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Coe Cal xule) Iss N. 100-8382 Tulho-1989 INFORMA’ 0 cOES TECNICAS PARA ae CULTIVO DE FEISAO IRRIGADO (GO, DF, MG, ES, SP, Ru) Agropecutria -EMBRAPA Exemplares desta publicagio podem ser solicitados 20: Centro Nacional de Pesquisa de Arroz.¢ Fejigo CNPAF/EMBRAPA Setor do Publicagtes Rodovia GYN 12, Km 10 Caixa Postal 179 ‘74000 Goignia, GO ‘Comité de Publicagdes: Ricardo José Guazzelli Alafdes Puppin Ruschel ‘José Aloisio Alves Moreira Editoragao: ‘Maria Auxiliadora Afonso Alves Antonio Pereira da Silva Filho Luciana Maria Casea0 ‘Tiragem: 850 exemplares EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA. Centro Nacional dde Pesquisa de Arroz e Feijdo. Informagées téenicas para o cultivo de feljgo irrigads (GO, DF, MG, ES, SP, RU). Coord. por Corival Candido da Silva, Pedro Marques da Silveira, José Ge- raldo da Silva, Homero Aidar ¢ José Aloisio Alves Moreira. Golinia, EMBRA- PA.CNPAF, 1989. 35 p. (EMBRAPA-CNPAF. Circular Técnica, 23). fo irrigado - cultivo. I, Silva, C.C. da, coo:d, Il Silveira, PM. da, coord, Ill. Silva, J.G. da, coord. IV. Aidar, H., coord. V. Moreira, J.A.A. coord. VI. Titulo, VIL Série. CDD 635.652 ©) tamnara -1999 APRESENTACAO Com © grande incentive governamental a irigagfo. principalmente opés a eriagZo dos programas: PROVARZEAS, PROFIR, PRONI e PROINE, a cultura do feljo ver ocu- pando luger de destaque no cendcio nacional, como uma das principais altemativas para 0 plantio de entressara. (0 feijzo, antes exploredo quase apenas em caréter de subsisténcla, a partir de 1981 ‘vem recebendo a atengdo também do grande empresirio, cue o cultva wiilizando além da frrigagdo, outros insumes, como semente de boa qualidade, adubos e defeusivos, obtendo com isto rendimentos de 3 5 vezes superiores & médie necional (500 kg/ha). ‘Reconhecendo a importincia de tal exploraggo, a EMBRAPA, através do CNPAF, com 0 apoio do PROVARZEAS'PROFIR, realizou em Goifaia, em novembre de 1988, 2 T REUNIAO SOBRE FEIJAO IRRIGADO, com a participiefo de técnicos representantes de instituigdes de pesquisee de assisténcia i€enica dos Estados de Gols, incluindo o Dist to Federal, Minas Gertis, Espisito Santo, $0 Paulo e Ric de Janeiro, com o objetivo de melhor conhecer @ situagio do feijao irrigado, elaborar recomendagtes técnicas e estabele- cer prioriades para novas pesqui Esta publicagdo reine um conjunto de informagtes técnicas, apresentadas nesse evento, de utilidade para 05 produtores, de uma macrorepifo, que cultivam o feijdo imrige- do, Homero Aidar Chofe do CNPAF 1. Introdug0 2, Epocas de Plantio 3. Cultivares - 4, Priticas Culturais 4.1, Preparo do Solo : 4.2. Rspagamento e Densidade . 4.3. Calagem e Adubagio ....« 4.4, Planias Daninhas . 4.5. Tnrigagdo S.Doengas .. + 6, Pragas . 7.Coihetta 8, Literatura Citada ANEXO 1. Relagiio de Participantes 00.0 e eee eee INFORMAGOES TECNICAS PARA O CULTIVO DE FEIJAO IRRIGADO (GO, DF, MG, ES, SP, Ru! 1, INTRODUGAO 0 feijgo constituise em climento de importincia na alimentagio do povo brasileiro, cembora o consumo “per capita” venha sendo reduzido nos dltimas anos, estando atualmen- teem tomo de 16 ke/abitante.ano * O Pais tem produzido cerca de 2,2 a 2,5 milhdes de tonelades (80% de feijfo co- mum ¢ 208% de caupi), numa drea de aproximadamente 5,0 milhdes de hectares. Em Gots, Distrito Federal, Mines Gerais, Esp{rito Santo, Sio Paulo ¢ Rio de Janeiro, a produgéo & proveniente de trés épocas de plantio: “éguas” (cutubro/dezembro), “seca” (Jancizo/mar- G0) € inverno ou terceira época (maio/jul O aalivo de inverno € conduzido inteframente so} inrigaglo, nos seus diferentes ‘todos, quer seja em plantios em errs altss ou em virzess, Esse plantio apresenta como vantagens, entre outras,2 alta produtividade das levou- 1s, a redugdo de riscos, a colocegio do produto no mercado em époces nao convencionais, slém de possibilitar a produgdo de sementes de melhor qualidade. Na implantago da cultura, alguns requisitos devem ser levados em considerega como clima ¢ Solo, fatores esses que podem limitar a produgdo em determinadas regides. Locais com temperaturas médias fora da faixa de 18-30°C, solos com excesso de umidade, siio exemplos dessa limitagoes. Considerendo-se os aspectos mencionados, procurar-se-é reunir no presente docu- mento, um conjunto de informagdes enicas para o plantio de feijfo irtigedo, Em princf- pio, es505 sfo dirigidas aos Estados de Goids,incluindo o Ditrito Federal, Minas Gerais, Es Pitito Santo, Sto Paulo e Rio de Janeiro 2. EPOCAS DE PLANTIO ‘So as soguintes as épocas de plantio para os estados > regides: Estado Regio Epoca Goiise Distrito Fedoral 1/ 15 maio a 15 junho Minas Gerais 1) Sul ‘agosto Norte julho 2 agosto Vale do Rio Doce abril ajunho Zona da Mata abril a juno @onte Nova) Noroeste 15 abil 10jlho ‘Outras Regides abril julho Egpfrito Santo rmargo a abril E Junho ajutho 2 StoPaulo L/ smaio a junho Rio de Janeiro aio @ 15 julho {Jem atgumas teas 0 plantio antevipade € sujeto uo stague de mossico dourado, © antic tardio, 4 ocoréncia de chuva no colts 2 info recomendaéo para as repides sorranas. 3, CULTIVARES ‘As cultivares recomendadas para a safra 1988/89, esido listadas na Tabela 1 Essas indicagdes nfo estéo considerando a aptidio da cultivar para o plantio isiga- do, entretanto, sugere-se dar preferéncia aquelas cujas plantas sfo mais ereias (Tabela 2) Pode-se obter altos rendimentos com cultivares de diferentes hébitos de crescimento e ar quiteturas(tipos I, Tle I}. As de tipo Il, todavia, esto mais sueitas a perdas, pelo conta {o das vagens com 0 solo. 10 ‘Tabela 1. Cultivares recomendadas para os estados para a safra 1988/89. Estado Preferenciais Toleradas Goidse EMGOPA 201-Ouro Distrito Federal Carioca ENGOPA 202-Rubi Minas Gerais Miliondtio 1732 Nogrito 897 Rico 1735 Carioca 80 EMGOPA 201-Ouro Mineiro Precoce Espirito Santo Rio Tibee! Carioca ESAL 1 Rio Doce ‘ Capixaba Prococe ‘So Paulo Carioca 80 SH™* Aroana 80 ‘Moruna 80 Aysé Aeté 3 Catu Rio de Janeizo BR 1-Xod6 BR 2-Grande Rio BR 3- Ipanema Porrilo Sintético Capixaba Precoce Jalo EEP 558 Rico 23 Carioca 80 Rio Tibagi Jalo BEP 558 Carfoca Vitéria PAL Capixaba Precove Carioca 80 Moruna Carioca **Carioea 80 SH 9 mesmo que Casioes SH, u suas opunuyopay asus. cxaiopeunop osaR5)- = {S056 op Sapp gy ease nod ops cop eso w= wag wt THOMA LE may 00106 ‘Beary ong 92 ‘wos soso 9 og, 081 2900 On “SC meg oto Seu oon te 01-94 og cores 00106 (.ogonoqn, pepreure ag, sion woney§ 0 eprsoy #8 iN T0e VaOOW'ET Bi vey 06 eing -10z WdOOWE u spersouuus 380g 56°05 it tac sig woo ‘peqourewsaag ¢a8og 56-06 a1 Ze ubaey septs woo ‘epeqourem aay 2 aa 56°06 ‘08 820185 0 m1 seat ‘uany 9 09 og, a608 20825 99 m st mag a soosatg sands “10 1 oz 2 06 uroued-€ wt “90 1 o oo 0 oz oF 0 x wou so:y59 wo $606 u x epmpauzase woe woe OT 0S ht u 2a 5606 mv ‘10 umd sop (sep) meatier erie) op sang “spepuawover sareapno sep seansHaroere9 seunBy ¢ Wage, 2 4, PRATICAS CULTURAIS 4,1, PREPARO DO SOLO Um dos fatores que mais contribui para a obtengao de boas produtividades da cul- ‘ura do feijfo é 0 preparo lo solo, que é funglio de suas carscleristicas e do manejo nos mos 3-5 anos. Esta operagdo deve ser realizada de maneira a faclt:ar o plantfo, favorecer 2 germi- ago das sementes, propiciar melhor desenvolvimento radicular e promover o controle na- tural das plantas daninhas, 4.1.1. Ineorporagio de restos culturnis e invasoras Esta operagao é realizada pela grade “niveladora” os aradora com o objetivo de de- senraizar, tcurar¢ incorporar restos de culturas © invasoras xistentes na drea. Geralmente as grades sfo reguladas para operar 2 profundidades que variam de 5 a 10cm. A incorporigao, além ce facilitar uma decomposigaa mais répida dos restos vege- fais retendo os nutrientes liberados no solo, facilita 0 trabalho posterior de aragio, perm tindo realizar um prepero uniforme e & profundidade adecuada, A incorporagfo deve ser feita apds a estagfio chuvosa ou apés a colheita da culture de verdo. 41.2, Aragge 0s implementos comumente empregados para realizar 8 aragS0, soo arado de alve- ces, arado de diseos ou a grade aradora. Os arados dever ser os preferidos, pois permitem ‘rabalher 0 solo a profundidades maiores e incorporar melhor os restos culturais einvasoras do que as grades aradoras. Salienta-se que entre os arados, 08 dotados de alvecas reviram melhor as leivas, o que favorece 0 controle das invasores pelo enterrio profundo de suas sementes. Normaimente recomenda-se realizar 2 arégo profinda (> 25cm), sltemando-s com aragio de profundidade média (15 a 25 em), Isto se jusifica, pols os implementos, operando sempre mesma profundidade, acabam provocenio, a curto prazo, compactaglo a camada imediatamente inferior & atingida por eles, principalmente em condigdes de So Jos timidos. Allernando-se a profundidade de trabalho, evita-se ou retarda-se a formagdo desse adensamento. [Em solos que possuer o horizonte superficial posca espésso, « arago dave sor feita ‘em profundidades adequadas para que no atinja 0 subsolo. ‘A aragio, quando bem feita, principelmente em terreno onde se efetuou & incorpo- regio dos restos vegetzis, dspensa © uso de grade “niveladora”, na operagio de pré-plantio, Com iss0, preservase a porosidade do solo e ceduz-se 2 apo da erosio laminar. A uragio vi- sando preparar o solo para o plantio do feijdo irigado no invero dove ter feita no final da stag chuvosa ou ap6s a colheita da culture de vera, 13, [Nas reas onde foram feites incorporagées de restos d culturas e invasoras com gra- de, dove-se esperar de sete a quinze dias para iniciar a operagio de aragfo, ¢ ainda apés &in- corporagio recomenda-se uma iigagZo para permitc a germnaglo das sementes de plantas daninhas efon da cultura anterior. 4.1.3. Gradagem antes da semeadura ‘Deve ser utilizada quando © solo, spés a aragGo, st apresentar com torrées ejou “-desnivelado” e/ou com grands quantidade de plantas daninaas que dificultam a realizayfo de uma boa semeadura. Para o destorroamento, “nivelamento"do solo ¢ desintigo das plantas daninhas, recomenda-se grade com discos pequenos (didmetro de 50 em), em “x” (tipo tandem) ou tem “v” tipo offset), que opera em profundidade média de 10 cm. O destorroamento deve Ser realizado imediatamente ap6s a araglo, o “nivelamento” e a destruigdo das plantas da- hinhas imediatamente antes da semeadura, Quando da necessidade de uso de harbicidas em pré-plantioincorporado (ppi),aproveitase esta operagéo para sun incorporagé. Sallentase que a passagem excessva de implementos apés a arapfo, compacta 0 so- lo, destruindo 0 efeito da aragéo, além de pulverizar 2 supesffcie, tornando-a mais sensivel a erosfo, efavorece a formagio de ctosias superficias que ito prejudiciae & germinago, 4.2. ESPAGAMENTO E DENSIDADE O fato de ulilizar-se a densidade correta no plantio, além de contuibuir para maxi- mizer 0 rendimento da cultura, favorece o controle das plantes daninhas, pois ocupa os ¢s- pagos onde estas poderiam ester se propaganda. Por densidade correts entende-se 0 nimero ideal de plantas por unidade de érea pa- 1a se obler 0 méximo rendimento, Para o feijfo irrigado, ce ciclo normal é recomendada ‘uma populagio de 200 a 240 mil plantas/ha. Isto se consegue utllizando espagamento de 0,50 m entre fileiras e densidades de semeaduras que proporcionem 10 a 12 plantas por metso linear. Para cultivares de ciclo curto (em toro de 70 dias), com crestimento determinado, ou indeterminado e erectes, espagamentos de 40 cm entzefileiras sdo os mais indicados. Pa- rm cultivares de ciclo normal (90 dias), sobretudo aquelas de crescimento indeterminedoe hastes (ramos) longas como a Carioca, em condigdes basiante favoriveis, especialmente quanto & fertilidade e umidade do solo, devem-se utilizar espagamentos maiotes, até 60 em ‘enite as fetes. Com o crescimento vigoroso das plantas, ha grande cobertura foliar e esses ‘espagamentos mafores promovem maior teragio entre a5 plantas reduzindo ¢ possbilidade do dano de e2rtas doengas, como o mofo braneo. ‘No plantio em virzeas, com irrigago por superficie ou subicrigagfo, recomendam-se as mesmas populagGes do plantio em terras alta (irigadas por aspers0) 200-240 mil plan- ‘ash, |A quantidade de sementes, em ka/h, além de veriar com ¢ densidade e 0 espag- mento empregados, varia também com a cultivar. Normalmente varia de 45 kg/ha, para a5 14 cultivares de gros pequenos, a 120 kg/ha, para as de grfos grandes. Bara se calcular a quan- tidade de sementes por ha pode-se usar a soguinte férmula: -DxPxi0 O°" KE onde: Q = quantidade de sementes em kg/h D_=ndmero de plantes por metro linear P_ =peso de 100 sementes, em g PG = poder germinativo, em % E =espagamento entre fileiras, em m. EE importante saientar que o sistema de plantio e a caltivarutiizada devem ser leva dos em consideragdo para aescolha do espagamento mais adequado entre filers 4.3. CALAGEM E ADUBAGAO Antes de fazer a corregdo fertilizagfo dos solos é necessério conhecer suzs caracte- risticas fisices © quimicas. A partir dests caracterizaglo, fazemsse as recomendagSes de cor- retivos e fertilizantes considerando a interpretagio de anise do solo. A culture do feijo tem mostratio melhor desenvolvimento em solos fracamente dci- dos, A faixa de pHl em que a cultura apresenta melhor desenvolvimento ¢ produgao é de 5,7 265. 4.3.1, Cottegiio da Acidez do Solo A corregio da acidez do solo pode ser feita com ealcério caleftico (< 5% de MgO), ‘com calcrio magnesiano (5,1 a 12% de MgO) ou dolomitico (acima de 12% MgO). Deve-se pProcurar obler no solo uma relagao calcio: magnésio em torno de 4:1 nivel eritica de cleio ¢ mggnésio no solo encontress em tomo de 3 meq/100em" sendo proximo de 2,4 meq/100em? para o eflcio e em tome de 0,6 meq/100em” para mag. résio. A Tabela 3 mostra a interpretagio da andlise de sole quanto os teores de cilia @ magnésio. 15 ‘Pabola 3. . Interpretagio da analise do solo quanto aos tecres de célcio © magnésio trocé- vei, extrados com -KCE IN, BEE e Ee eee ee ee eet eee cer reese TEOR DE ARGILA BAIXO MEDIO ALTO ® teor de Ca meq/100 cm}. 220 cos, sal 212 20040 <0 10025 225 >40 €2,0 20a 5,0 75,0 CHEE cee cee eee eee See cee ‘vor de Mg meq/100 em? <2 <1 01203 703 20240 <0,2 02006 7 06 240 <0 onai2 71a POPE Eee eee Fonte: Comissio de Fertilidade de Solos de Goi (1988) (sdxptado. ‘A necessidade de calagem (NC) pode ser caloulada em fungio dos teores de cilcio, magnésio e aluminio, conforme a formula: we ={@2 x ar**) #13 © (Ca™*+ Mg) I} XE 100 RNT Onde: NC =necessidade de calager (\/ha) At**, cat*, Mgt tear em meq/1006m.3 PRNT = poder relativo de neutralizago total (4). Pode ser caleulada também baseada no indice de saturago de bases (V#), conforme 1 formula: Tg VU) =—# = x NC 100 16 Onde: T = capacidade de troca de cations meq/100 em? Vj = valor de saturago de bases (3) fornecido pela erdlise de solo V3 valor de saturapao de bases, desejado, A iintorprotapio da anise do solo quanto @ acider ¢saturagio de bases é apresenta- dana Tabels 4. ‘Tabela 4. Interpretaedo da anilise do solo quanto a acidez e saturagio de bases. pHem Saturagdo A Aiden HO de bases @) Muito alte até 4,9 Muito baixa 025 Alta 5,056 Baixa 26.50 Média 5,7-6,1 Média 51-70 Baixa 6,26,6 Alta 71-90 Muito baixa > 66 Muito alta 790 vet al (1985) (adeptado). Apés determinada a quantidade a aplicar, o caledrio deverd ser incorporado ne ca- mada de 0a 20 cm de profundidade do solo, na aragao. 43.2. Adubagdo Nitrogenada Pode ser realizada com fertlizantes que spresentam tanto a forma amoniacal como a forma nftrica. Embora alguns trabalhos mostrem diferengas dessas fontes sobre a produ- fo, ambas podem ser aplicadas ne cultura. “Ha uma tendéncia de se reduzir 0 uso de adubego nitrogenada na cultura do felja0, devido a ocorséncia de fixagdo biolégica de nitrogénio. Contudo, o nitrogénio mineral con- tinue sendo recomendado. Existe seguranga em que se utilize mais nitrogénio em cultura i- rigada do que em cultura de sequeiro. Dessa forma recomends-se & aplicagdo de 10-15 kg ce N/ha no plantio e de 30 kg/ha em cobertura. Nesta deve-se aplicar 15 ke ée N/a aos 15 © 0s 35 dias apés a germinagdo. Na impossibilidade de se efetuar este parcelamento, aplicar 30 kg de N/ha entre 20. 25 dias apés a emergéncia. Em easo da cultura precedente (plantads no verso) for milho a dose de N deve ser sumentada. 7 43.3, Adubago Corretiva Quando « fertilidade natural do solo for muito baixs, recomendasse fazer a aduba com a finalidade de: aumentar a fertiidade, de forma imediata ou pradativa; seduzir a fixagdo de nutrientes nas adubagdes subsequentes; uumentar os teores de nutsien- ‘es de baixa mobilidade; e proporcionar maior disponibilidade dos mesmos.A adubagio cor- retiva para fésforo ¢ apresentada na Tebela 5. ‘Tabela 5, Recomendasfo coretiva de fésforo, alango, de scordo com a disponibilidade de P indiceda pela andlise de solo. ‘TEOR DE RECOMENDACAO “ARIA Pata bana Pike! —3—— kg de Pats Hho Gi 280 240 120 41260 180 50 21840 120 60 < 20 100 ‘50 Fonte: Empresa Braisia de Pesquiss Agropecuitia (1987) AY résforo sobivel em citrato neutro de aménio mals igus, pun os fosfatos ecidulados © fisforo.solivel em dciéo cittio, a 2% (celigio 1:100) pare os termofosfatos © escSrits. A ‘quantficagio dos valores de P muito baixo e P baixo é mostrada na Tibela 6 43.4, Adubagio de manutengio A interpretagto da andlise do solo quanto ao fésforo e a0 potissio é apresentada, res pectivamente, nas Tabelas 6 e 7. A Tabela 8 apresenta a recomendagifo de adubagdo fosfatada e potéssica para o fel- jociro irrigado de acordo com a disponibilidade de P e K no solo. 18 Tebela 6. Interpretagio da anélise de solo quento so fésforo extraido com Meblich (HyS0g 0,025 N + HCI 0,05N) e Resina. P —Meblich (ppm) P—Resina Classe ‘Toes de axgila do solo (#) 4 glem3 61-80 41-60 21-40 <29 U Muitobaixo 0 a0 0 23,0 0 250 0260 0-60 Baixo 11020 31060 520100 6L12,07-15,0 Médio 21230 «GAO —W,talgo 12,1 a 1B0 16-40 Alto 73,0 780 2140 7180 41-80 Fonte: PMehlich (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuéria, 1987). PResine (RAL, B. van etal, 1985). Aemivore + tela conteaha dados para interpetngfo de tndlise de fésforo, em solos deste Tabela 7, Interpretagio da andlise de solo quanto 20 potistio trocével, extraido com 11,804 0,025N + HCI 0,05N. TEOR K TROCAVEL, ppm Baixo 625 Médio 25250 Alto 250 Fonte: Comiasfo de Fertilidade de Solos de Golis (1988). 19 ‘Tabela 8 Recomendagdo de adubagfo fosfatada e potissica para o feijoiro. DISPONIBILIDADE KG/HA NO SOLO AAPLICAR i Féstoro 1/ 7205 Muito baixa 90-120 Baba 10. 90 Média 60: 70 Aisa 50. 60 Potésio2/ K,0 Baixa 60 Média 40 Alta 30 Wide Tabet 6. Wide Tabela 7. Fonte: Camissfo de Fertlidade de Solos de Gotis (1988) (adapted), 4.3.5. Adubagio com micronutrientes ‘A anilise de solo tem sido pouco uliizada na recomeadago de micronuitientes. A deficiéncia de zinco é 2 que mais ocorre, porém, em diversos solos, também temse obido respostas de produgfo com aplicagSes de boro, cobre ¢ molibdénio. ‘Em caso de deficiéncia comprovada de um ou mais mcronutrientes é necessiri fa- cera adubagio,e as recomendagtes poderdo ser as seguintes 17? Boro - 10.2 20 kg/ha ce bérax ne mistura de adubos; Cobre- 5a 10 kg/h de sulfato de cobre na mistara de adubos; Ferro - solugfo de sulfato ferroso « 1% neutralizado com eal (25 a 50 fh); Manganés - solugdo de sulfato manganoso a 2% neutralizado com cal (25 a 50 1/hay; Molibdénio - 0,5 a 1kg de molibdato de sédio na mistara de adubos; Zinco - 20 a 30 kg/ha de sulfato de zinco na mistura; Cobalto -0,25 a 0,5 kg de cloreto de cobalio na misture de adubos. 1) Fonte: ROSOLEM, C.A. (1987). 20 4.4, PLANTAS DANINHAS AAs plantes daninhas, além de competirem com a cultara por nutrientes, agua ¢ luz, dificultam a colheita, éepreciam a qualidade do produto e podem servir como hospedeiras altemativas para insetos, nematdides ¢ agentes causadores de doences. Os primeiros 30 dias pés a emergéncia so considerados como perfado er‘tico de competigGo para os feijoeiros, necessitando portanto, que a cultura seja mantida no limpo, principalmente nesse perfodo, ‘Ao se efetuar rotaego de cultures, utilizar no plantio espagamento e densidade ade- ‘quados, ou fazer um bom preparo do solo, indiretamentejé esté se procedendo o controle de plantas daninhas. Porém, nem sempre essas pratioas cultumis fo suficiented, necessitan- dose de controles adicionais. Esses podem ser feitos por meio dz capina manual, cultivo ‘por tragdo animal ou mecnied, ou pelo método quimico. Existem diversos herbicidss que podem ser utilizados para 0 controle das plantas aninhas na cultura do feijfo, dentro de suas respectivas dosagens e épocas de aplicaggo. Al guns desses produtos so mencionatos na Tabela 9. Quando possivel, s utilizagio de um método mecinico associado a0 controle quf- ‘ico, 05 resultados so mais satisfat6rios. a Copmdope) (5861) maynoadosSy esnbsag sp waepsnsg esdurg :eNG0g -omyozty op oupstuny ojed sop -equoins anb opsop‘onSeqin ms ap epepmctsodus] wu wondum oy SPRUE somnpoxd no soApe soqéjoursd sp OEIO V :VLON “oyuoumepeumpoude wa sore sarang Of 2p speprpunyoud eum ® ofS seo seumye 9 vo pureangE onde @ sode ofoy sesodiosuy ©» syentiestourumsy —opesodsoau onuala- gq UMRAO Emax INE, rpapuoss -jnusa yexsumus 0919 wo9 ‘ops ysmut ‘wyougpy sour emg sence seauyuress) rougfsoM - 99 seg ip axomnag wo g 85 20 sree seize, spepipunyosd vumns xodioouy © seypoy asvoujuicsg © opesodsoaut onte[d- sg SID.OOS XOPEQIOG] —_uTTeMToURPUaY onumd sen sete] (05) x0107 © sede squowrerpaun mondy seo} ® seoujuresg wiousfiewo- sg UE OS UOREY voy oxteonde v spde of] ‘a, staoguedio & -tourppetzoide 19 of ® ¢ op sronure sere speprpunyosd euine miod:oou, §—swypoy a seauyumiy —opriodioom onuetd afg ag ocd umd, uaa song FY € tod ox0ffay 0 8 swinoy ¢ 9p offs ou sexu stent 005 gosoicoy, copeya0e squop sound se argos szony selsn sougo mppugieum-seg aos Thary -qwsomg ‘saUyTOy > 87 op ofBeIsO OU SOK vinow -uep sojunyd se argos seomely stent seaurueap vpompSsoua-soq 9a 82 HeXOTT ojo; -sauoy § © ep ofBers9 ou seu —_seaogiadioo sere spmp sopumd se eigos s2ondy sain seypoa roustzau9-soq vososeg, womtog « sepejonuos : [ Prsrewo9 cooniaay a9 5enI0510) resect ondeondy op toodg pa sen “onftay op exmyjno 2 axed sopepuawionar sepIoiqiay] “6 Paes, SY 4.5. IRRIGAGAO 0 feijoeiro ¢ uma planta que é afetada tanto pola deficineta hf dries, como pelo © cesso de gin no solo, Todas 25 fases da cultura sio sensiveis a estes estrestes, os quais, comprometem o rendimento da lavoura. A planta possui um sistema radicular superficial, sendo considerada, para a irigagfo, 2 profundidade de 60 cm de solo. O consumo de égua da cultura varia, entre oulros, com o estédio de desenvalvirento, cultivar ¢ as condigdes climéticas locais, Nos Estados de GO(DF), MG, SP, ES e RY o consumo total de agus pela planta varia de 300 500 mm por ciclo, O maior consumo dio no cielo do feljocizo é na fase de floragfo e enchimento de vagens,e chega @ 6 mm/dia em alguns destes Estados, No fejjoeiro, o momento de se fazer a irrigago (QUANDO IRRIGAR) e a quant- dade do gua a aplicar (QUANTO IRRIGAR) devem ser detemminados pelo irigante para o melhor manejo. Isto possibilitaalcangar melhor rendimento da cultura ¢ algumas vezes di- minuit 0 custo de produezo. Quando irrigar Dentre os instrumentos para indicar 0 momento de se fazer a irigagdo, 0 tensiéme- tro tem sido o mais utiizado. Os tensidmetros medem diretamente a tensfo de Agua e in retamente a percentagem de umidade do solo, Els sfo constitufdos de uma eépsula de por- celan porosa ligida a um tubo com uma tampa hermética na extzemidade superior, onde também se encontra um manémetro de mercério cu um vacutmetro. So capazes de mediz, com valores mais precisos, até a tensfo de 0,8 bar, daf a sua vabilidade em solos sob c2rra- dos, pois, cerca de 65% da égua disponivel desses solos, esto retidas alé esta tensfo. Os tensidmetros devem ser instalados na linha de plantio, em éreas homogéneas, nas profundidades de 15, 30. 45 om e em tr6s locas da drea irignda. As intalagbes ce 15, 30 45 om de profundidade representam, respectivamente, as camdas de solo de 0 2 30, 15 a 45 ¢ 30 60.em de espessura, ‘As irrigagdes devem sor realizadas, quando a média das leturas dos tensiémetros, instalados a 15 om de profundidade, estiver na faixa de 0,3 —0,¢ bar. As letras devera ser feta diariamente as 9:00 horas. Quanto irrigar A cestimativa da quantidade de dgua a ser aplicads em cada icrigagdo pode ser basez- a na curva de retengio de 4gua do solo ou no tanque de evaporagio classe A. No primeiro método, ha necessidade de se, dispor da curva de retensfo de dgua do solo (tensio versus umidade do solo, dads em em? de 4gua/om? de solo), da profundidade {que se deseja irrigar e de tensiémetros. Quando o tensidmetro localizado a 15 cm indicar a tensio de refexéncia de irrigago (0,3 - 0,4 bar), verifica-se, ra curva de retengfo, o quanto cesta tensi0 corresponde em conteiido de agua no solo. Em seguida, caloula-se a diferenga entre 0 contetido de umidade a 0,1 bare « tensfo indicada nc tensiometro. Caleule-se, tam- 2B bbim, este diferonga para os tensiémetros instalados @ 30 ¢ 45 om. A média das iforengas multiplicada pele profundidade da ttima camads de solo representada (60 em) dari a l- ‘mine liguida de égua de signet, Exemplo de eleulo Profondiade Unidade do Difeenga Unmidads do do Leitua gems) lb! de uid tensiémetro fa mall) bar em3/em? ae (2-1), (cm) - (2) em jem? 15 040 0425 030 005 30, O18 0,28 0,30 0,02, 4s ou10 030 030 0,00 Média 0,0233 Lamina Liquida = 0,023 em*/em?x 60cm 14.em =14 mm © método do tanque classe A apois-se na premissa de que existe uma boa comele- fo entre os valores de evaporapio medidos no tanque clase A e a necessidade de igua das culturas, Tal correlagfo foi obtida através dos coeficientes K, determinados segundo a idade de desenvolvimento do feijoeiro, conforme mostra a Tabela 10. Tabela 10, Cooficientes K (Ke x Kp) para o feijzo segundo a idade da planta, dade da plant 1 (dis) Coeficiente K L/ 10 os, 2 056 32 064 2 0,79 54 1,00 2 094 2 07 82 050 '/Fonte: STEINMETZ, 5. (1984) (adaptado). Os coeficientes K sfo obtidos da seguinterelapo: ce x Kp onde, Ke sf0 os coeficientes da cultura e a Kp 6 0 cosfciente do tanque classe A e foi considerado igual a 0,8. ‘A lamina iquida (LL) a ser aplicada por irrgneio, deve ser calculada mutiplicando- se a evaporagfo acumulada medida no tanque clase A (EV), no intervalo entre irignges (dado pelo ntimero de dias em que o tensidmetro instalado 2 15 em de profundidade gastar para atingir 0,3 — 0,4 bar) pelo coeficiente K indicado na Tabele 10, observando-se a ids- de de desenvolvimento da cultura Exemplo de cflenlo Une determineda lavoura de feo encontrase cam 32 dlas ap6s a emergéncia {K. = 0,64), e no.perfodo compreendido entre @ iltima irizacdo (indicado pelo tensiome- iro) mediuse, através do tanque classe A, uma eveporagio acumulada (Ey) de 32 mm. A li- ming Miquida de irigago a ser aplicada na lavoura 38 Lamina Liquida =Ev x Lamina Liquida =32 x 0,64 =21 mm, Métodos de Irrigagio Nio existe um método de iiigag¥o melhor que outro, quanto ao rendimento da cultura sim, um método que se adapte melhor as condigdes locas de solo, topografia e ni vel de tecnologia a serem usados. Os métodos mais utlizados na irrigagao do feijoeico tem sido: aspersio, sulcos e subirrigaséo. A aspersio, nos seus diferentes sistemas, como 0 convencionel, autopropelido e pi- v6 central, normalmente ¢ utilizada em terras ates. E um método que tem atrafdo grande ‘niimero de empresirios agricolas e a meioria das lnvouras de feljgo encontra-se irignda por este método. A implantardo da irigago por aspersSo implice em custos inicias elevados 'Na irrigago por aspersfo pode-se mais faciimente controlar « quantidade de due, alm disso necessita menos mdo-de-obra do que a itrigagio por sulcos, principalmente quando usa sistemas com movimentagio mecanica, Em varzeas, drenadas ¢ sistematizadas, a irigagfo por suleos ¢ a subirsigngio estdo sondo utilizadas. Essas virzess sfo geralmente plantadas ecm arroz no periodo das éguas (primavera/verdo) ¢ 0 feijéo & plantado em seguida aquela cutura, Geralmente si éreas pe- quenss, de propriedade de pequenos agricultores, ‘Na implantagio de um projeto de icigago por sulcos em virzeds, deve-se elaborar iniciaimente 0 projeto técnico, o qual definiré o manejo da égua. Assim, parimetros como a ‘curva de infltragfo acumulada, tempo de irigag, espagamento entre sulcos, entre outros, devem ser determinados para se irigar corretamente, Os sulzos devera ser profundos, com cerca de 30 om de profundidade, o que favoreceri « microcrenagem do solo do camalhfo Formado entre sulcos, Plantam-se duas filiras de feljgo entce dois sulcos de inigagi, ee- ralmente espagados de 1 metro\ Neste caso o plantio ¢ feito vsando-se plantadsiras manus ‘04 mecanizadas, Existem muitas variagGes de espagamento entre sulcos, em solos de vit- eas. 2s Quando é vidvel 0 uso da subirtigagdo nes virzeas sstematizadas, deve-se ter expect. al cuidado com a profundidade do lengol fredtico, seja ela constante ou variével, poraue € 2sta profundidade que alterao teor de tmidade do solo ns zona das raizes. Procure-se man- ter a umidade do solo nas camadas superficiais em condigées propfcias para 0 desenvolv- ‘mento das plantas. O espagamento correto entre drenos, aidado a bateries de pogos de ob- servagio do lengol fredtico e de ‘ensiGmetros, sfo indispensivels para o manejo da agua de irrigago. Nessas condigdes, o plantio pode ser feito mecanicamente, de forma semelhante 0 plantio feito em terras ates. 5. DOENGAS 0 feijo é uma cultura suscetivel a um grande némezo de doengas, podeado ser cau- sadas por fungos, bactérias, virus e nematoides. A sua ocorréncie e intensidade so muito dependentes das condigdes amblentes durante o desenvolvimento da cultura. Embora podendo variar de regio para rogifo, so Je ocorréncia mais frequente em plantios irigados as seguintes: ferrugem (Uromyees phaseoli var. typiea Arth), mancha an- ‘gular (Isariopsis griseola Sacc), crestamento bacteriano comum (Xanthomonas campestris pv. phaseoli Dye), ofdio (Erysiphe polygoni DC), marcha de fusarium (Fusarium oxyspo- rum fsp. phaseoli Kendrick & snyder), podridio radicular de thizoctonia (Rhizoctonia solani Kuhn), podridgo radicular imida (Pythium spp.), mofo branco (Sclerotinia sclerotio- rum ( Lib | de Baty), podridio do colo (Sderotium rolfii Sacc), antracnose (Colletotr- chum lindemuthianum (Sacc. & Magn) Scrib) ¢ mancha de alterna (Alternatia spp.). Essas doengas podem causar, muitas vezes, danos soveros ds plantas, necessitando ‘medidas de controle. Podem provocar efeitos diretos na produgao, reduzindo- ou danifi- cando 0 produto, depreciando-o para o comércio. Portanto, as medidas de controle io fundamentais e devem ser preventivas, e se necessirias, tam2ém curativas, ‘A utilizagdo de sementes sadias é de importdncia fundamental no controle de doen- 25 como a entractose, © mossico comum, 0 crestamento bacteriano comum, etc., pois seus agentes causals si0 transmissfveis internamente pela semente. Outras medidas como rolagfo de culturas, iratamento com fungicidase eliminagZo dos restos culturais podem ser adotadas. O plantio de cultivares resistentes a determinacas doongas, também pode fazer parte desse controle integrado, no entanto, as cultivares etualmente recomendadas nio so resistentes a todas elas. O tratamento da planta com defensivos, do forma preventiva ou cu- ratva (ver relagto de produtos quimicos ne Tabela 11), faz parte do controle integrado que ‘também prevé priticas especificas para uma ou outre doenga conforme segue: Crestamento bacteriano comum (bacteriose) vitar transitar na lavoura quando a folhagem estiver éimida; Podridiio radicular de shizoctonia 26 . plantar & pequena profundidade para permitir a emergéncia mais rdpida dss plan- tulas; arago profunda. Podrido radicular Gmida drenagem do solo. Mofo branco fevitar a introdugTo do patégeno em reas nfo contaminadas, para Isso usar trata- ‘mento de sementes com fungicidas; - aumento do espagamento; + queinia dos restos culturais contaminados; efetuar rotagfo de cultures com gram{neas e manter a lavoura livre de plantas ds ninhas. Podriddo do colo - suumento do espagamento de plantio; -calager; - adubago nitrogenada alta, 27 Tabela 11. Controle quimicos das principais doengas do feijoziro comum. ‘Nome Técnico Benomyl Tiofanato metilico + Mancozeb Acetado de trifenil estanho Acetado de trifenil estanho + Mancoze Maneb ativado Mancozeb Chlorothalonil Chlorothalonil + Tiofansto metilico 28 Nome Comercial BENLATE DITHIOBIN 78 PM. HOKKO SUZU 20 PM BRESTAN 20PM BREMAZIN MANZATE + ZINCO DITHANE M~45 DITHANE 40F FUNGINEB 80 SUPER BRAVONIL 500 ‘CERCONIL PM Doengas Antracnose Mancha anguler Mela Mofo branco ‘Mancha de Ascochyta ‘Mancha gris ‘Tombamento “Antracnose Ferrugem ‘Mancha angular ‘Mancha de Alternaria Mancha de Ascochyia Oidio Mofo branco Antracnose Ferrugem ‘Mancha angular Mancha de Alternaria Mancha de Ascochyta Antracnose Ferrugem Mancha de Alternéria Mancha de Ascochyta Antracnose Ferugem Mancha angular Mofo branco Mancha de Alternaria Mancha de Ascochyta Oidio Cont. Tabela 11 Nome Técnico Nome Comercial Doengas Triforine SAPROL Ferrugem Oidio Oxitioquinex MORESTAN ae Pycazophos AFUGAN Oxicarboxin HOKKOPLANTVAX 75 Ferrugem ‘Thisbendazol TECTO 40 F Mola Mofo branco KOBUTOL Quintozene ™* BRASSICOL 75 PM Tombamento (PCNB) RRACLOR 75 PM Podidfo do colo SEMETOL Mofo branco Captan* ORTHOCIDE 50 Tombamento CAPTAN 500 PM Murcha de Fusarium Podrido radicular soca ORTHOCIDE 50 ‘Tombamento Captan CAPTAN 500 PM Mancha de Fusarium es Podrido radicular seca Quintezene KOBUTOL 75 Podridio do colo BRASSICOL 75 PM Mofo branco TERRACLOR 75 PM SEMETOL ORTHOCIDE 50 Antacnose Captan CAPTAN 500 PM Mancha angular + ‘Tombamenio Benomy! BANLATE, Podridie radicular seca ‘Podridgo cinzenta do caule ‘Murche de Fusarium Mofo branco Pur Watamento de scenes, +e Fam Galamento de menos EIS NOTA: A omissio de principios ativos ov produtas comerchis no implica na impossbili- ede sua utiliagio, desde que autorisades polo Ministério da Agriculture. Fungicides aplicades nt semente podem provocsr reduyde das célules do rizébio dot inocvlante ves pritiea de inoculagfo for efatuade Fonte: SARTORATO, A. sta. (1987). 29 6, PRAGAS De malo ajulho, época em que se concentram os plantios de foljdo irrigado, a cultu- ra pode estar mais sujeita a0 ataque de pragas, que migram das vegetag6es naturals, em grande parte secas neste periodo, No entanto, as populaydes de insetos parecem estar redu- zidas, em virtude das temperatures amenas, Mas importan:e considerar que algumas espé- ‘podem ocorrer, como as vaquinhas, principalmente Diaototica speciosa e Cerotoma ar~ ‘euata, a cigarrinha verde, a mosca branca, as lagartas das vagens, os percevejos, os minedo- es, 05 cazos rajado.e branco, ¢ a lagarta elesmio. Das pragas que atacam as plintulas do feijoeiro, as mals importantes sfo a lagaria celasmo e as vaguinhas. Para o seu controle, elém de alguns produtos quimicos, 2 sua inc nein pode ser reduzida através de limpezs, incorporagio dos restos culturais e irigagao. ‘Economicamente, « cigarrinha verde & uma das pragas mais importantes do feio, pois pode reduzir drasticamente 2 produgdo. A fase mais ciitica de alaque da praga corres: ponde da emergincia alé a época do florescimento. Para esta praga, bem como para outros fnsetos que atacam as plintulas e mesmo para a-mosca branca, inseto wansmissor do virus do mosaico dourado, 0 tratamento da semente com produtes quimicos protege satisfator ‘mente a cultura no infcio de seu desenvolvimento, Alguns produtos sfo recomendados pare controle dessas pragas e de outras que po dom ocorrer esporadicamente (Tabela 12). Tabela 12, Controle quimico das principals pragas do feijoeiro. Eee Nome Técnico ‘Nome Comercial Prages Acephate Orthene 750 Cigarrinha verde 7 Pulgbes Vaguinha Mosca brance Oteos vegetais” — Carunchos Azinfos Bt GUSATHION A Acaro branco Carbaril CARVIN CCigarrinha verde DICARBAN Palgdes SEVIN Vaguinha Lagarta rosea Carbofenotion TRITHION ‘Aearo branco Carbofuran FURADAN 5 G Cigarrinha verde Lagarta elesmo FURADAN 350 TS Mosca branea* * 30 Cont, Tabela 12, Nome Técnico Nome Comercial Pragas Dimetosto PERFEKTION CGigarsinha verde DIMETOATO E Fosfina GASTOXIN Caruncho Maletion MALATOL PO “carunchos MALATHION 50 E Pulgoes Voguinhos Metamidofos TAMARON Cigartinha verde ‘ORTHO HAMIDOP 600 Vaguinhos Trips Pulgdes ‘Mosea branca Acero vermelho ‘caro rajado Monocrotofos AZODRIN 60 E CCigaerna verde NUVACRON 400 Legarta das follas Lagarta das vagens ‘Morea branca Karo rajado Ometoato FOLIMAT caro ralado Pulses Paration Et RHODIATOX Lagarta das folhas Lagarfl das vagens Vaguinhas Triazofos HOSTATHION Acero branco Unis $2 10 mks defo ‘srRedua catrasa 0 inicio da indica de mostico dourado NOTA: A_omissfo de prinefpios stivos ox produtos comeseials nfo implica na impossit dade de sun utiizagfo, desde que autorizados pelo Ministéric da Agsialtura, Fonte: SARTORATO, A. etal. (1987). ae 7. COLHEITA 7.1, COLHEITA MANUAL Consiste em arrancar as plantas inteiras, quand as folhas vo se tornendo emarela- dase as vagens mais velhas comegam a secar. As plantas sfo arrancedas, formando molhos fom as ra(zes para cima, que permanecem na lavoura para completar 0 processo de seea- mento (até o$ grB0s atingirem 14% de umidade)e, em soguide, so postas em tereiros, tm cemada de 30 a 50.em, onde se processaa batedura, com vaas flexives, 7.2. COLHEITA MECANIZADA [Esta pritica consiste em arzancar as plantas normudmente, como na colhelts ma- ‘nual, Apés completar o secamento, processo-se a debulh, om trilhadeira estacionésis. AL grins agrcullores exeoutam esta prética de outra maneira: arrancam ¢ eileiram as plantes fhanualmente, ¢ és completar 0 processo de secamento, chs sfo ecolhidas¢ rithadas por teocthedarstrilhadora tracionada por trator ¢ acionada pela tomads de forga. Além das Speragoes de recolhimento e tilha, a recolhedore-ilhadora realiza, skmullanesmente, & limpeza e o ensacariento dos gros. 14 existem no mercado brasileiro visias marcas de reco" Ihedora-trithedora. ‘Outta alterativa é utilizar a colheitadeira avtomotiz.adapteda com um “pickup” recolhedor de plantas enleiradas, processando-se, dessa founa, em wma finiea operaglo, © ecolhimento e a ira das plantas, alimpeza e o ensaeameato dos gros. Pode-se user tamn- bbém o colheitadera automotriz convencional pars thar, impar e ensacar os gos, Nesse caso, 2 méquina desloca-se pela lavoura, seguindo a leira de fefjGo e, na sua frente, vBo ope- trios que as recolhem e as langam na plataforma da méquira. ‘Uulizando-se trilhadeiraestacionéra, recolhedora-tilhadora ou colheitadeira auto- ‘mottiz com ou sem o “pick-up” recolhedor, devemn-se observar as manutengBes ¢ as reguls- fens recomendadss, bem como a sua forma correta ée alimentagSo, visando, pincipelmen- te, evitar perdes e danos mecdinicos nos grfos. Finalmente, 2 realizagio de todas as operagOes da colheita do fejG0, como 0 corte, orecolhimenio, a tuilha das plantas, a limpeza e o ensacamento dos gros, em uma s6 etapa, tinda ato 6 pritica rotineira entre os produtores pois tem provorado perdaselevacas. 8. LITERATURA CITADA COMISSAO DE FERTILIDADE DE SOLOS DE GOIAS. Recomendagdes de corretivos © fertilizantes para Goids- Sa Aproximagio. Goiinis, UFG - EMGOPA, 1988. 101 p. (In- formativo Técnico, 1). EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA. Centro Nacional de Pesquise do Arroz ¢ Feijao. RecomendagSes técnicas para eultivo do feijociro., 2. ed. Goiinia, jz EMBRAPA-CNPAF, 1985.40, (EMBRAPA - CNPAF. Circular Téenico, 13). EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA. Centro de Pesquise Agrope- ‘uiria dos Corrados. Relatério Técnico Anu, Planaltine, EMBRAPA - CPAC, 1987. 532p. RAU, B. ven; SILVA, NM, da; BATAGLIA, 0.C.; QUAGGIO, J.A.; HIROCE, R.; CAN TARELLA, H.; BELLINAZZI JUNIOR, D.; DECHEN, A.R. & TRANI, P.E. Reco- mendagdes de adubagio e calagem para o Estado de Sao Paulo. Campinas, Instituto A- gronamico, 1985, 107 p. (Boletim Técnico, 100). ROSOLEM, C.A, Nutrigio e adubagio do feljoeiro. Piracicasa, POTAFOS, 1987. 91 p (Boletim Técnico, 8). SARTORATO, A.j RAVA, C.A. & YOKOYAMA. Principcis doengas e praga do fljo- iro comum no Brasil, 3. ed. Goifnia, EMBRAPA - CNPAF, 1987. 50 p. (EMBRAPA - CNPAF. Documento, 5). STEINMETZ, S. Consumo méximo de gua (Em) no cuitive do feijgo de inverno.. Goifnie, EMBRAPA - CNPAF, 1984. 4 p. (EMBRAPA - CNPAF - Pesquisa em Ande- mento, 47), 33 ANEXO 1 RELAGAO DE PARTICIPANTES NOME INSTITUIGAO 1, Ady Raul da Silva PROVARZEAS/PROFIR (02, Arfovaldo Luchiari Junior" EMBRAPA/CPAC (03. Carla Maria de Souza Ribeiro Estagiia EMBRAPA/CNPAF (4. Corival Candido da Silva EMBRAPA/CNPAF (EPAMIG) 05. Ednan Araijo Moraes EMGOPA 06. Eduardo Antonio Bulisani IAC 07. Guilherme O.C. de Andrade FAHMA.- Plane}. ¢ Engesharia 08. Homero Aidar EMBRAPA/CNPAF 09. Itamar Pereira de Oliveira ©: EMBRAPA/CNPAR 10, Jofo Roberto Correia EMBRAPA/SNLCS 11. José Alofsio A. Moreira EMBRAPA/CNPAF 12. José Geraldo da Silva EMBRAPACNPAF 13, Leonardo Adjuto Wacismuth 14, Ledncio Gongalves Dutra 15, Lacy Pranga Frota 16, Luiz Antonio Soave 17, Laia Carios Bhering Nasser 18, Lais Femando Stone 19. Marcos Aurélio N. Gomes 20, Maria Amélia G. Ferro 21, Maria José Del Peloso 22. Maria José de O. Zimmermann 23, Méximo Manoel dos Santos 24, Messias José B. de Andrade 25. Michael D.T. Thung 26. Milton Vargas 27, Pedro Antonio Arraes Pereira 28, Pedro Marques da Silveira 29, Ricardo José Guazzelli 30, Rubem Marcondes Ferreira 31. Roberto Peixoto Pereira 32, Tarciso José Caixeta Associagdo de Apoio aosProdutores de Entre Ribeiros EMBRAPA/CNPAF Estagiiria EMBRAPA/CNPAF COOPERVAP EMBRAPA/CPAC EMBRAPA/CNPAF EMBRAPA/SNLCS EMCAPA EMGOPA EMBRAPA/CNPAF EMATER - MG PESAGRO CIAT/CNPAF EMBRAPA/CPAC EMBRAPA/CNPAF EMBRAPA/CNPAF EMBRAPA/CNPAF TICA/CNPAF PESAGRO/CNPAF EPAMIG 35 Ente lv fol conteccionado nas ofisinas ds GESP- Gratien e Edltora S¥9 Paulo Lida, - Fone: 299-6539 PROVARZEAS eee

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