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=i Joao Francisco Possari Historico, Finalidade, Importincia, Locallzapio e Composigio Fisica » Equipementos da Sala de Operacéo Panejamento da Recuperacao Pés-Anestésica ~ Anestesia @ Analgesia + Complicagées Pés-Operatérias @ Agées de Enfermagem ‘Tipos de Posigdes Cirurgicas » Ciassiicagso das Cirurgias + Gerenciamento da Programacéo Cirirgica + Causas de Suspenséo e Cancelamento de Cirurgla Eleva + Limpeza da Sala de Operacio « Inlecgio do Sto Cirdrgico acho ¢ Reciclagem de Resicuos Sélidos + Recursos Materials @ Humanos Acreditagao em Centro Cirirgico # de Qualidace no Contro Girirgico + Blosseguranca + Sistomatizagéo de Ascisténcia de Enfermagem Perioperatiia 83 Copyright © 2004 da létria, uma Diviséo da Editora Erica Ltda, 2008 Edigso Revisada. sos rats reserads. Pris a repeal ou pal pr ugar me useage for sites ‘cos nizotinis logan, ports loons. aersne, ree, socks Vedas mevoteatn os sarees ‘tal ou paral er use sive de pecssamato de dad ¢ 9 wks oe Gf cco. on sunget pga ise edo. Ess probe pam at ante 3s cats tf aoa va au drag A wore dos cscs ar ariel cana cine (art 18 eparigals, co Cape Pas tome Ls 1085, 70 2069 am por oa, Secs ‘ato aos, eu, omar com asia epee naan eran a 1, US pagel ne, 10,08 08 107k ,2 38am P60 de 101 198. Dos Aa). (tr sects este ho enpnam separa assoqu U8 0 potas seus eo aon de aca om ries vgrtas ra. putese por naw esersablzan pa pea Seca co proces meer aoe A pis dos poco erarmagom tds dee serenade exchsvavnt fr efemelsdeioraieegicn en ‘cows potesera ror ne ot maser eons oi 8 pote ser Us sn pes mc ‘Carson 2 ve cod Otel da Ung Porsenna ce 2008 "Aguas rogers tan ele ofa bts pai > Coe 12, X30 Cl de Mesto Mas Pho aU 101 Rod iy, el fo Nv, CARERS, USA Dados iternacionals de Catalogaeso na Publica (CIP) (Camara Brasileira do Livro, Sh ‘Poss, Jo Francisco Centro Crurglo: Pansjierio, Organizagbo & Gest / Jota Francisco Possan. ~§. ed. S80 Pave: save 2071 Bibtograi ISBN 978-85-7614.087-2 41 Corte Groen, 2 Centro Crmioo - Enfermagem 3, Cento Crug - Planejamanta 4. Ceurgia 5 Salas de Operapie | Tuo. coperrei scot NU WO 500. Insieos para catiog stems 1. Cento Ctrgio; Panejamento, rgareajo # Gesto: Cncias Médicas 617.817 eae rt saa dS ern Fal: Rosey, Nas os Snon oe toe ceo sear gun oo fea Toncs Ese aa tmnt Yeo ie AOE Caco Gera os eRe Afr aes. exiid oe ) Me-o9-a 8s Cecmce Fiovasie Wp asbue arin ua 820 Ge, 159-Tatape ‘CEP: 03401-000- Sto Paulo - SP Fone: (1) 2288-2066 Fax (1) 2097-4080 ‘wo ita combr 7 Cento Ciriaio - Plansjmento, Opanizaso © Gestto indice de quadros ‘Quadro 1 - Planithe para levantamento das auséncias previstas e nto previstas da equipe de enfermagem. ‘Quadro 2- Planitha para o dimensionamento de pessoal de enfermagem para o periodo transoperatrio de cirurgias cltivas, segundo 0 pore cirirgico ‘Quadro 3 -Planitha para o dimensionamento de pessoal de enfermagem para 0 periodo ‘wansoperatério de ciurgias de urgéncia/emergéneia, segundo o porte cinirgic. Quaco 4 - Equipe de enfermagem para uma recuperaglo pés-anestésica com seis eto. Quadro 5 - Equipe de enfermagem para uma recuperagio pés-anestésia com seis etes Quatro 6 - Equipe de enfermager pars uma recuperagdo pés-anestésica com seis feitos Quadro 7 - Prefixes (primeizo) da nomenelaturacnirgcae seus significados Quadro 8 - Sufixos (fm) da nomenclatura cinirgica¢ seus significados (indica procedimenta cinirgica realizado) Quadro 9 -Principais procedimentos cirirgicos de remogio com sufixo eetomia Quadro 10 -Principais procedimentos einirgicos para fxaga0 com sufixo pexia Quadro 11 - Principais procedimentos ciirgicos pars ahterar forma e/ow a fungao de um redo com sufixo plasia Quadro 12 - Prineipais procedimentos cirigicos de sutura com sufixorafia Quadro 13 - Principais procedimentos cirdrgicos para visualizago com sufixo scopia Quadro 4 - Principais aparethos para visuslizagao direta Quadeo 15 - Princip pro imentos ciingicos para abertura com sufixo tomia ou stoma Quadro 16 - Terminologias que nlo seguem as regras citadas ‘Quadro 17 -Principaissufixos que formam nomes de instrumentais cinigicos. Quadro 18 - Tubela de evolugio fisica do paciente submetido a um procedimento anestésico-cirirgica ambulatorial vo Quadro 19 - Tempo de limpeza (em minutos) das sas de operaglo das cirurgis eletivas, segundo as especialidades médicas. ‘Quadro 20 - Tempo de limpezs (em minutos) das SO das ciurgias de urgéncia/emergéncia, segundo as especialidades médica. (Quaéro 21 - Demonstrative da segregagdo seletiva dos RSSS, em gramas, nas cirurgias de colecistectomias convencionale laparoscdpica, segundo utlizagdo de campos e aventais de {ecidos de algodto ¢ ndo-tecidos ™ 75 6 8 135 136 230 Sumario Partet Capitulo 1 - Centro Cirirgics Contexto Hospitalar. 1.1 Tntredusae. 1.2 Finalidades do Centro Cinirgico 1.3 Importincia do Centro Cini 1.4 Referéncias istrico, Finalidades e Importincia no Capitulo 2 - Plancjamento Estrutural do Centro Cirirgico, 2.1 Introdugao. 2.2 Localizagao do Centro Cintrgico 2.3 Segaes do Centro Cirirgico. 2.3.1 Sepo de Bloco Operatério, 2.3.2 Segio de Recuperagzo Pés-Anestésica 2.3.3 Seeo de material ou de suprimentos 2.34 Segto de Centro de Material e Esteilizagio (CME), 2.4 Compposigao fisica do Centro Cirirgico 2.4.1 Vestidrios (masculino e feminino) 2.42 Conforto 2.4.3 Sala dos anestesiologistaslcirurges. 2.4.4 Sala de enfermagem 2.4.5 Sala de recepgio de pacientes 2.4.6 Sala de material de limpeza... 2.4.7 Sala para guarda de equipamentos 2.48 Sala para armazenameno de materia exeriizado. 24.9 Sala de operagao, 2.4.10 Sala para depésito de gases medicinais 2.4.11 Sala de expurgo 2.5 Elementos de apoio téenico administrative .. 2.5.1 Apoio téenico. 2.5.2 Apoio administrative 2.6 Zoneamento do Centro Cirirgico 2.6.1 Arca restrita 2.6.2 Area semirrestrita 8 ‘Centro Cirtrpico- Plancjamento, Organizagio e Get 30 30 30 30 30 30 31 31 32 33 B 33 B R 3 M 4 4 2.6.3 Area alo restrita 2.7 Corredor duplo no Bloco Operatéri. 2.8 Fluxos no Centro Cinirgieo. 2.9 Sistema de combate a incndio no Ce 2.9.1 Extintores 2.9.2 Sistema de hidrantes, 2.9.3 Sistema de sprinklers 2.9.4 Sistema de iluminagao de emergéncia, 2.9.5 Escadas de seguranca 2.9.6 Sinalizagao de seguranga contra incéndio ¢ panice, 2.9.7 Sistema de deteegdo e alarme de incéndio 2.9.8 Brigada de combate a incéndios.. 2.10 Referéncias. Capitulo 3 - Sala de Operagio 3.1 Introdugao, 3.2 Dimensionamento das sales de operagio 3.3 Requisites bisicos para garantirseguranga e eficincia das téenieas apicadas. 3.3.1 Tamanho da sala de operagao. 3.3.2 Portas da sala de operacdo. 3.3.3 Piso da sala de operacio. 3.3.4 Paredes da sala de operagao. 3.3.5 Tetoda sala de operago. 3.3.6 Janclas da sala de operacdo 3.3.7 Numinagdo da sala de operagdo, : 3.3.8 Ventilagio‘ar condicionado da sala de operaglo 3.3.9 Tomadas. 3.3.10 Rede de gases medicinais da sala de operacdo. 33.11 Cor de referéncia dos gases medicinas 3.3.12 Manuseio, armazenagem e uso de cilindros de gases medicinais 3.3.13 Sistema de comunieago da sala de operagio 3.3.14 Lavabo das salas de operagia 3.4 Referéncias Capitulo 4 - Equipamentos da Sala de Operagio . 4.1 Introdusio. 4.2 Equipamentos e acessérios méveis da sala de operas 4.3 Equipamentos fixos da sala de operagao 34 4 35 35 35 36 36 36 37 37 37 Fy 38 40 40 40 40 4 al al 2 a 42 4a 46 46 48 48 49 49 50 st st 2 Capitulo § - Recursos or 44 Equipamentos utilizados na sala de operagio 4.4.1 Aspirador de secregio elético. 4.4.2 Aspiradorultassénico, 44.3 Aparelho de anestesia 44.4 Antoscépio. 4.4.5 Balio intra-aéntico 4.4.6 Bisturi de argénio 44.7 Bistuielérico ou elettinieo 44,8 Bistut ultrassdnico. 44.9 Bomba de circulaglo extracorpénes 4.4.10 Cardioversor ou desfibrilador 4.4.11 Colehto de égua para hiper e hipotermia 4.4.12 Criogénieo 4.4.13 Facoemulsiicador 44.14 Foco ciniegic. 44.15 Fotofaro. 4.4.16 Histerosedpio, 44.17 Laser 44.18 LaparoseSpio. 4.4.19 Litotriptor 4.4.20 Manta térmica, 44.21 Mesa de operagio 4422 Microse6pio eletsinico, 4.4.23 Monitor multiparamétrico 4.424 Robotica 4.4.25 Trepanoveraniétomo. 44.26 Vitreotago 45 Procedimentos relativos & aquisig2o de equipamentos para o Centro Cinirgico. 4.6 Seguranga no manuseio de equipamentos no Centro Cinirgieo. 4.7 Referéncias, eriais para o Centro Cirirgico. 5.1 Introdugdo, 5.2 Previsio 5.2.1 Especificidade dos tipos de artigo 5.2.2 Caracteristicas dos usuirios. 5.2.3 Frequéncia no uso dos artigos 5.2.4 Nimero de procedimentes, 5.2.5 Local de armazenamento, Cent Cin io - Plansjamento, Ogaizagao e Ge 2 © 2 o 6 63 6 5.2.6 Durabilidade do artigo, 5.2.7 Periodicidade de reposigho do artigo 5.3 Proviso de artigos do Centro Cinirgico. 5.1 Sistema de reposigio por quantidade 5.4.2 Sistema de reposigdo por tempo, 5.3.3 Sistema de reposigio por quantidade e tempo, 5.3.4 Sistema de reposigao imediata por quantidade. 5.4 Padronizacao dos artigos, 5.5 Controle de estoque dos artigos, 5.6 Processo de compra dos artigos. 5.7 Fluxograma de materais 5.8 Referéncias Capitulo 6 - Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem para o Centro Cirirgico 6.1 Introdugao, 6.2 Dimensto ético-politica do dimensionamento de pessoal de enfermagem. 6.3 Hist6rico do dimensionamento de pessoal de enfermagem no Centro Ciningico 6.4 Projegdo do quadro de pessoal de enfermagem para 0 Bloco Operator... 64.1 Elapas para a projesio do quadro de pessoal pela aplicagdo da equaga0 geral 64.2 Bape pura prjern do quan de sso porinterméio de planhas eletrinicas. 65 Projo do quadro de pessoal de enfermagem para a Recuperagao. Ps-Anestésica (RPA) 65.1 Alcalé etal... 65.2 Brasil 6.5.3 Guimarses et al 6.6 Referéncias. 3 Capitulo 7 - Treinamento e Desenvolvimento da Equipe de Enfermagem do Centro Cirargico. 7.1 Introdugao.. 7.2 Processo ensino-aprendizagem 17.3 Finalidades do treinamento e desenvolvimento da equipe de enfermagem da Centro Ciringico. 7.4 Problemas gerados pele falta de reinamento e de desenvolvimento. 1.5 Local detreinamento ¢ desenvolvimento da equpe deenfermagem do Cento Cinigic. 76 Itens de um programa de treinamento e desenvolvimento pare do Bloco Operatério pe de enfermagem 87 87 88 89 89 90 7 7-7 tens de um programa de treinamento c desenvolvimento para 4 equipe de ‘enfermayem da Recuperagao Pés-Anestésica (RPA). 7.8 Avaliaedo do treinamento ¢ do desenvolvimento da equipe de enfermagem do Centro Cinitgice 7.9 Recomendayées para o treinamento ¢ © desenvolvimento da equipe de enfermagem do Centro Cieirgico, 7.10 Periodicidade do treinamento e do desenvolvimento da equipe de enfermagem do Centro Cinirgico. 7.11 Referencias... Parte I Capitulo 8 - Cirurgia 8st Introdusao. 8.2 Classificagho das cirurgias, 8.2.1 Classiicagao segundo a urgénc 8.2.2 Classificagdo segundo o tiseo eardiolégico 8.2.3 Classficaso segundo o tempo de durasao da cirurgia 8.2.4 Classficapio segundo o potencial de contaminagdo da cinurgia 8.2.5 Classificagao seyundo a Associagdo Médica Brasileira 8.2.6 Clussificagdo quanto a finalidade do tatamento cieingics inirgica 8.3 Referéncias Capituto 9 - Gerenciamento da Programasio Cirirgica 9.1 introdugao 9.2 Sistema nao informatizado de gerenciamento da progtamagio cinirgica 9.3 Sistema informatizado de gerenciamento da programago cirirgica 9.3.1 Médulo informatizado de agendamento de cirurgias 9.3.2 Module informatizado de suprimentos do Centro Ciningico 9.3.3 Médulo informatizado de faturamento ¢ cobrana. 9.4 Referencias Capitulo 10 - Monitoragto das Causas de Suspensio ¢ Cancelamento de ‘Cirurgias Eletivas, 10.1 Introdugao. 10.2 Taxas ¢ enusas de suspensio de cirungiaeletiva, 10.3 Minimizagio da ocorréncia de suspensto de cirargis eletivas.. 10.4 Relagio das causas de suspensto de cirurgias eletivas @ nD 92 92 93 97 7 97 97 97 98 98 99 9 100 100 101 102 103 los 106 107 109 109 10 m nz 1055 Indicador de qualidade diante da suspensio de eirurgiaeletiva 10.6 Assisténcia de enfermagem a0 p ientediante da suspensto da cirurgia elctva, 10.7 Referéncias Capicuto 11 - Anestesia e Analgesia... 11.1 Introdugio. 11.2 Escolha do tipo de anestesia. 11.3 Monitoragto do paciente 114 Objetivos da anestesia 11.5 Profundidade da anestesia. 11.6 Medicagao pré-anestésica 11.6.1 Anticolingrgicas. 11.6.2 Tranquilizantes 11.63 Hipnoanalgésicos. 11.7 Tipos de anestesia 11.7.1 Anestesia gerl 11.1.2 Anestesia locoregional 11.8 Coadjuvantes da anestesia com medicamentos miorrelaxuates. 11.8.1 Relaxantes musculares despolarizantes, 11.82 Relaxantes musculares nfo despolarizant 11.9 Outras drogas utilizadas em anestesia.. 119.1 Antagonista dos hipnoanalgésicos 11,92 Neurolépticos. 11,10 Regressto da anestesia. 1110.1 Rases da regressto da anestesia. 1110.2 Estigios elinicos da repressto do anestesia.. 11.11 Seguranga do paciente 11.12 Referéncias Capitulo 12 - Posicionamento do Paclente para Chrurgia 12. Inirodugto. 12.2 Tipos de posigio cirirgic, 12.2.1 Posigao decibito dorsal. 12.2.2 Posigao decibite venta 12.23 Posigle Fowler ou sentada 12.2.4 Posigo litotmica ou ginecoldgica 5 Posigto Jackkaife ou canivete 6 Posicto lateral ou SIMS. 2. 12. 4 us us uw 7 ny ut ns us no 9 19 119 120 1120 1123 Rs bs Ds 126 126 126 7 127 127 128 129 Capitulo 13 - Nomenciatura € Capitulo 14 - Tempo Capitulo 18 7 12.2.7 Posigio Mendelenburg. 12.3 Cuidados com o posicionamento do peciente no periodo operatorio 12.4 Cuidados com o posicionamento do paciente no pés-operatéri 12.5 Referéncias, ‘irgica 13.1 Introdugdo. 13.2 Objetivos da nomenelatura cindrgica 13.3 Classificagdo da nomenclaturaciirgica 13.4 Referencias, irgico ¢ Instrumental Cirirgico 14.1 IntrodusBo. 14.2 Tempos cirtrgicos 14.2.1 Dierese, 14.2.2 Hemostesia. 14.2.3 Exérese 14.2.4 Sintese 143 Instrumental ciirgico 14.3.1 Instrumental de dicrese. 14.322 Instrumental para hemostasia 14.333 Instrumental para preensto, 14.3.4 Instrumental para separaga 14.355 Instrumental ¢ material para sintese 14.3.6 Instrumental especial 14.3.7 Instrumental de campo. 14.3.8 Instrumental laparoseépico, 144 Referéneias inejamento da Recuperacio Pas-Anestésica 15.1 Introduso, 15.2 Localizagao. 15.3 Planta fisica 154 Area da RPA = 15.5 Blementos da unidade de RPA. 15.6 Quantidade de leitos da RPA... 15.7 Instalagdes, equipamentos ¢ materiais da RPA 15.8 Referencias, Centro Cnirgca - Pangjamento, Onganizasto e Gest 133 134 134 134 138 135 1B 135 39 140 140 140 140 iat Ma 14 142 12 142 143 143 3 147 147 147 148 149 149 150 1-150 150 151 151 st 153 eee Capitulo 16 - Planejamento da Assisténcia de Enfermagem no Periodo Pés-Operatério... 154 161 Introd. 1s 162 Critvios para sclegio dos pacientes a serem admitidos na RPA. ss 163 Transferéncia do paciente da sala de operago para a RPA. 134 164 Adiissto do paciente na REA. 135 16.4.1 Sistematizagdo da Asistencia de Enfermagem (SAP), 188 164.2 Avaliagdo das condigées de tecuperago do pacente 139 16.5 Tempo de permanéncia do paciente na RPA. 160 16.6 Alta do paciente ds RPA. 160 16.7 Transferéncia do paciente da RPA para o lito de origem. 160 1638 Alta do pacientesubmetido a procedimentas anestésico-ciingicos ambulaorais..... 161 169 Reteréncas 162 * Capitulo 17 - Complicagdes Pés-Operatérias ¢as Agoes de Enfermagem. 163 17. Introdusto, 163 17.2 Complicagdesrespiraérias 163 172.1 Hipoventiagio 163 17.22 Obsirugdo ds vias areas superiores 16s 17.23 Broncospasme. les 172.4 Pneumotdrax ¢ hemotiran, 166 17.25 Hipoxemia 166 1733 Compliagées gastrointesinais 167 1 173.1 Néuseas e vimitos 167 | 1732 Distensfo abdominal. 168 ' 174 Complicagaes cardiovasculaes, 168 17.4.1 Hipotenstoacteral. 168 174.2 Hiperensio aerial, 169 1743 Arsitmias eadiaces 170 174.4 Disrmias im 174.5 Parada cardiaca in 17.46 Hipovolemia, 74 17.5 Complicagdes urolégicas m4 175.1 Olighia 15 17.5.2 Retengdo uriniria, Ms 17.6 Complicagses metabslicas Ins 17.6.1 Alteragées Scido-base ins 17.7 Complicagbes hematoligcas 176 17.7.1 Reagdes hemolitias pos-transfusdes, 116 BS 6 17.8 Complieagdes neurolégicas. 17.8.1 Agitaglo, exeitagto e delirio pés-operatérios 17.8.2 Convulsies 17.9 Outras complicagaies 17.9.1 Hipotermia (hipotilamo. 17.9.2 Hipertermia, 17.93 Der. 17.9.4 Solugos. 17.9.5 Hipertermin maligna 17.9.6 Calattios/remores 17.9.7 Alergia 17.10 Referencias Capitulo 18 - Infeesdo do Sitio Cirdrgico 18.1 Introdugdo... 18.2 Infecgo do iirgico 18.3 Fatores de risco para aquisigto de infecgdes do sito cirirgico e medids de controle « prevengdo da infecgio 18.3.1 Riscos relacionados ao paciente 18.3.2 Riseos elacionads a0 perfodo pré-operatirio 18.3.3 Riscos rea 8.3.4 Riscos relacionados ao periodo pos-operatério. 18.4 Coleta microbioligica 18.5 Referencias ionados ao periodo intraoperatirio, Capitulo 19 - Sistematizagao da AssistGncta de Enfermagem Perioperatéria 19.1 Introdugao 19.2 Objetivos da SAEP. 19.3 Periods ds SAEP, 19.3.1 Petiodo pré-operatério imediaro. 19.3.2 Periodo transoperatério 19.3.3 Period de recuperagio pos-anostésiea 19.3.4 Period pOs-operatério imediato 19.3.5 Periodo pés-operatério tard. = 19.4 Registros dos cuidados de enfermagem perioperatsrios. 19.5 Referéncias.. 6 ‘Orgunizagaoe Gestio Parte 11, Capitulo 20 - Limpeza ds 20.1 Introdugao. 20.2 Classiticagdes das éreas do hospital 202.1 Areas riticas la de Operagdo. 20.2.2 Areas sericrtias, 20.2.3 Areas nto eriticas 20.3 Btapas da limpeza no Centro Cirtrgico. 20.3.1 Limpeza preparatira, 203.2 Limpeza operatéra, 203.3 Limpeza concorrente 20.34 Limpeca terminal, 204 Limpeza da Recuperagio Pos-Anestésica (RPA) : 204.1 Limpeza de paredes, corredores, too, janelas, poras¢ pisos 20.4.2 Limpeza da unidade do pacieme. 20.5 Equipe de limpeca 20.6 Refortncias Capitulo 21 « Segregacio e Reciclagem de Residuos Sélidos em Centro Cirirgico 21.1 Introdugo, 21.2 Residuos slides em servigos de said. 21.3 Residuos de sélidos em Centro Civixgic. 21.4 Referéncis, Capitulo 22 - Biosseguranca no Centro Cir 22.1 Introdugdo. 22.2 Riscos de acidentes, 22.2.1 Riscos fsicos 22.2.2 Riscos quiicos. 22.2.3 Riscos mecnicosiergonsmicos. 22.2.4 Riscos bioligicos. 22.3 Registro de acidente de trabalho 224 Prevaugbes padeio 22.4.1 Lavagem das maos 22.4.2 Cuidados com material perfurooortante 22.4.3 Procedimentos invasive. 223 223 205 29 230 22 22 232 233 235 238 236 237 238 238 239 240 7 22.4.4 Equipamentos ¢ ac¢S$61908essnnneeee eee nen DAO 22.4.5 Equipamentos de protesd0 individual ...0.cennnnninnnenonennamnnn e240 22.5 Orientagaes gerais quanto a legislagio trabalhista _ 241 22.6 Medidas preventivas para controle dos acidentes com perfurocortantes 24 22.7 Referencias. 242 — 23 - Acreditagio em Centro Cirirgico 243 23.1 Introdugao. 7 7 ee 243 rs hcecnaeass anes eee 7 eae 244 23.2.1 International Standards for the Care Contin... 24d 23.2.2 International Standards for Medical Transport Provider: et 24a 23.2.3 International Standards for Clinical Laboratories onc. 245 23.3 Acteditago no Brasil o ‘ soo 245 23.4 Objetivos do programa brasileiro de acreditagaio 23.5 Vantagens da acreditago. 23.6 Fundamentos da acreditag20 23.7 Metodologia do processo de acreditagSo hospitalar. 23.8 Padrdes de avaliago do Centro Ciniegico 8.1 Nivel 1 - Seguranga 23.82 Nivel 2 - Gestdo integrada 8.3 Nivel 3 - Exceléncia em gest0 .. 23.9 Avalingio do process0... ee eaeue 23,10 Validade da certiicago. 23.11 Resultados da avaliagio 23.11.1 Acreditado pleno - Acreditagdo no nivel 2 23.11.2 Aereditado com exeeléncia- Acreditagdo no nivel 3 23.12 Perfil dos avaliadores, 23.13 Cupacitagdo do avaliador 23.14 Referencias Capitulo 24 - Indieadores de Qualidade no Centro : 254 24.1 Introdugto. se oe 254 24.2 Histrco de qualidade dos ervigos de SAe.nnnnnsn 2a: 24.3 Avaliagdo da qualidade dos servigos de satide : oe 250 244 Definigdo de indicador ... nnn senenenmnesens 289 24,5 Classificago dos indicadores. sininentnnennnnenmnnnnrnanenen 259 24.6 Caracteristicas bisicas de um indicador. ieemaese svn 260 24.7 Escolha do indicador 260 24.8 Montagem de um indicader. sens 261 8 ce 7 Cirbrgico - Planejamento, 24.9 Tipos de indicadores de qualidade no Centro Cinirgico some 36] 24.9.1 Indicadores de estrutura.. ae 262 24.9.2 Indicadores de processos. se 264 24.9.3 Indicadores de resultados. pecs on 264 24.10 Monitoragaio dos indicadores s.cusn . ‘ 267 24.11 Benchmarking de indcadores de qualidade de Cente Citgo ss 268 24.12 Referéncias, sn srennenenneneenn 268 Capitulo 25 - Organizagio do Centro Cirargieo. 22 25.1 Introdusaio. : 2. 252 Equipes cirrgica, anestsic ede enfermagem do Bloco Operatirio sens 272, 25.2.1 Equipe anestésica, ws sree BT 25.2.2 Equipe cinirgica. at 2m 25.2.3 Equipe de enfermagem do Bloco OperatBFi0 en 23 25,3 Perfil profissional e competéncia dos membros de equipe de enfermagem do Bloco Operatério 74 253.1 Perfil proisional do enfermeir chee do enfereito asistencia do Bloco Operatério a 274 25.3.2 Perfil profissional do técnico ou auxiliar de enfermagem do Bloco Operatério...276 25.3.3 Perfil do instrumentador cirirgico ie 25.4 Equipe multiprofissional da Recuperaga0 Pee Anessa (RPA. 25.4.1 Anestesiologista 25.42 Enfemmeino chefe da Recuperagdo Pox-Anestesica 25.4.3 Enfermeiro assistencial da Recuperaco Pos-Anestésica . 25.4.4 Téenico ou auxiliar de enfermagem da Recuperagio Pés-Anestésica 25.5 Regimento 25.5.1 Conteido do regimento 28.6 Norma 25.7 Rota on : 25.7.1 Informagdes que podem estar inseridas em uma rotin... 25.7.2 Como avaliar ums rotina 25.1.3 Finalidade do regimento, normas ¢ rotinas. 25.8 Procedimento, 25.9 Referéncias. OSSAFFO on : pitt 284 indice Remissivo..... Parte I Assuntos abordados Centro Cinirgico: Histérico, Finalidades e Importincia no Contexto Hospitalar Planejamento Estrutural do Centro Cirirgico Sala de Operagao Equipamentos da Sala de Operagao Recursos Materiais Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem em Centro Ciningico Treinamento e Desenvolvimento da Equipe de Enfermagem do Centro Cinirgico torico, Finalidades e Importancia no 1 Contexto Hospitalar 1.1 Introdugao © Centro Cirirgico (CC) pode sex considezado uma das wnidades mais complexas do hospital. Pela sua especficidade, presenga sonstante de stesso € & possibilidade de riseos & sats ¢ Se 0S pacientes esto sujetos ao stem sub Metids &intervengdocinirgica, A portaria 400" defniu CC como um sonjun- {0 de elementos destinados ts atvidades cs seas, bem coino @ Recuperayao Anessa 6 ove SEF considerido uma oranizayda nm, Plea devido as suas caractristica ¢asssdn, cia especaizada Portanto, 0 CC é consti de um conjunte de tease instalas que periteeltur a imigie ‘is mores condigoes de seguranga pare pr sient, cde confono para a equipe que onesne Os primeiros Centros Cintrgicos surgiram atre- lados a histéria © evolugto da medicina e cirvy aia. Na Antiguidade o corpo humane era con. siderado, em toda a sua complexidade, ume incégnita pelos cirurgides, levando-os a adotar © tratamento clinico como forma no proces. © de cura, pois os médicos eram temerosos fm operat os seus doentes. °" Os cinugides geralmente no passavam por uma academia, ‘mas por uma educagdo pratica, por um apren \izado nio universitiri. ‘A medicina interna era mais valorizada no ‘meio académico do que a einungia, vista como, ‘Centro Citgo: Histiico uma atividade essencialmente manual; pela di- vislo social entre 0 saber ¢ o fazer. Assim, a ‘medicina, que requeria mais reffexto, estudos © Percepeto por parte dos médicos,rdo incorpo ‘ava a cirurgia como uma de suas disciplinas, sendo entio executada por priticos, chamados “cirurgides barbeiros". que possuiam maior ha. ditidade manual. econ © cirurgigo, pelas caractersticas mecinicas de seu offeio, era considerado de uma eategoria in. {eleccualmente inferior & do médico intemalisa, ‘que mantinha uma estreitafigagdo com a classe ominante, a aristocracia fundidria. Enquanto 0 irurgito, considerado um técnico, 130 mants ‘nha & mesma ligagdo com a superestutura, A cinurgia era retratada como uma peitica re- baixada © profana, pois, ao contritio dos clini. G08 de mios limpas, emperucados ¢ perf ‘mados, 0$ cirurgides lidavam com a carne decadente (tumores, cists, fraturas, gangrenas entre outros), Embora « arte cirigica nao tenha softido revo- lugdes até o séeulo XIX, a cirargia & quase tao velha quanto a humanidade, Na Antiguidade ¢ durante Idade Média, os cirurgides realize Yam numerosos procedimentos paliativos, tate como lanectar Furdneulos ou cutatives em feri. das extemas de tumores de mame, lacalizados em areas coméreas em que nfo era necesséria 4 sbertura da cavidade. Tipicamente lidavam om o exterior © as extremidades. Evitavam 0 sbdémen © outras cavidades do compo, talidadese tmportincia no Context Honpialar 2 ‘como o sistema nervoso central. As cirurgias ceram realizadas, indistintamente, em qualquer local, como nos campos de batalha, nas casas dos cirurgides ou debaixo do convés dos nia vos de guerra, sem nenhuma preocupagao com as condigdes de assepsia 110 De mancira geral, quando o tratamento cirir- give se tornava inevitivel © aos cirurgides no Festava outra opedo sendo tentar, por meio de operacdes, livrar os seus pacientes do softi- ‘mento que os afligiam, enfrentavam os tres grandes desafios da cirurgia que eram a dor, & hhemorragia ea infevgo,”» ‘A anestesia ndo era fotalmente uma novidade, & ‘4 medicina sempre usou, & claro, certos analgé- sicos. As antigas sociedades estavam a par do poder redutor da dar com a utilizagao do Spio, 40 haxixe ou maconha indiana e do alcool. Por volta de 1731, foi criada a Real Academia de Cirutgia, € doze anos depois Luis XV dis- solveu a ligagio entre os cirurgides ¢ as bar beiros, Definitivamente essa ligagdo foi extinta ‘em 1768, na convengio dos cirurgides treina- dos por aprendizagem pritica, Depois disso, 6s citurgides comegaram a competir em status com 0s médicos, pregando que a cirurgia nto cra uma mera arte manual, ¢ sim um brago ex- perimental da medicina, tomnando-se 0 mais progressista, © primeiro passo para a anestesia geral foi dado por Joseph Priestley, a0 descobrir 0 did- xxido de nitrogénio (NO,) em 1773. Coube a Humphry Davy, um aprendiz de farmécia, na pequena cidade de Penzance, na Inglaterra, em 1796, experimentar 08 efeitos da inalagio do NO,, Ble verificou que o gas produzia uma sensavdo agradivel, acompanhada de um dest jo incontido de rir (donde © nome de gis hile- Tiantc). Certa noite estava eom dor de dente e, 20 inalar © és, notou que a dor desaparecera por completo. Deduziu gue, se a NO, suprimia 2 dor, poderia ser empregado no tratamento de ‘outros tipos de dor. Em um de seus eserios, in titulado vapores medicinas, sugeriu o emprego do NO, em cirurgia: ja que o ys hilariante pa rece possuir a propriedade de acalmar as dores fisieas, seria recomendivel empregé-lo contra as dores cirirgicas. A medicina oficial nfo to- ‘mou conhecimento da supesta. A cauterizagao utilizando éleo fervente ou fer- ro em brasa permaneceu como melhor meio para estancar a hemorragia até o séeulo XVI, nbora drogas adstringentes © compressio ‘com bandagens fossem testadas como alterna livas. Ligadura vascular foi preconizada por Ambroise Paré, grande cirurgito-barbeiro, franeds, do séeulo XVI." Em 1824, o inglés Henry Hill Hickman pu- blicou pela primeira vez um caso de operagio sem dor pelo uso de gis, relata que nao foi re= ‘cebido com muito entusiasmo. Em 1842, 0 mo= desto médico rural, Crawford Long, iniciou ‘2 anestesia cinirgica, porém s6 publicou em 1849, quando o fato ja nao era mais novidade. Em 1848, Iynaz Filipe Semmelweis, abalhan do na clinica obstétrica do hospital goral de Viena, descobre a causa de mortalidade pela febre puerperal. Ele insti, a partir de 15 de maio de 1847, uma politica tigorosa de lava gens das mAos e dos instrumentos em solugio de cal clorada, entre o trabalho de autépsia e 0 cuidado com os pacientes, ° Ele desvendara © segredo da transmissio dos germes infeccio- ses, por meio das mios ¢ de instrumentos dos médicos e cirurgides, revelagio que seria trés decénios depois a pedra angular da assepsia. Antes da introduydo da anestesia, em 1840, 0s cirurgides contavam apenas com a pripria destreza manual para realizarem o procedi- mento cirdrgico 0 mais ripide possivel, e cam Poucos © grosseiros instruments cinirgicos, Para assim minimizar a dor do paciente, Os instramentos utilizados nas operagdes eram limpos com qualquer pano ou alé mesmo na aba da sobrecasaca dos cirurgides, mal con- servados ¢ guardados precariamente, também sem nenhuma preocupagso com as condigées deassepsia. oMiDeem Plangjomento, Organizagio e Gestio A medida que a téonica cirirgica foi se deser- volvendo, em consequéncia da descoberta dos Procedimentos anestésicos, da hemostasia ¢ da assepsia cinirgica, 0 acesso aos tngios nko era mais possivel ser realizado, apenas com a © século da cirurgia moderna, sem divvida, co- ‘megou no ano de 1846, na sala de operayies do Hospital de Massachutts, em Boston. No dia 16 de outubro de 1846, 0 paciente Gilbet Abbot foi submetido 20 procedimento cinirgi- 0, com duragio de 25 minutos, para remagao de um tumor no pescoge, pelo cinungito John Coltins Warren ¢ 0 anestesiologista William Thomas Morton. * Portanto, nesse dia sur- su a luz do mundo a narcase, a anestesia da or, mediante a inalagio de gases quimicos, A cena deixou de ser documentada fotograsi- camente porque 0 fotégrafo sentiv-se mal ao Dresenciar 0 alo cirirgica, porém foi posterior. ‘ent imortalizada em um belo quadro do pins tor Robert C. Hinckley, em 1882 Figura 1 Primelra ciurgia ‘com marcoserealizada em 1846, Fonte: Quadro pintado pelo pintor Robert C Hinckley A dof, © empecitho mais tremendo que, até ‘aquela data, limitara inexoravelmente, pelo es- ayo de milénios, o campo de ado da cirurgia, acabava de ser vencida. Antes de fins de 1947, jit se praticavam, em todas as paises de tradi. ‘ies cinirgicas, operaqses indotores, em pa Cientes anestesiados com éter No Brasil a primeira anestesia geral pelo éter foi praticada no Hospital Militar do Rio de Jancito pelo médico Roberta Jorge Haddock Lobo, em 25 de maio de 1847 O século XX se tomou o século de ouro da ci- rurgia. Um grande nimero de avangos seyuiu- -se a crucial associagao entre a anatomia pa- tolégica, anestesia e antissepsia, Na segunda década deste século, com ajuda da radiograta, 0 istoscépio delgado de bragos luminosos, dda anestesia local e da assepsia, & possivel ex. plorara bexiga sem dores e sem perigos dignos de meng, 0s instrumentos cinirgicos foram, entio, sendo jas do ano. Auséncia nao prevista (a) AAs auséncias nio previstas por trabalhador sf0 resultantes da soma de uma série (f) de tipos de auséncia,tais como: faltas ebonadas e nao abo- nadas, licenga médica, licenga-matemidade, Ticenga-prémio, licenga por acidente de traba- Iho, licenga INSS, outras licengas (casamento, rojo, paternidade ete.) e suspensées, cujos vee lores podem diferir de uma categoria profissio- nal (#) para outra, Essas auséncias nfo previstas constituem, efe- tivamente, aquilo que genericamente tem sido ‘denominad de absenteismo, As informacdes relatvas as auséncias no pre- vistas devem ser coletadas das escalas men- sais de tmbalho e registradas em uma planilha (Quadro 1), visando a maior facilidade no pre- enchimento ¢ tabulacdo dos dados, A pplanilha & constituida de cinco campos, con forme a descrigo seguinte: dda unidade e o periodo da colcta de dedos, * Categoria profissional: nesse item so co- locadas as categorias do pessoal de enter- ‘magem existentes na unidade, + Quantidade média de pessoal: refere-se ‘40 mimero efetivo de elementos por catego- ria profissional durante o periodo estudado, + Auséneias nd previstas: destina-se a0 levamamento das auséncias nfo previstas devid a: + Faltas: registro mensal dos dias de fal- tas (abonadas, justificadas ¢ injustfica das) por categoria profissional + Licengas: registro mensal dos dias de li- ‘cenga médica, maternidade, acidente de trabalho, afasamento pelo INSS © ou tras licengas (nojo, gala e paternidade) + Suspensies: registro mensal dos dias de afastamento devido a normas disei plinares por categoria profssional, + Absenteismo: refere-se ao niimero total de dias de auséneia no periodo em estudo, de- vido as auséneias ndo previstas, pensionamento de Pessoal de Enfermagem para o Centra Cirirgico 73 Pode-se utilizar a seguinte equagto para a deter- ‘minagio do percentual de cada tipo de auséncia do prevista por categoria profissional, DM Em que: k= Indice que indica, gencricamente, cada ca tegoria profissional (enfermeiro, téenico/auxi- liar de enfermagem); = indice que indica, genericamente, .cada tipo de auséncia no prevista (falta, licenga médica, suspenstes); Ngj— quantidade de diawlano de suséncia no revista { cometidas por todos os trabalhado- res de uma dada categoria profissional 1D = quantidades de dias trabalhados. no ano pelo Bloco Operatério; 94 ~ quantidade de trabalhadores da categoria, TN, =soma dos dias/ano de todas as auséne cias nilo previstas cometidas pelos qk trabalha- dos do Bloca Operatério. © absenteismo médio da unidade por categoria, profissional é obtido pela soma de todas as au séncias nfo previstas cometidas por aquela ca- tegoria profissional ¢ pode ser calculedo pela cequasio: Quando as cirurgias eletivas ocorrerem de segunda-feira a sexta-feira, ndo é necessério prever pessoal para a cobertura das auséncias Previstas por folgas e feriados. Quadro 1 - Phanitha para levantamento das auséuctas Previstas e ndo previstas da equipe de enfermagem, Unidades Periodo: ‘AusSncias aio previstas Austneias previsias Licengas* Faltas ‘Quantidade média de pessoas Categor pruflssional Peévias Medica Total Acidente ae trabalho Absentefsmo Outras Ticengas Matern. INSS Enfermeiro ‘Auniliar de entermager| Téenica de entermager| oral 4 +O profissional fea de cena médica por acidente de wabalto Centro Ciriegice- Plancjamento. Organizagio e Gestao wagem pare is cletivas, segundo 0 porte cirdrgice, ‘Quadro 2 - Planitha para o dimensions © periado transoperatirio de eirurgi smento de pessoal de enferm Fr] Es ea.) paca) Saale peas | ome | om [ow [enn ety FS ereafmefro] to | me a wo fom |e ro ea Pow |as lon A Ta [ma aD «|| me ar a “re a are BTN ars ae Ce eee spammy | “uemong, | See Saecr : is frag [tone haaeseaeiaes Dimensionamento de Pessoal de Eat Quadro 3- ‘transoperat ‘tha para o dimensionamente de pessoal de enfermagem pars 0 periodo 'rlo de cirurgias de urgéncia/emergéncia, segundo o porte cirérgico, ‘Teokwem Sine afermelee = Ose | ah Tah) cay [aioe] a toma] ne corre é Centro Cinirgico- Planejamento, Organizagio e Gestio Legenda das planithas : porte eirdygico (11, Ie 1V); Ns quantidade média didria de cirurgies por porte cinirgico; Hi duragio média das cirurgias em minutos; C: carga média diéria de cirurgia em horas WH 160); hhg: tempo médio da limpeza e reabastecimento da Sala de Operagao em horas; mx: tempo médio de assisténcia enfermagem Por hora de cirurgia, em horas: Si carga didria média do servigo de enfer- ‘imagem por porte cirirgico durante 0 dia, em horas; ': jomada de trabalho didi, em horas; EY: produtividade, em porcentagem; Quis: quadro diltio de enfermagem, segundo ‘porte cinirgico (Sif "Ent: percentual da categoria enfermeiro; ‘S6Aux: percentual da categoria auxiliar de en- ermagem; ‘TEs: pereentual da categoria téenico de en- fermagem; sé quadro didrio de enfermeiro, segundo porte cirtirgico (Quy %6Enf); a. quad didrio de auxiliar de enfermagem, segundo 0 porte cinirgico (Quay %AUX); ui quadro ditio de t8enico de enfermagem, segundo o porte cirirgico (Quize'%TEC); ©: nlimero de dias de Folgas por semana; 4: dias de trabalho na semana; F dias de feriados no ano; D: dias do ano; Ves dias de férias gozadas pelo enfermeiro no ano; Vu’ dias de ferias gozadas pelo auxiliar de en- fermagem no ano; Vip! dias de férias gozadas pelo téenico de en: fermagem no ano; eye! auséncias ndo previstas do enfermeiro no nu.? auséncias nao previstas do auxiliar de en- fermagem ne ano; Ay! ausEncias no previstas do téenico de en- fermagem no ano; acréscimo de pessoal para cobrit folgas (enfermeiro; auxiliares ¢ téenicas de enfermagem): eréscimo de pessoal para cobrir fetiados (enfermeir; auxiliaes ¢ téeioos de entermagem): eee ara cobrie (inp) =e pec férias (enfermeiro; auxiliares e tecnicos de enfermagem); (sts) acréscimo de pessoal para cobrir absenteismo (enfermeiro; auxiliares ¢ técnicos de enfermagem); You! total de acréscimo de enfermeiros para auséncias previstas ¢ ndo previstas; Yq! total de acréscimo de auxiliares de enfer- ‘magem para auséncias previstas e nao previstas: Yru! total de acréscimo de técnicos de enferma- ‘Bem para auséncias previstas e nio previstas; ‘Qeee: quadro total de enfermeiros; Qua.! quadro total de auniliares de enfermagem; Qc! quadro total de técnicos de enfermagem: Qe: quadro total de pessoal de enfermagem do Bloco Operat6rio para prestar assisténcia a0 Paviente no periodo transoperatério. Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem para o Cento Ciningico 77 6.4.2 Etapas para a projegao do quadro de pessoal por intermédio de planilhas eletrénicas Para facilitar 0 dimensionamento de pessoal de enfermagem para 0 Bloco Operatério, segundo © porte cirtigico, por meio das planilhas ele- trGnicas descrevemos as seguintes etapas: 6.4.2.1 Classificar as cirurgias, segundo © porte ciningico (P) Pode-se utilizar o eritério de clasificagio das cirurgias pelo tempo de utilizagi da SO, a saber: + Porte I: cirurgias cujo tempo de duragao cencontra-se no intervalo de 0 2 2 horas. + Porte I: cirurgias cujo tempo de duragdo cencontra-se no intervalo acima de 2 horas até 4 horas + Porte SH: cirurgias cujo tempo de duragao ‘encontra-se no intervalo acima de 4 horas até 6 horas, + Porte IV: cirurgias cujo tempo de durago cencontra-se no intervalo acima de 6 horas 6.4.2.2 Determinar a quantidade média didria de cirurgias (N) 1) Determinar a quantidade média difria de cirurgias conforme proposto no item an- terior, considerande como amostra 0 mi mero’ de cirurgias do Bloco Operatério ‘em um period de 30 dias: Cirargia cletiva Ponet “nung Pore T irurginsidia Pore it cinargiasiia Pore IV cinargiasidi Modo Ger sirugiasidia Cirargia de urgéncia/emergencla irugiasiia Porel Porte I Porte Porte IV Modo Geral -sirugiasiia ciragiasiin Determinar o tempo médio (em minutos) (1) das cinurgias cletivas ¢ de urgéncia’ cemergéncia por porte cirirgico. ‘Cirurgia cfeciva Portef rinwton Pore It MINUS Porte lit minutos Ponte IV minutos ‘Moda Geral ints urgéocia/emergéneia Ponel mimutos Porte It ‘minutes Porte I ‘minutos Ponte TV minutos Modo Geral minutos Determinar a carga difria média (em ho- ras) das efrurgias (C) por porte cinirgico por meio da seguinte equag30: ce 160 Cirurgie eletiva e de urgGucia/emergéncia Postel horas Postel! horas Porte Tit horas Porte 1V horas Modo Geral horas 7 ‘Ceniro Cirirgic - Planejamento, Organizagio e Gentio 4 6 Determinar 0 tempo médio (em ho- as) da limpeza e montagem da Sala de Operagio (hg) para cirurgias eletivas e de urgéncia/emergéncia + cirurgias eletivas horas + cirurgias de ungéncia/emergéncia horas. Como transformer minutos em horas Tempo médio de Himpeza = 40,8 miatos Para transforma em horas dividir por 60: 40,8160 ~ 0.68 horas. Determinar o tempo médio (em horas) de assisténeia de enfermagem (ix) por hora de cirurgia, segundo o porte cirargico. Pone horas Porte I horas Porte IV horas Determinar a carga didria média (em ho- ras) do servigo de enfermagem segundo © porte cinirgice, aplicando # seguinte cequagio (S): o[mSe, imrmicy} ou utliando a equa: 5= So (hg Np+(Cohe) iurgias eletivas ou para cirurgias Jemergéncia ? 8) Pore horas Porte It horas Pore HI horas Ponte IV hoes ee ‘Cirargia de vegénciafemergéncia Porte Ponte it horas Porte HT horas Pore horas Identifoar as horas didrias de trabatho de cenfermagem por profissional da equipe de enfermagem (1). Exemplo: 8 horas/dia; 6 horasidia. ‘dentificar o percentual de trabalho (26). por meio da distibuigao da produtividade: + Produtividade Insatisatoria < 60% 0,60 + Produtividade Satistatsria > 60% - < 80 0 0,75 + Produtividade Excelente > 75 0.750085 + Produtividade Suspeita > 85% 08s Pode-se obter também 0 tempo efeti VO (tugg,) Pata cirurgias eletivas ¢ de ‘urgéncia/emergéncia segundo o porte ci- rlrgico uilizande a seguinte equagao: ona = 1 B% ‘Cirurgia leva ede uurgénciaemergéncia Pore Pore il Porte Ill Pore lV horas ores ‘Dimensionamenio de Pessoal de Envermagem para o Centro Cirirgico 79 18) ldentiicar os dias de férias (vy) de cada categoria profissional, para cirurgias ele tivas e de urgéncia/emergéncia: Vege onnias a in Vg lias 19) Obier 0 acréscimo de pessoal para co- berm eorespondenie os cias de fe is pare cipias eleivase do urgenci) everéacas uttcand a sepuinte equate Auniliardeenfermagem: [r Bn gue D= dias rabathados no ano; ¥ = mimeo de dias de féias por ano or eategora profssiona 20) Identificar os dias de auséncan nao pre- vistas (a) de eada categoria profsional para cirurgiaseletivas cde urgencn! emergéncia gg ne ins ae ce dias 21) Obier 0 aeréscimo de pessoal pata co- bbertura correspondente as auséncias no previstas, para cirurgias eletivas e de ur ‘kéncialemergéncia, por meio da seguin- te equagdo; imensionamento de Pes 2) Entei: [14200 ] (Dau ‘Téenico de enfermagem: [1- tre) one) sitiar de enfermagem: {4 —2ts A erage ( aes] Em que: = dias trabalhados no ano; = mimero médio de dias de auséncias io prevista (absenteismo) por categoria, profissional por ano. Obter os indices para cobertura de ausén- cias previstas e nao previstas por catego- ria profissional para cirurgias eletivas & de ungéociavemergéncia, segundo o porte ciringico: Clrargias eletivas Enfermeito: ‘Téenico de enfermagem: a (ms) 5 a Auniliar de enfermagem: ‘de Enfermagem para o Contra Ciirgico at 2 Em que: = nimero de flgas semanais que necesitam de coberra; «f= dias de foncionamento da unidade; {/~ nimero de dias fetiados por ano; ‘D= dias trabalhados no ano; ¥= nlimero de dias de férias por ano por categoria profissional; @ = mimero médio de dias de auséncias ndo prevists (absenteismo) por categoria profis- sional por ano, Caleular a quantidade total de clemenios de cada categoria profisional necesséria & assistén- cia de enfermagem utilizando 2 seguinte equagéo: Para cirurgias eletivas: az Hr $ ores) Bia) exe = Gane Yat Que Aaa ¥ E para cirurgias de urgénciwemergéncia: $c, onScy| (re8- Ke eae = Vane” ¥ ee Qe din Ye hae. = dase * Yous 24) Detetminar 2 quantidade total de pessoal 4e enfermagem do Bloco Operatério e 0 periodo transoperatorio por meio de: Q.=9,+0, , = quantidade de pessoal para 0 pe- riodo transoperatirio para cirurgias ele tivas, obtida pelo seguinte somatéro: Que + a Faun, , = quantidade de pessoal para o peio- dbo transoperatrio para cirugias de ur aéncivemergéncia, obtida pelo seguinte somet6rio: Qa + ec + Quan, 6.5 Projegao do quadro de pessoal de enfermagem para a Recuperagdo Pés-Anestésica (RPA) Para o dimensionamento do pessoal de en- fermagem de RPA, encontram-se na literatu- a diversos estudos que propdem um célculo proporcional, isto é 0 mimero do pessoal de enfermagem deve ser © mesmo em relagdo a0 mnimero de pacientes da RPA. 51 6.5.1 Alcala et al. Propdem um céleulo baseado na proporsdo do pessoal de enfermagem em relagio a0 nii- mero de leitos da RPA. Para seis leitos de Recuperapio Anestésica, as autoras propdem compor a equipe de enfermagem conforme 0 Quadro 4, Quadro 4 - Equipe de enfermagem para uma reeaperaeao os-anestésica com seis lelts, Sdo Paulo, 1982. aie Criio | Pevows | Nimerde mat Tapaadeeie | tees [oF pula decomagem | Upon cale costs | chor 12 Ade de eermagen | Un wens eis [ahem [0 Acrescentando o percentual de 30% de cobertura, o quadro de pessoal serd de 29 servidores, assim Aistribuidos: seis enfermeiros, 17 auxiliares de enfermagem ¢ seis atendentes de enfermagem. 6.5.2 Brasil Apresenta um modelo para o célculo de pessoal de enfermagem para RPA também fundamentado zo niimero de leitos da RPA. Para seis letos da RPA, a autora propde uma cquipe de enfermagem ‘conforme apresenta Quadro 5 ‘Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem para e Centro Ciragico 8 ‘Quadro 5 - Equipe de enfermagem para uma recuperssio Dvaneisia com sis tos, So Palo, 1988 auipe rie Pertador | Némero de Eko Unpare cade do nies _| Tum eimai [01 ‘Teco de etermegens | _ Um pa cad ts | Taro de vabalio [02 Avxiardeenfermager | Um par ada cinco tos | Tuo de uabalio [01 Para cobertura de auséncias devido a folgas,férins ¢ licengas, considera-se o indice de Seguranga ‘Técnica de 45% para cobertura nas unidades com funcionamento de 24 horas e 15% para as uni dades com funcionamento de 12 horas. Assim, para uma unidade com funcionamento de 12 horas, ‘apresentarse uin quadro de pessoal de dez servidores, assim distribuidos: dois enfermeiros, cinco 'éenicos de enfermagem e ts auxiliares de enfermagem, 6.5.3 Guimaraes et af, ("9 ‘Também apresenta um modelo para o eéleulo de pessoal de enfermagem para RPA, fundamenta- 4do no miimero de leitos da RPA. A autora prope compor a equipe de enfermagem apresentada no Quadro 6. Quadro 6 - Equipe de enfermagem para uma recuperasao ‘os-anestésica com seis lito. S40 Paulo, 1993, Equipe (Critério erfodor Enfermeino Ui para cadald lito Diurno ‘Auxiliar de enfermagem | Um para cada quatro leitos | Por tomo de wabalho Para cobertura das auséncias devido a folgas,férias¢ licengas, considera-se 0 indice de Seguranga ‘Técnica de 30%, Deve-se considerar 0 horério de funcionamento do Bloco Cirigico © da Emergéneia. O céleulo de recursos humanos ne drea da enfermagem tem despertado discussdes e pesquisas por parte dos enfermeiros, para reformular a politica de pessoal, estabelecendo pardmetros para dimen- sionamento em virtude das implicagdes que 0 quadro de pesscal inadequado causa no resultado da assisténcia de enfermagem prestada & clientele Para assegurarmos x prestagio da assisténcia de enfermagem desejada as pacientes na RPA, ¢ im- prestindivel determinar a quantidade de profssionas que deve compor a equipe de enfermagem, bbem como a quilifcagdo que ceda um desses membros deve possui. (Centro Ciigico - Planejamento, Organizagio e Gestio ~~ Treinamento e Desenvolvimento da Equipe 7 de Enfermagem do Centro Cirdrgico 7.4 Introdugao © Centro Cinirgico precisa de profissionais ca- pacitados para o alcance das suas metas e obje- tivos. A presenea de profisionais qualificados, com firequentes aperfeigoamentos, ¢ necessiria para que se possi aprimorar a execugio do tra bho, contribuir no controle de infeego hos- pitalar e assegurar a melhoria da assistencia ao paciente. Uma das estratégias para que isso ocorra ¢ a educag20 do funcionério no seu local de trabalho, sendo essencial para sua sprendi- zagem, pois permite vivenciar as atividades que val desenvolver. '" Afinal, ninguém pode conhecer melhor os problemas e dificuldades de seu setor do que ele, que trabalha ali varias hhoras por dia e pode colaborar com sugestées para melhorar o desempenho daquele setor. © treinamento e desenvolvimento so as mais poderosas ferramentas de transformacio no mundo organizacional. © A nevessidade de treinamento e desenvolvimento de pessoal de enfermagem do Centro Cirirgico tem sido re- forgada pelas mudancas socioeconémicas, di ‘minuiglo de custos e, principaimente, pela complexidade dos procedimentos cirirgicos e pelos avangos teenolégicos, que levam os in dividuos « buscar, adquirr, rever e atualizar seus conbecimentos, Os reeursos humanos sdo pegas fundamentais fem todo 0 processo. Enquanto a tecnologia nas dreas industriais faz com que haja dimi- ‘igto da mao de obra utilizada, na area da satide acontece 0 oposte. Virias so as cau- sas: equipamentos que necessitam de pro- fissionais para sua operagio, manutengdo e interpretagao de resultados, bem como sio in- dispensaveis que os cuidados sejam provides diretamente por eles. © desenvolvimento a capacidade de apren- der novas habilidades, obter conhecimentos © modifiear atitades © comportamentos, Neste sentido, 0 desenvolvimento wai além da efi cigncia ne trabalho e pressupie a ampliagao das competEncias profissionais e pessoais que instrumentalizam 0 individuo para a transfor ‘magio da realidade. © teinamento faz parte do desenvolvimento das pessoas. Pode-se dizer que ele & um aspec- 10 especifico do desenvolvimento, " portanto deve ser uma atividade organizada e progra- ‘made para melhorar as habilidades e a qualida- de do desempenho do funcionirio, aumentar a confiabilidade e, consequentemente, reduzir o& ‘eros e acidentes. Resuinidamente podemos dizer que © trcina: ‘mento é a educagio que vise adaptar o homem 8 determinada atuagao sisteratica (profissional ‘ou nao), enquanto desenvolvimento é a educa ‘elo que visa ampliar e aperfeigoar o homem para seu crescimento em determinada carrcira ‘ou em sua evolusdo pessoal. Para ter clientes satisfeitos, 0 Centro Cinir- gico deve produzir ou fazer algo com qualida- de que satistaga as necessidades do paciente Tieinamento ¢ Desenvolvimente da Equipe de Enfermagem do Centro Cirirgico a7 Para ter qualidade em tudo 0 que se faz ou pro- dduz, € preciso ter pessoas qualificadas para as- sistr 08 pacientes, e para obté-las, a organiza ‘¢80 de saiide deve investir na preparagao delas ‘com treinamentos, 7.2 Processo ensino-aprendizagem Para Rocha a aprendizagem & 0 provesso pelo qual o comportamento se modifica em de- corréncia da experiéncia. Segundo Bordenave, Pereira ® a aprendizagem mobiliza toda-pessoa de manera orgnica, Considera que é um pro- ceess0 qualitativo, e no quantitative de conhe- cimentos; é uma mudanca na estrutura de inte Tigencia da pessoa, ‘Cada um aprende de maneiras diferentes, cha- ‘madas estilos da aprendizagem, Conhecer seu estilo de aprendizagem pode ajudar a desen- volver as estratégias que fumcionam melhor en- quanto o individue esti aprendendo, Segundo Leite, Pereira “* aprendemos 1% pelo gosto, 1,5% pelo tato, 3,5% pelo olfeto, 11% pela audigao e 83% pela visio. Retemos 19% do que lemos, 20% do que cseutamos, 30% do que vemos, 50% do que vemos e es ccutamos, 70% do que nos dizem e discutimes e 90% do que nos dizem ¢ logo realizam. © enfermeiro do Centro Cintrgico, na diver sidade de situagdes do seu contexto profissio- nal, deve compreender com clareza o processo ‘ensino-aprendizagem. Nesse sentido, Bezerra, Johanson, Pereira © referem que os seguintes aspeetos devem ser levados em consideray30: + “Apreender & incorporar 0 que se aprende. E tomar 0 aprendizado significative para si mesmo, implicando numa mudance de comportamento. A didética “ensino-apren- dizagem™ concentra-se em repassar lotes {de conhecimentos (ensinar) e de se apro- priar deles pela via de adequagaa funcional aprender) a8 +O sujeito aprende o que é significative para cle a partir de um processo de relagaes pre- sentes na sua realidade, + Aprendizagem nao é um ato linear (me- ‘morizagao ¢ um ato linear e passivel de es- ‘quecimento). Uma pessoa s6 conhece algo quando o transforma, transformando-se cla também no processo.” Paulo Freire (1921-1997), considerado um dos srandes pedagogos da atualidade e respeitado ‘mundialmente, destacou-se por seu trabalho na rea da educagao popular, voltada tanto pera a escolarizagio como para a formagio da cons- cigncia, Ele refere que: ‘Ensinar ndo é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua prépria condu- (60 ou a sua construgiio," Como educador, na efetivagio de um processo. ceducativo partcipativo, o enfermeiro precisa ”: + Estabelecer um processo de comunicasio, incentivando a formagto de epiniges © de tuma conscigncia critica da sociedade por parte do educando. + Respeitar os padres culturais dos indivi- duos, enxergando-0s camo sujeitos de sta propria histéria inseridos em contextos so: cioculturais especificos * Buscar solugdes criativas e uma metodo- logie adequada no desenvolvimento das agdes cducativas, ressaltando que educar nao é simplesmente uma passagem vertical e informagies, e sim um processo mito de interagao/comunicagaio entre educadot & educando, no qual ambos aprender. Para Cervalho e Nascimento, 0 treinamento s6 se completa a medida que a aquisigto de co- nhecimentos e informagées possibilta ao trei nando mudanga de comportamento (formas de ‘conduta). Neste sentido, a aprendizagem carac- teriza-se como o processo de aquisigzo da ca- pacidade de usar o conhecimento ¢ ocorre em Fungo de pritica e experiéncia critica, produ- indo uma mudanga relativamente permanente no comportamento, inejamento, Orgenizagio-e Gestto 7.3 Finalidades do treinamento e desenvolvimento da equipe de enfermagem do Centro Cirdrgico © treinamento ¢ o desenvolvimento de pessoal so fatores de extrema importincia para 0 cesso do Centro Cinirgico, Possuem as seguin= tes finalidades: + desenvolver oespirito em equipe: + clevar o padrio de qualidade; + aumenta a produtividade: + favorecer as prticas ergonsmicas; + ampliarconhecimentos; + desempenhar o papel com maior seguranga c salisfagdo; + mudar aitudes; + menor necessidade de supervis + redurir os desperdicios: + reduzir os custos: + trabalbar sineronizada e organizadamente; + detectar precocemente as possiveis inter- ‘corréncias com os pacientes 7.4 Problemas gerados pela falta de treinamento e de desenvolvimento AS insttuigdes que nZo investem em treina- mento ¢ desenvolvimento de pessoal geram inimeros problemas, tais como": + desnivel entre as exigéncias do cargo ¢ seit ‘ocupante; + queda de qualidade das atividades realizadas, + baixa da autoestima; + insatisfago pessoal; + alta rotatividade com consequente dificul- dade para a reslizagdo de treinamentos ¢ desenvolvimentos; + imagem negativa da instituigdo, 7.5 Local de treinamento e desenvolvimento da equipe de enfermagem do Centro Cirdrgico © Centro Cirtrgico precisa de profissionais cae pacitados para o alcance das suas metas ¢ obje- livos. A presenga de profissionais qualificados, ‘com frequentes aperfeigoamentos, é necesséria para que se possa aprimorar a exeougio do tra- balho, conttibuir para o controle de infecpio hhospitalar e asseyurar 2 methoria da assisténcia 40 paciente cinirgico, Uma das estratépias pars que isso ocorra & a educagao do funcionério no seu local de trabalho, essencial para sua epren- dizagem, pois permite vivenciar as ativida- des que vai desenvolver ", anal ninguém pode conhecer melhor os problemas e as difi- ‘culdades de seu setor do que ele, que trabalha ali varias horas por dia e pode coluborar com sugestdes para melhorar o desempento. ‘A educagdo do funcionario no local de traba- Iho deve ser um processo que o tora capa de cexecutar adequadamente seu trabalho ¢ que o Prepare para futures oportunidades de ascensio profissional, propiciando noves conhecimen- tos, objetivando, portanto, nfo sé seu cresci- ‘mento pessoal, mas profissional. Esse proceso € amplo, nfo se limita a educagao formal, in-

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