Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
1
Caso exista débito, será feita a compensação com o credito objeto do pedido
de restituição, e se resultar saldo positivo para o sujeito passivo, preceder-se-á
a restituição.
1.2 Ressarcimento
Ocorre quando se trata de IPI. Este tributo é recolhido por uma pessoa jurídica,
no entanto quem suporta o ônus do mesmo é o adquirente do produto. O
vendedor é meramente um repassador do tributo aos cofres públicos.
2
2. ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO FEDERAL INTRODUZIDAS PELAS INs
210/2002 E 323/2003.
2.1 RESTITUIÇÃO
Art. 2o Poderão ser restituídas pela SRF as quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a título de
tributo ou contribuição sob sua administração, nas seguintes hipóteses:
Parágrafo único. A SRF poderá promover a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf
que não estejam sob sua administração, desde que o direito creditório tenha sido previamente
reconhecido pelo órgão ou entidade responsável pela administração da receita.
3
Conforme o art. 4º da IN 210/02, após receber o pedido de restituição, a
autoridade competente poderá intimar o contribuinte a apresentar documentos
comprobatórios do crédito informado pelo contribuinte, e ainda solicitar uma
diligencia fiscal nos estabelecimentos do mesmo, se assim o achar necessário.
Quando se tratar de IRPF, poderá ser feita através da DIPF, quando for o caso,
em que o saldo a restituir apurado na declaração é creditado posteriormente
em conta corrente do contribuinte.
2.1.1.c De Ofício
4
2.2.1 Saldo Apurado na DIPF
5
Digamos que hipoteticamente um contribuinte apurou um crédito referente a
pagamento indevido em sua matriz, que está em dia com todas as suas
obrigações fiscais. Ao solicitar esta restituição, a SRF detecta que uma das
filiais deste contribuinte possui pendência de tributo. Neste caso será
automaticamente compensado o crédito com o débito, e se houver saldo
positivo, será restituído.
Desta forma o contribuinte que pretenda pleitear uma restituição, deverá estar
apto a receber se for o caso uma fiscalização em sua escrituração fiscal e
contábil.
Segundo esta IN 210, não poderão ser restituídas aquelas parcelas do IRPJ
em que as empresas tributadas pelo lucro real optam por aplica-las em FINOR,
6
FINAM, FUNRES, pois se tratam de incentivos fiscais, e a empresa optante
recebe cotas de ações destes fundos, que poderão mantê-las como
investimento, ou negociá-las em bolsa de valores. Neste caso, portanto, os
valores já estão de volta ao contribuinte.
3. Restituição do IPI
Dentre os tributos administrados pela SRF, o que não pode ser objeto de
pedido de restituição é o IPI.
Existem os casos de três outros tipos de IPI, que trataremos adiante, e que
embora não sejam restituídos, poderão ser ressarcidos ou compensados com
outros tributos.
Art. 11. Na hipótese de registro de mais de uma Declaração de Importação (DI) para uma
mesma operação comercial, as declarações excedentes poderão ser canceladas pelo titular da
unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, de ofício ou a
requerimento do importador ou de seu representante legal, eleito com poderes específicos.
7
do PER/DCOMP, após a formalização do cancelamento da DI através do “
Pedido de Cancelamento de Declaração de Importação e Reconhecimento de
Direito de Crédito”.
Este contribuinte procederá a este pedido quando quiser cancelar uma DI feita
em duplicidade, por exemplo, ou quando houver pago indevidamente ou a
maior algum tributo constante de uma DI.
5. RESSARCIMENTO DO IPI
Art. 14. Os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), escriturados na forma da
legislação específica, poderão ser utilizados pelo estabelecimento que os escriturou na
dedução, em sua escrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtos
tributados.
§ 1o Os créditos do IPI que, ao final de um período de apuração, remanescerem da dedução de
que trata o caput poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento, para posterior
dedução de débitos do IPI relativos a períodos subseqüentes de apuração, ou serem
transferidos a outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do
IPI, caso se refiram a:
8
III – créditos do IPI passíveis de transferência a filial atacadista nos termos do
item 6 da IN SRF no 87/89, de 21 de agosto de 1989.
O único tributo que pode ser objeto de ressarcimento conforme esta IN, é o IPI.
E mesmo assim não é todo tipo de IPI que poderá ser ressarcido.
9
II - correspondentes ao valor da prestação de serviços decorrente
de industrialização por encomenda, na hipótese em que o
encomendante seja o contribuinte do IPI, na forma da legislação
deste imposto.
10
5.3 Compensação de IPI
DEMONSTRATIVO DE CRÉDITOS
006 Subtotal
008 Total
11
procederá da mesma maneira anteriormente dita. Já o estabelecimento que
enviou o crédito apenas registrará a operação através da escrituração em seu
livro Diário.
Nota-se que os imóveis não necessitam ser próprios, podendo ser alugados.
7. Compensação de Tributos
Art. 21. O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição
administrado pela SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo
na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer
tributos ou contribuições sob administração da SRF.
§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada pelo sujeito passivo mediante
o encaminhamento à SRF da "Declaração de Compensação".
§ 2o A compensação declarada à SRF extingue o crédito tributário, sob condição
resolutória da ulterior homologação do procedimento.
12
§ 3o Não poderão ser objeto de compensação efetuada pelo sujeito passivo:
13
Embora seja possível compensar quaisquer créditos próprios com
débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos
sob administração da SRF, existem alguns pedidos de compensação de
débitos, que não poderão ser feitos através do PER/DCOMP, a saber :
8. JUROS COMPENSATÓRIOS
14
Vejamos um exemplo :
15
9. SOBRE O PER/DCOMP
16
a) Restituição ou compensação referente aos créditos do PIS de
receitas não cumulativas, e neste caso os formulários estão
previstos na IN 291/03.
17
ANEXO I
Prezados Senhores
Conte com toda a nossa estrutura para ter o apoio que você espera em seus
negócios.
18
A Consultax Consultoria dispõe de especialista em tributação nacional. Através
de nossa associação, e também com diversos parceiros, temos acesso a
especialistas locados em todo o território nacional, para poder estar dando
melhor assessoria tributária a nossa carteira de clientes.
Reestruturação e reorganizações
VALTER RIBEIRO
19
Você pode nos contatar, caso necessite de trabalhos nas áreas mencionadas,
a través de :
20
ANEXO II
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do
art. 209 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal, aprovado pela Portaria MF no
259, de 24 de agosto de 2001, e tendo em vista o disposto no art. 1o da Lei no 4.155, de 28 de
novembro de 1962, no art. 18 da Lei no 4.862, de 29 de novembro de 1965, nos arts. 49,
parágrafo único, 156, inciso II, 161, 163 e 165 a 170-A, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de
1966 – Código Tributário Nacional (CTN), no art. 5o do Decreto-lei no 1.755, de 31 de dezembro
de 1979, no art. 7o do Decreto-lei no 2.287, de 23 de julho de 1986, no inciso II do art. 3o da Lei
no 8.748, de 9 de dezembro de 1993, no art. 30 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995,
nos arts. 16 e 39, § 4o, da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de 1995, nos arts. 1o e 4o da Lei no
9.363, de 13 de dezembro de 1996, nos arts. 6o, § 1o, inciso II, 73 e 74 da Lei no 9.430, de 27
de dezembro de 1996, nos arts. 1o, inciso IX e § 14, e 11, inciso IV, da Lei no 9.440, de 14 de
março de 1997, no art. 73 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, nos arts. 11 e 15,
inciso II, da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, na Lei no 9.964, de 10 de abril de 2000, nos
arts. 27 e 90 da Medida Provisória no 2.158, de 24 de agosto de 2001, nos arts. 27 e 28 da Lei
no 10.522, de 19 de julho de 2002, nos arts. 1o a 10 e 49 da Medida Provisória no 66, de 29 de
agosto de 2002, no art. 6o, inciso VI e parágrafo único, do Decreto no 2.179, de 18 de março de
1997, no art. 5o, § 8o, do Decreto no 3.431, de 24 de abril de 2000, e no item 1 da Portaria MF
no 201, de 16 de novembro de 1989, resolve:
RESTITUIÇÃO
Art. 2o Poderão ser restituídas pela SRF as quantias recolhidas ao Tesouro Nacional a título de
tributo ou contribuição sob sua administração, nas seguintes hipóteses:
21
II – erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência
de qualquer documento relativo ao pagamento;
Parágrafo único. A SRF poderá promover a restituição de receitas arrecadadas mediante Darf
que não estejam sob sua administração, desde que o direito creditório tenha sido previamente
reconhecido pelo órgão ou entidade responsável pela administração da receita.
§ 1o A representação a que se refere o inciso III deverá ser encaminhada à autoridade da SRF
competente para decidir sobre o direito creditório do sujeito passivo, acompanhada de
comprovante do recolhimento e de demonstrativo no qual fique evidenciado o valor do indébito.
§ 2o Na hipótese de pedido de restituição formulado por representante do sujeito passivo, o
requerente deverá encaminhar à SRF procuração conferida por instrumento público ou por
instrumento particular com firma reconhecida ou, quando for o caso, decisão judicial que o
autorize a requerer a quantia.
§ 3o A restituição do imposto de renda apurado na DIRPF reger-se-á pelos atos normativos da
SRF que tratam especificamente da matéria, ressalvado o disposto nos arts. 9o e 10 desta
Instrução Normativa.
Art. 4o A autoridade competente para decidir sobre a restituição poderá determinar a realização
de diligência fiscal nos estabelecimentos do sujeito passivo, a fim de que seja verificada,
mediante exame de sua escrituração contábil e fiscal, a exatidão das informações prestadas.
Art. 5o Reconhecido o direito creditório do sujeito passivo, deverá ser verificada, mediante
consulta aos sistemas de informação da SRF, sua regularidade fiscal relativamente aos tributos
e contribuições administrados pela SRF, inclusive a existência de débitos inscritos em Dívida
Ativa da União.
§ 1o Detectada a existência de débito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional
relativamente aos tributos e contribuições administrados pela SRF, inclusive débito objeto de
22
parcelamento, o valor a restituir deverá ser utilizado para quitá-lo, mediante compensação em
procedimento de ofício, conforme disposto nos arts. 24 a 27 desta Instrução Normativa.
§ 2o Inexistindo débito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional relativamente aos
tributos e contribuições administrados pela SRF, ou remanescendo saldo a restituir após
efetuada a compensação de que trata o § 1o, será promovida a restituição ao sujeito passivo.
§ 3o Quando o sujeito passivo tratar-se de pessoa jurídica, a verificação de regularidade fiscal
referir-se-á a todos os seus estabelecimentos.
Art. 9o O saldo a restituir apurado na DIRPF, não resgatado no período em que esteve
disponível na rede arrecadadora de receitas federais, poderá ser restituído a requerimento do
contribuinte ou da pessoa autorizada a requerer a quantia.
§ 1o A restituição de que trata o caput deverá ser requerida mediante o "Pedido de
Pagamento de Restituição". A restituição de que trata o caput deverá ser requerida mediante o
formulário eletrônico “Pedido de Pagamento de Restituição”, disponível para preenchimento e
envio na página da SRF na internet, www.
§ 2o Na hipótese de pedido de restituição formulado por representante do contribuinte, o
requerente deverá encaminhar à SRF procuração conferida por instrumento público ou por
instrumento particular com firma reconhecida ou, quando for o caso, alvará judicial que o
autorize a requerer a quantia.
23
Art. 10. Para efeito da restituição, deverá ser verificada, mediante consulta aos sistemas de
informação da SRF, a existência do saldo a restituir e de débitos do contribuinte para com
a Fazenda Nacional relativamente aos tributos e contribuições administrados pela SRF,
inclusive débitos inscritos em Dívida Ativa da União.
§ 1o O pedido de restituição será indeferido quando os sistemas de informação da SRF
indicarem que o contribuinte não entregou a DIRPF, ou que o valor a restituir já foi resgatado,
ou, ainda, que, do processamento da DIRPF, não resultou imposto a restituir.
§ 2o Constatada a existência de débito, ainda que objeto de parcelamento, e de direito à
restituição, será solicitado ao requerente que se manifeste, no prazo de quinze dias, contado
do recebimento de comunicação formal enviada pela SRF, quanto à compensação dos
valores, sendo o seu silêncio considerado como aquiescência.
§ 3o Na hipótese de o requerente se manifestar contrariamente à compensação de que trata o
§ 2o, a unidade da SRF competente para promover a restituição reterá o valor até que o débito
seja liquidado.
§ 4o Inexistindo débitos do contribuinte para com a Fazenda Nacional ou remanescendo saldo
a restituir após efetuada a compensação de que trata o § 2o, será promovida a restituição.
§ 5o Caso o requerente, após cientificado de que seu pedido foi indeferido em virtude de
a restituição já ter sido resgatada, informar à SRF não ter efetuado o resgate, deverá ser
formalizado processo a fim de que seja apurada a ocorrência na agência bancária que
efetuou o pagamento, ficando a restituição condicionada ao resultado desse processo.
Art. 11. Na hipótese de registro de mais de uma Declaração de Importação (DI) para uma
mesma operação comercial, as declarações excedentes poderão ser canceladas pelo titular da
unidade da SRF responsável pelo despacho aduaneiro da mercadoria, de ofício ou a
requerimento do importador ou de seu representante legal, eleito com poderes específicos.
Parágrafo único. O pedido de cancelamento da DI deverá ser formalizado mediante o "Pedido
de Cancelamento de Declaração de Importação e Reconhecimento de Direito de Crédito".
Art. 12. Os valores recolhidos a título de tributo ou contribuição administrado pela SRF, por
ocasião do registro da DI, que, em virtude do cancelamento da declaração por multiplicidade de
registros, tornarem-se indevidos, poderão ser restituídos ao sujeito passivo observado o
disposto nesta Instrução Normativa. (retificação publicada no DOU-E de 4.10.2002).
Parágrafo único. O disposto no caput também se aplica às hipóteses de tributo ou contribuição
pago indevidamente ou em valor maior que o devido em virtude de retificação de declaração de
importação. O disposto no caput também se aplica às hipóteses de tributo ou contribuição pago
indevidamente ou em valor maior que o devido em virtude de :
I retificação de declaração de importação
II demais hipóteses de cancelamento de oficio de declaração de importação
24
Restituição de Receita Não Administrada pela SRF
Art. 13. O pedido de restituição de receita da União, arrecadada mediante Darf, cuja
administração não esteja a cargo da SRF, deverá ser apresentado à unidade da SRF
competente para promover sua restituição, que o encaminhará ao órgão ou entidade
responsável pela administração da receita a fim de que este se manifeste quanto à pertinência
do pedido.
Parágrafo único. Reconhecido o direito creditório do requerente, o processo será devolvido à
unidade da SRF competente para efetuar a restituição, que a promoverá no montante e com os
acréscimos legais previstos na decisão proferida pelo órgão ou entidade responsável pela
administração da receita, ou sem acréscimos legais quando a decisão não os prever.
RESSARCIMENTO
Art. 14. Os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), escriturados na forma da
legislação específica, poderão ser utilizados pelo estabelecimento que os escriturou na
dedução, em sua escrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtos
tributados.
§ 1o Os créditos do IPI que, ao final de um período de apuração, remanescerem da dedução de
que trata o caput poderão ser mantidos na escrita fiscal do estabelecimento, para posterior
dedução de débitos do IPI relativos a períodos subseqüentes de apuração, ou serem
transferidos a outro estabelecimento da pessoa jurídica, somente para dedução de débitos do
IPI, caso se refiram a:
25
§ 3o São passíveis de ressarcimento apenas os créditos presumidos do IPI a que se refere o
inciso I do § 1o, apurados no trimestre-calendário, excluídos os valores recebidos por
transferência da matriz, e os créditos relativos a entradas de matérias-primas, produtos
intermediários e material de embalagem para industrialização, escriturados no trimestre-
calendário.
§ 4o Os créditos presumidos do IPI de que trata o inciso I do § 1o somente poderão ter seu
ressarcimento requerido à SRF, bem assim serem utilizados na forma prevista no art. 21 desta
Instrução Normativa, após a entrega, pela pessoa jurídica cujo estabelecimento matriz tenha
apurado referidos créditos, da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)
do trimestre-calendário de apuração.
Art. 15. No período de apuração em que for encaminhado à SRF o "Pedido de Ressarcimento
de Créditos do IPI", bem assim em que forem aproveitados os créditos do IPI na forma prevista
no art. 21 desta Instrução Normativa, o estabelecimento que escriturou referidos créditos
deverá estornar, em sua escrituração fiscal, o valor pedido ou aproveitado.
Art. 16. A transferência dos créditos do IPI de que trata o § 1o do art. 14 desta Instrução
Normativa deverá ser efetuada mediante nota fiscal, emitida pelo estabelecimento que o
apurou, exclusivamente para essa finalidade, em que deverá constar:
26
"créditos transferidos do estabelecimento inscrito no CNPJ sob o no ... (indicar o número
completo do CNPJ)", indicando o número da nota fiscal que documenta a transferência.
§ 3o A transferência de créditos presumidos do IPI, de que trata o art. 14, § 1o, inciso I, por
estabelecimento matriz não contribuinte do imposto dar-se-á mediante emissão de nota
fiscal de entrada pelo estabelecimento industrial que estiver recebendo o crédito, devendo,
o estabelecimento matriz, efetuar em seu livro "Diário" a escrituração a que se refere o § 1o.
Art. 17. A autoridade da SRF competente para decidir sobre o pedido de ressarcimento de
créditos do IPI poderá determinar a realização de diligência fiscal no estabelecimento da
pessoa jurídica a fim de que seja verificada a exatidão das informações prestadas.
Art. 18. Reconhecido o direito creditório, deverá ser verificada, mediante consulta aos sistemas
de informação da SRF, a regularidade fiscal da pessoa jurídica relativamente aos tributos e
contribuições administrados pela SRF, bem assim a existência de débitos inscritos em Dívida
Ativa da União.
§ 1o Detectada a existência de débito da pessoa jurídica para com a Fazenda Nacional
relativamente aos tributos e contribuições administrados pela SRF, inclusive objeto de
parcelamento, o valor a ressarcir deverá ser utilizado para quitá-lo, mediante compensação em
procedimento de ofício, conforme disposto nos arts. 24 a 27 desta Instrução Normativa.
§ 2o Inexistindo débito da pessoa jurídica para com a Fazenda Nacional relativamente aos
tributos e contribuições administrados pela SRF, ou remanescendo créditos a ressarcir após
efetuada a compensação de que trata o § 1o, será promovido o ressarcimento ao
estabelecimento que apurou os créditos do IPI.
Art. 20. Poderão ser ressarcidos às missões diplomáticas e repartições consulares de caráter
permanente, bem assim às representações de caráter permanente de órgãos internacionais de
que o Brasil faça parte, os valores do IPI incidente sobre produtos adquiridos no mercado
interno destinados à manutenção, ampliação ou reforma de imóveis de seu uso.
§ 1o O ressarcimento de que trata o caput será efetuado a requerimento da interessada,
mediante utilização do "Pedido de Ressarcimento de IPI", no qual constarão, entre outras
informações, dados das notas fiscais das aquisições que dão direito ao ressarcimento.
27
§ 2o A autoridade da SRF competente para decidir sobre o pedido de ressarcimento poderá
determinar ao requerente, como condição para o reconhecimento de seu direito creditório, que
lhe sejam encaminhados os originais das notas fiscais que comprovem as aquisições de
produtos que dão direito ao ressarcimento.
§ 3o Tratando-se de requerimento de missão diplomática ou de repartição consular, o direito
creditório somente será reconhecido na hipótese de a legislação de seu país dispensar, em
relação aos impostos incidentes sobre o valor agregado ou sobre a venda a varejo, conforme o
caso, tratamento recíproco para as missões ou repartições brasileiras localizadas, em caráter
permanente, em seu território.
COMPENSAÇÃO
Art. 21. O sujeito passivo que apurar crédito relativo a tributo ou contribuição administrado pela
SRF, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos
próprios, vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos ou contribuições sob
administração da SRF.
§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada pelo sujeito passivo mediante o
encaminhamento à SRF da "Declaração de Compensação".
§ 2o A compensação declarada à SRF extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da
ulterior homologação do procedimento.
§ 3o Não poderão ser objeto de compensação efetuada pelo sujeito passivo:
28
§ 7º Os débitos do sujeito passivo serão compensados na ordem por ele indicada na
Declaração de compensação.
§ 8º O disposto no §7º também se aplica aos pedidos de compensação já deferidos pela
autoridade competente da SFR.
Art. 22. Constatada pela SRF a compensação indevida de tributo ou contribuição já confessado
ou lançado de ofício, o sujeito passivo será comunicado da não-homologação da compensação
e intimado a efetuar o pagamento do débito no prazo de trinta dias, contado da ciência do
procedimento.
Parágrafo único. Não ocorrendo o pagamento ou o parcelamento no prazo previsto no caput, o
débito deverá ser encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN), para inscrição em
Dívida Ativa da União, independentemente da apresentação, pelo sujeito passivo, de
manifestação de inconformidade contra o não-reconhecimento de seu direito creditório.
Art. 23. Verificada a compensação indevida de tributo ou contribuição não lançado de ofício
nem confessado, deverá ser promovido o lançamento de ofício do crédito tributário.
Parágrafo único. O sujeito passivo será comunicado da não-homologação da compensação,
cientificado do lançamento de ofício e intimado a efetuar o pagamento do débito ou a impugnar
o lançamento no prazo de trinta dias, contado de sua ciência.
Compensação de Ofício
Art. 24. Antes de proceder à restituição de quantia recolhida a título de tributo ou contribuição
administrado pela SRF ou ao ressarcimento de crédito do IPI, a autoridade competente para
promover a restituição ou o ressarcimento deverá verificar a existência de débito do sujeito
passivo para com a Fazenda Nacional relativamente aos tributos e contribuições sob
administração da SRF.
§ 1o Verificada a existência de débito em nome do sujeito passivo, inclusive de débito inscrito
em Dívida Ativa da União ou de débito consolidado no âmbito do Refis ou do parcelamento a
ele alternativo, o valor da restituição ou do ressarcimento deverá ser utilizado para quitá-lo,
mediante compensação em procedimento de ofício.
29
§ 3o Na hipótese de o sujeito passivo discordar da compensação de ofício, a autoridade da
SRF competente para efetuar a compensação reterá o valor da restituição ou do ressarcimento
até que o débito seja liquidado.
Art. 25. Existindo dois ou mais débitos vencidos do sujeito passivo para com a Fazenda
Nacional, relativamente aos tributos e contribuições administrados pela SRF, e sendo o valor
da restituição ou do ressarcimento inferior à sua soma, observar-se-á, na compensação de
oficio, a ordem dos débitos indicada pelo sujeito passivo ou, na ausência desta, a ordem a
seguir apresentada:
Art. 26. O crédito do sujeito passivo para com a Fazenda Nacional que remanescer da
compensação de ofício de débitos relativos aos tributos e contribuições administrados pela
SRF, inclusive de débitos inscritos em Dívida Ativa da União, deverá ser utilizado pela SRF na
compensação do débito do sujeito passivo consolidado no âmbito do Refis ou do parcelamento
a ele alternativo, vedada a compensação deste antes daqueles.
Disposições Comuns
30
II – creditar o montante utilizado para a quitação dos débitos à conta do
respectivo tributo ou contribuição e dos respectivos acréscimos legais, quando
devidos;
I – certificar:
31
IX - da disponibilidade no banco do primeiro lote de restituições do IRPF do
exercício a que se referir, quando se tratar de:
Art. 28. Na compensação efetuada pelo sujeito passivo, os créditos serão acrescidos
de juros compensatórios na forma precista nos arts, 38 e 39 e os débitos sofrerão
incidência de acréscimos moratórios, na forma da legislação de regência, até a data da
entrega da Declaração de compensação.
Parágrafo único – Na compensação de oficio, os juros compensatórios e acréscimos
moratórios, de que trata o caput serão calculados considerando-se as seguintes datas:
I – do consentimento, expresso ou tácito, da compensação; ou
II – da efetivação da compensação, quando se tratar de débito inscrito na divida ativa
da união.
Art. 29. A compensação de débito objeto de parcelamento deverá ser efetuada na ordem
inversa do prazo de vencimento das prestações, ou seja, a partir da última vincenda até a
última vencida.
Art. 30. É vedada a compensação de débitos do sujeito passivo, relativos aos tributos e
contribuições administrados pela SRF, com créditos de terceiros.
32
Parágrafo único. A vedação a que se refere o caput não se aplica ao débito consolidado no
âmbito do Refis ou do parcelamento a ele alternativo, bem assim aos pedidos de compensação
formalizados perante a SRF até 7 de abril de 2000.
COMPETÊNCIA
Art. 31. A decisão sobre o pedido de restituição de quantia recolhida a título de tributo ou
contribuição administrado pela SRF caberá ao titular da Delegacia da Receita Federal (DRF),
Delegacia da Receita Federal de Administração Tributária (Derat), ou Delegacia Especial de
Instituições Financeiras (Deinf) ou Inspetoria da Receita Federal de Classe Especial (IRF-
Classe Especial) que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha jurisdição sobre o
domicílio fiscal do sujeito passivo.
§ 3o Reconhecido, na forma do § 2o, o direito creditório de sujeito passivo em débito para com a
Fazenda Nacional relativamente aos tributos e contribuições administrados pela SRF, a
compensação de ofício do crédito do sujeito passivo e a restituição do saldo credor porventura
remanescente da compensação caberão à autoridade administrativa a que se refere o § 1o.
33
§ 6º Tratando-se de compensação de crédito relativo a tributo ou contribuição incidente
sobre operação de comércio exterior ou de crédito de IPI apurado por estabelecimento
que não seja a matriz, será competente para reconhecer o direito creditório do sujeito
passivo, para fins do disposto no § 5o, a autoridade a que se refere, respectivamente, o
§ 2º e o art. 32, caput."
Art. 32. A decisão sobre o pedido de ressarcimento de créditos do IPI caberá ao titular da DRF,
Derat ou IRF-Classe Especial que, à data do reconhecimento do direito creditório, tenha
jurisdição sobre o domicílio fiscal do estabelecimento da pessoa jurídica que apurou referidos
créditos.
Parágrafo único. O ressarcimento ou a compensação de ofício de créditos do IPI com débitos
da pessoa jurídica para com a Fazenda Nacional caberá ao titular da unidade da SRF de que
trata o caput que, à data do ressarcimento ou da compensação, tenha jurisdição sobre o
domicílio fiscal do estabelecimento da pessoa jurídica que apurou referidos créditos.
Art. 34. A restituição de receita da União arrecadada mediante Darf, cuja administração não
esteja a cargo da SRF, será promovida pelo titular da DRF, Derat ou IRF-Classe Especial que,
à data da restituição, tenha jurisdição sobre o domicílio fiscal do requerente.
Art. 35. É facultado ao sujeito passivo, no prazo de trinta dias, contado da data da ciência da
decisão que indeferiu seu pedido de restituição ou de ressarcimento ou, ainda, da data da
ciência do ato que não homologou a compensação de débito lançado de ofício ou confessado,
apresentar manifestação de inconformidade contra o não-reconhecimento de seu direito
creditório.
§ 1o Da decisão que julgar a manifestação de inconformidade do sujeito passivo caberá a
interposição de recurso voluntário, no prazo de trinta dias, contado da data de sua ciência.
§ 2o A manifestação de inconformidade e o recurso a que se referem o caput e o § 1o reger-se-
ão pelo disposto no Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972, e alterações posteriores.
§ 3o O disposto no caput não se aplica às hipóteses de lançamento de ofício de que trata o art.
23.
34
Art. 36. Da decisão que reconhecer direito creditório não caberá recurso de ofício.
JUROS COMPENSATÓRIOS
35
1. o mês de janeiro de 1996, se a declaração referir-se ao
exercício de 1995 ou anteriores;
§ 1o Nos casos dos itens 2 das alíneas "b" e "c" do inciso I, o cálculo dos juros equivalentes à
taxa referencial Selic relativos ao mês da entrega da declaração ou do pagamento indevido ou
a maior que o devido será efetuado com base na variação dessa taxa a partir do dia previsto
para a entrega da declaração, ou do pagamento indevido ou a maior, até o último dia útil do
mês.
Art. 39. Os valores sujeitos a restituição, apurados em declaração de rendimentos, bem assim
os créditos decorrentes de pagamento indevido ou a maior, passíveis de compensação ou
restituição, apurados anteriormente a 1o de janeiro de 1996, quantificados em Unidade Fiscal
de Referência (Ufir), deverão ser convertidos em Reais, com base no valor da Ufir vigente em
1o de janeiro de 1996, correspondente a R$ 0,8287.
§ 1o O valor resultante da conversão referida no caput constituirá a base de cálculo dos juros
de que trata o art. 38.
36
§ 2o O imposto a restituir, apurado em declaração de rendimentos, que tenha sido colocado à
disposição do sujeito passivo anteriormente a 1o de janeiro de 1996, deverá ter o seu valor
devidamente convertido em reais, nos termos do caput, não se sujeitando à incidência dos
juros previstos no art. 38.
PAGAMENTO
Art. 41. Compete à instituição financeira por intermédio da qual se efetuar a restituição ou o
ressarcimento verificar a correspondência do número de inscrição do respectivo beneficiário no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ),
constante dos documentos de abertura da conta corrente bancária ou de poupança, com o
assinalado na correspondente autorização de crédito.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput caracteriza desvio de recursos
públicos e obriga a instituição financeira responsável à entrega dos valores ao legítimo credor
ou sua devolução ao Tesouro Nacional, acrescidos dos juros previstos no art. 38, sem prejuízo
da imposição das demais sanções cabíveis.
DISPOSIÇÕES FINAIS
37
Parágrafo único. A SRF disponibilizará, no endereço <www.receita.fazenda.gov.br>, os
formulários a que se refere o caput.
Art. 45. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos
a partir de 1o de outubro de 2002.
Art. 46. Ficam formalmente revogadas, sem interrupção de sua força normativa, as Instruções
Normativas SRF no 28/84, de 22 de março de 1984, no 96/85, de 26 de novembro de 1985, no
22/96, de 18 de abril de 1996, no 16/97, de 26 de fevereiro de 1997, no 21/97, de 10 de março
de 1997, no 73/97, de 15 de setembro de 1997, no 34/98, de 2 de abril de 1998, no 151/99, de
21 de dezembro de 1999, no 41/00, de 7 de abril de 2000, no 28, de 13 de março de 2001, o art.
7o, inciso III e § 2o, da Instrução Normativa SRF no 93, de 23 de novembro de 2001, e a
Instrução Normativa SRF no 203, de 23 de setembro de 2002.
EVERARDO MACIEL
Anexos
38
restituídos ao sujeito passivo ou à pessoa autorizada a receber a quantia, observado o
disposto nesta Instrução Normativa.
39