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REGULAMENTO DO SERVICO DE MEDIAGAO E ARBITRAGEM DE SEGUROS Nos termos previstos no attigo 129, alfnea i), dos Estatutos do CIMPAS — CENTRO DE INFORMAGAO, MEDIAGAO, PROVEDORIA E ARBITRAGEM DE SEGUROS, o Servico de Mediacéo e Arbitragem, rege-se pelo presente Regulamento aprovado pela Assembiela Geral de 31 de Malo de 2010. 1 DISPOSICOES GERAIS ARTIGO 1.0 (Objecto) 1, A intervengo do Servico de Mediacéo e Arbitragem de Seguros, visa promover a resolucso de Itiglos emergentes de qualsquer contratos de segutos, excluindo seguros de grandes riscos, conforme definidos no Artigo 2, n°s 3 e 4, do Decreto-Lei 94-8/98, de 17 de Abril. 2, Podem ser submetidos a este Servigo os Iitigios emergentes de contratos de seguro, ocortides apés a data de entrada em vigor do presente Regulamento que cumpram os critérios definides nos seus anexos, e que respeitem o Ambito e a data de adesio das seguradoras 20 mesmo, ARTIGO 2.° (Composi¢éo) 0 Servigo de Mediacéo e Arbitrage & composto por: a) Um Servigo de Apoio técnico e administrativo, adiante designado por Servigo de Apoto} ) Um Tribunal Arbitral composto por drbitro dnico, ARTIGO 3.° (Sede, delegagbes ¢ local de funcionamento) 1. 0 Tribunal Arbitral e 0 Servigo de Apoio funcionam ra sede ou nas delegagtes regional. 2. Tendo em conta as caracteristicas do litigio ou da producto da prova, pode o Juiz Arbitro determinar ‘que o Tribunal Artal funcione em local diverso do referido no n? 1. 3, So sempre remetidos & sede os pedis de informagio, as reclamagées e os processos que no puderem ser, respectivamente, Informados, resolvidos ou acompantiados pelas delegagées regionals existentes, ARTIGO 4° (adeséo) 1. A submissdio do itgio a julgamento e deciso em Tribunal Arbitral depende de adeséo das partes & arbitragem. 2. A convencio arbitral pode revestir a forma de compromisso arbitral, com vista a regular um Itigio actual, ou de uma cléusula compromisséria, relativa a litigios eventuais e futuros, 3. A convengéo arbitral deve, em qualquer dos casos, ser reduzida a escrito ou resultar de elementos escritos, nos termos da lel aplicvel. 4. A adesio das seguradoras através de cldusula compromissétla, pode ser plena out parcal, por ramo ou modalidade de seguro. 5. Poderd ser estabelecido, sob proposta do Conselho Directivo do Centro, para determinados ramos ou odalidades de seguro, um limite maximo de valor da reclamacéo. 6. A adesto des seguradoras & arbitragem através de cléusula compromisséria implica @ submisséio 20 Centro de todos os Ifgios posterfores a essa adesdo, que se enquadrem no &mbito da mesma, obtido ‘que seja 0 acordo da outra parte. 7. Até & deciséo arbitral, as partes poclem, em documento por ambas assinado, revogar a decisto de submeter a resolucio do litigio 3 arbitragem. 8. A requisi¢go de submisséo do tigio & arbitragem tem o valor de Compromisso Arbitral. ‘9, As partes podem aceitar submeter ao Tribunal Arbitral Itfgios relativos a processos 6 pendentes de decisdo & data da sua adesio, ARTIGO 5.0 (Divulgacdo de adesio) 1, © CIMPAS pode tornar ptiblica a adesdo @ autorizar o aderente a usar um simbolo identificativo da mesma, designadamente nos contratos e correspondéncia com os clientes. 2. 0 direito a0 uso do simbolo cessa com a revogasao da declaragdo de adesio, com o incumprimento de deciséo arbitral transitada em julgado ou de outras obrigacdes assumidas. 1 SERVIGO DE APOTO ARTIGO 6.9 (Composigdo e competéncia) 1. 0 Servigo de Apoio do Centro integra técnicos com formagio jurdica e com formagio na érea da mediacao de confites. 2, Ao Servigo de Apoio compete-the: 2) prestar informagdes e assistir as partes, seus Advagados e outros representantes nos aspectos relatives ao funcionamento do Tribunal Arbitral e stuacdo dos processos em que Intervenhiarn b) receber,tratar e valdar as recamactes e respectivas respostas relativas a Itfglos que possam ser suibmetides & apreciagdo do Tribunal arbitral, fazendo a verlficacio dos pressupostas de admisso da reclamagio, a instruco dos process0s e prestando o apoio necessério aos rbitros; ‘© promover os contactos e aligéncias, tendontes @ fixacéo da posigfo das partes sobre o Itigio © & eventual aproximasio e concliagéo das respectivas posigBes com vista & sua resoluca 4) assessorare prestar apoio administrativo necessério ao funclonamento do Tribunal Arbitra; @) coligirinformacéo relativa & actividade e desempenko do Tribunal Arblrl, mm PROCEDIMENTOS ARTIGO 7.° (Constituigéo) 41. Qualquer das partes pode submeter o Itfglo a artitragem, mediante apresentagio do respectvo requerimento e pagamento das custas. 2. 0 Tribunal Arbitral é constituico por arbitra tnico, designado para o litigio de entre os constantes de uma lista de érbitros e rege-se pelo Regulamento de funcionamento do Tribunal Arbitral aprovado pelo Conselho Directivo, 3. A lista de dtbitros & composta por Magistrados Judicials e por Advogados ou profssionais com formagao juridica e experiéncia profissional compativel, designados pelo CIMPAS, a partir dos nomes indieados pelo Consetho Superior de Magistratura e pelos Associados Fundadores, em nimero @ fxar pelo Conselho Directiva do CIMPAS. 4, A designacio do érbitro para cada processo & feita segundo a ordem sequencial de uma lista que 0 CIMPAS organiza para o efeito, aplicando-se-thes as normas relativas a impedimentos e suspenstes constantes do Cédigo de Processo Civil, 5. A fungéo de érbitro & remunerada de acordo com tabela a aprovar anualmente pela Direccio do CIMPAS. 6, Envolvendo 0 Itigio divergéncias sobre questies relacionadas com a avaliaco e valoracio de lesées € sequelas decorrentes de acidente ou sobre aspectos de complexidade técnica relevante pode o Tribunal recorrer a pericias arbitrais 2 efectuar por entidades credenciadas com as quais tenham sido celebrados protocolos de colaboracdo, ARTIGO 8.0 (Requetimento Inical € Formulétios) ‘As pecas do processo, designadamente pedidos de informacéo, epresentacio de reclamacfes € contestacGes, sero apresentadas em formulérios dispontbilizados ou a dlsponiblizar, pelo CIMPAS. ARTIGO9.° (Conferéncia inical de Medlacio) 4. Recebiio 0 pedido de intervengio do Tribunal Arbitral, 0 Servigo de apolo notiicaré as entidades interessadas para afetir do interesse ma realizalo da conferéncia inical, tendo por objecto a resolucio do Itigio por acordo entre as partes. 2, Havendo manifestacEo de interesse, a conferéncla iniial seré realizada pelo Servigo de Apoio do Centro e teré lugar nos 30 (trnta) dias subsequentes & data de entrada do pedido de intervencéo do Tribunal arbitral, sem prejulzo do dlsposto no nimero seguinte, 3. Nos locals de natureza itinerante do CIMPAS, onde sejam inferlores a 10 (dez) 0s pedidos mensais de intervencéo do Tribunal Arbitral, a conferénciainicial poder ter lugar alternativamente, em Fungo de deciso do Director do CIMPAS: a) Num prazo no superior a sessenta dias, @ contar da data de entrada do respectivo pedido de Intervencio; b) Nos termos de um calendérlo previamente fixado pelos Servigos do Centro, 0 qual deverd prever a realizacio de, pelo menos, quatro conferéncias de mediago e de quatro audiéncias de julgamento por ano, nesses mesmos locals. 4, Terminando a conferéncia inicial com 0 acordo das partes, deverd 0 Servico de Apaio do Centro lavrar em acta a respectiva transacgao, a qual sera submetida 20 Juiz Arbitro, para homologacso. 5. A transacgéo homologada pelo Juiz Arbitro, quando pressuponha o cumprimento de uma obrigagéo, tem o valor de sentenca condenatéria, para efeitos de execucéo, ARTIGO 40. (inicio da arbitragem) Se as partes nfo mostrarem interesse na tealizacéo da conferéncla inicial prevista no aitigo anterior ou sse dela no resultar 0 acordo das partes, 0 proceso prosseguiré de Imediato cam a realzacao do julgamento arbitral. Artigo 11.9 (Igualdade das partes e contraditério) ‘As partes sio tratadas com absoluta igualdade e em todas as fases do processo vigora 0 principlo do contractéri. ARTIGO 12° (Regras matetiais e processuals aplicveis) 1. 0 Tribunal Arbitral deciairé de acordo com o direito constituido, 2. Os prazos Indicados no presente Regulamento so continuos, suspendendo-se apenas entre o dia 1 e 31 de Agosto. 3, © prazo que termine ao Sabado, Domingo, dia feriado ou tolerdncia de ponto, transfere-se para o primeiro dia itil seguinte. ARTIGO 13.0 (Deciséo arbitral) ‘A decis8o arbitral seré redurida a escrito e dela constaré: a) A ldentiticagio das partes; b) Areferéncia & convengio de arbitragem; ©) A identinicacéo do érbitra/julz, devendo a sentenca ser por ele assinada; 4d) A indicacio do objecto do itigio e da posicéo de cada uma das partes; e) Os fundamentos, de facto e de direito, da decisio. yv DISPOSIGOES FINAIS ARTIGO 14. (Normas Supletivas) 1. im tudo o mais & aplicdvel a Le! n931/86 (Lei da Arbitragem Voluntéria), no que respeitar & arbitragem insttucionalizada, 2, Em caso de omissfo, aplicar-se-to, subsidiariamente, as regras e principlos do Cédigo de Processo Chil adaptados & natureza marcadamente abreviada e Informal do procedimento arbitral. ARTIGO 15. (Entrada em vigor) 4. 0 disposto no presente regulamento entra em vigor no dla 1 de Julho de 2010, aplicando-se aos processos que déem entrada no CIMPAS a partir dessa data. 2. Ros processos em curso & data da entrada em vigor do presente regulamento e até & sua condlusto, aplicar-se-d 0 regulamento anteriormente vigente,

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