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Sexta-feira, 15 de Abril de 2016 1s No 60 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Preco deste niimero - Kz: 130,00 Tw RS pA ae TT ava 9 amino © ait oe Dae See eer eer da Repuaiicas. deve sor dirigila & Lp | sy rien 22611 799.50 | a 34 série Kes 95.00, serescidy do eespctines esol amd Ron se | : ! esi th : Conarara'? ue ais the Peete Hac 30 tse, depend 4 pico da Apres _ AJ série Ke: 180 117,00 _] da Imprensa Nacional — Ft SUMARIO A Assembla Nacional aprova, por mandato do Povo nos eros da nes a) do antigo 164°. du alin d) don"? do ‘Assembleia Nacional artigo 166° ambos da Cousituio da Repibica de Angola sia? a sepuite Side iia neon 105, det de Alters 0 Cag de Regt Pro, nomedamete» nt do aie ‘ASSEMBLEIA NACIONAL 226 ae tS de Abs AConstiuigao ds Republica de Angola de 2010 de Governo e novas formas de eversicio da Tungdo politica eda fongdo administrativa do Estado, © direito & nacionalidade é um dos direitos Fundam dos cidadios, previsto na Constituigao ena Lei, cus r e procedimentos referents & sua atibuigs aquisigao, porda ibilidade que, variando de Estado para Estado, constitui fonte de potenciais eonfitos « reaquisigdo, sto de enorme sociais¢ politicos. (© Estado soberano contemporineo. no s6 tem a obriga- 0, como deve estabelecer eritcrios de coesdo ede inclusto agao dos cidadios, sob pena de potenciar Factores de dessereyagio ede instabilidade sécio-econdmica sual quadro juriie 4 nacionalidade, desajustado a0 nove contexte juridico- -consttucional, foma-se necessitio proceder a alteragao das normas sobre a atribuigdo, a aquisigdo. a perda ea reaquisigao da nacionalidade, aprovadas pela Lei ns 1/05, de 1 de Julho. por forma a adequi-las 4 nova realidade politica e socal que uniformes de inte Encontrando-se © egal ecorre das transformagies em curso no Pais, LEI DA NACIONALIDADE CAPITULO T Disposigdes Gerais axrico. (bjsctoy A presente Lei estabelece as condigie e alribuigao, aquisigdo, perda reaguisigio da naciovalidads angolana A nacionalidade angolana sode sere ising a swadguiida, Ascondigdes deatrbuig? » aquisie¥o, pea + reaquisigdo dda nacionalidade angolana sv regi! s peli zi em vigor no momento em que se veri ea te hes dio origem (eto da aebuig dy nastonaidads) A atribuigao ds nacionalidade angolana produ efeitos de 0 naseimento e ndo prejuica a validade das relagdes juriieas anteriormente estabelecidas com fundamtento et) ‘ura nacionalidade. (eto da pod nacional |. Os efeitos da perda da nacionalidade angolana produzem sea partir da data da ver ficagdo dos actos ou factos que. nos termos da presente Lei, the deram or 1454 DIARIO DA REPUBLICA 2. Exceptuam-se do disposto no miimero anterior, 0s efeitos em relagdo a terceiras, no dominio das relagdes entre partculares, que s6 se produzem a partir da data do resto, (Tratadosinteroaconas) [As normas de tratals intemacionsis a que se vincule 0 Estado Angolano prevalecem as da presente Li . (Royse extrsorinti da asonaladeangslana on dado dos Paes ATrcanos de Lingua Oficial Prasguss) © Presidente da Replica pode celebrar acordos bilaterais com os Estados dos Paises Africanos de Lingua Oficial Portuguesa, no sentido de se viabilizara regulariza- ‘20 extraordindria da nacionalidade por naturalizagao, dos cidadaos deste paises, residentes habitualmente em Angola, hi pelo menos dez anos. ARTIGOS: (Actos adminieatives) E da competéncia do Presidente da Republica praticar (0 actos administratives relativas & apreciagdo e devistio dos pedidos respeitantes& aquisiedo, reaguisigao e perda da nacionalidade, salvo nos casos em que a competéncia seja da Assembleia Nacional, CAPITULO TI ipo da Nacionalidade ARTIGOS: (tcionalidde origina) 1. Beidadio angolano de origem o filho de pai ou de mie de ‘nacionalidade angolana, nascido em Angola ou no estrangero, 2, Presume-secidaio angolano de origem, oreeém-nascido ‘achado em teritrio angolano. ARGO 10° (Detngto) Para efeitos da aplicagio da presente Lei, considera- se pai ou mie angolano € cidadao angolano, aquele ‘a quem foi atribuida essa nacionalidade pela Lei da Nacionalidade de 11 de Novembro de 1975 e pela Lei 184, de 7 de Fevereiro, CAPITULO IIT Aquisicdo da Nacionalidade agtigo 11 (Aquisgte por motive de liga) 1. Os fihos incapazes de mie ou de pai que adquira a nacionalidade angolana podem requerer, por intermédio dos respectivos representantes legas, a nacionalidade angolana. 2. Omenor de idade aquem, por motivo defiliagdo,tenha sido atrbuida nacionalidade angolana pode optar por outra nacionalidade quando atingit a maioridade. 3. 0 requerimento deve ser instruido com o assento do registo de aquisigao da nacionalidade da mde ou do pai. agmigo 12° (quisigi por adapgioy 1. Oadoptado por nacional angolano adquia nacionalidade angolana, desde que o adoptante, quando a adopeao for nica ‘ou 0s adoptantes, quando a adopeao for dupla, requelram que ‘ adoptado adquira a nacionalidade angolana 2. Quando o adoptado for maior de 14 anos, deve menifestar ‘a sua vontade em adquirir a nacionalidade angolana. ARGO 18° (Aqulsgto por casamento) 1,0 cidadio estrangeirocasado com cidaddo angolano hi ‘mais de cinco anos, sob o regime de comunhto de adquirido, na constincia do casamento ¢ ouvido 0s cnjuge, pode adquiir a nacionalidade angolana, desde que a requeira 2. 0 direito conferido no nimero anterior, no dispensa (08 requisitas estabelecidos nas alineas a), ¢)¢h) do n.° 1 do artigo seguint, 3, disposto nos niimeros anteriores aplica-se ao cidadao estrangeiro que vive com cidadao angolano em unido de facto Tegalmente reconhecida, 4. Adguire igualmente a nacionalidade angolana,ocidadto estrangeiro que, por virude dg casamento, perde a sua anterior nacionalidade, sendo 0 facto devidamente comprovado, 5. Adeclaragio de nulidade ou anulabilidade do casamento ‘iio prejudica a nacionalidade adquirida pelo cOnjuge que 0 contaiu de boa-f& ARTIGO 14° (Aquisgto da maclanaidade por natualizagto) |. Pode adquirir a nacionalidade angolana, por naturali- ‘2¢20, 0 cidadio estrangeiro que saisfaga cumulativamente (0s seguintes requisitoy 4) Set maior perante a lei angolans: +) Residir legalmente no tervt6rio angolano hi pelo ‘menos dez anos; «) Oferecer garantias morais e civicas de integragio na sociedade angolana; 1) Possui rar sua subsistencia, considerando-se como tal ue este tenha rendimentos préprios e regulares, comprovaveis no decurso dos dltimos tres anos: capacidade para regera sua pessoa e assegu> «@) Possuir conhecimento suficiente da Lingua Port- quesa, aferido através de exame, nos termos @ regulamentar em acto normativo especitico; f Possuir uma ligagao efectiva & comunidade nacional, ‘comprovada por conhecimentos sobre 0 povo € 4 nagio, aferidos através de exame, nos termos 8 regulamentar em acto normativo especifico: _g) Terum conhecimento adequado dos direitos e deve~ res decorrentes da Constituigfo da Repiblica de Angola; La 1 SERIE N.° 60~ DE 15 DE ABRIL DE 2016 ‘h) Nio ter sido condenado, por sentenga transitada em julgado, pela pritica de crime punivel com pena de pristo igual ou superior atrés anos, de acordo com a lei angolana 2, A Assembleia Nacional pode conceder a nacionali- dade angolana a cidadao estrangeiro que tenha prestado ou ppossa vira prestarrelevantes servigos ao Pais ou ainda quo demonstre qualidades profissionais, eientificas ou atisticas| ‘excepcionais, mediante proposta apresentada por, pelo menos, ‘quinze deputados em exercicio de fungoes, 3.0 Presidente da Replica pode conceder, sem faculdade de delegasdo, a nacionalidade angolana por naturalizagao, ‘com dispensa dos requisites previstos nas alineas b), d) e ©) do 0." 1, aos estrangeiros que tenham prestado ou sejam ‘chamados a prestar servigos relevantes a0 Estado Angolano, 4. A nacionalidade angolana por naturalizaglo prevista no 1! I deste artigo & concedida a requerimento do interessado «€ mediante processo onganizado nos termos estabelecidas em regulamento, ARTICO 15° (atros cases de aquisiso) Adguire ainda anacionalidade angolana mediante solicitago 4) 0 individuo nascido em territério angolano quando ‘no possua outra nacionalidade: 1) 0 individuo nascido em teritérioangolano filho de pais desconhecidos, de nacionalidade desconhe- cida ou apa ARTIOO 16° (Grament pubic |. A atribuigdo da nacionalidade angolana por naturalizago € efectivada mediante a prestagdo de juramento pilblico & Repablica de Angola, perante Autoridade Piblica 2.0 juramento piblico a que se refer o nlmero anterior proferido nos termos seguintes: «uro ser fel e respeitar 2 Constituigao da Repitlica, as leis angolanas, obedlecer € cumprir as minhas obrigagbes e deveres enquanto cida- dao angolanoy. CAPITULO IV Perda e Reaquisiglo da Nacionalidade ARTIGO 17° (Peed da nacional) 1. Perdem a nacionalidade: 4) Os que voluntariamente adquirem uma nacionali- dade estrangeirae manifestem a pretensfo de no {querer ser angolanos: 1b) Os que exergam fungies de soberania a favor de Estado estrangeiro, salvo se comunicarem pre- viamente a Assembleia Nacional; Lass. ©) 05 filhos menores de nacionais angolanos nasci dos no estrangeiro e que, por tal facto, tenham igualmente outra nacionalidade, se a0 atingirem ‘a maioridade, manifestarem a pretensio de nto serem angolanos; Os adoptados por cidadaos estrangeitos se, 20 atine item a maioridade, manifestarem a protensio de no serem angolanos, 2, Determina, de igual modo, a perda da nacionalidade angolana adquitc 2) Acondenaso por crime contra.a sepuranga do Fstado; ) Prestagdo de servigo militar a Estado estrangeiro; A obtengo da nacionalidade por falsificagio ou {qualquer outro meio fraudulento ou induzindo em erro as autoridades competentes; 4) Aquisigdo da nacionalidade por via do casamento (04 unio de facto realizado de modo fraudulento, simulado,ilegal ou de mé-té: £&) Cidadio angolano com mais de uma nacionslidade, ‘que praticar actos ein territ6rio nacional ttulando ‘outra nacionalidade, 3. Nenhum cidade angolano de origem pode ser privado dda nacionalidade originria ARTIOO 18 (Reaguisigdo de nacionalidads) 1.0 individuo que tena adquirio a nacionalidade angolana por efeito da Lei da Nacionalidade de 11 de Novembro de 1975 eda Lei n® 2/84, de 7 de Fevereiro e que atenha perdido em virtude de declaragdo de vontade feta pelos seus progenitores ‘ou seu representante legal, durante a sua menoridade, perde defintivamente a nacionalidade angolana, desde que no Fequeira a atribuigdo da nacionalidade angolana no prazo de {ts anos apés 0 termo da incapacidade, 2. Os cidados referidos no nimero anterior dever provar que tém a residéncia estabelecida em territércrangolano ha, pelo menos, um ano. 3. Quando a nacionalidade angolana tenha sido perdida por qualquer dos motivos previstos no n.° I do artigo 17." desta lei, pode ser readquirids, por deliberasio da Assembleia "Nacional, desde que ointeressado tenhaestabelecd resgncia no terrtério nacional hi pelo menos, cinco anos. 4.0 disposto no n° 1 deste artigo & aplicavel, com as necessrias adaplagbes, aos interditoseinabilitados, contando- se 0 prazo de trés anos a partir do trinsito em julgado da sentenga que haja decretado o levantamento da interdigdo ou da inabilitagto, 1486 DIARIO DA REPUBLICA 5. Aqueleq tiver perdido a nacionalidade angolana por fit de declarago pestada durante a sua incapacidade pode readqur-la mediante requrimento no terme da incapacidade 6. 4 reaquisigio da nacionalidade angotana é apenas admissivel uma vez CAPITULO V Oposigdo & Aquisicdo ou Reaquisio da Nacionalidade AARTIGO 19° (undamente) 1. Sto fundamentos de oposigao & aquisiedo da naciona- lidade angolana 4) A inexisténeia de ligagio efectiva a comunidade angolana; ) A condenagao, por sentenga transtada em julgado, pela pritica de crime punivel com pena de pristo igual ou superior tes anos, segundo a lei angolans; ©) Acondenagio, por sentenga transitada em julgado, pela pritica de crime contra a seguranca do Estado Angolano, 2. Sto fundamentos de oposigio dt reaquisigo da naciona- lidade angolana, além dos estabelecidos no nimero anterior 0 seguintes: 4) Oexercicio de fungdes de soberaniaa favor de Fstado estrangeito, salvo se for comunicado previamente 4 Assembleia Nacional; ) A prestacao de servigo militar a favor de Estado estrangeiro: 2) A violagdo do disposto no n.*6 do artigo anterior, ARGO 20, (Legiimidade para deduzi opesiso) 1A oposigdo & deduzida pelo Ministério Publica em recurso para o Tribunal da Relagao, no prazo de seis meses, ‘a contar da data da entrada do processo na secretara, sendo aplicaveis, nos termos geras, as normas sobre 0 provesso de contencioso administrativ. 2. £obrigatGria para todas. as autoridades e facultative para todos os cidadios a participasio ao Ministério Pablico, junto 4a camara do civel e administrative do Tribunal da Relagio, dos factos a que se refere o artigo anterior. CAPITULO VI Registo e Prova da Nacionalidade arrigo21 (actos sujitos a regis) 1. Esto sujitos a registo obrigatério, em livro proprio ‘ou em suporte informitico, na Conservatéria dos Registos Centrais, todos os actos facts que determinem a atribuigto, 8 quisigdo, a perds ou a eaquisigdo da nacionalidade angolana. 2. Exceptuam-se do disposto no nimero anterior, a ate bbuigdo da nacionalidade quando feta através de inser do nascimento no registo civil angolano e a sua aquisigto ‘mediante adopslo, 3. 0 registo dos actos « que se refere on. I deste artigo 6 feito a requerimento dos interessados. aRniGO. (Declarases prante o agents diplomitics u consulares) 1A delaras pra cbengo de naionlidade podem ser presdasperate o agentes diplomens ou consuls angolanose, neste cao, eit ofciosanet em fce dos ceri documentos comprovaivosa evi, para 0 feito, Conservria dos Reisos Cetra 2.A sips serio cu mate consular nb consti, por sé titulo arbutve da nacioalidade angola, 3.0 disposo non | deste aigo. nfo seaplca os casos de avisitodenaionaldae por natura, axn1003 (seg nate 10 resto do acto que impor sribuigto,aquisgbo, pend ou eauisigo da nacioalidade vad por ssote po averbameno 2.0 regis de nasionalidade& lavrado por taseri- fo, Sem intervengo dos iteresado eassinndosomente pelo Conservader. 3.0 Conservadr dos Regsos Cents deve proceder to resto de nscimento de odo o dado que adquira a nacinalidae anoles, imedatamenea sepia repiso de nacionalidde, (Assent de nsimente de ito de itadosesrangio) 1. Nos asents de nascent de fios de cidados esrangsto ou denacionalidade desconecia, mascios em Angol,vadot em conseralvasangolans fas constar essa qualidade em vo proprio ou supone informatio, no Indelo a er provado 2. A macionaidae estangsra ou desconecida, para efeitos do niimero anterior, deve ser, sempre que possivel, comprovad por docurento que derionsie que enhum dos progenitors €angolano, (esabeiens el oo pserer tornhiods anime ‘uando for esabelecia iid poseriomente so reito de nascimento de esrangeio nacido em Angola ou for decretad a sun adopt, da decito Jia ov act que s liver estabelecio ou decretado eda sua comunicago pra tverbeento ao sent denctmento deve contare meno da nacionalidde os progenitors ou adopantesangolanos SERIE — N. 60 — DE 15 DE ABRIL DE 2016 ARTIGO 26° (Prova da nacionaldadeoviginria) 1. A nacionalidade angolana originaria de individuos nascidos em terrtério angolano, de pai ou mae angolano, prova-se pelo assento de nascimento, do qual no conste {qualquer mengo em contri. 2, A nacionalidade angolana de individuos nascidos no cstrangeiro prova-se, consoante os casos, pelo registo da declarago do qual depende a sua atribuigdo ou pelas mengdes constantes do assento de nascimento lavrado por inscrigdo no registo civil angolano, agnigo2" (Prova de aguisigo ed perda da nacinaldade) 1. Aaquisigaoe a perda da nacionalidade provam-se pelos respectivos registos ou pelos consequentes averbamentos cexarados & margem do assento de nascimento, 2..A prova da aquisigao da nacionalidade por adopeto é aplicdvel ao n.” | do artigo anterior. ARTIGO 28° Pareceres do Conservador dos Regstos Centens) Compete a0 Conservador dos Registos Centrais emitir parecer sobre todas as questdes de nacionalidade, designada- _mente, sobre as que Ihe devem ser submetidas pelos agentes ‘consulares em caso de divida sobre a nacionalidade angolana do impetrante de matricula ou inscriglo consular. |. emissto de certficados de nacionalidade angolana a requerimento do interessado pelo Conservador dos Registos Centrais depende sempre da existéncia de registo. 2. A forga probatdria do certficado pode ser elidida, por qualquer meio, sempre que no existaregisto da nacionalidade do respectivo titular. capiTULO vil Contencioso da Nacionalidade aRriGo 30° (Capita) Yém legitimidade para interpor recurso de quaisquer actos relatives atribuigdo, aquisiedo, perda e reaquisigao de nacionalidade angolana, no prazo de cinco anos, a contar da data do conhecimento do facto que fundamenta o recurso, 05 interessados directos ¢ 0 Ministério Pablico. ARTIGO 31° (Tribunal compstente) |. Aapreciagio dos recursos a que se refere o artigo ante rior & da competéncia da camara do civel eadministrativo do ‘Tribunal da Relagao, 2. Apresentada a petio e 0s documentos que hajam de instrub-ta, & 0 requerido citado para, dentro de quinze dias, contest, se no houver motivo para indeferimento liminar, 1487 3. Orequerente pode responder nos 15 (quinze) dias sepuintes {data em que for notificado da apresentagdo da contestagio. 4.0 processo deve ser remetido para o tribunal de pri- _meira instincia sempre que, para a resolugio do problema ‘da nacionalidade, se mostre necessaria a decisao de qualquer {questo preliminar sobre o estado das pessoas. 5, Nahipdtese prevista no nimero anterior, oandamento do processo deve ser sustado até que se juntecertidlo da sentenga transitada em julgado que haja decidido a questo peli 6.0 relator do processo pode ordenar directamente as diligéncias complementares que se mostrem necessérias. 7. Findos os articulados€o processo, sem mais, submetido 4 julgamento, excepto se 0 relator determinar a realizagdo de quaisquer diligéncias que tenhe por indispensives, caso fem que o proceso ¢ facultado, para alegapdes, & parte e 20 Ministério Pablico, por dez dias a cada um. 8.0 recurso segue as regras do agravo. 9. 0 acérdio que decida 0 recurso sobre a nacionalidade deve obrigatoriamente ser objecto de registo. 10, Em tudo o que se nfo achar regulado nos nimeros anteriores, processorege-se pelos termos gerais das normas sobre o processo de contencioso administrativo, axrico « ao é reconhesida nem produz quaisquer efeitos na ondem {uviica interna angolana qualquer outranacionalidade atribuida 0s cidadios angolanos. armigo.33 (Contito de maconalidae estrangira) Nos confitos positivgs de duas ou mais nacionalidades cestrangeiras, prevalece a nacionalidade do Estado em eujo territério o plurinacional tenha a sua residéncia habitual cu na falta desta, a do Estado com o qual tenha um vinculo mais estreito caPiTULO Vil Disposigdes AaRriGo 38° (Declaragio de ops pta nacionaliade angel » 1. Os cidadios estrangeiros, nascidos no teitério angolano até ao dia 10 de Novembro de 1975 e os espeetivos deseen- dentes, ttulares de outra nacionalidade, nfo se consideram angolanos com a entrada em vigor desta ei, sem prejuizo dos {que até a presente data jétenham regularizado a sua situagdo, 2. Para efeitos do niimero anterior, entende-se que tem situagdo regularizada apenas o cidadio titular de bilhete de identidade ou passaporte angolano emitido a partir de 11 de Novembro de 1975 até & presente data, com fundamento em documento ou outro diploma legal 1488, DIARIO DA REPUBLICA, 3. Ficam salvaguardados do disposto nos nimmeros ante- riores deste artigo, os direitos produzidos na vigéncia da Lei da Nacionalidade de 11 de Novembro de 1975, da Lei 1? 2/84, de 7 de Fevereiro da Lei n 13/91, de 11 de Maio, considerando-se, no entanto, precludida e expressamente revogada pelo artigo 13.°da Lei n.° 2/84, de 7 de Fevereiro, a Faculdade prevista non*2do artigo 1.°da de 11 de Novembro de 1975. ARTIGO35? rocesss pendentes) © disposto na presente Lei no é aplicvel aos processos pendentes & data da sua entrada em vigor, ARTIGO36° (evogasto) E revogada a Lei. 1/05, de I de Julho, aRriGo37 (Regulamentag) A presente Lei deve ser regulamentada no prazo de noventa dias, (évidas onsen) [As cividas e omissBes que surgirem da intenpretagdoe ali ‘cago da presente Lei so resolvidas pela Assembleia Nacional, AaRriGo 39° (eanrads cn viger) ‘A presente Lei entra em vigor data da sua publicagto. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, aos 24 de Fevereieo de 2016, © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedad Dias das Santos. Promulgada aos 31 de Margo de 2016, Publique-se. 0 Presidemte da Repiiblica, Jost Eovanno bos Santos Lela 316 de 1S de Abel ( regime de Renda Resohivel era ne arrendatrioa legitima cexpectativa de, no final do pagamento das prestagdes devidas, adquiriro imével, sendo necessitio aleangar-se a publicidade registral do direito do arrendatirio,essencial a salvaguarda dos respectivos direitos e a correcta idemificago da real situago Juridica do imével “A autorizagdo de loteamento urbano procede a transfor- ‘magdo fundiria de uma rea de intervengio &criagdo de lotes| uurbanos destinados & edificagdo urbana constituindo aquele ‘num facto relevante para efeitos de registo. © Codigo de RegistoPredial vigente nao consagra non. | do artigo 2", com factossujeitos a registo, 0 contrato-promesse ‘de compra venda em regime de renda resolvel ea autorizagdo de loteamento urbano, bem como as respectivas alleragées. Havendo a necessidade urgente de se colmatar esta lacuna de se consagrar expressamente o contrato-promessa de ‘compra venda em regime de renda resolivel ea autorizagdo de loteamento urbano, bem como as respectivas alteragdes como factos sujeitos a registo; ‘AAssembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos termos da disposigdes combinadas da linea) do artigo 161°, do n22 do artigo 165." eda alinea d) do n° 2 do artigo 166°, todos da Constituigdo da Repiblica de Angola, a seguint: LEI QUE ALTERA 0 CODIGO. DE REGISTO PREDIAL ARTiGO 1 (Object) A presente Lei tem por objecto proceder & alterago a0 1° 1 do artigo 2° do Cédigo de Registo Predial, aprovado pelo Decreto-Lei n® 47611, de 28 de Margo de 1967, E alteraa a alinea p) dom 1 do artigo 2 do Cédiao de Regist Pedal, aprovado pelo Decreto-Lei n° 47611, de 28 de Margo de 1967 passando a ter a seguinte redacso: sanigo2? o 1G) ren Pd Hoi Dod Hod Dod DO Dod IK Dood Wo Dok mH) MOM OO 'P)0 contrato-promessa de compra e venda em regime de renda resoldvel, o arrendamento, por mais de seis anos e as respectivas transmissbes ¢ sublocagdes; DOK ni I DG) WOK Wo DOI Wd (0)

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