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Ao longo perodo colonial em Moambiques, os investimentos em sade por parte do governo

portugus foram esparos e em geral para atender demanda dos colonas portugueses, mas aos
poucos formaram uma rede de sade pblica em Moambique colonial.
A partir da dcada de 1930, o governo colonial passou a investir em infraestrutura como forma
de atrair portugueses para as colonias na africa. Foram criadas delegaes de sade, composta
por postos sanitrios e hospitais, foram tambm institudas as brigadas sanitrias. Portanto a
partir da dcada de 1940, podemos falar de um departamento de sade.
Neste tempo a nomeao do curandeiro remete a uma desqualificao da prtica associando estes
a feiticeiros, dito de outra forma, o processo de negao de saber da medicina tradicional passou
pela identificao de imagem de Nyanga (medico tradicional) com a do feiticeiros, negro e mal,
enfatizando a oposio entre medicina e magia como sendo a oposio entre medicina oficial e a
tradicional.
O acesso dos chamados indgenas aos servios de sade foi durante todo perodo colonial
cercado por questes raciais e sociais, a que implica afirmar que o acesso destes africanos aos
servios de sade coloniais foi bastante precrio. Mas o no reconhecimento, pelo estado
colonial, de prticas populares de cura como saber legitima tambm foi um factor que marcou as
polticas de sade. Boaventura santos afirma que a negao da diversidade o inerente ao
colonialismo no nico tempo e no espao, em relao a medicina tradicional apresenta vozes
dissonantes, como antroplogos da junta de investigao ultramarina que na dcada 1950
nomeiam praticantes da medicina tradicional como medico-magico, fazendo uma aproximao
entre dois elementos ate ento vistos pela administrao colonial como oposto.

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