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volo Cabal de Mello (Cems stein in qo nein ivi so es tna do mato cl esta (1 160 coe Srnec sane, m fas iad da fn con were parade ue arco Bes on icp tech pore. ldap gh vs oBrat camo ume ors Ls Car san inal oro Pormes (Otero ee cmgrecfe qui tm cm net # pa a destinad a ealizar deste lado do Atlimco, as aspragdes eligho- poticas da Reform, rustradas peo anglicanismo, oe neste 80, nara 20 adjetivo o significado de wena rupture, awsente das outs aces. Dessa ambigio de prolongaro Velho Mundo no Novo, pes ie apor se ts eas conqustadas os nomes das reps ou dos pases cram orginrios or seus fundadore: Nova Espanta, Nova Galtia, Granada, Nova Extremadura, Nova Franga, Nova Holanda. A par de fest ftv tix denominag Ses expriniam deforma breviaa um| pga colonial ‘Aodesigna de Nova Lasitinia a caitania que he doar Soo I, da meridional do canal de Santa Cruz’ for do So Francis, odonattio ‘Coelho no se aparou da praxe-O chamado foral que concede 3 de finds e suas carts e-so inariavelmente datadasd° “esta 1 Lastnia"junais de Pemambuco. Contd, Nova sini tampoco i. Ao menondeade x anos sexsena Jo século XVI, empregavarse © ” sects topdnimo tpi, orginalment wilizad apenas para desgnaro panto do Kio= ral, natera firme fronteir ha de Itamaracd onde se stuarafeitora de ‘Crst6vao Jaques, topdnime posterionmenteadotado parao ancoradour da fox do Capbaribe-Beberibe.Falecido 0 primero donatrio, a correspon ‘décia oficial eonsagrouo costume emboraa viva, Britesde Albuquerque, teimasse,provavelimente por idelidage a memra do mario, em referir-se {Nova Lasitini, termo gue na Prosopopéia ira aadquirirtavo iter ‘ioe eruito, Proc se tam concilaras denominagdes ern Perabo ‘44 Nova Lasitnie o autor da elago do nardgio alude mesmo "eapi- tania de Pernambuco, ds partes do Brasil da nova Lin” So excepcio- ‘nalmente Nova Lusitinia foi empregado para designar toda a América ‘portugues como fer Brito Freire, nosso subsequent, naw histria da ‘Evers holandesa, Na Europ, adotow-enaturalment uso que se impuse- ‘ranatera. A correspondéncia dos cOnsues venezianosem Lisboa menclo- ‘aa “tradi Pernambue'":e0relato da expe de James Lancaster fala fempre de"Fernambuck", edo pau-brasil, come de “pau de Permambuco”, ‘costume que sepuirdo os holandeses que ehmaram a madeira Pemambuco hou", A desipnaso de pemambucanos pars. os moradore ot natural cpitania ose fer, portant, esperar. Assim. jos denomina el Vicente 0 Salvador o qual, conto, anda imitula sus conterraneos os baianos de“o8 (da Bahia” ‘Aprcterigio sofrda pelo nome de Nova Lusitnia fora amesma que} vitimara de Santa Cuz, nillmenteconferido América portuguesa ube tuigdo muito ertcada eno por Jodo de Barros e por Pedro de Mari. Gandavo insist no emprego da primitvadesignao, pos ade Brasil fora {dada pelo “vulgo mal considerado”, soando mai agradavelmente 3 ouvidos ‘ristos nome de um leno em que se realiarao mistério da Redeno€ rio ode uma madera que ervia apenas para inturara.Também protest ‘contra.a mudanga 0 autor dos Didlogor das grandesas do Bras, tlvez por ‘autela de ersto-novo. Ofato € que a escolha de Nova Lusitinia denot, ‘no primeire donatilo certo gost das humanidades,sabido que oemprego de Lastinia constitu novidade do ins do século XV trazida peo rena ‘mento don extudos clissios, que haviam identifcado 0 portygueses 205 usitanos sublevados outora contra a dominagio romana. Quand sinc ‘a acolonizag do Brasil, Lusitania e lust jeram voesbuls que cit- Culavam nas obras de autores portuguesese estrangetos. © que poderia ‘eforgar uma das expicagdesaventadas pars o nome de Olinda. Rejctando tr s js, que considerava cua, segundo aqul ele teria nascido da excla- nde wn criado de Duarte Coelho extasado dant da bela do sitio ye sergeria vila, Varnhagen sugeriu que ele avira de “algumacas, no bargo” cara a Duarte Coelho, ov de uma ds perzonagens femini- ‘ts Amadis de Ganda, novela de eavalaria ent na moda. Em cons xia, mesmo gosto lterrio que oevou abaizr sua capitania de Nova tna pode t-te induzdo a designar urbe fundada no ingulo do mare iter como nome de umaherona de romance. Destae, fcaria alas: objeto levantad por Sérgio Buarque de Holanda, segundo a qual, Jeizando-se Olinda no Amadis pela qualidade de “mesurada, isto 6 pomedia,r-oloia incompative com a ictinasSesde povosdore rs- Que Duarte Coelho noo fors,jperceberahavia muito historiador jo de Azevedo, que chamara a tengo para sua inclinago a emprezar yoedes atin na correspondéneia com e-e ‘A subattuigdo de Nova Lustinia por Perambueo siboliza no plano mutago que viraa softer o programa colonial do primeiro Table que moeriam acana de uma classe médiadeagricutores, encarega- os dycultvo dacana.Trata-seia, portant, menos de uma Nova Lastinia ‘Wo gic de uma Nova Madeira. Nos anos imediatamente anteriores sua ‘hegada terra, Duarte Coelho servira coma capitio-mor de armadas no Ailiico, casio em que tert podido concer osistema agroindustal da Modkira, que foi verdadiramenteo modelo da sua experiéneia brasileira, Inclusive sb oaspecto de ceria dversidade da produsdo exportivel ue ali foi 0 vinho e entre nés o algoddo, de maneia a evitar as dstorgdes da tmonccultura da cana, de eujs inconvenients ele teve plena conscéncia, ‘ome se vé do seu elo da lavouradesubsisénca. Emboratenhasolicita- tho sengarépia para importa excravor da Guin no seu esprito a Nova, Lsitniadevera ser a chasse gardée nto dos detentres do equipamento {abril mas de uma classe de médiose pequenos produtores que se valendo stsidlriamente da mio-de-obra servi, como ocoria ma Madera, repre~ ‘ertaria espns doral da coldnia, Donde informar cet fetahaveragido » fetid contra 08 “donos dos engenhos [que] queiam esfolar 0 pove", isto €, 05 Tavradores que thes forneiam a matéri-prima cos viveres." Desde finais do século XV, vgia na Madeiraum sistema mistoem que ‘© agdcardesempenhava pape hegemOnico, mas no exclusive, gragas resenga da vine da cultura tritcol, que haviam oiginalment predomi ‘nado na ia Como atinaaram Virgina Ra Jorge Borges de Macedo, evido ts conaigdesecoldgcase& disponibilidadelimitada de tera ard ‘eis, orjara-se ali uma paisagem agréria bem divesa da que o gécarvirka crlar no xpagos continentas do Brasil A topografaacidentada da Madet- ‘ufavorecia a igago por meio di levadas, cua tenia seus pert to ‘cram inclusive para nds ela também eau 9 parcclament ntenso dos “poios, sto dos terenosapricultados. asus condigdes, como também a répria tradigo da groindGstria aucarera do Meiterineo, nduriram a ‘separagdo entre cultivo da cana eo fabric do ager, o engenho loci ‘zando-se 8 distineia da matéria-prima indispensével As suas mocndas.. estat, via de regra os propretrios 6 ébrieas nto possufam eanavias, ‘O regime da terra caracerizou-se, portant, pela médiae pequena propri= dade Aum nimero restrito de fbricas,coresponda un nero ump de lavradores de cana. que alos poiam evidentemente dar a uxo de recat rermacicamente a trabalho escrave. Emboraosengenhos maeirensesoutilizassom subsidariament. ese tipo de mio-de-obra concentra se no meio urbana, india de wma esera- ‘vatua de feito mediterineo, domésticoeartesanal,desvineulada do cam- po, aexemplo do que aconeca no Portugal metopoitano, onde os aficanos ‘Mena tt sens em iso eckdades inp exceed grande ropriedade alentejana, sendo também empregados na exploragto do sl [Na Madeira dos primeiros dectnios do culo XVI. apenas 16% dos pro- Autores de agdcar so donot de escravo. A grande maior deles (89%) ‘lo possul maisde cinco e os que detém moe nimero ndo dispoem de mais {e 14 valor da mao-de-obralimitase a 3% do investimento agucareiro, ‘Se ao longo de Quinhentos, a presenca aficana aumentou tose deve 1 Comat Dara Clout) Aone de Mane Xver fe Aba Rep tek nats arn ee ns {Sthomer rin cencoemo gers pt) Eo prem er, Mit aseadan pci ccarbe Setlcnze pr rts eso pero Ieee“ ops sssamento dessa regito. Como acentuou Alberto Vieira a Madeira nd joceu asimbiose entre oagdcare wescrav0 que se Yeriicou nas Candas ubretido no Brasil eno Caribe. Cera onalidade democitca manifesta: ta presenga de Fidalgos, comerciantes, artesiosefuncionrios da coroa cos lavradoes de cana. Ao asso que actapa produtvainha assim uma Jeigo erinentemente ustana, a comercializagao achava-se sob o controle Me Torentinos, genoveses flamengos os quai, por, terminario por sesmarizar-s em proprietirios de engenhos. A desrico feta por Duarte ‘Goto da esrtura social da soa donatariapodera ter sido copia da que tae no mre prensa rgb de act oe to alcrn prs na es cai, ae spies oon matin ae € {eile mas eens cos pester oem psa rte € mio mcs ster cater ea de nao qe dam rand marten ‘ove tami por teracofore a repineto r e poseourssbmets (i cngenon oor ante de care capi, emo eo de former par or pecs cour Obie” ssa Nova Madeira do projeto donatarial ao sabreviver ao devra- evo quanel do século XVI, vale dizer, ao boom agucaeiro iniciado nos ts seteta mer® do avango da rons agricola pela mata pernambucana, ‘Quindo Duarte Coetho faleceu (1654), sua captaniaera apenas ala 20 semi reiriana daexpressio compreendda entre Igaragu ao norte, eve- eado Capbarbe ao sul: nla, stuavane-seas cinco fbricas de aga exis- fens, A expansto teritorial nto fol obra do primeiro donatéro, mas dos se ios edo seu chad, Jernimo de Albuquerque, que a pretexto da Iria do genio encetaram, a partidos anos sessena, a eonguista da es litorneaente os montes Guararapes ea regito de Porto Calvo. Mais ‘uri, ocupou-s a terra firme de tamarac,frontera ita homdnima,pe- tetando-te pelos vales do Araripe,lapirema e Catuama mas, sobretdo, eh vérzea do Goiana, Deu-s inci a colonizasto da Part, Fundov-se a isde Natal (1599)e avangou-scpelamtade meridional de Alagoas. Abi phe Wi Bc om Maio A Sener a fut ees Sse assim A inicltva dos colonos ods raja maritima do Rio Grande do Norte ao Sto Francisco. Ao constitui-ae em Brasil holands, essa ribo ‘era pedominanlemente latina, de ver que no rmo oeste a ocupago nto ulapassra os setentaquilrmeves.Naribeirado Cupibarbe, Mussurepe ‘rig extremo dos canaval,embora a froteira de rogadose de cura 86 ‘prolongasse até altura de Lagoa do Caro ot Limocira, onde a cartografa Iolandesa registrar os derradicostpaimmos. Fora sobretudo pla virzea {do Capibaribe que se adentrara essa modestaocupasioe onde se veriiara ‘malor proporcioalidad en a rea de produ agucareira a de subsi- ‘tncia, Na vérzea do Pirapama, a penetra ainda no aleaneara 0 pont ‘nédio dabacia Mavi. Nad Srinhaém, or canaviis essavam naconfluen ciacom 0 Camaragibe, vale dizer, cere de 10 kmdavils, Nie Formosa ‘eem Una ocupasto agarravase ainda mais ao Titoral (© solo e a topograria do sul permambucano prestavam-se& cultura cextensva da cana bem melhor que os do nicleo histrco duartino, Os ‘Reégrafos costumam dstinguira mata note ea mata sul, seperedss gross ‘modo pelo parlclo do Recife. Do ponto de vista geol6gico classe deren ‘iam gragas ao fat de que, enquanto a mata norte engloba junto 0 tera tiorine, uma subzona de abuleironuedimentre , poent, outa subzon cristina, esta hima estruturaé aque domina na superfce da mata Do ‘Ponto de vst climétco,embora ambat as zona stra a diminaig dow totais pluviomeérios no semio leste-oeste,elase Fz sentir mais foremente ‘na matanorte do que na mata sul. Daf que amata norte ea mata sul também ‘ejam designadas como matasecae mata Umida, embora. liza sim ‘tinea do critroestrtural ntroduza na mata norte a dsingso entre asubzona sedimentara ese, acristalina, a este. A cultura dh cana eve de adapta seaestascondigdes,Enquanto na mata nore os canaviisicaram cians crits vrzeasquatemrias ecoradas pelo tabuleitos, de vrzeas Miss fe lsencostas suaves,fugindo das chi dos tabuleros nervosa mata ‘lees podiam caminhar desimpedidarnerwe pla supercede “meas ara Jas poupando apena. para forecimento de lena aos engentor, oF cmos das colinas, onde se refglaram os resto da mataatlintca ‘Se me detenho no caso perammbueano, no & apenas por conhect-1 e pero, mas também porque ele permite observa, mais niigamente do que ‘Bahia no Ri, a iguiago do modelo madeireme pela continental, {que tomava dsponiveis tras mas plants, ‘902 mo-de-oba seri ndigenae arcana, eencorajando a mono inblzandoc eeurso maci- o yressent Gilberto Freire, a experiencia barbadiana de meados de os, ques situa no extreme opost da maeirese ajuda acompreen- ras sess polarizago, a madanga porque pasou a Nova Lusiinia nlecimento de Duar Coetho a0 final de Quinhentos.O Perambuco uartno foi em vrios sents a prefiguragto de Barbados; x odo- da grande lavoura no atingivenre nbs 0 pono aque chegou nagula ‘ho Caribe, foi sobretudo gragas ao contapeso ofeecido pela coni- ulidade brasileira, isto 6, pela oferta deteras «pela presenca de popu: mas no curto razo pelainstabilidade do mercado internacional Em osdosfeulo XVI, com ainsureigo pernambucana contra o dominio iting rapidamenteo trabalho engajado peo africana e promovendo oncenragsoacelerada da propriedade da era. Ene ns, como na Madeira oengenn de ajdca consi nclalnente rolomgasio da oj, do comércio eda vida urbana As prima Fbrcas fim edifteadas not adres de Olinda, como engenho do Salvador do leno, levantado por Duarte Coelho, code Nossa Senora da Ajuda, rp por seu cunhado. A quem nicialmene afoitow-se nconstrut-tosa distincia, oa corer o que ceomeu a Diogo Femandes,cajoengeno de Camaragibe Avidestuldo plaindiad host Por out lado, a Olinda ate Bellum concen- wo a fungdes urbana do comérco de importa eexporagio e de sede Mas suoridadeseivise eclesidsticas, o que Jénio se verified a partir do ttoniio neelandés. O engenho era sobretudoa ica, iso& oequipamento manufauriro, de ver que as aividades agricola estavam ercerzadas,pre= ‘yalicendoum gran imporunte de integrago das tapas comercial endustil, ‘qe equivale a dizer que a propriedae do engenho corespondia frequen ‘emer o comercantoindense, caracteriticas bem distin das que dom fatto no Pemambuco post bellum, Ae eass-grandes que pntou Prana Post ‘am, segundo Robert C. Smith, uma transcrigbo quate itera do tipo mais ‘ou das cass rras da mie-pria", mareado “desde @ Minho eTrs-o ‘Mantes portodaa Beira Alte era Baina plas mesmas carctersicas omesmosesteios no andar treo usado para depsito, as varandas abertas ‘cay escaas externas. quot no centro quer num dos angus da fachada © 0: ‘mesos tehados de quatro sguasecumeeirado Pernambuco do culo XVI" fed ee ‘Tipo de habit que persistaj enado oséculo XIX, embora passe a ser construido com material nob ese trnasse melhor acomodado i ex- {sfnclas de conforte de um grupo socal que eniements abandonara a vida ‘rbana plarural Este pimitvsmo ant ell inhasua azo de sr inclus- ‘ye no fat de que a existnciacoidlana do grande proprctro rural sind encontrave-se presaa vila, pis met da modéstia das distincias que preva Tecia antes da coninetalizags, ela arscora ene a dupa esincia da vila do campo. [Nos pisagistasnassovianos, je pode vsuaizaro decanado “uitn- _pulorual, sto 6, o modelo de organizago espacial do engenho de apcar ‘asa grande,ibrica capes), tansportado, armas bagagens, da Made ‘aporao Brasil sem ring nota, no maximo adapiagées 8 eircunstineas mais anchas da ecologia da mata. Emboa eseseificiosdesconhecessem ‘riginalmente uma disposi rigid entre si a iconograiaholandess sind ‘ctaslinha de forg do seu asentament em termes da ocupazo dos ives ‘do terreno: instalaeo da fbvica na proximidade do curso dégua de que depend para frga motrze para outros uso a consrugio da cat-gran- dena parte mais clevada do terreno, via de regra na mela encota, em de- ‘onrncia da necestdade pric de controle das atividadese do imperativo ‘Smblice de expresso de domino; e acreg da capela so mesmo nivel da ‘nsn-gande ou mais aims, conotando a predominanca do Sagrado. $6 muito depos, ese ordenameno assum moldes mais estives sob forma, ‘de um patio rtangular, disposgao que Geraldo Gomes, dnico estadioso a ‘ocuparse competentemente do asunto, suger que pode ter resultado 0 ‘exemplo dat collniasagareras do Caribe, dvulgado entre ns por publi ‘ages como 0 fazendeiro do Brasil e do Manual do agricultorbrasilel= ‘oeitados em fins de Setcontose em meados da centria seguinte ‘Naestera da contnentalizasdo, as sesmarias 80 generosamente con ‘cedidas os partidos de cana fundam pela vrzeas, as fbricas de agicar fe evantam beira ds cursos gua, a cass-grandes na erinénciapri- ‘ma, masa toponimis dos engenhos resist a aere aos nomes da tra. Em Pernambuco ou na Bahia, segut-se ao longo de Quinhentos o costume ‘madeirense de dsignaroengenho pelo nome do seu proprietrio: “engenho e Pero Cardigo”. Quando se poss mais de um engenho, a distingao 6 ‘tonoldgia:“engenhovelho de Femio Soares”, “engenho novo de Fern Soares". Quando, no pasar do tempo, o nome do dono for abandonado, & rpriedade pasar. chamar-e apenas de engento Velho ou engenio Novo. oni 0 "ssa mmenclatura tornou-e insufciente uo se acelertem a tend 80 Iwrendamento e a transmissdo por venda ou heranga da propriedade gucarcin;e,sobretudo, durante perfodoholandés, devo renovayo sutntarcial don quadrosagucarwcrSticon (Dafter ido a strides batt ‘dot a pdtica, em seus relatrio, de designar os engenhos segundo os ‘ago ouotopinimo indigena.) Como na Madeira. tert “engeno” an- th no se havia generalizado para 0 conjunto da unidade produiva, mas lua apenas As instalagbesfabris, que s6 muito posteriormente serdo “stings pela denominagto de mots. Em garda expresso “engento”, vase a vox “terras”(terras de Pero Dias da Fonscea") ou “azenda™ (azenda de Vicente Cori’). Enquanto a primeira parece ndicar a prope: lefundiéria que extrapola a utlizago agucarcra,servindo NcragSo de peu apculivo de subsstncia,“fazenda” referia se parte agricola do jt agucaeio, como ainda ocorrrd no séeulo XIX. ‘Somenea partir e fins de Quinhentos,isinuam-s os dois outros qu sbstuido vine, wintaanos depois, o costume de sar o nome preprietri. © primeiro € 0 nome do orago, co éxito dependia da es de se doar de eapela wengento de rear, pitca que ent data er tera “engeno de So Bris Osegurdo criti €otopinime indigens pe. do nome do rio em cuja margem a fbica se ergueu. Escusado mir que ambos trios podiam ter usados pars a mesma propriedade: no de Holanda preferiadesgnar seu engenho por Santo Agestinho, isso que se fetor 60 invoca pelo topOnimo indigens, Subipema. Mas uments oii, adesignag segundo o nome do propretrio re por mas tempo, mesmo se na vida eal lara progressivamenteabn- ih. Quando Diogo de Campos Moreno redigiu a primeira versto do ro que dé razio do Estado do Brasil". os engenhos da Para, Bahia foram sistematicamentelstados pelos nomes dos do- fiero também adotado por José Israe! da Costa na sua relapo de Recurso compreensivel em vista de que esas lists foram elaboradas seem documentos de natureza scl. em que orelevanzerao nome eonrbuinte. O mesmo pode ser dito acerea do "ivr das was”, doc: lfandepirio. Nam text oficial de meados de Seicenton, explo lndeses os engenhos ainda eram majoritaramente relacionados se 10 roprietiros. ‘ambi de fundar uma Nova Lusitania, mesmo quando esta desig fora desearada, resistiy quanto pode, © muitas vezessutlmente, i rey ‘os efeitos da contnentalizagdo. No comes0 do século XVI, companel- rode La Ravardire, peso com ele em Olinda ap6taliquidagio da presen- ‘5 francesa no Maranhio,observava que “os descendentes dos primeiros ‘Conguistadores ao diferem em nada, em costumes habs, dos de Port sl”. Basta percomer as piginas da visto inquisitorial. vate ants aos ‘nts para topar como teoreminentemente rina qe ainda tina cotiia- no colonial devido inclusive, &sepregagiodaesravaturasfticana nosen= enbos, uma das razdes da Sua presenga rala, quase impercepivel, a ‘documenta;to do Santo fico. Avila pentence aos eins a seus descen dente, eujo sevigo doméstico est frequentemente a cargo de indias © ‘mamelas, em falar em que cetasatvidades subalternas eram monopoll= ‘das porimi grates portuguese da sexo scl artes de serem ler ‘no século XVI aos eseravos ou popula mestga mas livre de ambos 0 ‘sexos. Eno, Olinda ainda nto possufa mercado de africans os quis eam vedios no poro do Recife. preto que se arevesse a aparecer na vila por Inicatva propria coma orisco de ser delatdo erecambiado para o mei ‘ural © autor dos Didiogos das grandezas simplesmentejgnorou existe ido cacravidlo ao descreveraetrutera socal da cpitania, raticarendl ‘nos mesmos termos em que ofzera Duarte Coeth setenta anos antes. Ey contudo, na altura em que cle esrevi completava-se, como demonstra ‘Start Sehwarz. 0 proceso de adogo do trabalho africana nos engenhos, Incentivado pelo avango da fronteira agricola pelos pregos do aiar (O Brasil estava deixando de sera Nova Lusiina para tansformar-se ‘na Nova Guiné, de que falava Brandon, preocupasto que ele pata, {entre maitos, com o préprio governador-eral d Dingo de Meneses. Ete ‘opinava que o genio da terra devi proporeiona a principal mo-de-obr,, «de modo aeviar “Yano gro de Guine”, causa docndividamento crescents {do colonos. Mas ealongoprazo a acupagto de novos espagos condenara ‘projtoduartino 0 cressimento da riqueza colonia dela decorente perm tiuque no euro, aeoloniapadesse enetera gio de se prolangament mericano de Portal. Unexemplo, nite muitos, da persisncia dos mo to &condigiofeminina 14 Gilberto Fei havia pereebido que “nos primeros tempos de coloniagto[..)« mulher {gozou de uma liberdade maior deaf 80". E, com efit, a litre da docu ‘nage inquisitorial pasa aimpressio de certs alonomia eminina. que ‘Vie Ser reprimida pela ruralizapto da vida colonial e pela consequente ‘recluse das mulheres dos grupos pvilepidos inlunive ss restrgdes ea — ® er osu devlocameno, gv 6 fri agules does de pau de- aque se refers Brandi, errr, em ede ate Jos lors far altso log dared como ei de wampor se scale com em Pras o plan coma ne lain %ejnse também o caso ds ares. Sum quae alate compunhs- eins ndvidos de rgem rial bers Se ards pote ou ado param savas mest epreetavun romoyto Fenimenexpestfico de ovate? Needs, pots tml a sao abn craters aon cert a ein Pa ce wn poi eet copra eo om pena cum sang procnar oe i Quinton de Seicenn A cranzaia Joe meases rag) rg bana segundo a princi epeilidde necrporgo oni lgiosas uc fncionaar como enn de enero, ‘kimae tarps paso Brei Nic prevlecea ara ie anon oleriiana aplicasto das gras. no coidano mesial qu se methor entrever a vigéncia do modelo de relagtescidade-campo orto do reno, que resid inutlmeme 3 coninenilizasao. Osanesion *mem Olinda, tendendo indiferentemente acientela bana arr, cmos pcos engetos gran latvameteh pane ote. deur independenca maior due vik aoe ema sas rine eto dspam ol nteemre irae ining da mio de cba mest pelengenh ab foe sito. Adcias dos arestor qo sedan por esis ou por bs edo, so teens os ques eels mie urdu Ae, sored cepncion, dos qual se eens Je nei s veri Wehsienaenvesatra qundowfeuarao"apontarens” inseam testo wegen Fes apna so prcslrment mero a populate mesial te rrmnbuco de fais de Qin qu ve ume tue de Scott ie Raa ceatianctcccoageicesen ire eee “ fed eae cass grande e of demain ediicios: para. feitura das mocndas, dos carro de boi e das embareagtes para a confecgio das einas de agdcar: eatim para «8 renovagdo e reparagdo peri de todo esse equipamento, Um sécuo, depois, les ou j4estarko substtuldos pela mio-de-obeaservil ow enti defintivamente ntegrados 0 salariado dos engenhos. No Pernambuco de ‘nas de Quinhenoso ofc poss suahierarquiaepecializada. A nataera composta de “carpnteros de engenho". tambem chamados “meses de a- zerengenho”. que num caso excepeionalmentebem-sucedid,stcendeu ‘ondigio de senhor; no outro extreme, ade “earpinteiro de carro, muito demardado num sistema de producio em que o transporte da matéia prima ro imerior do engento edo agicarencaixado para os tapichesestava a cargo dos caros de bo. O oleiro¢ utr ofeko muito procurado no mei rural, embora no requerese a astduidade do carina tanto assim que 0 tempo de Antonl ainda se debaia a necessidade da sua presenga contin) oengenho ‘Mesmo quando no astalariava 0 artesfo, 0 senhor de engento de ‘Quinhentos tia tod interes em 2-0 moe emevitaroxinconvenienes da concorréncia, para 0 que se Ihe comesava aconferr o tus de mora: or, com a possibilidade de wabalhar para teeeiros quando no fosse ne ‘cessrio. assim qe documenta inquisitorial identieacorno moradres {de engenbo até mesmo um imaginrio, um marcenszo, um spateir, um ferry eum sleet timo ateparsido dite da mest Hoa Amaro, 40 Fogo moto, de José Lin do Rego. Mas nlo havia que se fia nso rata de bir de entrada, ques tomavar mutes vezes io ipontas © inconfiveis quanto oda vila, Que odimesseosenhor do engenho do Meio, homem aretiads dese, o qual tend enregueaum dele oconscrto de uma

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