“reminiscência,fábula,loucura” ( Jorge de Lima ) Para meu querido amigo Dailor Varela
Sigo meu amásio do céu, Alexandre O’neill concordando que “imaginar,
/primeiro, é ver. Imaginar é conhecer, portanto agir.” Há dias odeio coisas a que não consigo responder. Ruas, oh ruas... quem são vocês? Oh Cesário Verde por que não vives e é meu vizinho? Eu teria te dado amor. Sou uma pobre amante de pé escorada numa árvore. Meu tomateiro me dá muito mais atenção do que meu /amor platônico. Quero sugerir psicose sim Freud atravessa minhas páginas. Te daria um belo susto mastigando tua boca. Uma senhora de fralda, num asilo me chamou de mariola. Tento consertar a torneira defeituosa de meu banheiro Mas o tormento continua pingando. Tenho ossos crescidos e o bucomaxologista se grudou A mim para analisar o dente de meu céu de boca. Quero cuspir meu amor arruinado, antes de começar. Sou uma mulher dupla/fixa/petrificada. Já fui amada por um hamster chamado Jim Morrison. Não se preocupe Você não fez essa culpa em mim. Lavei minhas tigelinhas e brinquei de comidinha Eu cozinho nomes Tu cozinhas as esperas Ele cozinha filas Nós cozinhamos gente Vós cozinhais alcachofras Eles cozinham medo e pedras Ontem, tu eras hostil Hoje, és um sábio. Ah! Que vontade tenho de trancar aquela porta ( :: )