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Noções de
Relações Humanas
e Ética (Profissional)
MÓDULO 05
BRASÍLIA – 2009
Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização do
INEDI – Instituto Nacional de Ensino a Distância
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C837m
Caro Aluno
Em síntese, caro aluno, o estudo dedicado do conteúdo deste módulo lhe permitirá
não só o domínio dos conceitos mais elementares de Relações Humanas e Ética, como
também a melhor abordagem do consumidor, além do conhecimento dos instrumentos
básicos para que o futuro profissional possa atingir os seus objetivos no mercado de imóveis.
Enfim, ao concluir seus estudos neste módulo você terá vencido uma importante etapa
para atuar com destaque neste seguimento da economia nacional.
Boa sorte!
SUMÁRIO
UNIDADE I
1. AS RELAÇÕES HUMANAS....................................................................................09
1.1 – Considerações iniciais ....................................................................................10
1.2 – Que é Relação Humana ................................................................................12
1.3 – Importância das Relações Humanas para o TTI .............................................14
1.4 – A Comunicação ............................................................................................15
1.5 – Comunicação e Fala ......................................................................................17
1.5.1 – Empatia e a Comunicação ..........................................................................19
1.6 – O ciclo da comunicação ................................................................................20
1.6.1 – Receptor - Ouvinte - Destinatário ..............................................21
1.6.2 – Canais de comunicação .............................................................21
1.6.3 – Feedback ..................................................................................25
1.7 – Comunicação não-verbal ..............................................................................26
1.8 – Percepção .....................................................................................................28
1.9 – Imagem e Marketing pessoal .........................................................................29
UNIDADE II
2. FUNDAMENTOS DE ÉTICA E ÉTICA PROFISSIONAL .....................................35
2.1 – Conceituação ................................................................................................35
2.2 – Moral Costumes e Ética ................................................................................37
2.3 – Breve História da Ética .................................................................................37
2.3.1 – A Ética Medieval .......................................................................39
2.3.2 – A Ética Moderna ......................................................................40
2.4 – Debates Sobre a Ética ...................................................................................41
2.5 – Ética Profissional ...........................................................................................43
2.6 – O Código da Ética Profissional do Corretor de Imóveis ..................................43
INTRODUÇÃO
Você agora vai ter oportunidade de refletir sobre o seu dia-a-dia, so-
bre a sua vida e a de outras pessoas. Essas reflexões são muito importantes
para que você possa pensar sobre seus valores, suas ações, seu modo de ser.
Bom curso
Divirta-se
Unidade
I
O modo do indivíduo estar e perceber o costumes, valores, etc., pois qualquer tipo de
mundo dependerá da multiplicidade das redes relacionamento certamente estará subordinado
de interações que ele for estabelecendo durante às características que distinguem um indivíduo
a sua vida. Serão estas relações que construirão do outro. Um relacionamento interpessoal
todo o sistema que sustentará o desenvolvimento conflitivo pode levar à desintegração de esforços
social dos seres humanos. Onde houver de mais e final dissolução do grupo
de uma pessoa, envolvida num processo de troca De acordo com Gualberto (2008) os
de experiências, teremos um relacionamento processos de relacionamento interpessoal são
humano. submetidos a dois tipos de forças: as que
A velocidade no desenvolvimento impulsionam e as que restringem.
tecnológico vem provocando transformações
tão instantâneas que o SER HUMANO está Forças que Impulsionam
tendo dificuldades em acompanhar devido às
pressões intelectuais e emocionais envolvidas • Empatia
nesses processos. Em função disto, ele se aliena • Motivação
cada vez mais de si mesmo e de seus semelhantes. • Iniciativa
O estudo das relações humanas assumiu a • Competência
importância que possui hoje, porque os • Apoio
estudiosos do comportamento humano
perceberam que as relações humanas estavam Forças que Restringem
sofrendo constante influência da mobilidade
espacial dos indivíduos e dos grupos, do • Vaidade
aumento sistemático do número de instituições • Apatia
e dos grupos sociais, dos quais todos nós • Dependência
pertencemos ou iremos pertencer, os contatos • Timidez
cada vez mais rápidos e superficiais que • Manipulação
permeiam o cotidiano das pessoas. Assim,
qualquer atividade que busque melhorar o É desta autora o diagrama apresentado a seguir
modo como estas relações se estabelecem, e para
isso precisa ter compreensão de todos os fatores
envolvidos neste processo, assume um papel de
extrema relevância no mundo atual. É preciso
que se conheça cada um dos fatores que
promovem uma relação harmoniosa entre as
pessoas, respeitando cada indivíduo com suas
características físicas e psicológicas.
Se, como dito anteriormente, onde existem
duas pessoas em interação há um
relacionamento, e este pode tornar-se e manter-
se harmonioso e prazeroso se houver conjugação
das energias, conhecimentos e experiências, o
que permitirá o trabalho cooperativo, com
integração de esforços. Por outro lado, podemos
acreditar também que, nem sempre, este
processo será totalmente harmonioso. É
previsível a ocorrência de conflitos de crenças,
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 13
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
palavras; vigie suas palavras, porque elas se “1) Função expressiva (ou emotiva): é
tornarão atos; vigie seus atos, porque eles se centrada no emissor (ou destinador) da
tornarão seus hábitos; vigie seus hábitos, porque mensagem. Essa função da linguagem
eles se tornarão seu caráter; vigie seu caráter, expressa os sentimentos, emoções e
porque ele se tornará seu destino. Por isso tudo julgamentos do “eu” (do mundo interior) do
começa em você ou por você, está em seu emissor, bem como apresenta uma linguagem
pensamento”. subjetiva e, às vezes, prima pelo uso de
metáforas e interjeições, para enfocar as
A comunicação é a utilização de qualquer sensações do emissor e como marcas
meio pelo qual um agrupamento de códigos - a características de entonações.
mensagem - é transmitido. No caso dos seres 2) Função conativa (ou apelativa): é centrada
humanos podemos dizer que a comunicação é no receptor (ou destinatário). Nessa função
a transmissão de um modo de pensar, de ser e da linguagem, a intenção do emissor é
de sentir. Seu objetivo é influenciar com o persuadir o receptor. Os elementos sintáticos
objetivo de se obter uma reação específica do mais evidentes são o uso de verbos no modo
outro interlocutor. É através da comunicação imperativo e de vocativos.
que as pessoas conseguem expressar suas 3) Função referencial ou (denotativa): é
emoções, motivar outras pessoas, transmitir fatos, centrada no referente (ou contexto), isto é,
opiniões e experiências. no assunto da mensagem. Nessa função da
linguagem, a intenção do emissor é emitir
A comunicação é a principal ferramenta informações acerca do referente.
do Técnico em Transações Imobiliárias - TTI. 4) Função fática (ou de contato): é centrada
No mundo moderno, a palavra comunicação no canal (ou veículo de comunicação). Nessa
tornou-se lugar-comum e transformou-se em função da linguagem, a intenção do emissor
força de extraordinária vitalidade na observação é instaurar, manter ou interromper a
das relações humanas e no comportamento comunicação (ou contato) com o receptor.
individual. 5) Função metalingüística: é centrada no
código. Nessa função da linguagem, a
Por ser o grande trunfo para o sucesso do intenção do emissor é basicamente formular
TTI no seu trabalho, é preciso que se tenha um conceitos e/ou precisar o código. Quer dizer,
bom conhecimento sobre como bem utilizar a metalinguagem é uma linguagem que fala
esta ferramenta. Saber comunicar é um da própria linguagem. Os verbetes de
atributo que todos nós possuímos, porém, dicionário e os conceitos gramaticais, por
alguns sabem utiliza-la melhor do que os outros. exemplo, evidenciam essa função da
É preciso que a comunicação, como ferramenta, linguagem.
seja usada em benefício do indivíduo e da 6) Função poética: é centrada na própria
empresa. O uso adequado desta ferramenta mensagem, ou seja, suplementa o sentido da
coloca o profissional à frente da sua mensagem, por meio de seus elementos
concorrência. Quem quiser comunicar-se bem estruturais (sonoridade, ritmo, jogos de idéias
deverá buscar subsídios nos treinamentos, e de imagens, etc.). Essa função da linguagem
dedicar esforços pessoais com o objetivo de é dominante em poemas, mas abrange
aprimorar esta habilidade. também outros gêneros textuais, como, por
De acordo com Roberto de Queiroz exemplo, anúncios publicitários e políticos”.
(2008) a comunicação tem algumas funções
especificas. São elas:
estar tentando convencer a um grande investi- decidir como irá apresentar os seus produtos.
dor que aquele novo lançamento é nova con- O levantamento das características do seu cli-
cepção de empreendimento imobiliário, pode ente deve incluir o máximo de informações
estar tentando vender um serviço, ou pode es- possíveis sobre ele: sexo, idade, profissão, nível
tar apenas apresentando a um grupo de cole- de instrução e expectativas ou necessidades.
gas como foi o seu desempenho no ano que Lembre-se de que quanto mais adequada for a
passou. Qualquer que seja o motivo é impres- mensagem ao receptor, maior a probabilidade
cindível que você esteja motivado, envolvido de você fechar um bom negócio.
pelo assunto e que seja capaz de motivar a quem
lhe ouve de modo a convence-lo e finalmente 1.6.2 – Canais de Comunicação
alcançar o seu objetivo almejado com aquela
mensagem. Canal é a forma utilizada pelo emissor
Credibilidade: o seu sucesso ao comuni- para enviar a mensagem. Deve ser escolhido
car com o seu cliente, ou com uma outra pes- cuidadosamente, para assegurar a eficiência e
soa qualquer, está diretamente relacionado com o bom êxito da comunicação. Um canal esco-
o seu conhecimento sobre o assunto que está lhido erroneamente pode prejudicar ou até
sendo tratado. É preciso que você tenha segu- mesmo impedir a concretização de uma comu-
rança sobre o que está falando, que suas atitu- nicação. O emissor deve estar sempre preocu-
des (comunicação não-verbal) sejam correspon- pado com a escolha do canal mais adequado á
dentes ao conteúdo da mensagem. Mostre se- sua mensagem, sem perder de vista as caracte-
gurança, dinamismo e autoconfiança. Prepare- rísticas do receptor.
se cuidadosa e criteriosamente para usar corre- É o modo escolhido pelo emissor, através
tamente sua expressão verbal e não verbal para do qual a mensagem é levada até o receptor.
comunicar-se com os outros. Uma mensagem pode ser transmitida por
diferentes modos e meios.
1.6.1– Receptor – Ouvinte – destinatário Por exemplo:
escolher os pontos mais importantes a serem res- devem tentar restringi-lo a um nível que permi-
saltados, procurando motivar o seu cliente. Evite ta a comunicação eficaz.
criar mensagens com diversos e diferentes con- Como os ruídos são de todas as ordens é
teúdos. Isso somente servirá para confundir o impossível evitá-los assim como enumerá-los.
seu cliente. Apenas com exemplo podemos citar:
A estrutura diz respeito ao modo como Desconfortos físicos (fome, dor ou exaustão);
você vai organizar sua mensagem. Uma mensa- estática no telefone; mensagem excessivamente
gem para ser bem compreendida deve ter to- complexa e obscura.
dos os seus elementos logicamente ligados en- O diagrama do processo de comunicação,
tre si. De um modo geral, uma boa mensagem apresentado anteriormente, deixa claro que o
deve ter a seguinte estrutura: uma parte intro- processo de comunicação é um caminho de
dutória. Aqui devem ser ressaltados os aspectos duplo sentido. Ou seja, a comunicação existe
mais atraentes e convidativos. Uma parte inter- em mão dupla. Isto quer dizer que um indivíduo
mediária onde são dadas as principais explica- pode ser ou não aceito por um outro indivíduo
ções de forma clara, coerente, etc. E termina ou por um determinado grupo simplesmente
com uma conclusão. No caso de uma mensa- pelo modo com o qual se comunica. De um
gem de venda, em geral a parte final incentiva modo geral, a não aceitação de um indivíduo
ao fechamento do negócio. Uma mensagem mal em função do modo pelo qual ele se comunica
estruturada tem seu impacto reduzido, em ge- ocorre devido a ‘obstáculos’ que restringem a
ral dificulta a compreensão e aceitação por parte eficácia da comunicação. Estes obstáculos
do receptor. podem ser em função do emissor, do receptor,
Alguns autores ainda acrescentam um ou de ambos, ou ainda devido a interferências
terceiro fator: o estilo. O estilo está relacionado existentes nos canais de comunicação. Portanto,
com o modo pelo qual o conteúdo da mensa- podemos definir ruído como qualquer tipo de
gem será apresentado. Cabe a você escolher, interferência existente no processo de
por exemplo, o tipo de letra, as cores, a diagra- comunicação, que resulte na dificuldade ou
mação do texto, etc. Numa mensagem você mesmo na impossibilidade do receptor
pode usar de diferentes modos de se expressar, decodificar a mensagem.
de forma coloquial ou de um modo mais refi- As interferências podem ter as mais
nado. Porém, tome cuidado de usar um estilo variadas origens. Podem ser oriundas do meio
que esteja de acordo com o seu produto e o seu externo e ser de natureza física. Por exemplo,
cliente. um raio que caia sobre uma linha telefônica
interrompendo uma conversação; podem ser
Ruído
sons estranhos à comunicação tais como: pessoas
Ruído é qualquer falando, tosse, riso, barulho de máquinas ou nos
evento que perturbe, in- equipamentos, etc. Algumas dessas interferências
terfira ou interrope a co- estão fora do controle do emissor e o máximo
municação. O ruído que ele pode fazer é tentar adaptar-se a elas. No
pode ocorrer em qual- entanto, na maioria das vezes esses ruídos
quer estágio do processo poderão ser evitados se você tomar os cuidados
de comunicação. A mai- necessários. Ou ser de caráter interno, tendo
oria das interferências origem no receptor ou mesmo no próprio
ocorre no estágio de codificação e decodificação. emissor. O ruído interno pode ser de origem
Como o ruído pode interferir na compreensão, emotiva, por exemplo, insegurança pessoal, falta
os participantes do processo de comunicação de conhecimento do assunto ou produto a ser
apresentado, etc.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 23
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
qual foi o impacto que ela causou no que os métodos lingüísticos desenvolvidos para
seu cliente.. sua análise podem aplicar-se ao estudo dos mo-
• Utilize uma linguagem acessível. vimentos corporais. Além da analogia entre o
Lembre-se de que nem todos entendem gesto e a língua, a noção de linguagem do cor-
os termos técnicos que você utiliza, ou po convida a descrever os gestos, a classificá-los,
não conhecem o modo de analisar uma a analisar seu funcionamento à luz daquilo que
planta de um imóvel, etc. Não use de sabemos da linguagem oral” (Berger, 2009).
gírias jamais. Para a maioria dos pesquisadores o canal verbal
• Não fale somente para preencher o é utilizado para transmitir informações e o canal
tempo. Certifique-se de que o que você não-verbal é usado para negociar atitudes entre
tem a dizer ao seu cliente é importante as pessoas. A expressão não-verbal é um
para ele. Falas sem conteúdo não poderoso complemento, e às vezes um
contribuirão para o seu sucesso. substituto, para a mensagem verbal. Apesar da
expressão corporal assumir até mais importância
1.7 – COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL do que a expressão verbal ela é comumente posta
em segundo plano. A maioria das pessoas não
Impacto numa comunicação normal sabe identificar os sinais corporais participantes
7% Verbal Apenas palavras escritas de uma mensagem. Medo de fitar o outro,
38% Vocal Incluindo tom de voz, tiques nervosos, gestos incongruentes com o
inflexões e outros sons. conteúdo do que é dito, ausência de gestos ou
55% Não-verbal Gestos e movimentos mesmo o seu uso excessivo, posturas
inadequadas são detalhes que ‘comunicam’
Comunicação na comunicação frente a frente muito mais do que mil palavras. Quando você
35% Verbal Palavras TTI estiver se comunicando com seu cliente
65% Não-verbal Gestos e movimentos preste atenção nos sinais que seu corpo e o do
seu cliente estão emitindo. Saiba ler nestas entre
Através dos tempos, a facilitação de con- linhas e garanta melhores negócios.
vivência entre os povos, trouxe uma percep- Existem várias formas de comunicação não
ção de que havia a possibilidade de verbal, dentre as quais podemos destacar:
se comunicar sem a utilização
direta da fala. Informações po- · Linguagem por sinais: método tradicional
diam ser obtidas através de um de comunicação por quem tem deficiência
simples mover de mãos, por auditiva. Os gestos substituem as palavras.
exemplo. Esta analogia entre os Movimentos de cabeça para cima e para
gestos e a fala mostrou também baixo têm para muitos o significado de
que havia gestos que eram concordância, de sim. De um lado para o
idênticos para povos diferen- outro de não. Uma pessoa agitando uma
tes, mas que possuíam signi- bandeira numa estrada em obra significa a
ficados diferentes. Nas pala- presença de um perigo em potencial.
vras de Berger “as práticas gestuais diferem se-
gundo o lugar e a época”. Ainda segundo este · Linguagem por ação: movimentos
autor, “as regularidades no uso corporal pare- corporais que não têm como objetivo
cem obedecer a um sistema de regras que po- substituir as palavras, como no modelo
dem ser comparadas a uma sintaxe. Os gestos anterior, mas que transmitem um
parecem constituir uma língua, pode-se inferir significado prontamente reconhecido pelos
a) - ( ) Saber Influenciar
b) - ( ) Saber falar
c) - ( ) Saber escrever
d) - ( ) Saber ouvir
e) - ( ) Todas as acima
poderão lhe ajudar. Treine muito, pratique • Aprenda a valorizar a si mesmo e ao seu
muito, pois o sucesso não acontece por acaso. trabalho.
• Sorria. Mostre a seu cliente que você está • Desenvolva uma personalidade positiva.
feliz ao vê-lo.
• Cumprimente as pessoas efusivamente.
Seja expansivo.
• Chame seu cliente pelo nome. Se preciso
anote o nome dele num cartão e leia antes de
encontrá-lo pela primeira vez. Existem exercícios
de memorização. Pratique.
1. A mais difícil venda a se fazer é vender
• Mostre que você está realmente
a) - ( ) Imóveis
interessado em conhecer o seu cliente.
b) - ( ) A si mesmo
• Faça seu cliente sentir que ele é valorizado
c) - ( ) Seguro de vida
por você.
d) - ( ) A e C estão certas
• Escute seu cliente com atenção. Leia nos
e) - ( ) Todas estão certas
gestos e nas expressões corporais as mensagens
adicionais que estão sendo enviadas.
2.Marque F (falso) e V (verdadeiro)
• Ninguém sabe tudo na vida. Procure
( ) Sorria. Mostre a seu cliente que
aprender com seu cliente. Seja humilde e esteja
você está feliz ao vê-lo.
predisposto a aprender cada vez mais.
( ) Cumprimente as pessoas
• Não deixe de considerar os sentimentos e
efusivamente. Seja expansivo.
opiniões de seu cliente.
( ) Não chame seu cliente pelo nome,
• Ajude a seu cliente a tomar a decisão mais
isso pode constrangê-lo.
acertada. Não deixe de oferecer soluções
( ) Não se preocupe se o seu cliente
alternativas. Não pense somente em fechar um
está se sentindo desvalorizado
negócio. A satisfação do cliente pode ser a
( ) Mostrar interesse pelo cliente é
garantia de negócios futuros.
perder tempo.
• Mantenha o seu bom humor em todas as
( ) Faça seu cliente sentir que ele é
circunstâncias, mesmo em frente às dificuldades.
valorizado por você
• Seja cordial, alegre e otimista, faça com
( )Você sabe tudo e não precisa aprender
que sua presença seja bem vinda.
nada com o cliente
• Procure saber o que for possível sobre o
( ) Não deixe de considerar os
seu cliente. Procure pontos em comum entre
sentimentos e opiniões de seu cliente.
você e ele.
a) - ( ) VFVVFVVV
• Não emita opiniões de juízo jamais. Algo
b) - ( )VVVVFFFF
valorizado por você não o é necessariamente pelo
c) - ( )VFVFVFFF
seu cliente.
d) - ( )VVFFFVFV
• Seja simples ao expor seu produto. Seja
e) - ( )FFVVVFVF
franco, direto, honesto.
• Não se esqueça das boas normas de
educação. Ao final do negócio não se esqueça
de agradecer ao cliente e de se colocar à
disposição para novas transações comerciais.
• Seja uma pessoa interessante, educada,
gentil.
Unidade
II
2.2 – MORAL COSTUMES E ÉTICA suas intenções e de suas atitudes e a essência dos
valores morais....apenas o ignorante é vicioso ou
Alguns autores não diferenciam Moral e incapaz de virtude, pois quem sabe o que é bem
Ética. No entanto, esta diferenciação é não poderá deixar de agir virtuosamente.”
importante para a compreensão do conceito de (Chauí, M. 2001. Convite à filosofia, p.341)
ética.
Podemos entender por Moral o conjunto Sócrates então traz para a discussão ética
de regras, princípios e valores aceitos pelo a noção de consciência moral o que implica na
indivíduo ou por uma comunidade e que nossa capacidade de deliberar e escolher entre
determinam o certo e o errado, o permitido e o ações possíveis. Essa noção de consciência moral
proibido, o bem e o mal. é importante porque manifesta a liberdade do
A palavra é derivada do latim morus – costume, agente humano: só é ética a ação consciente e
ou seja, a moral é aquilo que é costumeiro em livremente deliberada. Agir virtuosamente
um tempo e lugar, aceito e considerado válido coagido por pressões externas não faz do agente
por aqueles que a ela aderem. Devemos um ser ético: a liberdade é condição necessária
considerar que a moral é construída e dada a para a ação ética e, em decorrência, o agente
cada um de nós pelo processo de socialização. deve responder por suas ações, ou seja, ser
Mas como diz Chauí (2001) “... a simples responsável por suas escolhas.
existência da moral não significa a presença
explícita de uma ética, entendida como filosofia A consciência moral, isto é, a faculdade
moral, isto é, uma reflexão que discuta, de analisar a nossa própria conduta e emitir
problematize e interprete o significado dos juízo de valor tem como suporte a nossa
valores morais.” (p.339) capacidade de diferenciar bem e mal: é assim
E mais, o agir ético não é o cumprimento que quando ‘agimos mal’ sentimos remorso e
ou realização da moral vigente e sim um agir arrependimento e quando ‘agimos bem’
que supera a heteronomia e baseia-se na sentimos satisfação íntima.
autonomia do agente na realização de ações em Á consciência moral como dimensão do
direção à excelência do ser humano. campo ético, Aristóteles acrescenta a vontade
racional, ou seja, a consciência moral ao
2.3 – BREVE HISTÓRIA DA ÉTICA deliberar sobre a melhor ação para um agir
virtuoso deve ser orientada pela razão que
As questões levantadas pelos filósofos gre- conhece os meios necessários para realizar a
gos sobre o bem agir foram respondidas de for- virtude.
mas diferentes no decorrer da história. O viver ético para os gregos então exigia
Sócrates e seu discípulo Platão, considerados os uma ascese, ou seja, um constante exercício da
primeiros a problematizarem a moral e assim, vontade racional contra os apetites e desejos,
os iniciadores da Ética enquanto uma disciplina uma constante superação das paixões em direção
filosófica, faziam a seguinte pergunta: Como à realização das virtudes.
devemos viver para ter a vida boa, a felicidade?
Uma resposta possível é a seguinte: O acesso à De acordo com Aristóteles é no equilíbrio
vida boa exige um viver virtuoso, ou seja, exige dos sentimentos e da conduta que se realiza a
ações que realizem as virtudes. virtude. No quadro abaixo estão expostos as
Para Sócrates “É sujeito ético moral virtudes, suas deficiências e excessos, conforme
somente aquele que sabe o que faz, conhece as ele propõe:
causas e os fins de sua ação, o significado de
unicamente por respeito pela lei moral. E esta ( ) Somente o comportamento C é ético
lei consiste apenas na sua forma, que é a ( ) Todos os comportamentos são éticos
universalidade — devo querer que os meus ( ) Nenhum desses comportamentos é ético
princípios se tornem uma lei universal.
Portanto, para Kant a intencionalidade é
um determinante importante para definir o 2.4 – DEBATES SOBRE ÉTICA
valor ético de uma ação. Por exemplo, salvar
uma criança de um perigo eminente só seria A teoria ética de Kant recebe várias
ético se o fizéssemos pelo dever. Se o fazemos críticas principalmente daqueles autores,
por dó ou para receber a aprovação dos outros chamados consequêncialistas, que defendem a
a ação deixa de ser ética idéia de que o valor ético de uma ação está nas
Assim, no pensamento kantiano, a ética é suas consequências. Não há, portanto, leis éticas
um sistema de regras absolutas, universalizáveis, absolutas e a intencionalidade do agente não é
que não admitem exceções e o valor ético das importante: é ética a ação que traz as melhores
ações provém das intenções com que são consequências.
praticadas. A conduta ética deve pois ser guiada Temos assim dois modos de responder à
por leis (dever) estabelecidas pela razão e devem questão “O que faz uma ação ser boa?”; aquele
ser respeitadas independente das consequências. proposto por Kant e aquele dos
consequêncialistas e parece que nenhum dos
dois é suficiente para encerrar as indagações
éticas.
Um exemplo rudimentar pode ajudar a
entender o debate entre os filósofos adeptos
dessas concepções (os deontologistas que
valorizam a intenção da conduta e os
1.Para Kant a conduta ética deveria ser guiada consequêncialistas que valorizam as
pelo _____ consequências da ação):
( ) Compromisso
( ) Disciplina Situação I
( ) Obrigação F cai ao mar e S lança-lhe uma bóia para
( ) Responsabilidade salvá-lo — mas a bóia cai na cabeça de F, que
( ) Dever acaba por afogar-se.
Por exemplo, salvar uma criança de um perigo Para os deontologistas – a ação foi ética,
eminente só seria ético se o fizéssemos pelo dever. pois a intenção foi o cumprimento de um dever
Se o fazemos por dó ou para receber a racionalmente estabelecido.
aprovação dos outros a ação deixa de ser ética. Para os consequencialistas – a ação não
foi ética pois sua conseqüência não foi boa.
2. De acordo com Kant, você viu uma pessoa
em perigo. Então, você a ajudou porque ... Situação II
-Ficou com dó Imaginemos agora que na mesma situação
-Ela é sua amiga B atira uma tábua a F para matá-lo — mas a
-Era um dever tábua flutua, F se agarra a ela e acaba por se
-Achou ela muito necessitada salvar.
( ) Somente o comportamento A é ético Para os deontologistas – a ação não foi
( ) Somente o comportamento B é ético ética, pois sua intenção não obedece ao
imperativo categórico.
INEDI - Cursos Profissionalizantes • 41
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
Para os consequencialistas – a ação foi certeza quais são? Ou será mais razoável acreditar
ética porque seu resultado foi positivo. que o que é certo e errado é relativo a épocas e
As controvérsias sobre as teorias éticas lugares particulares e ao tipo de sociedade em
estão fundamentadas também nas diferentes causa?
posições com relação a possibilidade de Kohlberg dá uma resposta parcial a esta
objetividade dos valores. A perspectiva questão ao defender a tese de que os indivíduos
objetivista (também designada realismo moral) e sociedades vivenciam estágios sucessivos de
defende que certas coisas são objetivamente um desenvolvimento ético. Sua teoria tem
bem ou objetivamente um mal, fundamento nos estágios de desenvolvimento
independentemente do que possamos sentir ou psicomotor de Piaget e explica a diversidade de
pensar e a perspectiva relativista defende que valores dos indivíduos e grupos pela
os valores são bons ou maus em relação a uma consideração de um progressivo
dada circunstância. A questão aqui é: Será desenvolvimento ético-moral.
razoável acreditar que existem valores éticos O quadro abaixo resume a proposta de
universais ainda que não possamos saber com Kohlberg:
a) - ( ) VVVFV
b) - ( ) VFFFV
c) - ( ) VFVVV
44 • INEDI - Cursos Profissionalizantes
RELAÇÕES HUMANAS E ÉTICA – Unidade II
2. A Ética é também chamada de Ciência da 6. Para Kant a conduta ética deveria ser guiada
Moral e Filosofia Moral, pois está centrada no pelo dever
estudo dos valores e das normas que regulam a a) - ( ) Compromisso
conduta e a interação dos humanos. b) - ( ) Disciplina
a) - ( ) mitos, conduta, relacionamento c) - ( ) Obrigação
b) - ( ) crenças, existência, comunicação d) - ( ) Responsabilidade
c) - ( ) valores, postura, interação e) - ( ) Dever
d) - ( ) normas, conduta, interação
e) - ( ) leis, postura, relacionamento 7. De acordo com Kant, você viu uma pessoa
em perigo. Então, você a ajudou porque ...
3.Marque com F (falso) V (verdadeiro) - -ficou com dó
Segundo Singer Ética é não é: -ela é sua amiga
( ) “um conjunto de proibições -era um dever
particularmente respeitantes ao sexo”; -achou ela muito necessitada
( ) “um sistema ideal, nobre na teoria, a) - ( ) Somente o comportamento A é
mas inútil na prática”; éticoa) -
( ) “algo que apenas se torne inteligível b) - ( ) Somente o comportamento B é
no contexto da religião”; ético
( ) “relativa ou subjectiva” (p. 20). c) - ( ) Somente o comportamento C é
ético
a) - ( ) FFFFF d) - ( ) Todos os comportamentos são
b) - ( ) FVFVV éticos
c) - ( ) VVVVV e) - ( ) Nenhum desses comportamentos
d) - ( ) VFVFV é ético
e) - ( ) FFVVV
8. Marque com F (falso) e V (verdadeiro) - Os
4. Os três aspectos principais da ética grega são: códigos de ética profissionais visam:
a) - ( ) Racionalismo, naturalismo, ( ) Estruturar e sistematizar as exigências
inseparabilidade entre ética e política éticas, orientando e disciplinando.
b) - ( ) Idealismo, culturalismo, a ( ) Fixa os valores que o TTI deve cobrar
interligação entre ética e política pelos seus serviços
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
Nome de fantasia: nome diferente da razão social, que a empresa pode ter,
usado para identificar e fazer-se conhecer de forma mais fácil pelo
consumidor.
Ontologia: parte da ciência que trata do ser enquanto ser, isto é, do ser
concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada
um dos seres.
GL OSSÁRIO
GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA
BERGER. www.eps.ufsc.br/disserta99/berger
CHAUÍ, Marilene. Convite à Filosofia. 12ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
BIBLIOGRAFIA
GABARIT
GABARITOO
EXERCÍCIO I EXERCÍCIO II