Você está na página 1de 13
‘Aots estudar exte capitulo, voce devers ser copar de fazer 0 seguinte: 1. Ustar seis diferentes classfcacées das propriedades dos (b) Citar 0s quatro tipos de materiais avangados e, para smateriais as quais determinam sua aplicabilidade. ‘cada um deles, sua(s) caracteristca(s)distinta(s). 2. Gitar ox quatro componentes que etio envolvidor no 5. (a) Defniucintamente um *matealsntens projeto, producso. e utiizagso dos materias, e descrever inteligente’ sucintamente as inter-relagdes entre esses componentes. (b) Explicar sucintamente 0 conceito de 3. Gitar tréscritérios que s30 importantes no processo de “nanotecnologia” na medida em que este conceito selecio de materiais. (a) Listar as tr clasificagées principais dos materiais se aplica 20s materiais. slides, ¢ entio citar as caracteristicas quimicas que distinguem cada uma dela. —.4 SSS 1.1 PERSPECTIVA HISTORICA Os materiais esto provavelmente mais enraizados em nossa cultura do que a maioria de nés se da conta, Nos transportes, habitagio, vestuario, comunicagio, recreagtio e produgio de alimentos vi tualmente, todos os seguimentos da nossa Vida didria sio influenciados em maior ou menor grau pelos materiais. Historicamente, o desenvolvimento e o avango das sociedades estiveram intima ‘mente ligados as habilidades de seus membros em produzir e manipular materiais para satisfazet as suas necessidades. De fato, as civilizagdes antigas foram designadas de acordo com seu nivel de desenvolvimento em relagio aos materiais (Idade da Pedra, Idade do Bronze, Idade do Ferro).! Os primeiros seres humanos tiveram acesso a apenas tum niimero muito limitado de materiais, aqueles que ocorrem naturalmente: pedra, madeira, argila, ples, assim por diante. Com o tempo, cles descobriram téenicas para a produgio de materiais que tinkam propriedades superiores aque. {as dos materiais naturais: esses novos materiais inclufam as cermicas ¢ varios metais. Além disso, {oi descoberto que as propriedades de um material podiam ser alteradas através de tratamentos {érmicos e pela adigio de outras substincias. Naquele ponto, utilizagao dos materiais era um pro- cesso totalmente seletivo, que envolvia decidir, dentre um conjunto especifico e relativamente limi tado de materiais, quele que mais se adequava a uma dada aplicagio em virtude das suas caracte- Tisticas. Nao foi sendo em tempos relativamente recentes que os cientistas compreenderam as rela. ‘des entre os elementos estruturais dos materiais e suas propriedades. Esse conhecimento, adqu ido aproximadamente ao longo dos tltimos 100 anos, deu-Ihes as condigdes para moldar, de modo significativo, as caracteristicas dos materiais. Nesse contexto, foram desenvolvidos dezenas de milhares de materiais diferentes, com caracteristicas relativamente especificas, os quais atendem as, necessidades da nossa moderna ¢ complexa sociedade; esses materiais incluem os metais, os plas tics, os vidros e as fibras. © desenvolvimento de muitas das tecnologias que tornam a nossa existéncia tao confortivel esti intimamente associado ao acesso a materiais adequados. Um avango na compreensao de um. tipo de material € com frequéncia 0 precursor de um progresso gradativo de alguma tecnologia Por exemplo, os automéveis nao teriam sido possiveis sem a disponibilidade a baixo custo de ago ou de algum outro material substituto comparavel. Em nossos tempos atuais, 0s dispositivos ele {dnicos sofisticados dependem de componentes fabricados a partir dos chamados materiais semi- condutores. 1.2 CIENCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS Algumas vezes € util subdividir a disciplina de ciencia ¢ engenharia de materiais nas subdisciplinas ciéncia de materiais © engenharia de materiais, Rigorosamente falando, a ciéneia de materiais cnvolve a investigagdo das relagoes que existem entre asestruturas e as propriedades dos materiais, Em contraste, a engenharia de materiais consiste, baseado nessas correlagdes estrutura-proprie. dade, no projeto ou na engenharia da estrutura de um material para obter um conjunto predeter- ‘minado de propriedades” A partir de uma perspectiva funcional, o papel de um cientista de mate- riais € 0 de desenvolver ou sintetizar novos materiais, enquanto uum engenheiro de materiais é cha. | As datas aproximadas para os inicios das Idades da Pedra, do Bronze e do Ferro foram 2,5 milhoes aC., 3508 a.C-¢ 1000 aC. respectivamente, ® Ao longo deste texto chamamos a atengio para as relagbes que existem entre as propriedades dos materiais eos elementos estruturais IEE '’”- =< Introdugso + 3 ae — oa) jigura 11s quatro componentes da discptina de ‘iéncia ¢ engenharia de materiaise oseu inter-relacionamento. is classificagoes, ijiGm da estrutura e das propriedades dois outros componentes importantes esto envolvides refered veiaeeecharia de materais quais sejam: 0 proceesomeng oe desempenho. No que se die sons felagdes entre esses quatro componentes,a cere ene ‘material dependerd de como dea. Prgeessado.Além disso, o desempenhio de um stern luma fungao das suas proprieda. ccs Assim. a interrelagio entre processamento, est Propriedades'e desempenho ocorre Spices (05 deleados.colocadas sobre algum materiaiopreees oe Sbvio que as propriedades Spies (be. a transmitancia da luz) de cada um dos wes ee sto diferentes; o material mais & con no ears Parente (ie. vrtualmente toda luz refltids hang através dele), enquanto os dis- ido de alanine ramente transicido e opaco, Todas extag soon Os do fal stoe rep Oxide de aluminio, mas aquela mais a esquerde fy ue chamamos um monoeris. eahnattg€:tem um elevado grau de perfeigio -.0 que da origem a sua transparéncia. A amostra no asa SoMPosta por um grande nimero de monoerising oene Pequenos. todos ligados entre si, 8s fronteiras entre esses pequenoscristais espalhom cae fragio da luz refletida da pagina impressa, apenas ponies material opticamentetranslacido Finalmente sane direita € composta ni nlimere de pornaiero muito grande de pequenos cristaisinetigadie ee também por um grande Tamete de poros ou espagos vazios multe pequesen fare Poros também espatham, de mancira cefetiva, a luz refle 4 + Capitulo 1 Figura 12 Teésamosrs de dios degados de Suid dealumini, qu foram colocadss sobre eee yt a ‘rma pagina impressa com o objetivo de ar ddemonstrar suas diferengas em termos das = faracteisias de ransmitaneia da luz. disco G AS mais esquerda € ransparente (ce, virtalmente F a ape ot 8 toda luz que &refletida na pgina passa através ele), enquanto 0 disco no centro € translicido {Gignificando que uma parte dessa luz reletida & transmitida através do disco).O disco a direita & as: ere R ae season xa Tye PATE g gist toma consequencia de diferengas nas estruturas yond gust ed an! ‘ i ‘esses materais,as quas resultaram da maneira perr™ nl apo” ean eA Lene ttgral are gre, ove por. Tanner.) + antl ~ ney 1.3. POR QUE ESTUDAR A CIENCIA E A ENGENHARIA DE MATERIAIS? Por que estudamos os materiais? Muitos cientistas ou engenheiros experimentais,scjam cles meca- nicos-civis,quimicos ou elétricos,irdo uma vez ou outra deparar-se com um problema de projeto {que envolve materias. Os exemplos podem incluir uma engrenagem de transmissio, a superestru- Tura para um edificio, um componente de uma refinaria de petréleo ou um chip de cireuito inte- prado, Obviamente,os cientstas ¢ engenheiros de materiais sao especialistas que estdo totalmente tenvolvidos na investigacao e no projeto de materiais ‘Muitas vezes um problema de materiais consiste na selegao do material correto dentre os mu- tos milhares que estao disponiveis. A decisio final normalmente baseia-se em diversos critérios. Em primeiro lugar. as condigdes de servigo devem ser caracterizadas, uma vez que essas ditardo as propriedades necessdrias do material. Apenas em raras ocasiGes um material possui a combinagao fnéxima ou ideal de propriedades, Dessa forma, pode ser necessério abrir mao de uma caracteris- tica por outra. O exemplo clissico envolve a resistencia e a ductlidade; normalmente, um material ‘que possui alta resisténcia teré uma ductilidade apenas limitada, Em tais easos, pode ser necessario lum compromisso razosivel entre duas ou mais propriedades, ‘Uma segunda consideragao de selegdo & qualquer detcrioragao das propriedades dos mate- riais que possa ocorrer durante a operagio. Por exemplo, redug6es significativas na resistencia mecdnica podem resultar da exposigho a temperaturas clevadas ou a ambientes corrosivos. Finalmente, provavelmente a consideragao definitiva estard relacionada a aspectos econdmi- cos: Quanto custaré o produto acabado? Pode ocorrer que um material tenha 0 conjunto ideal de propriedades, mas seja proibitivamente caro, Novamente,algum comprometimento sera inevitével G custo de uma peca atabada também inclui quaisquer despesas incorridas durante o processo de fabricagaio para a obtengao da forma desejada. ‘Ouanto mais familiarizado estiver um engenheiro ou um cientista com as vérias caracteristicas c relagies estrutura-propriedade, assim como com as téenicas de processamento dos materiais, mais capacitado e confiante ele ou ela estaré para fazer escolhas ponderadas de materiais com base nesses critérios, 1.4 CLASSIFICAGAO DOS MATERIAIS ‘Os materiais sélidos foram agrupados convenientemente em trés categorias biisicas: metais, cer micas e polimeros. Esse esquuema esté baseado principalmente na composicao quimica ¢ na estru- tura atdmica, ea maioria dos materiais se enquadra em um ou outro grupo distinto, Adicional- mente, existcm os compositos, que so combinagdes “engenheiradas” de dois ou mais materiais diferentes. Lima explicagao sucinta dessas classificagdes de materiais e das suas caracteristicas representativas sera apresentada a seguir. Outra categoria € a dos materiais avangados ~ aqueles {que io usados em aplicagdes de alta tecnologia, como por exemplo os semicondutores, os Pioma- terials, os materiais inteligentes e os materiais “nano-engenheirados”; esses sero discutidos na Secao 1.5, Metais (Os materiais nesse grupo so compostos por um ou mais elementos metélicos (tais como ferro,alu- minio, cobre, ttanio, ouro e niquel), ¢ com frequéncia também por elementos nao metélicos (por Introdugso * 5 exemplo, carbono, nitrogénio e oxigénio) em quantidades relativamente pequenas* Os étomos nos ‘metais e nas suas ligas esto arranjados em uma maneira muito ordenada (como discutido no Capi- tulo 3) e,em comparacio as cerdmicas ¢ aos polimeros so relativamente densos (Figura 1.3). Em relagao as caracteristicas mecanicas, esses materiais sao relativamente rigidos (Figura 1.4) e resis- tentes (Figura 1.5), ainda assim sto ducteis (isto €, so capazes de grandes quantidades de defor- ‘ago sem sofrer fratura), ¢ sdo resistentes a fratura (Figura 1.6), 0 que é responsdvel pelo seu amplo uso em aplicagdes estruturais. Os materiais metilicos possuem grande numero de elétrons 1do localizados sto €, esses elétrons nao estao ligados a nenhum étomo em particular. Muitas da propricdades dos metais podem ser atribuidas diretamente a esses elétrons. Por exemplo, os metais so condutores de eletricidade (Figura 1.7) e de calor extremamente bons e nao sio transparentes 2 luz visivel; uma superficie metélica polida possui uma aparéncia brilhosa. Além disso, alguns ‘metais (por exemplo, Fe, Co e Ni) tém propriedades magnéticas desejaveis. as ol [Femi Lo Jer Pre ceramicas 1E |= Z co 3 a es oe at 7220, dr =

Você também pode gostar