Verdades fortemente abafadas,

Abismos infindveis e sentidos,

Sentimentos em luzes apagadas,
Coraes partidos e despercebidos.
Velas atenciosamente acesas,
Em momentos rebolios,
Quebras de energia necessria,
Tudo nos momentos mais precisos!
Palavras falsamente debitadas,
Em queridos ouvidos,
Sorrisos de almas aladas,
Felizmente vividos!
Ser o que no ser,
Ser bem mais do que se !
Esforosamente e dedicado,
Num pequeno detalhe desolado.
T-lo diante das mos,
Viver do predicado,
Esquecer o complemento,
Abafar o que amado.
Atentar representao,
No prescrutar ao olhar,
Baseando-se no facto,
Sem o saber valorizar.
Fingir o que verdade,
Viver envolto em mentira,
Perdoar o imperdovel,
Degustar a chacina.
Lembrar aquele adorvel,
Cheiro, verdadeiro e puro,
Enterrar o intragvel.
Matar o que vida insulto!
Em contexto de alegoria,
Lgrimas de dor,
Memrias submersas,
Recordaes de alegria!
Amar de forma ingnua,
Transfigurada, incompreensvel.
Pegar no contestvel,
E fazer dele uma vida!
Abrir os braos num todo,
De queixo levantado,
Relembrando a ns mesmos,
Que nunca deveremos dar-nos por vencidos!

Quando tudo aponta o contrrio,

Lutar contra o impossvel,
Baseados na esperana,
De que o mundo no est perdido!