82,12 ee ns 1S Dev 75 x 0,00 Podemos usar‘um motor de 1S ev para aciona- mento da bomba. O grafico da Fig. 4.14 recomendatia, por exemplo, para a descarga, uma bomba Worthing- ton modelo D-10ML (3% 1K2_x 8}, cam motor de 15 ev, a = 3.580 rpm, 66 Hz, boca de aspiragio de 3°, recalque de 1 1/2" € rotor com didimetro de 8° Consultando as curvas earacteristicas dessa bomba (Fig. 4.15) para 30-m'/h e altura manométrica de 83,53 im, verifica-se que a poténcia consumida ¢ igual a 1S HP c que o rendimento de 57.0%. Serd nevessirio {que 0 fabricante faga um corte no rotor, de mode que venha a ficar com 7,80" de diimetro © atenda, assim aos valores indicados de Qe H. Observagio: Nao € possivel atender a exigéncia de que a maxima pressio nos hidrantes seja de 40 mea, ‘a ndio ser nos dtimos pavimentos Caleulo de pressao necessaria no requinte em fun- io do diametro do mesmo: Q = 27-8 vp P= pressio em psi d= didmetro do requinte Q = 250 1imin = 66 gpm fig. 4.15 Curvas caracteristicas da homba Worthington modelo D.AOLI: m= 3.550 rpm 60 He, INSTALACOES DE PROTECAO E COMBATE A INCENDIO 161 Fig. 4.14 Gritfico para escothe pre liminar de bomba Worthington mo- elo D101 ALTURA MANOMETRICA (m) ao 30 DESCARGA (nin) 12 MANUAL DE INSTALAGOES HIDRAULICA’ Q = 64 gpm = 242 vin Wr = 0,5" p= Wmea ‘Obtemos, apenas: Q = 1076 1im Usando-se requinte de 1/2", « pressio 66? 29 79 0.07 # caso Usando-se requinte de S'%” 66° DP x06 p= 22.0 x 0.07 = 6 mea, kgf cm 4.9 SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMATICOS 4.9.1 Descrigéo geral do sistema Conhecido como sistema de sprinklers, isto é, de aspersores, este sistema consiste basicamente numa rede de encanamentos ligada a um reservatério ou 2 uma bomba, possuindo boquilhas ou aspersores dis- postos ao longo da rede. O sprinkler contém um obturador ou sensor térmi- ‘c que impede a saida da digua em situagdes normais, Esse obturador pode ser constituide de uma empola de “quartedide”, contendo um liquide apropriado que. Sob a ago do calor ao irromper o incéndi, se ‘expande gragas ao seu elevado coeticiente de expan- sio, rompendo a empola e permitindo a aspersio da sobre 0 local, apés incidir sobre um defletor ou ta de formato especial. A incidéncia da égua sobre © defletor pode ser de cima para baixo (“sprinkler pendente"") ou de baixo para cima, ¢ deve propor- caso: alimentagio lateral central. E aconsethivel {quando nao se puder executar a instalagao com alimen- ragio central (Fig. 4.26). J caso: alimentagio central pela extremidade (Fig. 427, + caso: alimentagio lateral pela extremidade (Fig 4.28) Quando um ramal alimentar numerosos sub-ra- maiscom apenas dois sprinklers em cada, pode-se ado- tara disposigio indicada na Fig. 4.29, até 14 sub-ra- mais 4 10 Bomba para sistema de sprinklers A bomba deveri abastecer simultaneamente 20 pontos de sprinklers. Pode-se saber a descarga de cada aspersor usando a Tabela 4.15 que, para diimetros € pressées usuais, fornece a drea do orificio € a des- ‘carga correspondente ‘Assim, usando sprinkler de 1/2" ¢ considerando. pressio de 1.05 kgf em. teremos, para os2N sprinklers funcionando simultaneamente, uma descarga de: 2x 1451s = 291-8 Se os sprinklers estiverem, por exemplo, no ilti- imo pavimento de um edificio de 12 pavimentos ¢ a ‘bomba estiver no subsolo, considerando-se um pé die reito de 3,10 m em cada pavimento, teremos uma altura estatica total de 13 3,10 = 40,30. Admitamos, 169 ‘uma primeira aproximagéo, que as perdas de carga eorrespondem a 20% dessa altura, isto &, 8,06 m. Como 0 sprinkler mais afastado deve trabalhar sob uma pressio de 1,05 kgf - cm™? = 10.50 mea, devemios acrescentar essa altura para obtermosa altura manométrica, isto &: H = 40,30 + 8,06 + 10,50 = 58,86 m ‘A poténcia do motor da bomba sera, supondo-se © motor da bomba seria de 30 ev. A tubulagéo de recalque pode ser calculada consi- derando-se a descarga de 29 1+ s-', velocidade de recalque da ordem de 2, m - s-!, Entrando-se no baco da formula de Flamant (Cap. L) com esses valo- res, obtém-se, para a perda de carga, J = 0,06 mim, , para o didmetro, 5° (127 mm), ‘A perda de carga normal no tubo com 40,30 m de comprimento real sera: 49,30 « 0,05 = 2.41 m, Como supusemos a perda total como sendo de 8,06 tm, sobram 8,06 — 2.41 = 5,65 m para perdas em conexdes € vilvulas. Depois de tragado 0 esquema instalagéo, 0 caleulo poder ser feito com maior precisa, pois serio conhecidas todas as conens vilvulas. Além disso, « eseotha da bomba deve ser realizada consultando-se eatilogos de fabricantes, tal como vimos no Cap. 1. Poderiamos usar 0 gritico da Fig. 4.14 € escolheriamos para os valores = 291s x 3.6005 + 1,000 = 105.4 mh H = 58,36 m uma bomba Worthington, modelo B. 1011 (4 3 % 8) com motor de 30 HP, 60 Hz, 3.550 rpm 4.9.11 Instalagdo tipica de sprinklers A Fig. 4.29 representa uma instalagio tipica de sprinklers para uma area ampla, sem paredes di sori, Véem-se 0s sub-ramais (branch lines) com oito sprinklers, alimentados por um ramal (cross main) que deriva de um ramal principal (feed main). Este ¢ alic mentado por um riser eolocado junto & parede ¢ nd qual existe uma valvula de fluxo para alarme, uma derivagéo para hidrante € outra para um dreno. Um mandmetro indica a pressio no riser. A firma Walther & Platt propse para a instalagio da valvula de alarme a “central” —excelente solugio 170 MANUAL DE INSTALACOI S HIDRAULICAS E SANITARIAS 4.9.12 Fornecimento de digua a rede de sprinklers Ofornecimento de digua i rede de sprinklers posle cfetuar-se pelo seguinte sistema: alimentagio direta de um reservatsirio de acumulagao elevado, que pode estar no mesmo prédio ou constituir um castelo gua. O reservatério deverd ter capacidade pa aen- der durante 60 minutos, no caso de riscos leves, a uma descarga de (20 90) littos por minuto (corre Pondente a 20 aspersores de 1/2") ou seja, 108,000 1. Em geral considera-se 125,000 | Fig. 4.30 Instalagio tipica do sprinkler cm grande dea sem divin rias (rico comum), 4.10 INSTALACAO DE COMBATE A INCENDIO COM ESPUMA Em instalagdes onde sio armazenadas grandes massas de liguidos inflamaveis, como gasolina, aceto- na, aleool, solventes etc., quer em tanques externes, quer em depésitos em interiores, uma das formas mais eficazes de combate a incéndio, debelando-se a0 ir. romper em um reservatrio ¢ impedindo que se prope gue, consiste na utilizagio de “espuma’” de alta expan- INSTALACOES DE PROTECAO E COMBATE AINCENDIO. 171 Fig. 4.31 Langa KR-AS da Komet's. » de espuma com esguiche modelo oe rea ] Fig. 4.38 Instalacio do proporcionadar em paralelo. Dise pensa 2 homba do extrato, Fig. 4.32 Esquema da instalagio do proporcionador de extrato diets: mente no tecalque da bombs de so, que produz o abafamento do combustivel, impe- dindo sua oxigenagio ¢ provocando seu resfriamento, A espuma € langada ‘onde se encontra o liquido inflamavel, podendo tam bem ser langada e ygueiras com esguichos sobre © tanque onde estiver ocortendh sinistro e sobre os angus vizinhos, para protegé-los ‘Vejamos em que consiste o sistema, que obedece disposto na Norma I-A, da NEPA. Existe um reserva zen um extrato biodegradivel we bse io de pressio — 0 d — que arn protéica (fluoroprote 0 caso dos extratos Kom € Ind. ¢ Importagio S.A ‘mald Resmat Ltda A gua de um reser s) formad de espuma, como da Bucks, Spieto, Com. 0 Ansulite ARC, da Wor de acumulagéo, pela 172 MANUAL DE INSTALAGOES HIDRAULIC! agio de uma bomba, gragas a0 efeito de um venturi «em comunicagao com 0 reservatério de extrato, arrasta esse produto, que, emulsionado com a égua, vai numa tubulagio até © tanque que se pretende proteger. Po- e-se usar umm filtro para a 4gua antes da mistura com © extrato, para evitar que qualquer impureza v4 ter 4 tela do dispositive mencionado a seguir. ‘A mistura do extrato com a digua se efetua gragas um componente da instalagéo denominado propor- cionador, © qual dosa automaticamente o extrato, de modo a manter uma relagio dgua-extrato constante, ‘embora a descarga de égua varie © possa ocorrer tam- 8 E SANITARIAS bém variagdo de pressio. A dosagem mais comum Eade 3.a$% de extrato. ‘Ao atingir 0 tanque ou outro local de langamento de espuma, & mistura dgua-extrato passa por um dispo- sitivo formador ou gerador de espuma. Este nada mais € que um ejetor de dgua-extrato, isto é, um bocal convergente que permite a incidéncia do liquide (dgua- extrato) num venturi (bocal convergente-divergente), arrastando ao mesmo tempo, pelo efeito conhecide do ejetor, consideravel volume de ar, que, com a mis- ura citada, iré formar a espuma

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