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1 SERIE —N2 145 —27-6-1986 MINISTERIO DAS FINANGAS Decreto-Lel n 167/86 do 27 do Junho regime das despesas no documentadas por parte das empresas encontra-se fixado no artigo 27.° do De- creto-Lei n° 375/74, de 20 de Agosto, na redacgao entretanto introduzida pelo Decreto-Lei n° 235-F/83, de_1 de Junho. Este diploma, salientando embora a necessidade do reconhecimento’ das despesas_ndo documentadas, in- troduziu limites & sua realizagio, que, agora, a Assem- bleia da Repablica achou por bem reduzir. ‘Assim: No uso da autorizagio legislativa concedida pelo artigo 58° da Lei n° 9/86, de 30 de Abril, o Go- verno decreta, nos termos ‘da alinea 6) don? 1 do artigo 201. da Constituicgo, o seguinte: Artigo 1° O n2 2 do artigo 27° do Decreto-Lei n° 375/74, de 20 de Agosto, passa a ter a seguinte redacgao: 2—A infracgio a0 disposto neste artigo seré punida com multa igual & despesa total efectuada durante o exercicio quando esse montante ultra- passe 0,5 % da facturagdo total da emprese_no mesmo periodo ou o maximo de 5 000 0008, nio podendo a multa ser inferior a 20 000$. Art. 2.° A alteragio referida no artigo anterior pro- duz efeitos em relagio a0s exercicios de 1987 € se- guintes. Visto € aprovado em Conselho de Ministros de 15 de Maio de 1986.— Anibal Antonio Cavaco Silva — Miguel José Ribeiro Cadithe. Promulgado em 9 de Junho de 1986. Publiquese. © Presidente da Reptibiica, MArio Soares. Referendado em 12 de Junho de 1986. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. Decreto-Lei n° 168/86 de 27 do Junho Nos termos do artigo 54. do Decreto-Lei n° 8/74, de 14 de Janeiro, na redacgao que Ihe foi dada pelos Decretos-Leis n." 72/77 e 272/77, de 25 de Feve- reiro ¢ 2 de Julho, respectivamente, nas sessies nor- mais da Bolsa néo poderdo transaccionar-se lotes de titulos superiores ao limite maximo para o efeito esta- belecido cm portaria do Ministro das Finangas, ¢ as operagées sobre lotes inferiores ao limite minimo que na mesma portaria se fixe 86 poderdo realizarse nos termos do artigo 58." do DecretoLei n° 8/74. A Portaria n.° 800/84, de 12 de Outubro, veio fixar 6s lotes minimos de acordo com as regras ‘nela cons- tantes, sendo os mesmos reajustados, de acordo com a evolugao das cotacdes, em 15 de Outubro de cada ano, passando 0s novos limites a aplicarse em 1 de Janeiro subsequente. 1521 Por sua vez, 0 n° 2 do artigo 54° do mesmo De- creto-Lei n? 8/74 estabelece que as empresas com valores cotados deverdio proceder 20 desdobramento dos respectivos titulos até 20s limites minimos fixados por aquela portaria, a pedido de qualquer titular, no prazo de 30 dias a contar da apresentacao do pedido. Considerando que o regular funcionamento do mer- cado exige que as empresas procedam atempadamente a0 desdobramento dos titulos a pedido de qualquer titular, néo devendo, no entanto, ser dificultada du- rante © referido prazo de desdobramento a normal transacgao dos valores mobilidrios em bolsa; Considerando que os eventuais encargos devidos pelo desdobramento de titulos devem ser suportados Conjuntamente pelas entidades emitentes e pelos titu- ares dos valores mobilidrios @ desdobr: © Governo decreta, nos termos da alinca a) do no 1 do artigo 201.° da Constituiggo, o seguinte: Artigo 1.° As empresas a quem for solicitado 0 des- dobramento dos titulos, nos termos do n2 2 do ar- tigo 54° do Decreto-Lei n° 8/74, de 14 de Janeiro, na redacyao que he foi dada pelo Decreto-Lei n° 272/ 77, de 2 de Julho, poderdo emitir certificados repre- sentatives dos titulos a desdobrar, devendo constar naqueles certificados @ numeragio ‘dos valores mobi- lidrios. Art. 2° Os certificados representativos dos titulos poderdo ser transaccionados na Bolsa até ao momento da entrega dos titulos desdobrados, no podendo, no centanto, a transacgio daqueles certificados ultrapassar © prazo de 30 dias, conforme o estabelecido no n° 2 do artigo 54° do DecretoLei n° 8/74. Art. 3.° Os encargos inerentes ao desdobramento dos titulos deverao ser suportados pelas entidades emi- tentes e pelos titulares em idéntica proporgio. Art. 4° Os corretores poderdo eximir-se ao cum- primento de ordens de venda de titulos representa vos de valores superiores aos lotcs minimos fixados 20 abrigo do disposto no n.° 1 do artigo 54° do De- creto-Lei n° 8/74, com fundamento na inexisténcia de ordens de compra de titulos com aquelas cars teristicas, Visto © aprovado em Consetho de Ministros de 22 de Maio de 1986.— Anibal Anténio Cavaco Silva — Miguel José Ribeiro Cadithe. Promulgado em 9 de Junho de 1986. Publique-se. © Presidente da Repdblica, MAnio Soares. Referendado em 12 de Junho de 1986. © Primeiro-Ministro, Anibal Anténio Cavaco Silva. MINISTERIO DA AGRICULTURA, PESCAS E ALIMENTACAO Decreto-Lei n° 169/86 de 27 do Junho Considerando a necessidade de se proceder & regu Tamentago do exercicio da actividade de aquisigao para revende de animais vivos; 1522 1 SERIE—N. 145 —27-6-1986 Verificando-se a conveniéncia de instituir um pro- cesso conducente & instaurago de um licenciamento prévio, centralmente organizado ¢ coordenado pelos departamentos estatais, da actividade relacionada com 2 aquisigéo para revenda dos animais Revelando-se 0 propésito ¢ a necessidade de prote- ger os legitimos interesses dos consumidores e dos demais agentes econémicos envolvidos na actividade mencionada; Ouvidas as organizagées representativas do sector de actividade econémica a que se dirige 0 disposto no presente decretorei: Assim: © Governo decreta, nos termos da alinea a) don? 1 aquisicao para revenda de animais vivos das espécies referidas na tabela 1 anexa a este diploma por parte de qualquer pessoa singular ou colectiva carece de prévia inscrigdo na Junta Nacional dos Produtos Pe- ios, a qual terd a validade de cinco anos contados da data da vistoria a que se refere on. 2 do artigo 5.° 2—0 disposto no némero anterior é aplicdvel sem- pre que os animais adquiridos para revenda venham a destinar-se quer a reprodugio, quer a revenda, quer a abate para consumo. Art. 2°—1—A inscrigo a que se refere 0 ar- tigo 1.° s6 podera ser efectuada pelas pessoas singula- res ou colectivas que possuam instalagdes para os animais que obedegam aos requisitos constantes da tabela 11 anexa a0 presente diploma, 2—A renovagio da inscriggo deveré ser requerida até 90 dias antes do termo da sua validade, sob pena de se considerar automaticamente revogada naquele termo. 3—A renovacdo da inscrigdo obedeceré 3s forma: lidades previstas para a prOpria inscri¢do, com as ne- cessirias adaptagies, devendo, no entanto, 0 respec: tivo requerimento ser acompanhado de fotocépia do cartéo comprovativo da inscrigéo que se pretende re- novar. 4—A inscrigéo ser4 também revogada sempre que as instalagdes para os animais que serviram de pres- suposto & sua efectivacio deixem de possuir os requi- sitos legalmente exigidos ‘Art. 3° © requerimento para obtencio da inscri- go ou para a sua renovagdo seré dirigido ao presi- dente da Junta Nacional dos Produtos Pecuérios, devendo ser apresentado nos servicos regionais do Ministério da Agricultura, Pescas ¢ Alimentacdo. Art, 42—1—O requerimento referido no artigo anterior conteré obrigatoriamente os seguintes cle- ‘mentos: @) Identificago do requerente pelo nome, data de nascimento ¢ residéncia, niimero, data © local de emissio do documento de identifica G0 © indicagéo do respectivo mimero fiscal de contribuinte, quando se trate de pessoa singular; 4) Identificagao pela firma ou denominagio par- ticular, sede e data da constituicéo, quando se trate de pessoa colectiva; ©) Localizagao das instalagbes a licenciar. 2—O requerimento seré instruido com os seguin: tes elementos: 4) Duas Fotografias tipo passe, caso se trate de pessoa singular; 6) Fotocépia do cartao de inscrigdo no Registo Nacional de Pessoas Colectivas, no caso de se tratar de pessoas colectivas ou entidades equiparadas; ©) Fotocépia do cartio referido no n2 3 do ar- tigo 6.", quando se trate de pedido de renova- a0 de ‘inscrigao. 1—Os servicos regionais do cultura, Pescas e Alimentagao deverd prazo méximo de quinze dias a contar da recepgio do Fequerimento, apreciar 0 processo, notificando 0 re- querente para suprir eventuais defi de elas existirem. 2.— Ultimado © processo. os servigos regionais do Ministério da Agricultura, Pescas ¢ Alimentagio pro- moverio, no prazo maximo de 30 dias, sob a sua orien- tagdo € com a colaboragdo das entidades consideradas necessdrias, uma vistoria s instalagdes indicadas pelo requerente, 3 — Da vistoria referida no mimero anterior lavrar- -se-4 um auto, assinado pelas entidades intervenientes, no qual se descreverdo, sumariamente, 0s requisitos das instalagdes, concluindo-se se as mesmas esto ou nao em conformidade com os legalmente exigidos. 4— Face 20 contetido do auto de vistoria referido no niimero anterior, no prazo maximo de oito dias, © director dos servicos regionais do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentacdo emitiré parecer fa- vordvel ou’ desfavordvel ao licenciamento, conforme entenda que as instalagoes rednem ou no os requ sitos legais. Art, 6°—1—Os servigos regionais do Ministé- rio da’ Agricultura, Pescas ¢ Alimentacdo, apés ter sido emitido 0 parecer referido no n.° 4 do artigo anterior, remeterdo, no prazo méximo de oito dias, todo o pro- cesso a0 presidente da Junta Nacional dos Produtos Pecustios.. 2—No prazo maximo de oito dias a contar da re eepcdo do processo, o presidente da Junta Nacional dos Produtos Pecudrios ou 0 funcionério em quem de: Tegar essa competéncia concederdé ou denegaré a ins- 3—Nos casos em que a inscrigéo seja concedida entregar-se-4 a0 requerente um documento comprova: tivo do modelo anexo a este diploma 4— Sempre que a inscri¢ao seja revogada, a Junta Nacional dos Produtos Pecudrios procederé & apreen- séo do documento referido no nimero anterior. Art, 7°—1—O alojamento de animais vivos das espécies referidas na tabela 1 anexa a este diploma, adquiridos para revenda nos termos © pelas pessoas a que se reporta o artigo 1°, s6 pode efectuarse em instalagdes que obedegam aos requisitos constantes da tabela 11 anexa ao presente diploma. 2—A utilizagio das instalagdes referidas no ni- mero anterior carece de prévio licenciamento. 3—Ao licenciamento das instalagdes seré aplica vel, com as necessérias adaptagdes, 0 proceso previsto neste diploma para a obtencao da inscrigao referida no n? 1 do artigo 1° Art. 8° O licenciamento de qualquer instalagio di- ferente daquela ou daquelas que serviram de pressu- v8 145 —27-6-1986 posto & obtengao da inscrigéo prevista no n° 1 do artigo 1." deverd ser averbudo. por iniciativa do inte- ressado, no respectivo documento a que se refere 0 n" 3 do artigo 6” Art. 9." Sempre que alguma das instalagées licen ciadas nos termos deste diploma deixe de reunir os requisitos legalmente exigidos, quando nao seja caso de revogagio de inserigdo, seré dec'arado caduco 0 rospectivo licencigmento, devendo o facto, por ini tiva do inte:essado, ser averbado no documento refe- Tido no n2 3 do artigo 6." Art. 10." A Junta Nacional dos Produtos Pecuérios, até co dia 31 de Janeiro de cada ano, enviard a repar tigo de finangas do concetho ou bairro fiscal onde se situam uma relagdo das instalagdes jicenciadas no ano anterior ou cujo licenciamento caducou durante (© mesmo periodo, com a identificagio em ambos os casos dos respectivos requerentes. Art. 11." Sem prejuizo do disposto na legistayao em vigor, a caixa dos veiculos utilizados no transporte de animais vivos das espécies referidas na tabela 1 anexa a este decreio-lei € 0 transporie dos_mesmos devem obedecer aos requisitos a fixar por portar'a conjunta dos Ministros da Agricultura, Pescas e Ali mentagao € das Obras Pablicas, Transportes € Comu: nicag Art. 12° A fiscalizagio do cumprimento das no: mas previstas neste diploma é da competéncia da Di- receao-Geral de Inspeceo Econémica, sem prejuizo da competéncia atribuida a outras autoridades po’ ciais © administrativas, em conformidade com as res pectivas leis orginicas Art. 13.°— 1 — As infracgdes ao disposto no_pre sente diploma constituem contra-ordenaydes, aplicen. do-se-Thes as disposigdes gerais do Decreto-Lei n.* 433/ 82, de 27 de Outubro, e as disposigies especiais do Decreto-Lei n.* 28/84, de 20 de Janeiro. 2—Relativamente as infraccdes previstas no mu mero anterior, a aplicagdo das respectivas coimes ¢ sancdes acessérias caberd 4 comissio referida no n.° 2 do artigo 52° do Decrcto-Lei ns" 28/84, de 20 de Janeiro, Art. 14°—1—O exe tividude referida no artigo 1.° por parte de pessoas nao inscritas na Junta dos Produtos Pecuarios ou cuja inscrigao foi revogada © © nfo cumprimento do disposto nos n* 1 © 2 do artigo 7." constituem contra-ordenagdes, previs- tas © punidas nos termos do artigo 66.° do Decreto- -Lei n" 28/84, de 20 de Janeiro. 2—A violagdo do disposto no artigo 9° ou em deste diploma para a qual io espeeifica constitu contra- ‘ordenagio, punida com a coima de 5000$ 2 50 0008. Art, 15.°—1— As pessoas referidas no artigo 1." © que na data da entrada em vigor do presente di- ploma ja se dediquem ao exercicio da actividade men: Cionada naquele precsito & concedido 0 prazo de 180 dias para legalizarem a sua situagio, nos termos deste diploma. 2—A apresentagao do requerimento constante do artigo 3.° deste diploma por parte das pessoas refe- ridas no nimero anterior, dentro do prazo de 180 dias, suspende o decurso desse pravo até ser notificado © requerente do despacho que recair sobre a pretensao, Art, 16° A aplicagio do disposto no presente de cretolei aS RegiGes Auténomas dos Agores e da Ma 1523 dcira far-se-i mediante diploma adequado, emenado dus respectivas Assemblcias Regionais Visto © aprovado em Conselho de Ministros de 17 de Abril de 1986.— Anibal Anténio Cavaco Sih Miguel José Ribeiro Cadithe — Jodo Maria Le:tac de Oliveira Martins — Antonio Amaro de Matos. Promulgado em 5 de Junho de 1986 Publique-se. © Presidente da Repiibsica, MARIO Soarrs. Referendado em 12 de Junho de 1986. © Primeiro-Ministro, Anibal Antonio Cavaco Silva. Tabela I a que se refere on 1 do artigo 1: 1 Equideos. 2= Bovines, = Ovinos. 4 Caprinos, 5— Suinos, Tabela Il a que se rofere on 1 do artigo 2° 1.—As instalagoes devern ser implantadss em locsl isolado, © de facil acesso, ndo comprometerem 0 ambiente que as enyolve ¢ com dimensio edequada sos animais a alojar. 1-1— Embora.ndo estejam definidas. quantitativamente as reas por cabeya, elas devem ter @ dimensao adequada B corpoléncia dos unimais a alojar. 12 — Para civito do dimensionamento da area sio de con sidcrar os seguintes escaldes: 4) Equideos adolescentes; ») Equideos adultos: ©) Bovinos jovens (vitetos); ) Bovinos adolescentes (novilbos) ©) Bovinos adultes 7) Ovinos € caprinos adolescentes; &) Ovinos e caprinos adultos; 4) Suinos jovens (eitdes); ‘) Suinos adolescentes 7) Suinos adultos. Qualquer que seja 0 tipo de instalaedo utilizada, 6 indispensavel que cla disponha de condighvs que assegurem 4a protevyao dos unimais contra. as intempérics, bem como ‘Contra as grandes variagses elimitices. 2 —No iso de se utilizar a estabulagio livre, a ares ‘confinada deve ter dimensio adequada ao mimero de cabe {usa alojar, de acordo com a espécic © espayo disponivel para @ firca de excteicio. 2.2-—Ne caso de alojamento em regime estabular, a area confinads deve ter dimensio adequada a0 nimero de exbeyus f alojar, de acordo com a espécie ¢ idade. 25-~A area confinada, quer no caso de alojamento em re- ime estabular, quer em estabulacio livre, deve obedecer 20s sSoguintes requisitos. 2) Dispor de meios apropsads para a disribuigio de by Dispor de égua em quantidade suficiente para © abe beramento dos animais e para lavagem das proprias instalagoes:| ©) Dispor de meios aproprisdos & observagio individual dos animais em condighes de seguranga. 24—No caso de alojamento em regime estabular, a area cconfinads deve ainda obedcver 20s seguintes requisites: 4) Parcdes do facil limpeza e desinfecio, pavimento impermesvel e nao escorregado, com inclinayio de, pelo menos, 22, janelas ov aberturas para o exterior {que proporcioncm luz e ventilagao convenientes: by As ahertures para o exterior devem ser instaladas por forma que a ventilagio ngo incida directamente sobre ‘os animais © proporcione @ manutengdo da temperatura e humidade adequadas: (© Ter sistema de expol0 aprovado pela autoridade sani Lirin que paronta a higiene das instalagoes 1524 I SERIE — N° 145 — 27-6-1986 ANBXO (Mod que 20 relere 0 n.* 3 do artigo MINISTERIO DA AGRICULTURA, PESCAS E ALIMENTACAO Inscrig8o n.” erenovar até Decreto-Let Nome: Residencia sowoweqiony opeued op eimeury 2p ogbeoyuapy op onntuy op rs a sp 1 apepnuep) 9p 21419 sopeued op I> #pepauep| “dANE ®P 212pI!214

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