razor Martinho Lutero Origem: Wikipédia, a encielopédia live. Martinho Lutero, em alemio Martin Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um ‘monge catélico agostiniano e professor de teologia germinico que foi figura central da Reforma Protestante. Que ficando contra os conceitos da Igreja Catélica veementemente contestando a alegagao de que a liberdade da punigio de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, contfontou o vendedor de indulgéneias Johann Tetzel com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Ledo X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou em sta excomunhio pelo Papa e a condenago como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Antigo, Lutero ensinava que a salvagdo nilo se consegue com boas ages, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graga, através da f& em Jesus como iinico redentor do pecador. ‘Apesar disso, em suas teses ndo negava a necessidade da confissao, considerando-a necesséria para o perdao da falta ' Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Catélica Romana, pois ele ensinava que a Biblia é a tnica fonte de conhecimento divinamente revelada? e opds-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os eristdos batizados como um sacerdécio santo.? Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos, Em seus iitimos anos, Lutero tornou-se algo antissemita, chegando a escrever que as casas judaicas deveriam ser destruidas, e suas sinagogas queimndas, dinheiro confiscado e liberdade cerceada. FE: estudiosos, * indice 1 Primeiros anos de vida 2 Vida monistica e académica 3 A controvérsia acerca das indulgéneias, 4 A resposta do Papado 5 Aumenta a cisaio = 5.1 Lutero durante os acontecimentos. hplptwpedia orkiMertinho (utero Martinho Lutero—Wkipédia, a encicopédia vee Martinho Lutero Nome completo ‘Latero em 1529 por Lucas Cranach Martinus Luter (Martin Luther) Nascimento 10 de novembro de 1483 Morte Conjuge ‘Ocupasio Bisleben If Sacro Império Romano- Germanico 18 de fevereiro de 1546 (62 anos) Bisleben I Sacro Império Romano- Germanico Catarina von Bora (1499-1552) tedlogo Assinatura WY afirmages fizeram de Lutero uma figura controversa entre muitos historiadores e nerwvan Mario Lero—Wiipia, a eciclopéia eo = 5.2 Os tratados de 1520 = 5.2.1 4 Nobreza alema = 5.2.2 O cativeiro babildnico = 5.2.3 Liberdade de um Cristéo = 5.3 A exconmmhio = 6A Dieta de Worms = 7 Processo Romano = 8 Exilio no Castelo de Wartburg = 9 Regresso a Wittenberg ¢ os Sermdes Invocavit = 10 Matriménio e familia = 11 Anti-semitismo = 12.A guerra dos camponeses = 13 A discordancia com Jodo Calvino = 14 Falecimento = 15 Obras importantes = 16 Reabiltagdo de Lutero? = 17 Declaragdo conjunta sobre a doutrina da Justific = 18 Referéncias = 19 Ver também = 20 Ligagdes externas Primeiros anos de vida Martinho Lutero, cujo nome emalemio era Martin Luther ou Luder, era filho de Hans Luther e Margarethe Lindemann, Mudou-se para Mansfeld, onde seu pai dirigia varias minas de cobre. Tendo sido criado no campo, Hans Luther desejava que seu filho viesse a se tornar um fimcionario pibblico, melhorando, assim, as condigdes da familia, Com esse objetivo, enviou o ja velho Martinho para escolas em Mansfeld, Magdeburgo ¢ Eisenach. Aos dezessete anos, em 1501, Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, onde tocava alate e onde recebeu 0 apelido de O Filésofo. Ainda na Universidade de Erfirt, estudou a filosofia nominalista de Ockham (as palavras designam apenas coisas individuais; nfo atingem os “universais”, as realidades presentes em todos os individuos, como por exemplo a natureza humana; em consequéncia, nada pode ser conhecido com certeza pela razio natural, exceto as realidades concretas: esta pessoa, aquela coisa). Esse sistema dissolvia a harmonia mukissecular entre a ciéncia e a £8 que tanto havia sido defendida pela escolistica de "Sdo Jesus Cristo", pois essa filosofia baseava-se unicamente na vontade de Deus. O jovem estudante graduou-se bacharel em 1502 e conchiiu o mestrado em 1505, sendo o segundo entre dezessete candidatos.> Seguindo os desejos matemos, inscreveu-se na escola de direito da mesma universidade. Mas tudo mudou apés uma grande tempestade com descargas elétricas, ocorrida rnaquele mesmo ano (1505): um raio caiu préximo de onde ele estava passando, ao voltar de uma visita & casa dos pais, Aterrorizado, teria, entao, gritado: "Ajuda-me, Sant’Ana! Eu me tornarei um monge!" Tendo sobrevivido aos raios, deixou a faculdade, vendeu todos os seus livros, com excegio dos de Virgilio, ¢ entrou para a ordem dos Agostinianos, de Frankfurt, a 17 de julho de 1505. Vida monastica e académica hppLwipedia orkiMertinho (utero angrevo Marto Litero Wp, aeciclpéia tee jovem Martinho Lutero dedicou-se por completo a vida no mosteiro, empenhando-se em realizar boas obras a fim de agradar a Deus ¢ servir a0 proximo através de oragdes por suas almas. Dedicou-se intensamente & meditagao, as autoflagelagdes, as mits horas de oragdo dirias, as peregrinagdes e & confissao, Quanto mas tentava ser agradvel ao Senhor, mais se dava conta de seus pecados? Johann von Staupitz, o superior de Lutero, conchiit que o jovem necessitava de mais trabalhos, para afastar-se de sua excessiva reflexio, Ordenou, portanto, ao monge que iniciasse uma carreira académica. Em 1507, Lutero foi ordenado sacerdote. Em 1508, comegou a kecionar teologia na Jf Se, a ‘ Rs a Z Universidade de Wittenberg, Lutero Tecebeu seu bacharelado em estudos es = biblicos em 19 de margo de 1508. Dois anos depois, vistou Roma, de onde {mat pasyune aanea regressou bastante decepcionado.® JSoRUMITAT WETWs GeRA teas occiBVos. Boe Em 19 de outubro de 1512, Martinho Lutero graduou-se Doutor em i ‘ Teologia ¢, em21 de outubro do mesmo ano, foi "tecebido no Senado da Latero com a tonsura monistica. Faculdade Teologica" com o titulo de "Doutor em Biblia", Em 1515, foi nomeado vigario de sua ordem tendo sob sua autoridade onze monastérios, Durante esse periodo, estudou grego hebraico, para aprofimdar-se no significado ¢ origem das palavras utilizadas nas Escrituras - conhecimentos que logo utilizaria para a sua propria tradugdo da Biblia, A controvérsia acerca das indulgéncias Akim de suas atividades como professor, Martinho Lutero ainda colaborava como pregador ¢ confessor na igreja de Santa Maria, na cidade. Também pregava habitualmente na igreja do Castelo (chamada de "Todos os Santos" - porque ali havia uma colegao de reliquias, estabelecidas por Frederico III da Saxdnia). Foi durante esse periodo que o jovem sacerdote se deu conta dos problemas que o oferecimento de indulgéncias aos figis, como se esses fossem fregueses, poderia acarretar. A indulgéncia é a remissdo (parcial ou total) do castigo temporal imputado a alguém por conta dos seus pecados (aplicavel apenas a alguém que esteja em estado de graga, ou seja, livre de pecados graves, ¢ arrependido de todos os seus pecados veniais. Naquele tempo, o papa havia concedido uma indulgéncia plendria para quem doasse qualquer quantia para a reforma da Basilica de Sdo Pedro. O ffade Johann Tetzel fora recrutado para viajar através dos territérios episcopais do arcebispo Alberto de Mogtncia, mas sua campanha tomou a linha de uma venda, pois este fiade, posteriormente punido por isso, dizia que "Assim que uma moeda tilnta no coffe, uma alma sai do Purgatério".? Lattero viu este tréfico de indulgéncias como um abuso que poderia confimdir as pessoas e levé-las a confiar apenas nas indulgéncias, deixando de lado a confissio ¢ o arrependimento verdadeiros. Proferiu, entdo, trés, sermbes contra as indulgéncias em 1516 ¢ 1517, Segundo a tradigio, em 31 de outubro de 1517 foram afixadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Essas teses condenavam o que Lutero acreditava ser a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso e pediam um debate teobigico sobre o que as Indulgéncias significavam. Para todos os efeitos, contudo, nelas Lutero nao questionava diretamente a autoridade do Papa para conceder as tais indulgéncias. hppLwipedia orkiMertinho (utero aetenzote Mart Lito Wii, enclave As 95 Teses foram logo traduzidas para o aleniio e amplamente copiadas ¢ impressas. Ao cabo de duas semanas se haviam espalhado por toda a Alemanha e, em dois meses, por toda a Europa. Este foi o primeiro episédio da Histéria em que a imprensa teve papel findamental, pois faciltou a distribuigdo simples e ampla do documento. A resposta do Papado Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo que ele seria um "alemdo bébado que escrevera as teses", € afirmando que "quando estiver sébrio mudaré de opinido" 0 Papa Ledo X ordenou, em 1518, ao professor de teologia dominicano Silvestro Mazzolini que investigasse 0 assunto, Este demunciou que Lutero se opunha de maneira implicita 4 autoridade do Sumo Pontifice, quando discordava de uma de suas bulas. Declarou ser Lutero um herege e escreveu uma refitagao académica as suas teses. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio ¢ uma apostasia. Lutero replicou de igual forma (academicamente), dando assim inicio & controvérsia. Enquanto isso, Lutero tomava parte da convengao dos agostinianos em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escraviddo do homem ao pecado ¢ a graga divina, No decorrer da controvérsia sobre as indulgéneias, 0 debate se elevou até o ponto de duvidar do poder absoluto ¢ autoridade do Papa, pois as doutrinas de "Tesouraria da Igreja" ¢ "Tesouraria dos Merecimentos", que serviam para reforgar a doutrina ¢ venda e das indulgéneias, haviam se baseado na bula papal "Unigenitus", de 1343, do Papa Clemente VI. Por causa de sua oposigdo a esta doutrina, Lutero foi qualficado como heresiarca e o Papa, decidido a suprimir por completo os seus pontos de vista, ordenou que ele fosse chamado a Roma, viagem que deixou de ser realizada por motivos politicos. Lutero, que anteriormente professava a obedigneia implicita 4 Igreja, negava agora abertamente a autoridade papal e apelava para que fosse realizado um Coneflio. Também declarava que o papado nfo formava parte da esséncia inntivel da Igreja original. Desejando manter relagdes amistosas com o protetor de Lutero, Frederico, 0 Sdbio, o Papa engendrou uma tentativa final de alcangar ums solugdo pacifica para o conflito. Uma conferéncia com o representante papal Karl von Milt em Altenburg, em janeiro de 1519, levou Lutero a decidir guardar siléncio, tal qual seus opositores. Também escreveu uma humilde carta ao Papa ¢ comps um tratado demonstrando suas opinides sobre a Igreja Catélica, A carta nunca chegou a ser enviada, pois no continha nenhuma retratagdo; e no tratado que compés mais tarde, negou qualquer efito das indulgéneias no Purgatério. Quando Johann Ecko desafiou um cokega de Lutero, Andreas Carlstadt, para um debate em Leipzig, Lutero junfou-se 4 discussio (27 de junho- 18 de julho de 1519), no curso do qual negou o direito divino do solidéu papal € da autoridade de possuir 0 as chaves do Céu que, segundo ele, haviam sido outorgadas apenas ao préprio Apéstolo Pedro, nao passando para seus suc s.|' 12 Negou que a salvagdo pertencesse Igreja Catdlica ocidental sob a autoridade do Papa, mas que mantinha na Igreja Ortodoxa, do Oriente. Depois do debate, Eck afirmou que forgara Lutero a admitir a semelhanga de sua propria doutrina coma de Joao Huss, que havia sido queimado na fogueira da Inquisigio, Alguns meses apés a chegada dos cardeais vindos de Roma, Martinho Lutero, monge da Igreja Catélica, doutor em Humanidades pela Universidade de Erfurt e professor da Universidade de Wittenberg Aumenta a cisio Lutero durante os acontecimentos hppLwipedia orkiMertinho (utero angrevo Marto Litero Wp, aeciclpéia tee Nao parecia haver esperangas de entendimento. Os eseritos de Lutero circulavam amplamente, alcangando Franga, Inglaterra e Italia, em 1519, e os estudantes dirigiam-se a Wittenberg para escutar Lutero que, naquele momento, publicava seus comentirios sobre a Epistol aos Galatas e suas "Operationes in Psalmos" (Trabalho nos Salmos). As controvérsias geradas por seus escritos levaram Lutero a desenvolver suas doutrinas mais a findo, e o seu "Sermio sobre o Sacramento Abengoado do Verdadeiro e Santo Corpo de Cristo, e suas Irmandades", ampliou o significado da Eucaristia para inclu também o perdao dos pecados e ao fortalecimento da f naqueles que a recebem, Alm disso, ele ainda apoiava a realizagdo de um coneilo a fim de restituir a comumbio. O conceito luterano de “igreja" foi desenvolvido em seu "Von dem Papsttum zu Rom" (Sobre 0 Papado de Roma), uma resposta ao ataque do fianciseano Augustin von Alveld, em Leipzig (junho de 1520). Enquanto ‘© seu "Sermon von guten Werken" (Sermo das Boas Obras), publicado Martinho Lutero. na primavera de 1520, era contratio a doutrina catélica das boas obras ¢ dos atos como meio de perdao, mantendo que as obras do crente so verdadeiramente boas, quer para o secular como para o ekrigo, se ordenadas por Deus, Os tratados de 1520 A Nobreza alema ‘A disputa havida em Leipzig, em 1519, fez. com que Lutero travasse contato com os humanistas, especialmente ‘Melanchthon, Reuchlin e Erasmo de Roterdd, que por sua vez também influenciara ao nobre Franz von Sickingen. Von Sickingen e Silvestre de Schauenbur queriam manter Lutero sob sua protego, convidando-o para seus castelos na eventualidade de ndo ser-Ihe seguro permanecer na Sax6nia, em virtude da proscrigdo papal. Sob essas circunstincias de crise, ¢ conffontando aos nobres alemiies, Lutero escreveu "d Nobreza Crista da Nagao Alema” (agosto de 1520), onde recomendava ao laicado, como um sacerdote espiritual, que fizesse a reforma requerida por Deus, mas abandonada pelo Papa e pelo cero. Pela primeira vez Lutero referiu-se ao Papa como o Anticristo!> As reformas que Lutero propunha nao se referiam apenas a questes doutrinérias, mas também aos abusos eckesidsticos: = a dimimuigdo do niimero de cardeais ¢ outras exigéneias da corte papal a aboligo das rendas do Papa; = oreconhecimento do govemno secular; = arentincia da exigéncia papal pelo poder temporal; = aaboligo dos Interditos e abusos relacionados com a excomunhio; = a aboligdo das peregrinagdes nocivas; = acliminagdo dos excessivos dias santos; = a supressio dos conventos para monjas, da mendicidade e da suntuosidade; a reforma das universidades; = a.ab-rogagdo do celibato do ckro; * ¢, fnalmente, uma reforma geral na moralidade piblica, reppoiMpedaorghukMartite ero 9revo Macino Luter — iin ences tire Muitas destas propostas refletiam os interesses da nobreza alemi, revoltada com sua submissiio ao Papa e, principalmente, como fato de terem que enviar riquezas a Roma, O cativeiro babilénico Lutero gerou mnitas polémicas doutrindrias com seu "Preliidio no Cativeiro Babildnico da Igreja", em especial no que diz respeito aos sacramentos = Eucaristia - apoiava que fosse devolvido 0 "cdlice" ao lnicado; na chamada questo do dogma da transubstanciagao, afimava que era reala presenga do corpo e do sangue do Cristo na eucaristia, mas refitava 0 ensinamento de que a eucarista era o sacrificio oferecido por Deus. * Batismo - ensinava que trazia a justiicagao apenas se combinado coma ff salvadora em o receber; de fito, mantinha o principio da salvagao inclusive para aqueles que mais tarde se convertessem. = Peniténcia - afirmou que sua esséncia consiste na palavra de promessa de desculpas recebidas com fé. Para ele, apenas estes trés sacramentos podiam assim ser considerados, pois sua instituigdo era divina e a promessa da salvagdo de Deus estava conexa a eles. Contudo, em sentido estrito, apenas 0 batismo e a eucaristia setiam verdadeiros sacramentos, pois apenas els tinham o "sinal visivel da instituigo divina’: a Agua no batismo & © pao e vinho da eucaristia, Lutero negou, em seu documento, que a confirmacdo (Crisma), 0 matriménio, a ordenagao sacerdotal ¢ a extrema-ungdo fossem sacramentos Liberdade de um Cristéo Da mesm forma, o completo desenvolvimento da doutrina de Lutero sobre a salvagdo e a vida crist8 foi exposto em "A Liberdade de um Cristo" (publicado em 20 de novembro de 1520, onde exigia uma completa unizio com Cristo mediante a palavra através da fe a inteira liberdade do cristo como sacerdote ¢ rei sobre todas as coisas exteriores, ¢ um perfeito amor ao préximo), As duas teses que Lutero desenvolve nesse tratado complementares: jo aparentemente contraditérias, mas, em verdade, so = "0 cristo é um senhor lidérrimo sobre tudo, a ninguém sujeito"; = °O cristo é um servo oficiosissimo de tudo, a todos sujeito" A primeira tese é valida “na {8 a segunda, "no amor’. A excomunhio A.15 de junho de 1520, o Papa advertin Lutero, coma bula "Exsurge Domine", onde 0 ameagava coma excomunhio, a menos que, num prazo de setenta dias, repudiasse 41 pontos de sua doutrina, destacados pela Igrey Em outubro de 1520, Lutero enviou seu escrito "4 Liberdade de um Cristo" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu ndo me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". hppLwipedia orkiMertinho (utero angrevo Macino Luter — iin ences tire Enquanto isso, um rumor chegara de que Johan Ech saira de Meissem com uma proibigdo papal, enquanto este se promunciara realmente a 21 de setembro. O ihimo esforgo de paz de Lutero foi seguido, em 12 de dezembro, da queima da bula, que ja tinha expirado hi 120 dias, e 0 decreto papa de Wittenberg, defendendo-se com seus "Warum des Papstes und seiner Jiinger Biicher verbrannt sind" e "Assertio omnium articulorum". O Papa Leo X excomungou Lutero a 3 de janeiro de 1521, na bula "Decet Romanum Pontificem". A execugio da proibigdo, com eftito, foi evitada pela relago do Papa com Frederico III da Saxénia, e pelo novo imperador, Carlos I de Espanha (Carlos V de Habsburgo), que julgou inoportuno apoiar as medidas contra Latero, diante de sua posigdo face & Dieta. A Dieta de Worms O Imperador Carlos V inaugurou a Dieta real a 22 de janeiro de 1521. Lutero foi chamado a renunciar ou confitmar seus ditos e foF Ihe outorgado um salvo-conduto para garantir-Ihe o seguro deslocamento. A.16 de abril, Lutero apresentou-se diante da Dieta. Johann Eck, assistente do Arcebispo de Trier, mostrou a Lutero uma mesa cheia de cépias de seus escritos. Perguntou-lhe, entdo, se os livros eram seus e se ele acreditava Castelo Wartburg em Eisenach. naquilo que as obras diziam, Lutero pediu um tempo para pensar em sua resposta, o que lhe foi concedido. Este, entdo, isolou-se em oragio e depois consultou seus aliados e amigos, apresentando-se & Dieta no dia seguinte. Quando a Dieta veio a tratar do assunto, © conselheiro Eck pediu a Lutero que respondesse explicitamente & seguinte questo: "Lutero, repeles seus livros ¢ os erros que eles contém?" Lutero, entéo, respondeu: "Que se me convencam mediante testemunho das Escrituras ¢ claros argumentos da razao - porque ndo acredito nem no Papa nem nos concilios jé que esté provado amitide que estdo errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciéncia e unido & palavra de Deus. Por isto, no posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciéncia nao é seguro nem saudével." acordo coma tradigdo, Lutero, endo, proferiu as seguintes palavras "Nao posso fazer outra coisa, esta é a minha posicdo. Que Deus me ajude!!4 ‘Nos dias seguintes, seguiram-se muitas conferéncias privadas para determinar qual o destino de Lutero. Antes que a decisio fosse tomada, Lutero abandonou Worms, Durante seu regresso a Wittenberg, desapareceu. O Imperador redigiu o Edito de Worms a 25 de maio de 1521, declarando Martinho Lutero fugitive proscrevendo suas obras. e herege, ¢ Processo Romano hppLwipedia orkiMertinho (utero m9tenzote Marto Litero Wp, aeciclpéia tee Em Junho de 1518, foi aberto o processo contra Lutero, com base na publicagiio das suas 95 Teses. Alegava-se, como exame do processo, que ele incorria em heresia. Nas aulas que ministrava na Universidade de Wittenberg, espides registravam seus comentirios negativos sobre a excomumhio. Depois disso, em agosto de 1518, 0 processo foi alterado para heresia notéria, Lutero foi convidado a ir a Roma, onde teria que desmentir sua doutrina. Latero recusou-se a fazé-lo, alegando razbes de saiide; ¢ pretendeu una audigneia em territorio alemiio. O seu pedido baseava-se no argumento (Gravamina) da Nagio ‘Alea. Seu pedido foi accito, ele foi convidado para uma audiSneia como cardeal Cactano de Vio (Tomis Caetano), durante a reunito das cortes (Reichstag) imperias de Martinho Lutero e o Cardeal Caetano, em 1557 Augsburg. Entre 12 e 14 de outubro de 1518, Lutero falou a Caetano, Este pedin-lhe que revogasse sua doutrina, utero recusou-se a fazé-lo Do lado romano, o caso pareceu terminado, Por causa da morte de Imperador Maximiliano I (janeiro de 1519), houve uma pausa de dois anos no andamento do processo, O Imperador tinha decidido que seu sucessor seria Carlos (futuro Carlos V). Por causa das pertengas de Carlos em Itilia, o papa renascentista Ledo X receava 0 cerco do Estado da Igreja e procurava evitar que os principes-eleitores alemaes (Kurflrsten) renunciassem a Carlos. O papel de protetor de Lutero assumido por Frederico, o sibio, levou a que Roma pedisse que Karl von Miliz: intercedesse junto ao principe por uma sohigdo razodvel. Apés a escolha de Carlos V como imperador (26 de junho de 1519), 0 processo de Lutero voltaria a ser alvo de preocupagdes ¢ trabalhos. Em junho de 1520, reapareceu a ameaga no escrito "Exsurge Domini e, em janeiro de 1521, a bula "Decet Romanum Pontificem excomungou Lutero. Seguiu-se, eno, a ameaga oficial do imperador (Reichsacht). Notavel &, no entanto, que Lutero foi, mais uma vez, recebido em audiéneia, © que também deixou claras as diferengas entre © papado ¢ o império. Carlos foi o tiltimo rei (apés uma reconeiliagdo) a ser coroado imperador pelo papa. Nos dias 17 ¢ 18 de abril de 1521 Lutero foi ouvido na Dieta de ‘Worms (conferéneia governativa) e, apés ter negado a revogagdo da sua doutrina, foi publicado o Edito de Worms, banindo Lutero. Exilio no Castelo de Wartburg O selo de Lutero. O segiiestro de Lutero durante a sua viagem de regresso da Dieta de Wom foi arranjado, Frederico, o sabio ordenou que Lutero fosse capturado por um grupo de homens mascarados a cavalo, que o levaram para o Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde ele permaneceu por cerca de um ano, Deixou crescer a barba e tomou as vestes de um cavaleiro, assumindo o pseudénimo de Jérg. Durante esse periodo de retiro forgado, Lutero trabalhou na sua célebre tradugdo da Biblia para o alemao. hppLwipedia orkiMertinho (utero angrazor Martinho Lutero pregando no Castelo Wartburg, quadro de Hugo Vogel. Martinho Lutero—Wkipédia, a encicopédia vee Como inicio da estadia de Lutero em Wartburg, comegou um periodo muito construtivo de sua carreira como reformista. Em seu "Deserto” ou "Patmos" (como ele mesmo chamava, em suas cartas) de Wartburg, comegou a tradugaio da Biblia, da qual foi impresso 0 Novo Testamento, em setembro de 1522. Em Wartburg, ele produziu outros escritos, preparou a primeira parte de seu Guia para Parocos ¢ "Von der Beichte" (Sobre a Confissdo), em que nega a obrigatoriedade da confiss4o, e admite como saudével a confissdo privada voluntéria, Também escreveu contra o Arcebispo Albrecht, a quem obrigou, com isso, a desistir de retomar a venda das indulgéncias. Em seus ataques a Jacobus Latomus, avangou em sua visio sobre a relagao entre a gragae a lei, assim como sobre a natureza revelada pelo Cristo, distinguindo © objetivo da graga de Deus para o pecador que, por acreditar, é justificado por Deus devido 4 justiga de Cristo, pois a graga salvadora reside dentro do homem pecador. Ainda mostrou que o "principio da justificagao" & insuficiente, ante a persisténcia do pecado depois do batismo - pela ineréncia do pecado em cada boa obra, Lautero, amitide, escrevia cartas a seus amigos ¢ aliados, respondendo-Ihes ou perguntando-lhes por seus pontos de vista ¢ respondendo-Ihes aos pedidos de conselhos. Por exemplo, Felipe Melanchthon lhe escreveu perguntando como responder acusago de que os reformistas renegavam a peregrinago e outras formas tradicionais de piedade. Lutero respondeu-Ihe em 1 de agosto de 1521: "Se és um pregador da misericérdia, ndo pregues uma misericérdia imagindria, mas sim uma verdadeira, Se a misericérdia é verdadeira, deve penitenciar ao pecado verdadeiro, nao imaginario Deus néo salva apenas aqueles que sdo pecadores imagindrios. Conhega o pecador, e veja se os seus pecados sao fortes, mas deixai que tua confianca em Cristo seja ainda mais forte, e que se alegre em Cristo que é 0 vencedor sobre o pecado, a morte e 0 mundo. Cometeremos pecados enquanto estivermos aqui, porque nesta vida nao hé um sé lugar onde resida a justia. Nés todos, sem embargo, disse Pedro (2* Pedro 3:13), estamos buscando mais além um novo céu e uma nova terra onde a justiga reinaré Seu quarto no castelo de Wartburg, em Eisenach, hppLwipedia orkiMertinho (utero Enquanto isso, alguns sacerdotes saxdnicos haviam remunciado ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam 0s votos monisticos. Lutero, em seu De votis monasticis (‘Sobre 9s votos mondisticos), aconselhava-os a ter mais cautela, aceitando, no fundo, que os votos eram geralmente tomados "com @ intencdo da salvacao ou & busca de justificagao". Coma aprovacdo de Lutero em seu "De abroganda missa privata (Sobre a abrogacao da missa privada), mas contra a firme oposigdo de seu prior, os agostinianos de Wittenberg realizaram a roca das formas de adoragdo e terminaram com as missas. Sua violéncia e intolerdncia certamente desagradaram Lutero que, em principios de dezembro, passou alguns dias entre cles. Ao retomar para Wartburg, escreveu "Eine treue Vermahnung ... vor Aufruhr und Empérung" (Uma sincera admoestagdo por anetenzote Mart Lito Wii, enclave Martinho Lutero a todos os cristdos para que se resguardem da insurreigdo e rebelido). Apesar disso, em Wittengerg, Carlstadt e o ex-agostiniano Gabriel Zwiling reclamavam a aboli¢ao da missa privada e da comumhio em duas espécies, assim como a eliminagao das imagens nas igrejas e a ab-rogagao do celibato. Regresso a Wittenberg e os Sermées Invocavit No final do ano de 1521, os anabatistas de Zwickau se entregam & anarquia. Contrario a tais concepgdes radicais ¢ temendo seus resultados, Lutero regressou em segredo a Wittenberg, em 6 de margo de 1522. Durante oito dias, a partir de 9 de margo (domingo de Invocavit) e conchiindo no domingo seguinte, Lutero pregou outros tantos sermies que tomaram-se conhecidos como os "Sermées de Invocavit". Nessas pregagdes, Lutero aconselhou uma reforma cuidadosa, que leve em considerago a consciéncia daqueles que ainda nao estivessem persuadidos a acolher a Reforma, A consagragao do pao foi restaurada por um tempo ¢ 6 célice sagrado foi ministrado somente Aqueles do laicado que o desejaram, O canon das missas, devido ao seu cardter imolatéri, foi suprimido. Devido ao sacramento da confissio ter sido abolido, verificou-se a necessidade que muitas pessoas ainda tinham de conféssar-se em busca do perdao. Esta nova forma de servigo foi dada a Lutero em "Formula misse et communionis" (Formula da missa e Comunhdo), de 1523. Em 1524 surgiu 0 primeiro hinério de Wittenberg, com quatro hinos Como aquela parte da Saxdnia era governada pelo Duque Jorge, que proibira seus escritos, Lutero declarou que a autoridade civil ndo podia promulgar kes para a alma, Fez isso em sua obra: "Uber die weltliche Gewalt, wie weit man ihr Gehorsam schuldig sei" (Autoridade Temporal: em que medida deve ser obedecida). Matrimonio e familia Emabrilde 1523, Lutero ajudou 12 fieiras a escaparem do cativeiro no Convento de Nimbschen. Entre essas freiras encontrava-se Catarina von Bora, filha de nobre familia, com quem veio a se casar, em 13 de junho de 1525. Desta unido nasceram seis filhos: Johannes, Elisabeth, Magdalena, Martin, Paul e Margaretha. Dos seis fos, Margaretha foi a tinica que manteve a linhagem até os dias de hoje. Um descendente iustre da familia Lutero é 0 ex-presidente alemiio Paul von Hindenburg. © casamento de Lutero coma ex-ffeira cisterciense incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma, Foi um rompimento definitive com a Igreja Romana. Anti-semitismo “Martinho Lutero foi anti-semita:!5 16 17 "A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais apés serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e jéias, prata e Catarina von Bora, esposa de ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas Lutero (retrato feito por Lucas casas derrubadas e destruidas (...), pastos sob um telheiro ou Cranach 0 Velho - 1526) hppLwipedia orkiMertinho (utero s18revo Macino Luter — iin ences tire estébulo como os ciganos (...), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nds e se queixassem incessantemente a Deus". ~ "Sobre os judeus e suas mentiras" de Martinho Lutero,!8 19 20 21 O historiador Robert Michael escreve que Lutero estava preocupado com a questio judaica toda a sua vida, apesar de dedicar apenas uma pequena parte de seu trabalho para ela.” 5 4 Seus principais trabalhos sobre os judeus so Von den Juden und thren liigen ("Sobre os judeus e suas mentiras"), ¢ Vom Schem Hamphoras und vom Geschlecht Christi ("Em Nome da Santa linhagem de Cristo") - reimpressas cinco vezes dentro de sua vida - ambas escritas em 1543, trés anos antes de sua morte.”* Nesses trabalhos Lutero afirmou que os judeus ja no eram o povo eleito, mas 0 "pove do diabo".* A sinagoga era como "uma prostituta incorrigivel e uma devassa maléfica" ¢ os judeus estavam "cheios das fezes do deménio,... nas quais se rebolam denvndjren F como porcos'® Lutero aconselhou as pessoas a incendiarem as Biigen sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, ¢ iH apreender os bens ¢ dinheiro dos Judeus ¢ também expulsé-los ou fazé~ DM. Lauth os trabalhar forcosamente.*! Lutero também parecia aconselhar seus x assassinatos,?> escrevendo "E nossa a culpa em ndo matar eles.'** Gebel Bieenberg) Sa | A campanha contra os judeus de Lutero foi bem sucedida na Saxénia, Brandemburgo, ¢ Silésia. Josel de Rosheim (1480-1554), que tentou ajudar os judeus na Saxénia, escreveu em seu livro de memérias a cs situagdo de intolerdncia foi causada por "...) esse sacerdote cujo nome Pcs le é Martinho Lutero - (...) seu corpo e alma vinculada até no inferno!! ee - que escreveu e publicou muitos livros heréticos no qual disse que Pteonriiuts . eT eS quem ajudasse judeus seriam condenados & perdigdo.”" Josel teria Texto anti-semita de Martinho Lutero: _pedido a cidade de Estrasburgo para proibir a venda das obras Sobre os judeus e suas mentiras antijudaicas de Lutero; porém seu pedido foi-lhe negado quando um (1543) pastor luterano de Hochfelden argumentou em um sermiio que os seus paroquianos deviam assassinar judeus. © anti-semitismo de Lutero persistin apds a sua morte, ao longo de todo o ano 1580, motins expulsaram judeus de virios estados luteranos 2428 aT) tl alemies. A opiniio predominante”® entre os historiadores é que a sua retérica antijudaica contribuiu significativamente para © desenvolvimento do anti-semitismo na Alemanha,#° 3! 3233 34 ¢ na década de 1930 © 1940 auxiiou na fundamentagao do ideal do nazismo de ataques a judeus.*5 O préprio Adolf Hitler em sua autobiografia Mein Kampf considerou Lutero uma das trés maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, 0 Grande, ¢ Richard Wagner.** Em 5 de outubro de 1933, o Pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente que “Hitler nao teria sido possivel, sem Martinho Lutero"3" Julius Streicher, o editor do jornal Nazista Der Stiirmer, argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg "que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero nao tivesse dito 400 anos antes".>* Em novembro de 1933, uma manifestago protestante que reuniu um recorde de 20.000 p , aprovou trés resolugdes:? 39 * Adolf Hitler é a conclusio da Reforma; = Judeus Batizados devem ser retirados da Igreja;? = O Antigo Testamento deve ser excluido da Sagrada Escritura.? hppLwipedia orkiMertinho (utero as.revo Mario Lero—Wiipia, a enciclpéia eo Diversos historiadores (entre os quais se destacam William L. Shirer e Michael H. Hart? ) sugerem que a influgncia de Lutero tenha auxiliado a aceitagdo do nazismo na Alemanha pelos protestantes no século XX. Shirer fez.a seguinte observagao em Ascenso e queda do Terceiro Reich: "E dificil compreender a conduta da maioria dos protestantes nos primeiros anos do nazismo, salvo se estivermos prevenidos de dois fatos: sua histéria e a influéncia de Martinho Lutero (para evitar qualquer confustio, devo explicar aqui que o autor é protestante). O grande fundador do protestantismo néo foi sé anti-semita apaixonado como feroz defensor da obediéncia absoluta & autoridade politica. Desejava a Alemanha livre de judeus (...) — conselho que foi literalmente seguido quatro séculos mais tarde por Hitler, Goring e Himmler. Por outro lado, especialmente Shirer recebeu eriticas por essa sua observagio, sendo acusado de no conhecer suficientemente a histéria alema ¢ por ter interpretado incorretamente certos acontecimentos ou mesclado suas opinides pessoais em seu livro.*! Também os cristios luteranos afirmam que a Igreja Luterana tem esse nome em ‘homenagem ao seu mais famoso lider, porém ndo acata todos os escritos teologicos de Lutero, principalmente os escritos que atacam os judeus. Desde os anos 1980, alguns érgos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus. Em novembro de 1998, no 60° aniversario de Kristallnacht, a Igreja Luterana da Baviera emitiu uma afirmagao: "é imperativo para a Igreja Luterana, que sabe que é endividada ao trabatho e a tradigao de Martinho Lutero, de levar a sério também as suas declaragdes anti-judaicas, reconhece a sua fungdo teologica, e reflete nas suas consegiiéncias. Temos que nos distanciar de cada [expressdo de] antissemitismo na teologia Luterana."*? 3 4 45 46 A guerra dos camponeses A guerra dos camponeses (1524-1525) foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses jf tinhar existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na Franga (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIIL Mas muitos camponeses julgaram que os ataques verbais de Lutero & Igreja e sua hierarquia significavam gue os reformadores iriam igualmente apoiar um ataque armado & hierarquia social, Por causa dos fortes lagos entre a nobreza hereditiria ¢ os lideres da Igreja que Lutero condenava, isso nio seria surpreendente. Jé em 1522, enquanto Lutero estava em Wartburg, seu seguidor Thomas Miinzer, comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferengas entre ricos e pobres e sem propriedade privada,4” Lutero por sua vez defendia que a existéncia de "senhores e servos" cra vontade divina,”” motivo pelo qual eles romperam.8 Lutero, desde cedo, argumentou coma nobreza e os préprios camponeses sobre uma possivel revolta e também sobre Mintzer, classificando-o como um dos "profetas do assassinio" e colocando-o com um dos mentores do movimento camponés. Lutero escreveu a "Terrivel Histéria e Juizo de Deus sobre Tomas Miintzer", inaugurando essa linha de pensamento Na iminéncia da revolta (1524), Lutero escreveu a "Carta aos Principes da Saxénia sobre o Espirito Revoltoso", mostrando a tirania dos nobres que oprimiam o povo e a loucura dos camponeses em reagir através da forga ¢ a confiar em Miintzer como pregador. Houve pouca repercussio sobre esse escrito. Ainda em 1524, Miintzer mudou-se para a cidade imperial de Miihlhausen, oferecendo-se como pregador. Lutero escreveua "Carta Aberta aos Burgomestres, Conselho e toda a Comunidade da Cidade de Mihthausen’, com o propésito de alertar sobre as intengSes de Mintzer. Também esse escrito niio teve repercussio, pois 0 conselho da cidade se limitou a pedir informages sobre Mintzer na cidade imperial de Weimar. hppLwipedia orkiMertinho (utero sane.tenzote Marino Litto — Wp, eneiclopia ie O principal escrito dos camponeses eram os "Doze Artigas", onde suas reivindicagdes eram expostas. Neles havia artigos de fimdo teoligico (direito de ouvir o Evangelho através de pregadores chamados por eles préprios) € artigos que tratavam dos maus tratos (explorago nos impostos, etc.) impostos a eles pelos nobres. Os artigos eram fandamentados com passagens biblicas e dizia-se que se alguém pudesse provar pelas Escrituras que aquelas reivindicagdes eram injustas, eles as abandonariam. Entre aqueles que se consideravam dignos de fazer tal coisa estava o nome de Martinho Latero, De fato, Lutero escreveu sobre os "Doze artigos" em seu livro "Exortagdo a Paz: Resposta aos Doze artigos do Campesinato da Sudbia", de 1525, Nele, Lutero ataca os principes ¢ senhores por cometerem injustigas contra os camponeses e ataca os camponeses pela rebelifo e destespeito A autoridade. Também esse escrito nio teve repercussio e, durante uma viagem pela regido da Turingia, Lutero péde testemunhar as revoltas camponesas, o que 0 motivou a escrever 0 "Adendo: Contra as Hordas Salteadoras e Assassinas dos Camponeses", onde disse: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que nao ha nada mais peonhento, prejudicial e demoniaco que um rebelde".7 Tratava-se de um apéndice de "Exortagdo @ Paz ...", mas que, rapidamente, tomou-se um livro separado. O Adendo foi publicado quando a revolta camponesa ja estava no final e os principes cometiam atrocidades contra os camponeses derrotados, de modo que o escrito causou grande revoka da opinido piblica contra Lutero, Nele, Lutero encorajava os principes a castigarem os camponeses até mesmo com a morte. Essa repercussdo negativa obrigou Lutero a pregar um sermio no dia de pentecostes, em 1525, que se tomou o livto "Posicionamento do Dr. Martinho Lutero Sobre o Livrinho Contra os Camponeses Assaltantes ¢ Assassinos", onde o reformador contesta os eriticos ¢ reafirma sua posigdo anterior. Comp ainda havia repercussdo negativa, Lutero novamente se posicionou sobre a questiio no seu "Carta Aberta a Respeito do Rigoroso Livrinho Contra os Camponeses", onde lamenta ¢ exorta contra a crueldade que estava sendo praticada pelos principes, mas reafirma sua posigdo anterior. Por fim, a pedido de um amigo, o cavaleiro Assa von Kram, Lutero redigiu "Acerca da Questo, Se Também Militares Ocupam uma Funcao Bem-Aventurada'", em 1526, com o propésito de esclarecer questdes sobre consciéncia do cristo em caso de guerra e sua fimo como militar. A discordancia com Joao Calvino ‘No movimento reformista (também chamado de Reforma), Lutero no concordou com o "estilo" de reforma de Joao Calvino. Martinho Lutero queria reformar a Igreja Catélica,“? enquanto Joo Calvino, acreditava que a Igreja estava to degenerada, que nao havia como reformi-la, Calvino se propunha a organizar uma nova Igreja que, na sua doutrina (e também em alguns costumes), seria idéntica & Igreja Primitiva, J4 Lutero decidiu reformi-la, mas afastou-se desse objetivo, fundando, entio, o Protestantismo, que no seguia tradigdes, mas apenas a doutrina registrada na Biblia, ¢ cujos usos e costumes niio ficariam presos a convenges ou épocas. A doutrina luterana esta explicitada no "Livro de Concérdia", e no muda, embora os costumes e formas variem de acordo coma localidade e a época Falecimento ex-monge agostiniano Martinho Lutero teve morte natural, embora nio haja um consenso entre os seus bidgrafos acerca da sua causa de morte, O historiador Frantz Funck-Brentano, por exemplo, escreveu em sua obra "Martim Lutero": reppeiipedaorghukMartite Leo s9revo Marto Litero Wp, aeciclpéia tee "Os dois médicos, que o tinham tratado nos ithimos momentos, no puderam chegar a um acordo sobre a causa de sua morte, opinando um por um ataque de apoplexia, outro por uma angina pulmonar. "5° A propésito, em 1521, por ocasiio da Dieta de Worms (uma espécie de audigneia imperia), fbi publicado pelo Imperador Carlos V 0 Edito de Worms, pelo qual qualquer pessoa, a0 menos teoricamente, estaria live para matar Lutero sem correr o risco de softer qualquer sangio penal, j4 que, pelo referido Edito do Imperador, Lutero fi banido do Império como um fora-da- le. Por receio de que algo de mal pudesse acontecer a Lutero durante Viagem de regresso de Worms, Frederico III (ou Frederico, o Sabio), Prineipe-Ekitor da Sax6nia, ordenou que Lattero fosse capturado e levado para o Castelo de Wartburg, onde estaria a salvo. Provavelmente, foi por causa desse risco de morte que Lutero passou a correr que seu amigo disse que "tentaram matd-lo", Encontra-se sepultado na Igreja de Wittenberg em Wittenberg.>! Obras importantes Foio autor de uma das primeiras tradugdes da Biblia para alemaio, algo que nao era permitido até eno sem especial autorizagao eclesiistica, Lutero, contudo, nio foi o primeiro tradutor da Biblia para alemiio. J4 havia varias tradugdes mais antigas. A tradi de Lutero, no entanto, suplantou as anteriores porque foi uma forma unificada do Hochdeutsch (dialetos alemiies da As 95 Teses, de Lutero regio central e sul) ¢ foi amplamente divulgada em decorréncia da sua Jodo Calvino (Retrato de Calvino difisdo por meio da imprensa, desenvolvida por Gutenberg, em 1453. jovem, da colegao da Biblioteca de Genebra) Lutero introduziu a palavra alleyn 2 , ©3 que no aparece no texto grego original no capitulo 3:28 da Epistol aos Romanos. O que gerou controvérsia. Lutero justificou a manutengio do advérbio como sendo uma necessidade idiomitica do alemio como por ser a intengdo de Paulo’ Latim, lingua do extinto Império Romano, permanecia a lingua franca européia, imediatamente conotada com o passado romano unificado, sendo também a lingua da Vulgata traduzida por So Jerénimo no século V, tal como tinham sido transmitidos 4s provincias do Império, Por mais longinquas que fossem, nos menos de cem anos que separam a oficiaizago da religiio cristi pelo Imperador Romano Teodésio I em 380 d.C. ¢ a deposigdo do titimo imperador de Roma pelo Germinico Odoacro, em 476 d.C. (data avangada por Edward Gibbon ¢ convencionalmente aceita como ano da queda do Império Romano do Ocidente), toda a regio do antigo Império, a0 longo dos seguintes 500 anos, e de forma mais ou menos homogénea, se cristianizou. O fim da perseguigdo A religiio crista pelo império romano se deu em 313 d.C. (Ver: Edito de Milo, Coneilio de Niceia, Constantino I, A historia do declinio e queda do império romano, Jerénimo de Estridao). hppLwipedia orkiMertinho (utero wie.tenzote Marino Litto — Wp, eneiclopia ie No entanto, 0 dominio do latim era, no século XVI, no fim da Idade Média (terminada oficialmente em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Otomanos) e principio da chamada Idade Modema, apenas o privikégio de uma percentagem infima de populagao instruida, entre os quais os elementos da propria Igreja, A tradugdo de Lutero para o alemgo foi simultaneamente um ato de desobedigneia e um pilar da sistematizagio do que viria a ser a lingua alemd, até ai vista como uma lingua inferior, dos servos e ignorantes. f preciso adicionar que Lutero no se opunha ao latim, e chegou mesmo a publicar uma edigdo revisada da tradugdo latina da Biblia (Vulgata). Lutero escrevia tanto em latim como em alemio. A tradugao da Biblia para o alemiio nao significou, portanto, rejeigo do latim como lingua académica. Foi também autor da polmica obra "Sobre os judeus ¢ suas mentiras" (Von den Juden und ihren Liigen). Pouco conhecida, mas muito apreciada pelo proprio Lutero, foi sua resposta a "Diatribe" de Erasmo de Roterda infitulada De servo arbitrio (Titulo da publicago em portugués: Da vontade cativa), ‘Martinho Lutero defendia o principio da mortalidade da alma contrastando coma crenga de Joao Calvino, que chamou a crenga de Lutero "sono da alma" Reabilitagao de Lutero? Segundo a Revista editada em conjunto pela Igreja Evangélica Metodista Portuguesa e a Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, Portugal Evangélico, em sua edigdo 1° 932° , de 2008, o Papa Bento XVI, poderia vir a reabilitar Lutero, Segundo o texto, "Vozes autorizadas do Vaticano adiantavam que o Papa reabilitaria Martinho Lutero argumentando que nunca teria sido sua intengdo dividir a Igreja mas sim hutar contra os abusos e priticas de corrupgao da mesma’ E complementa dizendo que "O Cardeal Walter Kasper, Presidente do Pontificio Conselho para a Promogo da Unidade dos Cristdos, antecipava que estas declaragdes dariam nova coragem ao diilogo ecuménico contraditiam, até certo ponto, as afirmagSes feitas em Julho do ano anterior denegrindo a f&, a ortodoxa e protestante, ao ndo considerar estes dois ramos do cristianismo como verdadeiras Igrejas". Porém, nesse mesmo ano, 0 site Agéncia Ecclesia, agéncia de noticias da Igreja Catélica em Portugal, desmentiu essa noticia citando uma declaragdo do diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi dada ao jomal britinico Financial Times.” Segundo o religioso, essa afirmagdo “nao tem nenhum fiindamento” e que 0 termo “reabilifagio” munca seria 0 correto neste caso. Depois dessas noticias niio houve mais informagdes até 0 momento sobre uns possivel reabilitagio de Lutero pela Igreja Catdlica. Declaracao conjunta sobre a doutrina da Justificacéo pela Fé Em31 de outubro de 1999, foi assinada uma Declaraco Conjunta Sobre a Doutrina da Justificagao pela F&® , redigida e aprovada pela Federag’o Luterana Mundial e pela Igreja Catélica Apostélica Romana. 0 predmbulo do documento diz que a deckaragio "quer mostrar que, com base no didlogo, as Igrejas luteranas signatérias e a Igreja catolica romana estéio agora em condigées de articular uma compreensdo comum de nossa justificacao pela graca de Deus na fé em Cristo. Esta Declaragdo Comum (DC) nao contém tudo 0 que é ensinado sobre justificacdo em cada uma das Igrejas, mas abarca um consenso em verdades basicas da doutrina da justificagao e mostra que os desdobramentos distintos ainda existentes ndo constituem mais motivo de condenacaes doutrinais". A declaragio pode ser resumida neste trecho: "Confessamos juntos que 0 pecador é justificado pela fé na aceao salvifica de Deus em Cristo; essa salvagao Ihe é presenteada pelo Espirito Santo no baptismo como fundamento de toda a sua vida crista. Na fé justificadora o ser humano confia na promessa graciosa de Deus; nessa fé estdo compreendidos a esperanca em Deus e 0 amor a Ele"* hppLwipedia orkiMertinho (utero ssitenzote Marto Litero Wp, aeciclpéia tee Referéncias 1. t Deus nao perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, a0 mesmo tempo, sujeité-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigério. (Tese 7) 2. t Ewald M. Plass, What Luther Says, 3 vols., (St. Louis: CPH, 1959), 88, no, 269; M. Reu, Luther and the Scriptures, Columbus, Ohio: Wartburg Press, 1944), 23 3. 7 Luther, Martin. Concerning the Ministry (1523), tr. Conrad Bergendoff, in Bergendoff, Conrad (ed.) Luther's Works. Philadelphia: Fortress Press, 1958, 40:18 ff. 4. 1 Hendrix, Scott H. "The Controversial Luther” (htips//www luthersem.edu/word&workd/Archives/3-4_Luther/3- 4 Hendrix.paf), Word & World 3/4 (1983), Luther Seminary, St. Paul, MN, p. 393:""And, finally, after the Holocaust and the use of his anti-Jewish statements by National Socialists, Luther's antisemitic outbursts are now uunmentionable, though they were already repulsive in the sixteenth century. As a result, Luther has become as controversial in the twentieth century as he was in the sixteenth," Also see Hllerbrand, Hans. "The legacy of Martin Luther" (hitp?/cco.cambridge.orgiextract?id-ccol0521816483_CCOL0S21816483018), in Hillerbrand, Hans & McKim, Donald K. (eds.) The Cambridge Companion to Luther. Cambridge University Press, 2003. 5. 7 Schwiebert, p. 128. 6. 7 Schwiebert, p. 136. 7. 4 Roland H. Bainton, "The Gospel," em Here I Stand: a Life of Martin Luther (New American Library, 1950), pp. 40-42. 8. 1 Vidal, p. 108 9. 7 [1] (http:/caiafarsa.wordpress.comv/a-lenda-da-%E2%80%9Cvenda-de-indulgencias%E2%80%9D-2/) 10. + Philip Schaff, History of the Christian Church (Charles Scribner's Sons, 1910), 799; W.G. Polack, The Story of Luther (Concordia Publishing House, 1931), p. 45. 11. t Optime facit papa, quod non potestate clavis (quam nullam habet) sed per modum suffragii dat animabus remissionem, (Tese 26) 12. 1 Este ponto da doutrina luterana fica clara na refutagaé feita pelo Papa Ledo X na sua bula Exsurge Domine (http://www papalencyelicals.net/Leo 10/11 exdom. htm) 13. + Martinho Lutero, An Open Letter to The Christian Nobility of the German Nation Concerning the Reform of the Christian Estate, 1520 (hitp:iwww.projectwittenberg.org/pub/resources/text/w ittenberg/luther/web/nblty- OL.btmb, trad. C.M. Jacobs, em Works of Martin Luther: With Introductions and Notes, Volumen 2 (A. J. Holman Company, 1915; Project Wittenberg, 2006) 14. 1 Frase extraida de pagina luterana alema (http://w ww.luther.de). 15. 1 Luther's Works, Pelikan, Vol. XX, pag: 2230). 16. 1 Dennis Prager ¢ Joseph Telushikin: Why the Jews? The reason for anti-Semitism (Por que os Judeus: A causa do anti-semitismo) (Nova York: Simon & Shuster, 1983), p. 107 17. 1 Oberman, Heiko A. The Roots of Anti-Semitism in the Age of Renaissance and Reformation. James I. Porter, trans. Philadelphia: Fortress Press, 1984, ISBN 0-8006-0709-0 18. t Neumann, Beliemoth, pig. 109. Projeto Anti-semitismo" do Instituto de Pesquisas Sociais, publicado em Studies in Philosophy and Social Science". 1940. 19. + #8 Ascensdo e queda do Terceiro Reich Triunfo e Consolidagéo 1933-1939. Volume 1. William L. Shirer. Tradugo de Pedro Pomar. Agir Editora Ldta., 2008. ISBN 978-85-220-0913-8 20. 1 Martim Lutero: Concerning the Jews and their lies (A respeito dos judeus ¢ suas mentiras), reimpresso em Talmage, Disputation and Dialogue, pig.: 34-36. 21. 1 Luther, Martin. "On the Jews and Their Lies," Luthers Werke. 47:268-271 22. + Stohr, Martin. "Die Juden und Martin Luther," in Kremers, Heinz et al (eds,) Die Juden und Martin Luther; Martin Luther und die Juden.. 1985, 1987 (Segunda ediglo). p. 90 23. 1 *° Oberman, Heiko, Luther: Between Man and Devil. New Haven, 1989. 24. +24 Michael, Robert. Holy Hatred: Christianity, Antisemitism, and the Holocaust. New York: Palgrave Macmillan, 2006, p. 110. 25. t Michael, Robert. "Luther, Luther Scholars, and the Jews," Encounter, 46 (Autumn 1985) No.4:343, 26. + Luther, Martin, On the Jews and Their Lies, cited in Michael, Robert, "Luther, Luther Scholars, and the Jews," Encounter 46 (Autumn 1985) No, 4:343-344 hppLwipedia orkiMertinho (utero weireso Martino Luteco—Wikipia a encictopéda vee 27. t Marcus, Jacob Rader. The Jew in the Medieval World, p. 198, 28. + Vincent Fettmilch, On the Jews and their 29. + Lutheran Quarterly, n.s. 1 (Spring 1987) 1:72-97. 30. 7 Berger, Ronald. Fathoming the Holocaust: A Social Problems Approach (New York: Aine De Gruyter, 2002), 28, 31. 1 Rose, Paul Lawrence. "Revolutionary Antisemitism in Germany from Kant to Wagner," (Princeton University Press, 1990), quoted in Berger, 28); 32. 7 Johnson, Paul. A History of the Jews (New York: HarperCollins Publishers, 1987), 242. 33. 7 History of Anti-Semitism: From the Time of Christ to the Court Jews. (N.P.: University of Pennsylvania Press, 2003), 216. 34. 1 The World Must Know. (Baltimore: Johns Hopkins University Press and the United States Holocaust Memorial Museum, 1993, 2000), 9, 35. + Grunberger, Richard. The 12-Year Reich: A Social History of Nazi German 1933-1945 (NP:Hol, Rinehart and Winston, 1971), 465. 36. 7 Adolf Hitler. Mein Kampf, pig.: 213. ISBN 0-395-92503-7. 37. 7 in Heinonen, Anpassung und Identitat 1933-1945 Gottingen 1978 p.150 38. + (Dennis Prager e Joseph Telushkin: Why the Jews? The reason for anti-Semitism [Por que os Judeus: A causa do anti-semitismo] (Nova York: Simon & Shuster, 1983), p. 107.) 39. +454 Bachheim, Glaubnskrise im 3.Reich, 124-136 40. + Hart, Michael H. The 100: A Ranking of the Most Influential Persons in History, 1978 (Revised Edition, 1992), pig 174 41. 7 Rosenfeld, Gavriel D. Journal of Contemporary History, Vol. 29, No. 1 (Jan., 1994). "The Reception of Willam L. Shirer's the Rise and Fall of the Third Reich in the United States and West Germany, 1960-62. pig.: 95-96, 98 42. + "Christians and Jews: A Declaration of the Lutheran Church of Bavaria", November 24, 1998, also printed in Freiburger Rundbrief, 6:3 (1999), pp.191-197. (htip:/ijerelations.net/en/?id=993). 43. 1 "Q&A: Luther's Anti-Semitism", Lutheran Church - Missouri Synod; (htip://www.lems.org/pages/internal.asp? NavID=2166) 44. 1 "Declaration of the Evangelical Lutheran Church in America to the Jewish Community’, Evangelical Lutheran Church in America, April 18, 1994; (http:/hwww.elea.org/ecumenical/interreligious/jewish/declaration. html) 45. 1 "Statement by the Evangelical Lutheran Church in Canada to the Jewish Communities in Canada", Evangelical Lutheran Church in Canada, July 12-16, 1995; (http:/ijerelations.net/en/?id=1004). 46. 1 "Time to Turn", The Evangelical [Protestant (hup:/jjerelations.net/en/?id=994) Churches in Austria and the Jews. Declaration of the General Synod of the Evangelical Church A.B. and ILB., October 28, 1998.]. 47. + #°© Histéria. Volame Unico. Gislane Campos Azevedo ¢ Reinaldo Seriacopi. Editora Atica. 2007. ISBN 978-85- 08-11075-9. Pag.: 143 48. 1 Histéria das cavernas ao terceiro milénio. Myriam Becho Mota, Patricia Ramos Braick. Volume I. Editora Moderna. ISBN 85-16-0402-4. Pag,: 179. 49. 1 Histéria e Vida integrada. Nelson Piletti ¢ Claudino Pett 2008. Editora ética, Pag.: 81. ISBN 978-85-08-10049- 1 50. 1 FUNCK-BRENTANO, Frantz. Martim Lutero. 3. ed. Rio de Janeiro: Vecchi, 1968, p. 277. 51. 7 Martinho Lutero (http://www. findagrave.com/cgi-bin/fy.cgi?page=gr&GRid=5894) (em inglés) no Find a Grave. 52. 1 Pronome indefinido alemao semelhante ao all inglés, no texto de Lutero ganha o significado de $6, somente. 53. 1 The 1522 "Tes is at Romans 3:28: "So halten wyrs nu, das der mensch gerechtfertiget werde, on zu thun der werck des gesetzs, alleyn durch den glawben" (emphasis added to the German word for "all", Apud en:WP 54. 1 The Greck text reads: AoviConeta yap SikeodaGm more &Bpaxov opis Epyov Vojon ("for we reckon aman to be justified by faith without deeds of law") 55. 1 Martin Luther, On Translating: An Open Letter (1530), Luther's Works, 55 vols., (St. Louis and Philadelphia: Concordia Publishing House and Fortress Press), 35:187&ndahs;189, 195; ef. also Heinz Bluhm, Martin Luther Creative Translator, (St. Louis: Concordia Publishing House, 1965), 125-137. Apud en:WP. 56. + [2] (http:/www.igreja-presbiteriana.org/PEs/PE%20932.paf) 57. + [3] (http:/www.agencia.ecclesia.pticgi-bin/noticia,pl?id-57488) 58. + [4] (http://www luteranos.com, br/articles/12861/1/10-Anos-da-Declaracao-Conjunta-sobre-a-Doutrina-da- sment" re hppLwipedia orkiMertinho (utero amerazor Martinho Lutero—Wkipédia, a encicopédia vee Justificacao/1 html) 59. [5] (httpz/www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/documents/re_pe_chrstuni_doc_31101999_eath- luth-joint-declaration_po. htm) Ver também = 95 teses = Protestantismo = Luteranismo * Anglicanismo = Selo de Lutero = Joao Calvino = Reforma Protestante = Século XVI = Protestantes por pais = Museu Intemacional da Reforma Protestante de Genebra = "Castelo Forte ¢ 0 Nosso Deus'", hino composto por Lutero = Catecismo Maior = Catecismo Menor Ligagées externas = As 95 Teses, a vida de Lutero, meditagdes de Lutero em portugues (http://www. luteranos. com bricategories/Quem-Somos/Nossa- Hist”4F 3ria/Martim-Lutero/) (em portugués) = Obras de Martin Luther (http:/www.zeno. org/Literatur/M/Luther,+Martin) (em alemio) = Martin Luther - Eine Bibliographie (http//www archiv-vegelahn.de/nachschlagwerke_luther. html) (em alemaio) = Latero segundo Erie Voegelin (hitp/pwp.netcabo.ptinetmendo/SHIP%203%20martinho_lutero.htm) (em portugués) = Martinho Lutero - © autor do coneeito de educagdo ttil- Revista Nova Escola (hitp:/revistaescol abril com br/historia/pratica-pedagogica/autor-conceito-educacao-util-423139.shtml) (em portugués) Obtida de "http /ipt.wikipedia.orgiw/index.php?title-Martinho_Lutero&oldid-38425033" Categorias: Nascidos em 1483 | Mortos em 1546 | Agostinianos | Naturais de Eisleben | Ex-padres Lideres religiosos | Luteranismo | Pessoas excomungadas pela Igreja Catélica Romana | Protestantismo Reforma Protestante | Tedlogos da Alemanha | Tradutores da Biblia | Académicos da tradugdo Professores da Universidade de Halle- Wittenberg = Esta pagina foi modificada pela titima vez. (8) 02h47min de 17 de margo de 2014 = Este texto é disponibilizado nos termos da licenga Atribuigdio-Partilha nos Mesmos Termos 3.0 niio Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condigdes adicionais. Consulte as condiges de uso para mais detalhes. hppLwipedia orkiMertinho (utero swi8razor hppLwipedia orkiMertinho (utero Martinho Lutero—Wkipédia, a encicopédia vee