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Quem sou eu, alm daquele que fui.

Perdido entre
florestas e sombras de iluso. Guiado por pequenos passos
invisveis de amor, jogado aos chutes pelo dio do opressor,
salvo pelas mo delicadas de anjos. Reerguido mais forte,
redimido. Anjos salvei, por justia lutei e o amor novamente
busquei. Quem sou eu, alm daquele que quero ser? Puro
sbio e de esprito em paz. Justo, mesmo que por um
instante. Forte mesmo sem msculos e corajoso o suficiente
para dizer: tenho medo. Mas quem sou eu, alm daquele
que aqui est? Sou vrios, menos este. O que aqui estava
jamais est e jamais estar. Sou eu o que fui e, cada vez
mais, o que quero ser. Luto, caio, ergo, sumo, apareo,
bato, apanho, odeio! Amo. Mas no momento seguinte ser
diferente, posso estar no caminho da perfeio cheio de
imperfeies. Sou o que voc v ou o que quero mostrar,
mas se olhar por mais de um segundo ver vrios eus. Eu
que fui, eu que sou e eu o que serei. E eis que elevando-me
a altura do ser, encontro flutuando entre as nuvens como
p, a pergunta que jamais puderam responder: quem
somos ns? Ns os vermelhos, os pretos, os amarelos e os
louros, ns os que se amam e que se destroem, os que no
conseguem viver sem o outro, mas expulsam e o corroem.
Ah ns! Todos ns como um s, to pequenos e impotentes
por to pouco temos d e por to pouco no ficamos
contentes. Sem ns o mundo no para de girar, o sol no
para de nascer, a lua no para de brilhar e o universo no
cessa de crescer, por tanto, algo tivemos que encontrar
para com o falso poder nos enganar e dominamos as
rvores, os rios e animais, os matamos e destrumos at
no sobrar mais. E ento descobrimos que sem ns os
animais e a natureza sem feridas continuam em perfeita
harmonia a viver, mas sem gua, sem florestas e sem
outras vidas somo ns quem deixamos de viver. Diante
desse fato, que de fato poder acontecer, o homem tenta
outro ser dominar. Um ser que seja perecvel e fcil de
combater. Descobriu o homem, que o outro homem ele
deve controlar. Somos todos animais e assim vamos nos

combater. Ergam suas espadas e contra os tiranos vamos


perecer! A gloria estar no fim, a honra em cada um, o
pensamento ser, em fim, a nao que teremos em
comum. E se um dia o dia do fim chegar, jamais
esqueceremos que tentamos lutar e nos chamaro de
covardes, nos blasfemaro como selvagens seremos vistos
como pragas e ento iremos nos lembrar que lutando,
tentamos o mundo mudar e em nossas batalhas no houve
violncia, foi uma guerra contra a demncia daqueles que
queriam o mundo devastar.

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