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REVISAO APLICAGOES TECNOLOGICAS DE POLIMEROS INTRINSECAMENTE CONDUTORES: PERSPECTIVAS ATUAIS Rita Aparecida Zoppi e Marco-A. De Paoli* Tnstiuto de Quimica » UNICAMP - Caixa Postal 6154 - 13081-970 - Campinas - SP Recebido em 29/12/92; e6pia revisada em 1/7/93 ies of applications of intrinsically conductive polymers produced recently a formidable interest in its research and development. In this review we describe the preparation and properties of these materials with emphasis on the recent and future perspectives for their techno- logical uses. L.INTRODUGAO A facilidade ¢ 0 baixo custo de processamento fizeram com que os materiais poliméricas se tornassem abundantemente presentes em nossa vida cotidiana. Na indéstria eléttica, os materiais poliméricos foram utilizados inicialmente com 0 intuito de substituir os isolantes feitos a base de papel. Sua io foi excelente por serem materiais leves, baratos € altamente isolantes com respeito 2 corrente elética!. 'Nos anos 60 verificou-se que a resisténcia elétrica destes materiais seguia a Lei de Ohm e tomava-se menor quando ceargas condutoras como fibres metélicas ou negro de fumo cram incorporadas 2 matriz polimérica. Estes polimeros diver- samente carregados se desenvolveram com o erescimento do setor eletrnico. A condutividade (da ordem de 10 S.cm! e 0 ‘baixo custo de produgdo, possibiltaram sua utlizaglo em blin- dagem contra radiagio eletromagnética e protegdo antiestitica {de circuitos eletrinicos. Estes novos polimeros foram denomi- rnados condutores extrinsecos, uma vez que sio as cargas in- ‘corporidas que asseguram a condugio eletSnica do material”, 'Nos anos 70 surgiu uma novidade: o poliacetileno dopado. Este apresentava um comportamento intrinseeamente eletros tivo e condutividade elétrica da mesma ordem de grandeza de alguns metais a temperatura ambiente. O surgimento do “me- tal sintético” abria novos horizontes & comunidade cientifica, {que passou a investigar a sintese ¢ a8 propriedades de outros polimeros, Relatos a respeito da condutividade do poliacetleno igual ou superior aquela do cobre ou platina, da postibilidade de fabricagio de transistores poliméricos e da comercializagio de baterias polimero-litio, fizeram e ainda fazem com que ‘grande parte dos pesquisadores (tanto em indistrias como em Universidades) se interessem em explorar estes polimeros ca- pazes de conduair a corrente elética 2, POLIMEROS CONDUTORES INTRINSECOS A descoberta dos polimeros condutores data de 1977 qua do Shirakawa e cols2 observaram que 0 tratamento do Poliacetileno com iodo provocave um dréstico aumento da condutividade do polimero (10% a 10° Sem, Desde entéo, ‘outros polimeros vem sendo estudados, ene cles: poli-hete- rociclos de 5 membros como polipittol, politiofeno, polifurano, ¢ poliarométicos como polisnilina e poli(p-fenileno), Fig. 1. ‘A oblengio dos polimeros condutores, com excegio do poliacetileno, é bastante simples, sendo o método eletroquit coo mais relatadot, A eletropolimerizagio tem estequiometria eletroquimica. Dependendo do polimero e das condigdes de $60 Poliecetitene 2200 0~O~ -oior' rer eomrea- Coca —-©-O-O-©- Or O-OS- Figura 1. Estratra de alguns polimeros condutoresintinsecos. Petite eno) sintese, esta varia de 2,2 a 2,6 F.mol de unidade monoméri- a. Dois Faraday por mol sio consumidos no processo de polimerizagio, e a carga excedente 6 usada no processo de dopagem do polimero que ocorre simultaneamente & sintese. (© mecanismo de eletropolimerizagio para heterociclos de cin- co membros, considera a formagio de um eftion-radical do ‘monémero, seguida do acoplamento a-a’ de dois cétions radi- nis, com desprotonagao e reconstituigio do sistema arométi- cot, Fig. 2. A reagio continua com acoplamento auc" de eétions radicais do mondmero e eétions radicais dos oligdme- ros que se foram‘. ‘A establidade do eftion radical do mondmero 6 0 fator [(CH) Xj]n tipo p X= Bra, (CH), + nyM —> [(CH)Y MjJn tipo M= Na, Li... Dopagem elatroquimica do politiofeno (7), (Ma Oy —> [TX + aye (n+ ayM) —> + nye" [TY MyjJn tipo p X= C107 .. tipon Mt = Lit... Figura 3. Reagées redox em polimeras condutores 0 modelo teérico mais usado para explicar « condutividade elétrica dos polimeros condutores € 0 de bandas. Os niveis (cletronicos ocupados de maior energia constituem a banda de (BY) e 0s niveis eletOnicos vazios de menor enes- ‘banda de condusto (BC), Estes esto separados por uma ‘a proibida de energia cham "nicialmente a condutividade do poliacetleno foi expiceda assumindo-se que nna dopagem tipo p ou tipo n os elétrons eram removidos do topo da banda de valéncia ot adicionador na banda de cond edo, Entretanto, este modelo de bandas unidimensional explicava o fato da condutividade do poliacetleno, poli(p- fenileno) e do polipirol estar associada 8 portadores de carga com spin zer0 nao 20s elétrons desemparelhados®, Para ex- plicar a condutividade do poliacetileno, Su e cols* propuse- ram um modelo baseado na existéncia de defeitos estruturais nna cadeia originados durante a polimerizagio, com formaglo ‘QUIICA NWA, 16) (1960) de radicait no estado no dopado, O defeito deslocslizado no ‘wans-poliacetileno, chamado “séliton neutto”, leva 20 apare- ‘cimento de um nivel eletrSnico semipreenchido (1 elétron) no meio do “gap”, Fig. 4a, Por oxidasto (Fig. 4c) ou por redugto (Fig. 4b), 6 possivel remover ou adicionar um outro elétron, formando “sélitons” ‘earregados com spin ze10 e constatar que a conduglo de elé- trons envolve somente bandas totalmente preenchidas no esta- do fundamental# te re Figura 4. Representagdo esquemdtica de “sdltons” no poiaceileno 42) "sbliton mera”, b) “sditon megativo™ e e) "sion positive (© modelo baseado em sélitons no explica 0 comporta ‘mento apresentado por polimeros como polipirrol,politiofeno, polianilina e poli(p-fenileno). Para o polipirol, por exemplo, através de dopagem tipo p, a remogdo inicial de um elétron da cadeia leva 2 formagio de um estado eletrGnico denominado “polaron”, ao qual esté associada uma distorg3o da cadei forma aromética para quindide’, Fig. 5 (aed sew (a) Baal _1 tb) te Figura 5. Estruturas para 0 polipirrl. a) polinero neuiro, forma ‘aromitica; 6) “polaron” « ¢) “bipolaron”, formas quinéide Céleulos tebricos mostraram que a estrutura quindnica tem energia de ionizagio menor e msior afinidade eletrOnica que & aromética. A localizagto da carga na cadeia polimérica & en- tio energeticamente favorecida sob um processo de oxidagio com uma distorgio da rede, Desta forma, 0 “polaron” € defi- nido como um fon radical (spin 1/2) associado s uma distorgo da rede © 2 presenga de estados eletrdnicos localizados no meio do “gap”. A remogio de um segundo elétron origina um “bipolaron”, definido como um par de cargas associadas a uma forte distorgio da rede. Célculos teéricos mostraram que 0 ‘bipolaron” € termodinamicamente mais estavel que dois “polarons” separados, devido & repulsio couldmbica de duas cargas confinadas num mesmo sitio Estes estados de energia criados no “gap” permitem transi- «es cletrénicas que induzem marcantes mudangas de colora- $40 com a dopagem, Fig. 6. 180) 20 Bors. los 0.00. looo 13038 40 49 80 85 60 65 TO 75 00 05 ‘COMP. OF ONDA, ton, Figura 6 Especiro da polianilina com virion grous de dopagem. 0 ‘aumento de absorbancia no visivel € proporcional a0 rau de dopagen. ‘A qualidade principal dos polimeros condutores intrinsecos 6 & possibilidade de passat de forma reversivel do estado re ‘duride-isolante para 0 estado oxidado-condutor. Dependendo a eficiéncia coulémbica, este provesso pode ser repetido por até 10* ciclos. Durante esta ciclagem pode-se alterar de forma controlada a populagio destes niveis intermedidrios, alterando as propriedades do polimero como se tivéssemos um semicon- ddutor com “gap” de energia variével. 3. PERSPECTIVAS © grande interesse em pesquisar polfmeros condutores é naturalmente devido as suas potenciais aplicagSes. O ponto inieial desse desenvolvimento foi descobrir que 6 poliacetileno ppodia funcionar como eletrodo ative em uma bateria secunds- Fia¥, Desde endo, as perspectivas de aplicagio tém crescido cconsideravelmente. Além de baterias, polimeros condutores, ‘so aprescntados como materiais potenciais para a fabricagio de dispositivos eletsocrémicos, coberturas antiestiticas, cletrocatalisadores, dispositivos eletrénicos, protegio contea radiagio eletromagnética, sensores, etc. 3.1. Baterias Baterias sho celas eletroquimicas nas quais as reagées de <’letrodo sio escolhidas de modo que os reagentes e produtos sejam insoldveis no eletrlito, portanto os eletrodos mantém sua forma durante o proceso de carga © descarga”, Nas baterias secundérias a reagio quimica que produz energia elé- trica 6 reversivel. A circulagio de uma corrente através da cela provoca a polarizagio dos eletrodos. Durante a carga corre a transformagio de energia eléirien em quimica. Na descarga a energia quimica ¢ utilizada no circuilo externa ‘como energia elétrica, Poucos sistemas tm se mostrado fatisfatérios, sendo que das baterias comercialmente dispon veis, a de chumbo/éeido sulfrico € a mais antiga e atualmen: te a mais importante. 62 imteresse em produzir uma bateria a base de polimero & principalmente devido a sua baixa massa especifica e 20 bai Xo impacto ambiental em relago aos materiais comumente Uilizados, Normalmente, a performance das baterias 2 base de polimero 6 comparada com a de chumbo/Seido sulfirico Muitos trabalhos na literatura descrevem 0 comportamento eletroquimico de polimeros condutores colocando-os como tmateriais promissores para a fabricagio de baterias. Sto dis- culidos sistemas do tipo polimero/carbonato de propileno/ LiCIO4, em que o polimero condutor & sintetizado eletroqui- ‘micamente acoplado 4 uma cela que contem uma solugso letrolitica de LiClO, em carbonato de propileno, e lito como contra-cletrodo e teferéncia, Baterias com tal configuragio a base de poliscetilno!. plipinol!,poiiteno!, poiazu- leno e polianilina!® 22827, tim sido’ estudadas. De um modo geral, as reagGes em cada eletrodo sto: Polimero + Anion "5 Polimero dopado + e” (catodo) Lit +e "5 Lie (anode) Passiniemi e Ostetholm'! relataram que poliacetileno, poli(p-fenileno), polipirol e poitiofeno no apresentam boa performance, porém uma melhoria na estabilidade dos ppolimeros possibilitaria sua aplicag3o em celas de pequeno amanho, evitando problemas técnicos e de custo. ‘As baterias a base de poliacetileno apresentam problemas como baixa estabilidade aos cielos de carga e descarga, insta- bilidade quimica e baixa eficitneia'2, Estas IimitagBes tém sido explicadas considerando-se a “lenta” difusio do perclorato no polimero. Segundo Fauvarque™, dos polfmeros citados ante- Flormente, apenas 0 polipirrol e a polianilina possuem quali- dades suficientemente adequades para substituirem os mate- tradicionais uilizados na fabricagio de baterias. A es- tabilidade do polipirrol a um grande numero de ciclos redox despertou o interesse da BASF-Varta e baterias de polipirrol- litio se encontram atualmente em fate de teste, perto da co- mercializagio?. Desde 1987, a Bridgestone comercializa baterias constitus- das de um eatodo de potianilina e um anodo de Iti". Segun- {do Matsunaga e cols, as baterias a base de polianilins te- presentam a primeira aplicasio industrial dos polimeros con- Gutores, e em seu trabalho sfo apresentados resultados refe- renles & performance destas baterias comerciais. A consteuglo de uma batetia tipo botio polianilins-Iitio, modelo AL2016, é ilustrada na Fig. 7. Nakagima e Kawagoe!! mostraram que as baterias polianilins-Iitio suportam mais de 1000 eiclos de ear- ‘galdescarga e que sua vida média & maior que S anos. Segun do Matsunaga e cols.%estes resultados sto compariveis aos obtidos para baterias de Ni/Ca. Para 0 modelo AL2016, a eficigncia coulémbies (ra2%0 entre as cargas de redugto © oxidagao do material) para 0 catodo de polianilina é aproximadamente 100%, © para 0 fanodo de Li-Al € da ordem de 94.97%2, £ indispensivel a compensagio da diferenga das eficiéncias couldmbicas entre 0 ceatodo e 0 anodo, de forma a garantir uma longa vida a0 dis- positive. Para a bateria em particular, o$ procedimentos em- pregados para compensar a eficiéncia coulémbica, sio ainda motivo de segredo*, Baterias de estado sélido tém sido montadas. Nestes casos, a solugto eletrolitica € substitufda por um eletrélito s6lido, ‘ormalmente poli(éxido de etileno), PEO, contendo LiClO. ‘Uma representagio desta configuragao ¢ ilustrada na Fig. 8. TBaterias de estado sélido usando PEO e polipitrol polititiofeno) e poli(ditienotiofena)*, poli N-(3,6-dioxa-heptil pirrol)? ou poliacetileno™, tém sido’ descritas. Com excegio dda bateria descrita por Arbizzani e cols.¥, a temperatura que possiblita o funcionamento da bateria é aproximadamente ‘Qulica NOVA, 1616) (1008) POLYMER LITHIUM 3y + & mzoe F en Coe connor Figura 7. Exquema da cela AL2016, Loe POU PIAMOL Figura 8. Cela de ertodo silo polimero-ltio, 60°C. Absixo de 60°C, a condutividade idnica dos complenos de PEO com sais do tipo LiBFs, LiCF:SO) LiClO, € muito baixa (6 = 10 S.cm) e consequentemente as celas deve necessariamente operar a temperaturas acima da ambiente. Arbizzani e cols utilizaram um novo eletslito: um “com. plexo” de poli(6xido de etileno) € um monémero estténico este polfmero (SEO) com LiClO,, adequado para aplicagdes 4 temperatura ambiente. A pesquisa na érea de eletrdlitos bastante promiszora e a desenvolvimento de Pertencentes a esta classe eertamente contsi- bbuiré no sentido de melhorar & performance dos dispositivos cletroquimicos construidos com polimeros intrinsecamente condutores, 32. positivos Eletrocromicos Materiais eletrocrémicos mudam sua coloragio reversivel- mente com a aplicagio de uma diferenga de potencial exter- na. Muitos compostos orginicos e inorgdnicos tem sido es- tudados?, mas 0 mais investigado e também mais aplicado é © 6xido de tungsténio, WOs ‘De forma similar 3s bateras, 0 dispositivos eletrocrémicos consistem de dois eletrodos e um elewdlito. A diferenga bisi- ‘a € que os eletrodos devem ser transparentes ao comprimento de onda de interesse, Estes sistemas com caracterfsticas épticas variéveis podem ser usados na construgio de espelhos retrovi- ‘QuicA NoVA, 16,6) (1093) sores de automéveis com reflectincia ajustivel, *janelas es pertas” com absorgio ¢ reflexio de luz na faixa de compri- mento de onda do visivel e infravermelho préximo para con- ttole luminoso e térmico de ambientes, filtzos Spticos ativos & mostradores*, O eletrocromismo exibido por alguns polfmeros é uma al temnativa muito promissora que pode superar as deficiénci ‘dos dispositivos a base de cristas liquidos. Os polimeros ofe- recem vantagens como # nio limitaglo do angulo de visio, capacidade de meméria éptica apés 2 remocio do potencial aplicado, baito custo, simplicidade e possibilidade de seren Cconstruidos dispositivos em grandes dimensées. ‘A idéia bésica para a construgio desses dispositivos & a utlizagio de dois materiais eletrocrémicos complementares, de modo que quando um deles se oxida o outto se reduz © seus estados coloridos e descoloridos coincidem. ‘Trabalhos encontrados na literatura apresentam resultados sobre 0 cletrocromismo de polimeros como poli(dtienotiofe- no)", poli@-metil-tiofeno)"”9%, poli(2,2'-bitiofeno)™, polis- nilina?>- e polipirrol##7. Duas configuragSes experimentais, So possiveis Na primeira, o polimero & sintetizado ou depositado sobre um eletrodo opticamente transparente (normalmente ITO, 6xi- do de estanho dopado com indio), este € colocado em’ uma cela contendo uma solugio de LiClOs em carbonate de propileno, e € usado como conira-eletrodo um material tam- ‘bém opticamente transparente (ITO) ou cujo processo redox. seja complementar a0 do polimero (sofra redugio quando 0 ppolimero € oxidado e se tone colorido e descolorido simulta. nneamente 20 polimero)'*2*Mt, De Paoli e cols utilizaram uma configuragio desse tipo para estudar 0 eletrocromismo da polianilina, porém o eletr6- lito empregado foi uma solugio de NaSOq/HSOs em agua © © Azul da Prissia foi usado como material eletrocrémico com- plementar. De Paoli e cols.? estudaram ainda 0 comporta- ‘mento eletrocrémico do copolimero de enxertia de polianilina « borracha nitrfica, utilizando uma solugéo de terafluorborato de tetrabutlamdnio em acetonitrile como eletslito © WOs no contra-eletrodo. Rocce! estudou o comportamento eletrocrémi- ‘0 do poliprrol em solugao aquosa de KCl. A segunda configuragio engloba os dispositivos de estado sélido; neste caso a solugto eletrolitica é substituida por um eletrdlito polimerco. Sto relatados na literatura trabathos com a polianilina empregando complexos de poli(6xido de etileno}*, poliécido 2-aerilamido-2-metilpropanosulf@nico)* e poli(epicloridinay® como eletrslitos poliméricos. Nestes casos, ITO", éxido de tungsténio® e Azul da Prdssia*? foram empregados como con- ea-cletrodo, ‘Dos materiais citados anteriormente, os politiofenos, em particular poli(3-metil-tiofeno), parecem ser os mais promis- Sores, pois apresentam alta efieiéncia eletrocromica (razi0 entre a variaglo de absorbincia e a carga), répido tempo de resposta, longo tempo de vida (nimero grande de ciclos de coloragio/descoloragio) e boa meméria Sptica (tempo em que a transmitincia do material permanece constante em condi- {828 de citcuito aberto)” © Instituto de Pesquisa Cientifica do Canadé esté perto da ‘produgio industrial e da implantagao de sistemas piloto de Janelas eletrocrdmicas. Além disso, sistemas para sulomatiz ‘8 mudanga de cor das janelas através de uma fonte fotovolts 2, estio sendo pesquisados. Sabe-se que 0 procedimento de depssito do material eletrocrémico & a eletropolimerizagio, ‘enlretanto, a natureza do polimero ¢ substrato escolhidos, nio So de dominio piblico? [Na Franga, a Saint-Gobain fabrica janelas eletroerémicas, ‘mas 0 dispositive nfo 6 fotocrémico. Um sistema programado ‘ou © préprio usuario controlam a atenuasio luminosa das jo nelas. A empresa domina perfeitamente 4 téenica de depésito, 1 vécuo de filmes de éxidos inorginicos, mas conhece pouco tobre a produgio de filmes finos de materiais orginicos. Al: {guns testes com polianilina tém sido efetuados mas sem su- teesso. Estudos mais aprofundados em colaboragio com la- boratérios de pesquisa estio em andamento, O mercado de janelas eletrocrémicas € muito grande (cerea de centenas de ‘milhares de m? de janelas por ano), ¢ a empresa acredita que aqui a cinco anos, nio s6 janelas mas também péra-brisas de sutoméveis a base de mateiais orginicos serio fabricados,sen- do 0 politiofeno © material potencialmente mais adequado?. 3.3. Dispositivas Eletrénicos Polimeros condutores apresentam a caracteristica peculiar de variagio reversivel de sua condutividade elétics, através ide dopagem. Modificasses na estrutura das bandas de energia, possibilitam sua utilizag3o em dispositivos eletrénicos™. Os dispositivos eletrénicos que podem ser produzidos com polimeros condutores sio: jungio pn, jungao Schottky, tran sistores de efeito de campo e eélulas fotoveltaicas*. Eniretan- to, nenhum destes € produzido em eseala comercial, 33.1. Jungio pn {A jungto pn em um semicondutor 6 originada do contato de duas regides, uma pe oulra n. A regifo p & obtida pela dopagem do semicondutor (por exemplo silicio) com impure- aas de valéncia 3 ou aceptoras de elétrons (B, In, Ga), en- {quanto que an é obtida pela dopagem com impurezas de valéncia 5 ou doadoras de elétrons (As, P)!, No caso dos polfmeros conduores, as dopagens p en slo obtidas pela ‘oxidagio e redugo do polimero, respectivamente. ‘As jungdes pn sto responssveis pela produgio de diodos ¢ transistores utiizados na indéstria eletrénica. Quando uma pega de um material tipo p € outra de um material tipo n sto postas em contato fisico, sem aplicagio de um potencial ex. temo, ocorre uma condigio de equilfbrio earacterizada por uma dlistribuigio de carga e um potencial local, com a difusio dos Uwansportadores de carga através da jungio. Buracos da regio P passam para a n, ao mesmo tempo que elétrons da regido 1 passam para a p. Na condig%0 de equilforio, os buracos que penetram na regito n tendem a se combinar com elétrons, {enquanto que os elétrons que penetram na regido p tendem a se combinar com os buracos. A regito de deplego em torno {a jungo 6 uma regifo limitads com uma populaglo de trans portadores de carga rarefeita, em comparago com as demais partes do cristal, Fig. 951 ‘Ao aplicar uma diferenga de potencial, a jungio funciona como uma vilvula unidirecional, Fig. 95 e 9c. Na polarizagio direta se aplica um potencial positivo na regito p. Ocorrem deslocamentos de buracos para a regito n e de elétons para a p. resullando em uma corrente considerdvel. Na polarizagio inversa, aplica-se um potencial negativo na regio p. Neste 50, 0 movimento dos transportadores de carga (buracos € elétrons) & no sentido inverso, © a regito de deplegio ¢ ‘largada®! ‘A Fig. 10 mostra uma curva de cortente versus potencial de um diodo'!. Para a polarizagio direta, a resistencia ofere- cida pela regitio de deplegio € baixa e a corrente flui facil mente. Na polarizagio inversa, a resisténcia & muito alta e a corrente tende a zero. Quando valores de potencial mais nega- tivos sfo atingidos. a junglo 6 rompida e temos um transiente de cortente’! Jungées pn foram preparadas com polimeros condutores como poliaeetieno e poli(p-fenileno), através de dopagem por implantagio iénica *, entretanto, os resultados foram pouco satisfatérios. Atualmente 08 diodos orginicos so baseados na festrutura metal-remicondutor ou Schottky. 64 ~ ~~ =| — © Figura 9. a) Jungdo pr em wm cristal semicondutor ilutrando @ rego de deplegdo na condigdo de equiliorio. 6) Corrente em um emiconduior com jungdo pe. polavizacdo direta e ¢) polarizagd Foo = 80 -t00 Figura 10, Corrente versus potencial para um diodo semicondutor. 3.3.2, Jungio Sehottky Esta é formada quando hé contato de um semicondutor com uum metal. Por exemple, quando hf contato entre aluminio e sillio, o primeiro age como uma impureza do tipo p. Assim, Jjungdo entre 0 aluminio e um semicondutor do tipo n forma um ‘iodo. A condugto se dé quando o metal é polarizado positiva- ‘mente, e a cortente circula pela junglo em virtude do transporte e eléirons do semicondutor ao’ metal. O comportamento Ix V € idBntico 20 da jungio pn, descrito anteriormente™. ‘Alguns trabalhos que tatam da construsio de diodos Schottky utlizando polimeros condutores sio apresentados na Tabela 1. ‘QUIMICA NOVA, 16(6) (1960) 33.3. Transistores de Efeito de Campo (FETs) ‘Sio dispositivos semicondutores que contam essencialmen- te com um tipo de transportador de carga. Sua operagio de- pende do fluxo do transportador de carga através de um canal, ‘que é controlado pela aplicapio de campos elétricos* ‘Existem dois tipos de transistores de efeito de campo: o de jungio eo de metal-6xido-semicondutor, conhecido com MOSFET, Polimeros condutores tm sido utilizados para cons- ttuir FETs na configuragio metal-6xido-semicondutor®, ‘A estratura bésica de um MOSFET de canal do tipo n & rmostrada na Fig. 11. Duas regises do tipo n sto difundidas fem um substrato tipo p. Uma destas regides serd a fonte e 2 ‘uta 0 dreno. Um eletrodo metélico (porta) € colocado acima da regito do substrato que separa a fonte do dreno e & do resto da estrutura pela camada de Gxido isolante. Aplican- 4do-se uma tensio positiva ao eletrodo, © campo gerado atra clétrons para a regio ao redor da porta. Como resultado, uma rogito do substrato mudard de tipo p para tipo n, havendo a Pct () (o) = Figura 11. 0) Exquema de um MOSFET. b) Aparecimento de um canal indi. Tabela 1. Diodos a base de polimeros condutores. ormagio de um canal, Este forma uma regio continua do dreno até a fonte, que permite a circulagio da correnteelét ca pelo transistors Politofeno, Fig. 12. foi utilizado como substrato tipo p em ‘um FET e mostrou resultados satisfatérios®. Outros polimeros ‘ém sido usados na montagem de FETs: polipirol que pode atuar como fontee/ou dreno ¢ poitiofeno como semicondutor tipo p, numa montagem similar & Fig. 12, poli(3-hexiltiofeno) ‘ou poli2,5-viniltenileno)" e poli(3-octltiofeno)™ sio, “ae Figure 12, Exquema de wm FET construide com polit 3.34, Células Fotovoltaicas Estas consistem de uma fina camada de um semicondutor epositada sobre uma base de metal. O semicondutor € cober- to com uma pelicula metélica transparente protegida da at- ‘mosfera por uma placa de vidro. A base e a pelicula metdlicn fatuam como eletrados do sistema. A interface semicondutora ‘comporta-se como uma barreira & passagem de elétrons. Quan- do a célula recebe energia radiante que supera a encrgia do “gap” do semicondutor, elétrons do semicondutor ganham energia e tendem a fluir para a pelicula metélica. Conseqlen temente, a eélula gera uma forga eletromotriz*. Estas células tém despertado grande interesse tendo em vista & conversio de energia solar em energia elétrica, Além do baixo custo em relagio aos semicondutores crsta Tinos, os polimeros condutores intrinsecos tém a vantagem de ter uma energin de “gap” varidvel em fungio do seu estado de oxidagio. Com estes materiais seria possivel construir dispo- sitivos fotovoltaicos com resposta varigvel, e ajustada em fun: ‘lo do comprimento de onda da luz ineidente, Configuragio Experimental Jungio Ref. "Polimerizagio fotoeletroquiimica de PSmet sobre CaS. PamevGas 4 = Casting de P3ht sobre ITO seguida da evaporagio 2 vécuo de In sobre P3ht Psnvin 55 Filme de Py obtido por eletropolimerizagio, fixado entre eletrodos de Au e In, AuPPy/in 56 = PPy eletropolimerizado sobre Al:0s ou vidro cobertos com Au, seguida da evaporagio de In sobre PPy. = P3met cletropolimerizado ou casting de a-nT, sobre vidro coberto com Pt, seguida evaporagio de Au ou Ag, Py eletropolimerizado sobre vidro ou polimero coberto com Au, seguida da evaporagio de In, Sem detalhes AwPPyfn 57 PuP3mevAu PU a-nT/Au 58 AwPPyfin 59 AwPAlIny 60 = Sem detalhes AuPAlIn 61 - PPy eletropolimerizado sobre Al,Os coberto com Au, seguida da eletropolimerizagio de tiofeno ——_Au/PPy/PT/ sobre PPy. O eletrodo 6 pressionado contra uma placa de Al:Os contendo uma eamada de In-Ga, In-Ga eo « Filme de PPP obtido por eletropolimerizagio, fixado entre eletrodos de Pt ¢ In PupPPin 63 «= Placa porasa de AlO; recoberta com Al, exposta a vapor de pirral seguide do contato com solugio de Ferro Ill AuPPy “4 Pimet = poli-meti-tiofeno): PA'= poliscetilen; PI'= politiofeno; PPP = poi(pfenileno). ‘QUIICA Nova, 16/6 (1850) 3h = poli@-hexiltiofeno}: PPy = polipivok a-at = oligimeros de tlofeno @-conjugador (a=5.6); Poliacetileno®™, poli@-metitiotens)”, plipimal™ © po- liana, tém sido eitados como matriis promissores para ‘constr de tals dispositivos, “ids tipos de juneBes tem sido usadas para a fabricagio de ceélulas orginicas fotovoltaiess: jungio ‘com um metal (Schottky), jungio com um semicondulor wansparente (CdS, ZnS, TiO) & jungio com uma solugio elewolitiew?. Tem sido telaiados tabalhos que citam a uilizagio de polimeros coa- Autores em jungBes com solugdes. A irediago de um sistema 4o tipo metal/semicondutor/soluglo provoca # formagto de pares elétron-buraco no interior do semicondutor. A separagS0 Alestes portadores, em fungio de um campo extemo, produz uma corrente através das jungdes acompanhada de reagies cletoquimicas na solugio"®. © comportamento eletroquimica de filmes de polianilina sob iradiagdo em solugdo eletoliica de LiClO, em acetonitia”®, em meio NHAF-23SHF"? © fem solugio. de 11:S0. contendo ou nio pares redox como Fe{CN)e/Fe(CN)e* Ti ou ainda 8:05? %, tem sido descrito, Segundo Genies e Lapkowski®, € possivel utilizar poliailina como seiicondutor tipo p em Toto-edugdes (Seis fm sinteses) 00 em dispositivos fotbeletoqurinicos que con vertam energia luminosa em elétrca Em condigées similares, uma fotocélula a base de polianiling produz uma corrente de 1A enquanto que Um fotodiodo comercial produz 20,47. Se considerarmos a fac Hidade de sintese e o beixo custo do polimero, este resultado bastante promistor. 34, Sensores Basicamente, hi das classes de sensores onde os polimeros condulores podem ser empregados?: sensores de grandezas Imecinicas e sensores eletroquimicos. 34.1. Sensores de Grandezas Mecinicas Sto dispositivos que detectam forga, deformagto ¢ acelera- gto. Em Luxemburgo, a Interlink Electronics comercisliza Eensores de forga fabricados a base de polimeros condutores. Estes si0 constituldos de uma camada espessa de polimero ccuja resiténcia elétrica diminui & medida que a forga aplicada perpendicularmente em sua superficie aumenta. O funciona- mento destes sensores pode ser explicado considerando-te que 4 condutividade dos polimeros € fungio de duas contribu Bes: a condutividade intra-cadeia, que depende do compri mento de conjugagio médio da cadeia polimézica e a condutividade inter-eadeia, que depende da frequtncia de transporte de carga por “hopping” entre os segmentos. Um arranjo mais denso das cadeias poliméricas minimiza a distin cia média inter-cadeia, aumentando a probabilidade de trans pporte de carga por “hopping” e consequentemente, » condu- G80. Assim, qualquer estimulo que sltere a condutividade do polimero pode ser sensivelmente detectado, O sensor apresen. {a uma résposta progressiva em fungio da forga aplicada Segundo a Interlink Electronics, estes sensores encontram aplicagdo em instrumentos musieas, teclados de computador, aparelhos biomédicos, industria de automéveis, aparelhos ele- wodoméstieas, ete." 3.4.2. Sensores Eletroquimicos io dispositivos que transformam informagdes quimicas, como variagaes de concentragio de uma espécie de interesse, chamada analito, num sinal analiticamente til, Polimeros condutores tém sido utilizados na construgdo de eletrodos fon. seletivos. enziméticos e para a determinagio de gases”, mas estes ainda nio esto sendo comercializados?. Dong e cols.%, desenvolveram um eletrodo fon-seletivo para cloreto pela polimerizagio de pitrol em cloreto de ito. Oliveira Neto e cols.” detenvolveram um eletrodo sensivel & periodato e seletivo para perclorato baseado em um complexo de Aliquat-periodato, incorporado em uma membrana de polipirrol/PVC. Esse eletiodo mostiou resposta “nernstiana” rhuma faixa de concentrages de 10 a 10 M, tanto para o periodate como para o percloralo. Varios eletrodos enziméticos a base de polipitrol tém sido ‘consiruidos®®#5, O procedimento geral envolve a eletropoli- merizaglo do pirrol em solugio aquosa contendo © mondm ro, um sal eletrlito (KCI, NaCIO4) ¢ uma enzima (glucose ‘oxidase, urease ou peroxidase). A imobilizagto da en- zima na matriz polimérica pode ocorrer por interagio fica ‘ou quimica e tem a finalidade de manter a proximidade da ‘mesma com o eletrodo. Além disso, 0 polimero atua como um ‘meio de transferéncia de elétrone de transporte de massa para as enzimas e para os produtos da resco enzimatica, que ‘lo amperometricamente detectados*™?, ara a determinagio de gases, alguns estudos t8m sido re- latados. Polipirrol apresentou boas caracteristicas ao ser wtli- zado como sensor de NO2 © NH3*. Furlanetto e cols. estu- ‘daram © comportamento da polianilina frente a exposigio a ‘vapores de hidrazina, $03, NO3 © Oz. Josowicz. ¢ cols. ‘construram sensores para gases a parti da eletropolimerizago de pitrol, sobre uma placa de plating, posteriormente uiilizada ‘como “porta” em um transistor de efeito de campo. Foi de- monstrado que a camada de polimero depositado & sensivel a vapores de Sleool. A copolimerizagéo de tolueno, benzeno 2,3,4-trinitrotolueno com pirrol, originou um sensor altamente feletivo em relagio a compostor arométicos®. 3S. Revestimentos Antiestéticos e Blindagem contra, Interferéncia Eletromagnética Polimeros extrinsecamente condutores sSo utilizados para ‘estas aplicagées. Em materiis com condutividades da ordem de 1-10 S.cm" a efetividade de blindagem (para uma radings0 de 1 GHz), atinge valores méximos®®. Desta forma, reves ‘menios antiestiticos e blindagem contra interferéncia eletr. ‘magnética slo talvez o primeiro mercado real em larga escala ‘para os polimeros intrinsecamente condutores. ‘A blindagem eletromagnética por reflexio ou por absorgao ‘6 de grande interesse militar e civil. E primordial que a inte sridade das redes de telecomunicagio seja mantida. Por outro lado, & importante evitar que circuitos eletrBnicos de televiso- res, computadores, etc. sofram interferéncia de radiaglo ele- lwomagnética gerada por motores elétcicos ou redes de alta tensio, Para aplicapes desse tipo necessério que o polimero ‘condutor seja depositado sobre umn material suporte, e perma- nega estivel durante a utilizagio do produto final. Para esse fim, € grande o interesse em se obter polimeros condutores ‘que apresentem boa estabilidade 2s condigdes ambientais © também em se desenvolver blendas constituidas de polimeros isolantes e polimeros condutores. Heywang e Jonas” verificaram que poli (etilenodioxitiofe- ro) mantem sua resistincia elétrica superficial praticamente inaltrada (aproximadamente 10? ohm) mesmo apés 25 horas de exposiga0 aos vapores de gua a 100°C, enquanto que para «© poliprrol exposio is mesmas condigées, resisténcia passa {de 10? para 10” ohm, Segundo os auiores, métodos de prep ragdo de filmes transparentes de pol (etilenodioxitiofeno) tem sido desenvolvidos, em escala industrial, com finalidades antiesttieas. ‘So encontrados indmeros trabslhos que tratam da sintese caracterizagio de blendas. Especificamente para blindagem contra interferéncia eletromagnéstica existem algumas paten- tes, que citam blendas de polipirol com filmes termoplis 05%, polfmeros serilicos®**, copolimeros. de etileno- propileno* ou resinas de melamina®®. Blendas de polipirol ¢ Dorracha EPDM tém sido preparadas ¢ resultados preliminares ‘Quimica NOVA, 16(6) (1895) mostraram que © material apresenta uma forte absorgi0 na regio de GH2. Taka® relatou a capacidade protctora de blendas de poli(3-cctiltiofeno) com poliestireno, PVC ou acetato de etilvinila, Os resultados obtidos nio foram trios, mas o trabalho menciona que a medida da efici- ‘ncia de blindagem contra interferéncia eletromagnética pode Tornecer dados a respeito da homogeneidade e da estabilidade de condutividade das blends. 36. Membranas de Troca Iénica ‘A oxidagio © redusio dos polimeros condutores esté, por andes de compensaeo de carga, associada com um fluxo de fons no polimero, Tsto signifiea quo o polimero pode compor. tar-se como uma membrana de troca inica®. No estado redu- zido 0 filme polimérico nio contem cargas fixas, € no estado xidado 0 polimero se encontra carregado. ‘Tém sido relatados métodos que descrever a incorporasio do polieletlitos do tipo poli(sulfato de vinila © potéssio) ou polifestirenossulfonato de s6dio), em matrizes de polipirrol Gurante a formagio eletroquimics do filme?* 2 Verificou-se que os policletélitos aniénicos incorporados rio sio liberados da matriz quando 0 polipiol & reduzido eletroquimicamente. A eletroneutralidade foi conservada pela incorporagie do eftion do meio eletrolitico™?, ‘Com base nesses resultados, Shimidzu ¢ cols.!™ propuse- ram um sistema par io eletroquimica de solugdes faquosas de KCI, construfdo com eletrodos de polipirrol con- tendo eloreto © poli(sulfato de vinila) incorporados, Fig. 13. 60 eletrodo coberto com polipirrolCI atua como nico ¢ 0 eletrodo contendo polipirrol/poi (sulfa ta de vinila) como trocador catiénico. Foi verificado que 2 concentragio de KCI nas solugdes passa de 10° para 10+ mel. Taps 0 processo de deionizagio, Segundo os autores, resinas de toca idnica sio muito utilizadas para purficagio de égua fem indistrias de processamento de metas e alimentos, e tam- ‘bém em inddstrias elériease eletinieas. A principal desvanta- ‘gem do procedimento comumente utilizado & a necessidade de sgrandes quantidades de solugdes écidas ou alealinas para rege- neragio das resinas. Assim, o sistema de deionizagio baseado fem reagbes redox apvesentaria vantagens nessas aplicagbes. 37. Outras Aplicagies Polimeros condlores tém sido estudados ainda em aplica- ges que envolvem catélise, cletroluminescéncia, fibras 1&x- leis, ete. Figura 13. Sistema pare deionzagdo eletroguimica. (uubaca NOVA, 166) (1865) Na fea de cletrodos cataliticos, foi descrita a inclusto de RuO; e flalocianinas em polipirrol, para catalisar a foto-oxi- ‘dagio de gua e a redugio de O2 a H;03. Politiofeno com particulas de prata e platina tem sido usado para catalis edugio de H*. Nesse caso, atividade foi 50% maior que para um eletrodo de Au/Ag/Pt. Foi relatada a eletropolimeri ago de pil em uma matriz de PVC contendo Pt ou par culas ativas dispersas!. Yoneyama e cols!" prepararam fil mes de polianilina contendo particulas de éxido de titinio (Ti0;) com a finalidade de desenvolver processos de grava- ‘80 de imagens. A polianilina assim preparada pode set redu. ida através da incidéncia de luz em condigoes de circui aberto originando imagens de alta resolugao. Imagens forma-

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