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CAPITULO 9 Carboidratos e Glicoconjugados da Terr, cae ano.afotosintexe converte mais de 100 bilhdes de ondladas de CO; ¢H,0 em ceuleseeontros prodotos vege tis, Centos carboidratos (agar comum e amido) soa base da diet na mor parte do mundo ea oxidagao dos carboidratos ¢ “principal vi metabsicafornecedora de enerya para a maio- Tin ds céllas nio-fotosintetias. Rolimerosinsolwves de car Toirats fancionam tanto como elementos estrairais quanto de protegao nas paredescolulaesbactrianas ede vegetais eno tecdosconjurtvos de animais, Outros potimeros de 0s carboidratos sao as biomoléculas meis abundantes na roid tos agem como Tubrificantes das articulagdes esqueléticas e par~ ‘icipam do revonhecimento e da coesio entre as eélulas.Polimie~ 10s mais complexos de carboidratos,ligados covalentemente a proteinas ou lipfios, agem como sinais que determinam a loca Jragio inteacelular 08 0 destino metabelico dessas moléculas hi brides, denominadas glicocon)gados, Este capitulo apresenta as principaisclasses de carboidratos e glicoconjugados e fornece al {uns exemplos de seus variados papéisestruturais e funciona, ‘Os carboidratos si0, predominantemente, pollidroxialdei- dos ou polidroxiceronas ef ses composios por hidrlise. Muitas carboidratos, mas todos, tm f@rmulas empiricas (CHa0},s alguns também con: tém nitrogenio, fisforn ou enzo‘re Os carboidratos estio divididos em trés classes principals, de acordo com o seu tamanho: manossacarideos, oligossacari eos polissacariccos (a palevra*sacarideo”¢ derivada do grezo sakcharon que significa "aguicas”), Os monossacarideos, ou agu ‘aes simples, consistom em uma tinica unidade de politdroxial- eido ow cetona, O monossacarideo maisabundante na natureza oagdear com seis stomos de carbono na molécula, a (-glicose, também chamada dextrose Os oligossacarideos sto compostos por cadeias custas de unidades monossacaridicas, unidas entre si por ligagies carac- icosidicas, Os mais abundantes ‘os dissacarideos, formados por das unidades de monossa- -earideos, A sacarose, ou agticar de cana, é 6 representante tipico dss classe Fla € composta de dois monossacarideos, com seis, tomas de carbone, D-glicose ¢ D-Frutose. Todos os monossaca rideos ¢dissacarideos comuns tém nomes que termina com 0 suixo *-ose", Nas células, a maioria dos oligossacariceos com jens, ou substancias que liberam ferats, chamadss ligacoes | teés ou mais unidades nao ocorre como entidades livres, mas € tunida @ moléculas de nao-agcares (lipidios ou protetnas), For mando glicoconjugacos. (Os politmeras de agicares tém uma variagio progressiva de tamanko de cadeia, Aqueles que comtém mais de 20 unidades so chamados polissacarideos. Os polissacarideas podem ter ‘adeias contend centenas ou milhares de unidades monossaca- no acelulose, tém cadeias lineares, enquanto ‘cadeias ramificadas. Os polissa- carideos de origem vegetal, amido e celulose, consistem em uni- tros, como o glicogénio, ‘Aigorla pronto pata acolheta.& Fara do elgodio € formeda de celui Se, um polssacaidea com prooredades Nsco-qumicas que Ie d30 2 Ceracteisics tent desejaves, 0 aigado tem sd cutivado e usada em Pocus teats Na mars e as, dades repetitivas dle D-glicose, mas diferem entre si no tipo de Tigagao glieosidica, consequentemente tem propriedades fun ‘goes biologicas diferentes. Monossacarideos e Dissacarideos (Os carboidratos mais simples, os monossacarideos, sto alde!- dos ou cetonas que contém um ou mais grupos hidroxila na molécula os monossacarideos com sromos de catbono, a case e frutose, t8m cinco grupos hidroxila, Os atoms de carbo- no, nos quais os grupos hidroxila estio ligados, sto geralmente centros quirais, 8 quais originarn os numerosos agtcares este reois6meros encontrados na natureza. Iniciaremos descrevendo 1s familias de monossacarideos com esqueletos de trés sete ato ‘mos de earbono — suas estruturas¢ suas formas estereoisome: riees — e ¢s maneiras de representar suas estruturas tridimensi- onais sobre. papel. Discutirernos,entdo,as diversas reagoes qui ‘micas dos grupos carbonila dos monossacarideos, Uma dessas reagaes € a adicao de um gtupo hidrenila da mesma molécula, 235 226 {que produz as formas cielieas dos acticares de cinco € seis éto~ mos de carbono, (as quais predominam em solugio aquosa) © «ria um novo centro quiral aumentando © grau de complexida~ de estereoquimica dessa classe de compostos. A nomenclatara que especifica, de maneira nao ambigua, a canfigaragao ao re- dlor de cada atomo de carbono na forma ciclca e a forma de Feptesen tar esas escruturas no papel estao descrtas com alguns ddetaes a seguir; isso sera muito uril mais tarde, quando da di. cussio do metabolism dos monossacarideos. “Apresentaremos aqui também alguns importantes deriva- dos de monossacaridecs, que serao encontrados nos capitulos seguintes As duas familias de monossacarideos: aldoses e cotoses. ©5 monossacarideos sio compostos incolores, s6lidos cristali- ‘nos, naturalmente soluveis em Agua, porém insolveis nos sol vertes nao-polares. A maior parte deles tem sabor dace, O es: queleto molecular dos monossacarideos comuns € constituide [por una cadeia earbinica nao-ramificada na qual todos os ato. tos de carbono estan unidos entre si por ligagoes covaleates simples, Na forma de cadeia aberta, um os stores de carbone, € unido por ura ligagao dupla a um stomo de oxigénio para formar um grupo earbonila; cada um dos outros étomos de car- bono tem um grupo hidroxila. Se o grupo carbonila esti em " on NoproH Hon 4 4 con licealdeio, _Diidseniacetona, DGilieore, tama aldose ‘uma ceone uri uldoextne oo ‘uma das extremidades da eadeia carbonica (isto é em wm ale do), monossucarideo € usa aldoses se 0 grupo carbonila esta ‘em qualquer outra posigio (em ume cetona), 9 monessscari- dco € ume eetose- Os manossacaridens mais simples sto as das trioses com trés dtomos de carbono: o gliceraldeide, uns alda- tose, ea diidroxiacetona, uma cetotriose (Fig, 91a) (Os monossacarideos com quatro, cin seis ¢ sete tomas de carbono em seus esqueletos moleculares so chamads, res pectivamente, tetroses, pentoses, hexoses ¢ heptoses. Existem aldosese cetoses correspondentes a cada um desses comprimen: tos de cadeia: aldotetroses ¢ cerotetroses, aldopentoses ¢ oeto pentoves,e assim por diante. As hexoses, que inchiem a ekloexo: ‘se Deplicose ea cotoexose D-frutose (Fig, 9-1b), s20 0s monos ‘sacarideos mais comuns na nature7a, As aldopentoses D-ribose « 2-devoxi-D-ribose (Fig. 9-1c) sto componentes dos nuclect deos e dos écidos nucléicos (Capitulo 10) Os monossacarideos possuem centros assimétricos Todos 0s monossacarideos,exceto adiidrosiacetoma,contém um ‘ou mais dtomos de carbono assimétrico quiral) ¢, assim, ocor Fem em forms isoméricas opticamente ativas (pigs. 43-47). A aldose mais simples, 0 gliceraldeido, contérn urn centro quit (0 atomo de carbono central); portanto, tem dois isomeros 6p- ticos diferentes, ou enantiomeros (Fig. 9-2).Por convengao, ume ddessas duns formas € designads isomero Dea outea isomer L. we HoH HCH don bon b-ratss, Dilboxe, ——2-Daso- bo, una exoerore wma aldapentase uma aldopentose lo Figura 9-1 - Monossacarideos representativos (a) Dues ‘tose, ume aldose e unia cetes® © grupo carbonla esta sombraado em wermelho ert ada ua das estrus, {b)Duas hexoses comune. 1) As pontoses Componente dos acidos nucle, A O-aose ¢ componente éo edo rbonucleeo IRMA) €a 2-desox.c-rbase componente do Scio desoxribenuclisca {DNA} Pepalno e@ = cron -Glcerideico tlleoraleido Formulas de projegta de Fischer Ho} cH,0H 1Gliceraleide DGlieeradeido odelo bolu-e-bastao Formulas em perspostiva Figura 9-2 - Thés maneiras de representar os dois omeros do gliceraldeida, O: estoreoitmeros so imagens especslaes um do outto 0 ‘modelo boa-e-pastao mostra 2 cantguraqio real das mléculs, Por corvercBe, na férmula de projecza de Fincher as lacbes hivizartas so Projetadas p3ae frente do plano do papel. es Igeches vertcals para arte de 3s do plano a ape. RoierRorand (wa Pq, 41) que, nas rms fem penpectv, as igacdes em forma de cinta se projetam para a frente do plano do papel eas pontihedes para tiés do plano os aacel Como para autras biomoléculas com centros quitais, as confi iguragoes absolutas dos agtcares séo conhecidas por cristalogra: fia Ge raios X. Para representar a estrutura dos agiicares de ma- neira tridimensional ao papel, empregamos corzentemente as {orrnalas de projecio de Fischer (Fig. 9-2). [Em goral uma molécula com centros quirais pode ter 2° ‘stereoismeros. O gliceraldefdo tem 2' = 2; as aldoexoses, com ‘Quatro centros quirais, tém 2' = 16 estereoisomeros, Os este- recisbmeros dos monossacarideos de cada um dos comprimen- {os decade carbonica podem ser divididos em dois grupos que diferem na configuragze a0 recor do centro quiral mais distant do carbono da carbonila, Aqueles em que a configuragio desse res carbooes Quatro carbonos \P tomo de carbono de referencia & a mesma do D-gliceraldeido sii designados de isomeros D, e aqueles com a mesma contfigu- zagto do L-gliceraldetdo st0 0s isomeros t. Quando o grupo hi- droxila no carbone de referénciaesté do lado direito na formula de projecao, o agicar é0 U-isdanero; quand ele etd a esquerda, 60 L-isomero, Dus 16 aldoexoses possvels oto sao da forma D fe oito slo da forma 1. As hexoses encontradas nos organistos vivos sto, na maioria, 0 |A Figura 9-3 mostra as cstruturas dos D-estereoisomeros de todas as aldoses as cetoses que possuem de trés «seis itomos de ‘earbono, Os itomos de earbono de um agiicar si9 numerados ccomegando-se pela extremidade da cadeia mais proxima do gru- np \ m é HO—C—H r nomen no—1—H bow buon non gon don duo D.Eritose p-teoie [p-Ribose] [H-Anaine] | Rte pets T_ Serban ~ _ Hp A rolon HO—( —H n-d-on redeon nod vo ut—on u—d—on on bor mon ton son on bon DAlowe p-atrose — [Dtlicase] [BeManose] ——D-Gulose p-taose | — (a) D-Aldoses [i eons | [eonietetece) [caw atieme ; os | ort udeon Gon Lion [rosea | [Enon | | \ (tae) [D itor | [ ‘Seis carhonos gain enon pie eiLoM 0 =0 Lo bo | aura 93 ~Asséres asin oes (| o.ctre l ‘que t8m de 1s a sets atomes de cartvone S40 mostie- H-(—OH HOSE: dae om suas formuise de projecaa, Os atoms ce car ween tren spe eraee duane wears on weleon docobonk tom arresracontquogio qs cxtoro onan bo ee ee Cee ee ee =| Pune tgnne | terete vkoumsenonieesreee espe (b) Ceres | simos capt. 228 po carbonila, Cada uma das oito D-aldocxoses. as quaisdiforem extercoquimicamente em C-2, C-3 ¢ C-4 tem nomes préprioss D-glicose, D-galactose, D-manose, etc. (Fig. 9-3e). As cetoses de quatro © cinco atomos de carbono sia designades pela insergéo de“u!” no nome da aldose correspondente; por exemplo: D-ribu lose ¢ a cetopentose correspondente a aldopentose D-nibose, En tretanto, exstem cetoexoses que s90 denominadss contrariando essa negra como a frutose (do lstim fructus que significa “ruta; as frutas sto ricas nesse agticar) ea sotbose (de Sorbus, genera de fcvore de montania, a qual em fruras que 0 ricas em sorbitol, tum dkool deriva ce agticar) Doisagiicares que diferem somente ‘a configuracio ao reder ce um nica étormo de catbono sa0.cha- ‘mados epimeros; a D-glcose © D-manose, que diferem estereo- |quimicamente apenas cm C-2, io epimers, como também 0580 1 D-glicosee a D-galactose (as quaisdiferem em C-4] (Fig. 9-4). ‘eno Hyon gut HC on eon u noakon not wation — nokion —ad—ou dion shox dion o-Manose pele o-caacse {epinero em 2) Lepimero em C-4) Figura 9-4 Epimeras. .0-glcose dos de seus enters sa0 mostra os em formulas e prjecan. Cada gpimeto date ca B-glcose na cont |uracéo de apenas um centro qua sombreedo em vermelho) Alguns agcicares ocorrem naturalmente na forma (3 exem- plos sao a L-arabinose e as L-isomeras de alguns derivados ce aciicares (discutidos a seguir), componentes comuns dos glica~ a5 formar turanasidcas da O-Tutores20 mostradas aqui nas for (as em percectiva de Haworth. AS bordas do anel mas préxias co 3 tan veresentadas por Inhas grosws Na perspectna de Haworth ‘ups Hdreila que estdo adao co plano do ancl dover estar do elo nas formulas de prciecdo de Fscher (compare Con Fg. 9 (pram e fuano sao mosvados para comrparacao, eo dor anemaros ae fe Asis Asis a 97 New al ‘buss possves format er ade @) on 1&-D-Glicopiranese 0) Figura 9-8~ Férmulas conformacionals das piranoses.(al Dua: fo- rma em "cadet" do ar plranosiica, Os sUbsiuintes ns carbons, {o anel podem ser at (ak, projotandose paraelos como ei wert ‘al em relagho a0 plane do anal, Ou, entao, equatorias fe), projet ‘dose da manera quate perparcicuar a0 resmo eixa. Gevalmenie os, substtuintes nas posées equator softer menos impedmnonto es Tro por substitutes vail, portato, as confermacbes corn subs tituintes volumosos na posigze equatonal S40 favoracas, Uma outra ‘onformacao em "o@rco" (r80 mostrada)semente sparece em dens: fos com substttantes muita velumosos,(b)& coniarmacao ert “cade ra" 08 wd-gicoprerose. 230 “Lembee-se de que no Capitulo 3 foi explieado que dis conforma- {es de uma molécula sao interconversiveis sem a quebro de liza- 20 covalent, potém duas coniguragees poder ser incerconverti- das apenas pela quebra de ligacoes covalentes — por exemplo, no ‘aso dasconfiguragoes cB, aligacao que necesita serrompida & aqusla que erwolveo stomo de axigénia do anel Asconfiormagies tridimensionas espeificas das unidades de monossacarfeos S10 importantes na determinago ds propriededes biolGgias eFn- ‘es de alguns polisacardeos, como veremos mais adiante, s organismos contém uma variedade de derivados das hexoses. Em adigio &s hexoses simples como a glicose, « gelactose © a ‘manose existe um grande nidmero de seus derivados, nos quais um grupo hidroxila no composto original ¢ trocado por um ‘outro grupo subdstituinte, ou um atomo de carbono ¢ oxidado a 4cido carhoxilico (Fig. 9-9). Na glicosamina, na gelactosamina «na manosamina,a hidrosila em C-2 do agtcar original subs- titwida por um grupoamino. O grupe amino quase sempre esta condensede como Acido acéicn, como na N-acatilelucosomina. B-b-Glicose h—O—PO! me P-b-Giicose--fostato 6--Giucuronato D-Glaconato Esse derivado da glucosamina é parte de muitos polimeros ¢s (ruturais, incluindo aqucles das paredes celulares de bactérias, As paredes celulares bacterionas contém também um derivado da glucosamina chamade acido N-acetilmuramico, no qual @ fcido Lictico (deido carboxtlico com trés atomos de cardono) esti unido por wma ligagao éce ao oxigen em C-3 da N-acetl glucosamina. A substituicao de um grupo hidroxila por um hi: rogenio em C-6 da L-galactose ou da t-msnose produ L-Faco- © ou L-ramnose, respectivarente; eses desoxiagticares sio en contrades em polissacarideos de plantas ¢ oligossacarideos complexos componentes de glicoproteinas e glicolipidios que serio descritos mais adiente. Quando 0 carbono da carborila (akleido) da glicose € oxi dado até écico carboxilico, ¢ produzido 0 acido glucdnica; ou- tras aldoses produzem outros dcidos aldénicos. \ oxideczo do carbono na outra extremidade da cadeia carbonica (C-6 da gli ‘cose, galactose ou manose) forma 0s écidos urénicos correspon: denies: cidos glucurénico, galacturdnico € manurdnico, Am- bos os grupos de cidos urdnicos e aldénicos formam esteres intramoleculares estaveis chamados lactonas (Fig. 9-9; abaixa € ‘Aminoagicares 1H OH. 4 oH a 4 HOM BOGalsctoremina —_B-D-Manosamina Acide N-accllneuteminice (Gio sitio} Figura 9-9 ~ Alguns derivados das hexoses importantes em biologla. Nos aminoacicares, un giupo—NM substitu um grupo —OM oa hexose longa A substtuao de —OH por —H produz um desodiagica. Note que o: dsoxagicares mostados aq ocorrem na natueze Como 65 iderosL (5 acicares dodo: contém um grupo carboslat, o quel Ihe confere ume catve regetve em pH neue. A.D-glucono-Tactina resulta da formacao de uma igagao ester ene 9 grupo cartalare em C-1 @0 grupo Ridroa am C-5 {amber conhecido coma carbons 8) de D-guuconata, a esquerda).Além cesses derivado icidas das hexoses, um agih- car icido com nove dtomos de carbon merece mena: 0 Acido, Naavetilneuraminico (cid silico), um devivado da Neacetil- manosamina, é um dos componentes de muitasglicoproteinas ¢ glicolipidios de origers animal, Os grupos carboxiha desses derivacos de astcar esto ionizados em pH 7,< esses compostos slo, portanto, corretamente nomeados de carboxilatos, por ‘exemplo, glucusonato, galacturonato, assim por diate. Durante a sintesee a degradagao metabolica dos carboidea tos, Frequentemente os intermedisrios nto 810 08 proprios acs cares, mas 6s seus derivados fosforiladas, A condensago do &ci 4o fosforico com um dos grupos hidcoxila de um agticar forma um ster fosforicn, como na glicase-6-fosfato (Fig, 9:9), Os agi- cares fosfarados sia relativamente estivels em pH neutro & pos- suern uma carga negetiva, Um das efeitas da fosforilagandoaga- car no interior das celulas € impedlir a difusdo desse aticar para fora dela;: membrana plasmat ca das eélulas, em geral, nae pos- sui um transportador especifico para essas moléculas. A fosfori= lagio também ativa os agicares para as transformagies guimi- cassubseqiientes. Varios derivados fosforilados importantes dos ‘gtcares serdo discutidos no proximo capitulo. ‘0s monossacarideos sao agentes redutores Osmonossacarideos posiem se" oxidados por agentes oxidantes reativamente suaves,tais como os ions férrco (Fe") e cuiprico (Cu) (Fig 9-102). © carbono de grupo carhonila é exidado a tarbonila. A ylicose e outros agicarescapazes de reir ions {Erica ou cipricn sio chamados de aeticares redutores. Essa propricdde € a base da reagan de Feblings um teste qualitative pare preSencade ayicates redutores também possivel deter- tinar a concentragao de um agar redutor pela medide da uantidede de agente oxidente que éreduzido pela solusao des se mesmo agtcar. Por muitos anos, esse teste foi usado para de tectare medir as elevagoes dos niveis de glicose no sangue ema trina no diagnéstico do diabetes melito. Atualmente, metodos mais sensiveis para a medida de glicose sangbinea empzegam uma enzima,a glicose oxidase (Fig. $-10b) Os dissacarideos contém uma ligagao glicosidica 0s disacariens (come a maltose, a lactose & a sacarose) si0 gacio cheazcica oxa HO, A eleula ‘mofese rem ur remiaceta edutcr em C-1, nde envoleanaligacio co Sica Asam serce, 2 mutareacao neccrvere a: forma C0 Ne ‘acetal. AS gages essa posi, algamas vezes, 0 represrtadas po nhs ‘orcledes pare rec que aestutra pode art a quer 232 A maltose, um dissacarideo (Fig. 9-11), comtém duas unida- desde D-glcose unis por urna ligagae glicos carbone anomético) de uma unidade de glicese e C-4 da outa Devido ao fato de 0 carbono anomérice livre (C-1 da unidade dle glicose a dreita da Fig. 9-11) poder ser oxidado, a maltoye € um dissacarideo redutor. A configuragio do tome de carbone anomérico envolvido na ligaglo glicosidiea é a. A unidade de glicose com 0 carbono anomérico livre & capaz de exist nas formas a e P-piranosidicas. ‘arias regras devem ser seguidas para nomear o¢ dissacari eos, como a maltose, de forma clara e precisa, e especialmente para designar os oligossacarideos mais complesos. Por conven: 40,0 nome descreve 0 composto at partie de seu terminal nao redutor colocado 8 esque, sencia, entao, “canstruide” na se. sguinte ordem: (1) A configuragao («tou 8) da dtoma de carbo: ‘no anomérico que reune a primeira unidade de monossacarideo (@esquerda) a segunda € escrita, (2) € escrito o nome da nid de da extremidede no-redutora, Para distinguic as estruturas dos aneis, cinco ou seis étemos,adiciona-se ao nome os termes furano” ou “pirano’: (3) Os dois atomos de carbon reunidos pela ligngao glicosidica sao ind icados entre parsnteses, com uma seta conectando os dois numeros; por exemplo (1->4) mostra que C-1 da primeira unidade de aguear esta unide a0 C-4 da segunda. (4) Fscreve-se 0 nome da segunda unidade, Se existir uma terceira unidade, a segunda ligasao glicostdica & deseri por meio das mesmas convengdes. Para encurtar a descrigao de polissacarideos complexos sto frequentemente erapregedas abre- viagoes de ts letras para cada monossacarideo, como apresen- tado na Tabela 9-1, Seguindo essa convengio para denominar ‘ligossacarideos, « maltose seri nomeada a-D-glicopiranosil- (1-4)-B-D -licopiranose, Como a meioria dos agicaresencon trada neste Livro é enantiémetos D e predomina «forma pirano, Sidiea das hexoses, usamos geralmente a verso curte do nome formal desses compastos, dando configuragto do carbono.ano- mnérico e nomeando os carbons unidos pela ligagao glicosih cca, Nessa nomenclatura abreviada, a maltose é nomesda Gle(aal4)Gle entre C-1 (0 ‘Tabela 9:1 ~ Abreviacées para os monoseacarideot comuns @ ak Nome ‘Abreviacio ‘Abequow Ake ‘edo glucan eA. Wabinose Ara ‘Gabacosamina als Frutose Fv Glucosamina Glen Fuccse Fue Precetigalsctosamina——_GalNAc Galecraxe Gal Dracetigiucosaming Glee Glicose ke Aca ruraniea ue Marese Man Acido Nacetitnuémico — MurZAc Farnese ara ‘ado Nacetineurarings Nevéde Roe Rb (oxi sic Xiose_ ( dissacarideo lactose (Fig. 9-12) acorre naturalmente ape: nas no leite, quando hidrolisado, idera D-galactose e D-glicose. Ocarhono anomérico da unidace de glicose esta disponivel para ‘oxidac2o; portanto, a lactose é um dissacsrideo redutor. O seu ‘nome abreviado & Gal(P1—+4)Cle, A sicarose (o agua? comum) umm dissacarfdco de glicose efrutose. Fla éformada pelos vege- {ais, porém ndo pelos animais superiotes. Em contraste a mal tose ¢ lactose, a sacarose nio contém étomos de carbono ao. riéricos livres; 0s étomos de carbone anomeérieos de ambas os ‘monossacarideos estdo envolvidos na ligacio glicosidica (Fig, 9412). A sucarose ¢ portamto um agiicar nio-redutor, Os disss- carideos nao-redutores so chamados glicosideos; as posigoes odio. IN He oo Hoon Sscaroee ‘4-D-glicopiranesil f-D-fratofuranestdeo Gleiates2p Fn Hon Tiealose ‘aglicopianonilo-b-ghcopinanosides GlejateriarGle Figura 9-12 - Alguns dissacarideos comuns. Da mesma manara que maltose ro Fqura 9-11, esses dssacarideassb0 mostados nas formar las erm perspeciva de Hawserth. Os nomes comnrs. o& names seat cas complet @ as abreiagoes 530 dacs para cada um dees ligadas sio dos carbonos anomiéricos. Ne nomenclatura abrevia dda, uma seta dupla conecta os simbolos que especificam os car bonos anomericos e suas configuragSes. Por exemplo, o nome abreviado da sacarose¢ correto tanto na forme Gle(ctl¢>2B)Fn, ‘como na forma Fru(82es1a)Gle. A sacatose ¢ principal inter ‘medidrio da forossintese; em muitos vogetais, ela ¢ a principal forma na qual o acticar ¢ transportado das folhas ate as demais ppartes da planta, A trealose Gle(ale>}a)Gle (Fig, 912) € um dissacarideo de D-glicose que, como asacarose,é um acucat na0- redutor. Este € « prineipal constituinte da hemolinfs, 0 Mido cireulante dos insetos, que serve como um composto de arma zenamento de energia. Polissacarideos A maioria dos carboidratos encontrados a naturera ocorre como polissacarideos, polimeros de média até alta massa mole- cular. Os polissacarideos, também chemados glicanos, diferem entre sina identidade das suas unidaces monossacaridicas € nos tipos de ligacao que 0s unem, no comprimento das sas cadeias emo gran de ramificagao destas. Os homopolissacarideos con ‘ém apenas um tinico tipo ce unidade monromérica; 0s hetero- polissacarideos contém dois ou mais tipos diferentes de unica ddes monomeéricas (Fig. 9-13). Alguns home palissacarideos ser- ‘yem como forma de armazenamento de monassacarideos ‘empregads como combustiveis pelaselulas; o amido eo gli sénio sio homopolissacarideos dese tipo, Outros homoplis- sacariéeos, como a celulose ¢a quitina, sio utlizadas como ele- ‘mentos estruturais das paredes celulares vegetais ¢ de exoesque- letos de animais, cespectivamente. Os heteropolissacarideos fornecem suporte exiracelular nos organismos de todos 08 re: Heteropolneacarident Homopolissacarideos Deis tos Malliplos de manémeres— mondmeros Linwares ——-Ratificados Tincares rarificedos ¢ Figura 9-13 ~ 0s poissocridecs poser ser cormeostos por um, dos ou ‘ites monosscearieos erent, igades ene sien cade tneates fu ramicadas ce comprimento write. sos nalurais. Por exemple, a canada rigida do caveltério das 4),com ligagdes (cel6) nas ramificagdes, mas o glicog’- io & mais extensamente ramificado (em média, uma ramifica- «a0. cada 8 a 12 unidades) e mais compacto do que o amido. O slicogénio ¢ especialmente abundante no figado, onde ele cons titui até 79 do peso tmido do 6rgio; ele também estd presente ‘no misculo esquelético, Nos hepatocitos, o glicogenio ¢ encon- ‘aco em grandes granulos (ig. 9-14), sendo eles mesmos agre- sgaudos de grinulos menores compostos por moléculas de glco- {genio unitarias altamente ramificadas e com uma massa mole- cular média de virios milhdes. Esses granulos de glicogénio também contém, numa forma intimamente unida, as enzimas responsiveis pela sua sintese e degradagao. Devido a cada ramiticacdo no glicogénio terminar com uma, ‘unidade de agacar nio-redutor (uma unidade sem 0 carbono, ‘anomérico livre), esse polimero tem tantos terminais nio-redu- ‘ores quantas ramificagoes, porém apenas um tnico terminal redutor. Quando o glicogénio ¢ usado como fonte de energia, a8 unidades de glicose s10 removidas uma a uma, a partir dos ter- 234 gion 4 Ho Enenidude ae Estrenidde rarer oJ oJ retina hon 1 © O, Amilose uA Nn ae oH HL le Poo de i =O-F ramificayan Buremiea! anita Tr be fates 9 beremidades, ) ‘cH aorredaones ‘Anilopctna Cae principal « om Figura $15 ~ Os dois polissacarideos do amido, a amilose © a amilopectina (a) Lm aequenc sogmento de amiese, um pelinev Ineor omposto por unicades do D-gicose com igacoes (a->4). Uma Unica cadea do potmera pone conter varia mers de uncetes de gicose A amilezectna tem gages semelhertes® amiose nas unidades entre os port de tame aaa (bl Ne penta de ramcacso, a amiopectra, kn i haacio (a1-96). 10 Um agregado de amiosee arlepectna como se acres que ocorta nas grulos ce amido. As fires ce amiopecina (veinicho) ‘ormam estaturas om cupla helice umas com as outres ou com a fibres de arlase Card) As uidades ce cose, a extemidate nares Cos remicecies externas, so retieies ea7maticavente, una Ge cata vez, urate > mobilaac3o ntracellor do amo para procucse Ge ereraa. 0 ‘pcogénio term uma estuturasimiar, mat @ muro mas tamiicado e me compocto ‘minais ndo-redutores, As enzimas de degradasao, que agem sor na amilose, na amilopectina & no glicogenio a glicose ests na niente nos terminais ndo-redutores, podem agirsimultaneamen= ‘teem muitos terminals, acelerando a conversio do polimero.en menossacarideo. Por que nao estocaraglicose na forma monoméica? Foi cal= culado que os hepatécitos estocam glicogénio equivalente a con- centragaio de 0AM de glicose. A concentragio real de glicogénio, que insoldvel e contribu pouco para» osmolaridade do citoso, € cerca de 0,01fIM. Se 0 citosol contivesse 0,4M de glicose, os molaridace puideria ser perigesamente alta, levande § entrada de {gua por osmose, o que poderia romper a cela (veja Pig 4-11), Alem disso,com uma concentragoiniracelular de glicosede0,4M © uma concentragdo externa aproximadamente igual a SiiM (a a0 terapeptise0 venho por melo do Lys ou de urn aminoscce semelhante 3 sna, © Sado diaminopméio, 0s glicosaminoglicanos s80 componentes da matriz extraceluler © espago extravelular nos texides de animals multielalares & preenchido com um materiel geleificado, chamedo de matriz ‘atracelular ou, aindo, conkecide como substincia fundamen tal, quc mantém unidas as células de um tecico e fornece uma via porosa para a difusie dos nutrientes ¢ do oxigenio para as célults individvsis, A matrizextracelular & composta por uma rede de heteropolissicarideos e por proteinas frosas interco~ nectadas, tis como coligeno, latina, fibronectina e laminin, 0s heteropotissscarideos, chamados glicosaminoglicanos, s30 ‘uma fanulia de polimeros lineares compostos por unidaces re- petsivs de disacarideos (Fig. 9-20). Um des monossacarideos que compose os dissacaridens ¢ sempre a N-aeetilglucosamina ou Neacetigalatosaming, 0 outro na maioria dos casos é um acido UrGnico, usualmente 0 icido O-glucurdnico ou o écido T-idurénieo. Env alguns glcoseminoglicanos, uma ou. moa das higroxilas do asticar aminado esto esterificadas com sulfate. A can 7 er of it WA, - pie at NH } ‘in é hon by, hea GaINASASO} Questia salto Ho » on Gul eNO Figura 920 ~ Unidades repetitives de alguns gliceseminoglicanos femurs da mata axtracelular As nrlecils a0 copolireras era do unidaces de dcdo Urbvco ede aninoaxica com ésors de sufato em flpumas das oscoes, Os gruras erizados, carbo e sufoto (veme= Ino, doa essaspolmaros sua caracterstca de carga Atarente negate 2B? deo caracterstico das unidedes sulfatadas € ndo-sultatadas nos glicosaminoglicanos estabelece um reconhecimento especifico ppor una vatiedade de proteimas ligantes que se associam ele- Uwostaticamente com essas moléculas. Os glicosaminoglicanos estdo ligados a protetnas exitacelulares para formar os proteo- slicanas (discuticos a seguir) (© glicosaminoglicano deido hialurdnico (hialuronato em pH fisiokigico) contér uniidales alternadascle acido D-glucurd nico e N-acetilglucosamina (Fig. 9-20). Qs hialuronatos tém mmassas moleculares cima de | milhao; tendo até 50.000 unida des repettivas compostas por dissacarideos. Ele formam solu s5es altamente viscosas ¢ elaras, as quais funcionam como brificantes nos fluidos sinoviais das juntas ¢ conferem a0 bu mor viteoo dos elhos des vertebrados sua copsistencia semelhante da gelatina (do grego kyalos que significa "vidro"; hialurona. tos podem ter uma aparencia vitrea ou transhicida) © hialuro~ rato &tambem um componente essencial da matriz extracelular das cartilagens e dos tendoes, nos quais contribu para sua elas: ticidade caracterfstica e para a resisténcia 4 tensdo, como resul: tao das fortes interacoes que apresenta com os outros compo- rentes da matriz, A hialuronidase, uma encima secretada por algumas bactérias icas (causadoras de doengas), pode hridrlisar as ligacoes glicosidicas do hialuronato, tornando os tecidas mais suscetiveis & invasdo pelas bacterias, Em muitos ‘organismos, uma enzimasemelhante,no sperma, hidrolisa uma, ‘cape externa de glicosaminoglicane que envolve 0 ovulo, pet rmitindo a penetragio do espermatozoide. ‘Outros glicasaminoglicaos dferem do hialuronato em dots aspectos: eles sao geralmente polimeros muito curtos e covalen- temente ligados a proteinas especificas (proteoglicanos, discuti- dos a seguie). A condroitina sulfuto (do greyo chondras que sig nifiea“cartilagem”) contribu para a resisténcia a tensdo na ca tilagem, tendoes, ligamentos e paredes da aorta. A dermatana, sulfato (do grego derma, “pele”) colabora coma fexibilidade da pele c também esti presente nos vasos sangiineos¢ villas do coracio, A queratina sulfato (do grego Keras,“eomnos") mio pos. sui dcido urdnico ea quantidade de sulfato ¢ varivel, Esse pol mero esta presente na c6enea, cartilagens, ossos em uma varie~ dade de estrututas calosas formadas por eélulas mortas: chittes, ‘abelos, cascos, unhas € garras. A heparina (do grego hepar, “ic sgedo") € um anticoagulante natural, sintetizado nos mastocitos ¢liberado no sangue, no qual inibe a coagulagio pela igo & cestimulagao Simultdnea da proteina anticoagulante, ant tron ‘bina IIT, 4 interagao entre heparin € a amtitrorabina U temente eletrostitica; a heparina € a macromolécule biolégica ‘mais bem conhecida, que contém a mais ala densidade de carga negativa. A heparina purificeda é rotineiramente adicionada a amostras de sangue colhidas para anslises clinicas e sangue doa- do para transiusio, a fim de evitar a coagulagio. ‘A Tabela 9-2 resume a composigio, as propriedades, a 0cor- rincia e a fungio dos polisacarideos descritos neste topico. for Glicoconjugados: Proteoglicanos, Glicoproteinas e Glicolipidios Algo das sues importantes funcoes como armezenamento ener _gtico (amido, glicogenio} e materials estruturais celulose,quiti- na, peptideoglicano), os polissacarideos (e oligossacarideos) sto portadores de informagoes, eles servem como indicadores deen deresamento para algums proteinas e como mediadores para in- teragbes especificas cétula-celula e ceka-matri extracel. AS ‘moléculas que contém catboidratos especiicosagem no reconhe= cimento ¢ na adesio célula-edlula, na migragio celular durante 238 Tabela 9.2 ~ Estrututa @ funcio de alguns polissararidaos “Tamanho (numero Potmere Tipo Unidaderopetitiva’ de unidedes Fungoes monossacaridicas) ‘arid ‘mazenagen Ge eneigla hes vegerake ‘aos Home (+8166 tnear 50-5.000 ‘Amlopectna Home fel +8Gccom ate 10" ramen 16 3 ad 2430 uicades ‘teegerio Home (et 9G, com ate 50.000 Aamazenayen ce engi: ras bacéies © cus ares (a 1-616. anima eas 12 undacee colsose Homo (race ‘615.000 Estrutral nos vegetas, fomece eaidez & resbinica s paredes cslres utes Home (p1AIGkeNAc Muto grande Farutral er hsetos,alanhas @ enstceos, Tomece rejder resitanda so exoeaqusleta Feptdeoglcero Herero aauraac(st-sa Muto grande ‘sutwrat om bacteria, frnece raider € Tigaco com GiNAcKt resistendo o0 erwoléne clube pentideo Hiakronato eter, aiGeAgMo3) ‘ae 100.00 sruturat er vertoorados, mate extracliar dx (ghtominegicarey "ado GeNAGpH ae @ eaido conjantvo, cosidade Kbnicagio nas articulates * Coes pone & chset cad cor howopelsacarco Remo) au con hetwopoT esa lee (ete) *osnmesabrev cos para ospepidengicarcse Neluroatoindeam que potmaracontem undies repattnaede deacareos com oGKNAC de uma undade uisecaneica Wade 1-33) a pea urd da prom unica dnsacrte, desenvolvimento, no revestimentosangineo, na resposta mane ‘ra cicattragaodelesde,apenss para car algo de suas fan sc, Na maiora do casos. ocarboirata sinalizador 6 covalete tment ado pratcinaon ipo para formar un glcocinj- ado, cue a mokcul bologicamenteativa Proteogicanos sio macromolécuas da superficie da lula coda matrizextracelalar, os quis uma ou nas cai de osaminogicanos esto ligadascovalenemente a uma proteina demembrana ous wma protenasecrstada, A parts formada pelo alicosaminoglicano comtumente ¢a maior fraggo (em mass) da ‘olécua de proteaglicano, predominando na estrtura e¢ fre aentemente 0 principal sitio da atividace biolgica, Em mui tes casos a atividade biolgica€ resultnte de miiltiplos sitios de ligag. cos em possiildades de realizar pontes de hidro- genio ¢ interaieseltrositicas com outas proteas da super ficie ely ou da matre extraclulat. Os protoglicanon sio 0 maior componentedostecidosconectvos,taiscamocartilagens. nosquaissas muitasinteragSesnio-coveentes com outos Pro teoglicancs proteinase glicosaminoglicenos procuzem rgider « elasticidade, Glicoproteinastém um ou vitios oligossacarideos de com- pievidade variada ligados covalentemente & protena, Elas sto éncontrads no lad externe de membrana plsmatia, ra ma tir exracelohir e no singue No interior das celui, elas sa0 cncontraas em organelas especiias, tis cama o complexo de Golgi os grinclosseretores e ox Hsoxsomo, As fragt aligns secaidicas das gprs so menos repctitvas do que a dees de gicosaminoglicanos ds proteoglicanos. cis 20 rcas ern informagees,compondo sto altamente especicos para o ea nhecimento ¢ a ligagio de alta afinidade com outres proteinas. Gliolipiios so ipidios de membrana mos quai os gra poshidroiics da “abesa” so aigosscarideos, qu, como nas ‘icoproteins,agem como sitios expecficos para o reconhect mento polis protetnasigass carboiratos A glcobiologa 0 estudo da estrutua efungio de glicocon- jngados. urna dis mais ativaseexctates dea da bioquimica «da bolegia cla. Noss discusses uriizam apenas alguns Povesexerples para star a civersidadestrutural ele ati- videdesbiolégicas dos glicoconjugads, No Capitulo 20, dsc tiremos a biossintese dos polissscarideos, ineluindo 0s glicosa- ‘minoglicanos e, no Capitulo 27, a sintese das cadeias oligossa- caridicas das glicoproteinas, Os proteoglicanos sao macromoléculas da superficie celular e da matriz extracelular, contendo licosaminoglicanos As unidades bisicas dos proteoglicanos consistern em uma “pro: teina central" ligada covalentementea glicasarninoglicano(s), Par ‘exemplo, a estrutura laminor da matriz extraceluler (Kimina ba- sal), que separa grupos organizados de células, contém una fa- rilia de proteinas centrais (M, de 20.000 a 40,000), eada wma ‘com: virias cadeias de heparana sulfato ligadas covalentemente. ‘A heparana sulfato ¢ estruturalmente similar & heparine, porsm apresenta menor grau de esterificacao por grupes sulfate. O onto ce ligagin & comumente um residue de Ser, no qual © glicosaminoglicano ¢ ligado por meio de pontes feitas por um trissacartdeo (Pig. 9-21). 0 reskduo de Ser é geralmente da se- _qUéncia ~SerGly-X-Ghy- (onde X € qualquer residuo de a nofcido), embora, nem todas as protesnas com essa seqibacia tenham glicosaminoglicane ligado. Muitos proteoglicanos sio secretados na matriz extracelular, mas alguns sée proteinas in- tegrais de membrana, Por exemplo, a proteina central sindecama (M, 36,000) tenn um dominio transmembrana dinica e um do- iinio extracelular de reconhecimento formado por trés cadeias dle heparana sulfato duas de condroitina sulfato ligadas, ceda ‘Condroitina sulfate frotecanii j Figura 9-21 - A estrutura de um proteoglicano mostrando a ponte de trissacarideo. Un tisacariceo Igarte tinco (acu conecta umn Cosaminooicano — no caso a condrotina saat laarja) — or moo ‘do um residus de Ser fvorretho) da protena central. uridde de nlose do terminal reduter do ligante & unda pelo seu carbon anemneion 20 ‘rapa nérowla do tas6ue ce Ser

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