Você está na página 1de 1

52

De acordo com Lerner (2000), as cincias so caracterizadas por princpios


organizadores centrais. Para a Fsica clssica, esses princpios so centrados nas leis de
Newton; para a Fsica moderna, segundo o autor, as leis de Newton so prolongadas e
subordinadas pelos princpios do relativismo da mecnica quntica. J para a Qumica, os
princpios centrais so a conservao de massa e energia, a tabela peridica dos elementos, e
as leis da mecnica quntica. Para a Geologia, o princpio central a teoria das placas
litosfricas. E, para as Cincias de Vida, um dos princpios centrais a evoluo biolgica.
A teoria evolutiva tem sido assunto de estudo intensivo por, aproximadamente, um
sculo e meio. Grande quantidade e diversidade de dados foi relacionada e se fez
compreensvel na base da teoria. Ao dar o lugar central para a evoluo, nas Cincias de Vida,
Lerner (2000) se pergunta: o que necessrio para propiciar ao estudante uma boa
compreenso desta cincia e do papel unificador da evoluo nela? E afirma: a estrutura
terica da evoluo um tanto abstrata.
Para o autor, como estrutura terica, a teoria Darwinista de evoluo no revela seu
poder s pessoas que no so familiares com uma amostra razovel do largo espectro dos
fatos que a teoria explica e correlaciona. Nos nveis escolares iniciais, consequentemente, os
padres devem focalizar naqueles fatos e ideias bsicos da evoluo, que podem mais tarde
ser incorporados a uma viso mais ampla sobre evoluo.

3.2.5 Organizaes antievolucionistas e implicaes para os currculos escolares

Apesar da grande quantidade de investigaes sobre o ensino de evoluo, a pequena


compreenso pblica sobre o tema tem sido considerada problemtica pela maioria dos
investigadores (ALTERS; NELSON, 2002). Alm disso, em pases como os Estados Unidos,
h organizaes antievolucionistas que buscam abalar o ensino da evoluo (INSTITUTE
FOR CREATION RESEARCH, 2000; NUMBERS, 1992; ALTERS, ALTERS, 2001;
ANTOLIN, HERBERS, 2001), oposio que considerado um risco, por alguns autores,
inclusive, quanto ao financiamento de pesquisas (FUTUYMA, 1999, p. 43).

Você também pode gostar