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AA Colegdo Temas Bésicos de Psicologia tom por inalidade apr | sentar, deforma ddica © despretensiosa, tpicos que sao miniev dos em varias disciplinas dos cursos superiores de Psicologia ou ou ttos em cujo curriculum constem lscipinas psicologicas © objetivo fundamental ¢ ode oferocer letras intocktcias que { ‘Sivam como roteito basico para o aluno e que ajudem o professor na elaborago e desenvolvimento do conteddo programatca, * Aconselhamento psicolagieo (Rosenberg) ‘Avaliagdo da intelgéncia | (Ancona-Lopez ¢ cols) Avaliagao da inteigéncia - Testes Il (Ancona-Lopez e cols) Ciencia © pesquisa em psicologia (D'Oliveira) Gigncia e pesquisa em psicologia- Sugestées de atvidades (Oiveiray Diagnéstico psicotégico (Trinca e cot) Disturbis psicomotores (Andrade) Introdugdo & psicandlise- M.Kiein (Simon) Introdugao & psicologia cognitva (Penna) (Nova Ed.) irodugdo & Psicologia seal (Kriger) Irwestgaeso cinica da personalidade (Tinea) Psicologia da aprendizagem -| (Wier! Loménaco) Psicologia da aprencizagem - reas de aplicagao - il (Witer Loménaco) + Psicologia da aprendizagem-Aplicagdes na escola i (Witler! | Loménaeo). ) Psicologia da percepeio- | (Simées/Tiedemann) Psicologia da percapeao - Il (Simées/Tiedemann) Peicologa do excepcional (Amialian) Psicologia e epistemologia genética de Jean Piaget (Chirottino) Psicologia escolar (hour) Psicologia institucional (Nova eigso) (Guirado) Psicologia organizacional (Camacho) Psicologia organizacional- Sugest6es de atividades (Camacho) Psicopatologia infant - | (Gorayeb) Picoterapia brave (Knobel) ‘Teotias da personalidade em Freud, Reich e Jung (Reis e col) ‘Testes projetivos grticos no dlagndstico pelcoldgico (van Kolck) eeu. bj fete Le soveeronneos IMM Guirado TEM —BASICOS DE JLU + CLARA REGINA RAPPAPORT U (Coordenadora) Marlene Guirado PSICOLOGIA PSICOLOGIA INSTITUCIONAL = Ng INSTITUCIONAL Marlene Guirado PSICOLOGIA INSTITUCIONAL Sobre a autora ufo Gud ¢ utog, coins dco dono dePloglada UsPeonianatcona, se 65) | 2 Bi ee Be 26070! SS: FORD 2 edo revise empliade, 2004 ISN 85.12.6246004 He Pea Ua a, So ds, 200 Ta is ‘cum nen cen pet ua i ok sc pane pre mr he Wo a 1c tw red 3168607 - x Ont) 3-803 ‘Al ventntepuce’ Sen net ppc "Ean uj eS DN a PSP Das Psicologia lnsiucionss, 1. A psicologia institucional de fleger 1.1. O psic6ogo, a comunidad ois da concetuagio da einen a interven 11. 0 concevo de Ciencia 112. 0 conceit de Psico-igiene 113, Pscologiainsttuctona 1.2. Psicologia Insttucional: elementos Dara a compreensio ds elapSesinsttuidas 121. 0 sineretisno ec idenidade do sujet 122. A commnicapto eo grupo. = 1233. A institute organtzapio 1.3, Da compreensio postr pscanaficn. 2. A anilise institucional de Georges Lapassade 2.1. Os wtsnivels ds realidade social 22. A inatitig80 nn = 23, Estado e ldeologia ve 24, Burocrciae poder eaaeeeeeecece 25. A Andlise Instiucional = 254.4 anise nstieionale Estado 25:2. AndliseInstiueional x Anise Ovzanizacona : 2.53, Asvias de Andis: palawra ago. 2.54. Antica ao movinentoe a0 concelo de AndliteIntinclonal 2.6. is wm iro ambit onsen 2% x 3” 3 46 4 st 4 56 60 2 1 B 15 8 a 3. A andlise das intituigdes coneretas de Gailhon Albuquerque lementos para uma ailise da pita instclonal (Gost Augusto Guilhon Albuquerque). Limites da tengo médica como servigo pessal 1. Limitesorganizacionas 2. Linites stiucionas. 3. Limitesinternos da tengo médica 4, Psicologia Insttuctonl: em busea da ‘specificdade de atuagio do psieslogo 44. A Pecans, a Andlse de Instulges Conse ¢3 Picco sium 42 Revendo z 42.1 Bloger: 422. Leporsade 42.3 Gun 43. A questo do objeto eda expecificidade do trabalho institucional do psiedlogo 44, Decomtncis de uma especificdide 441. Equipe muiprofisional ‘442. Trabalho polticoe abl pscoldgica 443, A queso do comento: 0 psiedlogo na Sede Mel na Ecco. roo 4.3, Um ponto de paras, Referéncias bibllogriens Ps ve 81 97 98 102 104 hos 106 106 108 0 no 121 121 16 i21 19 Br Preficio geral da Coleco ‘A Colegio Temas Bisicos de Psicologia tem por final dade apresentar de forma didtca ¢despretensiosa Wpicas {que sio ministrados em vérias disciplinss dos cursos sipo- Hires de Psicologia ou outros em eujo curriculum constem disepinas psicologicas, ‘0 objetivo fundamental € 0 de oferecer leituras Jnzodurias que sir vam como rotcirobésico para oaluno € que ajudem 0 professor na eluboragio e desenvolvimento do conteido programitico. Neste sentido, selecionamos autores com vasta experi ia didtica em nosso meio, os quais, em vietude da profun- didade de seus conhecimentos edo contato prolongado com alunos, ientes da dificuldade de adaptagao da literatura im- Portada para o nosso estudante, se dispuseram a colaborar Esperamos, asim, contribuir para a formagio de profis- sionals psieélogos ou ndo, sistematizanda e transmitndo, deforma simples, 0 conhocimento aeadémico © pitico ad ‘uirido por nossos colaboradores ao longo dos ano, tath- bbém tomando a leitra um evento produtivoc agrivel Clara Resins Reppaport Connenadora 1 | Apresentagao da 2"edigdo revista e ampliada Este livro foi originalmente escrito em 1987. Quando e sua revisdo, buscou-se uma certa atualizaglo de expres- bes e situngdes “datadas”, caracteristicas daqueles momen tos, Os autores aqui trabalhados cram, naquela ocasito, mais freqdentemente ouvidos c/ou ctados nas diferentes ocasioes em que o psicdlogo buscassc informacto e formagio sobre como trabalhar junto a insttuigBes diferentes da do consul- {6tio. J0s6 Guilhion Albuquerque, por exemplo, dedicava-se ‘1 pensar diretamente as insituigbes de sade ¢ as questOes relativas 3 sitide mental. José Bleger era bibliogratia quise obrigatéria para 0 estudo dos grupos e Georges Lapassade cra, embora com menos freyigncia, eonvocsklo para quest- ‘onar qualquer “vigsp de protis- sionais em Psicologia. Hi al, de fato, modelos de inlerven- 0 e/ou compreensao dos pracessos institucionais que, com © tempo, vio ganhando um certo perfil “clissico”, Basico para quem quer se interesse pelo assunto e vé trabalhar com E assim que se mantém, os ts, absolutamente atw- aise fundamentais, sobretuco no que diz respeito a possi- bilidade de diferenciar as atuages dos profissionais de psi- cologia, |Nesse sentido, a concepelo de instituigao como con- junto de pritieas eoneretas (Guilhon Albuquerque) perma ‘ec, até hoje, um importante organizador da proposta que fe lard, no Capitulo 4, de uma atuago qu guranta a especi- ficidade do trabalho psicolégico num terreno que 6 caracte- risticamenteestudado pela sociologia: as inslituigdes. Esse quarto capitulo, cm especial, revehet uma revi so detalhada, Mesmo assim gwardou 0 "eixo” inicial da sua formulagdo. Apesar de jt ter eseritn mais sobre o tema em diferentes. artigos, ¢ livros, lecidi anter 0 escopo inicial do capitulo por se ‘de uni iv de temas basics. ‘Além disso, as devivagiesdeste modo de pensar pesquisa fno consul nas institnigaes outras onde se vena Fazer ft psicalogia povleria encontrar, em outras acasiBes, SUAS ppnsibilsinles se sesennvolviments, Por exemplo, Inst tie Kelagnes Afetvus Sununis, 1986), Psicandlise eAnd- lise dr Disenssu (Summons, 1995), A Clinica Psicanalitien ha Semibnu do Discurso (Casa da Psicdlogo, 2000) Por ora, basta desenhar as linhas mestras dessa estra- lyin de pensamento que faz a ordem do psicol6gico pasar pela do institucional Isto 6 0 que permancce suficientemen- {e original e estranhamente, até hoje, pauco compreendido, a jnlgarpelas diversas ocasides em que so discutidas fais, iis. ‘Talvez, em nenhum outro texto que eu mesma tena cs crito, fieos tio destacada a importincia de formular uma proposta de atiagfo do psiodloge que garanta, de um lado, a Especificidade de objeto da Psicologia ¢, de outro, 0 mapeamente do jogo de forgas, das relagbes de poder, €a- reteristicos das insttuigbes, De qualquer forma, wma sub- Jetividade matriciada nas relagdes instucionais concretas “Eovque se prope coma o sujito psiquico, avo das atuagses Udo psieslago onde quer que faga sua Psicologia, Este € 0 0 Benen Pt. Sal femeeiallaE all ponto a que se chega com a proposta desenvolvida no Capi- {ulo 4, com apoio em concepedes de grupos, instituigdes, relagaes de autores de destacado reconecimento na srea. AA proposta final nao é exatamente ade Bleger, nem a do Lapassade oui de Guithon. £ sim, wna possibilidade de pensar. além desses modes particulars de compreendler, uma Teitura institucional do trabalho com a Psicologia. Marlene Guirado ‘Maio de 2008 u Preémbulo: Das Psicologias Institucionais Bis uma tarefa dif: buscar o plural daguilo que €sem- pre refrido no singular! ‘O ermo Psicologia Insttucional em sido sado no Bra~ sil para signficar uma drea de atuagdo dos psicdlogos. Em Pirlcamente fo-Ihe dado um impulso pela circulagio dos tscttos de José Bleger (1) bem como pela afluéncia, ht ‘gumas décadas, de psiedlogoscpsicanaistas argentino, que por razées politicus e profssionas, acabaram por deixar SeFinitivamente ou nio Seu pas ‘Assim, o trabalho dos psicdlogos — histoicamente di ‘ribuido entre consultris, empresas escolus, hospitals ps ‘uidtricos e universidades — comegou a ser perecbido, [al «do, estidado, da perspectiva de ser, o0 de poder serum ta ‘lino “institucional”. As téenias de intervengo cm grupos nas organi2agies de sate, ensino e trabalho, os grupos ope rativose, mais tarde, as entativas de gutogestio, passaram a ‘configurar em alguns circ profssionais uma prética do- ‘inane, que buscava sua extensio no nivel das disciplinas rmesmas dos curtfculos dos Cursos de Psicologia e de For ‘magi de Psicdlogos, 2B COuiras leturas ainda, especialmente aquelas vindas da Europa, contribufram para o estudo e para o trabalho nessa Perspectiva institucional. Entre elas, pode-se citar os estu~ dos de Lourau (2), Lapassade (3), Lobrot (4), Mendel (5), Cooper (6), Foucault (7) e Castel (8). Algumas questées tor- naram-se, entio, o centro das discussdes: deverse-ia aa no plano da insituigdo, como um todo, ou apenas compreen- derasrelagées instituidas, sem nocessariamenteintervir?; que instiuigdes atingir: as instituigdes “totais” (hospitais psiquid- lticos, presi, institugdes de menores), ow aquelas como a escola, as ereches, as empresas?; que contribuigdes a Psica nalise teria a dar nesse ambito?; que contibuigdes dariam a Sociologia ea papi Psicologia? ‘Assim, una Psivologia Tnstitucional vai ge estabelecendo into inclu, eala pass, diferentes oriontagdes te6ricas ovas configures ptica profissional, Esto movimen= toe cneanlo aba por fazer com que se confun= slam os Tinites da compreensio sabre que pricelegia instal est send feta, Passos incur um resto s6tulo una variedade de teoriasrelativas ntervenglo do psi- tailogo em insttuigo, bem como as diferentes formas dessa intervengao xe dat. Criou-se a impressio de que far “Psico- login Insitucional” j& definia © que efetivamente acontece ‘quando um psiedlogo trabalha om insttugao. E sobretudo para essa indiscriminagdo que este livro se volta. Eo faz, no sentido de questionscla ‘Atribui diversidade aqui apontada 0 nome de Psicolo- ssi Institucional — ou seja, usar 0 terme no singular —é de [pouca validade. Nao se identficam, com isso as especific lies dos recorteste6ricos, nem das priticas de Psicologia insttuigdes efou organizagdes, sequer seidentificam tais priticas na aticulagzo inevitével com outeas, elativas a. this profissbes © a outras reas do conhecimento humana, “4 E diferente pensar interveneao, como a Anilise Institt- cial proposta por Lourau ou Lapassade ou pensé-la com Psicologia Insttucional, proposta por Bleger.E diferente, ainda, pensi-la com os referenciais da Antipsiguiatra, de ‘Cooper, ou da Sociopsicandlise, de Mendel. Muito pro. velmenie, articulam-se a estas conoepgdes configuragses também diversas da prética institucional da Psicologia, Seria, portant, preferivel falar em psicologias institucio- ‘ais —no plural — para garantia compreensio de como se constimem 0s discursos febricas sabre e as prticas de jn tervengdo psicolbgica nas instituigdes Noestorgo de distinguiras diferentes maneiras de pensar « fazer um trabalho institucional, est livro destaca algumas contrbuigdes que, do Angulo especitico da Psicandlise, da Psicologia ou da Sociologia, permitiram e permitem enten- der o que se tem feito sob a égide da Psicologia Institucio- nal. Com isto nio se pretende, entretanto, esgotar as diver- sas produgdes nestas dreas do conhecimento ow analisar ‘exaustivamente cada uma delas. A proposta 6 delined-las e fencaminhar 0 leitor is Fontes onde informagioe anise po- sderdo ser ampli. CCeio ser esta a contribuigie primeira de un liven sobre Paicologia Institucional inserido numa colegio dle Temas Basicos de Psicologia: apresentar as idsias dos autores que, de alguma forma, sio direta ou indiretamente, significaivas para o trabalho institucional do psicélogo. Outra contribuigdo € ade suscitar, por essa via, uma dis- eusso sobre a especificidade da compreensio. iniervenga0 Psicolbgica, em diferentes imbitos da realidade social Desta feita, no capitulo |, Bleger€ apresentado como um fepresentante'da abordagem psicanalitica aos fendmenos insttucionaise stuagio do psic6logo, Indissociavelmente ligado aos fundamentos da teoria do vineulo, de Pichén= 1s Rivitre, Bleger, de forma mais especitica que seu mestre, ‘esereve sobre a natureza das relagdes quo se do nos grupos €enas organizagdes. Também aponta o limite, 9 aleance © 0 ‘campo da agie profissional em Psicologia, Se é verdadeiro {que € Pichén — com ele, uma certareviso da Psicanéise —quem se encontra no bojo da produgio de Bleger, vamos \deixi-lo apenas subentendido, para destacara singularidade do discurso de Bleger sobre estas quest6es. Comcle, mergu= amos no universe que entende as relagdes sociais como pos- siveis porque é pssivel,no nivel do ego, uma diferenciagso pelnclivagem do sineretismo. Comele, pensamos que € este Sintretismo ou simbiose, apesar de tudo, © movimento pri- meio para a relagio, que do maior ou menor gran de sua » depend a identidade; uma identidade que seri, 0. sempre grupale, com isto, seri sempre uma insti= No capftulo 2, um outro discurso, um outro pensamento: ‘ode Lapasde, sobretudo tal come estruturado em Grupos, Organizagdes € insttuigdes (8). Situando os tr6s conceitos {de grupo, dle organizagio ede instituigd) e, especialmente, repensando o conceto de instituigio, para além dos limites da Formulagio althusseriana (10), Lapassade inauguraoter- eno da Anilise Institucional. Propée-se como a revelagio dda dimensZo ocuta e, portant, determinante daquilo que ‘contece nos grupos-base da vida cotidiana: a dimensio institucional. Com este autor, enverecamos pela compreen- ‘io politica das relagdos institufdas, bem como pela com- preensio da produgo da ideologia do lugar da burocracia ‘neste proceso. Com cle, configuramos a necessidade de i- bernagito da palavra socal dos grupos que fazem ou que exe- «tan ess cotiiano;tomamos contato com aautogestio como lum proposta de trabalho organizativo que, do interior das instituigSies, € ocasio para que se expresse a capacidade 16 instituinte por parte desses grupos. Com ele, Finalmente, {uestionamos 6 lugar do psicossoci6logo ot do analista institucional como técnico ou como cientista social LLapassade 6, sem divida, um inflamado convite & revolu- ‘0; mais que isto, um provocante convite & revolusio per- ‘manente, 'No capitulo 3, Joxé Augusto Guilhon Albuquerque, cien- tista polttico, fala em Andlise de Instituigdes Coneretas © ‘acena para os psic6logos com a possbilidade de repensar a pritiea, 0 discurso e as representagbes intitucionals, Arti- telando de forma singular bindmioinstituigiopoder (11), Guithon define ambos como um exerefio, enfaizando ‘necessidade de se considerar a maneira pela qual se produ- ‘em, coneretamente, 08 discurSos eas representagdes que os Tegitimam, Somos convidados por ele a um trabalho de and lise que, rompendo com a ordem de um determinado discur- 0 oU de um conjunto de representagées derivadas das ‘bes insiturdas, permitird a sua reconstruesio em outa ca {egorias de pensamento (as do analista, no cas) ceendo uma outra ordom, E.com ele que temos as ritos€ 0s rmitos como objeto de anise ¢, poranto, como ajo de ‘um trabalho que nocessariamente"recit a realidad” pra ccompreendé-laem seus efeitos idealigleos, polis ot eco ndmicos. Ecom eleque abandonamos osonho de unr com preenso “totlizante” das intituigdes como entidades abs= tratas, contra € dominadoras, 0 substituimos pelo esforvo, de entendimento das relagSes concreta ene ténicos, dit gents, funciondriose clentela, numa prética institucional, ppodendo-se, no limite maximo, falar em priticas dom tes, agentes privilegiados e efeitos ideol6gicos ou politicos dde-uma determinada institigio. Finalmente, no capitulo 4, considerando os referenciais dda Psicanilise ¢ da Andlise de InstiuigBes. Maria Luisa S, ” ‘Schmidt eeu procuramos discuti a questo da especficida-

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