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GOVERNO oe] | i ii i itl PROTOCOLO DEINTENGOESN: OL 2013 ee PROTOCOLO DE INTENCOES ut que entre si celebram a UNIAO, POR INTERMEDIO DOMINISTERIO DA JUSTICA - MJ; DA SECRETARIA DE POLITICAS DE PROMOCAO DA IGUALDADE RACIAL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA - SEPPIR/PR; DA SECRETARIA-GERAL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA - SG/PR, E 0 CONSELHO NACIONAL DE JUSTICA - CNJ, O CONSELHO NACIONAL DE —_ DEFENSORES PUBLICOS GERAIS - CONDEGE, O CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO PUBLICO - CNMP E O CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL — CFOAB, COM 0 OBJETIVO DE REDUZIR AS BARREIRAS DE ACESSO A JUSTICA PARA A JUVENTUDE NEGRA | EM SITUACAQ DE VIOLENCIA. O MINISTERIO DA JUSTICA - MJ, inscrito no CNP sob o n® 00394494/0072-20, com sede na Esplanada dos Ministérios, Bloco "T", CEP. 70.064-900, Brasilia - DF, neste ato representado pelo Senhor Ministro de Estado, MINISTRO JOSE EDUARDO CARDOZO, inserito no CPF sob 0 n® 021.604.318-26, domiciliado em Brasilia — DF, a SECRETARIA DE REFORMA DO JUDICIARIO - SRI/MJ, neste ato representada pelo Senhor Sectetério de Reforma do Judiciério, FLAVIO CROCCE CAETANG, inscrito no CPF sob 0 n?, domiciliado em Brasilia— DF, ¢ com a interveniéncia da SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANGA PUBLICA - SENASP/MJ,neste ato representada pela Senhora Secretéria Nacional de Seguranga Publica, REGINAMARIA FILOMENA DE LUCA MIKI, inscrita no CPF sob o n® 052.507.538-09, domiciliada em Brasilia - DF, doravante denominado MJ a SECRETARIA DE POLITICAS DE PROMOCAO DA IGUALDADE RACIAL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA -— SEPPIR/PR, inscrita no CNPJ sob o n® 06064438/0001-10, , com sede na Esplanada dos Ministérios, bloco A, 5° e 9° andar, CEP: 70.054-906, Brasilia-DF, neste ato Cu, pela ae —_ de Estado Chefg, GOVERNO FEDERAL LUIZA HELENA DE BAIRROS, inscrita no CPF sob 0 n° 237.846.100-30 domiciliada em Brasilia — DF, com a interveniéncia da SECRETARIA DE POLITICAS DE ACOES AFIRMATIVAS — SPAF/SEPPIR, neste ato representada pela Senhora Secretiria de Politicas de ag6es afirmativas, ANGELA MARIA DE LIMA NASCIMENTO inscrita no CPF sob 0 n® 469.075.214-15, domiciliada em Brasilia - DF, doravante denominada SEPPIR/PR; a SECRETARIA-GERAL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA — SG/PR, inscrito no CNPY sob o n® 10336249/0001-79, com sede na Esplanada dos Ministérios, Palécio do Planalto, 42 Andar, CEP 70150-900, Brasilia - DF, neste ato representado pelo Senhor Ministro de Estado Chefe, GILBERTO CARVALHO, inscrito no CPF sob o n° 200.989.609-20, domiciliado em Brasilia - DE, com a interveniéncia da SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE, inscrita no CNPJ sob 0 n° 07490910/0001-49, com sede na SCES, Trecho 02, Lote 22, Edificio Presidente Tancredo Neves, 2° andar, CEP 7020-002, Brasilia-DF, neste ato representada pela Senhora Secretéria Nacional de Juventude, SEVERINE CARMEN MACEDO, inscrita no CPF sob 0 n® 031,795,369-93, domiciliada em Brasilia — DF, doravante denominada SG/PR; © CONSELHO NACIONAL DE JUSTICA - CNJ , inscrito no CNPJ sob o n°. 07.421.906/0001-29, com sede na Praga dos Trés Poderes, s/ n®, Supremo Tribunal Federal, ‘Anexo 1, CEP 70.175.901, Brasilia - DF, neste ato representado pelo Senhor Presidente, JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES, inscrito no CPF sob o n® 410.188.349-15, domiciliado em Brasilia — DF, doravante denominado CNJ; CONSELHO NACIONAL DE DEFENSORES PUBLICOS GERAIS - CONDEGE, inscrito no CNPJ sob o n° 14.984.936/0001-09, com sede na Rua Sete de ‘Setembro, n? 666, 6 andar, Centro, CEP 90010190, Porto Alegre — RS, neste ato representado pelo Senhor Presidente, NILTON LEONEL ARNECKE MARIA, inscrito no CPF sob 0 n° 708.922.370- 15 domiciliado em Porto Alegre, doravante denominado CONDEGE; 0 CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO. PUBLICO - CNMP, inscrito no CNPJ sob 0 1-2 11.439,520/0001-11, com sede no Setor de Administragéo Federal Sul - SAFS, Quadra 2, Lote 3, Edificio Adail Belmonte, CEP n® 70070-600, Brasilia ~ DF , neste ato representado pelo Senhor Presidente, RODRIGO JANOT MONTEIRO DE BARROS, jnscrito no CPF sob o n? 265.478.726-53, domiciliado em Brasilia - DF, doravante denominado CNMP; € «© CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DOS BRASIL - CFOAB, insctito no CNPJ sob o n® 33.205.451/0001-14, com sede no Setor de Autarquias Sul, Quadra 5, Lote 1, Bloco ‘M’, CEP 70070-939, Brasflia- DF, neste ato representado pelo Te Me GOVERNO FEDERAL Senhor Presidente, MARCUS VINICIUS FURTADO COELHO, advogado inscrito na OAB/PI sob n® 2.525, domiciliado em Brasilia— DF, doravante denominado CFOAB; resolvem celebrar 0 presente Protocolo de Intengdes, observado o disposto na Lei n° 8.66/93 e demais legislagdes correlatas, mediante as cldusulas a seguir enumeradas, que mutuamente outorgam e aceitam: CONSIDERANDO 0 direito a vida como um direito humano intemnacionalmente reconhecido, categorizado, no Brasil, como uma garantia fundamental inviolavel; CONSIDERANDO que so objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil, a promogiio do “bem de todos, sem preconceitos de origem, raga, sexo, cor, idade e quaisquer coutras formas de discriminagtio”, conforme estabelece a Constituigio da Repiblica Federativa do Brasil em seu artigo 3%, inciso IV; CONSIDERANDO que, consoante a Convengiio Intemacional sobre a Eliminagio de Todas as Formas de Discriminagaio Racial da Organizagao das Nagées Unidas, ¢ a Declaragiio de Durban formulada na TI Conferéncia Mundial de Combate ao Racismo, Discriminagio Racial, Xenofobia ¢ Intoleréncia Correlata de 2001, das quais o Estado Brasileiro é signatério e compromete-se a adotar politicas com vistas a eliminar a discriminagéo racial em todas as suas formas, ¢ empreender medidas coneretas para garantir ‘© pleno exercicio dos direitos humanos © das liberdades fundamentais, em condigées de ampla igualdade; CONSIDERANDO a edigdo da Lei n® 12.288, de 20 de julho de 2010, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, constitui norma resultante de relevantes esforgos na defesa © ‘no reconhecimento dos direitos da populagao afro brasileira ¢ a edigdo da Lei n2 12.852, de 5 de agosto de 2013, que institui o Estatuto da Juventude; consistindo em histérica norma resultante de relevantes esforgos na defesa ¢ no reconhecimento dos direitos da juventude brasileira; CONSIDERANDO que, mediante Lei, o Estado brasileiro responsabilizou-se em assegurar a participagéo da populagio negra, em igualdade de oportunidades, na vida econdmica, social, politica e cultural, prioritariamente através de sua “{I] Incluso nas politicas piblicas de desenvolvimento econémico e social”; “[IIT] modificagiio das estruturas institucionais do Estado para o adequado enfrentamento ¢ superagao das desigualdades étnicas decorrentes doj Wy hy GOVERNO FEDERAL preconceito ¢ da discriminagfo éinica”; “[IV] promogo de ajustes normativos para aperfeigoar 0 combate A discriminagdo étnica ¢ as desigualdades étnicas em todas as suas manifestagGes individuais, institucionais ¢ estruturais” [ineisos do art. 4° da Lei n® 12.288, de 20 de julho de 2010}; CONSIDERANDO que, mediante Lei, 0 Estado brasileiro orientou-se pelo principio da promosao da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade ¢ da néo diseriminacéo © pelas diretrizes gerais de garantir a integrago das politicas de juventude com os Poderes Legislativo e Judicifrio, com 0 Ministétio Publico ¢ com a Defensoria Publica; CONSIDERANDO que, mediante Lei n® 12.852, de5 de agosto de 2013, 0 Estado brasileiro estabeleceu que o joven tem direito a diversidade e & igualdade de direitos ¢ de oportunidades e nito seré discriminado por motivo de: L- etnia, raga, cor da pele, cultura, origem, idade e sexo (Att. 17); e que aagdo do poder piblico na efetivacao do direito do jovem & diversidade e a igualdade contempla a adogiio nos dmbitos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, de programas governamentais destinados a assegurar a igualdade de direitos aos jovens de todas as ragas ¢ etnias, independentemente de sua origem, relativamente a educagdo, & profissionalizagdo, ao trabalho e renda, & cultura, & satide, & seguranga, a cidadania e ao acesso a justiga (Att. 18); E que todos os jovens tm direito de viver em um ambiente seguro, sem violéncia, com garantia da sua incolumidade fisica ¢ mental, sendo-Ihes asseguradas a igualdade de oportunidades e facilidades para seu aperfeigoamento intelectual, cultural ¢ social (Ast. 37); CONSIDERANDO que, mediante Lei, 0 Estado brasileiro estabeleceu as politicas de seguranca piiblica voliadas para os jovens deverdo articular agdes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios e ages nao governamentais, tendo por diretrizes: I-a integracdo com as demais politicas voltadas & juventude; II- a prevengdo e enfrentamento da violéncia; IIT - a promogdo de estudos e pesquisas e a obtengdo de estatisticas ¢ informagées relevantes para subsidiar as ages de seguranca piiblica e permitir a avaliacdo periddiea AW p pert GOVERNO FEDERAL dos impactos das politicas piblicas quanto ds causas, as consequéncias e d frequéncia da violéncia contra os jovens; IV ~ a priorizagdo de agBes voltadas para os jovens em situagilo de risco, vulnerabilidade social e egressos do sistema penitencidrio nacional; ¥ - a promogao do acesso efetivo dos jovens & Defensoria Piibliea, considerando as especificidades da condigdo juvenil; e V1- a promogao do efetivo acesso dos jovens com deficiéncia a justiga em igualdade de condigies com as demais pessoas, inclusive mediante a proviso de adapragdes processuais adequadas a sua idade (Art. 38)." CONSIDERANDO, que 76,6% dos jovens vitimas de homicidio no ano de 2010 foram negras, que o niimero de homicidios de brancos caiu 25,5% de 2002 a 2010, e que neste mesmo periodo os homicidios de jovens negros aumentaram 29,8%. (FONTE: MS/SVSIDASIS - Sistema de Informagdes sobre Mortalidade - SIM); CONSIDERANDO ser dever do Estado promover um servigo adequado as vitimas dos crimes decorrentes de preconceito e discriminagéo racial, aparelhando os érgios encatregados da prevengio ¢ repressio da criminalidade dos meios indispensveis 20 alcance de resultados eficientes, bem como, os drgfios integrantes do Sistema de Justiga com vistas a redugao da impunidade; CONSIDERANDO a necessidade de envidar esforgos para a garantia do acesso 4 Justiga e ampliagio de direitos aos jovens negros; CONSIDERANDO a necessidade de sensibilizar os érgios e servidores integrantes do Sistema de Justiga para as questdes relacionadas ao racismo institucional e & eriminalizagao da juventude; CONSIDERANDO que, o enfrentamento a impunidade e a scletividade da Justica Criminal brasileira passam necessariamente pela articulagaio ¢ integragdo entre o Sistema de Justiga © Sistema de Seguranga Publica que, em raz&o das suas fungdes de protegao devem envidar esforgos para combater 4 discriminagao racial e as desigualdades em todas as va manifestages individuais, institucionais e estruturais; a Pag Wr 4 lw GOVERNO FEDERAL CONSIDERANDO que 0 Plano Juventude Viva é uma nova iniciativa do Governo Federal para ampliar direitos e prevenir a violencia que atinge a Juventude Negra CLAUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO © presente protocolo tem por objetivo a conjugagao de esforgos dos participes pela elaboragio ¢ pelo ajuste de politices piblicas ¢ para a implementago de outras medidas administrativas que visem assegurar 0 enfrentamento ao racismo ¢ a promoyéo de igualdade racial da Juventude Negra brasileira, nos campos da Seguranga Publica, do acesso & Justiga e da melhoria dos servigos prestados pelas instituigdes do Sistema de justiga. CLAUSULA SEGUNDA - DAS DIRETRIZES. Sto diretrizes do seguinte Protocolo de Intengées: LO reconhecimento ¢ a defésa do Direito & vida enquanto um direito humano, fundamental, e inviolével; TL A afirmagdo dos jovens enquanto sujeitos de direitos; TL, O enfrentamento ao racismo, a redugo de desigualdades raciais ¢ promogio de ‘uma cultura nfo discriminatéria no Sistema de Justiga, de forma a assegurar & populagio - independentemente de sua oor ou raga ~ 0 exercicio pleno de sua cidadania e melhores condigées de vida. CLAUSULA TERCEIRA - DA _ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA COOPERACAQ Para viabilizar a miitua cooperagao, os participes destacardo representantes de suas unidades para atuarem em conjunto ¢ comporem o Grupo de Trabalho. PARAGRAFO PRIMEIRO - A supervistio técnica desta cooperago mitua sera de incumbéncia dos representantes designados pelos érgaos participes. PARAGRAFO SEGUNDO - A cooperago miitua objetada pelo presente Protocolo de IntengSes seré executada de acordo com um Plano de Trabalho que acompanhard a vigéncia do acordo, e que sera elaborado pelo grupo de trabalho composto pelos representantes di Ta GOVERNO FEDERAL érgios Participes, no prazo de 90 dias a contar da data da publicagio do presente Protocolo, e conteré matriz com metas ¢ cronograma para a consecugdo dos objetivos aqui propostos. PARAGRAFO TERCEIRO - A execugio das politicas ¢ medidas elaboradas pelos Participes, em cumprimento 20 Plano de Trabalho acima mencionado, recairé sobre cada ente responsével dentro de érgtio, para gerir os recursos e proceder & execugiio do orgamento para clas definidos, cabendo aos mesmos promover © acompanhamento da gestio ¢ da execugaio orgamentaria. CLAUSULA QUARTA - DAS LINHAS DE ACAO PRIORITARIAS Siio linhas prioritérias a constar no Plano de Trabalho a que se referem a Clgusula Terceira, além de outras que no fujam do escopo ¢ das diretrizes deste Protocolo de intengdes: 1. a definigdo, a implementaglio e 0 acompanhamento de indicadores, medidas especificas e resultados a serem alcangados, no Ambito do Protocolo de Intengdes que visem a aplacar, principalmente: a. 0 elevado grau de vitimizagio de pessoas negras, em geral, nas hipoteses de causas externas violentas (homicidios); b. oelevado grau de vitimizagio de jovens, especialmente negros, de 15 a 29 anos, e nas hipéteses de causas externas violentas (homicidio); c. oclevado grau de seletividade do Sistema de Justica Criminal. Il. a articulagdo ¢ a definicdo de estratégias para envolver os demais orgios federais, Poder Judiciario, Poder Legislative, Governos Estaduais e do Distrito Federal, agéncias intemacionais e organizagdes da sociedade civil, pelo aleance do objeto ¢ das diretrizes deste Protocolo de Intengdes; Ill. a proposigdio de medidas ¢ definigto de estratégia que visem a assegurar, na formagiio inicial ¢ continuada dos agentes de seguranga piblica, de execugiio penal ¢ dos entes do Sistema de Justiga de contetidos atinentes as diretrizes deste Protocolo de Intengdes, garantindo destaque ao tema; IV. a proposigao de medidas ¢ a definigdo de estratégia que forneyam elementos para 0 diagnostico da situagéo da populagao jovem no pais, no que tange as informagbes 7. Up an tks S Ks. GOVERNO FEDERAL V. 0 fomento a participagio de representantes da sociedade civil, em particular dos ‘movimentos negro e juvenil, em agdes preventivas, em parceria com as organizagbes de seguranga publica e com os entes do Sistema de Justica; VI. 0 fortalecimento das ouvidorias e corregedorias intemas a fim de garantir que os casos reconhecidos de racismo institucional sejam denunciados ¢ julgados de acordo com a leis VIL. 0 apoio & insergdio da legislagao de enfrentamento ao racismo nos editais de concursos para o provimento dos cargos de membros ¢ servidores, nas instituigées onde couber; ¢ VIII. a adogéio pelas bibliotecas das Instituig6es Participes de material bibliografico relativo 20 tema do enfrentamento ao racismo e da condic&o juvenil. CLAUSULA QUINTA - DAS ACOES ESPECIFICAS [As agdes conjuntas de que trata o presente instrumento serdo definidas em instrumentos especificos e/ou Planos de Trabalhos, os quais integrardo este Protocolo de Intengbes, ¢ ‘contemplario, dentre outros: PARAGRAFO PRIMEIRO - Compete ao MJ: 1. 0 apoio de gestio das iniciativas oriundas deste Protocolo de Intengdes, na articulago com os érgios do Sistema de Justiga responsiveis pelas politicas referenciadas na Clausula Primeira; TL. 0 apoio ao intercémbio de informagles téenicas e de apoio técnico-institucional necessétias & consecugdo da finalidade desse instrumento; TIL 0 apoio a troca de experiéncias com a finalidade de identifiear ¢ desenvolver ages conjuntas com o objetivo de acompanhar e aprimorar medidas pelo aleance do objeto € das diretrizes deste Protocolo de Intengdess TV. aatuagiio em conjunto com o os érgaos do Sistema de Justiga no desenvolvimento de ages conjuntas que possam ampliar 0 acesso & justiga, reduzir conflitos e fortalecer a protegio e defesa da Juventude Negra; V. 0 fomento de investimento em qualificagio dos integrantes do Sistema de Justi fomentando a cultura da no discriminagao ¢ a sensibilizago dos profissionaiss 7 GOVERNO FEDERAL VL. 0 fomento qualificagao policial para a cultura da mo discriminagio e 0 acompanhamento da implementagao das matrizes curriculares delineadas para profissionais de seguranga piblica; VIL o apoio ao fortalecimento e a criagio de ouviderias de policia; VII 0 apoio ao aprimoramento da atuagao policial ostensiva, preconizando téenicas de uso diferenciado da forga e o desenvolvimento de agdes voltadas a desconstrugdo dos esteredtipos negativos sobre a populagdo negra; ¢ IX. 0 apoio na construgao ¢ padronizagdo de metodologias ¢ procedimentos de coleta, tratamento e andlise de dados ¢ informagées, no campo da Seguranga Publica, que viabilizem a eriagao de indicadores de acompanhamento ¢ avaliagio das diretrizes referenciadas na Cléusula Quarta. PARAGRAKFO SEGUNDO - Compete & SEPPIR/PR ¢ & SG/PR, por meio da SNJt 1. a coordenagio do proceso de proposigio de iniciativas a serem desenvolvidas para a conseougo do fins deste Protocolo de Intengies, os programas ¢ projetos dele decorrentes; TL a proposigio dos atos normativos no ambito de sua competéncia necessérios 20 desenvolvimento das atividades de que trata o subitem “I”; € TM. o apoio de gestdo das iniciativas oriundas deste Protocolo de Intengbes, na articulagio com os érgtios do Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal, responsiveis pelas politicas referenciadas na Clausula Primeira. PARAGRAFO TERCEIRO - Compete ao CNJ: 1. a garantia do respeito aos direitos dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, com priorizagéo de aplicagao medidas nio restritivas de liberdade; Tl, a promogio de semindrios de sensibilizagto para o fomento de uma cultura no discriminatéria no sistema de justiga, visando a desconstrugo de estigmas em relagdo a Juventude Negra e visando a garantia da presungdo de inocéncia destes jovenss LVN, Wn GOVERNO FEDERAL IL. a promogao, articulagdo ¢ apoio a incluso no curso de formagao dos magistrados e corpo de servidores, carga curricular voltada para o combate do racismo institucional a desestigmatizagdio em relagaio aos jovens negros; TV, 0 fomento & realizago de censo periédico para tragar um diagnéstico do perfil racial da instituigao; V. 0 fomento ao desenvolvimento de agdes concretas voltadas ao piblico interno — interno, a partir do diagnéstico acima mencionado, do judiciério; VI. arecomendagio & incluso do tema no Planejamento Estratégico do Judiciério; e VIL. fomento A expedigfo do ato normativo cabivel visando a implementagao de politicas de ago afirmativa para ingresso de jovens negros nos quadros de membros, servidores e-estagiatios, do judiciério. PARAGRAFO QUARTO - Compete a0 CONDEGE: I. 0 fomento a criago de niicleos especializados enfrentamento ao racismo nas Defensorias Puiblicas Estaduais e do Distrito Federal ¢ suas respectivas ouvidorias, com a participagdo da sociedade civil; IL, 0 fortalecimento da ago da defensoria nos casos de jovens negros em prisio em flagrante, prisio proviséria ou condenagdo, e zelando pela presungao de inocéncia e correto sentenciamento das penas aos jovens negros; IIL. 0 fomento a presenga da Defensoria Péblica nos territérios mais vulnerdveis, visando garantir 0 atendimento aos jovens negros vitimas de discriminagdo racial; IV. 0 fortalecimento de ages, seminérios ¢ projetos de educagdo em direitos com matérias voltadas ao combate ao racismo, ao preconceito geracional contra os jovens, a redugéo de desigualdades raciais e promogao de uma cultura nfo discriminatéria; V. 0 fortalecimento de ages, seminérios e projetos de educagio informativos acerca dos servigos prestados pela defensoria pitblica; VL. 0 fomento a realizacao de censo periédico para tragar um diagnéstico do perfil racial e etério da instituigao; VII. 0 fomento ao desenvolvimento de agdes coneretas voltadas ao piblico interno ~ da da defensoria, a partir do diagnéstico acima mencionadof GOVERNO FEDERAL ‘VID. a recomendagao a incluso do tema no Planejamento Estratégico das suas unidades; e TX. fomento expedigio do ato normativo cabivel visando a implementago de politicas de ago afirmativa para ingresso de negros nos quadros de membros, servidores e estagisrios, da instituigao, PARAGRAFO QUINTO - Compete ao CNMP: 1. 0 fortalecimento de mecanismos de controle externo da atividade policial, com foco na subnotificagio de homicfdios, especialmente nos casos de confronto com a forga policial; Tl. arecomendagio que as unidades do Ministério Pablico se empenhem no cumprimento da legislagio referente as penas alternativas e 4 substituigao penal e a priorizagaio de investigagao dos casos de jovens negros em pristo proviséria; TI. a recomendagao de adequagao da estrutura interna nas unidades do Ministério Piblico para atendimento das questdes raciais: criagtio de Promotorias, Niicleos ou Grupos de enfrentamento ao racismo; TV. nas unidades do Ministério Publico onde ja existam instaladas Promotorias, Nicleos ‘ou Grupos que tratem do tema, priorizar no provimento destas vagas, membros ¢ servidores com atuagdio destacada sobre a materia, especializagio no que toca ao tema; V. a elaboragao de recomendagao aos membros do Ministério Pablico para fiscalizar a (0.639/03 e 11.645/08, que tratam da obrigatoriedade do ensino da hist6ria da cultura negra e indigena no ensino fundamental e médio; implementagao das Leis n? VI. a elaboragto de recomendagio aos membros do Ministétio Piblico para efetivar 0 disposto no § 22, do art. 13, da Lei n® 7.347/1985, em raziio da alteragdio feita pela Lei nt 12.288/2010; VII. 0 fomento a realizagao de censo periédico para tragar um diagnéstico do perfil racial e etério da instituig&o; VIII. 0 fomento ao desenvolvimento de agbes concretas voltadas ao publico interno, a partir do diagnéstico acima mencionado, da instituigao; TX. a recomendagio 4 incluso do tema no Planejamento a unidades; ¢ GOVERNO FEDERAL X. fomento a expedigsio do ato normativo cabivel visando a implementagao de politicas de aco afirmativa para ingresso de negros nos quadros de membros, servidores © estagittios, da instituigio; PARAGRAFO SEXTO - Compete ao CFOAB: 1. a participagtio na elaboragio de proposigao de iniciativas a serem desenvolvidas para a consecugiio dos fins deste Protocolo de Intengdes, os programas © projetos dele decorrentes; Tl. a recomendagtio a criagdo de comissGes de Promogéo da Igualdade Racial nas Seccionais da OAB; TIL. a recomendagao as Seccionais e Subsegdes da OAB em todos os Estados da Federagao a realizagio de Audiéncias Piblicas e Semindrios, com tema voltado para a promogao a igualdade racial da Juventude Negra brasileira, a fim de possibilitar a apresentagao de propostas de politicas piblicas que visem assegurar 0 enfrentamento ao racismo, especialmente no campo da Seguranga Piblica, do acesso a Justiga ¢ melhoria dos servigos prestados pelas instituigdes do Sistema de justiga; TV. 0 apoio a gesttio das propostas oriundas deste Protocolo de IntengGes, na articulagao ‘com os érgios do Poder Executivo Federal, Estadual ¢ Municipal, responsdveis pelas politicas referenciadas na Clusula Primeira; 'V. 0 desenvolvimento de ages para a insergo na grade curricular nos cursos de direito a temética de igualdade racial e combate ao racismo; VI. 0 estudo da inclustio da tematica da igualdade racial e combate ao racismo no Exame da Ordem dos Advogados; VII. a pugnago pela insergdo da temética da igualdade racial ¢ combate ao racismo nos cursos de extensio e/ou pos-graduagaio promovidos pela Escola Nacional de Advocacia e nas Escolas Superiores de Advocacia; ¢ ‘VIII. 0 acompanhamento alguns casos de violagdes de dircitos individuais ¢ coletivos, sobretudo com as comunidades tradicionais e a populacdo negra. CLAUSULA SEXTA - DOS RECURSOS ORCAMENTARIOS' PY YR GOVERNO FEDERAL Este Protocolo de Intengdes mio envolve transferéncias financeiras entre os patticipes, estabelecendo to somente 0 compromisso de disponibilizagio de recursos orgamentrios € niio-orgamentérios para o desenvolvimento das ages nele previstas por cada participe. PARAGRAFO UNICO. As agdes que implicarem repasse de recursos sero viabilizadas por intermédio de instrumento especifico. Os participes assumem 0 compromisso, de comum acordo, de divulgar a sua participagao no presente Protocolo de Intengdes, fazendo constar seus nomes em folhetos, cartazes, pecas promocionais ¢ em todos os meios de publicidade utilizados na promogio do objeto deste Instrumento, nos termos do Decreto n® 4.799, de 04 de agosto de 2003 ¢ da Instrugio Normativa n® 31, de 10 de setembro de 2003, da Secretaria de Comunicagdo de Governo € Gestdo Estratégica da Presidéncia da Repiblica, ficando vedada a utilizagio de nomes, simbolos ou imagens que caracterizem promogio pessoal de autoridades ou servidores piblicos. CLAUSULA OITAVA - DA VIGENCIA prazo de vigéncia do presente Protocolo de Intengdes ¢ de dois anos, a contar da data de assinatura, podend6 ser renovado em comum acordo entre os patticipes, mediante termo aditivo. CLAUSULA NONA - ACORDOS OU CONVENIOS A medida que forem identificadas as atividades de mituo interesse, estas sero definidas detalhadas em acordos ou convénios especificos, dentro dos limites do presente Protocolo de Intengdes. CLAUSULA DECIMA - DA PUBLICACA\ } — er GOVERNO FEDERAL © extrato do presente instrumento ser publicado no Diério Oficial da Unio, pelo MJ, como condigio indispensével para sua eficécia, até 20 dias apés sua assinatura, nos termos do Pardgrafo Unico do artigo 61, da Lei n? 8,666/1993. CLAUSULA DECIMA PRIMEIRA - DA EXECUCAO As atividades previstas no presente Protocolo de IntengGes sero desenvolvidas sem prejuizo das atividades normais que estardo sendo executadas pelos participes. PARAGRAFO UNICO. Este Protocolo de Intengées nfo impedira que os participes realizem acordo semelhante com outras entidades, ou com terceiros. CLAUSULA DECIMA SEGUNDA - DO PESSOAL Os recursos humanos a serem utilizados na execugio dos termos do presente PROTOCOLO DE INTENGOES ndo sofferio qualquer alterago na sua vinculagGo institucional ou ‘empregaticia por desempenho de atividades relacionadas ao cumprimento deste Instrumento CLAUSULA DECIMA TERCEIRA - DOS CASOS OMISSOSOs casos omissos, decorrentes deste Protocolo de Intengées, sertio resolvidos pelos participes ou seus representantes legais, com 0 objetivo de estimular ¢ implementar agdes conjuntas, convergindo esforgos com vistas & consecugo do objeto do presente instrumento. CLAUSULA DECIMA QUARTA - DO FORO. Para ditimir quaisquer questdes decorrentes deste PROTOCOLO DE INTENGOES, que nao possam ser resolvidas pela mediacao administrativa, é competente o foro da Justiga Federal ~ Sepao Judiciéria do Distrito Federal, por forga do artigo 109, da Constituigao Federal. PARAGRAFO UNICO. Na eventualidade de ocorerem controvérsias entre 0s PARTICIPES com respeito & interpretag&o ¢/ou cumprimento do presente Protocolo de Intengées, os participes concordam preliminarmente em solucioné-los administrativamente ¢, em tiltima instaneia, submeter sous eventusis conflitos 4 apreciagiio da Advocacia Geral da Unido - AGU, conforme previsto no artigo 18, inciso Ill, do anexo do Deereto n° 7.3: de 13 de dezembro de “ye Ress GOVERNO FEDERAL CLAUSULA DECIMA QUINTA - DAS DISPOSICOES GERAIS A utilizago de meios fisicos pertencentes aos participes sera interpretada, para todos os fins de direito e nos expressos termos deste Protocolo de IntengGes, restritivamente, nfo Ihes conferindo qualquer prerrogativa ou faculdade em relago a sua utilizagéo, a qualquer titulo, além do prazo de vigéneia ¢ nas estritas formas dos ajustes especificos que venham a ser celebrados, assegurando, em qualquer caso, 0 direito incondicional a pronta restituigao dos meios em aprego, em face das suas necessidades administrativas. E, por estarem justos ¢ acordados, os partcipes assinam o presente instrumento em 8 (cite) vias de igual teor ¢ forma, que também o subserey. ia, ©? de outubro de 2013. ‘de Estado da Justiga Ministra da Secret Gifherto Carvaino y ih Ministro-Chefe d4 Secretaria Geral da Presidéncia Presidente do Corfs I. Nécional de Justiga d Ae sa Re fot Monteito de Barros Presidente do Conselho Nacional do Misistério Presidente do Conselho - de Defensores Piiblico Publicos Gerais 15 Presidente Regina Maria Filomena de Luca Miki coretdria Nacional de Seguranga Pili Secretaria de Politicas de Agdes Afirmativas ‘TESTEMUNHAS Nome: CPF: Identidade: Nome: CPF: Identidade: GOVERNO FEDERAL lévio Crocce Caetano Secretdrio de Reforma do Judiciério C Whedo Severine Carmen Macedo Secretaria Nacional de Juventude 16

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