Você está na página 1de 1

Eu amo ser ridiculamente impulsiva.

Eu amo enviar mensagens descompromissadas (p


orque quo descompromissada qualquer forma de comunicao digital pode realmente ser?)
e dizer para as pessoas que eu as amo e dizer que elas so seres humanos absoluta
mente encantadores e que eu no consigo nem acreditar que elas existem mesmo. Eu a
mo falar me beija mais forte e voc uma pessoa muito boa e voc ilumina meu dia .
Eu tento viver a minha vida da maneira mais impulsiva possvel.
E eu sei como todos ns queremos ser misteriosos. Nenhum de ns quer se machucar. Ni
ngum quer parecer desesperado. E ento a gente espera pra responder s mensagens, lig
aes, e-mails... Ento comunicamos nossas emoes da forma que terminamos as nossas mensa
gens de texto. Dizemos meias-verdades vagas e esperamos que as pessoas leiam nos
sas mentes.
E se a ltima coisa que voc respondeu para aquela menina foi no sei, tanto faz, qualq
uer dia , quando ela perguntou quando vocs poderiam se ver, embora voc na verdade qu
isesse muito v-la naquele mesmo instante?
E se voc estivesse encantada de desejo por uma pessoa maravilhosa da sua aula de
literatura mas voc preferiu esperar 15 segundos pra responder quela mensagem, e ac
abou de fato no respondendo nunca?
Talvez seja esquisito. Talvez seja assustador. Talvez parea impossvel apenas deixa
r que as pessoas saibam que voc as quer, que voc precisa delas, que voc sente vonta
de nesse exato momento, que voc vai morrer se no as ver, segurar, tocar de alguma
maneira, seja com seus ps em suas coxas no sof ou sua lngua nas suas bocas, ou seu
corao nas suas mos.
Mas no h nada mais bonito do que estar desesperada.
E no h nada mais arriscado do que fingir que no liga.
Ns somos jovens e humanos e ns no estamos to no controle quanto a gente acha que est.

Você também pode gostar