Época (Barroco) de afirmação tonal que se desenvolve devido à proporcionalidade dos
valores das notas, a um ritmo musical sempre mais independente das narrativas de um texto, e à nova prática de se agrupar em torno de um instrumento as partes que, se configuram como acompanhamento e sustentação harmônica da melodia principal. Músicos como Monteverdi e Lassus introduzem novidades à polifonia. O Barroco exprime pois, novos gostos: ornamentos, contrastes, grandiloquências. Nas óperas, que eram mais complexas porque acrescentavam um contingente vocal, a marcação do tempo era feita pelo Kapellmeister (mestre-capela), pelo Konzertmeister (violinista principal) ou ainda pelo cravista que fazia o acompanhamento. O mestre-capela, quando regia música vocal ou instrumental de pequeno porte, utilizava-se de um bastão no auxílio da marcação do tempo, mas não como uma batuta, cujos movimentos são feitos no ar. Ele marcava batendo o bastão no chão produzindo uma marcação sonora dos tempos fortes de cada compasso. Tal prática deve ter caído em desuso quando o compositor italiano Jean-Baptiste Lully (1632-1687) - que adotou a escrita de seu nome em francês por trabalhar na corte de Luís XIV - feriu-se numa dessas batidas vindo a morrer logo em seguida de gangrena.
No Barroco, o diretor da orquestra dirigia o conjunto sentado ao clavicêmbalo. Ele exercia o
papel de “regente”. A partir das óperas napolitanas, aos instrumentos de corda fôra destinado a expressividade melódica, e que, por sua vez, estes respectivos instrumentos exerciam uma importante comunicação regencial através do comando coreográfico que o arco podia oferecer. Com o advento do Concerto grosso, desenvolvido e aprofundado por Corelli, temos uma nova disposição orquestral: a coexistência de dois grupos, “tutti” e “solli”. A partir disto, a regência começou a demonstrar necessidade marcações afins às necessidades da música.