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‘42 Lol de Inirodueto ao Gédigo vit A rincia da norma juridica, mas também em seu falso conhecimento, na sua ‘compreensio equivocada e na sua interpretagio errénea. De qualquer ma- neira, para anular 0 negécio, é necessério que esse erro tena sido 0 motive tinico e principal a determinar a vontade, nfo podendo, contudo, recair so- ‘bre a norma cogente, mas tdo-somente sobre normas dispositivas, sujeitas a0 livre acordo das partes”, Nao se levard, portanto, em conta error juris quando se almejar sus- pender a eficécia legal, para livrar-se das conseqiigncies de sua inobser- vvincia; mas, se se tiver por escopo evitar efeito de ato negocial, cuja forma- Go teve interferéncia de vontade viciada por aquele er-0, nada impedira que se 0 alegue. O erro de direito para anular negécio jurdico precisara ser © seu motivo determinante™, em razio do desconhecimento da existéncia da norma ou do seu real sentido. A falsa nogio da realidade juridica fez com que o declarante efetivasse neg6cio prejudicial aos seus interesses, Por exem- plo: “A" efetiva compra e venda internacional da mercadoria "x" sem saber ue sua exportagio estava legalmente proibida. Como 0 emo de direito foi o ‘motivo determinante do ato negocial, pode-se pleitear a anulagio do negé- cio sem que, com isso, se pretenda descumprir a norma jucidica. Para anular © negécio no poderd, contudo, recair sobre norma cogente, mas t30-so- ‘mente sobre normas dispositivas, sujitas ao livre acordo das partes. Logo, alegacio de ignorancia de direito no erro na declaracie de vontade nada teri a ver com 0 disposto no art. 3* sub examine, podeado ser, portanto, ‘admitida, por nfo ter havido uma recusa a aplicagio da norma juridica Art. 4 Quando a lei for omissa, o juiz decidir o caso de acordo com a analogia, os costumes ¢ os principios ge- rais de direito. + Vide arts 126,127, 335 ¢ 1.109 do Cédligo de Processo Civil + Vide art. 8 ca Consotidagdo das Les do Trabalho. + Normas complementares das leis tributérias — Vide arts. 100 € 108 da Lein. 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Cadigo Tribtdrio Nacional), + Vide ars. 25 §§ ¥€ 2% e 11,1, da Lein 9.307, de 23d stembro de 196. 57.M, Helena Diniz, Crs, i. 1p. 240-1; Alvaro Villaga Azevedo, EI in Eni a Saraiva do Diet, v.32 p. 41-5: large Faeqer Seanez, Do ee no drei ci Sin Paulo, Reseaha Universita, 1916; Sivi Rodrigues, Do vicor do comentiment, 0 Pal, Saraiva, 1979: Roge Decotigaes, eres de doit Re, Tram, ur, 1951, 208 Sel fluence de Ferrer, di doe dela volence sur ct Juriiqe, Latsaae, 1926 Guile Botta. for Ae hecho y de derecho, 1950. 8 Auiny © Ras, Cours de cot cil rng, § 43; M, Hee Dini, Cd ii ‘enotado, $80 Paulo, Saraiva, 2004, p, 157; RTJ, 99:860 ¢ 104:816, “ 7 Lede inrodugto 20 Cédigo Civil At. #8 1. Integragio eo problema das lacunas no direito Quando, ao solucionar um caso, 0 magistrado nfo encontra norma ‘que Ihe seja aplicdvel, no podendo subsumir o fato @ nenhum preceito, porque hi falta de conhecimento sobre um status juridico de certo com- portamento, devido a um defeito do sistema que pode consistir numa au- séncia de norma, na presenga de disposicao legal injusta ou em desuso, estamos diante do problema das lacunas. Imprescindivel sera um desen- ‘volvimento aberto do direito dirigido metodicamente. E nesse desenvol- vimento aberto que o aplicador adquire consciéncia da modificagao que 4s normas experimentam, continuamente, ao serem aplicadas ’s mais di- versas relagées de vida, chegando a se apresentar, no sistema juridico, ‘misses concernentes a uma nova exigéncia vital. Essa permissio de desenvolver o direito compete aos aplicadores sempre que se apresentar uma lacuna, pois devem integré-la, criando uma norma individual, dentro dos limites estabelecidos pelo direito (LIC, arts. 4* e 58). As decisbes dos jufzes devem estar em consonincia com 0 contetido da consciéncia jjurfdica geral, com o espirito do ordenamento, que € mais rico do que a DB era ireto, Estado ¢ flosofia, trad. Luix Luisi, Rio de Jancio, Ed. Politécnica, p. ches, Trad eee deflated, Nec, Paria i963,p 836 PS 161 Sole as vss coments vide: esloc, Que ete extendere — sss ide: Beach, Que debe exten x princpos genes i et dy ran Na Tadeo x maa, Ls princi generate de dec epeni ‘afkimasy sors rio ons json dl Tbe Spero ese, Dace jripradeci de Ttnl Suro eatin Bacco, 19t Psi racn dese ras one derech cheo, Saage 97.9. BT; Campos Bula, Le de nodupdo, ct. 1, . 261; Washington de Bsros Monte, Cz ck LP 4 ie Ro, 0 dict P3105, Sepa Lope, Cara vl p82 M Heeb nz As cana ct 92: ME Pes, Os ccs prs Bde, RDG. 98 ll, 190 | 131 Lelde introdugto 20 Cédigo Civi_ Art. 4 ante o carter varivel da razo humana; ed) simples fonte intenpretativas © integrantes de normas legais, sem qualquer forgacriadora’™ 2) Aquela que identifica os prinefpios gerais de direito com as normas do direito natural (Laun, Bruneti, Gény, Espinota, Manresa, Schuster, Nippel, Del Vecchio, Legaz y Lacambra, Winiwarter, Recaséns Siches, Zeller). Den~ {ro dessa direglo jusnaturalistahé diversos matizes, conforme a idéia que se tenha do direito natural, que pode ser entendido: a) como razdo natural, de modo que as normas do direito natural sao dogmas obtidos pela razio, dela derivando'™; como natureza das coisas, de sorte que os prinefpios apare~ ceriam, segundo pontifica Legaz y Lacambra, como “formalizaciones intelectuales de criterios de solucién de interferencias y de medidas Unipersonales de justicia, ajustadas a las exigencias dominantes de la naturaleza"™. Gény' também é sequaz desta opiniao. Contudo, observa Vicente Rio” que a concepcio de Gény tem por escopo o exame da forma- ‘glo da ciénca juridica e nfo a investigagdo de normas subsidirias do direito positivo ditadas pelos principios gerais de direto; ¢) como verdades, objti- ‘amente derivadas da li divina, de um sistema superior plantado por Deus no coragao dos homens! que contém um conjunto de prinfpios superiores, ‘oriundos do principio da justiga, comum a toda a humanidade"™. 3) Aquela que entende serem os principios gerais normas inspiradas no sentimento de eqiidade, sendo, ento, a prépria eqiidade (Maggiore, Osilia, Giorgio Giorgi, Borsari, Tripicione, Scialoja)"®. Garcla Méynez, manifesta-se a favor da opinio que considera a eqlidade um prinefpio ge- ral de direto, jd que serve de base a todos os princfpios". Autores hé, a0s {uais nos filiamos, que negam tal equivaléncia. Dente eles, Piola,Pacchioni, 168 Serpe Lopes, Crs cit, 1p. 18; Cas Bravo, Derecho cide Epa 1-43) 16, Det Vechio, Las prinipios generals del derecho, Barcelona, 1971p. U1.€8;Riorma et Cote Chile «presi general dl drt, Kom 937 170. Lega y Lacarbra, toda aa clenia de derecho, Barcelona 1943, p. 51.8 171 Géxy, Método de interpetacén, cit, ns. 157, 158 € 159, indo por Vien Rio, 0 ia, p 312, na 205, 172. Vicente Rfo, 0 ae, 313. 173. Vide Die Pcao, Eperienis ras, cit. 208 174 Vide Fiscal da Nora Ino drelto, Rio aro, Kofino, 1965, 9.133, 175. Osia,L'equt nel rio privet, Roma, 192; Go, Teoria dele abligaion 1: Maggiore Lule su vale el dito, RUFD, 1923, p.256-7,Tpiciooe, equ ne ito, TRIED, p32 ano 5, 1925, Scala, Del eit posivo eel equ, in Std glaridi, . 3p. 22 176, Gast Méypes, Invoduecin, cit, p. 377 ArLé# Lol do inttodupto 20 Cédigo Gil 132 Rotondi, Eduardo Espinola, Eduardo Espinola Filho, Clemente de Diego, Laurent, Hauriou, Ferrara, Carneluti, Clévis Bevilégua, Scoevola'” a sar de nossa atual Lei de Introdugio ao Cidigo Civi (at. 4) e de nossa Constituigéo (CF/88) nfo se referirem a eqiidade, cmnsideramo-la come algo distinto dos prineipios geras e como meio de preenchimento de "va, ios" na ordem jurdica, como logo mais se poder Ve- 4) A que considera os prinefpios gerais como tendo caréter universal, ditados pela ciéncia e pela filosofia do direito (Bianeti, Clovis Beviléqua, Pacchioni)". Os prosélitos desta concepgio, a nosso ver, incidem no erro de confundir os “principios” com formulagées, abstragdes l6gicas ou cnun. ciados de carter cientifico. '5)A que, em virtude de sua diregao positivista, os caractetiza como: 4) princfpios historicamente contingentes e varidveis, que esto na base do direito legislado, que o antecedem, constituindo os parametros funda. ‘mentais da norma jurfdica,inspirando a formagdo de cada legislaga0, uma vez que se trata de orientagées culturais ov politicas da ordem juridica; dentro desta tendéncia temos Savigny e os pandectista: alemaes", b) prin, cfpios norteadores extraidos das diversas normas do ordenamento juridi- co (Coviello, Fadda ¢ Bensa, Camneluti, Boulanger, Barassi, Ruggicro, Esser)". 6) A que adota uma posigfo eclética, procurandc conciliar essas po- siges, isto 6, os prineipios sisteméticos com o direito cientifico ou com 177, Piola, Equi, Digest tala, v.10, p. 506; accion, 1 rinipi genera di, Archivo Giuridco, 91:13; Roto, auld principis yeneales de deresht Reva Garoad de Derecho y Jursprudenia, 2; Espinola A Lei de nrg, cp. tale 168 Cems Diego, La jursprudencia como fuente del derecho Main, 1925, eApunes de desche es Laure, Cows élémentsire de dot civ, p 5-12 Haute, Poste dot conrtnmnel 4929,» 236 naa ear, Tati, 6: Cari Lesion ss dino procesunese 2,p. 18 5; Cis Beviligua, A Contig eo Codigo Civil RT 9.3; Scoala COdige Gh ‘patel comenade 1,9. 2513, 8 Sobre Clovis Beviligus video qu ice Vicente Réo,O dino ci, 311, 0420, ‘Alpi Silver, A sraogi, RF 108-462. 179. Vide Savigny, Sistema, ci. 100; Alii Sieira, A analog, RF 108460; Campos Bataha, Le de rai, csp 261, 80, Covielo, Manual, ct, p. 96; Camelut, Teoria, cit p16, e Sioma dito procesuaecvie, Padova, 1936, «lp. 120 Hares, nstuconcs Ue derecho ci, Beco, ‘Bosh, 1955 vp 32; Ruggiero, Iiiciones de derecho cv 4 ed Madi, Ea ews op 13; Fadd © Bens, ota a0 § 23.1, des Pandectas de Windochei: Boulanger, Led pie ‘Franats an mie de XX siete; Essex Principio y norma en la elboraion ripdenel del ‘derecho prvado, Barcelona, Bosch, 961 p. 109 8, Li de Inrodugdo ao Cécigo Civl_ Art 48 0s imperativos da consciéncia social, ou os prinefpios sisteméticos com a concepeao da escola livre. Condena o extremismo dos positivistas em que- rer submeter os principios gerais do direito & regra de que s6 poderii ter lugar depois de esgotados todos os recursos no sentido de extrair a norma positiva, ¢ assim mesmo ndo se poder contradizer as idéias fundamentais da lei, dos costumes ou da doutrina. Argumenta que o mais perigoso seria forgar o magistrado a obter do direito positivo uma solugo que este niio pode ter. Denota-se que na base desses diversos aspectos existe um elemento ‘comum a todas as doutrinas: a justiga, Segundo Torré, a ela se reduzem os prineipios gerais de direito, mas com ela nio se identificam"™. Entendemos que os prinefpios gerais do direito contém miltipla natu- 4) Sio decorrentes das normas do ordenamento juridico, ou seja, dos subsistemas normativos. Prinefpios ¢ normas no funcionam separadamen- te; ambos t8m, na nossa opinido, caréter prescritivo. Atuam os prinefpios ‘como fundamento de integragdo do sistema normativo e como limite da atividade jurisdicional"®, +) Sao derivados das idéias politics e sociais vigentes, ou seja, deve corresponder a0 subconjunto axiol6gico ¢ ao fético, que norteiam o sistema juridico, sendo, assim, um ponto de unifio entre consenso social, valores predominates, aspiragdes de uma sociedade com o sistema de direito, apre~ sentando, portanto, uma certa conextio com a filosofia politica ou ideologia ‘mperante, de forma que a relagdo entre norma e principio é légico-valorativa, apoiando-se estas valoragdes em critérias de valor “objetivo"™. 1, Sea Lopes, Curso itp. 183; Pérez Gonder ou Algue, nots aEanccens, Derecho civ Lop 222-8 110. Franco Montoro, roduc, 2p, 110-; Tomé Untodaccidn a dereco, Beton ‘Aves, 1972, 0.70, p. 367: “Comune ms alla dean preset expresso ou dees anlogas ab leila rere o indprete aos pencpos seas dere, ino & ace pico d tie, ‘somo fot ima aque deve recerte pars ntegaroodenamen jee” 13, Paasi, La imterpetacin yl apovegmas, ct p38; Raz, Legal pritiples and the limits of av, The Yale Law Journal 81823, 1972, © Tent of legal yer, California Lane Review, 52.185, 191 186, Vde Campos Baal, Lei de radupso it, p. 26. Et oi ambém a opinito de Eichenbeser,Buser, Toler, lines, Haefelin Nol, Liver Auber, Grote ¢ Dubs na asembie a Soci suse des rae, em Locarno (18 22010-1974, Vide também Aca a doctna de os principio generals del derecho y las aguas del rdenamientosdmiitrv, RAP 40.189, 1963; Sehmigt iad por Enpsc,lnrodugdo, ct, p. 285-50, At 42 _Lel de Introdugae 20 Céeiga Civil 134 ©) Sto reconhecidos pelas napbescivilizadas os que tiverem substractum ‘comum a todos os povos ou a alguns deles em dadas épocas histéricas!™, Abrangem, desse modo, investigagies sobre o sistema jurdico, tecain- do sobre os subsistemas normativo, fticoe valorativo, concernentesd ques. tio omissa que se deve solucionar, preenchendo as lacunas (normtivas, ontolégicas e axiol6gicas), podendo até penetar, para tanto, no campo da cineia do direito, bem como no da filosfiajuridica, que contém dados sobre os prinefpios inspiradores de todos os ramos do direito™ Muitos desses principios encontram-se prescrilos em normas. Por «exemplo, oar. 3# da Lei de Introdugio ao Codigo Civil, que dispoe: “Nin- guém se escusa de cumpri ale, alegando que nio'aconheco"; 0 art 112 do (Cédigo Civil: “Nas declaragbes de vontade se atenderd mais i intengio ne. Jas substanciada do que ao sentido litera da linguagers"; eo at. 5% Tl, da Constituigio Federal do Brasil, que contém, em si, o principio da legalida- de, a0 dizer: “Ninguém serd obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senfio em virtude de lei”. Porém, em sua grande maioria esto impli- «its, podendo ser descobertos pela andlise dos subsistemas. Esto contidos no sistema juridico civil, p.ex., 0s prineipios": a) da moralidade; b) da igualdade de direitos e deveres diante do ordenamento juridico; c) da proi- bigio de locupletamentoilicito; d) da fungao social da propriedade (CF/8, arts. 58, XXII, 182 ¢ § 2, 184, 185, pardgrafo nico, e 186); ¢) de que ninguém pode transferir ou transmitir mais direitos do que tem; ) de que a boa-fé se presume ea mé-é deve ser provada; g) da preservacao da autono- ‘mia da instituigdo familiar, A) de que ninguém pode invocar a prépria mali. cia; ) da exigéncia da justa causa nos negécios juris; ) de que o dano causado por dolo ou culpa deve ser reparad; ) de que as obrigagdes con. traidas devem ser cumpridas; m) dos pressupostos da responsabilidade ci- vil: 7) de que quem exercitao proprio dreito nao prejudica ninguém; 0) do 185. Campos Bata, Let de Iod doc .L,.261; gic, Introd cit. 248 186, Vide as observages de Vicente Réo, Odi, cit, p. 606; Miguel Reale (Lites rl ninares it. 312): "Osprinepios gras de det slo costs bisa de versa gaa xtenso, ois alguns cobrem o campo todo da expsinsjoridiaunivesal, outros se eferem ss xdenamentosjudicos perencenes alguns pales, ction sio propos Jo treo pl. O rdenament jaro se dstibl em fas normative ou sistas oratvon ference, cane odes s ierenteseferas da eliade soil, Cada oo jun presse eres oo ‘soncios bcos que steguram a widade lpia doe ination: principio geri do coc do dicito peal, do drt prcessa, do dizeito tabla te". Am do se conexon ‘com clements dos subistmas Ecos eves, 187, Vide Migoet Reale, Ligdes prelininare, it, p_ 301; Washington de Barros Moateo, Grae ct, 1p. 44; Messingo, Manuled divi hie 824, Milan, 190, . 110M Helena Din A iacuna,cit,p 193¢ 198 135, Lol do introduco 20 Gédigo Givi Ar. 2 ‘equilibrio dos contratos; p) da autonomia da vontade ¢ da liberdade de con- tratar; q) da intangibilidade dos valores da pessoa humana ou do devido respeito & personalidade humana; r) de que a interpretagio a ser seguida & aquela que se revelar menos onerosa para o devedor; s) de que quando for duvvidosa a cléusula do contrato deve-se conduzir a interpretagio visando quele que se obriga; ) de que se responde pelos préprios atos e nao pelos tos dos outros; u) de que se deve favorecer mais aquele que procura evitar uum dano do que aquele que busca realizar um ganho; v) de que nao se pode responsabilizar alguém mais de uma vez pelo mesmo fato; x) de que nas relagies sociais se tutela a boa-fé e se reprime a mé-fé ete." Alipio Siveira™® conclu que 0 magistrado deve guiar-se pelos principios| gerais de justiga, jf que a fungo jurisdicional visa buscar uma solugdo razodvel. Os prinefpios gerais de direito, entendemos, ndo s40 preceitos de or- dem ética, politica, sociolégica ou técnica, mas elementos componentes do direito. Sao normas de valor genérico que orientam a compreensio do siste- ‘ma juridico, em sua aplicagio integrarto, estejam ou ndo positivadas™, ‘Nio se confundem os principios gerais de direito, ainda, com os brocardos ‘ou méximas, embora sejam, em part, integrados por estas. Tais parémias valem apenas como cristalizagGes hist6ricas dos principios gerais de diei 148, Sraffs, Le elated consoremza, in Sl gluritche dedicat a Schupper, Tein, 1808». 2 p49, 371-8; De Vechi (Panefposgerals de dito, Revi de Cri iri, Rio de Jano, ano 13,288,914, 1936) expic 9 cas ds esravsromanos, ue, pear dessa condita um ecoboxent pari inieo de sus personalise, pols seaming © ‘sera passe otar tomar parte ne Colla unealiti fram, ene x ecrve,juriieaen. ‘esconiderades oe lags sang, ogimandotmpedimentos marina, ind ue poventr, {breviesse a macumsso; se reconece qc exrav era ef (rou) cpar de dela 3 Sua vetade,, assim, realizar neéciosjurccos,obigarsee alg deits, donde a posi ‘lade de relabes de dever eae eszavo e pate, po fin, a possibiidade para o eeravo de gun berdade, page, ele rope, 0 pre com teu peti; Boone sion a {rie romano S08, Millan, 1913. pa. 189, Apo Silveira A bo fo Cio Cv p.24. 190. Vide Mig Reale (Lies prelininares it. 300,30 ©3025: “Os pinto podem see) orale inp rd ce 6 cae Os ppoe or {ad deat ate; plrolnen apices vo campo econteciment como se {Som ocd asada, xen lec a natrrs, as i etnsv odo oF ‘ampe concinerny@ monte ques alem note Jeuna sca come 600 espace gerade dieto™ M Hoenn cana 198, Bara inc, pa) diz pip! gma son sono eel sb a Yer nome con curate per. tho” Nu eam etn de promt Ro © div ct yp. 07-6, cao Ms dees Prim, tps op 66 Lop) Lac, Foi, p51; Linagl Pao, Prnebion ctr 17; Ever, Pcipi'y norma en a eaoraln atipradeca de derecho Prive reins, Bos 196, 16-71 Bo, erro ded epee deg glare Bao, 9857. 33. ‘AsL## Lei de Introdugéo 20 Céalgo Civil 136 to: “Exceptiones sunt strctissimae interpretationis” (as excegSes so de in- terpretagdo estrita); "semper in dubs, benigniora praeferenda sunt” (nos ‘casos duvidosos, deve-se preferir a solugo mais benignal; “ad impossibilia ‘nemo tenctur” (ninguém esté obrigado ao impossivel);“uile per inutile non vitiatur" (0 que num ato juridico € dtl nao deve ser prejudicado por aquilo {que nao é); “actus, non nomine sed ab effecta, judicatur” (0 ato jurfdico & apreciado, tomando-se em consideragio, em vez do simples nome, o efeti- ‘vamente desejado, ou seja, a denominagio falsa ou errada do ato no influi no valor e aplicabilidade das disposigdes; se ao legado ckamam heranga, p, eX, 0 magistrado corrige o engano, dando eficiéneia ao que foi, efetiva- ‘mente, resolvido); “nemo locupletari debet cum aliena injuria vel jactura”™ (ainguém deve locupletar-se com o dano alheio, ou com a jactura alheia); “in his quae contra rationem juris consttuta sunt, non possuinus sequi regu- Jam juris” (ao que foi determinado, introduzido, realizadoem contraste com, a razio de direito, nfo podemos aplicar a norma de dircito); “unum quod. {que dissolvitur e0 modo quod fueritcolligatum” (cada ecisa dissolve-se do ‘mesmo modo pelo qual tena sido constituida) etc,"", © 6rgiio judicante, empregando dedugdes, indugSes, e, ainda, jutzos vvalorativos, deverd seguir este roteiro, ao aplicar o principio geral de direito: 1) buscar os prinefpios norteadores da estrutura positiva da institui- do a que se refere 0 caso sub judice; 2) sendo inécua a primeira medida, deverd atingir os prinefpios que informam o livro ou parte do diploma onde se insere a insituigio, depois 0s do diploma onde se encontra olivro, a seguir os da disciplina a que corres- pondeo diploma, e assim por diante até chegar aos principios gerais de todo 0 direito escrito, de todo 0 tegime juridico-polftco e da propria sociedade ddas nagbes, embora estes tltimos 86 digam respeito as questées de direito internacional piblico; 3) procurar os principios de direito consuetudinari, que no se con- fundem com as normas costumeiras, mas que sio © panto de partida de onde aquelas adver; 45) recorrer ao direito das gentes, especialmente ac direito compara do, onde se descobre quais sao os principios que regem 9 sistema jurfdico 19, Limong rang, Princpls, ct . 2-8 159-9, Alpi Siva, Hermentice, cit, ¥. 1.385; M, Helena Diniz, As lacunar ip. 199-201; Miguel Real, Lies preuninare 315; Caos Maximlians, Hermenduca, ci, p. 271-2; Georg Coin, Odio civil em pnd ios (Gta por Steberg, Ioduccidn, ct, p30), facassou, obviate, a sa telat de reduziro dro aprowebia. 2 137 Lede inrodupto ao Céaligo Cit Ark das nagies civilizadas, desde que estes no contradigam os prinefpios do sistema juridico interno; 58) invocar 0s elementos de justiga, isto é, os prinefpios essenciais, podendo para tanto penetrar 0 canipo da jusfilosofia!”. ba) Eqiiidade Em caso de lacuna, o juiz devers constatar, na propria legislagao, se ha semelhanga entre fatos diferentes, fazendo juizo de valor de que esta seme- Tanga se sobrepoe as diferencas. E se nio encontrar casos andlogos, deve reeorter a0 costume e ao principio geral de direito; nao podendo contar com ‘esas alternativas, 6-Ihe permitido, ainda, socorrer-se da eqiidade™®. lipo Silveira entende que a eqidade, consderada em toda. aextensao possivel do termo, liga-se a trés acepeées, intimamente correlacionadas" 4) na latfssima, ela seria © principio universal da ordem normativa, a razdo prética extensivel a toda conduta humana (religiosa, moral, social, juridica), configurando-se como uma suprema regra de justiga a que os ho- ‘mens devem obedecer; }b)na lata, a eqitidade confundir-se-ia com a idéia de justiga absoluta 01 ideal, com os princ(pios de direito, com a idéia do direito, com 0 direito natural em todas as suas significagoes; co) na estrita, seria ela esse mesmo ideal de justiga enquanto aplicado, ou sea, na interpretagio, integraglo, individualizagao judiciéria, adaptagio etc. Sendo, nessa acepeao empirica, a justiga no caso conereto. ‘3 mong rang, plage do rncpun yeas Je ito, Bellopdia Saraiva do Dine,» 7p. 218: 4, 235200 276672 193 Sobre xdde vdeo qu xm Blinc, Phicephie du dot eco ditto a science oy Pas 803 154-0 Newman (4, Egy nthe words ga stent: a ‘Sempre iy, rei, ie Balas, 197; De Page rat mere de dre 1963, REL chen tana gts € afin, Arro Asan ¢ Manel Soman, ‘ars de derecho cv 3 ed, Saniag 8 Nemec 1961, ¥-1,p. 137M, Hees Diz At {scan st 2083: Alo iver, A iso por eae n Clg de Prose a Dio, turin eto urpradect ean, cas Bas, v.22, p. 0 «Cane de Sudo obs Cvs Bevin Diet dori, goa erp Re ne ‘Fein Busy 19) + 20 2473 Pol, ut, igen fet, 10; Sel, De to ten Sul iio Sl peo std in Sel noe Sele. BS: agg Lequts RUFD, cp 27408:M Helen Diniz, Compe, cp. 425-20 194 Alpi A desist, in Dieta, dourina, lesa jrspradénca ci, p 602 198 ‘A eqidade é passivel de lassificagdo. Agostinho Alvim dividi legal e judicial A egiddade legal seria a contida no texto da norma, que prevé v possibilidades de solugées!. Por exemplo, o art. 1.584 do Cédigo Civil {que reza: “Decretada a separago judicial ou o divércio, sem que baja entre a5 partes acordo quanto & guarda dos filhos, serd ela atibuida a quem reve lar melhores condigdes para exercé-la”. E acrescenta n0 pardgrafo tnico ““erificando que os filhos no devem permanecer sob aguarda do pai ou da mie, 0 juiz deferiréa sua guarda & pessoa que revele compatibilidade coma nnatureza da medida, de preferéncia levando em conta o grau de parentesco erelagdo de afinidade e afetividade, de acordo com o disposto na lei especi- fica”. Obvio esté que o juiz, ao aplicar tal preceito em beneficio das partes, deverd averiguar certas circunstancias, como idade dos flhos, melhores con- digdes morais, econdmicase, até mesmo, disponibilidede de tempo para o exereicio do poder familiar, na qualidade de guardiéo, afetividade ete. O mesmo se diga dos arts. 166, I, 1.557, I, 1.638, I, 385, parégrafo dnico, 400, 883 c pardgrafo nico, 363, 402, 403, 557, IIL, e €67 do Cédigo Civil pétrio. Em todos eles temos um standard jurdico, “onde hé um apelo im- plicito & eqUidade do magistrado, a quem cabe julgar do enquadramento ou no do caso, em face das diretivas juridicas", como assevera Limongi Fran- 2.A eqilidade est, ainda, contida implicitamente nos rts. 4 S® da Lei de Introdugao ao Cédigo Civil, que estabelecem a obrigatoriedade de julgar, por parte do juiz, em caso de omissio ou defeito legal, dentro de certos limites, ¢ a permissdo de adequar a lei &s novas exigéncias,oriundas das ‘mutagdes sociais das instituigbes. “Essa eqiidade legal seria uma justia aproximada, porque @ lei ndo “individua’, limita-se a especificar"™. A eqitidade judicial € aquele em que o legislador,explicita ou implici- tamente, permite ao Grgao jurisdicional a solugao do caso conereto por equi- dade". Casos expressos sio 0 do art. 11, Hl, da Lei n 9.307/96 (CC, art 853), que afirma que © compromisso arbitral poderd ambém conter: “a 195. Agosinho Alvim, Da eqlidade, RT, 132(4943, 1940, 196. Agostinho Alvi, Da eqtidde, RF, 132(494); Limongi Frags, Aplicao do ieito oso, in Bcllopddia cp. 204 197. Agosioho Alvin, Da eda, RT, 132(494)4-. Vide Deeto-Le 285561 a 112; Cig de guns, a7, pargrafo ico; Decret-Lel a. 46058, st St, Deceto 3 154) 63, at. 69 (ra revogado pelo Dec de 10 de ao de 1991); Deeeto-Le. 7.40488, at 176 Le 8.421463, a 9 Deco 45 421/59, ar 104: Deceto 48 42299, a. 332 (patcalmete ‘evogao pelo Des. 56.791165, ax 196 citador por Washington de Bars Monteiro, Cure cl, Wlsp 47; Lei 930716, a 2,95 182 139, Lele Intrsupio 20 Cédigo Civil _ Art. 22 autorizagZo para que o rbitro ou os arbitros julguem por eqtiidade, se as- sim for convencionado pelas partes”; 0 do art, 127 do Cédigo de Processo Civil, que estabelece: “O juiz s6 decidird por equidade nos casos previstos em lei", Caso implicito seria, por exemplo, o do art. 1.740, Il, do Codigo Civil, que determina caber ao tutor, quanto a pessoa do menor, “reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister corresiio”. Ensina-nos, ainda, Agostinho Alvim que o pressuposto da eqiidade legal ou judicial é a flexibilidade da lei. O art. 1.829 do Cédigo Civil no admite eqiidade, por ser inflexivel, como se pode ver em sua redagdo: “A. sucessio legitima defere-se na ordem seguinte: I — aos descendentes, em ‘concorréncia cor o cénjuge sobrevivente, salvo se casado este como fale- cido no regime da comunhao universal, ou no da separagao obrigat6ria de bens (art. 1.640, pardigrafo tinico); ou se, no regime da comunhio parcial, 0 autor da heranga nfio houver deixado bens pasticulares; Il — aos ascenden- tes, em concorténcia com 0 cOnjuge; Ill — ao c6njuge sobrevivente; [V — ‘205 colaterais". Assim, p. ex., se um individuo sem filhos, casado com co- ‘munho universal de bens, morre, deixando vitiva, metade dos bens do c: sal, que constituiré a heranca, ser4 dividida entre 0s ascendentes do falecido (CC, art. 1.837) em concorréncia com a nora, visto que aqueles receberio 2/3 € esta 1/3, Ora, suponha-se que a morte tivesse ocorrido no dia das ‘ipeias; presuma-se, ainda, que o morto nada tivesse levado de muito valor para o casal e a vitiva sim; supona-se, mais, que os pais do falecido sejam ‘multimilionsrios ¢ inimigos da nora vitiva Todas essas circunstancias jun- tas, diz. Agostinho Alvim, nao impedem que a vitiva, que nao desfrutou do casamento, viesse a repartir, do pouco que herdou, com os ricos sogros e desafetos seus. E, segundo ele, 0 dura lex, sed lex"*. O mesmo se diga do art. 152, I, do Cédigo Civil, que contém proibigdo de casamento entre as- ccendentes e descendentes™, seja 0 parentesco civil ou natural. Dessas classificagies, R. Limongi Franca™ infere os seguintes requi- sitos da eqhidade: 1) decorréncia do sistema ¢ do direito natural; 28) inexisténcia, sobre a matéria, de texto claro e inflexivel;, 39) omissfio, defeito, ou acentuada generalidade da lei; 198, Agosto Alvim, Da egiade, RT, 132494): 19, Vide Linong ran, Apicgodo dito positive, 200. Limoogi Fang, Formas eaplicgdo, ct, p. 783. Encilopéia, ci, p. 205 Inodugd0 a0 Céaigo Chi 140 48) apelo para as formas complementares de expressio do direito an- tes da livre eriagdo da norma eqiitativa; 5%) claboracio cientifica, da regra de eqiidade, em harmonia com o espirito que rege o sistema e, especialmente, com os princfpios que infor- ‘mam o instituto objeto da decisio. A eqiidade exerce influéncia na elaboragao legislativa. Essa fungo sgeral da eqlidade liga-se, segundo Calamandrei, “a significado lato € com- preensive que the damos, quando dizemos, justamente, que 0 legslador, a0 formular suas leis, deve obedecer & eqlidade: entendemos por eqtidade aquele conjunto de fatores econdmicos e morais, de tendéacias € de aspira- Ges vivas na consciéncia de certa sociedade, dos quais 0 kgislador tem ou deveria ter em conta, quando elaborar uma lei"®", Pode surgir, a eqiidade, na claboragao de certas normas flexiveis que, de modo implicito ou explici- to, autorizam ao juiz usar de poderes mais amplos que poderio ser exerci- dos com eqtiidade, incluindo-se, p.ex., em matéra civil, a investigagao da bboa-fé (CC, art. 309), da vontade das partes nos contrats,testamentos; 2 apreciacio dos vicios de vontade, nos atos jurdicos; a redugdo das multas contratuais*™. Exemplificativamente, podemos citar 0 art. 413 do C6digo Civil, que afirma: “A penalidade deve ser reduzida eqtitativamente pelo Juiz se a obrigagao principal tver sido cumprida em parte, ou se 0 montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a naturezae a finalidade do negécio”,inspirando-se seu claborador na equidade, ao per- niir a apreciagio eqtitativa daquele que for aplicar tal dispositive, Desempenha, ainda, a eqiidade fungao de grande importincia na inter~ pretagdo das normas. Nessa fungio interpretativa, a eqiidade pode signifi- ‘ar: 1) 0 predominio da finalidade da lei sobre sua letra; ou 2) a preferéncia, dente as vérias interpretagdes possiveis de uma norma, pe'a mais benigna e hhumana®, Ambas as significagdes ndo precisam ser autorizadas legalmente. Em sua fungao iterpretativa, na busca do sentido danorma, a ealida- 4e aparece na aplicago do método hist6rico-evolutivo, que preconiza a ade- ‘quagdo da lei as novas circunstancias, e do método teleolégico, que requer valoragao da lei (LICC, art 5°, a fim de que o Srgio jurisdicional possa acompanhar as vicissitudes da realidade concreta, 201. Calamani, signfcato costucionale delle gursione dl egut, 6 202.Viceme Rao, 0 dre, it, p 94 203. Seya Lopes, Crs, ci. 1p 170; Alipo Silveira, A decists,in Diet, dori, leqslogo ejaropradnca, cit, p63, RF, 108322)46), 1946; Kee, ora pura do dire, itl p. 1396 140; 2, p. 283.9 6298, ua Lele introdugdo 20 Céeigo Chl Art Pela eqilidade ponderam-se, compreendem-se ¢ estimam-se os resul- tados préticos que a aplicagio da norma produziria em determinadas situa- ‘g8es faticas, Se o resultado pritico concorda com as valoragGes que inspi- ram a norma, em que se funda, tal norma deverd ser aplicada. Se, a0 contré- rio, a norma aplicével a um caso singular produzir efeitos que viriam a contradizer as valoragées, conforme as quais se modela a ordem juridica, ‘entlo, indubitavelmente, tal norma ndo deve ser aplicada a esse caso con- creto™ Pereebe-se que a equdade est consagrada como elemento de adapea- 0 da norma co caso cone. Apresena-se aeqidade como a capaci zqueanorma tem de atenvar ose rigor adaptando-se a0 aso sub juaice™= FE, como vimos,o ar. 5*da Le de Inttosugao so Cédigo Civil que permite comigr inadequagio da norma ao caso concreto. A eglidade seria uma valvala de seguanga que possibiita sliver a tensio ea antnomia ene & hora e a realidad, a tevota dos fatos contra os eigos™. Do que foi exposto infere-se a inegével fungo da eqiidade de su- lementar a lei, ante as possiveis lacunas*?, No nosso entender, a eqtida- de € elemento de integragao, pois consiste, uma vez esgotados os meca- nismos previstos no art, 4® da Lei de Introdugdo ao Cédigo Civil, em res- tiuir & norma, a que acaso falte, por imprecisio de seu texto ou por imprevisdo de certa cireunstancia fica, a exata avaliagio da situagio a que esta corresponde, a flexibilidade necessaria& sua aplicagdo, afastan- {do por imposigao do fim social da propria norma o risco de converté-la nam instrumento infquo. 204. Recaséa Siches, Nueva perspective de In equida, in La nueva flosofa de ta ncrpretcion el derecho, Meso, 180, p. 2364. 208 civ Bigs rnin. nnn i ne nin fst segundo os principio geri de asia, soldaredae, or, dio justo, eqidaee (Api Sivera Método de inrpeiogdae ones ne ob de Cli Bevilégua 19) 206. Video que easina Alfio Sibir, Hermendutic, ci, v1, p. 370-1, © Concer ses da epdade om face do direhopoctv, S80 Palo, 1943, Fécalo da N6bcgs, lod 00 to, 933,39 196. 207 Alii iver, A decison Dirt, dourna, episod ejursprdéncia ct. 4,.© RF, 10840. Aeqhdade como meio de ctegrato de acu fo revista expessament, 20a TT.n 27sda nossa Constugio Federal de 154, Limon Franga Da juepustnea Seperaa da ‘Revista da Faculdade de Dire da USP, p20, Apia do drsito postive, in Encicloptio, ‘typ. 20; Migel Reale, Lies preininare cit p. 294 Pula, ucgracion, cp. 95; Michel Mousiel, equi en drvit ternational modere, Reve Générale de Dot International Public, {IS(VEMT-73, 1933. Hen de Page ecue-te nenguadar eeqddade oa ent goi de fst supe tive do drei

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