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amada, teu lbio doce cedo me deu

vida viva vibrante, vaso de sangue que circula


o mel que as cordas mais puras, no alcanam
com as notas mais cruas, e teu beijo s acalentou.
o meu medo de viver o instante, em ti,
a brasa que aqueceu o corpo nu do menino,
franzino, medroso, choro, inspido, dono do mundo.
viu que o amor transbordante o bordou.
e foi tua saliva que levou a cola,
do corao de pedra dura, bateu tanto
que arrebentou, a aorta que no aguentou,
a mola que o encanto sussurra.
faa o que fizer da melhor forma,
faa com que a cor que nunca orna
orne, no s adorne, orne, torne a ser.
o que a pureza no alimentou,
pois sabia que o quente morna,
o que a frieza ainda no tocou.
amada, amo-te tanto que sangro,
as lagrimas no entendem a vida,
nem precisam, sentem s.
s sentem, sentam no trono do n,
que norteia o vento ao p do eu.

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