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LOUIS ALTHUSSER Sobre o Trabalho Tedrico 2) edigso. EDITORIAL PRESENCA-® LIVRARIA MARTINS FONTES PORTUGAL BRASIL UFRN BIBLE? A CENTRAL Ag 4eJ)$! nee ebamads ay “beege WMI 099101 © nations Soviates Tradueke de JOAQUIM JOSR MOURA RAMOS Reservades todos os direitos para a lmgua portuguesa & EDITORIAL PRESHNGA, LDA, Rusa Augusto Gil, 85-A —LISBOA. SOBRE O TRABALHO TEORICO DIFICULDADES E RECURSOS Em breves paginas, gostaria de expor algumas das dificuldades que enfrenta todo o trabalho de exposicao teérica dos principios marxistas, antes de apontar os recursos, uns bem conhecidos, outros por vezes desconhecidos, que estdo & nossa disposicao. vras da linguagem quotidiana, ou ex- ipressdes compostas, construidas com pa- lavras da linguagem quotidiana, mas que funcionam sempre de maneira diferente do que na linguagem quotidiana. Na lin- guagem teérica, as palavras e expressées funcionam como conceitos tedricos. Isto implica muito precisamente que o sentido das palavras esta nele fixado, nado pelo seu uso Corrente, mas sim pelas relagées existentes entre og conceitos tedricos no interior do seu sistema, Sao estas rela- g6es que atribuem 4s palavras, gue designam conceitos, o seu significado tedrico. A dificuldade prépria da termi- nologia tedrica consiste pois em que, por detras do significado usual da palavra, ¢ sempre preciso discernir o seu significado conceptual, que é sempre diferente do significado usual. Ora, para a leitor nao prevenido, esta dificuldade passa des- percebida quando o termo teézico repro- duz pura e simplesmente um termo usual. _B2 Por exemplo, todos pensam compreen- der imediatamente o que Marx quer di zer quando emprega uma palavra tao corrente como a palavra trabalho, No entanto, € preciso um grande esforco para discernir, por detras da evidéncia fami- liar (ideologica) desta palavea, o con- ceifo marxista de trabalho, ¢ mais ainda, para ver que a palavra trabalha pode designar varios conceitas distintos: os conceitos de processo de trabalho, de forca de trabalho, de trabalho conereto, de trabalho abstracto, ete.... Quando uma terminologia tedrica & boa, isto & bem determinada ¢ bem referenciavel, cla assume a funcdo precisa de impedir as confusSes entre © significado usual das palavras € o significado teérico {concep- tual) das mesmas palavras. Desempenha este papel criando, antes de mais, ex- pressGes compostas que impedem esta confusdo- ideolégica: tal como processo de trabalho, trabalho abstracto, modo de. 13 produgao, relagées de produgdo, ete... Em cada uma destas expresses s6 en- coftrames palavras vulgares, trabalho, conereto, abstracto, modo, producio, re- lag6es, etc... B a sua conjungao parti- cular que produz um significado novo, definido, que é 0 conceito teérico. Nao pode haver discurso tedrico sem a pro- ducdo destas expressdes especificas, que designam conceitos teéricos, Foi por isso que tivemos de propor, quando se tornou necessirio, novas expressées para desig- nar conceitos, indispensaveis para a defi- nigio do nosso objecto (ex, efeito de conhecimento, modo de producio teérico, ‘ete....). Fizemo-lo com a maior prudén- cia, mas era necessario fazé-lo, B— Dificuldade do discurso tedrico A dificuldade da terminologia nao €, em si, mais do que o indicio de uma “it sutra dificuldade, mais profunda, que diz respeito 4 natureza fedrica do nosso discurso. Que é um discurse teérico? Na sua significagao mais geral é um discurso que tem por efeito a conhecimento de um objecto. Para permitir a compreensdo do que se seguira, devemos dar aqui algumas precis6es, antes dos desenvolvimentos teéricos que serio publicados ulterior mente, Diremos que. no sentido exacto do termo, ndo existem sendo objectos reais € concretos, singulares. Diremos, simul- faneamente, que todo o discurso teérico tem por raz&o de ser dltima o conheci mento «concreto» (Marx) destes objec- tos reais e concretos, singulares. & assim que a histéria abstracta ou a histéria em geral no existem (no sentido exacto do termo), mas apenas a hist6ria real, con- creta, desses objectos concretos que sao 15 as formacées sociais concretas, singula- res, cuja existéncia podemog observar na experiéncia acumulada da humanidade, E assim que a produco em geral, a pro- dug&o abstracta, ndo existe (Marx), mas apenas esta ou aquela conjuncdo- -combinagdo concreta-real de modos de produgdo hierarquizados nesta ou na- quela formac&o social determinada: a Franca de 1848 (Marx: 0 18 do Bruma- tio, Lutas de classes em Franca); a Ris- sia de 1905 ou de 1917 (Lénine), etc. Todo 0 conhecimento, portanto todo o discurso: teérico, tem por fim dltimo o conhecimento destes objectos reais, con- cretos, singulares: quer a sua individua~ lidade (a estrutura de uma formagéo so- cial), quer os modos desta individuali- dade (as conjunturas sucessivas nas quais existe esta formaco social) No entanto, e € este o ponto decisivo. sabemos gue o conhecimento destes objectos concretos, reais, singulares, no - 16 € um dado imediato, nem uma simples abstracc4o, nem a aplicago de conceitos gerais a dadog particulares. Estas so as iposigées do empirismo ¢ do idealismo. O conhecimento desies objectos reais, con- cretos, singulares, € o resultado de todo um processo de produgéo de conheci- mento, cujo resultado é aquilo a que Marx chama «a sintese de uma multipli- cidade de determinagdes», sendo esta sintese o «conhecimento concreto» de um objecto concreto (Introdugdo de 1857). Em que consiste aquilo a que Marx assim chama ? Esta sintese consiste na combinagéo- -conjuncgéo exacta de dois tipos de ele- mentos (ou determinagGes) de conheci- mentos, a que chamaremos, por agora e para tornar clara a nossa exposigdo, ele- mentos fedricas em sentido estrito e ele- mentos empiricos ou, por outras pala- . 17 vras, conceitos fedricos (em sentido estrito) e conceitos empiricas * Os conceifos teéricos (em sentido es- trito) dizem respeito as determinagées ou objectos abstractos-formais, Os con- ceitos empiricos dizem respeito as deter- minacées da singularidade dos objectos concretos. Assim, diremos que o conceito de modo de produgéo € um conceito ted- rico, ¢ que se refere ao modo de produgdo em geral, que nao é um objecto existente no sentido estrito, mas que € indispen- sével para o conhecimento de toda a formag&o social, dado que toda a forma- cao social ¢ estruturada pela combinacao de varios modos de produco. Da mesma maneira, diremos que o conceito de modo de producao capitalista 6 um conceito 2 Utilizamos provisoriamente a expressio con- ceito emptrico, Posteriormente substitui-la-emos por uma denominacio diferente, mais adequada, 18 tedrico, € que se refere ao modo de pro- duc&o capitalisia em geral, que nao é um objecto existente no sentido estrito (o modo de producao capitalista nao existe em sentido estrito; apenas existem for- magées sociais em que domina o modo de producdo capitalista), mas que, no entanto, é indispensdvel ao conheci- mento de qualquer formacdo social sob a dominag&o do dito modo de producdo capitalista, etc. O mesmo acontece para todos os conceitos teéricos de Marx: modo de produgdo, forcas produtivas (ou relag6es técnicas de producao), relacdes sociais de producdo, instancia do poli- tico, do ideolégico, o conceito de arti- culagéo das instancias, o conceito de formac&o social, o conceito de conjun- tura, 0 conceito de pratica, de teoria, ete. Estes conceitos nao nos dio o conheci~ mento das determinagdes ou elementos (diremos objectos) absiractos-formais que so indispensAveis para a produgdo 19 do conhecimente concreto dog objectos concretos. Ao dizer que estes objectos sdo abstractos-formais, n&o fazemos mais do que fazer uso da terminologia empre- gada pelo proprio Marx que, em O Ca- pital, se move na os conceites tedricos no conheci- menfo concreto dog objectos conerctos. A dialéctica desta «realizacéio», que nfo tem nada a yer com o conceito hegeliano da «realizag4o» especulativa da Ideia no conecreto, merece evidentemente longos esclarecimentos, que sé podem ser pro- duzidos na base de uma teoria da pra- tica das ciéncias e da sua histéria. De qualquer modo, podemos dizer que o conhecimento concreto de um objecto concreto se nOs apresenta como a «sin- tese» de que fala Marx: sintese dos con- ceitos tedricos (em sentido estrito) ne- cessarios, combinados com os conceitos empiricos elaborados. Como vemos, nao existe conhecimento concreto de um objecto concreto sem o recurso obrigaté- 24 rio ao conhecimento destes objectos es- pecificos que correspondem aos conceitos abstractos-formais da teoria em sentido estrito. Por agora, estas precisdes bastam- -nos para introduzir uma distingdo im- portante entre os objectos possiveis de um discurso teérico, Se conservarmos a distingdo que acabamos de operar entre os objectos abstractos-formais ¢ os objec~ tos concretos reais, podemos dizer que. um discurso teérico pode, consoante o seu nivel, referir-se quer a objectos abs- tractos e formais, quer a objectos con- cretos e reais. - Por exemplo, a analise cientifica de uma realidade histérica concreta, a for- magao social francesa em 1966, consti- tuira um discurso teédrico em sentido geral dado que nos fornece um conheci- mento. Mas dir-se-A que, neste caso, 0 discurso se refere a um objecto real-con- ereto. Pelo contrario, O Capital de Marx 25 analisa nfo uma formacSo social (uma sociedade real concrefa), mas sim o modo de produgao capitalista: dir-se-A que ele se refere a um objecto formal ou abs- feacto. Podemos conceber um grande niimero de discursos te6ricos que se refi- ram a objectos formais ou abstractos: por exemplo, ao conceito de modo de pro- dug&o, as instancias que constituem um modo de produgo (ao econdmico, ac politico, ao ideolégico); as formas de transigéo de um modo de producdo para outro, etc., etc... Um discurso sobre os principios gerais da teoria marxista refere-se também a um objecto formal ou abstracto: refere-se néo a um determinado objecto concreto (determi- nada formac&o social, determinada con- juntura da luta de classes), mas a prin~ cipios, isto é, a conceitos tedricos do marxismo, e portanto a objectos formais- -abstractos. 26 Se tedog os discursos que produzem 9 conhecimento de um objecto podem ser ditos, em geral, tedeicos, precisamos por- tanto de fazer uma distingdo de grande importancia: entre os discursos referen- tes a objectos reais-concretos por um lado, ¢ os discursos referentes a objectos formais-abstractos por outro, Convira chamar discursos tericos, ou teoria, em sentido estrito, aos discursos referentes a objectos formais-abstractos. Esta dis- tingdo € necessaria: por um lado, os pri- meiros discursos (concretos) supSem a existéncia dos segundos (abstractos) e por outro lado, 0 alcance dos segundos discursos (abstractos) ultrapassa infini- tamente o objecto dos. primeiros, Pode- mos facilmente verifica-lo tomando o exemplo do discurso teérico de Marx em O Capital. A teoria do modo de pro- dug&o. capitalista (objecto formal-abs- tracto), teoria em sentido estrito, permite, com efeito, o conhecimento de um grande 27 nimezo de objectos reais-concretos, neste “taso 0 conhecimento de todas as forma- ges sociais, de todas as sociedades reais, estruturadas pelo modo de produgaa ca- pitalista. Pelo contrario, o conhecimento (concreto) de um objecta real (exemplo: a Franca em 1966) nao permite ipso facto o conhecimento de um outro objecto real (a Inglaterra de 1966), a n&o ser " gue se recorra A feoria, em sentido es- trito, do modo de producao capitalista, isto é, a nBo ser que se extraia do pri- meiro conhecimento concreto o conheci- mento abstracto que ele contém. Destas consideracées certamente difi- ceis mas que esperamos sejam claras, po- demos tirar duas conclusdes, A primeira é que um discurso sobre Os principios gerais do marxismo €, nos seus proprios limites, um discurso. estri- famente tecrico, dado que se refere nao a um determinado objecto real-concreto (por exemplo: a luta de classes em 28 T< Franca, ow a historia do «culto da per- sonalidade», etc.), mas sim a um objecte formal-abstracto: og principios funda-~ mentais do marxismo, considerades inde- pendentemente de qualquer objecto real- -concreto. . A segunda 6 que o que caracteriza a teoria em sentido estrita é o facto de ela \ se referir precisamente a um objecto, ou a objectos formais-abstractos, isto é, de produzir ndo o conhecimento «concreto» de objectos reais-concretos, mas o conhe- cimento de objectos formais-abstractos, | ou teéricos em sentido estrito, de concei- tos, de relagSes e sistemas conceptuais teéricos, que devem e podem intervir sey guidamente no sentido de contribuir, numa grande fase, para o conhecimento dos objectos reais-concretos. Dizer que um conhecimento teérico, ou teoria em sentide estrito, se refere a objectos. for- mais-abstractos, a conceitos e sistemas conceptuais tedricos, significa pois que 29 ele possui a capacidade especifica de for- necer os instrumentos teéricos indispen- saveis para o conhecimento concreto. de toda uma série de objectos reais-concre- tos possiveis. Tendo por objecto objectos formais-abstractos, a teoria em sentido estrito diz no entanto respeito a objectos reais possiveis, a determinada formagao social ou a determinada «situacAo con- cretay (Lénine), actual, presente, aqui e agora, mas também a determinada for- magéo social ou situacao concreta pas- sada, ou futura, num outro local, desde gue estes objectos reais dependam dos conceitos abstractos da teoria conside~ rada. E precisamente nisto que reside a di- ficuldade da feoria. Nao esquecamos que, em sentido estrito, ela nunca se reduz aos exemplos reais evocados para a ilus- trar, uma vez que ultrapassa todo o objecto real dado, uma vez que abarca todos os objectos reais possiveis que re- ~ 30 levam dos sews conceitos, A dificuldade da teoria em sentido estrito reside pois no caracter abstracto ¢ formal, nao s6 dos seus conceitos, mas dos seus objec- tos. Fazer a teoria Mmarxista em sentido éstrito, definir og principios teéricos fun- damentais do marxismo, é trabalhar sobre estes objectos abstractos, é definir objec~ tos abstractos, por exemplo, os objectos abstractos seguintes: materialismo, mate- rialismo histérico, materialismo dialéc- fico, ciéncia, filosofia, dialéctica, modo de producdo, relacées de produg&o, pro- cesso de trabalho, trabalho abstracto, tra- balho concreto, mais-valia, estrutura do a teoria marxista através das grandes «evidéncias» estabelecidas, as das teorias ideolégicas reinantes. To- mando apenas dois exemplos, os marxis- tas que léem e interpretam espontanea- mente, sem dificuldades, escrapulos nem hesitac&o, a teorla marxista nos esque~ mas do evolucionismo ou do «humanis- mo», estes marxistas declaram de facto que Marx nao trouxe nada de novo, pelo menos no que respeita a filosofia e por consequéncia A ciéncia, na maneira de conceber os objectos tedzicos, e portanto na sua estrutura. Estes marxistas redu- zem a prodigiosa novidade filoséfica do pensamento de Marx a formas de pen- samento existentes, correntes, «eviden- tes», isto é, as formas da ideologia tedrica dominante. Para bem percebermos ¢ concebermos a novidade revolucionaria da filosofia marxista e das suas conse- af quéncias cientificas, ¢ preciso resistir lu- cidamente a esta reduca ideoldgica, combater a ideologia que a suporta e enunciar o que verdadeiramente distingue © pensamento de Marx, o que faz dele um peasamento revolucionario no sé na politica, mas também na teoria. B aqui que reside a dificuldade ultima, Pois nao é facil libertarmo-nos das «evi- déncias» de ideologias teéricas como o evolucionismo ou o , nao é facil mostrar positivamente em que é que Marx, dado que nao é nem hegeliano nem estes ou agueles elementos tedri- cos presentes nestas obras no «estado pratico», para dar ao seu contetido ted- rico uma forma tedrica adequada. Compreende-se entao que este traba- Iho, se nao for uma simples , como humanismo, etc. Tal é pois a primeira resposta que pode dar-se & questéo: onde «buscar», donde «extrairy os principios do mar~ xismo? — Nas obras tedricas de Marx e dos seus sucessores. Com a condigdo pré- via de identificar bem, entre as obras de Marx, as que sdo marxistas. Com a con- digdo de, em seguida, se saber que os principiog marxistas nos podem ser dados nestas obras quer em si, numa forma teé- sica adequada, quer sob outra forma, no estado pratico, Com a condicao enfim de se saber que «extraire das obras de Marx e dos seus sucessores alguns principios ido marxismo, sobretudo quando estes se encontram nelas no estado pratico, supde wma elaboracio que deve por vezes assumir a forma de um trabalho de rec- tificacdo critica, 2) No entanto, tudo isto diz ape~ nas respeito as obras tedricas dog classi- cos do marxismo, Necessitamos agora de 69 falar de outra coisa: das obras prdticas do marxismo, isto é, da pratica politica das organizagdes da luta de classes sur- gidas da unio da teoria marxista e do movimento operario, ¢ dos seus resul- dos, Mostramos que os principios marxis- tas podem existir «no estado pratico» nas obras fedricas do marxismo, E preciso mostrar agora que podem também exis- tir «no estado pratico» nas obras praticas do marxismo, A pratica politica dos partidos comu- nistas pode, com efeito, conter no estado pratico determinados principios marxis- tas, ou algumas das suas consequéncias teéricas, que nfo se encontram nas and- lises tedricas existentes. Do ponto de vista do proprio conteido teérico, a pra- tica politica da organizagio da luta de classes pode encontrar-se, em determina dos casos ¢ sobre determinados pontos, € por vezes profundamente, em avango - 70 relativamente A teoria existente. Pode- mos portanto «extrairy da prdtica poli- tica elementos teéricos que ela contém, e que estéo em avanco relativamente ao estado da teoria existente. E bem de ver que n&o nos referimos a qualquer prdtica «espontanea», mas a pratica dos partidos revolucionarios que fundam a sua organizac&o ¢ a sua acco na teoria marxista. E bem de ver que no nos referimos a qualquer destas pra- ticas mesmo sobre a teoria marxista, mas a uma prAtica cuja relacéo com a teoria marxista seja correcta *. © Por exemplo, a pratica poltiea dos parti- dos da II Internacional no inicio deste steulo: a sua relacio mecanicista, economista € evolucio- mista, com teoria marxista esta essencialmente falseada, Néo encontraremos nela, no possui um valor teérico. Nao é certo que se esteja na verdade pelo sim- ples facto de se estar na «praticay, da mesma maneira que nao é certo gue se esteja na werdade pelo simples facto de se decidir «dizé-la», isto é, pelo simples facto de nos exprimirmos através de um discurso do tipo «tedrico», pelo simples 83 Este livio ecabou de se Imprimir em 1978 para a ‘EDITORIAL PRESENCA, LDA. na Tipografia Nunes, Lda. — Porto * Tiragem 3000 exempleres

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