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ESPIRITISMO INDAGA - EXPLICA - TRANSFORMA . f) ee RELIGIAO ) > eM eS WM eV Lea SUMARIO PREFACIO..... INTRODUGAO ESPIRITISMO ESPIRITISMO E O FUTURO .. TRIDADE UNIVERSAL FUNDAMENTOS BASICOS DO ESPIRITISMO COBRAS DA DOUTRINA ESPIRITA APRATICA ESPIRITA AEVOLUCAO SEGUNDO 0 ESPIRITISMO OS EXILADOS DE CAPELA .. © VALOR DA PRECE © PAI NOSSO... © PAI NOSSO DOS TEMPLARIOS © PAI NOSSO DA UMBANDA ‘APRECE DE CARITAS .. O FLUIDO COSMICO UNIVERSAL . Os ESPIRITOS O PERISPIRITO OU PRINCIPIO VITAL .. © DUPLO ETERICO AS ENERGIAS COSMICAS . CENTROS DE FORGAS OU CHACRAS .. FUNCGES DOS CENTROS DE FORCAS .. DESARMONIA DOS CENTROS DE FORCAS AAURA HUMANA AAURA DOS ANIMAIS AAURA DAS PLANTAS ESTUDO DAS DOENCAS MATERIAIS E ESPIRITUAIS CUIDAR DO CORPO FiSicO LEI DO EQUILIBRIO... MEDIUNS PASSISTAS .. 04 0s 06 o7 08 10 13 13 14 19 20 22 24 25 25 26 27 28 29 30 31 33 36 37 39 39 40 42 a7 MEDIUNIDADE E ANIMISMO 50 MEDIUNIDADE DOS ANIMAIS 51 EFEITO FISICO — ECTOPLASMA ...... 52 INFLUENCIA DOS ESPIRITOS.... 53 FORCA MAGNETICA .. 54 O PASSE... 55 FE, MERECIMENTO E VONTADE .... 59 ACURA ATRAVES DO PASSE . 60 APOMETRIA.... 62 64 CIRURGIA ESPIRITUAL....... AGUA FLUIDIFICADA ... 65 REFORMA MORAL 66 © EVANGELHO NO LAR...... 69 VIDA EA OBRA DE ALLAN KARDEC 70 ANDRE LUIZ..... 72 FRANCISCO CANDIDO XAVIER .... 74 RESUMO DA DOUTRINA ESPIRITA 75 ANECESSIDADE DE MODERNIZACAO DO ESPIRITISMO 76 VAMOS REFLETIR .. 78 SOMOS 0 QUE PENSAMOS.... 79 CONSIDERAGOES FINAIS .. 80 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .. 81 “Embora ninguém possa voltar atras e fazer um novo comeg¢o, qualquer um pode comecar agora e fazer um novo fim” PREFACIO No século XIX, manifestagSes meditinicas comegaram a se tornar mais e mais frequentes nos Estados Unidos e na Europa. 0 fenémeno chamou a atencio de Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869), professor, pedagogo e tradutor francés, ligado aos principios do racionalismo e da liberdade de pensamento. A fim de entender a mediunidade, ele formulou - com o nome de Allan Kardec - uma doutrina pessoal que reunia aspectos cientificos, filosdficos e religiosos. Baseada na possibilidade da comunicacao com os espiritos e na crenca da reencaracao, a nova disciplina chamada espiritismo buscava explicar os processos que definem a vida e a morte. Almejava também desvendar as leis ientificas que regem o funcionamento do Universo. A doutrina de Kardec logo ganhou adeptos no Brasil, atraindo inicialmente membros da classe média liberal - advogados, intelectuais, jornalistas, juristas, médicos e militares. Em 1865, ocorreu a primeira sesso espirita nos moldes kardecistas, em Salvador, onde foi criado 0 pioneiro Grupo Familiar do Espiritismo. Em meados do século XX, a religiio ja se consolidara em todo o pais, gracas ao trabalho de importantes lideres religiosos, como Bezerra de Menezes. ‘Os homens semeiam na terra o que colherao na vida espiritual: os frutos da sua coragent ouda sua fraquesa” Allan Kardee INTRODUGAO Viver é uma grande viagem. Cada vida ¢ uma estrada individual de mao Unica que percorremos com imensa bagagem, nessa viagem, mergulhamos no mar das exigéncias comuns do dia a dia, escolhas, posicionamentos, decis6es, iniciativas ou no, interacio com o préximo, familiares, amigos, colegas de trabalho e responsabilidades. Além do conquistado ou perdido aqui nessa existéncia, temos as relacdes materiais ou afetivas que trazemos na bagagem de outras viagens. So fardos ou merecimentos que nos escapam ao entendimento por no termos ainda a viso da realidade espiritual e suas consequéncias em nossa trajetéria existencial. Em nosso orbe, de modo geral, hd mais deméritos do que méritos no contingente de espiritos encarnados, pois, ainda predomina entre nds o édio, o orgulho, a inveja, os vicios e a vaidade fazendo, a roda da nossa vida girar num novo ciclo de dor e dividas que sero cobradas, quando no nessa vida, inevitavelmente em outra viagem. A maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, nao esto interessadas nos problemas fundamentais da existéncia. Antes se preocupam com seus negécios, com seus prazeres, com seus problemas particulares. Quando, porém, tais pessoas so surpreendidas por um grande problema, uma queda financeira desastrosa, a perda de um ente querido, uma doenga incuravel - fatos que acontecem na vida de todo mundo - nao encontram em si mesmas a fé necessdria, nem compreensio para enfrentar 0 problema com coragem e resignacao, caindo, invariavelmente, no desespero. As dificuldades que vocé esta vivenciando através de doencas, problemas emocionais, familiares ou profissionais podem ser resolvidas ou atenuadas através da modificagao interior, ou seja, mudando a forma como vocé entende a vida e suas dificuldades. Compreendendo que 0 grande desafio nao € exterior, mas interior, pode-se gradualmente mudar os padrdes mentais desregrados que se arrastam hd vérias vidas e trazem sofrimento, agravam as dificuldades e acabam trazendo desequilibrios fisicos, emocionais e espirituais. A busca espiritual em geral se inicia pelo anseio por descobrir uma nova maneira de viver e, s6 surge quando as circunstdncias da existéncia se tornaram insuportaveis e uma necessidade premente de mudanga se instala em nosso interior. A busca espiritual nos fornece recursos para lidarmos com as adversidades e nos auxilia a entender os nossos desafios e como superd-los. O CONHECIMENTO ESPIRITA ABRE-NOS UMA VISAO AMPLA E RACIONAL DA VIDA, EXPLICANDO-A DE MANEIRA CONVINCENTE E PERMITINDO-NOS INICIAR UMA TRANSFORMACAO INTIMA, APROXIMANDO-NOS DE DEUS. ESPIRITISMO 0 Espiritismo é a ciéncia nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecuséveis, a existéncia e a natureza do mundo espiritual e as suas relagdes com o mundo corpéreo. Ele se mostra, no mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrario, como uma das forcas vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fendmenos até hoje incompreendidos e, por isso, relegados para o dominio do fantastico e do maravilhoso. € a essas relagées que o Cristo alude em muitas circunstancias e dai vem que muito do que ele disse permaneceu ininteligivel ou falsamente interpretado. O Espiritismo é a chave com 0 auxilio da qual tudo se explica de modo facil e transparente. A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificacao; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. © Espiritismo € a terceira revelagao da lei de Deus, mas nao tem a personificd-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, no por um homem, e sim, pelos Espiritos, que so as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com 0 concurso de uma multid3o inumerdvel de intermedidrios. £, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz 0 tributo de suas luzes aos homens, para thes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera. Assim como o Cristo disse: “Nao vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: "Ndo venho destruir a lei crist3, mas dar-lhe execugo.” Nada ensina em contrario ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegérica. Vem cumprir, nos tempos preditos, 0 que 0 Cristo anunciou e preparar a realizaco das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, a regeneracdo que se opera e prepara o reino de Deus na Terra. © Espiritismo esclarecido, como o & hoje, procura destruir as ideias supersticiosas, mostrando o que hé de real ou de falso nas crengas populares, denunciando o que nelas existe de absurdo, fruto da ignordncia e dos preconceitos. 0 sobrenatural desaparece a luz do facho da Ciéncia, da Filosofia e da Razdo, como os deuses do paganismo ante o brilho do Cristianismo. Sobrenatural & tudo 0 que esta fora das leis da Natureza 0 Espiritismo repudia, nos limites do que Ihe pertence, todo efeito maravilhoso, isto é, fora das leis da Natureza; ele nao faz milagres nem prodigios, antes explica, em virtude de uma dessas leis, certos efeitos, demonstrando, assim, a sua possibilidade. Ele amplia, igualmente, o dominio da Ciéncia, e é nisto que ele préprio se torna uma ciéncia; como, porém, a descoberta dessa nova lei traz consequéncias morals, 0 codigo das consequéncias faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filoséfica. ESPIRITISMO E O FUTURO Somente 0 Espiritismo, bem entendido e bem compreendido, pode tornar-se, conforme disseram os Espiritos, a grande alavanca da transformagao da Humanidade. A experiéncia deve esclarecer- nos sobre o caminho a seguir. Mostrando-nos os inconvenientes do passado, ela nos diz claramente que 0 Gnico meio de serem evitados no futuro consiste em assentar o Espiritismo sobre as bases sdlidas de uma doutrina positiva que nada deixe ao arbitrio das interpretacées. As dissid@ncias que possam surgir se fundirio por si mesmas na unidade principal que se estabeleceria sobre as bases mais racionais, desde que essas bases sejam claras e no vagamente definidas. Também ressalta destas consideracdes que essa marcha, dirigida com prudéncia, representa 0 mais poderoso meio de luta contra os antagonistas da Doutrina Espirita. Todos os sofismas quebrar-se-4o de encontro a principios aos quais a s4 razo nada acharia para opor. Para que a doutrina da vida futura doravante dé os frutos que se devem esperar, € preciso, antes de tudo, que satisfaca completamente a razdo; que corresponda a ideia que se faz da sabedoria, da justica e da bondade de Deus; que nao possa ser desmentida de modo algum pela Ciéncia, E preciso que a vida futura nao deixe no espirito nem duvida, nem incerteza; que seja to positiva quanto a vida presente, que é a sua continuag3io, do mesmo modo que o amanha é a continuagao. do dia anterior. € necessario seja vista, compreendida e, por assim dizer, tocada com 0 dedo. Faz- se mister, enfim, que seja evidente a solidariedade entre o passado, o presente e o futuro, através das diversas existéncias. Tal a ideia que da vida futura apresenta o Espiritismo, 0 que a essa ideia dé forca é que ela absolutamente ndo é uma concepgiio humana com o mérito apenas de ser mais racional, sem, contudo oferecer mais certeza do que as outras. E o resultado de estudos feitos sobre os testemunhos oferecidos por Espiritos de diferentes categorias, nas suas manifestacdes, que permitiram se explorasse a vida extracorpérea em todas as suas fases, desde 0 extremo superior 20 extremo inferior da escala dos seres. As peripécias da vida futura, por conseguinte, j4 nao constituem uma simples teoria, ou uma hipétese mais ou menos provavel: decorrem de observagdes. Séo os habitantes do mundo invisivel que vém, eles préprios, descrever os seus respectivos estados e ha situacdes que a mais fecunda imaginacao nao conceberia se ndo fossem patenteadas aos olhos do observador. Ministrando a prova material da existéncia e da imortalidade da alma, iniciando-nos em os mistérios do nascimento, da morte, da vida futura, da vida universal, tornando-nos palpdveis as inevitaveis consequéncias do bem e do mal, a Doutrina Espirita, melhor do que qualquer outra pde em relevo a necessidade da melhoria individual. Por meio dela, sabe o homem donde vem, para onde vai, por que estd na Terra; 0 bem tem um objetivo, uma utilidade pratica. Ela no se limita a preparar 0 homem para o futuro, forma-o também para o presente, para a sociedade. Melhorando-se moralmente, os homens prepararao na Terra o reinado da paz e da fraternidade. DEUS - ESPIRITO - MATERIA CONSTITUEM O PRINCIPIO DE TUDO O QUE EXISTE E A TRINDADE UNIVERSAL DEUS ¢ 2 inteligéncia suprema, causa priméria de todas as coisas. ESPIRITO (Alma) € 0 principio inteligente criado por Deus, simples e ignorante. Deus Ihe concedeu 0 livre-arbitrio, a escolha entre o bem e o mal. Ofereceu-Ihe também a fonte inesgotavel da inteligéncia universal, para se abastecer vagarosamente. MATERIA 6 a energia condensada do Fluido Césmico Universal para formar todos os diferentes estados da materia, O Espiritismo em seu triplice aspecto: Ciéncia, Filosofia e Religigo, permitiu ao Homem conhecer 0 mundo espiritual e com isso ter conhecimento da amplitude do universo e de sua existéncia verdadeira como Espirito. FILOSOFIA - 0 Espiritismo é uma filosofia porque dé uma coerente e exata interpretacéo da vida. Toda filosofia gera uma ética. Sua forca estd na sua filosofia, no apelo que dirige & razio, a0 bom senso, Como filosofia, o Espiritismo compreende todas as consequéncias morais que dimanam das relacdes que se estabelecem entre nds e os espiritos. CIENCIA - © Espiritismo é ciéncia porque estuda a luz da razdo e de pesquisas especificas os fendmenos medidinicos, isto é, os fenémenos provocados pelos Espiritos e que séo fatos naturais. Nao existe 0 sobrenatural; todos os fenémenos, mesmo os mais estranhos, tém explicagdo cientifica. Sintetizando, Kardec afirma: O Espiritismo é uma ciéncia que trata da natureza, da origem e do destino dos Espiritos, e de suas relac6es com o mundo corpéreo. RELIGIAO - € religigo porque ele tem por fim a transformacao moral do homem, retomando os ensinamentos de Jesus Cristo, para que sejam aplicados na vida didria de cada pessoa. Revive 0 Cristianismo na sua verdadeira expresso de amor e caridade. A fé espirita é a fé racionada e coloca a CARIDADE, 0 AMOR como a condicao basica de evolucao do Espirito, independente do credo. A caridade é a maior das virtudes porque proporciona aos homens colocar em pratica o mandamento essencial que é "Amar ao préximo com a si mesmo" A CARIDADE ABRANGE TRES REQUISITOS ESSENCIAIS: 1. Benevoléncia para com todos 2. Indulgéncia para com as faltas do proximo 3. Perdo, esquecimento completo e absoluto das ofensas alheias. Segundo Emmanuel, “a ciéncia, a filosofia e a religido constituem o triangulo sublime sobre o qual a doutrina do espiritismo assenta as proprias bases, preparando a humanidade do presente para a vitéria do AMOR” "FORA DA CARIDADE NAO HA SALVAGAO" BENEVOLENCIA - A benevoléncia para com os semelhantes, fruto do amor ao proximo, produz a afabilidade e a docura, que so a sua manifestacdo. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparéncias, pois a educacSo e 0 traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos ha, cuja fingida bonomia é apenas uma mascara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarca as deformidades ocultas! 0 mundo esté chelo de pessoas que trazem © sorriso nos labios e o veneno no coragao; que sdo doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem a menor contrariedade; cuja lingua, suave, quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por tras. A essa classe pertencem ainda esses homens que séo benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a familia e 0s subordinados suportarem 0 peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar 0 constrangimento a que se submetem ld fora. Nao ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que no podem resistir-Ihes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razéo: “E sou detestado”. No basta que os labios destilem leite e mel, pois se 0 coracdo nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e docura nao sao fingidas, jamais se desmente. E 0 mesmo para ‘© mundo ou na intimidade, e sabem que se podem enganar os homens pelas aparéncias, néo podem enganar a Deus. INDULGENCIA - A indulgéncia, esse sentimento tdo doce, to fraternal, que todo homem deve ter Para com os seus irmos, mas que tdo poucos praticam. A indulgéncia nao vé os defeitos alheios, ¢ se 0s vé evita comenté-los € divulgé-los. Oculta-os pelo contrario, evitando que se propaguem, e se a malevoléncia os descobre, tem sempre uma desculpa 4 mo para os disfarcar, mas uma desculpa plausivel, séria, e no daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astiicia. A indulgéncia jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um servico, mas ainda assim com o cuidado de atenué-los tanto quanto possivel. Nao faz observacéies chocantes, nem traz censuras nos lébios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que deducdo se deve tirar das vossas palavras? A de que vés, que censurais, ndo praticastes 0 que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos proprios coragdes, os vossos préprios pensamentos e 0s vossos proprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmios? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vés mesmos? Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em iltima instancia, que vé os secretos pensamentos de cada coracao, e que, em consequéncia, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece (© mével de todas as aces. Pensai que vés, que clamais tio alto: “andtema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves. Sedes indulgentes meus amigos, porque a indulgéncia atrai, acalma, corrige, enquanto 0 rigor desalenta, afasta e irrita. PERDAO - Ha o perdao dos labios e 0 perddo do coracao. Muitos dizem do adversario: “Eu o perdoo”, enquanto que, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que Ihe acontece, dizendo-se a si mesmo que foi bem merecido. € esse 0 perdo segundo o Evangelho? Nao. O verdadeiro perdao, o perdio cristo, ¢ aquele que lanca um véu sobre o passado. E 0 Unico que vos sera levado em conta, pois Deus no se contenta com as aparéncias: sonda 0 fundo dos coragdes e os mais secretos pensamentos, e ndo se satisfaz com palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo ¢ absoluto das ofensas é proprio das grandes almas; o rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Ndo esquecais que o verdadeiro perdao se reconhece pelos atos, muito mais que pelas palavras. FUNDAMENTOS BASICOS DO ESPIRITISMO A EXISTENCIA DE DEUS. Que é 0 Criador e causa priméria de todas as coisas. A Suprema Inteligéncia. E eterno, imutavel, imaterial e soberanamente justo e bom. A IMORTALIDADE DA ALMA OU ESPIRITO. O espirito é 0 principio inteligente do Universo, criado por Deus, simples e ignorante para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus préprios esforcos. Como espiritos, ja existiamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo. AREENCARNACAO. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espirito € quem decide e cria o seu proprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbitrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e 0 mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeicoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, com o um aluno na escola, passando de um a série para outra, através dos diversos cursos. Essa evolucao requer aprendizado, e 0 espirito s6 pode alcancé-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes necessérias, para adquirir mais conhecimento, através das multiplas experiéncias de vida. O progresso adquirido pelo espirito nado é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral. Mas, assim como 0 aluno pode repetir o ano escolar uma, duas ou mais vezes 0 espirito que ndo aproveita bem a sua experiéncia na Terra pode permanecer estacionario por muito tempo, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolugo. Nao sabemos quantas encamacées jé tivemos, e muito menos quantas temos pela frente. Sabemos, no entanto, que, como espiritos atrasados, teremos muitas e muitas encamagées, até alcancarmos o desenvolvimento moral necessdrio para nos tornarmos espiritos puros. Todavia, nem todas as encarnacées se verificam na Terra. Existem mundos superiores ¢ inferiores 20 nosso. Quando evoluirmos muito, poderemos renascer num planeta de ordem elevada. Universo ¢ infinito e "na casa de meu Pai ha muitas moradas", ja dizia Jesus. A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja visto, o panorama lamentavel em que se encontra a humanidade. Contudo, ela estd sujeita a se transformar numa esfera de regeneracao, quando os bons decidirem a praticar o bem ea fraternidade reinar entre eles. ESQUECIMENTO DO PASSADO. Nao nos lembramos das existéncias passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrassemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, nao teriamos condigdes de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje so nossos filhos, nossos irmaos, nossos pais, nossos amigos que, presentemente, se encontram junto de nés para a reconciliacao. A reencarnacéo, desta forma, é a oportunidade de reparagdo, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforcos pelo bem dos outros, apressando nossa evolucio espititual. Pelo mecanismo da reencarnagdo vemos que Deus nio castiga. Somos nés os causadores dos prdprios sofrimentos, pela lei de “acdo e reacao”” Quando reencarnamos, trazemos um “plano de vida", compromissos assumidos perante a Espiritualidade e perante nés mesmos, e que dizem respeito a reparacdo do mal e a pratica de todo 0 bem possivel. Dependendo de nossas condigées espirituais, podemos ou nao ter escolhido as provas, 0s sofrimentos, as dificuldades que provardo nosso desenvolvimento espiritual. 10 A COMUNICABILIDADE DOS ESPIRITOS. Os Espiritos so seres humanos desencarnados. Eles s8o 0 que eram quando vivos: bons ou maus, sérios ou brincalhées, trabalhadores ou preguicosos, cultos ou mediocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles esto por toda parte. Nao esto ociosos. Pelo contrario, eles tém suas ocupagdes, como nés, os encamados, temos as nossas. Nao hé lugar determinado para os Espiritos. Geralmente os mais imperfeitos esto junto de nés, por causa de nossas imperfeigdes. Nao os vemos, pois se encontram numa dimensdo diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos. Os espiritos agem sobre nés, mas essa a¢do é quase sempre restrita ao pensamento, porque eles ndo conseguem agir diretamente sobre a matéria. Para isso, eles precisam de pessoas que Ihes oferecam recursos especials: essas pessoas sio chamadas médiuns. Pelo médium, 0 espirito desencarado pode comunicar-se, se puder e se quiser. Essa comunicagao depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), pela escrita (psicografia), por batidas (tiptologia), etc. Mas, toda e qualquer comunicacio nao deve ser aceita cegamente; precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para ndo sermos vitimas de espiritos enganadores. A comunicacao depende da conduta moral do médium. Se for uma pessoa idénea, de bons principios morais, oferece campo para a aproximagdo e manifestacao de bons espiritos. Chico Xavier, por exemplo, era um bom médium pelas qualidades morais de que era portador. LEI DA CAUSA E EFEITO. A lei da causa e efeito é 0 mecanismo de retribuigio ética universal a todos os espiritos, segundo a qual, nossa condicao atual é resultado de nossos atos passados. A escolha nos pertence, logo, as consequéncias boas ou mas séo resultados de nossas préprias decisdes. Se agora estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém das nossas atitudes, desta ou de outra encarnaciio, Nés construimos a nossa evolucao e escolhemos 0 caminho a percorrer. LEI DA EVOLUCAO. Cada um de nés é um espirito encarnado a caminho de Deus. A vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as consequéncias boas ou mas sao resultados de nossas prdprias decisdes. £ a lei da “ado e reacdo", das causas e conseqiiéncias. Se, agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqiiéncia. "A cada um segundo as suas obras"- disse Jesus. |sso explica a razdo de tanto sofrimento no mundo. Por isso, uns caminham mais depressa que outros, como os diferentes alunos de uma classe escolar. Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertara dos sofrimentos, encurtando 0 caminho da evolucao, e a Vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei. Se a sorte do ser humano fosse inapelavelmente selada aps a morte, todos estariamos perdidos, visto termos sido muito mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, mereceria ir para o céu de bem-aventurangas, onde sé caberiam os puros. Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja no é suficiente para nos esclarecer a respeito dos planos de Deus. Muitos ndo tem sequer como garantir a prdpria sobrevivéncia e menos ainda, oportunidade de uma boa educacio. Muitos nunca foram orientados para o bem. Outros morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir. FE RACIOCINADA. Para podermos crer de verdade, antes de tudo precisamos compreender aquilo em que devemos crer. A crenca sem raciocinio no passa de uma crenca cega, de uma crendice ou mesmo de uma supersti¢ao. Antes de aceitarmos algo como verdade, devemos analisd-lo bem. O mal de muita gente é acreditar facilmente em tudo que Ihe dizem, sem cuidadoso exame. "Fé inabalével 6 aquela que pode encarar a razdo, face a face, em todas as épocas da humanidade". - Allan Kardec. 11 CEU E INFERNO, Nao hd céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. No existem também anjos ou demdnios, mas apenas espiritos superiores e espiritos inferiores, que também esto a caminho da perfeiciio os bons se tornando melhores @ os maus se regenerando. Deus néo se esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um 0 mérito das suas obras. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justica Divina ‘A PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS. Os diferentes mundos, disseminados pelo espago infinito, constituem as indmeras moradas aos Espiritos que neles encarnam. As condicdes desses mundos diferem quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridades dos seus habitantes. ALEI MORAL. Seguir 0 exemplo vivo de Jesus deve ser o ideal de todo cristo sincero. Nao adianta vocé dizer que pertence a esta ou aquela religiso. Nao adianta permanecer orando 0 tempo todo. O importante é a pratica é a vida de todos os dias, porque, como disse Tiago: "A FE SEM OBRAS E MORTA". £ ndo hd outra maneira de amar, se nao formos caridosos. Caridade é ser benevolente, paciente, tolerante, humilde. £ fazer para os outros 0 que desejamos que nos facam. Como nao queremos que nos fagam mal, mas todo o bem possivel, assim também devemos agir para com eles: familiares, parentes, amigos, estranhos e até inimigos. A obrigaco do cristo é ser um trabalhador do bem, dando sua parte, por pequena que seja, na luta por um mundo melhor. Podemos fazer tudo isso, cuidando melhor de nossas atitudes, vigiando nosso comportamento didrio, sendo mais atenciosos e gentis, vendo nos outros mais suas qualidades e, finalmente, sendo mais exigentes para conosco mesmos. Ajudar 0 pobre, socorrer o desesperado, assistir a0 doente, orientar 0 desajustado, levar palavras de conforto e esperanca ao aflito, divulgar e viver os ensinamentos de Jesus, tudo isto constitui as bases do verdadeiro amor por ele ensinado e exemplificado, ha mais de 2.000 anos. Seguindo as pegadas de Jesus, pelo amor vivo que manifestou ao mundo, Allan Kardec proclama: "FORA DA CARIDADE NAO HA SALVACAO". © ESPIRITISMO £ O CONSOLADOR PROMETIDO POR JESUS. "Se vés me amais, guardai meus mandamentos; e eu pedirei ao meu Pai, e ele vos enviard outro Consolador, a fim de que permanega eternamente convosco: 0 Espirito de Verdade que o mundo nao pode receber, porque no 0 vé e no 0 conhece. Mas, quanto a vos, vos 0 conhecereis, porque permaneceré convosco € estard em vés. Mas, 0 Consolador, que é 0 Santo Espirito, que meu Pai enviar, em meu nome, vos ensinara todas as coisas e vos fard relembrar de tudo aquilo que eu vos tenho dito." (Jesus) Joo, cap. 14:15,16,26. EVOLUCAO DA DOUTRINA. O culto espirita é feito no préprio coracao. E 0 culto do sentimento puro, do amor ao semelhante, do trabalho constante em favor do préximo. Somente o pensamento equilibrado no bem nos liga a Deus e somente a pratica das boas ages nos fazem seus verdadeiros adoradores. Assim, o Espiritismo procura reviver os ensinamentos de Jesus, na sua simplicidade e sinceridade, sem luxo, sem convencionalismos sociais, sem pompas, sem grandezas, pois, como nos recomendou o Mestre de Nazaré, Deus deve ser adorado "em espirito e verdade". S30 estes principios que constituem os alicerces da codificago espirita. Sobre estas bases se assentam o Espiritismo. Ele ndo impde os seus principios. Convida os interessados em conhecé-los ea submeter seus ensinamentos ao crivo da razdo. Cada espirita é livre para concordar ou ndo com estes conceitos. Kardec, inclusive, nos adverte para que, caso a Ciéncia comprove que alguns pontos doutrinarios estejam equivocados, fiquemos com a Ciéncia. Com certeza nao podemos alterar a codificacao, mas, o Espiritismo, acima de tudo, é uma doutrina evolucionista e nao pode ficar estagnada em dogmas. 12 OBRAS DA DOUTRINA ESPIRITA 0 estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da Doutrina Espirita. Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo 0 que o cerca, o Espiritismo toca em todas as reas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneracao da Humanidade. Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: cientifico, filosdfico, religioso, ético, moral, educacional e social. + Oivro dos Espiritos + Oivro dos Médiuns +O Evangelho Segundo 0 Espiritismo + 0Céu eo Inferno + AGénese + Oque é Espiritismo * Obras Péstumas “"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei. Allan Kardee, A PRATICA ESPIRITA Toda a prética espirita é gratuita, como orienta o principio moral do Evangelho: "Dai de graga o que de graca recebestes". A pratica espirita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do principio crist’io de que Deus deve ser adorado em espirito e verdade. 0 Espiritismo nao tem sacerdotes e ndo adota e nem usa em suas reunides e em suas praticas: altares, imagens, andores, velas, prociss6es, sacramentos, concessdes de indulgéncia, paramentos, bebidas alcodlicas ou alucinégenas, incenso, fumo, talismas, amuletos, horéscopos, cartomancia, pirmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior. 0 Espiritismo nao impée os seus principios. Convida os interessados em conhecé-lo a submeterem (95 seus ensinos ao crivo da raz8o, antes de aceitd-los, A mediunidade, que permite a comunicagao dos Espiritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religiio ou da diretriz doutrinatia de vida que adotem Pratica mediinica espirita s6 é aquela que é exercida com base nos principios da Doutrina Espirita e dentro da moral crista. 0 Espiritismo respeita todas as religides e doutrinas, valoriza todos os esforcos para a pratica do bem e trabalha pela confraternizagdo e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raga, cor, nacionalidade, crenca, nivel cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é 0 que cumpre a lei de justiga, de amor e de caridade, na sua maior pureza" FE A EVOLUGCAO SEGUNDO O ESPIRITISMO Allan Kardec, em toda a sua obra, procurou demonstrar que o Espiritismo nada tem a ver com o maravilhoso e 0 sobrenatural, e ndo guarda relac8o com nenhum tipo de supersticio. Assim, a teoria da evolugio no espiritismo estd intimamente atrelada 8 da ciéncia. Claro, é preciso reconhecer que, na codificacao de Kardec, esta atrelada ao que se sabia de ciéncia de sua época, com todas as suas falhas e preconceitos (e dai advém 8s criticas de que Kardec era racista, e tal. Mas, como o préprio Kardec postulou: "Caminhando de par com o progresso, o Espititismo jamais sera ultrapassado, porque, se novas descobertas Ihe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitara" Assim, cabe aos espiritas a atualizacao da doutrina através de um continuo estudo. 0 diferencial aqui é que, no espiritismo, toda a explicac3o da evolucdo do universo, planetas e seres, se processa de acordo com a ciéncia, mas possui sua causa em uma inteligéncia (ou intelig€ncias), durante todo 0 proceso. Creio que seja andloga a Teoria do Design inteligente, que 6 diferente da Teoria do Criacionismo e do Pastafarianismo. AFORMACAO DA VIDA NA TERRA Actedita-se que a vida na Terra tenha surgido hé cerca de 2 bilhdes de anos, e, segundo a teoria que hoje prevalece (de Oparin e Milller), o primeiro ser vivo surgiu da combinaco de elementos quimicos presentes na Terra primitiva. A fim de romper as moléculas dos gases simples da atmosfera e reorganizar as partes em moléculas organicas, era preciso energia, abundante na Terra jovem. Existiam calor e vapor d'agua. Tempestades violentas eram acompanhadas de relampagos que forneciam energia elétrica. O Sol bombardeava a Terra com particulas de alta energia e luz ultravioleta. Essas condigdes foram simuladas em laboratério, e os cientistas demonstraram que assim se produzem moléculas organicas. Entre elas, esto alguns aminodcidos, os importantes blocos de construcao das proteinas, componentes fundamentais da matéria viva. Em seguida, na sequéncia que conduziu a vida, esses compostos foram levados da atmosfera pelas chuvas e comecaram a se concentrar em certas areas do oceano. Algumas moléculas organicas tendem a se agarrar no oceano primitivo, esses agregados provavelmente tomaram a forma de gotas, envolvidos por fina pelicula protetora. Denominam-se esses seres de coacervados. Essas estruturas, apesar de ndo serem vivas, tém propriedades osméticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolucao destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida. Os primeiros seres vivos, segundo se acredita, eram heterétrofos (buscavam o alimento fora deles), habitantes das dguas, unicelular e com um Gnico sentido: o tato. Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreve no livro "A Caminho da Luz" que todo esse processo admiravel nao foi obra do acaso, resultado de forcas cegas, inconsequentes, e sim, a consequéncia de um trabalho bem elaborado dos Espiritos superiores, responsdveis pelo destino de nosso planeta. Emmanuel nos informa que Jesus (ele mesmo) e sua falange de engenheiros, quimicos e bidlogos siderais estiveram presentes todo o tempo, acompanhando fase a fase 0 despertar da vida no planeta. N3o podemos também desconsiderar a presenca do principio inteligente (que poderiamos chamar de "Deus") que, como "campo organizador da forma’, deve ter exercido um papel preponderante no processo de génese organica Emmanuel nos diz: "E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol beijava, em siléncio, a beleza melancélica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se entSo, descer sobre a Terra, das amplidées dos espacos ilimitados, uma nuvem de forcas césmicas que envolveu o imenso laboratério em repouso. Dai a algum tempo, podia-se observar a existéncia de um elemento viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada." Este relato, obviamente que de forma romanceada, sugere elementos da Panspermia, teoria marginalizada pela ciéncia até poucos anos e que sustenta que o "detonador" da vida na Terra foram elementos provenientes do espaco (trazidos por cometas, meteoritos e nebulosas).. Nas questéies 43, 44 45 de "O Livro dos Espiritos" (de 1857), a Quimiossintese e a Teoria dos Coacervados, de Alexander Oparin (de 1936), s4o prenunciadas pelos Espiritos, com palavras diferentes, mas com a mesma AEVOLUCAO ORGANICA Nao mais se discute hoje a realidade do proceso evolutivo. A evolucao das espécies é um fato inquestiondvel. Através de processos multiplos e fenémenos diversos, os primeiros seres vivos, unicelulares e simples, foram os precursores de todas as formas complexas de vida. Mas qual 0 mecanismo dessa evoluco? Duas teorias, agindo conjuntamente, sem se excluirem, tentam explicar a evolugao: DARWINISMO: lancado em 1859, por Charles Darwin (No livro "A Origem das Espécies"). 0 Darwinismo se baseia na seleg3o natural, ou seja, os seres mais aptos sobrevivem, enquanto os menos aptos desaparecem. MUTACIONISMO: teoria que teve em Hugo de Vries seu idealizador baseia-se no conceito de mutacao (toda alterac3o no patriménio genético dos seres, que se transmite as espécies descendentes). Segundo essa teoria o aparecimento de espécies novas seria 0 resultado de varias mutagdes ocorridas nas espécies anteriores. Como 0 macaco se tornou homineo até hoje é uma incdgnita. Nunca encontramos realmente 0 "elo perdido", a espécie bioldgica que represente esta transi¢io. J4 chegamos bem perto, mas ainda falta "algo". Tal vacuo dé espago até para teorias de seres alienigenas que ficaram responsavel por esta transiclo, com alteracdes in vitro e por meio de reproduce controlada interespécies (teoria esta ndo de todo maluca, se formos pesquisar nas lendas dos povos antigos, como os sumérios, indigenas e asidticos) Mas vejamos 0 pensamento de Kardec, em seu tempo, numa ciéncia ainda fortemente influenciada pelo modelo grego em que beleza = evolucao, vemos no livro "A Génese", de Allan Kardec, cap. 11, a "Hipétese sobre a origem do corpo humano": Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espiritos humanos, forgosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada as suas necessidades e mais adequadas ao exercicio de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro animal. Em vez de se fazer para o Espirito um invélucro especial, ele teria achado um ja pronto. Vestiu-se entao da pele do macaco, sem deixar de ser Espirito humano, como o homem nao raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser hamem, Fique bem entendido que aqui unicamente se trata de uma hipétese, de modo algum posta como principio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica 0 Espirito, que é 0 ser principal, e que a semelhanca do corpo do homem com o do macaco no implica paridade entre o seu Espirito e o do macaco. 15 Admitida essa hipétese, pode-se dizer que, sob a influéncia e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltério se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto. Melhorados os corpos, pela procriaao, se reproduziram nas mesmas condigdes como sucedem com as drvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que poUuco a pouco se afastou do tipo primitivo, a proporcao que o Espirito progrediu. O Espirito macaco, que nao foi aniquilado, continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que 0 fruto da drvore silvestre reproduz drvores dessa espécie e 0 Espirito humano procriou corpos de homem, variantes do primeiro molde em que ele se meteu. O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco. O tempo passou, aprendemos coisas como ecossistema, beleza s6 nao pde mesa, a natureza no da saltos, jacarés e ornitorrincos, esto muito bem, obrigado, nada se perde e tudo se transforma etc. A questo evoluiu no espiritismo pelas mos de Chico Xavier e Emmanuel, que nos esclarecem que muitas das transformacées que se verificaram nos seres foram, anteriormente, promovidas em suas estruturas perispirituais, entre uma existéncia e outra (ou seja, no plano espirituall). Os Espiritos construtores, sob a supervisdo de Jesus, retocavam, em vezes sucessivas, as formas perispiriticas, e estas alteracdes criariam 0 campo magnético para as futuras mutacdes. Conta ainda, que os seres atuais nao tinham no principio da vida, suas formas biol6gicas totalmente definidas. Experiéncias miiltiplas, no patriménio genético dos nossos antepassados, coordenadas por geneticistas siderais, foram modelando aquelas formas que deveriam persistir até os tempos atuais. A selec3o natural se incumbiria de fazer desaparecer as formas primitivas inaptas. Ou seja, uma mistura de Mutacionismo, Design Inteligente e Darwinismo. Interessante. Emmanuel volta a dizer: Extraordindrias experiéncias foram realizadas pelos mensageiros do invisivel. As pesquisas recentes da ciéncia sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma espécie de homem bestializado e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto 20 homem féssil, so um atestado dos experimentos biolégicos a que procederam os prepostos de Jesus, até fixarem no primata as caracteristicas aproximadas do homem futuro. Os séculos correram 0 seu velério de experiéncias penosas sobre a fronte dessa criatura de bracos alongados e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisivel operaram uma definitiva transico no corpo perispiritual pré-existente dos homens primitivos, nas regides siderais e em certos intervalos de suas reencarnacées. Surgem os primeiros selvagens de compleicéo melhorada, tendendo a elegancia dos tempos do porvir. AEVOLUCAO ESPIRITUAL Quanto & origem dos Espiritos, quase nada se sabe. Allan Kardec diz: "Desconhecemos a origem e © modo de criagao dos Espiritos”; apenas sabemos que eles sao criados simples e ignorantes, isto 6, sem ciéncia e sem conhecimento, porém perfectiveis e com igual aptidao para tudo adquirirem e tudo conhecerem. Na opinigo de alguns filésofos espiritualistas, 0 principio inteligente, distinto do principio material, se individualiza e elabora, passando pelos diversos graus da animalidade. E ai que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercicio, suas primeiras faculdades. Esse seria, por assim dizer, 0 periodo de incubaco. Haveria assim filiagdo espiritual do animal para 0 homem, como hé filiag8o corporal. Hoje ndo resta mais divida de que os Espiritos, em sua longa trajetéria, tém percorrido os diversos reinos da natureza. O pensamento de Léon Denis, de que "a alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem', esté plenamente incorporado ao corpo doutrinério do Espiritismo. Ss André Luiz, no livro "Mecanismos da Mediunidade" explica que "Temos, hoje, o Espirito por viajante do Cosmo, respirando em diversas faixas de evolucdo, condicionados nas suas percepgées, & escala do progresso que jé alcangou". E que tal progresso, estampado no campo mental de cada alma, vai ser condicionado por duas variantes: "o tempo de evolucao, ou seja, aquilo que a vida jé Ihe deu, e 0 tempo de esforco pessoal na construco do destino, ou seja, aquilo que ele préprio ja deu a vida" No livro "No mundo Maior", André Luiz completa o seu pensamento: "Nao somos criacdes milagrosas, destinadas a0 adorno de um paraiso de papelao. Somos filhos de Deus € herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiéncia em experiéncia, de milénio a milénio". Assim, no reino mineral, 0 principio espiritual refletiria a sua presenca nas manifestacdes das forgas de atracdo e coesdo com que as moléculas se ajuntam em caracteristicos sistemas cristalograficos. No reino vegetal, mostraria maiores aquisi¢des pelo fenémeno de sensibilidade celular. No reino animal, o principio inteligente somaria novas aquisicées refletidas nos instintos. No reino hominal, todo esse cabedal de experiéncias estaria ampliado pelos novos lastros da conscientizacéo, a carregar consigo raciocinio, afetividade, responsabilidade e outras tantas condiées que caracterizam esta fase. REINO MINERAL Actedita-se que antes de unir-se ao elemento material primitivo do planeta, (0 "protoplasma’, n: expresso de Emmanuel), dando inicio a vida no orbe, o principio inteligente encontrava-se nos completando seu estgio de individualizacdo em longuissimo proceso de auto-fixacao e, ensaiando aos poucos, os primeiros movimentos internos de organizagdo e crescimento volumétrico. Até hoje constitui fato pouco explicado pela ciéncia académica, de determinadas substncias arranjarem-se sob a forma de cristais perfeitamente arrumados segundo linhas geométricas definidas, 0 que ndo deixa de ser uma organizaco, ainda que nao um organismo. "O cristal é quase um ser vivente", disse Gabriel Delanne. Naturalmente que nao iremos pensar numa inteligéncia propria da matéria. Todavia, 0 cientista Jean Emille Charon declarou que “o comportamento das particulas interatomicas revela vida incipiente". REINO VEGETAL E ANIMAL Apés adquirir a capacidade de aglutinar os diversos elementos da matéria em sua peregrinacao pelos minerais, 0 principio espiritual vai iniciar outra etapa de sua longa carreira evolutiva. Identifica-se com os virus, logo a seguir com as bactérias rudimentares, as algas unicelulares e, sucedendo-as, com as algas pluricelulares. O principio inteligente passa ent3o a vivenciar as experiéncias nos vegetais mais complexos, melhor estruturados, onde ele vai adquirir a capacidade de reagir direta ou indiretamente a qualquer mudanca exterior (irritabilidade) e depois a faculdade de sentir, captar e registrar as alteracdes do meio que o cerca (sensac3o) — conquistas do principio espiritual em seu percurso pelo reino vegetal Mais tarde, assinala-se o ingresso da “energia pensante", no reino animal. O principio inteligente vai desdobrar-se entre os espongisrios, os celenterados, os equinodermos e crustaceos, anfibios, répteis, os peixes e as aves, até chegar aos mamiferos. Neste imenso percurso, o elemento espiritual estard enriquecendo a sua estrutura energética, aprimorando o seu psiquismo rudimentar e assimilando os valores miltiplos da organizacao, da reproducao, da memoria, da autopreservacao, enfim, dos diversos instintos, preparando-se para a sublime conquista da razo. Afirma-se que a conquista maior do principio inteligente em sua passage pelos animais foi o instinto. 7 Denominam-se por instinto as formas de comportamento dos organismos que nao sto adquiridas durante a vida, mas herdadas. So impulsos naturais involuntérios pelos quais os seres executam certos atos de forma mecanica, sem conhecer o fim ou 0 porqué desses atos (como o gato enterrar suas fezes e urina, ou certos passaros fazerem seus ninhos de certa forma). No entanto, em muitos animais, especialmente nos animals superiores (macaco, co, gato, cavalo, burro e o elefante), jé identifica-se uma inteligéncia rudimentar. Além dos atos instintivos, observam-se, as vezes, atitudes que demandam certo grau de perspicdcia e lucidez. Seria uma iva de inteligéncia relacionada apenas a coisas que importam a autopreservac3o do André Luiz diz que nos animais superiores observa-se um pensamento descontinuo e fragmentario, a partir do qual vai desenvolver-se o pensamento continuo do reino hominal. REINO HOMINAL Afirma André Luiz que, para alcancar a idade da razo, com 0 titulo de homem, dotado de raciocinio e discernimento, o ser automatizado em seus impulsos, no caminho para o reino angélico, despendeu nada menos que um bilho e meio de anos. Com a conquista da razo, aparecem o raciocinio, a lucidez, o livre-arbitrio e 0 pensamento continuo. Até entio, o progresso tinha uma orientago centripeta, ou seja, de fora para dentro; o ser crescia pela forca das coisas, j4 que no tinha consciéncia de sua realidade, nem tampouco liberdade de escolha. Ao entrar no reino hominal, o principio inteligente - agora sim, Espirito - esta apto a dirigir a sua vida, a conquistar os seus valores pelo esforco proprio, a iniciar uma evolucdo de orientagéo centrifuga (de dentro para fora), Mas a conquista da inteligéncia é apenas o primeiro passo que o Espirito vai dar em sua estadia no reino hominal. Ele deverd agora se iniciar na valorosa luta para conquistar os valores superiores da alma: a responsabilidade, a sensibilidade, a sublimac3o das emogdes, enfim, todos os condicionamentos que permitirao ao Espirito algar-se a caminho da evolucao. OS EXILADOS DE CAPELA Nesse mesmo perfodo, no planeta Capela, localizado na constelag3o do Cocheiro, distante 45 anos-luz de nosso planeta Terra (Arthur Stanley, fisico inglés, o descreve como: “uma estrela gasosa, e de matéria tio fluidica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos”), terminava um ciclo evolutivo e entrava numa nova fase de evolucao, 0 mesmo acontecendo com o planeta Terra, mas numa etapa inferior 8 dos Capelinos, Era chegada a hora para o povo terrestre evoluir e crescer espiritualmente e, para isso, havia necessidade de orientacao de um povo mais evoluido. Em Capela, aqueles que nao atingiram o grau de evolucao do planeta acabaram sendo expurgados para o planeta terra. Esse intercémbio é comum e sdo determinados pelas COMUNIDADES ESPIRITUAIS DIRETORAS DO COSMO. Para 0 povo terreno seria uma ajuda necesséria e para os exilados uma empreitada angustiante, mas necesséria para evolucao de cada um. As reencanacées dos Capelinos comecaram em diversos niicleos por todo o Globo, principalmente entre os chineses que eram os mais avangados em organizaao e homogeneidade. Eram espiritos evoluidos em relacdo aos espiritos que viviam na Terra, mas que tinham na bagagem os erros do antigo mundo, com seus valores materiais. Foram tempos de mudangas evolutivas no planeta. TransformagSes climaticas e terrenas dolorosas para os homens. Os Capelinos eram mais evoluidos e foram considerados semideuses. Trouxeram 0 conhecimento necessario para a sociedade primitiva terrena mudar, desde as escolhas dos nticleos, delimitaces de territorios, e regras para viverem nas comunidades. Muitos documentos pesquisados fazem menco desses acontecimentos. Os livros de Kardec deixam claro essa miscigenaco de espiritos de outros Orbes com os primitives do planeta. Os Capelinos se desenvolvem e trazem novos conhecimentos para os primitivos. E inicio do processo para a homogeneidade das ragas, que na época nao era possivel devido as diferentes condig6es morais de todos. Os Capelinos tinham a esperanca de voltarem para a terra natal e os diversos grupos da época transformaram esse desejo como a salvago para o paraiso e que viria através de um messias. Todos os espiritos eram orientados antes de reencarnarem, mas quando encarnados, no puderam seguir as orientacdes por causa das manipulagées terrenas cheias de cultos exclusivistas, adotando rituais com matangas de homens e animais, prejudicando a evolugao moral. A vinda do “Salvador” foi prevista em todos os lugares do mundo e em diversas épocas. Na maioria das vezes sabiam que nasceriam de uma mulher virgem e que depois esse mesmo espirito seria maltratado. Até no Egito sua vinda foi registrada em hierdgrafos. Jesus encarna em plena gléria do Império Romano, em um lugar localizado entre a Galiléia € Jerusalém, marcando a abertura do ciclo do comportamento dos homens em acordo com os ensinamentos trazidos pelos enviados em outros tempos. Infelizmente 0 homem no entendeu o recado e acabaram escolhendo procurar a escuridio, se entregando aos abismos do atraso para a evolucdo. Mesmo avisados do que estaria para acontecer no futuro, ndo acataram os avisos divinos. 19 Hoje, estamos no momento desses avisos e o planeta chegou a fase de transic3o para uma nova etapa evolutiva. Os espiritos (encarnados e desencarnados) mais evoluidos moralmente continuaréo sua evolucdo na Terra, em um novo céu (com a mudanca do eixo polar muda a posi¢o das estrelas em relacdo a nés) e uma nova terra (os deslocamentos, afundamentos e surgimento de continentes) e os espiritos menos evoluidos, serao transferidos para um novo planeta mais atrasado que esse para continuarem sua evolucao e ajudar a outros povos daquele planeta. Essa transformagio é devido 8 aproximagao de um astro (assunto muito polémico entre os cientistas) ao nosso orbe, fazendo o eixo da terra mudar de posigéo, provocando terremotos, erupsées, deslocamentos de terra e outros eventos catastraficos. Acontecerd um despovoamento em nosso planeta e apenas um terco de todo o orbe sobrevivera. AS REVELACOES ESPIRITAS Nosso Mestre ou Cristo autorizou que mensageiros divinos, através da mediunidade ou encarnados, viessem a Terra trazer a verdade em diversas épocas diferentes, no auxilio da evolucdo humana, provando a imortalidade dos homens e a exist€ncia da vida paralela ao nosso mundo, suas hierarquias espirituais e os diferentes tipos de mundos. Esses principios podem ser encontrados em varios cédigos religiosos e filoséficos, adotados pelos seus seguidores como verdades divinas. Hoje, estamos ampliando com mais clareza nossos conhecimentos. Cristo cumpriu suas promessas em nos trazer a verdade e © conhecimento, ndo deixando seus irmaos. (0 derrame dos Dons Medidinicos para que a verdade seja dita). Assim, os apéstolos foram recebendo suas mensagens para repassarem aos seus guiados depois da morte de Jesus. Emmanuel e outros Espiritos vém preparando aos poucos 0 homem para que esse busque a preparagao para o fim do ciclo que esta se findando e para 0 novo mundo renovado do nosso Terceiro Milenio. Esse novo expurgo foi predito por Jesus Cristo, anunciado antes pelos profetas hebreus, por Jodo, no apocalipse e pelos emissarios da Terceira Revelacao. Assim, pois, estamos no principio das dores e um pouco mais os sinais dos grandes tormentos estar visiveis no céu ena Terra, ndo havendo mais tempo para tardios arrependimentos. Os polos se tornaréo habitéveis e a Terra se renovaré em todos os sentidos e, seus novos habitantes, serio de espiritos mais evoluidos e mais felizes. Apenas 1/3 da humanidade se encontrar encarnada. Nessa nova fase o planeta firmaré um periodo de vida moral mais perfeita fazendo as ensinamentos dos Evangelhos Cristéos se tornarem realidade. Através da busca da espiritualizacio, superacao das dores e construgo de uma nova sociedade, a humanidade caminha para a regenera¢ao das consciéncias. Emmanuel afirma que a Terra seré um mundo regenerado por volta de 2057. Cabe, a cada um, longa e drdua tarefa de ascensao. Trabalho e amor ao préximo com Jesus, este é 0 caminho. Capitulos do livro “Plantao De Respostas “ - Emmanuel/Francisco Candido Xavier NAO HA MAIS TEMPO! "BEM-AVENTURADOS OS QUE SAO BRANDOS E PACIFICOS PORQUE ELES HABITARAO A TERRA" 20 O VALOR DA PRECE Rezar pode ajudar na cura de enfermidades. A medicina moderna comeca a descobrir e a comprovar os lagos que unem a satide fisica & vida espiritual Prece uma palavra que vem do latim e significa discurso, orac3o, stiplica religiosa, pedido dirigido a Deus, sermao e agradecimento. A Prece faz parte dos preceitos de todas as religies. Na verdade, orar é reconhecer a grandeza e o amor do Pai Celeste por nés. “A criatura que ora, mobilizando as préprias forcas, realiza trabalhos de inexprimivel significagao. Semelhante estado psiquico descortina forcas ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores". Francisco C. Xavier, em Missionsirios da Luz, Cap. 6. Quando dizemos “Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja 0 vosso nome”, usando esta ou aquela forma verbal, nesta ou naquela atitude fisica, estamos, invariavelmente, louvando a Deus, sua Misericérdia e sua Justica, porque ao Criador estamos elevando nosso pensamento respeitoso e agradecido, confiante e sincero. A Ora¢do é a elevagao de nossa alma para Deus, e 6 por ela que entramos em comunicacio com Ele e Dele nos aproximamos. PRECISAMOS ORAR COM FE As vezes, por desespero, queremos uma solu¢do imediata e no percebemos que a resposta pode estar no préprio problema. Por exemplo, pedimos a cura para uma doenca, sem nos apercebermos que a enfermidade pode ser necesséria para a nossa cura espiritual. Ohomem, geralmente, s6 vé o presente, mas se o sofrimento for itil para a sua felicidade futura ele vird ao seu encontro. © que Deus the concederd serd a coragem, a paciéncia, a compreensio e a resignacSo para entrenté-lo. €, ainda, os meios para se livrar das dificuldades. O esforgo, entretanto, serd sempre nosso. Precisamos transformar as preces em aco, trabalho, realizac3o em favor da vida e do préximo. Quando fizer a prece, recolha-se em seu coragdo. Faca siléncio e ird escutar 0 murmirio de Deus através dos ouvidos da alma. O BENEFICIO DA PRECE Ela nos traz paz, harmonia e consolo, portanto, ela ¢ indispensdvel ao nosso bem-estar emocional e espiritual. E 0 melhor alimento para 0 equilibrio do nosso espirito. Quem ora alcanga as béngdos que necesita. Nossos pedidos devem estar em sintonia com o amor e perdio. Através dela, temos a oportunidade de praticar a Lei de Amor, em favor do nosso semelhante e nés mesmos. Mais ainda, quem ora recebe a ajuda dos benfeitores espirituais, que nos amparam e auxiliam quando necessitamos. QUANDO ORAMOS FERVOROSAMENTE, ENTRAMOS EM SINTONIA COM OS BONS ESPIRITOS QUE NOS ASSISTEM, ALEM DE PASSARMOS A RESPIRAR EM UMA ATMOSFERA MENOS DENSA, POSSIBILITANDO QUE NOS IMPREGNEMOS DOS BONS FLUIDOS. 2 PAI NOSSO PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CEUS, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME. suprema, causa priméria de todas as coisa: significa 0 universo, os diversos mundos habitados. Santificado seja 0 vosso nome mostra que devemos crer no Senhor, porque tudo revela o seu poder e sua bondade. A harmonia do universo, testemunha essa sabedoria. Por isso, todos deveriam reverenciar 0 seu nome em quaisquer circunstancias. De acordo com o Espirito Emmanuel, “a grandeza da prece dominical nunca sera devidamente compreendida por nés que Ihe recebemos as ligdes divinas. Cada palavra, dentro dela, tem a fulguragdo de sublime luz. De inicio o Mestre Divino lanca Ihe os fundamentos em Deus, ensinando que 0 Supremo Doador da Vida deve constituir, para nés todos, o principio e a finalidade de nossas tarefas... Em seguida, com um simples adjetivo possessivo, o Mestre exalta a comunidade. Depois de Deus, a Humanidade seré o tema fundamental de nossas vidas”. (Xavier, s.dp., p. 167). A palavra Pai refere-se a Deus, inteligénci VENHA O VOSSO REINO Deus apresentou-nos leis cheias de sabedoria e que fariam a nossa felicidade se as observassemos. Obedecendo a essas leis, que esto escritas em nossa consciéncia, fariamos reinar entre nés a paz e a justiga. Praticando a excelsa caridade, todos nos ajudariamos mutuamente, expulsando por completo 0 mal de nosso planeta, pois todas as misérias vem da violagao dessas leis, porque nao ha uma sé infracao que nao tenha consequéncias fatais. SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, NA TERRA, COMO NO CEU. Sabemos que a submissao é um dever do inferior para com o superior, do filho com relaco ao pai. Nao haveria uma raz3o ainda maior de nossa submissio com relago Aquele que nos criou. Ainda nos falta um sentido para compreender a existéncia de Deus. Contudo, conforme formos depurando 0 nosso Espirito do jugo da matéria, vamos também aumentando a nossa capacidade de conhecer os atributos da divindade. A atitude fundamental da prece deve ser de obediéncia, de adesdo a vontade de Deus, de harmonizago entre nés e a sua Lei, que é perfeita. Acontece que dada a nossa imperfei¢ao oramos a5 avessas, ou Seja, 20 invés de nos conformarmos com a Lei queremos burlé-la, tornando senhores de Deus, através de pedidos de ordem inferior. Espirito Emmanuel comenta esta passagem dizendo-nos que é comum a alterago dos votos que formulamos ao alto. Muitas peticées enderecadas & Vida Maior, em muitas ocasiées, quando atendidas, jd nos encontram modificados por stiplicas diferentes. Ele afirma: “Em circunstancias diversas, acontecimentos que nos parecem males so bens que no chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorréncias da vida para percebermos que muitas daquelas que nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciéncia e golpeiam o coragao”. (Xavier, 1986, p. 318) DAI-NOS O PAO DE CADA DIA “Dai-nos o alimento para a manutenco das forgas do corpo; dai-nos também o alimento espiritual para desenvolvimento do nosso Espirito... Uma vez que a lei do trabalho é a condico do homem na Terra, dai-nos a coragem e a forca para cumpri-la; dai-nos também a prudéncia, a pre a moderagao, a fim de nao Ihe perder o fruto”. 2 Inspira-nos sempre bons pensamentos para que tenhamos em mente um trabalho proficuo. E se, porventura, a sociedade nos recusar tal ocupado, que saibamos ter a necesséria resignacao para com a vontade divina a nosso respeito. © Espirito Emmanuel, em Fonte Viva, capitulo 18 (Ndo Somente), traca alguns pensamentos a respeito da relacao entre os cuidados materiais e os espirituais. Nao somente o agasalho, a beleza fisica, 0 domicilio confortével e os titulos honrosos, mas também o refuigio de conhecimentos superiores que fortaleam a alma, a formosura e a nobreza dos sentimentos, a casa invisivel dos principios edificantes e as virtudes que enriquecam a consciéncia eterna. PERDOAI AS NOSSAS DIVIDAS COMO NOS AS PERDOAMOS AQUELES QUE NOS DEVEM. PERDOAI NOSSAS OFENSAS, COMO PERDOAMOS AQUELES QUE NOS OFENDERAM. “Cada uma das nossas infragdes 8s vossas leis, Senhor, é uma ofensa para convosco, e uma divida contraida que nos seré preciso, cedo ou tarde, pagar. Para elas solicitamos 0 perdao de vossa infinita misericérdia, sob a promessa de fazer esforgos para nao contrair novas dividas” Um estudo acurado sobre o perdao leva-nos a interpreté-lo de forma diferente daquela que é feita simplesmente pela repeticao de frases feitas. Falamos que devemos perdoar nao sete, mas setenta vezes sete vezes, que devemos esquecer a ofensa, que devemos nos ajustar com 0 adversario enquanto estivermos a caminho, Mas, na pratica, como é que funciona? Estamos bem longe de praticar esses atos com conhecimento de causa. Muitos até dizem: eu perdoo, mas nao quero mais vé-lo na minha frente A pratica correta do perdo, a que estabelece o esquecimento da ofensa, tem valor cientifico. Em primeiro lugar, como o acaso nio existe, tudo o que se nos acontece deve ser bem meditado. Antes de maldizer 0 ofensor, o correto seria agradecer a Deus por té-lo colocado em nosso caminho para ser motivo de nossa pacién Uma coisa que deve ficar clara: ninguém ofende ninguém. A ofensa é subjetiva e, como tal, somente nos sentiremos ofendidos se assim o interpretarmos. A ofensa é, antes de tudo, um agravo & Lei de Deus. Nesse sentido, o ofensor ferlu-se a si mesmo, pois se desviou da lei de Deus e deverd, cedo ou tarde, fazer o seu ajustamento. Diante desse ensinamento, nunca deveriamos, em hipétese alguma, fazer justica com as préprias mos, pois ao invés de eliminar um mal estaremos cometendo outro. Nao se apaga o fogo com mais fogo, mas com agua. NAO NOS ABANDONEIS A TENTAGAQ, MAS LIVRAI-NOS DO MAL. “Dai-nos, Senhor, a forga de resistir as sugestdes dos maus Espiritos que tentarem nos desviar do caminho do bem, nos inspirando maus pensamentos” Cada imperfeigdo é uma porta aberta & sua influéncia, ao passo que nada podem, e renunciam a todas as tentativas, contra os seres perfeitos. Por isso deverfamos nos humilhar diante da dor e do sofrimento, rogando forcas para eliminar de nés mesmos a imperfeicao, a tentacdo, que ¢ atrai os Espiritos menos felizes. ASSIM SEJA Esperamos que 0s nossos desejos se cumpram! Mas nos inclinamos diante a vossa sabedoria infinita, Sobre todas as coisas que nao nos é dado compreender, que seja feito segundo a vossa vontade e ndo segundo a nossa, porque ndo quereis sendo 0 nosso bem, e sabeis melhor do que nés 0 que nos é util 23 O PAI NOSSO DOS TEMPLARIOS SENHOR perdoa-me se nao rezo a orago que teu filho nos ensinou, pois, julgo-me indigno de tio bela mensagem. Refleti sobre esta oraao e cheguei 4s seguintes conclusdes: Para dizer 0 “PAI NOSSO”, antes devo considerar todos os homens, independentemente de sua cor, raca, religido, posi¢S0 social ou politica, como meus irmios, pois eles também so teus filhos; devo amar e proteger a natureza e os animais, pois se tu és meu pal, também és meu criador, € quem criou a mim, também criou a natureza. Para dizer “QUE ESTAIS NO CEU”, devo antes fazer uma profunda andlise em minha consciéncia, procurando lembrar-me de quantas vezes te julguei como um celestial pai, pois, na realidade, sempre vivi me preocupando com coisas materiais. Para dizer “SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME” devo antes verificar se ndo cometi sacrilégios a0 adorar outros deuses acima de ti Para dizer “VENHA A NOS © VOSSO REINO”, devo antes examinar minha consciéncia e procurar saber se nao digo isso apenas por egoismo, querendo de ti tudo, sem dar em troca. Para dizer “SEJA FEITA A VOSSA VONTADE”, devo antes buscar meu verdadeiro Ser e deixar de ser um falso cristo, pois a tua vontade é a unio fraternal de todos os seres que criastes. Para dizer “ASSIM NA TERRA COMO NO CEU” devo antes deixar de ser mundano e me livrar dos desenfreados prazeres, das orgias, do orgulho e do egoismo. Para dizer “O PAO NOSSO DE CADA DIA NOS DA/ HOJE”, devo antes repartir 0 pao que me destes com os meus irmios mais carentes e necessitados, pois é dando que se recebe; é amando que se amado. Para dizer “PERDOAIAS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO NOS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM. OFENDIDO”, devo antes verificar se alguma vez tornei a estender a minha mao aquele que me fez chorar; pois s6 assim terei perdoado aquele que me ofendeu. Para dizer “E NAO NOS DEIXAI CAIR EM TENTACAO, MAIS LIVRAI-NOS DO MAL", devo antes deixar limpo 0 foco de meus pensamentos; e amparar os aleljados, ajudando a construgao de um mundo melhor. E finalmente para dizer “AMEM" deverei fazer tudo isso agradecendo ao meu criador, cada segundo de minha vida, como a maior dadiva que poderia receber. No entanto Senhor, embora procure assim proceder, ainda no me julgo suficientemente forte, no intuito de tudo isto te prometer e cumprir. Por isso perdoa-me Senhor toda a minha imperfeiciio, mas estou lutando sinceramente para um dia rezar essa oragdo que Jesus nos ensinou com verdadeira convic¢ao de espirito e pureza de coracao, PELA PRECE PODEMOS FAZER TRES COISAS LOUVAR, PEDIR E AGRADECER. {Allan Kardee, 0 Livre dos Espiritos, questo 659). 24 PAI NOSSO DA UMBANDA Pai nosso que estais no céu, nas matas, nos mares e em todos os mundos habitados. Santificado seja 0 teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas aguas, pela luz e pelo ar que respiramos. Que o teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade, nos una a todos e a tudo que criastes em torno da sagrada Cruz, aos pés do divino salvador e redentor, Que a tua vontade nos conduza sempre para 0 culto do amor e da caridade. Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e Uteis aos nossos semelhantes. Dai-nos hoje, 0 pio do corpo, o fruto das matas e a agua das fontes para o nosso sustento material e espiritual. Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e do sublime sentimento do perdao para os que nos ofendam. Nao nos deixe sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidées, tentacdes dos maus espiritos ¢ ilusées pecaminosas da matéria. Envia-nos pai, um raio de tua divina complacéncia, luz e misericérdia para os teus filhos pecadores que aqui habitam, pelo bem da humanidade, nossa irma. PRECE DE CARITAS Deus nosso pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a forca aquele que passa pela provacao, dai a luz aquele que procura a verdade; coloque no coragao do homem a compaixao e a caridade, dai ao culpado o arrependimento, ao espirito a verdade, a crianga o guia, e ao érfgo 0 pail Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo 0 que criastes. Piedade, Senhor, para aqueles que vos no conhece, esperanca para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espiritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperanca, a fé. Deus! Um raio, uma faisca do Vosso Amor pode abrasar a Terr: i-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as ldgrimas secardo, todas as dores se acalmarao. E um so coracdo, um s6 pensamento subird até Vés, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nds Vos esperamos com os bragos abertos. Oh Poder! Oh Bondade! Oh Beleza! Oh Perfeicao! E queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericérdia. Deus, dai-nos a forca para ajudar © progresso, a fim de subirmos até Vos; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razo; dai-nos a simplicidade que fara de nossas almas o espelho onde se refletird a Vossa Divina e Santa Imagem. jeix Assim Seja. ORIGEM DA PRECE A prece de Caritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Caritas, de quem so, ainda, as comunicagdes: "Como servir a religido espi esmola espiritual”. ual" e "A, CARITAS era um espirito que se comunicava através de uma das grandes médiuns de sua época - Mme. W. Krell - em um grupo de Bordeaux (Franca), sendo ela uma das maiores psicografas da Historia do Espiritismo, em especial por transmitir poesia (que se constitui no acido da psicografia), da lavra de Lamartine, André Chénier, Saint-Beuve e Alfred de Musset, além do proprio Edgard Allan Poe. Na prosa, recebeu ela mensagens de O Espirito da Verdade, Dumas, Larcordaire, Lamennais, Pascal, e dos gregos Esopo e Fenelon. 25 O FLUIDO COSMICO UNIVERSAL Constitui-se na propria matéria primitiva, da qual derivam todas as demais formas de matéria e energias. Preenche todos os vazios do espaco universal infinito em seus diferentes estados, estando presente em toda a natureza. Por ser o elemento gerador de todo o restante das manifestagdes materiais e energéticas, guarda similaridade e afinidade com estas, podendo, muito facilmente, sob a aco de uma vontade, interagir com todas, inclusive mudando suas propriedades fisicas, temporaria ou permanentemente. Para que o Espirito possa exercer acdo sobre a matéria (corpo), tem que se juntar o Fluido Césmico Universal que é um elemento semimaterial simples e primitivo, pois, é ele que desempenha o papel intermediério entre o Espirito e a matéria grosseira e cujas modificagdes transformagées constituem a inumeravel variedade dos corpos da natureza. Essas transformacées € modificagdes do principio elementar do universo assumem estados que variam desde o estado fluidico ou etéreo (no plano espiritual), até a condensacao ou materializaggo (no plano fisico). Nas questGes 17 a 36 do Livro dos Espiritos, os espi s codificadores tratam deste assunto: "Esse fluido universal, primitivo, ou elementar, sendo o agente que o Espirito utiliza, é o principio sem 0 qual a matéria estaria em perpétuo estado de disperso e nunca adquiriria as propriedades que a forga da gravidade Ihe da". Dizem ainda que os sabores, os odores, as cores, € 0s sons ndo passam de modificagdes de uma nica molécula primitiva, acrescentando que “aquilo que chamais molécula ainda est longe da molécula elementar". Assim como a matéria visivel se combina para formar 0 opaco e o transparente, também o FCU forma "a matéria etérea e sutil que é imponderdvel para vés, mas nem por isso deixa de ser o principio de vossa matéria pesada", 0 que se deve entender quando dizemos que tudo esté em tudo” (Questo 33 de 0 Livro dos Espiritos) O entendimento de que tudo, mundos e criaturas, provém do mesmo Criador, nos traz a nogao de todos sermos irmaos. A compreensdo de que, na totalidade do universo, estamos imersos no mesmo fiuido universal, interligando tudo e todos, faz perceber que somos irmaos muito proximos, estejamos em lados opostos da Terra ou em mundos sitos a milhdes de anos-luz de distancia do planeta que ora habitamos. O que pensamos, dizemos e fazemos, ecoa por todos os mundos; influi nessa tela energética que a todos interconecta e, portanto, faz toda a diferenca. Nossa escolha por vencer nossas més tendéncias, traduzidas por agées em prol do Bem do préximo, irradia vibracdes de frequéncias mais elevadas — e, portanto, de maior energia — nesse fluido. Evolui a atmosfera psiquica ao nosso redor e, por extens3o, do préprio Universo. Eis © nosso compromisso. Como antenas emissoras e receptoras de radiofrequéncia, emitimos e recebemos pensamentos constantemente. Nossos pensamentos, como energia que sdo se propagam por meio do fluido universal, razo pela qual Espiritos podem “ouvir’ nossos pensamentos e se afinar com os mesmos, independente de qualquer conotacéo de mediunidade ostensiva. Estamos todos conectados através de nossas vibracdes. SOMOS PURA ENERGIA EM TRANSFORMAGAO £ to simples perceber, reconhecer, compreender, valorizar, nutrir e cuidar desta Energia que Somos para se tornar possivel utilizd-la e aplicd-la em nossas vidas e nas daquelas pessoas a quem amamos. € facil usufruir os seus poderes mais profundos. Para isso, nos basta tomar consciéncia de nés mesmos, mantendo com esforgo, em nossa continuidade, o exercicio do mais amplo Amor que nos for possivel, agora. 26 OS ESP{RITOS So os seres inteligentes criados por Deus e que habitam o universo, quer estejam encarnados ou desencarnados. Todos nés, os seres humanos, somos espiritos. A criago dos Espiritos por Deus é permanente, sempre os criou, continua criando e sempre os criara. © Espirito numa primeira fase do seu desenvolvimento passa por uma série de existéncias que precedem o periodo a que chamais Humanidade. (reino mineral -> reino vegetal -> reino animal -> e finalmente o reino hominal). A cada um Deus deu uma determinada misao, com o fim de esclarecé-los e de fazé-los chegar progressivamente perfeigdo pelo conhecimento da verdade. Passando pelas provas é que os Espiritos adquirem o conhecimento. Uns, aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa & meta acertada, em relacio aqueles que s6 reclamam. O livre-arbitrio se desenvolve 8 medida que o Espirito adquire a consciéncia de si mesmo. Nao haveria liberdade, se a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espirito. A causa esta nas influéncias a que cede em virtude da sua livre vontade. O progresso ¢ a lei da natureza. A essa lei todos os seres da criagdo, animados e inanimados, foram submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se engrandeca e prospere. Segundo Allan Kardec “tudo se encadeia na natureza, desde 0 dtomo primitivo até 0 arcanjo, pois ele mesmo comegou pelo dtomo. Admirdvel lei de harmonia, de que o vosso espirito limitado ainda no pode abranger 0 conjunto” Todos nés, Espiritos imortais, ao sermos criados, partimos de um mesmo ponto, recebendo como heranca a capacidade de progredir, em medida absolutamente igual, em consonancia com a indefectivel justica de Deus. Ao longo dos milénios sucessivos, através do esforco evolutivo individual, vamos revelando a luz divina que trazemos dentro de nds, conforme se depreende da recomendagao de Jesus: “Assim resplandeca a vossa luz diante dos homens”. A evolugio do Espirito se efetiva através de inimeras vidas sucessivas, que oferece-Ihe oportunidades variadas de incorporar em si as experiéncias que o meio Ihe propicia, num processo que se pode chamar de desenvolvimento da inteligéncia e das virtudes que Ihe sio imanentes. Essa visdo da evolugao do Espirito é muito clara no Espiritismo. Os Espititos so incorpéreos, indivisiveis e sem forma definida para nés, sendo sua natureza diferente da matéria, nao podemos percebé-lo. Analisando-o por seus efeitos, podemos dizer que ele é um claro, uma chama, uma centelha etérea, de coloracio variada, que vai desde o aspecto escuro e opaco até uma cor brilhante e clara, conforme sua evolucéo. Os Espiritos nao tem sexo, podendo animar corpos de homens ou de mulheres. Eles podem movimentar-se com a rapidez do pensamento e 2 matéria (terra, égua, fogo, ar, etc.) ndo constitui obstaculo para o Espirito. O Espirito atua sobre os fluidos césmicos universais em seus diferentes estados, produzindo com isso, variados efeitos. Quando um Espirito reencarna, é pelo perispirito que se liga & matéria. Isso porque o Espirito ¢ imaterial, necessitando de um intermediério, para que possa manifestar-se no mundo fisico. Ao morter 0 corpo, o Espirito se desliga dele e retorna ao estado totalmente liberto da matéria, é a desencamacio. A cada novo estagio na erraticidade, novas maravilhas do mundo invisivel se desdobram diante do seu olhar, porque, em cada um desses estagios, um véu se rasga. AO MESMO TEMPO, SEU ENVOLTORIO FLUIDICO SE DEPURA; TORNA-SE MAIS LEVE, MAIS BRILHANTE E MAIS TARDE RESPLANDECERA. 27 O PERISP/RITO OU PRINCIPIO VITAL CORPO FLUIDICO. Ele tem sua origem no fluido césmico universal. E 0 que chamamos de fluido magnético, ou fluido elétrico animalizado. £ 0 intermediario, 0 elo existente entre o Espirito e a matéria, é uma espécie de envoltério semimaterial, tem a mesma forma do corpo fisico. A morte 6 a destruico do envoltério mais grosseiro (corpo). O Espirito conserva o segundo, que constitu pata ele um corpo etéreo, invisivel para nés no estado normal, mas que pode se tornar visivel € mesmo tangivel, como sucede nas aparicdes. © Espirito extrai o seu envoltdrio semi-material do fluido ambiente do planeta em que vai habitar. Dai resulta que esses elementosdevem variar segundo os mundos € 0 adiantamento moral do Espirito encarnante © perispirito é composto pela quintesséncia dos elementos combinados e acumulados no somatério das experiéncias reencarnatérias anteriores. Evolui e progride com o Espirito, pois, a cada passo do seu progresso, o Espirito vibra em ambientes mais sutis, tirando dai a sua "matéria", tornando-se 0 perispirito tanto mais sutil e menos material, quanto mais elevado e perfeito for o individuo. Se 0 espirito passa a outro mundo, s6 as porcdes mais identificadas com 0 mundo que esta deixando se desagregam; somente seus elementos mais grosseiros voltam ao fluido universal desse mundo. Persistem integradas ao espitito as partes menos densas do seu invélucro fluidico, agora, mais predispostas a se articularem ao fluido universal do mundo mais adiantado a que jd pode ir. € assim que ‘o espirito [sempre com perispirito] se reveste da matéria propria de cada mundo. J4 se disse que o espirito é uma flama, uma centelha, Isto se aplica ao espirito propriamente dito, como principio intelectual e moral, a0 qual nao saberiamos dar uma forma determinada. EM QUALQUER DE SEUSGRAUS, ELE ESTA SEMPRE REVESTIDO DE UM INVOLUCRO OU PERISPIRITO, CUJA NATUREZA SE ETERIZA A MEDIDA QUE ELE SE PURIFICA E SE ELEVA NA HIERARQUIA. O PERISPIRITO, portanto, FAZ PARTE INTEGRANTE DO ESPIRITO, como o corpo faz parte integrante do homem, Conceito introduzido por André Luiz em Evolucdo em Dois Mundos, psicografia de Francisco C Xavier e Waldo Vieira: "... 0 corpo espiritual retrata em si o corpo mental que Ihe preside a formagao". André Luiz ensina que 6 mediante o perispirito que o Espirito encarnado rege a atividade funcional dos érgdos de seu corpo carnal. Ha, pois, no homem trés coisas essenciais: primeiro: a alma ou Espirito, principio inteligente que abriga 0 pensamento, 2 vontade e 0 senso moral; segundo: 0 corpo, envoltério material que coloca 0 Espirito em relacio com 0 mundo exterior; terceiro: 0 perispirito, envoltério fluidico, leve, imponderavel, servindo de liame e de intermedidrio entre o Espirito e 0 corpo. ESPIRITO PERISPIRITO MATERIA O DUPLO ETERICO Funciona como um manto protetor ao ser encamado, sua funcio primordial é servir de ligag3o entre o perispirito e © corpo carnal, promovendo vitalidade e este. Funciona como um filtro que absorve e recicla as energias vitalizadoras que passam a percorrer entre eles, protegendo o ser de cargas negativas que podem gerar desequilibrios e doencas. Quando 0s elementos: espiritual, perispiritual e fisico se contataram, observou-se a necessidade de haver um filtro que absorvesse e reciclasse as energias vitalizadoras que passariam a percorrer essas trés entidades, assim, criou-se o filtro conhecido como “duplo etérico", que ¢ a sede dos centros de captacao de energia, o elo mais ténue, que liga 0 corpo ao seu perispirito, ou o mais denso, que une o perispirito e 0 espirito ao seu corpo fisico momentaneo. 0 duplo etérico, composto por energias bastante densas, quase materiais, mas ainda ocultas da visio humana, é 0 responsavel pela repercussao vibratéria direta do perispirito sobre o corpo carnal. Sua atividade principal é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o corpo fisico todas as energias que deverao alimenté-lo. Esta comunicacdo é feita através dos chacras, que captam as vibracées do espirito © as transferem através dos plexos para as regides correspondentes na matéria fi ica. © Duplo Etérico € uma reprodugéo exata do corpo fisico denso, particula por particula, interpenetrando 0 corpo fisico e ultrapassando a epiderme de mais ou menos meio centimetro. Ele é “etérico" por ser constituido por éter fisico emanado do préprio planeta Terra e funciona com éxito tanto no limiar do plano espiritual como do plano fisico. Sua textura varia conforme o tipo biolégico humano, ou seja, serd mais sutil e delicado nos seres superiores e mais densos nas criaturas primitivas Algumas criaturas que sofreram mutila¢do de um ou mais membros de seu corpo se queixam de dores nesses érgaos fisicos amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operagio cintirgica ndo foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessivel as ferramentas do mundo material. Assim, so comuns as pessoas sem pernas ou bracos ainda conservarem certa sensibilidade reflexa por algum tempo, transmitida para sua consciéncia através de seus correspondentes membros etéricos. © corpo etérico é 0 principal responsdvel pela elaboracéo do ectoplasma, portanto participa diretamente na mediunidade de efeitos fisicos e materializaco dos espiritos, é a reproducao exata do corpo fisico e se distancia ligeiramente da epiderme formando uma cépia vital e de contornos iguais. Os chacras do duplo etérico sdo temporérios, existem enquanto o corpo existir, os do perispirito so permanentes, cada qual com uma localizacao e funcdo principal, em correspondéncia com uma regiao de plexos nervosos do corpo fisico. ENERGIAS ESPIRITUAIS ENERGIAS VITAIS ENERGIAS. FISICAS. CORPO FISICO CEN : PLEXOS. 29 AS ENERGIAS COSMICAS Os seres humanos se nutrem de alimentos liquidos ou sélidos (que recebem através do aparelho digestivo), do ar atmosférico (através do aparelho respiratorio), mas também se nutrem de energias césmicas e espirituais. André Luiz no livro (Missionérios da Luz) afirma que: “Descem sobre a fronte humana, em cada minuto, bilhées de raios césmicos, oriundos de estrelas e planetas amplamente distanciados da Terra, sem nos referirmos aos raios solares, calorificos e luminosos, que a ciéncia terrestre mal comeca a conhecer. Os raios gama, provenientes do radium que se desintegra incessantemente no solo e os de varias expressées emitidas pela dgua e pelos metals, alcancam os habitantes da Terra pelos pés, determinando considerdveis influenciagdes. E em sentido horizontal, experimenta o homem a atuagiio dos raios magnéticos exteriorizados pelos vegetais, pelos irracionais e pelos préprios semelhantes”. Isto sem contar as emanacdes psiquicas dos seres desencarnados que rodeiam a Terra e os raios expedidos pela prece, envolvendo a todos numa permuta incessante na cura do corpo, renovaco da alma e na iluminaco da consciéncia. Existem intimeras formas de expresso daquilo que chamamos de energia. A que nutre a tudo e a todos, a todo instante e no universo inteiro chama-se energia cOsmica. Ha inimeras formas de conexo conscientes e inconscientes. Algumas pessoas tém mais facilidade de acesso que outras e © fluxo de energia ¢ mais ou menos intenso de acordo com a limpeza dos canais internos de comunicacio individuais. Nao e disponivel para que todos os seres se beneficiem. Cada pessoa se inclui ou se exclui nesse processo universal. Também nio existe um lugar especifico nem tampouco formulas secretas s6 pata privilegiados. 2 0 critério de merecedor ou no merecedor. Ela esta E tao simples perceber, reconhecer, compreender, valorizar, nutrir e cuidar desta Energia que Somos para se tornar possivel utilizé-la e aplicé-la em nossas vidas e nas daquelas pessoas a quem amamos. € facil usufruir os seus poderes mais profundos. Para isso, nos basta tomar consciéncia de nés mesmos. Através de nossa capacidade criativa e criadora, através de nossos sentimentos e pensamentos, através de nossas mos, de nossas peles, em livre expresso, estamos sempre doando e recebendo pura energia, mesmo estando inconscientes disso! £ assim que subimos degraus evolucionais € cumprimos algumas leis cosmicas que regem, especialmente, a nossa evolugao espiritual, mental e fisica. A ENERGIA VITAL REALIZA CURAS E DETERMINA A HARMONIA OU A DESARMONIA EM TODAS AS AREAS DA VIDA. 0 EQUILIBRIO DA NOSSA ENERGIA MANTEM A SAUDE EM QUALQUER DE NOSSAS ESTRUTURAS CORPORAIS. TUDO SE CRIA, SE MANIFESTA, SE REPRODUZ, SOBREVIVE, EXPRESSANDO PURA ENERGIA! Assimilar as energias césmicas e espirituais é fungiio dos centros de forca (ou centros vitais) que se localizam em nosso perispirito. Os centros de forca captam e metabolizam essas energias transferindo-as para o corpo fisico, através do Duplo Etérico e, ativam os sistemas por eles comandados. Agem como transformadores ou filtros. CENTROS DE FORCA OU CHACRAS © nosso “Corpo Espiritual”é regido porsete Centros de Forca”, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeca e cada um corresponde a uma das “sete glandulas” do corpo humano. Séo terminais captadores, acumuladores ¢ distribuidores de energia vital que trabalham em sintonia entre si e, através dos quais 0 nosso corpo psiquico (mente) interage com © nosso corpo fisico, através de ramificagées dos plexos, relacionando todo o sistema nervoso de nosso organismo. So pontos de interseco entre varios planos e, através deles, nosso corpo etérico (duplo etérico)se manifesta mais intensamente no corpo fisico. Centros de Forca Apalavra chacra, de origem sanscrita, quer dizer "roda" ou “pires” que, em seus movimentos formam uma depressio no centro; portanto, seu significado etimolégico € "disco giratério". Os chacras tém 0 formado de um disco, com o diémetro de mais ou menos cinco centimetros. Quando bem ativado sua forma comum de um disco chato, transforma-se em um vértice, girando lenta ou rapidamente, dependendo de cada caso. Esse vértice tem a aparéncia daquele rodamoinho que se forma quando soltamos a agua retida numa pia. No individuo primitivo, se apresentam em cores escuras, de didmetro reduzido, com giro lento. No homem comum, formam circulos quase sem brilho. Num corpo sauddvel, todos esses vortices giram a uma grande velocidade, permitindo que a energia flua por intermédio do sistema endécrino. Mas, se um desses centros comeca a diminuir a velocidade de rotacdo, 0 fluxo de energia fica inibido ou bloqueado; e disso resulta o envelhecimento ou a doenca. Os Espiritos assimilam energias das mais diversas, de forma continua, automatica inconsciente, em decorréncia de seu maior ou menor equilibrio fisico e espiritual. 0 Perispirito metaboliza essas energias nos Centros de Forga e as distribui em nosso organismo. Eles se situam, par a par, uma parte no corpo Astral e a contra parte no Duplo Etérico. Assim, temos do chacra Coronario, 0 seu lado no corpo Astral e a contra parte do mesmo chacra Coronario no Duplo Etérico. Da mesma forma sao todos os demais. Quando os corpos esto acoplados, como acontecem durante a ia, as partes dos chacras se acoplam correspondentemente umas as outras, como se fossem colchetes. A extremidade do vortice do chacra, que € 0 ponto de contato com o corpo Fisico, esta diretamente conectada com algum centro de feixe de nervos, ou plexo, para o qual transfere a energia canalizada. O vortice do chacra incrustado na camada exterior do corpo Astral, e sua extremidade tocando o centro de ramificagao de um plexo nervoso. 31 O sistema nervoso é complexo e se distribui em todo o corpo fisico em verdadeira rede de eletricidade, sendo responsével por monitorar e coordenar as atividades dos misculos, a movimenta¢ao dos drgaos. Existem intimeros plexos no nosso corpo; mas alguns so considerados de maior importancia, pela localizaco e pelo trabalho que realizam. Sob o comando simultaneo e automatico da mente do Espirito, os Centros de Forca transferem o Fluido Césmico Universal e as energias espirituais para os plexos. Nas células, por processo ainda desconhecido, o Fluido Césmico é transformado em Fluido Vital No Perispirito, entretanto, tratam-se de centros de forcas estaveis e definitivos, que nio se decompdem com a desintegracao do corpo fisico, pois so orgaos preexistentes desse corpo imortal. A medida que o corpo fisico vai se constituindo e se desenvolvendo, a partir de seu molde preexistente ~ 0 Perispirito, o duplo etérico também vai se formando pela emanacdo do fluido vital e consolidando-se como fiel intermediario das sensagées fisicas para o Espirito; e deste para a consciéncia fisica Estes discos energéticos comandariam, com as suas “superfuncies”, as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e do cédigo genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendécrina, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabega e cada um corresponde a uma das “sete glandulas” do corpo humano, que af se instalam como manifestacées da prépria vida. A comunicac&o entre os chacras acontece através de condutos conhecidos como "met por onde flui a energia vital alterada por eles. O tamanho dos chacras depende do desenvolvimento espiritual e das vibracées que emitimos. Nas pessoas mais desenvolvidas espiritualmente, eles sio amplos, brilhantes e translticidos, podendo atingir Um raio de até 25 cm, permitindo a canaliza¢ao de urna quantidade maior de energia vital e o desenvolvimento das faculdades psiquicas do homem. Quando os chacras estiio em equilibrio, desfrutamos de dtima sauide fisica e psiquica, caso contrério, ficamos vulnerdveis aos distirbios e as doengas. Ao estarmos saudéveis, nossos chacras giram com ritmo e sincronia, porém, com o organismo doente, eles ficam acelerados ou lentos demais, rodando com dificuldade e provocando perda de energia vital. 32 FUNGOES DOS CENTROS DE FORCA CENTRO DE FORGA CORONARIO 0 “Centro Coronério” esta situado na regido central do cérebro. Na sede da mente, centro que assimila os estimulos do Plano Superior. Segundo André Luiz,o Corondrio é quem orienta a forma, 0 movimento, a estabilidade, o metabolismo orgénico ea vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada. “Centro Coronério” estd, sutilmente, ligado a “Glandula Pineal ou Epifise”, a glandula mais alta do sistema endécrino, situada bem no centro da cabeca, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais, Este centro supervisiona os demais Centros Vitais que Ihe obedecem ao impulso, procedente do Espirito. No Corondrio ‘temos 0 ponto de interacdo entre as forgas do Espirito e as forgas fisiopsicossomaticas organizadas. Na tradi¢ao hindu ele é conhecido como “Chacra da Coroa”, e est representado por uma flor de létus de mil pétalas. Sua cor é violeta ou branco. Em sdnscrito é "Sahasra”, é através dele que recebemos a luz divina. Do Coronério parte a corrente de estimulos espirituais com ago difusivel sobre a matéria mental que 0 envolve, transmitindo aos demais Centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, ideias e agdes. Tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos 6rgaos e demais implementos de nossa constitui¢ao particular, plasmando em nés préprios os efeitos agradaveis ou desagradaveis de nossa influéncia e conduta, Quando desenvolvido mantém todos os demais em pleno equilibrio. Sé deve ser desenvolvido com o controle moral, intelectual e espiritual. CENTRO DE FORCA FRONTAL 0 “Centro Cerebral ou Frontal” esta situado na regido central do cérebro, contiguo ao Coronario, com influéncia decisiva sobre os demais centros vitais. Segundo André Luiz, ele governa 0 cortice encefélico na sustentacao dos sentidos, marcando a atividade das glandulas endécrinas, administrando o sistema nervoso, em toda a sua organizac0, coordenagao e atividade. 0 “Centro Cerebral ou Frontal” esta ligado a “Glandula Pituitdria ou Hipofise”, e tem relacao direta com diversos fendmenos de clarividéncia, intuiggo e percepgbes parapsiquicas. Na tradig&o Hindu ele é conhecido como o “Chacra do terceiro olho”, por situar-se entre as sobrancelhas, o Centro de Comando e sua cor é 0 Azul indigo. € oChacra da visio espiritual, da intuic3o, da percepsao, da aprendizagem, do conhecimento, da sintese intelectuale da Glandula responsabilidade, pelo qual se aprende e se guarda na memoria pituitaria as informagées. 33 CENTRO DE FORCA LARINGEO "Centro Laringeo” est situado em frente da garganta. £ o responsdvel pela energizaco da boca, garganta e érgaos respiratérios. £ 0 Centro da comunicagao do ser humano no mundo. O“Centro Laringeo” esta ligado a“Glandula_ Tireoide”. £ considerado também como um filtro energético que bloqueia as energias emocionais, para que elas ndo cheguem até os chacras da cabega Na tradicfo hindu conhecido como "Vishudda”, o purificador. Quando bem desenvolvido, de forma geral, facilita a psicofonia e a clariaudiénciae indica forca de carater e capacidade mental. Sua cor é 0 Azul claro, Estd ligado a sensibilidade meditinica, que capta a criatividade vinda de outras consciéncias. Por isso os grandes iniciados sempre ensinaram sobre o siléncio, que capta a criatividade e melhora a expressiio. CENTRO DE FORCA CARDIACO 0 “Centro Cardiaco” estd situado no centro do peito e é responsdvel pela energizacao do sistema cardiorrespiratéri jiderado canal de movimentacao dos sentimentos. O“Centro Cardiaco” esta ligado a“Glandula Timo”. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para 0 trabalho de assisténcia espiritual. Por isso 6 0 centro mais afetado pelo desequilibrio emocional. Na tradigSo hindu @ conhecido como “Anahata”. Seu nome significa 0 inviolavel, 0 invicto, @ som sutil do espirito imperecivel. Cor verde (cura) ou Rosa (amor). Quando ativado desenvolve todo o potencial parao amor altruista. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoismo e de cultivar maior dedicagao ao préximo. Este centro é, por exceléncia, o canal de toda transformagao afetiva, em que o homem instintivo se transforma em espiritual. Todo amor, toda qualidade afetiva, todo idealismo por algo melhor esta no Chacra do corago. Toda cura, todo toque terapéutico e toda assisténcia espiritual vibra esse centro. E um Chacra capaz de abracar humanidades situadas em outros orbes. Esse Centro é um sol peitoral que jamais poderd ser envenenado pelas péssimas vibracdes da vinganga. O édio gera uma energia viscosa e escura que adere no Centro peitoral como uma espécie de “piche consciencial”. CENTRO DE FORCA ESPLENICO Situado a altura do baco. Possui 10 raios. Materialmente tem relaco com o plexo mesentérico eo. baco. Principal entrada da energia vital (prénica). Regula a distribuigao e a circulacao dos recursos vitais, e a formacSo e reposicao das defesas organicas através do sangue. £ o principal centro energético de vitalizagdo de todo 0 corpo fisico. Abastece 0 bago, 6rgdo purificador do sangue. Quando nos desvitalizamos, sentindo-se fracos e porque este chacra esta com mau funcionamento. Recebe diretamente as energias do Chacra Basico/Genésico. £ um dos trés chacras principais (Basico / Genésico, Esplénico e Coronrio). A conhecida "aura da satide", é constituida pela exsudagdo de Fluido Vital residual, anteriormente penetrado através do chacra esplénico. 34 As criaturas cuja aura da satide é prodiga de energismo com sua simples presenga, fortalecem, reanimam, vitalizam e beneficiam terapeuticamente os outros, pois nelas as particulas do Fluido Vital utilizado em seu corpo fisico alimentam-se de um magnetismo muito intenso. A pessoa que tem este chacra embotado é muito nervosa, se incomoda com tudo, irritada, é um vampiro de energia, porque nao consegue se energizar sozinho. Ele é muito importante para os médiuns que dao passe magnético, porque durante o passe parte dos fluidos ver da nossa vitalidade e outra parte vem do plano espiritual. © médium desvitalizado rouba energia de quem possui, a parte espiritual vitaliza os dois, mas a energia vital ndo & espiritual, & neste momento que o médium suga do paciente. A pessoa que tem este chacra muito desenvolvido pode trabalhar com cura, ou seja, é um médium curador. Certas drvores como o pinheiro, 0 eucalipto e 0 cedro absorvem do ambiente o Fluido Vital adequado ao préprio homem. Portanto, andar no mato, banho de cachoeira, de mar, areia e sol revitalizam este chacra CENTRO DE FORCA GASTRICO O "Centro Géstrico” esta situado na regio Abdominal, sendo o responsavel pela digestio dos alimentos, pelas emogdes e pelo metabolismo. O “Centro Gdstrico ou Plexo Solar ou Chacra Umbilical” é, por exceléncia, o centro das emogées inferiores, misturadas com 0 processo da alimentacao normal. E um centro de grande vitalidade. Quando muito energizado, indica que a pessoa ¢ voltada para as emogGes e prazeres imediatos. Quando fraco sugere caréncia energética, baixo magnetismo. Estd ligado ao “Pancreas”, que ¢ uma Glandula do sistema digestivo e endécrino. Bem desenvolvido, facilita a percep¢do das energias ambientais. Quando esta bloqueado, causa enjoo, medo ou irritaco. Na tradicio hindu seu nome é “Manipura”, que significa a cidade das jolas. Sua cor é o amarelo. £ um centro de grande capacidade ectoplasma. E tem alta ressonancia com as energias dos vegetais, com as energias da natureza em geral, o mar, 0 vento, etc, CENTRO DE FORGA BASICO, RAIZ OU GENESICO Situa-se na base na espinha dorsal, sobre a regido sacra. Possui 4 raios, Materialmente tem relagéo com os plexos hipogéstricos e sacral. Responsdvel pelos drgdos de reproducéo e das emoges sexuais. Atua sobre a coluna vertebral, sistema central e p 0, todo aparelho urinério e aparelho reprodutor. Este chacra é 0 responsavel pelo fluxo das energias poderosas que emanam do Sol e da intimidade da Terra. Os clarividentes observam que esse fluxo energético, provindo do amago da Terra em simbiose com as forcas que descem do Sol, assemelha-se a uma torrente de fogo liquido a subir pela coluna vertebral do homem, por isso esta energia & denominada de “Fogo Serpentino ou Kundaline”, Este Chacra é 0 mais primitivo e singelo de todos em sua manifestacdo, um dos principais modeladores das formas e dos estimulos da vida organica. O individuo que abrir o chacra basico prematuramente daré entrada a uma torrente de energia to poderosa que iré Ihe alimentar todas as paixdes e todos os desmandos, o orgulho poderd explodir e 0 recalque sensual domind-lo- de modo a realizar os piores caprichos e aces sobre o préximo. O chacra em desequilfbrio pode levar © homem & loucura, pois sua aco muito forte acirra 0 desejo sexual, semeando a satisfacio aberrativa. Quando essa energia descontrolada sobe pela medula e irriga o centro frontal de um homem inferior, alimenta-Ihe 0 orgulho da personalidade terrena. Quando, em vez da fronte, atinge 0 coracéo sem o devido controle espiritual emotivo, termina por avivar-lhe os maus sentimentos, dando-Ihe forca e estimulo para a dureza de sentimentos. 35 DESARMONIA DOS CENTROS DE FORCA Desde que podemos assimilar a ag3o dos centros de forca até mesmo por forga das agdes organicas do corpo humano, de igual sorte podemos entender que sua desarmonia, sua disfunco, repercutird diretamente nos veiculos somético e perispiritual, por isso a importancia de té-los harmonizados, equilibrados, em perfeito funcionamento. Ou seja, esses desequilibrios energéticos podem ser percebidos como insatisfacbes, preocupacées excessivas, alteraco no sono, excesso de impulsividade, infelicidade, etc. Nosso agir e nosso pensar desequilibrados fazem surgir desarmonias nos centos de forca que, para se restabelecerem, carecem do restabelecimento de seu portador. E para isso, um simples passe ndo resolveré; ou mesmo uma oracdo balbuciada pelo reflexo condicionado de juntar palavras. O passe e a prece séo veiculos intercessérios poderosos e indispensdveis, mas no so 8 base do reequilibrio e da rearmonizacio, 8s quais se estribam na reforma moral, pelo “carregar a propria cruz” sem blasfémias, sem alvorogos e sem temeridade. Rearmonizar os centros de forca, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira crist em todos os momentos da vida. Mas como isso ndo é comum as nossas ampliadas comodidades, nés espiritos devedores ¢ faliveis, nos cabe exercitar por possul-las pelo perdao, pela fraternidade € pela compreensao, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso proximo, Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronario como. captador das boas energias espirituais para distribuir 0 equilibria devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria CHACRAS SECUNDARIOS Ha muito mais chacras do que os sete principals. H4 chacras secundarios nas palmas das maos, plantas dos pés, pulmées, figado, estimago, orelhas, mandibulas, ombros, joelhos, entre as escépulas (omoplatas) espalhados por todo corpo. E, em escala menor, pode-se dizer que para cada poro do corpo ha um pequeno chacra em correla¢3o direta no campo vibratério correspondente. CHACRA DAS MAOS Localizado no centro das palmas das mios, nio tem cor especifica e & 0 mais facil de ser desenvolvido. Apesar de secundario, € um Chakra importantissimo, como podemos ver em técnicas de energizaco e equilibrio como o Reiki ~ técnica japonesa de canalizacao de energia, passada através da imposicao das méos. Coordenado pelas emocGes e intengdes, é um canal direto através do qual podemos passar energia consciente. CHACRA DOS PES Esta localizado nas solas dos pés e sua finalidade principal ¢ descarregar 0 excesso energético gerado no nosso dia a dia, como também a absorcao da energia de aterramento ~ que faz a gente se sentir enraizado e seguro. Tem relaco com a “mae terra’ e a estabilidade em geral. CHACRA DOS JOELHOS ‘Atua como um transformador, regulando a quantidade de energia teliirica (da Terra) que deve entrar no corpo. Regula nossa forma de lidar com a flexibilidade e com grandes quantidades de energia. 36 A AURA HUMANA Aura € 0 invélucro energético, de forma ovoide, que envolve o individuo. Durante muito tempo a constatacio da existéncia da aura, tanto a humana como a dos demais seres organicos e inorganicos ficou restrita as crengas religiosas e 3 metafisica. Na drea religiosa do catol aptendemos a conhecer a aura pela alegérica auréola de luz sobre a cabeca daqueles denominados santos, representada em pinturas sacras. No campo filos6fico a aura sempre foi citada para justificar determinados fendmenos de magnetismo. Todavia, a ciéncia manteve-se de lado, desconfiada. Desconfianca até certo ponto compreensivel e necesséria, pois é a ciéncia 0 elo entre a fé e a razo. Assim é que s6 em 1911, através do trabalho de pesquisa do Dr. Walter John Kilner, médico residente na cidade de Londres, Inglaterra, ¢ que surgiu na esfera cientifica a primeira constataco da aura Desta forma temos o suporte da ciéncia para alicergar esta constatacdo. Nao obstante, continuam existindo contestadores, principalmente depois que surgiram as fotografias Kirlian, 0 método fotogréfico denominado de kirliangrafia foi inventado pelo casal russo Semyon Davidovich Kirlian e sua esposa, em 1939, utilizando filme preto e branco. Em 1971 os senhores Dr, Hernani Guimaraes Andrade e Henrique Rodrigues, do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofisicas, construiram a primeira cdmara fotografica fora da Russia, para fotos Kirlian a cores. Essas fotos apresentam a imagem de parte do corpo humano envolta por um espectro luminoso. Os pesquisadores do método Kirlian garantem que 0 espectro é a retratagao da Aura. Outra corrente de pensadores, porém, contesta, alegando que 0 espectro visivel nas fotos € o chamado efeito "corona". Para aqueles que no sabem, efeito "corona" é a radiaao azulada que se forma em volta dos cabos transmissores de energia elétrica em alta-tensdo. Como o proceso da foto Kirlian utiliza uma camara fotogréfice munida de um campo de alta magnitude elétrica, os contestadores se baseiam nesse fato para tentar invalidar o resultado de tais fotos. Nao bastassem esses, temos na vasta literatura espirita, bem como na teoséfica, intimeros relatos e descrigées da aura, informando que todos os seres se encontram revestidos por esse manto energético. Mas, como relatou Dr. Walter Kilner, no se trata de um manto inerte e sim, como nao poderia deixar de ser, dinamico, retratando em seu dinamismo de cores e formas o estado emocional em que 0 individuo se encontra naquele momento. Assim, mais proximo de nossa época tem 0 trabalho da Dra. Colletti Tiret, médica, residente na cidade de Marselha, Franca. Seu trabalho somou 29 anos de observacées. Depois de exaustivos testes e experimentos, confirmou a existéncia da Aura. Para nds, portanto, simpatizantes da razdo e da clareza dos ensinos oriundos de Mentores Espirituais reconhecidamente sérios, que se fazem presentes através de médiuns ndo menos capazes, essas informagées tém a soberba forca de definig&o. Logo, por tudo isso que acima expusemos, n&o hd porque manter dividas a respeito, desta forma, juntando os resultados dos trabalhos dos pesquisadores acima nomeados, com a literatura transmitida pelos Mentores Espirituais, formamos 0 seguinte resumo de informagGes: Nao ha corpo sélido liquido ou gasoso que nao tenha sua aura, desde o dtomo até o globo terrestre, portanto todos os seres se revestem de um halo energético, que Ihes corresponde 4 natureza. No homem 0 conjunto das irradiag6es do corpo fisico e do perispirito, que corresponde ao grau evolutivo de cada ser. A aura é energia em movimentaco, que se expande no contorno do corpo, refletindo satide, sentimentos, virtudes e vicios. Sua coloracao depende da elevaco ou inferioridade espiritual. 37 ENERGIA - Toda energia é radiante. Essa radiagéo espalha-se de forma esferoidal, portanto, em todas as diregdes. Irradiando-se em todas as direcdes, atinge uma determinada e igual distancia de seu niicleo emissor. Essa radiagao sera débil se 0 niicleo emissor estiver enfraquecido, e serd luminosa se 0 niicleo for vigoroso. O contorno externo dessa radia¢do delimita o chamado campo. Campo da Aura, portanto, € todo 0 espaco/volume contido nos limites desses extremos da radiagao emitida pelos corpos Fisico, Astral e Mental. Em conjunto ou separados. CAMPO ELETROMAGNETICO - A Aura Humana é um campo de forgas eletromagnéticas. Tem a forma ovalada, pois como campo magnético do corpo Fisico acompanha este em seu contorno. Possui coloracdo e luminosidade variadas, das quais falaremos mais a frente. Este envoltorio eletromagnético em torn do corpo humano, para ser compreendido, pode ser comparado & camada atmosférica que envolve o planeta Terra. Em razao dessa semelhanga a aura é também chamada de psicosfera. CARACTERISTICAS - As suas caracteristicas so: a) - Existe em todos os seres e objetos; b) - Modifica-se instantaneamente a cada movimento do objeto ou do ser; c) - De maneira geral, dé a aparéncia de ser um invélucro ornamental, ou seja, como se a criatura, ou 0 objeto, estivessem engastados num foco de luz VIGILANTE - No ser humano ela ainda tem a caracteristica de um vigilante sempre alerta. Alids, ¢ exatamente a isso que os textos da literatura espirita fazem referéncia. Uma pessoa sensivel @ atenta as reagdes da aura notard de imediato que algo invisivel, por exemplo, uma entidade desencarnada ou talvez apenas um fluxo de energia, se aproximou, tocando em seu campo. Essa reacdo se transmite aos chacras, que de pronto, via sistema nervoso, transferem 4 consciéncia fisica os sinais da nova sensago, que poderd ser agradavel ou nao. Perceber essas diferencas reativas da aura é uma circunstancia que deve ser cultivada. Significa estar apurando a sensibilidade. Significa, ainda, estar desenvolvendo um sistema defensive. Um sistema defensivo, pois, a todo instante, as influéncias do plano Astral descarregam-se sobre os habitantes do plano Fisico. Isto é, sobre nés. Desta maneira, podemos classificar a aura como uma porta de vigilancia entre as dimensGes Fisica e a Mental/Astral. Comparativamente, podemos, ainda, dizer que a aura, em termos de dimensées Mental/Astral, ¢ como a pele para 0 corpo humano. A pele é 0 grande sistema defensivo a proteger 0 corpo humano contra invasées de bactérias, quando nao apresenta fendas, ou ferimentos, da mesma forma a aura. Quanto a estes aspectos de auras rompidas, mal formadas ou debilitadas, podemos acrescentar que, algumas categorias de pessoas, e alguns profissionais como citaremos a seguir, esto sempre mais vulnerdveis aos aspectos negativos comentados. Essas circunstancias criticas recaem comumente sobre: médiuns, psicdlogos, médicos, enfermeiros, pessoal geral de hospitais, pessoal de trabalhos funerdrios e os agentes policiais. O trabalho de todas essas categorias é lidar com a dor humana, o que as torna vulnerdveis aos desajustes provindos das auras daqueles com quem lidam. A absor¢io desses desajustes pode culminar, se no tratados a tempo, em processos de obsessio parasitdria e depressio. - importante, portanto, dar atenggo 8s mudancas de humor que é um dos mais simples reflexos do estado da aura, RETRATO DA CONSCIENCIA - A Aura humana é 0 retrato fiel da consciéncia de seu dono. Reflete, sempre, a imagem exata - nua e crua - do individuo, que assim pode ser visto e identificado pelos clarividentes, pelos desencamados e até, em certos casos, pelos animals que tanto podem simpatizar ou se assustar com a presenga, aparentemente, inofensiva de uma pessoa. COLORACAO - A aura retrata a expresso do pensamento emitido numa alternativa de relampagos sucessivos, embora algumas possam fazer pausas mais prolongadas. Essa retratac3o se traduz na forma e na intensidade, além disso, na coloracdo. De um modo geral as cores que a aura apresenta tém os seguintes significados: AZUL - Sentimento religioso, devocao, afeicdo e sublimacao do espirito; VERDE - Simpatia, habi AMARELO - Intelectualidade; LARANJA - Orgulho, ambicao; jade e engenhosidade; ROSA - Amor sem egoismo; CINZA - Depressao, medo; MARROM - Citimes, egoismo, avareza; VERMELHO - Célera, irritabilidade, sensualidade; PRETO - M a, 6dio, maldade. Naturalmente essas cores nao se apresentam na forma pura de cada uma. Serao vistas misturadas, mescladas umas com as outras. Afinal, nossos pensamentos e sentimentos se alternam a cada segundo. Na leitura da aura, portanto, ficaré evidente a emocao cuja correspondente cor for & de maior predominancia naquele momento. Costuma-se encontrar na literatura espirita dois tipos distintos de aura, residentes no perispirito @ no duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico, também conhecida como “aura da satide”, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia, a0 passo que a aura do perispirito, em situagdes normais, pode ser visualizada pela faculdade de clarividéncia, A AURA DOS ANIMAIS Assim como os seres humanos, todos os animais tem aura, embora suas caracteristicas sejam substancialmente diferentes da aura humana. A aura dos animais é normalmente menos complexa no que se refere 8 estrutura, mas sua coloracio 4 mais intensa do que a nossa Comparada 3 aura dos animais selvagens, a aura dos animais domesticados tem uma amplitude maior e uma coloragéo mais suave. Curiosamente, a aura dos animais de estimacao frequentemente assume certas caracteristicas de coloraco, inclusive a cor dominante, dos seus primeiros donos. Com excecao dos animais doentes ou estressados, tais como aqueles que foram retirados da vida selvagem e colocados numa jaula, raramente se constatam descolorac3o na aura dos animais. A AURA DAS PLANTAS Todas as plantas, qualquer que seja 0 seu porte, séo dotadas de sistemas energéticos préprios, além de um campo energético que as circunda, o qual, embora nao seja habitualmente chamado de aura, apresenta algumas caracteristicas semelhantes as da aura dos seres humanos e dos animais, Em muitos casos, os padrées energéticos ao redor das plantas aparecem como uma extensdo iridescente de sua estrutura bdsica e de suas cores. Percebemos ao longo de experiéncias que a nossa interacdo com a vida das plantas, especialmente das arvores, pode influenciar 0 nosso proprio sistema energético. Todos os seres vivos sao dotados de sistemas de captacao e distribuicdo de fluido vital, adequados a sua natureza. 39 ESTUDO DAS DOENCAS MATERIAIS E ESPIRITUAIS Na medicina espirita, a patologia tem a mesma definigdo da ciéncia terrena, isto é, - é a parte da medicina que trata da origem e natureza das doencas. A patologia geral do organismo humano, sob 0 panto de vista da doutrina espirita, ndo cabe aqui neste ligeiro relato, se bem que 0 nosso desejo seria transmitir a maior soma de conhecimentos sobre o assunto aos médiuns curadores; entretanto, procuraremos sintetizar 0 mais possivel os ensinos a fim de que possamos ministrar bons e orientadores esclarecimentos. As enfermidades espirituais produzem distérbios ou lesbes no corpo fisico decorrentes de desarmonias psiquicas originadas das condicdes pessoais do enfermo, da influéncia de entidade espiritual, ou por acdo conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de baixa, média ou de alta gravidade As enfermidades espirituais representam uma realidade, impossivel de ser ignorada, sobretudo nos tempos atuais quando sabemos da exist@ncia de um alerta superior que nos aponta para a urgente necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo agdes e atitudes compativeis com a Lei de amor, justica e caridade. CAUSA DAS DOENCAS Para nés, espiritas convictos e militantes da doutrina, ndo procuramos a doenca no corpo fisico Reconhecemos, todavia, que ela existe, mas, geralmente, assim entendemos, as enfermidades vém do espirito, ainda mesmo as hereditarias. O que existe na realidade, dentro das cristalizacdes, sdo pontos de aglutinaco dos fluidos doentios, criando a predisposigiio organica, para determinadas moléstias que podem afetar-nos em qualquer idade. PREDISPOSICAO ORGANICA A predisposicao organica é um estado que poderiamos chamar de “estado receptive” de qualquer 6rgo para contrair a doenca ou ainda melhor, para “atrair” a doenga. Funciona como por inducao em corrente elétrica. Antes dessa predisposicgo orgénica, houve uma causa determinante. E onde esta ela? € aqui que comecamos. PREDISPOSICAO CARMICA Sabemos perfeitamente através dos estudos espiritas, que as doengas carmicas so oriundas do perispirito enfermo que, ao reencarnar, transmite e traz j 0 nascituro, mesmo na vida intrauterina, os males que a matéria ou Espirito tem que sofrer. PREDISPOSIGAO ATRAIDA As predisposicées atraidas so aquelas provindas de nossas vibracdes. Uma criatura colérica, vibrando sempre maldade e pestiléncias, 0 que pode atrair sendo essas mesmas coisas? Est dentro da lei dos “semelhantes atraem semelhantes”. £ inevitavel que isso aconteca. Essa atracao gera a autointoxicaco, pela via fluidica. £, note-se, no seré somente um érgao afetado, porque os maus fluidos corroborados pela autointoxicagao se espalham pelos drgaos vitais, tais como o coracio € figado, pulmées ou estémago e dai para os intestinos, arrastando um coroldrio de sofrimentos. Os maiores males de que padece a humanidade encontram a sua causa na lei de atraco vibratoria. PREDISPOSIGAO HEREDITARIA A predisposicio hereditaria tem parte na Carmica, para os leigos na doutrina. Na verdade, os pais transmitem aos filhos muitos males, porque a carne é filha da carne. E aonde vem o ensino evangélico de que “uma boa drvore nao pode dar mau fruto”, ou “pelo fruto se conhece a rvore”. Entretanto, mesmo nessa heranga, hé causas de ordem espiritual PREDISPOSICAO DO AMBIENTE A muitos parecerd estranha esta determinagio de ambiente. Entendemos por “ambiente” o local onde fazemos a nossa morada, a casa onde residimos com nossa familia, pais, mes e filhos ou parentes e mesmo estranhos. Deste local, seja a nossa casa toda e mais preferencialmente o cémodo onde mais se para, destacam-se a sala de refeigdes e quarto de dormir. Nestes lugares, os pensamentos emitidos estado condensados em nuvens, forrando o teto, que se movimentam por toda a casa, obedecendo, em ondulagées serpenteadas, os chamamentos pelas vibragdes sintonizadas. Se as vibracdes dos residentes sdo boas, nuvens benéficas terao; se so ms, escuras e doentias sdo as nuvens. Estas nuvens nao séo visiveis a0 olhar humano, entretanto elas existem como existem no firmamento da crosta terrestre os produtos das mentalizagdes da humanidade, como nos ensina André Luis. VIAS DE INFECCAO Depois das vias psiquicas, a via digestiva é por onde as enfermidades flu(dicas se alojam. Por isso, insistimos em que ela fique bem gravada na mente de todos os médiuns curadores estudiosos. Os 6rgios acessérios, pulmées, figado, pancreas e outras glandulas, na patologia meditinica, nao sofrem influenciagdo direta, porque sao antes receptores de intoxicacdo, pela via psiquica. As enfermidades espirituais deixarao de existir, nos esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem, Nesse sentido, so oportunas as elucidacdes do Espirito André Lui (...) a enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispirito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnéstico humano, por muito tempo persistirdo nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é 0 grande e abengoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as pecas de nossa instrumentagdo e polindo os fulcros animicos de que se vale a nossa inteligéncia para desenvolver- se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a Unica forca capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensaveis modificagdes, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execucao n&o poderemos fugir sem graves prejuizos para nés mesmos. Adoenganao é uma causa, é uma consequéncia proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias ¢ feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doengas porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Estados de indisciplina so os maiores responsaveis pela convocago de energias primérias e daninhas que adoecem o homem pelas reagées de seu perispirito contra o corpo fisico. Sentimentos como orgulho, avareza, citime, vaidade, inveja, calunia, édio, vinganga, luxiria, célera, maledicéncia, intolerancia, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-préprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as consequéncias nefastas das paixdes ilicitas ou dos vicios perniciosos, so também geradores das energias nocivas. a1 CUIDAR DO CORPO FiSICO Vamos agora repassar em sintese o estudo sobre 0 preparo do corpo fisico. Ensina-nos o Mestre Jesus Cristo que 0 corpo é um vaso divino pelo qual somos responsdveis perante Deus, a quem temos que prestar contas do bom ou mau uso que dele tenhamos feito durante a existénci terrena, bem como dos cuidados que deixamos de dispensar-lhe para manté-lo em condi¢o salutar, Segundo os espiritos doutrinadores de elevada categoria, as tentagdes penetram no homem mais comumente pelo cérebro, estdmago e pelo sexo. Sao as maiores portas abertas e vulnerdveis, portanto, as més influéncias. Ora, se sabemos que o mal entra por elas por que manté-las abertas, num convite ostensivo as forgas inferiores? Nao é légico que as mantenhamos fechadas? ~e as chaves? ~ perguntaro alguns imprevidentes. Nao é dificil encontré-las. “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida’, disse 0 Senhor, completando: “ninguém ir ao Pai se n3o passar por mim.” As chaves esto na consciéncia dos homens. Na regiao do estamago, conhecemos 0 efeito da fome desde a vida fetal, nos impelindo para a nutrigdo das células que se véo formando. Mas, se ali impera puramente o instinto da alimentacao, aqui se Ihe ajuntam outros instintos imperfeitos e a fome vem ficar responsével como principal tentadora de gravissimos erros, arrastando 0 homem a cometer os maiores desatinos perante Deus e a sociedade. E pelo estémago que a maioria dos homens se intoxica atraindo enfermidades destruidoras dos érgios e 0 que é pior, dando ensejo para que perturbadores fluidicos, provindos de esferas inferiores, se alojem no tubo digestivo e glandulas, desequilibrando, assim, o proprio espirito. Na esfera sexual encontramos outros fatores que determinam o rebaixamento do homem até condiga0 de animais irracionais, praticando atos que a estes sfo desconhecidos, em virtude das més influéncias obsessérias a que se entregam. Por mais incrivel que pareca, o homem abusa do sexo, desprezando as finalidades divinas para que foi criado, praticando atos to perversos e abomindveis que maculam o espirito para muitas existéncias porvindouras. Tentagdes hd em toda parte. Basta que 0 padrao vibratério des¢a a escala inferior harmonizando-se com os depravados e encontraré por certo 0 que procura. Porém, lembremos de que ninguém ficard devendo. “Sera cobrado.” Entio, para uns, as ldgrimas levaréo muito tempo para lavar as impurezas da consciéncia, até que chegue o arrependimento sincero, enquanto que para outros inconformados, sero ainda mais chicoteados pelo édio, revolta da situac%o angustiosa que eles mesmos criaram para o futuro espiritual. No cérebro esto os geradores psiquicos que engendram mérbidas manifestaces de édio, ciumes, vingancas cruéis, impulsionados pelos violentos desejos da carne, posse e ambicdo desmedidas, trazendo as consequéncias mais desastrosas possiveis. Sobre este assunto, meditemos com o Espirito amigo de André Luiz, psicografado pelo médium Francisco Candido Xavier: Hé pequeninos prazeres que & maneira de micrébios violentos e perseverantes que nos desintegram 0 envoltério fisico, nos intoxicam a alma e Ihe destroem as mais santas esperancas. O uso do alcool estabelece raios entorpecentes. * Q.uso do dlcool forma elementos intoxicantes. © Quso do fumo arremessa raios venenosos. © Acélera forma nuvens de pi \cipios destruidores. © Amaldade projeta dardos de trevas. ‘© Ocitime é uma tempestade interior. ar © Ainveja é atmosfera enregelante © Oegoismo é 0 casulo da sombra. © Aconversago indigna € pasto de entidades vicioso. © Aqueixa é traducao de ociosidade. © Oabuso é sempre inclinacao da alma ou queda do sentimento no precipicio. © décil e obediente corpo que provoca uma DOR DE CABEGA como sinal de alerta de nossas emogdes descontroladas recebe um CALA BOCA na forma de uma aspirina, por ele no deve nos toldar o tempo com seus caprichos... 0 figado ganha um regulador hepético quando tenta mostrar a vocé que 0 ODIO e a FALTA DE PERDAO entao destrambelhando seu equilibrio em ondas de energias a Ihe corromper as funcdes nobres. Ele deve obedecer e aceitar 0 que vocé escolher comer e pensar sem reclamar. Aquela azia e desconforto gastrico séo silenciados a custa de antidcidos toda vez que seu estémago tenta alertar-Ihe de que A VIDA é assunto que vocé no esta digerindo bem. Mas ele também deve calar-se e digerir 4 forca o que vocé quiser, naturalmente prosseguindo os alertas até a dlcera exigente. SEU CORPO SO TEM UM INIMIGO, e ele nao é um virus, nem um agrotéxico, nem uma bactéria e nem um aditivo quimico alimentar... © INIMIGO DE SEU CORPO £ SEU ESPIRITO INDISCIPLINADO! Prossigamos vivendo e usufruindo no corpo os prazeres que a vida material nos prodigaliza e que so nosso direito. Mas que tal acrescentar AMOR na forma de AFETO e EDUCACAO na forma de RESPEITO. Acrescentemos AFETO POR NOS MESMOS juntamente com o RESPEITO AOS OUTROS na satisfago de nossas necessidades, cientes de que perante a LEI IMORTAL ninguém lesa 0 outro sem comprometer-se perante a vida a resgatar a dor e sofrimento provocados. Todos nés somos dinamos, vivendo, nos mais remotos angulos da vida, com o Infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente. Nossas atitudes e deliberagdes, costumes e emogoes criam cargas elétricas de variadas expressées. Devemos cuidar do nosso corpo para que o nosso Espirito tenha sucesso nas suas tarefas no plano Terrestre. A conservaciio do corpo se faz através de bons habitos de higiene, alimentacao e habitos de comportamentos saudaveis. Na Terra, cada Espirito recebe 0 corpo que precisa. A maneira que utilizamos nosso corpo nesta encarnacao reflete numa existéncia futura Como disse Joanna de Angelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo fisico merece respeito e cuidados, carinho e zelo continuos, por ser a sede do Espirito, o santuario da vida em desenvolvimento”. LEMBRE-SE - Vocé no é seu corpo nem seu corpo é vocé. Ele é divina concessdo da SABEDORIA DE DEUS que Ihe empresta como abencoada oficina-escola para a educagao de seu Espirito. 43 LEI DO EQUILIBRIO 0 equilibrio do corpo estd em relacdo direta com a harmonia do espirito. Sem uma coisa ndo existe a outra. O nosso globo terrestre vive em harmonia com os outros astros, em cuja vida esta entrelacado. Se porventura ou pelo designio de Deus, cessassem os movimentos do globo, a terra seria imediatamente desintegrada, uma vez que as correntes de energia que o sustém ficariam paralisadas. 0 mesmo sucederé a0 corpo do homem encamado quando na terra, desintegra-se para voltar a energia cosmica. Tudo € mantido pela lei do equilibrio através da energia fluidica, desde 0 Planeta até os menores corpos atémicos. Corpos inertes nao existem, pois so mantidos pela energia vibratéria de suas moléculas. Tudo é energia fluidica. A harmonia dessas correntes eletromagnéticas ¢ que mantém o equillbrio dos corpos fisico e espiritual, ou corpo perispiritual. Do corpo fisico emana uma luz clara, didfana, levemente brilhante em ondas vibratérias, que a irradiagio magnética da matéria, peculiar a todos os corpos. Ja no homem, além dessa itradiacao fluidica, juntam-se outras. Do perispirito, por exemplo, saem vibracées coloridas em variados matizes, devidas 3 ago reflexa dos sentimentos manifestados, formando uma zona ovalada, luminosa, em tomo do corpo fisico, limitando assim a atmosfera em que vive 0 homem, sem prejuizo, todavia da sua expansdo, quando purificado em elevacao di ina. A satide est no equilibrio, que pode ser conseguido através de uma dieta saudavel, rica em verduras, legumes e frutas, de exercicios fisicos moderados ¢ acompanhados por um médico, do respeito as horas de descanso e de praticas religiosas, meditativas e relaxantes. Enfim, tudo aquilo que propicie a harmonia interior. O passe, a prece, a irradiacdo e agua fluidificada servem como apoio para a recupera¢ao, mas nao é a base real para o equilibrio, alinhamento ou harmonizagao dos chacras e centros de forca. Devemos lembrar que chacra bloqueado nao ¢ causa, mas consequéncia. A causa do desequilibrio so nossos pensamentos, sentimentos, emocées, palavras, desejos e agdes de baixo teor vibratério, como pessimismo, magoa, rancor, inveja, egoismo, orgulho, vinganga, édio e vicios. A energia vital realiza curas e determina a harmonia ou a desarmonia em todas as areas da vida. O equilibrio da nossa energia mantém a satide em qualquer de nossas estruturas corporais, tudo se cria, se manifesta, se reproduz, sobrevive, expressando pura energia! E tao simples perceber, reconhecer, compreender, valorizar, nutrir e cuidar desta Energia que Somos para se tornar possivel utilizé-la e aplicé-la em nossas vidas e nas daquelas pessoas a quem amamos. € facil usufruir os seus poderes mais profundos. Para isso, nos basta tomar consciéncia de nés mesmos. Através de nossa capacidade criativa e criadora, através de nossos sentimentos e pensamentos, através de nossas maos, de nossas peles, em livre expresso, estamos sempre doando e recebendo Pura Energia, mesmo estando inconscientes disso! E assim que subimos degraus evolucionais € cumprimos algumas leis césmicas que regem, especialmente, a nossa evolucdo espiritual, mental e fisica. Nossos corpos so canais transmissores de energia. Somos capazes de aplicar nossos poderes para melhorar a vida. As nossas préprias vidas e, também, as de outras pessoas. Podemos acalmar os coragées, harmonizar as mentes, aliviar as dores, curar as doencas, eliminar os desequilibrios, despertar os homens para a Luz! Tudo isso, simplesmente, por sermos capazes de experimentar, vivenciar, aplicar, desenvolver, absorver e retribuir AMOR. Essa ¢ a forca maior que qualifica a energia e Ihe define o grau de poder curativo. O Amor harmoniza e liberta ao mesmo tempo em que quantifica a nossa capacidade individual em realizar esses momentos de milagres essenciais em nosso cotidiano. MEDIUNS PASSISTAS Considerando que o trabalho no bem é uma béngo, a tarefa do passe, como todas as outras, na Casa Espirita & sério compromisso com a nossa prépria renovaco. Para ser médium passista, exige-se muito critério e responsabilidade. Isto dito pelo Espirito de André Luiz deveria calar fundo no intimo de todos os médiuns que se aventuram a transmitir passes, sejam ou ndo espiritas, © médium precisa afeicoar-se a instrugdo, ao conhecimento, ao preparo e & melhoria de si mesmo, a fim de filtrar para a vida e para os homens o que signifique luz e paz. Todo aquele que sente num grau qualquer, a influéncia dos Espiritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; no constitui, portanto, um privilégio exclusivo. (...) Pode, pois, dizer-se que todos so, mais ou menos, médiuns. {Allan Kardec, 0 Livro dos Médiuns, capitulo XIV). Todas as pessoas sadias poderiam, em principio, aplicar o passe. Todas possuem fluidos, em varias gradacées, naturalmente, que podem ser mobilizados pelo amor na direcdo do semelhante que sofre. Mas para efetivamente nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos muito esforco, muita vontade ativa, muita disciplina para irmos adquirindo certas condi¢ées minimas, como por exemplo: ter grande dominio de si mesmo, esponténeo equilibrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensdo da vida, fé vigorosa e profunda confianca no Poder Divino. (Cap. 19 do livre Missionarios da Luz, de André Luiz) Assim, conforme asseverou 0 Codificador, todos nés mantemos contato com 0 Mundo Espiritual, pois vivemos em incessante intercambio com o mesmo. Desta forma, ao fazermos uma oraco. recebemos o amparo da espiritualidade maior, do nosso protetor/mentor espiritual, entramos em contato com as usinas de forca da Vida Maior. Por conseguinte, estamos exercendo a mediunidade, haja vista que recebemos a influéncia dos espiritos superiores. €, pela questiio da sintonia vibratéria, isso também vale para os espiritos menos elevados, pois quando alguém tem pensamentos inferiores, espiritos que se afinam com estes so atrafdos. "O pensamento é o lago que nos une aos Espiritos, e pelo pensamento nés atraimos os que simpatizam com as nossas ideias e inclinagdes". Allan Kardec. Entretanto, usualmente s6 se chamam de médiuns “aqueles em quem a faculdade meditinica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que ento depende de uma organizaco mais ou menos sensitiva” [Allan Kardec, © Livro dos Médiuns, capitulo IX) Sempre que possivel o médium deverd melhorar sua compreensao dos mecanismos do passe pelo estudo e observacgo. No entanto, 0 bom desempenho na tarefa do passe nao se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa da tarefa. OS PRINCIPAIS TIPOS DE MEDIUNIDADE SAO: MEDIUNS DE EFEITOS FISICOS Este tipo pode ser dividido em dois grupos, ou seja, os facultativos - que tém consciéncia dos fenémenos por eles produzidos - e os involuntérios ou naturais, que sdo inconscientes de suas faculdades, mas so usados pelos espiritos para promoverem manifestacdes fenaménicas sem que © saibam. 45 MEDIUNS SENSITIVOS OU IIMPRESSIONAVEIS S80 pessoas suscetiveis de sentirem a presenca dos espiritos por uma vaga impressao. Esta faculdade se desenvolve pelo habito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressdo que experimenta, ndo s6 a natureza, boa ou mé, do espirito que se aproxima, mas até a sua individualidade. MEDIUNS AUDIENTES OU CLARIAUDIENTES Neste caso os médiuns ouvem a voz dos espiritos. O fenémeno manifesta-se algumas vezes como uma voz interior, que se faz ouvir no foro intimo. Outras vezes, dé-se como uma voz exterior, clara € distinta, semelhante & de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, estabelecer conversacio com os espiritos. MEDIUNS PSICOFONICOS Neste tipo 0 médium serve como um instrumento pelo qual 0 espirito se comunica pela fala; assim, hd a acoplacdo do perispirito do espirito comunicante no perispirito do médium, permitindo, assim, que o espirito utilize 0 aparelho fonador do médium para fazer uso da fala MEDIUNS VIDENTES Os médiuns videntes so dotados da faculdade de ver os Espiritos. Hd os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembranca precisa do que viram. Outros s6 a possuem em estado sonambillico ou aproximado do sonambulismo. £ raro que esta faculdade seja permanente, sendo quase sempre o resultado de uma crise suibita e passageira. Podemos incluir na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de segunda-vista. A possibilidade de ver os Espiritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas no constitui propriamente a mediunidade de vidéncia. Explicaremos esse fenémeno no capitulo VI, Manifestacées Visuais 0 médium vidente acredita ver pelos olhos, como os que tém a dupla-vista, mas na realidade é a alma que vé, e por essa razdo, eles tanto veem com os olhos abertos ou fechados. Dessa maneira, um cego pode ver os Espiritos como os que tém visio normal. Entre os médiuns videntes ha os que veem somente os espiritos evocados, podendo descrevé-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressdio fisionémica, os tragos caracteristicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam. Ha outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a populacdo espirita do ambiente ir e vir e, poderiamos dizer entregue a seus afazeres. MEDIUNS SONAMBULOS 0 sonambulismo pode ser considerado como uma variedade da faculdade meditinica, ou melhor, trata-se de duas ordens de fenémenos que se encontram frequentemente reunidos. 0 sonambulo age por influéncia do seu proprio Espirito. € a sua alma que, nos momentos de emancipacdo, vé, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele diz procede dele mesmo. Em geral, suas ideias so mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos sd0 mais amplos porque sua alma esta livre. Numa palavra, ele vive por antecipacio a vida dos Espiritos. Em resumo: 0 sonambulo exprime o seu préprio pensamento e o médium exprime o pensamento de outro. Mas 0 Espirito que se comunica através de um médium comum pode também fazé-lo por um sonambulo. Frequentemente mesmo o estado de emancipagao da alma, no estado sonambilico, torna facil essa comunicaco. Muitos sonambulos veem perfeitamente os Espiritos e os descrevem com a mesma preciso dos médiuns videntes. Podem conversar com eles e transmitir-nos 0 seu pensamento. Assim, 0 que eles diem além do circulo de seus conhecimentos pessoais Ihe é quase sempre sugerido por outros Espiritos. 46 MEDIUNS DE CURA Este género de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicacao. Dir-se-d, sem duvida, que isso mais ndo é do que magnetismo, Evidentemente, o fluido magnético desempenha ai importante papel. Porém, quem examina cuidadosamente o fendmeno sem dificuldade reconhece que ha mais alguma coisa. A magnetizaco ordinaria ¢ um verdadeiro tratamento seguido, regular e metédico. No caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores s8o mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontdneae, alguns, até a possuem, sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A interven¢ao de uma poténcia oculta, que € 0 que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstancias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razao, ser qualificadas de médiuns curadores recorre & prece, que é uma verdadeira evocacéo. MEDIUNS MECANICOS Quem examinar certos efeitos que se produzem nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve no poderd duvidar de uma acdo diretamente exercida pelo Espirito sobre esses objetos. A cesta se agita por vezes com tanta violéncia, que escapa das maos do médium e no raro se dirige a certas pessoas da assisténcia para nelas bater. Outras vezes, seus movimentos do mostra de um sentimento afetuoso. O mesmo ocorre quando o lépis est colocado na mao do médium; frequentemente é atirado longe com forca, ou, entdo, a mao, bem como a cesta, se agitam convulsivamente e batem na mesa de modo colérico, ainda quando o médium esta possuido da maior calma e se admira de no ser senhor de si Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a presenca de Espiritos imperfeitos; os Espiritos superiores sdo constantemente calmos, dignos e benévolos; se no sdo escutados convenientemente, retiram-se € outros thes tomam o luger. Pode, pois, o Espirito exprimir diretamente suas ideias, quer movimentando um objeto a que a mao do médium serve de simples ponto de apoio, quer acionando a prépria mao. Quando atua diretamente sobre a mao, 0 Espirito Ihe dé uma impulsio de todo independente da vontade deste ultimo. Ela se move sem interrupcao e sem embargo do médium, enquanto o Espirito tem alguma coisa que dizer e, para, assim ele acaba. Nesta circunstdncia, 0 que caracteriza o fendmeno ¢ que o médium no tem a menor consciéncia do que escreve. Quando se dé, no caso, a inconsciéncia absoluta; tém-se os médiuns chamados passivos ou mecnicos. € preciosa esta faculdade, por nao permitir divida alguma sobre a independéncia do pensamento daquele que escreve. MEDIUNS INTUITIVOS. A transmiss3o do pensamento também se dé por meio do Espirito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos 0 Espirito encarnado. O Espirito livre, neste caso, no atua sobre a mo, para fazé-la escrever; nao a toma, nao a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mao € esta dirige o lapis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espirito livre nao se substitui a alma, visto que no a pode deslocar. Domina-a e Ihe imprime a sua vontade. Em tal circunstdncia, o papel da alma nao é o de inteira passividade; ela recebe 0 pensamento do Espirito livre e 0 transmite. Nessa situacdo, 0 médium tem consciéncia do que escreve, embora nao exprima o seu proprio pensamento. E 0 que se chama médium intuitive. a7 Mas, sendo assim, dir-se-4, nada prova seja um Espirito estranho quem escreve e no o do médium. Efetivamente, a distincSo é 8s vezes dificil de fazer-se, porém, pode acontecer que isso pouca importancia apresente. Todavia, é possivel reconhecer-se o pensamento sugerido, por ndo ser nunca preconcebido; nasce & medida que a escrita vai sendo tracada e, amitide, é contrario & ideia que antecipadamente se formara. Pode mesmo estar fora dos limites dos conhecimentos e capacidades do médium. 0 papel do médium mecénico ¢ 0 de uma maquina; 0 médium intuitivo age como o faria um intérprete. Este, de fato, para transmitir 0 pensamento, precisa compreendé-lo, apropriar-se dele, de certo modo, para traduzi-lo fielmente e, no entanto, esse pensamento néo € seu, apenas Ihe atravessa o cérebro. Tal precisamente o papel do médium intuitivo. MEDIUNS SEMIMECANICOS No médium puramente mecénico, 0 movimento da mao independe da vontade; no médium intuitivo, 0 movimento é voluntério e facultative. O médium semimecénico participa de ambos esses géneros. Sente que a sua mio uma impulséo ¢ dada, mas, a0 mesmo tempo, tem consci&ncia do que escreve, & medida que as palavras se formam. No primeiro 0 pensamento vem depois do ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, acompanha-o. Estes ltimos médiuns s40 0s mais numerosos. MEDIUNS INSPIRADOS Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de éxtase, recebe, pelo pensamento, comunicagées estranhas as suas ideias preconcebidas, pode ser incluido na categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vé, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferenca de que a intervengdo de uma forga oculta é ai muito menos sensivel, por isso que, ao inspirado, ainda é mais dificil distinguir o pensamento préprio do que lhe é sugerido. A espontaneidade 6 0 que, sobretudo, caracteriza o pensamento deste ultimo género. A inspiracao nos vem dos Espiritos que nos influenciam para o bem, ou para o mal, porém, procede, principalmente, dos que querem © nosso bem e cujos conselhos muito amitide cometemos o erro de no seguir. Ela se aplica, em todas as circunstancias da vida, as resolucSes que devamos tomar. Sob esse aspecto, pode dizer-se que todos so médiuns, porquanto nao hd quem nao tenha seus Espiritos protetores e familiares, a se esforcarem por sugerir aos protegidos salutares ideias. Se todos estivessem bem compenetrados desta verdade, ninguém deixaria de recorrer com frequéncia & inspirac8o do seu anjo de guarda, nos momentos em que se nio sabe o que dizer, ou fazer. Que cada um, pois, 0 invoque com fervor e confianca, em caso de necessidade, e muito frequentemente se admiraré das ideias que Ihe surgem como por encanto, quer se trate de uma resoluc3o a tomar, quer de alguma coisa a compor. Se nenhuma ideia surge, é que é preciso esperar. A prova de que a ideia que sobrevém é estranha 4 pessoa de quem se trate esta em que, se tal ideia Ihe existira na mente, essa pessoa seria senhora de, a qualquer momento, utilizd-la e no haveria raz3o para que ela se nao manifestasse & vontade. Quem no é cego nada mais precisa fazer do que abrir os olhos, para ver quando quiser, Do mesmo modo, aquele que possui ideias proprias tem-nas sempre a disposigao. Se elas ndo Ihes vém quando quer, é que esté obrigado a buscé-las algures, que no no seu intimo. Também se podem incluir nesta categoria as pessoas que, sem serem dotadas de inteligéncia fora do comum e sem sairem do estado normal, tém relmpagos de uma lucidez intelectual que Ihes da momentaneamente desabitual facilidade de concepcio e de elocugao e, em certos casos, 0 pressentimento de coisas futuras. Nesses momentos, que com acerto se chamam de inspirago, as ideias abundam, sob um impulso involuntario e quase febril. Parece que uma inteligéncia superior nos vem ajudar e que 0 nosso espirito se desembaracou de um fardo. Os homens de génio, de todas as espécies, artistas, sdbios, literatos, so sem duvida Espiritos adiantados, capazes de compreender por si mesmos e de conceber grandes coisas. Ora, precisamente porque os julgam capazes, ¢ que os Espiritos, quando querem executar certos trabalhos, Ihes sugerem as ideias necessarias e assim é que eles, as mais das vezes, so médiuns sem 0 saberem. Tém, no entanto, vaga intuic3o de uma assisténcia estranha, visto que todo aquele que apela para a inspiracdo, mais nao faz do que uma evocacao. Se nao esperasse ser atendido, por que exclamaria, to frequentemente: meu bom génio vem em meu auxilio? MEDIUNS DE PRESSENTIMENTOS O pressentimento & uma intui¢ao vaga das coisas futuras. Algumas pessoas tém essa faculdade mais ou menos desenvolvida. Pode ser devida a uma espécie de dupla vista, que Ihes permite entrever as consequéncias das coisas atuais e a filiagdo dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, também é resultado de comunicacées ocultas e, sobretudo neste caso, é que se pode dar aos que dela sdo dotados 0 nome de médiuns de pressentimentos, que constituem uma variedade dos médiuns inspirados. MEDIUNS PSICOGRAFOS Transmitem as comunicages dos espiritos através da escrita. Sdo subdivididos em mecdnicos, semimecénicos e intuitivos. Os mecdnicos nao tém consciéncia do que escrevem ea influéncia do pensamento do médium na comunicag3o é quase nenhuma. Como ha um grande dominio da entidade sobre a faculdade meditinica a ideia do espirito comunicante se expressa com maior clareza. HA casos em que 0 médium psicografa mensagens complexas conversando com outras pessoas, totalmente distraido do que escreve. J4 nos semimecdnicos, a influéncia da entidade comunicante sobre as faculdades meditinicas nao ¢ to intensa, pois a comunicacao sofre uma influ€ncia do pensamento do médium. Isso ocorre com a maioria dos médiuns psicégrafos. Com relagéo os intuitivos, estes recebem a ideia do espirito comunicante e a interpreta, desenvolvendo-a com os recursos de suas proprias possibilidades morais e intelectuais. “Nediunidade espirita, porém, 6 a que faculta o intercambio consciente, responsdvel, entre o mundo fisico e 0 espiritual, facultando a sublimac3o das provas pela superaco da dor e pela rentincia 8s paixdes, 20 mesmo tempo abrindo a criatura os horizontes luminosos para a libertac3o total, mediante o servigo aos companheiros do caminho humano, gerando amor com os instrumentos da caridade redentora de que ninguém pode prescindir”. OESTUDO Estudar nao é sinénimo de ler, mas, muitas vezes, para se estudar é preciso se leia. E, para o Espirita, no ha desculpa; literatura é que nao falta, Para os que ndo sabem ler, as reunides de estudos sistematizados da Doutrina Espirita suprem deficiéncias, elucidam pontos obscuros, orientam o melhor caminho; ao lado disso, as palestras doutrindrias so notaveis, principalmente aqueles médiuns que acreditam jd saberem tudo; afinal, diz o refrdo “quem mais pensa que sabe, mais precisa saber que ainda nada sabe". FEE ORACAO Devemos ter confianca absoluta na misericérdia e justica de Deus, lembrando que é dela que, em liltima instdncia, provém os recursos terapéuticos do passe. A prece, a meditagSo, estabelece nossa ligaco com os emissérios divinos, criando um clima excelente para 0 éxito do trabalho espiritual. 49 MEDIUNIDADE E ANIMISMO A palavra ANIMISMO vem do latim ANIMA que significa alma e foi usada, pela primeira vez, por Alexander Aksakov em seu livro Animismo e Espiritismo para designar "todos os fendmenos intelectuais e fisicos que deixam supor uma atividade extracorpérea ou a distancia do organismo humano e, mais especialmente, os fendmenos meditinicos que podem ser explicados por uma aco que o homem vivo exerce além dos limites do corpo". André Luiz, em seu livro Mecanismos da Mediunidade, pela psicografia de Francisco Candido Xavier, define animismo como sendo "o conjunto dos fendmenos psiquicos produzides com a cooperacaio consciente ou inconsciente dos médiuns em aco" Richard Simonetti, em seu livro Mediunidade - Tudo 0 que vocé precisa saber, diz que animismo, “na pratica meditinica, é algo da alma do proprio médium, interferindo no intercémbio". “© fendmeno animico, portanto, na esfera de atividades espiritas, significa a intervenciio da propria personalidade do médium nas comunicagées dos espiritos desencarnados, quando ele impée algo de si mesmo & conta de mensagens transmitidas do Além-Tumulo." Partindo de definicdes como estas, 0 termo passou a ser usado de forma negativa e pejorativa pata tudo aquilo que fosse produzido por um médium, mas que no tivesse qualquer contribuic3o ou participago de espiritos desencamados. Com essa definicao, 0 animismo passou a ser 0 pesadelo de todos os médiuns, especialmente os iniciantes, por ser usado como sinénimo de mistificaco e fraude. ANIMISMO E MISTIFICACAO No entanto, mistificagio € outra coisa completamente diferente, caracterizada pela fraude consciente do médium e a simulac8o premeditada do fendmeno meditinico, com intengao de enganar os outros. Médium mistificador, portanto, é aquele que FINGE, premeditada e conscientemente, estar em transe meditinico, recebendo comunicagio de espiritos desencarnados, quando, na verdade, esta apenas inventando a mensagem para impressionar ou agradar as pessoas que esto 4 sua volta. ‘A atuagSo animica do médium, por sua vez, acontece de forma quase sempre inconsciente, de modo que 0 proprio médium dificilmente consegue perceber a sua propria interferéncia ou participagao no fenémeno que manifesta, ndo conseguindo separar 0 que é seu do que é cria¢ao mental do comunicante, mesmo quando o fenémeno, em si, é consciente MEDIUNIDADE DOS ANIMAIS Para o espiritismo, alguns animais tém 0 que pode ser considerado como mediunidade, j4 que conseguem pressentir algo no ar e geralmente esto certos. Além disso, atuam como antenas que captam a energia negativa das pessoas que ndo desejam o bem para seus donos. Os animais domésticos conseguem ver espiritos e até se comunicam com eles, pois tem uma viséo mais penetrante que Ihes permite distinguir os sinais que os espiritos fazem. Sua alma é muito parecida com a alma humana, porém é inferior. Entre a alma dos animais e a do homem existe tanta distancia quanto ha entre a alma do homem e Deus. De acordo com Kardec, o homem é muito parecido com os animais, porém estes agem por instinto e também por inteligéncia, sé que limitada. Nao ha como negar que alguns deles parecem ter atos combinados que expressam uma vontade de agir mediunicamente num sentido determinado e de acordo com as circunstancias. Hé uma espécie de inteligéncia e certa educaso. Também tem uma linguagem; n8o uma linguagem formada de palavras e de silabas, mas de um meio de se comunicarem e expressar as suas sensacées. E importante lembrar que a diferenca dos animais e homens é © principio inteligente, o poder de distinguir entre o bem e o mal, e a responsabilidade de seus atos. 0 homem é de fato, um ser a parte, uma vez que tem faculdades que o diferem de todos os outros por ter sua destinagao. st EFEITO FISICO ECTOPLASMA - PALAVRA DE ORIGEM GREGA: Ektés = indica movimento para fora; plasma = obra modelavel, substdncia plastica. Palavra utilizada por Charles Richet para definir uma substancia caracterizada como uma espécie de plasma, flexivel, viscoso, incolor e inodoro, sensivel 20 pensamento, que escapa do organismo de certos individuos, através dos poros e dos orificios naturais do corpo. Trata-se de um transe bioldgico, quando ha nao apenas dissociac3o psiquica, mas também biolégica. Segundo o Espirito André Luiz, no livro "Nos Dominios da Mediunidade”, de Chico Xavier: "O ectoplasma esta situado entre a matéria densa e a matéria espiritual, assim como um produto de emanagGes da alma pelo filtro do corpo, e o recurso peculiar no somente ao homem, mas a todas as formas da natureza. Em certas organizaces fisiolégicas especiais da raca humana, comparece em maiores proporgdes e em relativa madureza para a manifestag3o necesséria aos efeitos fisicos. E um elemento amorfo, mas de grande poténcia e vitalidade. Pode ser comparado a uma genuina massa protoplasmatica, sendo extremamente sensivel e animado de principios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, a0 pensamento e 8 vontade do médium que 0 exterioriza ou dos Espiritos desencarnados ou nao que sintonizam com a mente meditinica, senhoreando-Ihe o modo de ser. Infinitamente plastico, dé forma parcial ou total as entidades que se fazem visiveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotografica, da consisténcia aos fios, bastonetes & outros tipos de formagées, visiveis ou invisiveis nos fendmenos de levitacdo, e substancializa as imagens criadas pela imaginacdo do médium ou dos companheiros que 0 assistem mentalmente afinados com ele” DEFINICAO Substancia que emana do corpo de um médium capaz de produzir fendmenos de efeitos fisicos ou aparigées & distancia. Trata-se de uma exalacdo fluidica, sensivel a0 pensamento, visivel ou invisivel, plastica, inodora, insipida, originalmente incolor, que tem a semelhanca de uma massa protoplasmitica, NATUREZA Independe do carater e das qualidades morais do médium, constituindo emanacGes do sistema psicofisico, das quais 0 citaplasma celular é uma de suas fontes de origem, Os espiritos sé conseguem mover objetos, provocar ruidos ou ficarem visiveis aos encarnados quando esto de posse desse fluido magnético. Para tanto, & necessério que haja por perto da manifestagao algum médium de efeitos fisicos. Ele ndo precisa estar no local exato em que ocorra © fendmeno, mas precisamente estaré nas redondezas. Os Espiritos podem perceber aqueles que tém essa condico de doadores, aproveitando-se disso. Porém, esses médiuns so raros, 0 que dificulta a ocorréncia dos efeitos fisicos. ELEMENTOS ESSENCIAIS 1. Fluidos sutis procedentes do mundo espiritual; 2. Recursos fluidicos do médium e dos assistentes encarnados; 3. Emanagées fluidicas retiradas da natureza terrestre. 52 INFLUENCIA DOS ESPIRITOS INCORPORAGAO - No sentido seméntico do termo nao existe incorpora¢ao, pois nenhum Espirito conseguiria tomar o corpo de outra pessoa, assumindo o lugar da sua Alma. O que ocorre é que 0 médium e 0 Espirito se comunicam de perispirito a perispirito, ou seja, mente a mente, dando a impressdo de que o médium esté incorporado. Na mediunidade equilibrada, o médium tem um maior controle de sua faculdade e o fenémeno meditinico acontece mais a nivel mental. Nos processos obsessivos graves (doengas mérbidas causadas por Espiritos inferiores), onde a mediunidade esta perturbada, podem ocorrer crises nervosas. Observadores de pouco conhecimento podem achar que um Espirito mau apoderou-se do corpo do enfermo. Foi esse fenémeno que deu origem as praticas de exorcismo. Incorpora¢ao é um sindnimo, no muito adequado, para psicofonia; mas como a palavra j4 tem significado consagrado, varios autores continuam empregando-a; esclarecemos, porém que nenhum espirito se apossa, “entra” no corpo de um encarnado, médium ou nao. A psicofonia é 0 fendmeno meditinico pelo qual 0 médium empresta seu aparelho fonador (cordas vocais, boca etc.) para emitir as frases que 0 espirito deseja. O contato ¢ telepatico, entre a mente do espirito e a mente do médium, através dos perispiritos de ambos. Como 0 contato telepatico nao é visivel aos espectadores, é claro que, dependendo do cardter ético do médium, esse pode estar tendo uma sesso de psicofonia, como pode estar simulando uma, caracterizando uma fraude. OBSESSAO — Os Espiritos influem sobre nossos pensamentos e atos? Sim. Influem os Espiritos em nossos pensamentos e em nossos atos muito mais do que imaginamos. Eles influem a tal ponto que, de ordinério, séo eles que nos dirigem. (0 Livro dos Espiritos, questées 459). Podem os Espiritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos? Sim. Eles podem ver o que fazemos, pois que constantemente nos rodeiam. Cada um, porém, s6 vé aquilo a que dé atengo, no se ocupando com o que Ihe é indiferente. Eles podem também conhecer os nossos mais secretos pensamentos, Nem atos nem pensamentos se Ihes podem dissimular. Quando pensamos que estamos sozinhos e ocultos, é comum termos ao nosso lado uma multido de Espiritos que nos observam. (O Livro dos Espiritos, questdes 455). A Obsessao é 0 dominio que alguns Espiritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-Ihes desequilibrios psiquicos, emocionais e fisicos € uma espécie de constrangimento moral de um individuo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encamnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado. Essa influéncia negativa e irracional traz para as pessoas, problemas diversos, 0 que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doenca. Normalmente se faz tratamento das obsess6es em centros espiritas kardecistas sérios. A obsessao apresenta sintomas tais como: angistia, depressao, perturbagao do sono (ins6nia ou pesadelos), mau humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho, isolamento social, pensamentos suicidas, desregramento sexual etc. Nao se segue dai, que se conclua que todos os portadores desses sintomas estejam obsediados. Ha diversas outras causas, conhecidas da ciéncia médica, que podem provocar sintomatologia semelhante. A obsessio, sendo uma doenca da alma, deverd ser curada definitivamente com a melhoria do individuo no campo moral e intelectual. Espiritismo oferece tratamento seguro para essas doencas, pois trata o problema abordando os dois lados da vida. Se for um Espirito desencarnado, ele sera chamado por meio de evocacies particulares, nas reunides sérias de intercambio espiritual, para uma conversa e conscientizacao do mal que esta praticando. Do lado do encarnado, se cuidaré de tratar com a evangelizacdo (moralizacao) e pela fluidoterapia (aplicagdo de passes), levando-o ao entendimento do que precisa fazer para libertar-se do mal. 53 POSSESSAO - Na possessdo, em vez de agir exteriormente, o Espirito atuante se substitui, por assim dizer, a0 Espirito encanado, tomando-Ihe o corpo por domicilio, sem que este, no entanto, seja abandonado por seu dono, pois que isso sé se pode dar pela morte. A possessio, conseguintemente, 6 sempre temporéria e intermitente, porque um Espirito desencarnado ndo pode tomar definitivamente o lugar de um encamado, pela raz3o que a unio molecular do perispirito e do corpo sé se pode operar no momento da concepcao. De posse momentanea do corpo do encarnado, 0 Espirito serve-se dele como se seu proprio fora: fala pela sua boca, vé pelos seus olhos, opera com seus bracos conforme o faria se estivesse vivo. Nao é como na mediunidade falante, em que o Espirito encarnado fala transmitindo pensamento de um desencarnado; no caso da possessao é mesmo o iltimo que fala Na obsessdo ha sempre um Espirito malfeitor. Na possessdo pode tratar-se de um Espirito bom que queira falar e que, para causar maior impress nos ouvintes, toma do corpo de um encarnado, que voluntariamente Ihe empresta como emprestaria seu fato a outro encarnado. Quando & mau o Espirito possessor, ele no toma moderadamente 0 corpo do encamado, arrebata-o, se este nao possui bastante forca moral para Ihe resistir. F4-lo por maldade para com este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminé-o, jd por estrangulacao, atirando-o ao fogo ou a outros lugares perigosos. Servindo-se dos drgios e dos paciente, blasfema, injuria e maltrata os que o cercam; entrega-se a excentricidades e a atos que apresentam todos os caracteres da loucura furiosa. Aqui, ento, diante do assunto incluido nas Obras Basicas, no hd mais como contestar nao ser tema constitutivo da Doutrina, embora, como issemos, ja 0 aceitavamos por estar to objetivamente na Revista Espirita, a novidade é que Kardec afirma que até um Espirito bom poderd possuir 0 corpo de um encarmado, desde que as condicées o exijam. FORCA MAGNETICA O homem vive através de trés forgas conjugadas, que sdo: VONTADE mmm PENSAMENTO mamm> ACAO ‘A forca magnética é inata no homem. Todos os corpos a possuem, em maior ou menor escala, porém 0 seu desenvolvimento, ou seja, o seu desdobramento em poténcia, s6 se obtém mediante exercicios consecutivos na meditacio e grande forca de vontade empregada na reforma moral Nao obstante, hd homens despidos de qualquer evolucdo superior e que so dotados de imensa forca magnética. Essa congenitura pertence & Suprema Sabedoria, na razo dos circulos das aquisigées. Essa forca irradiada esté em correspondéncia muito intima com as cargas elétricas (positiva e negativa) do corpo humano e com os sistemas de respiracao. © corpo humano dispée de lateralidade magnética, notando-se pelas cargas de fluidos leves ou pesados, que a mao direita carrega a corrente positiva, 4 esquerda, a negativa, e nas faces as correspondentes. Dai depreende-se a razdo pela qual os médiuns passistas dao preferéncia ao passe transmitido pela frente do paciente, com “imposigao dupla”, ou seja, com ambas as maos, visto que atingem os dois polos, tendo por isso, ac4o mais eficiente. Entretanto, quando o passe é praticado com uma sé mio, deve-se ter o cuidado de nao contrariar a direco das correntes, cujos principios eletromagnéticos so imutavei Os fiuidos, como sabemos, sao elementos que passam por varias transformacdes até chegar & materializagéo, que é a condenago dos fluidos. Os que estiio mais préximos da Terra so os que formam a sua atmosfera espiritual, os conhecidos residuos do pensamento humano, na regiao do Umbral, onde fazem a sua primeira parada os espiritos que nao tém elevacdo bastante para alcangar esferas mais altas (André Lu‘s).. 54 O PASSE O passe nao é magia, nao estd ligado a ritualismos, nao é dogmatismo. O passe consiste na transmiss&o, normalmente através das maos, de fluidos do corpo fisico do passista, da natureza ou do Espirito operante para o assistido, atuando sobre os centros vitais, situados no seu perispirito ou corpo astral. O passe objetiva cura ou alivio, através do reequilibrio organico, perispiritual e psiquico do assistido, além de auxiliar nos tratamentos espirituais e desobsessivos. Denominamos © cooperador que aplica o passe de médium passista, por ser ele o intermedidrio dos Espiritos especializados e responsdveis por essa atividade no plano espiritual. No passe, os pensamentos do passista e da equipe de Espiritos, reunidos, formam a energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que so energia magnética, dando-Ihe caracteristicas necessarias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia relacionada ao passe 6 capaz de atuar diretamente no paciente. 0 Passe, portanto, é transmisséo de fluidos de uma pessoa (encarnada ou nfo) a outra, ou a objetos. 0 passista imprime aos fluidos doados, pelo pensamento, caracteristicas positivas ou negativas conforme a sua vontade eo seu merecimento. Para ser um bom passista, Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira condigio para isto é trabalhar em sua prépria depuracao (moral e ética), a fim de no alterar os fluidos salutares que estd encarregado de transmitir. Esta condi¢o nao poderia ser executada sem o mais completo desinteresse material e moral. © primeiro & 0 mais facil, e 0 segundo é o mais raro, porque 0 orgulho e © egoismo sao sentimentos dificeis de se extirpar, e porque varias causas contribuem para os superexcitar nos médiuns" (Allan Kardec - Revista Espirita, Novembro, 1866). O PASSE PELA 1? VEZ NO BRASIL Dr. Benoit-Jules Mure (francés -1809-1858) foi considerado um dos introdutores e grande incentivador da homeopatia no Brasil. Médico formado pela Faculdade de Montpellier praticou a homeopatia pela Europa e veio para o Brasil em 1840. Com a Homeopatia trouxe as praticas de mesmerismo (magnetismo), j4 que ele fora discipulo de Hahnemann em Paris. Estas novidades viriam e tornaram-se os alicerces da introducao das praticas espiritas no Brasil, sob os auspicios dos Espiritos Superiores durante estes 160 anos da existéncia do Passe. Dr. Mure — foi o fundador da Primeira Escola Homeopatica do Brasil, situada no Rio de Janeiro. Com o tempo, sendo perseguido e recebendo muitas criticas dos médicos brasileiros que no aceitavam suas idelas ainda desconhecidas, ele deixou o Brasil, apés 7 anos de sua estada entre nés. Fez 0 seu papel mais importante, plantando a semente dos que dali para frente continuaram os seus estudos e trabalhos dentro da Homeopatia, colhendo os frutos nos dias de hoje. Dr. Bento Mure ¢ Joao Vicente Martins (portugués) aplicavarn passes em seus pacientes e muitas vezes mencionavam Deus, Cristo e Caridade, quando efetuavam seus atendimentos e curas. Em muitos trechos da Biblia, vemos relatos sobre Jesus e seus discipulos imporem as mios sobre os necessitados, orando a Deus que os curassem 55 TECNICAS DO PASSE Ha certa discusso no meio espirita sobre como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as mos ao redor do corpo do. individuo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros acham que o ato de apenas impor as maos sobre a cabega de quem vai receber o passe jé ¢ suficiente. André Luiz nos informa em "Conduta Espirita" que o passe dispensa qualquer recurso espetacular. José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tao simples que nao se pode fazer nada mais do que da-lo. Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espirita, nimero de Setembro de 1865, diz aos médiuns que: "Apenas sua ignorancia Ihes faz crer na influéncia desta ou daquela forma. As vezes, mesmo, a isto misturam préticas evidentemente supersticiosas, ds quais se deve emprestar o valor que merecem". COREOGRAFIA DO PASSE - Oficialmente, a Doutrina Espirita nao prescreve uma metodologia para © passe. Cada grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentacao doutrinéria légica, nao se encontra em Kardec nenhuma linha sequer indicando a coreografia do passe. Muito pelo contrério - sao inimeras as mengGes de que todas as praticas exteriores nao tém nenhuma valia para os Espiritos. A codificacdo nao prevé esse tipo de coisa que se vé por ai: gente dangando, gemendo, estalando dedos, batendo os pés, “alisando" o ar e etc. E se criaram diversas teorias para esse tipo de coisa, deram nomes aos passes, deram direcées. £ falta de estudo da Doutrina Espirita que tem levado a adogo de praticas estranhas nos trabalhos de passe em muitas casas espiritas. "Todas essas tolices decorrem essencialmente do apego humano as formas de atividades materiais. Julgamo-nos capazes de fazer 0 que no nos cabe fazer. Queremos dirigir, orientar os fluidos espirituais como se fossem correntes elétricas, e manipuld-los como se a sua aplicago dependesse de nds. O passista espirita consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente humilde para compreender que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais - e 0 que ele pensa saber é simples pretensdo orgulhosa — limita-se & fun¢do medidnica de intermedidrio. Se pede a assisténcia dos Espiritos, com que direito se coloca depois no lugar deles?" PARA NAO SE TRANSFORMAR ESTE ATO EM RITUAL, DEVEMOS ADOTAR A POSTURA QUE JESUS NOS ENSINOU, OU SEJA, “IMPOR AS MAOS E ORAR”. O que é preciso levar em conta é que nenhuma forma de aplicar o passe surtird efeito se o médium nfo tiver dentro de si a vontade de ajudar e condigées morais salutares para concretiza- lo. Mesmo que se aplique a melhor metodologia, nao se conseguirao bons resultados se 0 passista for pessoa de ma indole. "Os elaboradores e divulgadores de técnicas do passe ndo sabem o que fazem. A técnica do passe no pertence a nos, mas exclusivamente aos Espiritos Superiores. $6 eles conhecem a situacdo real do paciente, as possibilidades de ajuda-lo em face de seus compromissos nas provas, a natureza dos fluidos de que o paciente necesita, e assim por diante." 0 Passe é um alivio aos sofrimentos morais, espirituais e fisicos, ajudando aos que buscam este recurso, pela compreensio, pelo entendimento e conhecimento do que vem a sero Passe Espirita. As Casas Espiritas no prometem curas, mas o esclarecimento sobre a Lei de Causa ¢ Efeito para auxiliar as pessoas a conviverem com seus problemas, buscando a melhor solugao didria com 0 concurso da Prece sem desesperos. 56 IMPOSICAO DAS MAOS Esta 6 a técnica mais comum, eficiente e universal de se aplicar um passe. E igualmente to simples que nao hé muito que aprender: basta estender os bracos para frente do corpo, pondo as mos sobre a cabeca do paciente, ou sobre outra parte que se deseja magnetizar, ficando as maos espalmadas para baixo, sem contrag3o ou enrijecimento muscular, sem se fazer forca ou se posicionar tipo estétua. A partir dai, manter-se firmemente em ora¢go, pedindo ao Senhor bén¢Jos para o paciente, acionando a vontade de ajudar, de transmitir bons fluidos, de favorecer a fluidificagdo espiritual e esquecer qualquer vaidade, orgulho, rancor ou problemas materiais. Existe também a imposicao de mos localizada, que é uma derivacao das técnicas do magnetismo. O paciente quando esta com seu campo fluidico desequilibrado ou desarmonizado, quase sempre € conveniente fazer-se, antes, uma dispersdo fluidica. Mesmo na imposigao de maos este recurso € muito valido, pois com a dispersdo extraimos ou reordenamos os fluidos desequilibrantes ou desarmonizadores. Apesar de até agora termos falado da imposicao no plural, no quer dizer que no se possa fazer a imposico com apenas uma das mos. Mas 0 mais comum e proveitoso é usar as duas. OUTRAS TECNICAS UTILAZADAS NOS CENTROS ESPIRITAS PASSES LONGITUDINAIS - Como técnica, os passes longitudinais so aqueles feitos ao longo do corpo do paciente, da cabeca aos pés e de cima para baixo, com as maos abertas e os bracos estendidos normalmente, sem nenhuma contra¢do, e com a necesséria flexibilidade para executar 0s movimentos, de um mesmo lado do paciente (frente, costas ou lado). Pode ser feito com uma ou duas mos. Quando aplicados lentamente (média de 30 segundos da cabeca aos pés) e a uma distdncia média de 5 a 15 cm, saturam o paciente de fluidos e, por isso mesmo, so muito ativos e excitantes; quando aplicados lentamente a uma distancia de 15 cm até mais de 1 metro, se tornam calmantes. Os passes longitudinais, também conhecidos como de grande corrente, quando feitos rapidamente (cerca de 5 segundos para 0 percurso cabeca/pés) € a uma distancia de 15 cm a mais, tem notdvel poder dispersivo e sua aco também é calmante além de regularizar a circulagdo sanguinea. Apesar dos longitudinais serem feitos, geralmente, da cabeca aos pés, também podem ser executados apenas em certas partes do corpo. Podemos, assim, usar os longitudinais s6 para as pernas, $6 para os bracos ou tronco. PASSES TRANSVERSAIS - Estes passes tém grande poder dispersivo, mas apresentam alguns inconvenientes quanto ao seu uso na Casa Espirita. So executados com os bragos distendidos & frente e as mios, inicialmente, posicionadas a uma distdncia do paciente entre 30 e 50 cm; como fungiio, so essencialmente dispersivos. Seu modo de aplicar é relativamente simples: 0 operador, colocado de pé defronte do magnetizado, estende os dois bragos adiante, as mos abertas, com a palma e, bem assim, os polegares para baixo; nessa posicdo, ele abre rapidamente e com muita energia os bracos no sentido horizontal e depois volta com vivacidade & posic¢ao primitiva para recomecar logo a seguir da mesma maneira. Pode-se também executar 0 passe transversal com apenas uma das maos. Nesse caso, o operador impulsiona a mo, batendo vivamente o ar por cima e na altura de 5 cm da parte visada, como se fosse agredir o paciente, tendo o cuidado de, ao repetir 0 passe, fechar e afastar a mao. Como se vé tal dispersive requer um jogo de mos e bragos muito violento e pede bastante espaco lateral para sua execucdo. Como a maioria das Casas Espiritas so pequenas e suas cabines de passes apertadas jé temos ai um grande inconveniente; além do que, seria um risco ter-se outro passista por perto, pelo risco de impacto entre eles ou mesmo entre o passista e o paciente. Ademais, se temos passes mais simples, quanto a técnica, que atingem o mesmo objetivo, ou seja, so também bastante dispersivos, por que fazer um que apresenta tantos inconvenientes? 37 Outra modalidade do Transversal é 0 Transversal Cruzado. A técnica e a finalidade so idénticas, diferenciando que aqui os bragos se cruzam & frente do paciente. Dessa forma, em ver de o passe ter os bracos simplesmente estendidos, serdo eles sobrepostos um ao outro em forma de “X”. Os demais procedimentos so iguais. Inclusive os inconvenientes. PASSES CIRCULARES - Estes passes so executados com a palma das mos ou com os dedos, com movimentos rotatérios palmares e digitais lentamente, operando-se movimentos circulares da direita para @ esquerda, e vice-versa, de maneira localizada e a uma altura (distancia) de aproximadamente 10 215 cm. Quando aplicados com os dedos, estes deverdo estar voltados ao ponto que se deseja magnetizar, sem rigidez ou contra¢o muscular. S80 muito ativantes e, por isso mesmo, muito utilizado quando se pretende tratar ingurgitamentos, abcessos, obstrucées, irritagGes intestinais, célicas, supresses e males em geral do baixo ventre. Uma variacdo desses passes, conforme nos observa Michaelus, so conhecidos como “friccBes sem contato ou afloracio”. A diferenca entre estes e 0s circulares é que aqui fazemos uma espécie de massagem psiquica e no apenas rotagdes. Por isso estes podem ser palmares, digitais, longitudinais rotatérios, e tém finalidades idénticas aos circulares propriamente ditos. No caso dessas fricgées, as palmares so feitas com as palmas das mos, em cheio, os dedos ligeiramente afastados, sem crispagdes e sem rigidez; as digitais, com a mao aberta, ficando os dedos ligeiramente afastados e um pouco curvados, evitando-se contracio e rigidez, com o punho erguido; as longitudinais sdo executadas com a mao aberta, como as fricges palmares, ou somente com as pontas dos dedos, como as friccdes digitais, a0 longo dos membros do corpo, muito lenta e suavemente (cerca de um minuto da cabeca aos pés), e no sentido das correntes, isto é, do alto para baixo, seguindo 0 trajeto dos nervos e dos miisculos; as rotatérias so feitas igualmente com as palmas das m3os ou com a ponta dos dedos, descrevendo circulos concéntricos no sentido dos ponteiros do reldgio. Ndo devemos esquecer que, ao retornar as ‘m@os ao ponto de partida, o operador a conservaré fechada e afastada do corpo do paciente. Em nivel de técnica, os circulares ou palmares, bem como as fricgdes, por motivo mesmo da movimentagdo das mios, bloqueiam o retorno de fluidos disperséveis aquelas extremidades quando se estd procedendo a passe, o que nem sempre se verifica com as imposicées. PASSES DE DISPERSAO CIRCULARES - Por serem muito excitantes e na maioria das vezes atuarem em regides fisicas muito restritas, normalmente, apés a aplicago de quaisquer das variedades dos circulares, se verifica uma concentragao fluidica localizada muito forte, requerendo, por isso mesmo, uma disperséo também localizada e muito ativa. Para tanto, uma dispersao muito propria existe: pBe-se a mo sobre o ponto que se quer dispersar, 8 mesma distancia que se usou para 0 passe ou até mais proximo, com a palma voltada ao ponto que quer dispersar, arcando-se os dedos para cima, inteiramente abertos, firmes e iméveis, como se se quisesse dobré-los para trés. Nessa hora perceberd nitidamente os fiuidos vindos do ponto observado camo que penetrando no meio da palma da mo e a esvairem-se por seus dedos, em direco ao espaco. Além de dispersiva, esta técnica é excelente para se fizer cessar dores localizadas, resolver tumores e inflamacées. Atentemos, porém, para a nossa posi¢o mental, pois ndo é o simples arcar de dedos que fara fluir fluidos dispersavels, nossa disposicao e comando mentais nesse sentido so indispensdveis. PASSES PERPENDICULARES - Como os transversais, estes também so extremamente dispersivos. Devem ser aplicados a uma pequena distancia do corpo do paciente — aproximadamente 5 centimetros, com as palmas estendidas sobre a cabeca e descendo-as rapidamente, sendo uma pela frente e a outra por trés do corpo do paciente, o que indica que o paciente deve ficar de lado pata © passista. Lamentavelmente, como bem se percebe, oferece inconvenientes quando incorporadas a pratica do passe espirita, principalmente pelo fato de ficar mudando, o passista, de posigao, e da conveniéncia de essa técnica requerer estejam, preferencialmente, os dois, passista e paciente, em pé 58 FE, MERECIMENTO E VONTADE A FE - O poder da fé se demonstra de modo direto e especial, na aco magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica as qualidades e Ihe dé uma impulso por assim dizer irresistivel. Daf decorre que aquele que, a um grande poder fluidico normal se junta uma ardente fé, pode, sé pela forca de sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenémenos de cura e outros, tidos antigamente por prodigios, mas que nio passam de efeito de uma lei natural. Tal 0 motivo por que Jesus disse a seus apéstolos: “Se ndo curastes, foi porque nao tendes fé”. Na verdade no hd muito que interpretar dessas palavras de Kardec; apenas ressaltamos a ponte existente entre a fé e a ac3o fluidica por obra da “forga da sua vontade”. Desnecessario, portanto, dizer que a auséncia da fé, por parte do passista, é a anulagdo pratica de seu “poder” e, no paciente é a falta do catalisador fundamental da cura, O MERECIMENTO - Para se entender o merecimento em maior profundidade, faz-se necessario recorrer-se & teoria reencarnacionista. Como esse tema, por si s6, comporta muitos volumes e no € nosso objetivo precipuo aqui por menorizé-lo, limitar-nos-emos a um raciocinio de Kardec, simples e por demais objetivo, o qual se no leva os descrentes a aceitar a reencarnacéo, pelo menos os induz a pensar e reconhecer, logicamente, que sua possibilidade é mais racional e justa que sua negago pura e simples: “(...) por virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma causa, tais misérias (doengas incurdveis ou de nascenca, mortes prematuras, reveses da fortuna, pobreza extrema etc.) sao efeitos que hao de ter uma causa e, desde que se admita um Deus Justo, essa causa também ha de ser justa. Ora, ao efeito precedendo sempre a causa, se esta ndo se encontra na vida atual, ha de ser anterior a essa vida, isto é, hd de estar numa existéncia precedente. (...) no podendo Deus punir alguém pelo mal que no fez, se somos punidos, é que fizemos o mal; se, esse mal no o fizemos na presente vida, té-lo-emos feito noutra. £ uma alternativa a que ninguém pode fugir e em que a légica decide de que parte se acha a justica de Deus”. Isto colocado, afiangamos que a questao do merecimento estd diretamente vinculada aos débitos do pasado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos esforgos que vimos empreendendo para nos melhorarmos fisica, psiquica moral e espiritualmente. A VONTADE - Apesar da fé e do merecimento serem importantes fatores (ditos subjetivos) em qualquer andlise séria sobre as chamadas “curas espirituais”, nem todos os escritores € pesquisadores nao espiritas levam-nos em considerago. J4 no tocante a vontade, encontramos unanimidade sobre seus efeitos e necessidades, em toda e qualquer Escola, ainda que algumas utilizem nomes diferentes para designar to importante agente. Vejamos 0 que disse Kardec: Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fendmenos do magnetism. Porém, como se ha de explicar a ago material de to sutil agente? (...) A vontade é atributo essencial do Espirito (...). Com 0 auxilio dessa alavanca, ele atua sobrea matéria elementar e por uma aco consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades intimas vém assim a ficar transformadas. “Tanto quanto o Espirito errante, a vontade é igualmente atributo do Espirito encarnado; dai o poder do magnetizador, poder que se sabe estar na razdo direta da forga de vontade. Podendo 0 Espirito encarnado atuar sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites”. E, na palavra dos Espiritos que Ihe responderam, ja vimos que “Se magnetizas com o propésito de curar (...) e invocas um bom Espirito |...) ele aumenta a tua forga e a tua vontade, dirige o teu fluido e Ihe dé as qualidades necessarias". 59 ACURA ATRAVES DO PASSE A Organizacao Mundial da Saude considera que, a satide, ¢ 0 completo bem estar fisico, mental e social. Nés, espiritas, anuimos a essa defini¢ao; sé que admitimos que toda doenga de alguma gravidade, tem uma origem espiritual. A aco moral desequilibrada do Espirito afeta 0 perispirito; e estando 0 perispirito intimamente ligado ao corpo fisico, seu desajuste vibratério 0 afeta, e ele adoece. Em sua esséncia profunda, o passe é a mobilizacao ativa de nosso amor em favor do bem do semelhante. Jesus, 0 Divino modelo, ensinou-nos a fazé-lo em diversas e bem conhecidas passagens de sua vida. O pensamento atua sobre a energia € as ligagdes espirituais, e sua fonte de energia curativa ou destrutiva deve ser mais estudada por todos os que assumem a responsabilidade de atender e consolar as pessoas que procuram os centros espiritas. A mediunidade curadora é uma faculdade conquistade pelo Espirito e concedida por Deus aos homens, de onde se infere que ela nasce ndo se faz. E conhecida através de todos os tempos, desde a antiguidade até os tempos atuais, tendo se firmado no conceito dos povos com a passagem do Cristo pela Terra. Entretanto, em virtude do avango da arte de curar, no terreno cientifico, os médiuns curadores foram se apagando aos poucos, permanecendo, contudo, a boa vontade no espirito caritativo das criaturas bem intencionadas. Nao obstante, sempre se fez sentir a a¢3o nefasta da infiltrac3o de espiritos pouco esclarecidos. Gragas, porém, ao surto espirita que em ondas benfazejas cobre o mundo presente, os médiuns curadores tém se mostrado com mais frequéncia, sendo assinalados em quase todas as casas espiritas e grupos particulares. Ao tracarmos este roteiro para os médiuns passistas que esto integrados na pratica de fazer 0 bem aos semelhantes, ndo nos move outro intuita sendo o de servir aos nossos irm3os possuidores daquela sublime faculdade, que é a de curar os enfermos e consolar os aflitos nas suas angistias. Pois, é entristecedor depararmos com médiuns dedicados na transmissio de fluidos curadores e, no entanto, obtendo 0 minimo de beneficio ao seu assistido, quando poderia, com 0 imprescindivel preparo do seu desenvolvimento medidinico, produzir curas maravilhosas, atuando isoladamente ou no conjunto das sessées espiritas. A coluna mestra de amparo ao médium precisa apoiar-se na insofismavel confianga em Deus. Um médium apatico, que tem a mente conturbada pela desarmonia psiquica, cujos pensamentos nao podem manter firmeza absoluta na concentracdo com os Poderes do Altissimo, nada tem e nada poderd receber. E que bem poderd dar ao sofredor, se nada possui e nada recebeu? Ainda que a sua vontade tenha a forca dos grandes Espiritos, mas se ele se emaranha no cipoal das duvidas, permitindo que forcas inferiores se canalizem nas suas vibragdes, é um instrumento fracassado, ainda que seja momentaneamente. Ora, se o trabalho fosse desenvolvido sob a Inspirac30 Divina e seguisse os fios magnéticos que estabelecem a ligacdo com o Senhor e Mestre Jesus, receberia em retorno, como uma cascata de luz, as gracas do Eterno Doador de Béncaos. Nao recomenda 0 Mestre: “Pedi e obtereis?” — Portanto, nao vacile, peca, confie sempre e espere, que receberd. © médium curador, que néo tem confianga na sua faculdade de curar, imerso em vontade duvidosa, fica impossibilitado de obter qualquer efeito curativo ou mesmo o mais insignificante alivio ao seu pobre paciente. Mas esta situa¢do ndo perduraré muito se 0 médium estiver sob a protecdo de algum Centro, Grupo ou Nécleo espirita bem orientado. Os Mentores Espirituais dessas oficinas do Mestre Amado, nao deixam érfaos os filhos de Deus e buscam recursos os mais diversos para atenderem aos seus irmaos necessitados. Ainda mesmo que todos os recursos falhem pela dureza do médium, nao podendo fazer-se sentir pelos seus pensamentos, os Guias usario outros instrumentos como intermediarios diretos & fardo chegar & sua mente os conselhos necessérios 4 recondugao da harmonia vibratéria. Desta forma, retoma, ele, & confianga em Deus, uma vez que o médium nao se entregue as forcas inferiores por vontade prépria, encontrando satisfacdo nas suas torpezas. Da forca de vontade gera a reacdo. Reagindo, o médium comega imediatamente a perceber que esta sendo atendido através de fluidos emanados pelos bons Espiritos assistentes daquela casa de caridade, que, embora quase imperceptiveis aos sentidos materiais os auxilios prestados, ele vai readquirindo, assim, a capacidade de emitir também os fluidos finos curadores. A Misericordia Divina é prédiga e no falha nunca aos servidores do bem. Dd muito para salvar um pecador das garras dos inimigos da luz. E, ndo conhecemos nés, pelos ensinos de Jesus Cristo que ha mais festa no céu pela chegada de um pecador do que por 99 justos? — £ bastante o médium adquirir a confianca perfeita de que est sob a protecdo do Senhor e Mestre e trabalhar confiantemente. Se nada ou pouco produzir, a culpa ndo Ihe cabe; a sua tarefa foi bem cumprida com amor e dedicago. A falta, se houve, fica por conta de outro devedor, mas néo o médium, TIPOS DE PASSES PASSE MAGNETICO - £ um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a forga magnética existente no préprio corpo. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministré- lo (como a ciéncia tem comprovado através dos trabalhos no campo do Magnetismo Animal). No caso do homem, as qualidades magnéticas desta transferéncia de energia variam segundo a condigaio moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar 0 préximo, No passe magnético, geralmente se recebe assisténcia espiritual. Isso acontece porque os Espiritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuidos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que © socorro dos Benfeitores é independente da crenca que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espiritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questo 176: "... muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem ndo acredite em Deus, Deus acredita nela". PASSE ESPIRITUAL - & uma espécie de magnetizagZo feita pelos bons Espiritos, sem intermediarios, diretamente no perispirito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual 0 necessitado nao recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espirito que veio assisti-lo. Pelo fato de nio estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reunides publicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espiritos desencarnados, sio bem maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residéncias, sé com a ajuda do anjo guardigo. PASSE MISTO - E uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos do passista com os da Espiritualidade. A combinago € muito maior do que no passe puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este ¢ 0 tipo de passe que é aplicado nos centros espiritas, contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa drea, para ajuda dos necessitados. Os benfeitores espirituais trabalham no momento do passe, atendendo aos encarnados e também ministrando eficiente socorro as entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluidos. Mas para que se possa contar sempre com a ajuda dos bons Espiritos, é necessério observar os cuidados sobre a depuracdo intima de cada um dos que estao imbuidos do desejo de fazer o bem. 61

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