Você está na página 1de 8

A Constituição Económica

A origem e formação do conceito de Constituição Económica tem a sua


mais directa raiz embrionária e seu desenvolvimento na Doutrina Germânica
quando apos a Iª GM com a Constituição de Weimar de 1919, a Constituição
Mexicana e a Lei Fundamental Russa de 1918, inauguram no seio literal-formal
a consagração de normas e princípios sobre matérias económicas e sociais,
rompendo com a tradição das Constituições Politicas e espelhando o declínio
ou abandono da Ideia de Estado Liberal puro, abstencionista quanto à «coisa
económica», para albergar – ainda em salvaguarda do principio da liberdade do
comercio e da industria – a legitimação dos poderes do Estado para intervir na
Economia.
Os princípios não são rígidos, admitem restrições, excepções
concretizadas por limites dos princípios da justiça e de uma existência humana
digna impostos à liberdade económica particular. De acordo o artigo 151º, nº 1,
da Constituição de Weimar.

No mundo emergente socialista ou comunista inexistindo, à partida e por


intrínseca inerência estrutural, a separação entre Estado e a coisa económica,
as suas Constituições contêm proposições jurídicas e princípios sobre matérias
económicas e sociais.
O certo é que a origem e desenvolvimento da formação do conceito da
Constituição Económica surge no prolongamento da evolução do
Constitutcionalismo, ou melhor da Constituição Política, seio consolidado das
ideias da categoria jurídica dos Direitos, Liberdade e Garantias Fundamentais,
ou seja, nos valores supremos da comunidade.AULA-5-6-D
Constituição Económica lato sensu é o ordenamento essencial da organização
e disciplina social da actividade económica, ou como escolha política
fundamental entre liberdade e vinculação económica; stricto sensu é restringida
à Relação Estado-Empresa (propriedade privada, liberdade económica) versus
intervenção.AULA-6-N
Esta tendência histórica dos textos constitucionais consagraram
progressivamente, em grau variável de extensão, normas e princípios quanto à
organização e direcção das actividades económicas não cessou, antes ganhou
novo impulso e intensidade com a Crise económica de 29/30 e após a II
GuerraMundial até à actualidade em dois extremos modelares:
De um lado as Constituições dos Estados do mundo da liberdade do
comércio e da indústria (quer por pressão dos desequilíbrios com impacto
social provocados pela Guerra, quer pela constatação fáctica e de Ciência de
que a auto-regulação do mercado não é tão segura como a pureza embrionária
do principio) foram sucumbindo aos apelos e necessidades de intervenção em
múltiplas formas indirectas e directas. A tendência progride, ainda mais, por via
reflexa, dos danos que o económico causa ao ambiente, mormente pela
actividade industrial.
Do outro lado, as Constituições dos Estados do mundo socialismo-
comunismo (sob o primado da colectivização dos meios de produção e da
planificação central da economia), em que as normas e os princípios políticos
se confundem, sob base económica, com aqueles primados jus-económicos: O
ESTADO POLÍTICO, O ESTADO ECONÓMICO E SOCIAL. O espaço deixado
à iniciativa pessoal, privada e cooperativa consagra-se como residual.
As Constituições são aí necessariamente Económicas em intensidade e
extensão estruturante, legitimadora e programático-directiva.
Entre estes dois extremados MODELOS abstractos a realidade registou
Modelos Mistos, em que confluem normas e princípios jurídicos, de protecção
do ambiente contra danos causados pelo económico. AULA-6-D
Portanto, no percurso histórico das experiências modelares restam-nos
os valores fundamentais que reconduzem aos princípios da justiça, da
igualdade e da dignidade e progresso da pessoa humana. É assim que no
âmbito extensivo do conceito de CE se entroncam tipos e conceitos, quer da
Ciência do Direito quer da Ciência Económica: por um lado o conceito de
Constituição e por outro lado, o conceito de Sistema Económico.
Na verdade, as normas e princípios jurídicos da CE aderem, a um tipo
de Sistema Económico q lhes subjaz.
AULA-7-N-jafoienviado
Sistemas Económicos

Antes, faz-se necessário um breve bosquejo das concepções e seus


critérios definidores de Sistema Económico, com destaque para as concepções
de Marx, Sombart e Eucken.
A concepção de Marx tem por critério definidor o MODO DE
PRODUÇÃO o qual exprime a contradição material-histórico-dialética, entre a
natureza das relações de produção e o carácter das forças produtivas (meios
de produção «como compreendendo instrumentos de trabalho e objectos de
trabalho» e força de trabalho). O desenvolvimento dos modos de produção é
historicamente determinado pelo desenvolvimento das forças produtivas. As
relações de produção são as relações entre os sujeitos ou agentes económicos
e os meios de produção, expressas na forma de apropriação destes meios, por
seu turno, determinantes da classe social em que os sujeitos se integram. Ou a
relação é colectiva e de cooperação oué individual, privada e gera uma
contradição antagónica.

A concepção de Werner Sombart – a cuja elaboração não é estranha a


influencia de Marx, pelo próprio reconhecida – assente em três critérios: 1) o
móbil ou espírito (que no capitalismo é o lucro e no socialismo a solidariedade);
2) a forma (expressa pelos elementos sociais, jurídicos e institucionais relativos
ao trabalho, à propriedade e ao papel do Estado); 3) a substância (condensada
pela técnica utilizada, seu estádio de desenvolvimento).
Com estes três critérios Sombart retira três sistemas típicos: a economia
fechada, a economia artesanal e a economia capitalista.

A concepção de Eucken assenta no critério do tipo de plano ou tipo de


coordenação: se quem o plano é o próprio sujeito económico, agente de
mercado, temos a economia de mercado; se quem dita o plano, ordena a
economia é uma entidade exterior ao mercado e central, temos a economia de
direcção central. Eucken nega a existência de uma sucessão regular dos
sistemas, na História.
AULA-8-D
Sejam quais forem as concepções e as opções terminológicas
doutrinariamente preferidas, o certo é que se tratam de conceitos abstractos de
Sistema Abstractos, que da realidade, da ordem de vida, o que revela é que
são os Sistemas concretamente vigentes num determinado espaço de tempo.
Como referências abstractas, na época contemporânea, com efeito no
concreto, temos:
Por um lado, Sistema Capitalista ou de Economia de Mercado,
permeado pelos princípios da livre empresa ou liberdade económica, o móbil
do lucro (competição), concorrência e o principio da propriedade privada de
bens de produção.
Por outro lado, o Sistema Socialista ou de Direcção Central, que, sob
diversas nuances modelares, doutrinais e/ou retratadas na ordem concreta é
também qualificado de Sistema Comunista ou Colectivista, que por traves
mestras o princípio da direcção central, a planificação central sob motivação
ideal do bem-estar ou da solidariedade.
AULA-8-N

Noções de Constituição Económica

Constituição Económica é o conj. De normas e princípios constitucionais


relativos a economia.
Trata-se de normas que conferem o dir ao exercício da actividade
económica e anunciam restrições gerais a esse mesmo dir e colocam a
disposição do Estado um conj de instrumentos que lhe permitem regular o
processo económico e definir os objectivos que essa regulação deve obedecer.
Constituição Económica de ordem jurídica económica A Const Eça é
menos ampla do que a ordem jca da economia porque não incluem todas as
normas e princípios, mas apenas os princípios básicos isto deve-se ao facto da
Const deixar margem ao legislador ordinário para variar ou evoluir a ordem jca
da economia.
AULA-9-N
Constituição económica Actual

A Const angolana consagra a modalidade de economia de mercado em


que a organização económica social subordina-se ao poder político e a
coexistência de diversos tipos de propriedade também fazem parte da
constituiçao económica os dir e deveres dos trabalhadores.
A organização económica diferente ao poder político sobre as normas
que permitem auferir a distribuição de competência para definição da política
económica pelos órgãos de soberania.

CE ESTATUTARIA
É o conj das normas q tendem reagir sobre a ordem económica de modo
a provocar certos efeitos ou modificando-a e alterando em certo sentido
preestabelecido.
Significa o núcleo material de normas e princípios que, estruturando o
estatuto fundamental da organização e direcção das actividades económicas, e
por essa circunstância intrinsecamente legitimadora ou de garantia do sistema
cosntitucional-económico de formas a “ensinar o intérprete-aplicador a resolver
casos concretos”. Na sua dimensão perceptiva típica, são normas de aplicação
imediata ou directa ainda que nem sempre, na concretização das normas, tal
carácter seja linear, podendo deparar-se com fronteiras difusas.

CE PROGRAMÁTICA

Visa estabelecer uma determinada ordem económica alterando ao


mesmo passo a estrutura económica existente através da acção política dos
órgãos do Estado.
É a dimensão prospectiva das normas e princípios constitucional-
económicos, de aplicação diferida no tempo e mediatizável através de outros
meios, ou seja normas jurídicas ou decisões administrativas e/ou situações de
facto que as tornem plenamente eficazes. Realça-se plenamente, pois as
normas programáticas tendo vigência actual, terão uma eficácia vinculativa
face ao legislador, seu destinatário primordial que não o único, como por
exemplo: a Administração Pública e os sujeitos determinados pelas mesmas
normas; revelam ainda as ocorrências de factos, nomeadamente para a
execução de políticas económicas, conexas com as directrizes programático-
normativas.

FUNÇÕES DA C.E.

As funções da CE decorrem do seu objecto e natureza ou dimensão das


respectivas normas e princípios jurídicos de que revela comum a todos os
objectos específicos. Nesta linha enquadra-se as seguintes funções:
a) Função sistemática central ou unitária, que se exprime quer no
primado da Constituição quer no principio da unidade da Constituição, quer no
da conformidade com a Constituição e que têm como destinatários tanto o
legislador, como o intérprete-aplicador.

b) Função estruturante e legitimadora da delimitação dos poderes do


Estado e demais agentes que realizam ou participam na organização e
direcção da economia (revelam aqui aspectos de Sistema económico).

c) Função de garantia (intrinsecamente ligada ao anterior) dos direitos


liberdades e garantias económicos fundamentais, (outra trave mestra derivada
de elementos do sistema económico). Esta função, tal como a anterior, realiza-
se, essencialmente, numa dimensão preceptiva contraposta ao Estado.

d) Função directiva: aquela em que se realiza e manifesta toda à


dimensão prospectiva ou programática da CE, nas suas directrizes ou
objectivos económicos e nas incumbências cometidas ao Estado ou a outros
agentes, segundo as mais diversas formas de intervenção ou de concertação
para a sua concretização. É uma função que não deixa de reflectir certas
dimensões preceptivas dirigidas aos destinatários das respectivas normas, ao
legislador e à Administração Pública, quer em termos da eficácia vinculante,
quer em termos dos limites da sua acção, segundo princípios da
proporcionalidade, do meio menos lesivo e demais princípios fundamentais da
Constituição.
A CONSTITUIÇÃO ECONÓMICA ANGOLANA

A visão aberta e histórica da CE angolana tem seu inicio na Fase de


transição da Colónia portuguesa para a Independência de Angola e conduz-nos
necessariamente ao Acordo de Alvor, assinado em 15 de Janeiro de 1975
entre, por um lado o Estado de Portugal e, por outro, os três movimentos
armados, o qual no seu artigo 4º marca a data para a proclamação da
Independência de Angola «11 de Novembro de 1975» e no seu artigo 5º
preceitua que «o poder passa a ser exercido até à proclamação da
independência pelo Alto-Comissário e por uma Governo de Transição»

Do ponto de vista da CE a Lei Fundamental de 13 de Junho de 1975


cuja produção pressuponha o contributo de três projectos de cada um dos
Movimentos, partes no Acordo de Alvor e no Governo de Transição.

Nesta Lei Fundamental as normas e princípios jurídicos relativos as


matérias económicas apontavam para um Modelo de Economia de Mercado
que, advindo da ordem jus-económica anterior, apresenta reforçados
elementos de intervencionismo, sob as mais diferentes formas directas ou
indirectas: planeamento económico que no fundo, é o prolongamento do
planeamento já praticado em Angola, herança da Ordem Jus-Económica
Colonial da décadas de 60 a 70; actuação do Estado-empresario ou
intervenções de fomento e regime-quadro de intervenção em empresas
privadas, representado pelo Decreto-Lei n.º 128/75, de 07 de Outubro, cuja
vigência perdurou na 1ª e 2ª Fases da Independência até os nossos dias.

Com efeito a CE da referida LF assentava no principio da livre iniciativa


privada com incentivos ou limites de princípios opostos, ex: iniciativa pública e
intervenção do Estado, o qual não se excluía de agir como Estado-empresario
quer em empresas publicas, quer em sociedades de economia mista por ele
participadas, quer dirigindo a Economia: O Estado orienta e planifica a
economia nacional com o fim de desenvolver sistematicamente todos os meios
de produção dentro de um critério de justiça social.

A CE ECONÓMICA ANGOLANA NA 1ª FASE (1975-1988)

Durante a 1ª Fase sofreu sete revisões. De entre elas e do ponto de


vista do sentido e modelo de CE a Revisão de 07 de Janeiro de 1978 na
medida em que representa a recepção na Lei da opção socialista-marxista
decidida pelo I Congresso do MPLA. É uma viragem marcante face ao sentido
da CE anterior que vinha consagrado na versão original, ainda que com
pendores socializantes e mais expressivos em outras sedes legislativas da CE
material Lei 3/76, de 03 de Março, a Lei da política económica de resistência ou
Lei-Quadro das nacionalizações e confiscos de empresas e outros bens. Aula-
11-N

A CE da versão de 1975
a) Principio revolucionário da independência nacional (art. 1º)- Lei nº
3/76 de Nacionalização e confiscos de empresas (Titulo I); No âmbito
que vai desde o objectivo político de libertação do colonialismo aos
objectivos económicos quer da independência económica, quer em
particular.

b) Princípio da coexistência de sectores de produção e das relações


sociais justas (art. 9ª) No sentido fundamental a promoção da
instauração de relações sociais justas com todos os sectores de
produção

c) Princípios da Justiça e da Igualdade consagrado também no art. 9º


Quando proclama as relações sociais justas

d) Princípio do dirigismo económico (art. 2º e 8º) o Estado orienta e


planifica a economia nacional(âmbito programático)
e) Princípio da intervenção art. 10º (âmbito programático) Aqui abrange
o conj de formas directas e indirectas que para além do plano vêm
previstas e programadas nas Leis

f) Princípio programático das nacionalizações e confiscos. (âmbito


programático)

A CE assenta no espirito duma economia de resistência, adentro do qual


ao próprio sector privado não só é reconhecido o espaço mas protecção e
incentivação , verifica-se que estamos em presença elementos e princípios de
organização e direcção económicas típicos de modelos opostos: CE de
Economia de Mercado e CE de Direcção Central e inspiração socialista que em
combinação ou mutua limitação, sob os mais diversos mecanismos nos levam
a concluir que o Modelo da CE na 1ª Versão vigente entre 1975 e 1978 é misto,
de sentido compromissoriamente dirigido à justiça social, com componentes, já
marcadamente socializantes.

A CE Pós-Revisão de 1978

CE Socialista – Normas e princípios


a) Os princípios do socialismo e da direcção central; a propriedade
socialista do art. 9ª e o centralismo democrático do art. 32º. A
revisão feita a LC em 07 de Janeiro de 1978marcou a viragem
do modelo misto para uma CE socialista.

b) Repercussão em outras normas e princípios. São eles: art.1 a


condenação da exploração do homem pelo homem; art. 8º o
grau de intervencionismo passa a integrar o sentido da direcção
ou planificação central; art. 10o sector privado vê-se mais
limitado não só pelo principio da adequação ao interesse
económico nacional como do ora alargamento das relações de
produção socialista (art. 9º)
c) O alcance restringido do principio da coexistência de sectores.
Redobrada restrição operáveis pelos princípios do socialismo e
da direcção central: o sector privado resta coexistente porém,
estritamente residual e cingido à iniciativa privada de
investimento estrangeiro que carreie transferencia de tecnologia
ou empresas que ainda permanecem intervencionadas ou de
empresas privadas nacionais com caracter excepcional.

d) Princípio de reserva publica universal da actividades e


excepções: aquele alcance restritivo tem ainda outra
manifestação no acesso não livre da iniciativa privada às
actividades económicas.

A CE ECONOMICA ANGOLANA NA 2ª FASE (1988-1992)

A CE socialista que se formou com a Revisão Constitucional 1978 desenvolve-


se com todo o figurino supra descrito, inalterada com uma vigência q dura uma
década: de Janeiro de 1978 até meados de 1988. A partir dai a CE registou
uma evolução com alterações profundas ate se chegar à negação do Modelo
socialista e regressar ao Modelo Misto em 1992.
Em Junho e Julho de 1992 é publicado 1 conj de Leis contendo normas
e princípios fundamentais reordenadores da economia corporizando a
implementação do designado Programa de Saneamento Económico e
Financeiro. É o q designou-se por Pacote Legislativo do S.E.F. de q se
destacam as seguintes leis mais relevantes depois regulamentadas ao longo
dos anos 1989 por diante:
– Lei nº 8/88, de 25 de Junho – Lei sobre os Títulos do Tesouro;
– Lei nº 9/88, de 02 de Julho – Lei Cambial;
– Lei nº 10/88, de 02 de Julho – Lei das actividades Económicas;
– Lei nº 11/88, de 09 de Julho – Lei de Bases Gerais das Empresas
Estatais;
– Lei nº 12/88, de 09 de Julho – Lei da Planificação.

O pacote legislativo do SEF operou uma ampla abertura material e uma


mobilidade vertical e horizontal da CE socialista de 1978, que se poderá
invocar a inconstitucionalidade material dessas Leis.

Em virtude do pacote legislativo de 1988 não ter surgido mediante uma prévia
Revisão Constitucional de 11/11/75, na sua versão e modelo de direcção
central de 1978, nenhuma das suas disposições consagram uma revogação ou
derrogação expressa da Lei Constitucional. Numa linha de pensamento
formalista se sustentaria que estaríamos perante uma inconstitucionalidade .
Já pela linha de pensamento sistemático axiológico – teológico, não é essa a
posição que perfilha mas a de que se esteve perante uma ampla e profunda
abertura ou mobilidade da CE socialista. Pressupõe-se que a Lei Constitucional
de 11/11/75 se integra naquele tipo de Constituições que dá pelo nome de
constituições flexíveis. (mas isso até à Revisão de 1991)
Afirma-se pela abertura, pela mobilidade e flexibilidade até à Revisão de 1992,
tanto quanto até aí a Lei Constitucional de 11/11/75/78 à semelhança das
Constituições de outros estados e ao contrario do que passou a ter com a
revisão de 1992 pela Lei nº 23/92 de 16 de Setembro, parcialmente antecipada
pela Lei nº 12/91 ou Revisão de 1991.Aula do dia 06/05/08

Normas e princípios

a) O princípio da propriedade socialista: sofre restrições que se lhe opõem


em diversos graus antónimos ou de tensão, representadas pela
consagração do princípio redimensionamento do Sector Empresarial do
Estado que não mais é do um eufemismo linguistico da consagração
material do princípio das (re)privatizações, se tomado num sentido
amplo. O alargamento programático do artigo 9º é agora invertido em
diminuição programática.
b) Princípio da coexistência de sectores: art. 4º a actividade económica
poderá exercer-se sob a forma empresarial, familiar ou individual,
integrando as formas de Empresas do Estado, empresas mistas,
cooperativas e empresas privadas as todas sendo reconhecido o direito
de livre associação económica.
c) Principio das reservas públicas e princípio do livre acesso; sub-princípio
do licenciamento

Do elenco e regime das reservas públicas postulado pela Lei nº 10/88


pode-se distinguir entre Absolutas e Relativas.
Reservas Absolutas: Actividade bancaria central e emissora (Banco
Central e emissor); a industria bélica; as actividades consideradas como de
serviços públicos e reservados à Administração Pública, tais como:
educação e ensino, serviços sanitários, assistência social, cultura física e
desportos.
Reservas Relativas: distribuição de água e electricidade para consumo
público; saneamento básico, telecomunicações públicas e correios;
comunicação social, transportes.

d) Princípio da direcção e planificação central

e) Intervenção (subprincípios e formas directas e indirectas)


f) Privatizações
g) Nacionalizações e confiscos.

Você também pode gostar