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OBJETIVO Resolucdo comentada 98/ 99/ 2000 Exame Nacional do Ensino Médio Ce) OBETIVO | C2 REDAGAO “E dover da familia, da sociedade e do Estado assegurar & crianca @ ao adolescente, com absoluta prioridade, o dirsito & satide, & alimentacio, & cultura, & dignidade, ao respeito, a liberdade o & convivéncia familiar © comunitéria, além de colocé- los a salvo de toda forma de negligéncia discriminagéo, exploragio, crueldade e opressio”. ‘Aigo 227, Constiuigdo da Repiiblice Federative do Brasil (Angeli, Folha de Sao Paulo, 14.05.2000) (..) Esquina da Avenida Desembargador Santos Neves com Rua José Teixeira, na Praia do Canto, érea nobre de Vitéria. Av., 13 anos, morador de Cariacica, tenta ganhar algum trocado vendendo balas para os motoristas. (...) “Venho para a rua desde os 12 anos. Néo gosto de trabalhar aqui, mas néo tem outro jeito. Quero ser mecénico”. A Gazeta, Viténa (ES), 9 de junho de 2000. Entender a inféncia marginal significa entender porque um menino vai para a rua e néo 4 escola. Essa 6, em esséncia, a diferenca entre o garoto que esté dentro do carro, de vidros fechados, e aquele que se aproxima do carro para vender chiclete ou pedir esmola, E essa é a diferenca entre um pais desenvolvido e um pais de Terceiro Mundo. Gilberto Dimenstein. 0 cidadtio de papel. Sao Pauio, Atica, 2000 19" edigao INAM/29 99 Com base na leitura da cherge, do artigo da Cons- tituigdo, do depoimento de A.J. e do trecho do livro O cidado de papel, redija um texto em prosa, do tipo dissertativo-argumentativo, sobre o tema: Direitos da crianga @ do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional? ‘Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexdes feitas 20 longo de sua formagao. Selecione, organize € relacione argumentos, fatos e opinides para defender o seu ponto de vista, elaborando propostas para a solugao do problema discutindo em seu texto. Observagées: *Lembre-se de que a situaco de produgao de seu texto requer 0 uso da modalidade escrita culta da lingua *Espere-se que o seu texto tenha mais do que 15 (quinze) linhas. * A redacao devera ser apresentada a tinta na cor preta e desenvolvida na folha propria * Voce poders utilizar a ultima folha deste Caderno de Questées para rascunho. COMENTARIO DE REDACAO, Previsivelmente, 0 ENEM privilegiou um tema social, ser desenvolvido numa dissertacdo: Direitos da crianga e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacio- nal? Para facilitar 0 desempenho do candidato, forne- ceram-se vérios estimulos 4 sua reflexdo. O primeiro, uma charge do cartunista Angeli, retratando dois universos préximos, porém contrastantes: 0 submundo — composto por criangas e adultos indigentes — cercado por outdoors exibindo anuncios relativos ao Dia das Mées. Na legenda, um menor abandonado revela completo ceticismo em relacdo 8 existéncia da figura ‘materna. Em contraste com a charge, a Banca selecio~ nou um dos mais propalados artigos da Constituicéo, que responsabiliza “familia, sociedade e Estado” pela garantia dos direitos basicos da crianga e do adoles- cente. O terceiro texto, extraido de um jornal capixaba, registra 0 depoimento de um garoto que, por falta de op¢ao, sujeita-se a vender balas numa érea nobre da cidade, vendo cada vez mais distante, em conse- quéncia, seu desejo de realizar-se profissionalmente. Contrapondo-se a0 depoimento, um trecho do livro O Cidadao de papel, do jomalista Gilberto Dimenstein, que aponta o critério de divisdo entre “um pais desen- volvido e um pais de Terceiro Mundo”: “a infancia mar- OBJETIVO ENEM Agosto/2000 ginal”, simbolizada pelo menino que “vai para a rua e nao escola”. Bastaria uma leitura atenta dos estimulos fornecidos para que 0 candidato tecesse suas préprias considera- ¢0es acerca do tema. Ao reconhecer que os direitos da crianga e do adolescente vém sendo de hé muito avil- tados, caberia, para além das inevitéveis denuncias, propor possiveis formas de se entrentar 0 desafio de re- verter to desastroso quadro. O cumprimento da Cons- tituigdo, somado 4 aplicacdo do Estatuto da Crianca e do Adolescente — que ora completa 10 anos —, seria ideal, mas 0 candidato dotado de senso critico, a exem- plo do menor retratado na charge, duvidaria dessa pos- sibilidade, a no ser que houvesse, por parte de nossos representantes politicos e de entidades voltadas para a Infancia, real interesse em dar primazia a direitos téo ve- ementemente defendidos em campanhas eleitorais, ‘mas ignorados na pratica. Mao Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, ¢ autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relagdo com as pequenas e grandes cidades. Bicho urbano Se disser que prefiro morar em Pirapemas ‘ou em outra qualquer pequena cidade do pais estou mentindo ainda que Ié se possa de manhé lavar 0 rosto no orvalho € 0 pio preserve aquele branco sabor de alvora A natureza me assusta. Com seus matos sombrios suas 4guas suas aves que so como aparicées me assusta quase tanto quanto esse abismo de gases ¢ de estrelas aberto sob minha cabe¢a. (GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro José Olympic Editora, 1991) Embora nao opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relacéo do homem com alguns desses elementos, ele recorre a sinestesia, construgdo de linguagem em que se mesclam impressoes sensoriais diversas. Assinale a opgao em que se observa esse recurso a)"e 0 pao preserve aquele branco / sabor de alvorada.” b) “ainda que la se possa de manhé / lavar 0 rosto no orvalho” ©) “Anatureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas éguas” d) “suas aves que sao como aparigdes / me assusta quase tanto quanto” e) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas” Resolugéo Na expressao sabor de alvorada, mesciam-se refe- réncias a duas impressdes sensoriais diversas. A pala- vra_sabor implica sensacao gustativa; alvorada (palavra derivada de alvo) implica sensa¢ao visual. Bib No processo de fabricagdo de p80, os padeiros, aps prepararem a massa utilizando fermento biolégico, ‘separam uma porcdo de massa em forma de “bola” e ‘a mergulham num recipiente com agua, aguardando que ela suba, como pode ser observado, respectivamente, em le II do esquema abaixo. Quando isso acontece, a massa esta pronta para ir a0 forno, Um professor de Quimica explicaria esse procedimento da seguinte maneira “A bola de massa torna-se menos densa que 0 liquido e sobe. A alteracdo da densidade deve-se & fermentagéo, processo que pode ser resumido pela equagéo CeH;20g > 2C)HsOH + glicose lcool comum 2CO, + energia. gs carbénico” Considere as afirmacdes abaixo. L.A fermentacao dos carboidratos da massa de pao ‘corre de maneira espontanea e néo depende da existéncia de qualquer organismo vivo. ll, Durante a fermentacao, ocorre produgdo de gas carb6nico, que se vai acumulando em cavidades no interior da massa, 0 que faz a bola subir. lll A fermentagao transforma a glicose em élcool Como 0 alcool tem maior densidade do que a 4gua, a bola de massa sobe. Dentre as afirmativas, apenas: a) | esté correta. b) Il esta correta. ©) le Il estao corretas. d) I! Ill esto corretas, e) Ill esté correta Resolucao 1- Falsa.O processo da fermentacao de carboidratos se dé devido a presenca de enzima sintetizada por microorganismos presentes no meio. ll - Correta. No processo de fermentacao, ocorre a produgao de gas carbénico que se acumula no interior da massa, diminuindo a densidade da OBJETIVO ENEM Agosto/2000 mesma. Quando essa densidade fica menor que a da dgua, a bola de massa sobe. I~ Falsa. Embora a densidade do dlcool seja menor que a da gua somente essa substéncia ndo torna @ bola de massa suficiente para adquirir densidade menor que da gua e subir. Hic Ainda hoje, é muito comum as pessoas utilizarem vasilhames de barro (moringas ou potes de ceramica no esmaltada) para conservar 4gua a uma temperatura menor do que a do ambiente. Isso ocorre porque: a)0 barto isola a agua do ambiente, mantendo-a sempre a uma temperatura menor que a dele, como se fosse isopor. b)o barro tem poder de “gelar” a dgua pela sua composicao quimica. Na reaco, a 4gua perde calor. C)o barto € poroso, permitindo que a agua passe através dele. Parte dessa agua evapora, tomando calor da moringa e do restante da 4gua, que séo assim resfriadas. 4).0 barto é poroso, permitindo que a agua se deposite nna parte de fora da moringa. A agua de fora sempre esté a uma temperatura maior que a de dentro. e)a moringa € uma espécie de geladeira natural, liberando substéncias higroscépicas que diminuem naturaimente a temperatura da 4gua. Resolugao A porosidade do barro permite com que parte da égua contida na moringa extravase, ficando exposta ao ambiente externo. Essa dgua evapora e, nessa mudanca de estado endotérmica, retira calor da moringa e da gua interna que esfriam. Ge “Somos servos da lei para podermos ser livres.” Cicero “O que apraz ao principe tem forga de lei.” Ulpiano As frases acima sao de dois cidados da Roma Cléssica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transicao da Republica (Cicero) para o Império. (Ulpiano). Tendo como base as sentengas acima, considere as afirmagoes: |. A diferenga nos significados da lei ¢ apenas aparente, uma vez que 0s romanos nao levavam em consideracao as normas juridicas. |, Tanto na Republica como no Império, a lei era 0 resultado de discussdes entre os representantes escolhidos pelo povo romano. Ill. A lei republicana definia que os direitos de um cidado acabavam quando comegavam os direitos de outro cidadao. IV. Existia, na época imperial, legislagao romana. Estao corretas, apenas: a)le ll b) le lll, dilelv. e) Iie IV. Resolucao A asseredo Ill corrobora 0 texto de Cicero, escrito quan- do Roma ainda era uma Republica e as instituicdes po- liticas, administrativas e judiciérias se subordinavam a uma legislago que visava proteger 0 cidadéo. Jé 0 tex- to de Ulpiano se relaciona com a assergéo IV, pois de- fende 0 despotismo imperial como suprema fonte de direito. Obs. um poder acima da o)ile lll Cicero (106 - 43 a.C.) e Ulpiano (170 - 228 d.C.) néo viveram “praticamente no mesmo século”, J que entre a morte do primeiro e o nascimen- to do segundo decorreram mais de 200 anos. b Em certa cidade, algumas de suas principais vias tém a designacao “radial” ou “perimetral”, acrescentando-se ao nome da via uma referéncia ao ponto cardeal correspondente, As ruas 1 @ 2 esto indicadas no esquema abaixo, em que nao esto explicitados os pontos cardeais. Os nomes corretos das vias 1 e 2 podem, respecti- vamente, ser: a) perimetral sul, radial leste. b) perimetral sul, radial oeste. ©) perimetral norte, radial oeste. ¢) radial sul, perimetral norte. e) radial sul, perimetral oeste. Resolugao Perimetral lembra perimetro, vias que circundam o limite da malha urbana. Radial lembra raio, como o raio de uma roda de bicicleta, que parte do centro para a periferia. Portanto, a rua 1 6 perimetral ea rua 2, radial. Considerando-se os conhecimentos sobre pontos car- deais, a unica possibilidade entre as alternativas é con- siderar a rua 1 como sul e a rua 2 como oeste. OBJETIVO ENEM Agosto/2000 Geo Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se 0 fisco de atribuir um significado inadequado a um termo ou expressao, e isso pode levar a certos resultados inesperados, como se vé nos quadrinhos abaixo. (SOUZA, Mausicio de. Chico Bento, Fio de Janeito: Ed, Globo, ri 335, Now/29) Nessa historinha, 0 efeito humoristico origina-se de uma situagao criada pela fala da Rosinha no primeiro quadrinho, que 6: a) Faz uma pose bonita! b) Quer tirar um retrato? ©) Sua barriga esta aparecendo! 4d) Olha o passarinho! €) Cuidado com o flash! Resolugao A fala que se omitiv no primeiro quadrinho 6 a expres- 40 que os fotdgrafos converteram em lugar-comum, como apelo ao fotografado, visando a um melhor enquadramento frente a cémara’ “Olha o passarinho!”. (Trata-se de um remanescente dos primeiros tempos da fotografia). A situagdo humaristica decorre da reacéo inesperada e inadequada de Chico, que deu ao termo “passarinho” outra conotaeao, de uso popular, designa- tiva da genitélia masculina, e dirigiv seu olhar para a sua, provocando a reacao irritada de Rosinha. O tltimo quadrinho deixa claro que Chico continuou sem entender © apelo, justificando com uma ponta de preconceito “machista” a reacéo da menina He O resultado da conversao direta de energia solar é uma das varias formas de energia alternativa de que se dispée. O aquecimento solar € obtido por uma placa escura coberta por vidro, pela qual passa um tubo contendo 4gua, A agua circula, conforme mostra o esquema abaixo. Fonte: Adaptado de PALZ, Wolfgang Energia solar e fontes ‘alternativas. Hemus, 1981 Sdo feitas as seguintes afirmagdes quanto aos materiais utilizados no aquecedor solar: |. © reservatério de agua quente deve ser metélico para conduzir melhor o calor. Il. a cobertura de vidro tem como fungéo reter melhor © calor, de forma semelhante ao que ocorre em uma estuta Ill. a placa utilizada 6 escura para absorver melhor a energia radiante do Sol, aquecendo a agua com maior eficiéncia. Dentre as afirmagées acima, pode-se dizer que, apenas est4(a0) corretals): al. b)lell. — JIL Resolucao )) Falsa O reservatério de 4gua quente deve ser feito de ma- terial isolante para manter a gua aquecida por um longo tempo. diel, e)ilelll Il) Verdadeira vidro impede a saida do calor emitido pela placa escura, funcionando de forma semelhante a de uma estufa, retendo essa energia para um reaproveita- mento parcial. Nl) Verdadeira A placa, onde estéo presos os dutos que transpor- tam a agua, é escura para absorver a maior parte de energia térmica incidente. Se essa placa ndo fosse escura haveria uma perda de energia através da reflexdo das ondas incidentes. Be Uma companhia de seguros levantou dados sobre os carros de determinada cidade e constatou que sé0 roubados, em média, 150 carros por ano. © numero de carros roubados da marca X é o dobro do numero de carros roubados da marca Y, e as marcas X e Y juntas respondem por cerca de 60% dos carros, roubados. O numero esperado de carros roubados da marca Y é: a)20. b) 30. ¢) 40. ad) 50. — e) 60. Resolugao Sendo x e y respectivamente, 0 numero de carros roubados durante um ano, das marcas Xe ¥ tem-se: xsd x=Xy x= 60 2 ° (eee sox 150 Bry=90 y=30 O numero esperado de carros roubados da marca Y, durante um ano, é 30. Bib A tabela a seguir resume alguns dados importantes sobre os satélites de Jupiter. OBJETIVO ENEM Agosto/2000 — Disi#n® || perioao orbital Nome Dismetro aei| meal 20 (ies centro 2@ || terrestres) Jopiter tk) to 3.642 421.800 1 Europe 3.138 670.900 36 Ganimedes 5.262 1.070.000 72 Calisto 4.800 1.880.000 167 Ao observar os satélites de Jupiter pela primeira vez, Galileu Galilei fez diversas anotagdes e tirou impor- tantes concludes sobre a estrutura de nosso universo. A figura abaixo reproduz uma anotagéo de Galileu referente a Jupiter e seus satélites. 1 ces 4 e O ee e De acordo com essa representagao @ com os dados da tabela, os pontos indicados por 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectivamente, a: a) lo, Europa, Ganimedes € Calisto. b) Ganimedes, lo, Europa e Calisto. ©) Europa, Calisto, Ganimedes e lo. 4) Calisto, Ganimedes, lo e Europa e) Calisto, lo, Europa e Ganimedes. Resolucao A associacdo dos satélites numerados de 1 a4 com os dados da tabela é feita de acordo com a distincia méaia ao centro de Jupiter. A ordem crescente de disténcias é: 2-3-1-4 Portanto: 2 - lo; 3 ~ Europa; 1 ~ Ganimedes; 4 - Calisto Da A adaptacao dos integrantes da selecdo brasileira de futebol 4 altitude de La Paz foi muito comentada em 1995, por ocasiéo de um torneio, como pode ser lido no texto abaixo. “A selecéo brasileira embarca hoje para La Paz, capital da Bolivia, situada 2 3.700 metros de altitude, onde disputaré o torneio Interamérica. A adaptagao deveré ocorrer em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O organismo humano, em altitudes elevadas, necessita desse tempo para se \daptar, evitando-se, assim, risco de um colapso circulatério.” (Adaptado da revista Placar, edicao fev. 1995) A adaptacao da equipe foi necesséria principalmente porque a atmosfera de La Paz, quando comparada a das cidades brasileiras, apresenta: a) menor press4o e menor concentragao de oxigénio. b) maior pressao e maior quantidade de oxigénio. c) maior pressao e maior concentracao de gas carbo- nico 4) menor presséo e maior temperatura e) maior presso e menor temperatura Resolucéo ‘Quanto maior for a altitude de uma regio, mais rarefei- to serd 0 ar @, conseqientemente, menor serd sua pressdo @ também menor seré a presséo parcial (ten- 880) do oxigénio livre. A energia térmica liberada em processos de fisséo nu- clear pode ser utilizada na geragao de vapor para pro- duzir energia mecénica que, por sua vez, sera con- vertida em energia elétrica. Abaixo esté representado um esquema bésico de uma usina de energia nuclear. d Com relago 20 impacto ambiental causado pela po- luigao térmica no processo de refrigeragao da usina nuclear, sé0 feitas as seguintes afirmagées: 1) @ aumento na temperatura reduz, na gua do rio, a quantidade de oxigénio nela dissolvido, que & essencial para a vida aquatica e para a decom- posigao da matéria organica I) © aumento da temperatura da agua modifica o metabolismo dos peixes. lil) © aumento na temperatura da égua diminui o cres- cimento de bactérias e de algas, favorecendo 0 desenvolvimento da vegetacao. Das afirmativas acima, somente esté(éo) corretals) a) |. by Il il d) tell e) Hell Resoluc: O aumento da temperatura da égua reduz a taxa de O, dissolvido, acelera o metabolismo dos peixes (animais pecilotermos) e favorece a multiplicagdo das bactérias. OBJETIVO ENEM Agosto/2000 Wa A partir do esquema sao feitas as seguintes afirmagées: |) a energia liberada na reagéo 6 usada para ferver a 4gua que, como vapor a alta pressdo, aciona a turbina. ll) a turbina, que adquire uma energia cinética de rotacdo, 6 acoplada mecanicamente ao gerador para producdo de energia elétrica. Ill) a Agua depois de passar pela turbina é pré-aquecida no condensador e bombeada de volta ao reator. Dentre as afirmagdes acima, somente esté(ao) cor- reta(s): aye b) I. c) Ill. d) tell. e) lle ll. Resolucgao |) Correta A energia térmica liberada no processo de fisséo nuclear 6 utilizada para ferver a agua pois a vapo- rizagéo 6 um processo endotérmico. O vapor pro- duzido, sob alta pressdo, aciona a turbina. ll) Correta A turbina é acionada pelo vapor de agua, adquirindo energia cinética de rotagao. Esta é transformada em energia elétrica no gerador em virtude do fenémeno da indugao eletromagnética. ||) Incorreta No condensador, 0 vapor de 4gua, resfria, condensa, e a Agua resultante da condensagao também resfria. O calor foi cedido para a dgua fria que foi retirada do rio. A seguir, a dgua 6 bombeada de volta ao reator e 0 processo recomeca. Me iii coos anol cuitaiantt — Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoi- dal com 5 degraus, de forma que o mais baixo e o mais alto tenham larguras respectivamente iguais a 60 cme a 30 cm, conforme a figura: 304 +— 60 —4 Os degraus serao obtidos cortando-se uma pega linear de madeira cujo comprimento minimo, em cm, deve ser: a) 144, b) 180. Resolugao Os comprimentos dos degraus, em centimetros, séo cinco termos consecutivos de uma Progressao Aritmé- tica, onde o primeiro termo 6 a, = 30 e o quinto termo é a; = 60. c) 210. d)225. — e) 240. OBJETIVO Assim a soma S desses comprimentos, em centime- tros, 6 dada por: _ (a, 4+4).5 _ (30+ 60).5 % 2 que representa o comprimento minimo da pega linear de madeira. w a © esquema abaixo mostra, em termos de poténcia (energia/tempo), aproximadamente, 0 fluxo de energia, a partir de uma certa quantidade de combustivel vinda do tanque de gasolina, em um carro viajando com velocidade constante. = 225, Energia dos nao queimados, Luzes, energia ventilador, térmica dos gerador, gases de direcao, escape & bomba transferida ao hires, Energia Evaporacao ar ambiente térmica 1kW 56,8 kW. 2.2kW 3kw ‘Nansmissio ce” Rodas engrenagens O esquema mostra que, na queima da gasolina, no motor de combustao, uma parte consideravel de sua energia é dissipada. Essa perda é da ordem de: a) 80%. b) 70%. cc) 50%. d) 30%. €) 20%. Resolucao De acordo com o esquema dado, a poténcia total (P,) recebida pelo motor de combustao 6 de 71kW. A poténcia dissipada P,,, transferida para o ambiente, é de 56,8kW. Assim a perda (y) nessa parte do processo 6 dada por: P. 56,8 d Vie eee Pe 71 y=08 = 80% Dia Gisins sheitins ainsi one +2 As sociedades modernas necessitam cada vez mais de energia. Para entender melhor a relagéo entre desen- volvimento e consumo de energia, procurou-se relacionar o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) de varios paises com o consumo de energia nesses paises. © IDH € um indicador social que considera a longevidade, o grau de escolaridade, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita e o poder de compra da populagdo. Sua variagdo é de 0 a 1. Valores do IDH ENEM Agosto/2000 préximos de 1 indicam melhores condigdes de vida. Tentando-se estabelecer uma relagao entre o IDH e 0 consumo de energia per capita nos diversos paises, no biénio 1991-1992, obteve-se 0 grafico abaixo, onde cada ponto isolado representa um pais, e a linha cheia, uma curva de aproximagao. 1.0 os os or: 06: & os 04 03, 02: ot o O12) 3 4°56 7 8 9 10 ‘Consumo de energia per capita (TEP/capita)* + TEP: Tonelada equivalente de petréleo, Fonte: GOLDEMBERG, J. Energia, meio ambiente @ desenvolvimento. Sa0 Paulo: Edusp, 1998. Com base no grafico, é correto afirmar que: a) quanto maior 0 consumo de energia per capita, menor 6 0 IDH. b) 0s paises onde o consumo de energia per capita é menor que 1 TEP néo apresentam bons indices de desenvolvimento humano o)existem paises com IDH entre 0,1 e 0,3 com consumo de energia per capita superior a 8 TEP. 4) existem paises com consumo de energia per capita de 1 TEP e de 5 TEP que apresentam aproxima- damente o mesmo IDH, cerca de 0,7 @) 0s paises com altos valores de IDH apresentam um grande consumo de energia per capita (acima de 7 TEP) Resolucéo De acordo com os dados apresentados no grético, existem realmente paises com diferentes niveis de ‘consumo de energia per capita, com 1 TEP e 5 TEP. mas com Indices de Desenvolvimento Humano pré- ximos de 0,7. Os critérios utiizados pela Organizagéo das Nagdes Unidas (ONU) para se estabelecer 0 IDH podem ser analisados de acordo com certos padrées internacio- nalmente comparaveis, ou seja, indices estatisticos que nos permitem comparar paises com realidades bastante distintas. Contudo, os indices de energia per capita podem apresentar maiores distor¢es, de acordo com o nivel de industrializagao, niveis de consumo e até mesmo condigdes ambientais, que possam, por exemplo, exigir sistemas de aquecimento, contribuindo para maiores necessidades de consumo energético, mes- mo em paises com Indices de Desenvolvimento Humano (IDH) muito proximos. d No mapa, ¢ apresentada a distribuig&o geogratica de aves de grande porte e que nao voam. Ha evidéncias mostrando que essas aves, que podem ser originarias de um mesmo ancestral, sejam, portanto, parentes. Considerando que, de fato, tal parentesco ocorra, uma explicagao possivel para a separacao geogralica dessas aves, como mostrada no mapa, poderia ser a)a grande atividade vulcanica, ocorrida ha milhoes de anos, eliminou essas aves do Hemisfério Norte. b) na origem da vida, essas aves eram capazes de voar, © que permitiu que atravessassem as aguas ocednicas, ocupando varios continentes. c) 0 ser humano, em seus deslocamentos, transportou essas aves, assim que elas surgiram na Terra, distribuindo-as pelos diferentes continentes. d) 0 afastamento das massas continentais, formadas pela ruptura de um continente Unico, dispersou essas aves que habitavam ambientes adjacentes. €) a existéncia de periodos glaciais muito rigorosos, no Hemistério Norte, provocou um gradativo desloca- mento dessas aves para 0 Sul, mais quente. Resolucéo A explicacao repousa na Teoria da Deriva Continental. Na era paleozdica, os continentes estavam juntos, formando um tnico bloco, chamado Pangéia. A movi- mentagao das massas liquidas do manto terrestre, abaixo da crosta onde se apdiam os blocos, teve inicio na era mesoz6ica, separando os primeiros dois blocos, formando a Laurdsia e a Gondwana. A Gondwana, loco continental situado ao sul, possuia, agrupadas, partes da América do Sul, Africa, Antartida e Australia. Foi nessa area que surgiram varias espécies vegetais e animais, como os ancestrais da‘Ema, da Avesiruz € da Emu. No momento seguinte, na era cenozdica, ocorreu a separagao final dos blocos, dando origem aos atuais continentes, isolando as espécies. Moo Os quatro calendarios apresentados abaixo mostram a variedade na contagem do tempo em diversas socie- dades. OBJETIVO ENEM Agosto/2000 0 Pours ama cao cunes Fonte: Adaptado de Epoca, n® §5, 7 de junho de 1999 Com base nas informagées apresentadas, pode-se afir- mar que: a) 0 final do milénio, 1999/2000, € um fator comum as diferentes culturas e tradicoes. b) embora o calendario cristo seja hoje adotado em Ambito internacional, cada cultura registra seus eventos marcantes em calendério préprio. ©)0 calendério cristao foi adotado universalmente por- que, sendo solar, é mais preciso que os demais. d)a religiao nao foi determinante na definigao dos calendérios. e) 0 calendario cristéo torou-se dominante por sua antiguidade. Resolugao enunciado jé determina a "variedade” na contagem do tempo em “diversas sociedades” e destaca a impor- tancia da religiao na formagéo cultural de diversos po- vos, exigindo-se do examinando apenas saber que, nas relagées internacionais, é atualmente utlizado 0 calen- dirio cristao, Be “Precisa-se nacionais sem nacionalismo, (...) mo- vidos pelo presente mas estalando naquele cio ra- cial que s6 as tradig6es maduram! (...). Precisa-se gentes com bastante meiguice no sentimento, bastante forga na peitaria, bastante paciéncia no entusiasmo e sobretudo, oh! sobretudo bastante vergonha na cara! (...) Enfim: precisa-se brasileiros! Assim esté escrito no antincio vistoso de cores desesperadas pintado sobre 0 corpo do nosso Brasil, camaradas.” (oral A Norte, S80 Paulo, 18/12/1925 apud LOPES, Telé Porto Ancona. Mério de Andrade: ramais @ caminhos. $40 Paulo: Duas Cidades, 1972) No trecho acima, Mério de Andrade dé forma a um dos itens do idedrio moderista, que € 0 de firmar a feigao de uma lingua mais auténtica, “brasileira”, ao expres- sar-se numa variante de linguagem popular identificada pela (o} a) escolha de palavras como cio, peitaria, vergonha. b) emprego da pontuacdo. ©) repeti¢ao do adjetivo bastante. 4d) concordancia empregada em Assim estd escrito. e) escolha de construgao do tipo precisa-se gentes. Resolugao Em ‘precisa-se gentes’, Mario de Andrade, usando uma construgao corrente no Brasil, especialmente na lingua coloquial popular, infringe uma norma da gramética tradicional, fundada na tradi¢ao escrita e no uso coloquial portugués. Segundo tal norma, sendo 0 verbo transitivo direto (uma das construgdes possiveis de “precisar’), 0 pronome $e funciona como apas- sivador. Assim, 0 termo “gentes” seria 0 sujeito, com 0 qual o verbo deveria concordar: “precisam-se gentes”. ‘A mesma construgao aparece no texto em “precisa-se nacionais" e ‘precisa-se brasileiros”. A figura abaixo mostra um eclipse solar no instante em que 6 fotografado em cinco diferentes pontos do planeta As fotos poderiam corresponder, respectivamente, aos pontos a) Ill, Vell. by Il, Ihe V. ec) Il, We lil diel e)l, lev. Resolugdo O eclipse solar ocorre quando os cones de sombra e de penumbra da Lua interceptam a superficie terrestre. Para observadores posicionados na regiéo de sombra haveré eclipse total, enquanto que para observadores posicionados na regiéo de penumbra haverd eclipse parcial. Isto posto, concluimos, pelas fotos, que os observadores que as registraram estéo na regio de penumbra (eclipses parciais). Observemos ainda que a primeira foto mostra 0 Sol quase totalmente eclipsado e, portanto, 0 observador que obteve tal foto deve estar posicionado mais proximo do cone de sombra, assim concluimos que a primeira foto foi obtida do ponto Ill e as fotos seguintes dos pontos V e Il, respectivamente, pois estéo sime- tricamente posicionados em relacao ao cone de sombra A 1e a 3" fotos t6m forma de C e, portanto, corres- pondem a observadores situados do mesmo lado em relacao ao cone de sombra. He “Poética”, de Manuel Bandeira, ¢ quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora criticas e propostas que fepresentam 0 pensamento estético predominante na epoca OBJETIVO ENEM Agosto/2000 Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirisno funcionério publico com livro de ponto expediente [protocolo e manifestagées de aprego ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que péra e vai averiguar no dicionério. [0 cunho vernéculo de um vocabulo Abaixo os puristas Quero antes 0 lirismo dos loucos Olirismo dos bébedos Olirismo dificil e pungente dos bébedos Olirismo dos clowns de Shakespeare — No quero mais saber do lirismo que ndo é libertagdo. (BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro. Aguilar, 1974) Com base na leitura do poema, podemos afirmar corretamente que o poeta: a) critica 0 lirismo louco do movimento modernista. ») critica todo e qualquer lirismo na literatura. ©) propée 0 retorno ao lirismo do movimento cléssico. ¢) propée 0 retorno ao lirismo do movimento romantico. €) propée a criagdo de um novo lirismo. Resolugéo Manuel Bandeira, a0 condenar o “lirismo bem com- portado” e a0 defender o “lirismo dos loucos", esté ‘combatendo o formalismo tradicionalista dos parnasia- nos (ainda predominantes quando da ecloséo do Mo- dernismo) e propondo uma poesia livre das convengées estéticas e linguilsticas até entdo vigentes no Brasil. Alb ‘Ao longo do século XX, a taxa de variagao na populagao do Brasil foi sempre positiva (crescimento). Essa taxa leva em consideragao 0 numero de nascimentos (N), o numero de Mortes (M), 0 de emigrantes @) € 0 de imigrantes (I) por nidade de tempo. E correto afirmar que, no século XX: a)M>I+E4N. b)N+l>M+E O)N+E>M+l d)M+NY¥=Z dX=¥>Z. e)X>¥>Z. Resolugéo De acordo com o.enunciado tem-se. 3 = = = 30% i Fo 730% di) ye 2 J 2 9 aot a | a a 28 = 28% il = 709 = 78% 9 \° 729 271 z= -(+ - F000 * Foog 727.7% «1 De (1), (Ml) e (Il) conclui-se que: X > ¥ >Z Me Escolhendo a 2a op¢ao, a probabilidade de 0 apostador no ganhar em qualquer dos sorteios é igual a 290%. b)81%. c) 72%. d) 70%. @) 65% Resolugai Escolhendo a 2# opcao, a probabilidade P do apostador néo ganhar em qualquer dos sorteios é dada por: P=1-Y Assim. P = 100% ~ 28% = 72% Um boato tem um piblico-alvo e alastra-se com deter- minada rapidez. Em geral, essa rapidez 6 diretamente roporcional a0 numero de pessoas desse publico que conhecem o boato e diretamente proporcional também, 20 numero de pessoas que nao o conhecem. Em outras palavras, sendo R a rapidez de propagacao, P 0 publico- alvo e x 0 numero de pessoas que conhecem o boato, tem-se Rix) = kx(Px), onde k 6 uma constante positiva caracteristica do boato. Me gréfico cartesiano que melhor representa a fungéo Roo), para x real, é: a) Resolugao O gréfico que melhor representa a fungéo definida por Rix) = k. x. (P— x), onde k e P so constantes @ k > 0, é A fungéo dada 6 uma polinomial do 2° grau, de raizes 0 eP. OBJETIVO 60 ENEM Agosto/2000

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