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ateno
O Vendedor de
seguinte texto:
Provrbios
beira de Verdes Bosques
chegou
que ningum conhecia. Era baixo, delgado como um vime e tinha os cabelos
todos brancos. Gritava:
- Provrbios! Provrbios! Provrbios! Novos e usados! Uma moeda cada um! Quem quer
provrbios?
- E que fazemos ns com os provrbios? perguntou-lhe muito admirada uma gorda padeira.
- Eh! Eh! - respondeu o homem. - Claro que com os provrbios no poder fazer um avental ou fritar
dois ovos, mas em compensao enriquecer o seu pensamento. No sabe que em cada provrbio est um
quilo de bom senso?
- Essa boa! observou um homem que tinha um nariz vermelho de brio. Ento, por uma moeda,
que provrbio poders vender-me, velhote?
O vendedor olhou-o longamente e depois vendeu-lhe este provrbio:
- Quem do vinho amigo, de si prprio inimigo.
- D-me tambm um - pediu uma mulher, estendendo a sua moeda.
- Ora aqui tem o que lhe vai matar -respondeu o velho. - Em boca fechada no entram moscas
A mulher, que era conhecida em toda a regio por ser muito faladora, foi-se embora envergonhada.
E foi assim que naquele dia, em Verdes Bosques, grandes e pequenos compraram, apenas por uma
moeda, um quilo de bom senso.
Adolfo Simes Muller
Quem
quer
Provrbios?
Quem
quer
Provrbios?