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Karl Marx e Friedrich Engels MANIFESTO COMUNISTA Organizagao e introdugao Osvaldo Coggiola Bowrenrs Copyright desta edigio © Boitempo Faitorial Traducio do Manifsto Comuriste Alvaro Pine Assistente editorial Daniela fnkings Revisto Alice Kobayashi lomarion Mauss Priscila Ure dos Santos Capa Anton Keb sobre desu de Maringn Editoracio eletrénica Flavio Vater Garcti Fotolites Augusto Asseciados Impressio e acabamento Bortine Agradecemos a vaiosa claborapto de Francisco Melo (adigtes Avante!) ‘Alexandre Antunes Pern ¢ Floriana da Costa Dus, (que Se rnpentaram particularmente na eg deste Marifesto ISBN. 978-85-85964-234 ‘Todos os direitos reservados, Nenhuma parte clestelivro pode ser wtilizads ou reproduzida ‘em expresea attorizagao da etna V edigio: margo de 1998 1 reimpressio: abril de 1988 2 reimpreseio: abril de 1999 {3 reimpressio: agosto de 2002 “4 reimpressio: juno de 2005 5+ reimpressao: navembro de 2007 BOITEMPO EDITORIAL Linking Editors Associador Li Pertizes05036-020 Sto Palo. SP felix 11 72-6069 3075-7250, alior@bottempocditoril.com.r ‘worm bottempacaitara com te SUMARIO Noadaedigio Introdugio. Osvaldo Coggiola MANIFESTO COMUNISTA Karl Mara: Friedrich Engels 1 Burgueses e proletirios IL- Proletarios e comunistas. UL- Literatura socialista ecomumista IV- Posigio els comunistas diante dos diversos pattidos de oposicio Preficios de Marx e Engels, rficio @edigao alert de 1872 Proficio a edigao russa de 1882 Profécio @ edigto alent de 1883 Profico @ edit inglese de 1888... Preficio a edigdo alema de 1890... Proficio tedigao polonesa de 1892 Proficio a eaigao italiana de 1893, [Em memoria do Munifesto Cumuniste Antonio Labriola (© Manifesto Comunista de Marx e Engels .. Jeas Jaurés| Neventa anos do Manifesto Comunista Lecn Trotsky (© Manifesto Comunista de 1848 Harold Laské ‘Cem anos depois do Manifesto Lucien Martin © Manifesto Comunista: qual sua velevancia hoje? James Petras 37 40 51 68 na 74 74 81 ra 137 159, 169 231 Manifesto Comunista BR a wigese Kommuniftifesen Partei. Cape da princi etioio do Manifesto do Partido Comunista publicade om Londres, oft de foeriv de 1888. 38 UM ESPECTRO ronda a Europa — 0 espectes do comunismo, Todas as poténcias da velha Europa unem-se numa Santa Alianga para conjurd lo: © papa e 0 czar, Metternich © Guizot, os radicais da Franga e os policiais da Alemanha. Que partido de oposigo nao foi acusado de comunista por seus ad: versdrios no poder? Que partido de oposigac, por sua vez, nao langow 1 seus adversarios de direita ou de esquerda a pecha infamante de co- uae conclusSes dacorram dasces faine 41% 0 comunismo ja é reconhecido como forca por todas as potén- cias da Europa; 2% € tempo de os comunistas exporem, abertamente, a0 mundo in- teiro, seu modo de ver, seus objetivos © suas tendéncias, opondo um manifesto do préprio partido & lenda do espectro do comunismo. ‘Com este fim, reuniram-se, em Londres, comunistas de varias nacio- nalidades ¢ redigiram o manifesto seguinte, que sera publicado em in- sles, frances, alemio, italiano, flamengo ¢ dinamarqueés.* anilesto was Higa mencinas, vr a nds dos precios ¢ 39 Mars © Engle 1 Burgueses e proletsrios! A histéria de todas as sociedades até hoje existentes! & a historia das lutas de classes. Homem livre e escravo, patricio e plebeu, senhor feudal e servo, mes- tre de corporacao? e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos, fem constante oposi¢do, tém vivido numa guerra ininterrupta, ora fran 2, ofa disfargada; uma guerra que terminau sempre ou por uma trans- fermagao revolucionaria da sociedad inteira, ou pela destruicao das vas classes em contflito, Nas mais remotas épocas da Historia, verificamos, quase por toda, parte, uma completa estruturagao da sociedade em classes distintas, urna Imultipla gradagao das posigdes sociais. Na Roma antiga encontramos patricios, cavaleiros, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores, vessalos, mestres das corporagdes, aprendizes, companheitos, servos, em cada uma destas classes, outras gradacbes particulates. A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruinas da sociedade feudal, nao aboliu os antagonismos de classe, Nao fez mais do que es tabelecer novas classes, novas condicdes de apressio, novas formas de lula em lugar das que existiram no passado, Eniretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por tet simplificado os antagonismos de classe. A sociedade divide-se cada Tor burgusa evens a cle don empties madernas.pristvins da eis e Front social que empregnto raha asalriad. Por proktnao csse don et liad modernos que, no endo mio ripios de produ slo obrigdes tender a {rca de tab para sabrevioer (Nota de Engel ait ngewe 1668) 1a odo hstrneseita.A pré-Hstna onanizgto sca antertar 9 tia eer te, era desconhcida em 1847. Mai tarde, Hexthansen (Augus! tan, 1792-1866) dese. {si prapredade common da tera Risa, Maurer (Gere Lats on) mestos er silo eon bse social dn gual as tres talc devoarerhstreamentee, poute ¢ acs veficu-e gue a comanidade rarer fora prmiton da socedade ede Iria até randn.'A organsagio intern essa tocedade coms primis fo ‘nda, eeu fora ten, pela decors de Margan (Les Henry TSS 8) aoe ede nature de gens ede su ela com ob. Apso dislupio dss coma shies prints cde eon nie om lanes dst roc ne rceia de dssoluto na obra Det Usprung der Femile des Pivatergenthutns und des Staats (A Origem da Fama, da Propsiedade Pivada e do Betado) "a, Shtigart 1866. (Nota de E Engels edo pens de 1888) tne de comoraco&am merida sud, patio intro, nda sex dient (Nota set Engels io ingen de 1888) *” Manifesto Comat vvez mais em dois campos opostos, em duas grandes classes em con fronto direto: a burguesia eo protetariado, ‘Dos servos da Idade Média nasceram os moradores dos primeiros ‘bungos; desta populagio municipal salram os primeiros elementos da bourguesia. . "A descoberta da América, a circunavegacio da Africa abriram um novo campo de acio 2 burguesia emergente. Os mercadas das fn dias Orientais e da China, a colonizacio da América, © comércio Colonial, o increment dos meios de traca e das mercadorias em geral imprimiram ao comércio, & industria e & navegagao um impulso des- Conhecido até entao; , por conseguinte, desenvolveram rapidamente 6 elemento revolucionario da saciedade feudal em decomposigao. ‘A organizagao feudal da inddstria, em que esta era circunscrita a corporagées fechadas, J nfo satisfazia as necessidades que cresciam ‘com a abertura de novos mercados. A manufatura a substituiu, A pe- ‘quena burguesia industrial suplantou os mestres das corporagoes: a divisao do trabalho entre as diferentes corporagdes desapareceu dian te da divisao do trabalho dentro da propria oficina ‘fodavia, os mercados ampliavam-se cade vez mats, a procura por mercadorias continuava a aumentar, A propria manufatura tornou-se insuficiente; ent, o vapor e a maquinaria revolucionaram a pro- Jdugao industrial. A grande indstria moderna suplantou a manufatu- tara média burguesia manufatureira cedeu lugar aos milionarios da indlstria, aos chefes de verdadeiros exércites industriais, aos burgue- ses modlernos. ‘A grande indistiia criou © mercado mundial, preparada peta des. coberta da América, © mercado mundial acelerou enormemente © desenvolvimento do comércio, da navegacio, dos meios de comu nnicagao. Este desenvolvimento reagiu por ua vez sobre a expansio dda indostia; © & medida que a indstria, « comércio, a navegacio, a vias féreas se desenvolviam, crescia a burguesia, multiplicando Seus capitaise colocando num segundo plaro todas as classes legadas pela Idade Média. Vemos, pois, que a propria burguesia modema € 0 produto de um longo processo de desenvolvimento, de uma série de transformagoes 110 modo de produsao e de circulasao. Cada etapa da evolugao percortida pela burguesia foi acompa- rnhada de um progresso politico correspendente. Classe oprimida pelo despotismo feudal, associagdo armada e auténoma na comu- a Mars ¢ Engels na, agu repablica urbana independent, ali teceio estado wibur (da monargula; depois, durante 0 pevide merutauretr, com uapeso da nobreza na monargula feudal ow absolut, base princtpal dhs andes monarqlas, a burgutsia, com o estabelecimento da grande inddsia © do mercado munclal,congulsou,fnalmente, a Seberanta poltica exclusiva no Estado representative moderne, © {ecutive no Estado moderna no & sengo um comite para Berit ox hegocion comune de toda 2 clsse burguesa, ‘\ burgusladesempenhou a Histria um papel iminentemente r- velucionsio. Onde quer que tha conguisado o pode,» burgucsia desu as laces feud patacate eicas,Rosgou todos os complenos eat dos laos que pend o hort feual a seus “sper neta pura 36 desar subst, de home para homer, lage do interes se: as durasexigncis do “pagaments 2 vis Afogeu os Tenores ta Brdos da exatast0 religions, do entusismo cavalhetesc, Jo sent tentalsma pesueno-burgués na use gelados do cleuto ego. Fes dha cignidade pessoa! um simples valor de toca, substitu as rumerex sas iberdades,conquitadsetrament, por uma tne ibtdade sem eseraputos a do comercio. Em uma par, em lugar da explorocae disimutada por uses religions © puiticas a burgucslaeolocou ina explora abet, deta, despudorada e bral ‘burguesia despoju de sua areola todos a atvidads a entio ‘eputadas como digas e enearadat corn prdso respi. Fer do me. Sito, do jurist, do sacerdote, do poeta, do sabi seus servidores ana Taras burguesia rasgu o véu do sentimentaismo que envolvia as rela Gs de fama reise a mera lagdes monetras, 8 urguesia revelou como a bat manifestagse de foga na dade Midi, to admivada pla reacio,enconta seu complements natural ra ocosidade mas complet. Fala primeta a prowaro ques avidade 7 SGaniuna® cao nome qu se dav wa Fangs cies mascents, mesmo antes de tren ennui eto al dacs posite eos Enos gee ten ¢o exept cssient sonic da rg onan Fane irscnieoseudaenohimento pit ot de Eng ie ile de 1560) Sr itrcs dehtndratedePon sin Sma cues ba ts depts fer compat ung es sea foun ses pees ie tego anno lade Engel aie amd 130) 2 Manifesto Comnisa humana pode realizar: criou maravilhas maiores que as piramides do Fgito, os aquedutos romanos, as catedrais goticas; conduziu expedigoes {que empanaram mesmo as antigas invasbes e as Cruzadas. 'A burguesia no pode existir sem revolucionar incessantemente os instumentos de producdo, por conseguinte, as relacdes de produgao fe, com isso, todas as relagtes sociais. A conservacio inalterada do an- tigo modo de producdo era, pelo contrario, a orimeira condigao de exis- tencia de todas as classes industrais anteriores. Essa subversio cont rua da producio, esse abalo constante de todo o sistema social, essa viitagao permanente eessa falta de seguranca distinguem a época bur jguesa dle todas as precedentes, Dissolvem-se todas as relacdes socials Antigas e cristalizadas, com seu cortejo de concepgoes e de idéias se- Cularmente veneradas; as relagoes que as substituem tomam-se antiqua- das antes de se consolidarem. Tudo 0 que era sélido e estavel se des- mancha no at, tudo 0 que era sagrado ¢ profanado © os homens so obrigados finalmente a encarar sem ilusbes a sua posicao social € as suas relagées com os outros homens, Impelida pela necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade todo 0 globo terrestre. Necessita estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte, criar vinculos em toda parte, Pela exploracao do mercado mundial, a aurguesia imprime um ca téter cosmopolita & produc € a0 consumo em todos os paises. Para desespero dos reacionarios, ela roubou da inddstria sua base nacional, [As velhas indastrias nacionais foram destruidas € continuam a ser destruidas diariamente. Sao suplantadas por novas indistrias, cuja in 1 eivilizadas — tuudugav se torna uma questio vital para todae 2© nag indkistrias que jd ndo empregam matérias-primas nacionais, mas sim ma- térias-primas vindas das regides mais distantes, e cujos produtos se con- somem no somente no proprio pats mas em todas as partes do mun do. Ao invés das antigas necessidades, satisfeitas pelos produtos nacio- hai, surgem novas demandas, que reclamam para sua satisfag0 0s pro- ddutos das regides mais longinquas e de climas os mais diversos. No lu- ‘gar do antigo isolamento de regides e nacdes auto-suficientes, desen- volvem-se um intercmbio universal e uma universal interdependéncia ddas nacGes. E isto se refere tanto a producio material como a produ: cao intelectual. As criagoes intelectuais de uma nacao tornam-se patrimdnio coum. A estreiteza e a unilateralidade nacionais tornam- Se cada vez mais impossivels; das numerosas literaturas nacionais ¢ lo- ‘ais nasce uma literatura universal. 8 Marx e Engels om o rip aperegoamento dos instumentos de producto « 0 constant progress dos metos de comunicagao « burgues ats pas a orrente da evliagio todas a agus ate mesmo os mais thos Gs baxos precos de seus podtos so ath pesada que desl toda as murat da China e-obigah capttulagie on bataror wo tsnazmente hosts 2 etangeros. Sob pena de rn total ela aga teas a5 nacdes a alotrern 0 modo buues de oduct, eanverhe asa abracar a chamada chvilzaio, isto 6, se tomarem bargase, Fon ta para cra um rund su imager semelnangn A buguesiasubmeteu 0 campo a cidade, Cou grandes centos ur baron sumer primate a popuiga da cas tn fel {20 do embratecinento da vida rua. Do mesmo made ue thor toto campo dae ox ates Datos ou embubae e aies Oriente ao Ocidente. n nee ‘A burguesiasuprime cada ver masa dspersfo dos meis de prod «20, da propre da poplacto, Alomtrou ts populgion, fete liu os mele de proud e cancentou a propiedad om poucis nace, A conseqenta neces desestransionnagbes fo enaonsioroe iia Previncasndependeres, gods apes por des age fede foram reunidas em uma 5 nag, com um 50 over, uma ss Sointerese nacional de class, uma so bane aliandegar A burguesa, em seu dominio de clase de apenas com scclo, iow tagbespassadasem se conto, A subjugarao das fre da atin 22.2 maquina, a apicago da utnica no hes ha apical A ravegagao a vapo erase fro egrafoclewice wore, tasbrotando da era como por encanto ue cul ntti tes as pad que semethantesfrgasproduivasestivessem adores ro ‘iodo tabalho social ‘mos, portant, qe oF meis de produ e de woes, sobre cua base se ergue a burgess foam geatos no sei da soca eal Numa cea etapa do desenvolvimento desses melon de prude toca, as condigoes em que a socede feudal produc wocssh a erganizacdo feudal da agietrae da maruftra, em sun ogi feudal de propriedade ~ denaram de coresponder ts frees pre 4 Manifesto Comumista cia pice apropriada, com a spremacia economics e politica da “textos hoje aun processo semehante. A sociedade bursa, sStlmosindo esto para contr ay iquezoscradas em seu seo. Ede 45 Mare Engels A burguesia, porém, nio se limitou a forjar as armas que the trario a ‘morte; produziu também os homens que empunhardo essas armas — ©8 operirios madernos, os profetarios, Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvol ve-se também 0 proletariado, a classe dos operitios modernos, os quais 85 vivem enquanto tém trabalho s6 tém trabalho enquanto seu teaba. tho aumenta o capital. Esses opersrios, constrangidos a vender-se a re talho, so mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro; em con- seqiéncia, estao sujeitos a todas as vicissitudes da concorréncia, a to- ths as flutuagbes do mercado, O crescente emprego de méquinas e a divisio do trabalho despoja- 2m a atividade do operirio de seu carster auténomo, tirando:Ihe todo © atrativo, O operario torna-se um simples apéndice da maquina e dele sé Se requer 0 manejo mais simples, mais monétono, mais facil de apren- der. Desse modo, 0 custo do operitio se reduz, quase exclusivamente, 08 meios de subsisténcia que the so necessirios para viver e perpe. lwar sua espécie. Ora, 0 prego do trabalho, como de toda mercadoria, € igual ao seu custo de producdo. Portanto, 4 medida que aumenta o cardter enfadonho do trabalho, dectescem os salirios. Mais ainda, na ‘mesma medida em que aumenta a maquinaria ¢ a divisio do tabatho, sove também a quantidade de trabalho, quer pelo aumento das horas de trabalho, quer pelo aumento do trabalho exigido num determinado tempo, quer pela acelerasao do movimento das maquinas etc indstria moderna transformou a pequena oficina do antigo mes- tte da corporagao patriarcal na grande fabrica do industrial capitalista, 'Messas de operérios. amontoadac na fabrica, sie organizadas militar ‘mente. Como soldados rasos da industria, estio sob a vigilancia de ura hierarquia completa de oficiais € suboficiais, Nao so apenas servos da Classe burguesa, do Estado burgués, mas também dia a dia, hora a hora, escravos da maquina, do contramestre e, sobretudo, do dono da fabri. ca. E esse despotismo € tanto mais mesquinho, mais odioso © exas. Perador quanto maior é a franqueza com que proclama ter no lucro seu objetivo exclusive, Quanto menos habilidade e forca o trabalho manual exige, isto é, quanto mais a indiistria moderna progride, tanto mais 0 trabalho dos homens 6 suplantado pelo de mulheres e criancas. As diferencas de ida. dle ¢ de sexo nao tém mais importineia social para a classe operstia, Nac ha senao instrumentos de trabalho, cujo preco varia segundo a ida, de €0 sexo, 46 Manifesto Comunista stra ivem de rendas [rentiers], ia, quebram as mAquinas, queimam as fabricas e esforcam-se para re conquistar a posigo perdida do trabahador da Kade Média,” vento. Sua “fa desemwonents da nds roetriade no ape ras se muliplica comprime-se em mas ares i oe gcc th are coscencin Ox 9 didn qu a magi extigue toda dregs de abso equate o toda pare edu oval 9 um nivel iment ao, Em vite din concowencia crescente dos burgueses ene sie devido Bs cr ” Manse Engels comercias que dso resulm, 08 salrios se tomam cada ver mais innives © aperfeigoamento Constante e cada ver mes rapide das maquina torna a cndiglo devia do operdro cada vex as preed ra: choquesindvidunsente 0 operdiosngulr eo burgues sin- Bulartomam cada ver mais o carer de confontos ene duas cla. ses, Os operris comesam a formar coals conta os burgueses atuam em comm na defesa de seus salrios;chegam a fonder asso. Ciaedes permanente aim de se precaveem de nsurelcbes eventual ‘aii e alta lta rompe em moti De tempos ern tempos 08 operris trunfam, mas € um wiunfo efémer. 0 verdadero resultado de sins tae nao 0 exo imediao, mata unis cada ver mais amp ds tabalhadores Esta nao fac. Hada pelo crescent dos metos de comunicagao crados pel grande indistiae que permitem 0 contato entre opearos de diferentes Ioclidades. Bat, porn este contto para concen es numerones Ista oes que temo mean carter om fod prt, em uma lta nacos nal uma hte de clases, Mae oa ta de css € una lta polities & 2lurio que os burgueses da dade Média, com seus caminhos vicina Ievaram séculor a realizar ox proletiios modemos relia cm pots cos anos por meio das ferrovias. * ‘organizacio do proletariado em classe e, portant, em partido po- Ico, €incessantemente desta pa concorénci ue focem ere Si os propos operiris, Mas renaice sempre, © cad vez mat fete Imac Slia, mal poderota,Aprovelia-se ds dss interns da bur {uesia para obrigala ao reconhecimento legal de cenos eres a Clase operaia, como, por exemple di jorovin lad hor do trabalho na Inglaterra Cm ger os choques que se produzem na vlha sciedade favor com de dveros modor o desenvolvimento do potetriad, A burgue Sia vv em ta pamanenteprimeiro, conta a arocrec depo on ta as fragoes da propria bursa cajou nteresses se envonta ern Contito com o progression ainda, © sempre conta a burgusia dos ates esvangeos. todas ets lag, ve ae forged a pele para © proltriado, a recorter sua ajuda e desta forma srastlo para © movimento politico. Aburgueiafomnece nos polars os clementoe de sua propria educagio poic, isto, armas conta cla propia Alem dso, come ja vos, frags Intra da classe dominant, em conseqUéncia do desenvolvimento da ndista, so langadas ne proletariado, ou pelo menos ameagados ein suas condos de exe 4 Manifesto Comenisa téncia, Também elas trazem ao proletariado numerosos elementos de educacao, Finalmente, nos periodos em que a luta de classes se aproxima da hora decisiva, 0 processo de dissolucao da classe dominante, de toda a velha sociedade, adquire um cardter tio violerto e agudo, que uma pe- quena fragao da classe dominante se desliga desta, ligando-se a classe revoluciondria; & classe que taz nas maos 0 futuro. Do mesmo modo {que oulrara uma parte da nobreza passou para a burguesia, em nossos dias uma parte da burguesia passa para o proletariado, especialmente a pparte dos ide6logos burgueses que chegaram a compreensio teérica do movimento histérico em seu conjunto. De todas as classes que hoje em dia se opsem & burguesia, s6 0 pro- letariado é uma classe verdadeiramente revolucionaria. As outras clas- ses degeneram e perecem com o desenvolvimento da grande indiistia; 0 proletariado, pelo contrario, & seu produto mais auténtico, [As camadas médias — pequenos comerciantes, pequenios fabrican- tes, artesdos, camponeses — combatem a burguesia porque esta com- promete sua existéncia como camadas médias, Nao slo, pois, revolu- Ciondrias, mas conservadoras; mais ainda, so reacionatias, pois pre tendem fazer girar para trés a roda da Historia. Quando se tornam re- volucionatias, isto se da em conseqiiéncia de sua iminente passagem para 0 proletariado; nao defendem entao seus interesses atuais, mas seus interesses futuras; abandonam seu proprio ponto de vista para se colo- car no do proletariado. (© limpen-proletariado, putrefagao passiva das camadas mais baixas da velha sociedade, pode, ds vezes, + tado 30 movimento por uma revolucao proletiria; tadavia, suas condigSes de vida o predispoem mais a vender-se A reacao, ‘As condigdes de existéncia da velha sociedade ja estio destrufdas nas condicdes de existéncia do proletariado. © proletario no tem pro- priedade; suas relagdes com a mulher ¢ os filhos ja nada tem em co- ‘mum com as relagdes familiares burguesas, O trabalho industrial rmo- demo, a subjugacao do operario ao capital, nto na Inglaterra como na Franga, na América como na Alemanha, despoja 0 proletirio de todo cariter nacional. As leis, a moral, a religido sao para ele meros preconceitos burgueses, atrés dos quais se ocultam outros tantos inte- resses burgueses, “Todas as classes que no pasado conquistaram o poder trataram de consolidar a situag30 adquirida submetendo toda a sociedade as suas ” Mars ¢ Engels condides de apropriagdo. Os proletarios no podem apoderar-se das foreas produtivas sociais sendo abolindo 0 mado de apropriagao a elas ccorrespondente e, por conseguinte, todo modo de apropriagio existen te.até hoje. Os proletarios nada tém de seu a salvaguardar; sua missiio 6 destruir todas as garantias e segurancas da propriedade privada até acui existentes. ‘Todos 0s movimentos histiricos tém sido, até hoje, movimentos de ‘mnorias ou em proveito de minorias. O movimento proletirio é © mo- vimento autonomo da imensa maioria em proveito da imensa maioria proletariado, a camada mais baixa da sociedade atual, nao pode er _auer-se, por-se de pé, sem fazer saltar todos os estratos superpostos que cconstituem a sociedade oficial A luta do proletariado contra a burguesia, embora nao seja na essen- ‘cia uma luta nacional, reveste-se dessa forma num primeiro momento. E natural que o proletariado de cada pais deva, antes de tudo, liqiidar a sua prépria burguesia, Esbogando em linhas gerais as fases do desenvolvimento proletaio, ddescrevemos a historia da guerra civil mais ou menos oculta na socie. dade existente, até a hora em que essa guerra explade numa revolucio aberta e o proletariado estabelece sua dominacio pela derrubada vio- Terta da burguesia, Todas as sociedades anteriores, como vimos, se basearam no antago- nismo entre classes opressoras e classes oprimidas, Mas para oprimir uma classe € preciso poder garantirhe condicdes tais que lhe permitam pelo ‘menos uma existéncia servil. O servo, em plena servidio, conseguiu tor arse membro da comuna, da mesma forma que © pequene burg sob 0 jugo do absolutismo feudal, elevou-se a categoria de burgues. © operirio moderno, pelo contrario, longe de se elevat com o progresso. da inddstria, desce cada vez mais, caindo abaixo das condiges de sua prdépria classe. © tabalhador tora-se um indigente e o pauperismo eresce ainda mais rapidamente do que a populagao e a riqueza. Fica assim evi- dente que a burguesta ¢ incapaz de continuar desempenhando o papel de slasse dominante e de impor a sociedade, como lei supreima, as con- dligdes de existéncia de sua classe. Nao pode exercer @ seu dominio por {que nao pode mais assegurar a existencia de seu escravo, mesmo no qua- ddrode sua escravidso, porque ¢ obrigada a deixa-lo afundar numa situa- ‘sae em que deve nutri-o em lugar ser nutrida por ele. A sociedade nao pode mais existir sob sua dominagao, o que quer dizer que a existencia da burguesia nao 6 mais compalivel com a sociedade, 50 Manifesto Comnista ara a existéncia e supremacia da classe burguesa mtieulares, a formagao e 0 cres abalho as- condo es pra acs 4.2 Samu da iqaza nas aos de ara condigao de exsténca do capital € 0 cree caffe eacuxivamente na conconencia dos opersion cae pene re a burguesia € agente passivo & see volvimento da grande indistia retira dos 2¢s da burguesia a propria ‘30 dos prod Tos. Seu declinio e a vitoria do W Proletérios ¢ comunistas Jomunistas com os pratetarios em geral? ual a relago dos eerie parte, oposto 20s outros par Geom nao formar um pari tidos oped. Nao er inter era . Nao proclamam principios particulares, mmolder'o movimento oper re nguer dos oto partidos eperiiossoment cn ol poten 1) Naseer hts nacional ds proetrios, de to ineoronintresses comuns do proetariado, indepen saree fnactonatdnde: 2) Na diferentes fases de desenvotvimen sere pasta ene proleiis e turgueses, representa em rtd patos eres do movie em se cnjuno, see Paes gunistas conse a ragao mais reset dos pat 2c ptr qu mpustona as demas eo ne rs So tet dproetarads a vantage de uma cOm- cae iad ds congdes, do curso eds fins ras do movimen- toproletio Brobjetivo Imediato dos demas pars poets rubada ta supremaca Dug Tetra Moses teéricas dos comunistas io se cesses diferentes dos intevesses do protetariado em segundo os quais pretendam ‘cam © fo comunistas € 0 mesmo que 0 de todos os constituigao do proletariado em classe, der- suesa, conquista do poder politico pelo pro baseiam, de modo al- st Manx e Engels gum, em idéias ou principios inventados ou descobertos por este ou Aaquele reformador do mundo. ‘Sao apenas a expressao geral das condigdes efetivas de uma luta de ccsses que existe, de um movimento historico que se desenvolve diantre dos olhos. A aboligao das relagdes de propriedade que até hoje existi- ram nao é uma caracteristica peculiar e exclusiva do comunismo. Todas as relacdes de propriedade tém passado por madificacdes cons- tantes em conseqliéncia das continuas transformagbes das condigSes his- ‘oricas ‘A Revolucdo Francesa, por exemplo, aboliu a propriedade feudal em proveito da propriedade burguesa, © que caracteriza 0 comunismo nao é a aboligio da propriedade ‘em geral, mas a aboligio da propriedade burguesa. Mas a moderna propriedade privada burguesa é a dlkima e mais per feta expressao do modo de produgio @ de apropriago baseado nos artagonismos de classes, na exploracao de uns pelos outros. 'Nesse sentido, 0s comunistas podem resumir sua teoria numa Gnica expressio: supressao da propriedade privada, 'Nés, comunistas, temos sido sensurados por querer abolir a proprie- dade pessoalmente adquirida, fruto do trabalho do individuo — propre dade que dizem ser a base de toda liberdade, de toda atividade, de toda independéncia individual, Propriedade pessoal, fruto do trabalho e do mérito! Falais da proprie- dade do pequeno burgués, do pequeno camponés, forma de proprie- dade anterior a propriedade burguesa? Nao precisamos aboli-la, por {que © progresso da indsstria j6 9 aboliu © continua abolindo-a daria mente. Ou porventura falais da moderna propriedade privada, da pro- ppriedade burguesa? Mas 0 trabalho do proletario, o trabalho assalariado crla proprieda- de para 0 proletirio? De modo algum. Cria © capita, isto é, a proprie- dade que explora o trabalho assalariado e que s6 pocle aumentar sob a condigao de gerar novo trabalho assalariado, para voltar a explor Em sua forma atual, a propriedade se move entre dois termos antagoni- ‘cox: capital ¢ trabalho. Examinemos os termos desse antagonismo, Ser capitalista significa ocupar nao somente uma posi¢o pessoal, mas também uma posicdo social na produgdo. O capital é um produto co- letvo e $6 pode ser posto em movimento pelos esforcos combinados de muitos membros da sociedade, em dltima instincia pelos esforcos combinados de todos os membros da sociedade, 5 Manifesto Commits © capital nao 6, portanto, um poder pessoal: é um poder social Assim, quando 0 capital 6 transformado em propriedade comum per tencente a tados os membros da sociedade, no 6 uma propriedade pes- soal que se transforma em propriedade social. O que se transformou foi o carater social da propriedade. Esta perde seu cariter de classe Vejamos agora o abalho assalariado © prego médio que se paga pelo trabalho assalariado & 0 minimo de salario, ou seja, a soma dos meios de subsist’ncia necessérios para que © operirio viva como operario. Por conseguinte, o que 0 operirio re- cebe com 0 seu trabalho é o estritamente necessario para a mera con. servacio e reproducio de sua existéncia. Nio pretendemos de modo algum abolir essa apropriacao pessoal dos produtos do trabalho, indis- ppensével 8 manutengao e 3 reprodugdo da vida humana — ura. priagao que nio deixa nenhum lucr liquide que confra poder sobre o trabalho alheio. Queremos apenas suprimir 0 cardter miseravel desta apropriagio, que faz com que 0 operdro s0 viva para aumentar o ca- pital e s6 viva na medida em que 0 exigem os interesses da classe do- ‘minante 'Na sociedade burguesa 0 trabalho vivo & sempre um meio de au- rmentar 0 trabalho acumulado, Na sociedad comunista 0 trabalho acts rmulado ¢ um meio de ampliar,enriquecer e promover a existéncia dos trabalhadores. 'Na sociedade burguesa o passado domina o presente; na sociedade comunista €0 presente que domina o passado. Na sociedade burguesa © capital é independente e pessoal, a0 passo que 0 individuo que tra balla € dependent inpesse a supressao dessa situagio que a burguesia chama de supressao da individualidade e da liberdade. E com razzo. Porque se tata efetiva- mente de abolir a individualidade burguesa, a independencia burgu sa, a liberdade burguesa or liberdade, nas atuas relagies burguesas de produslo, compreen- de-se a liberdade de comércia, a liberdade ce comprar ¢ vender. Mas, se 0 trifico desaparece, desaparecera também a liberdade de traficar, Toda a fraseologia sobre o livre comércio, bem como to das as bravatas de nossa burguesia sobre a liberdade, s6 tém sentido {quando se referem a0 comércio constrangido e ao burgués oprimi- do da Idade Média; nenhum sentido tém quando se trata da supres S40 comunista do trifico, das relagdes burguesas de produgao e da propria burguesia, 3 are ¢ Engels Horrorizai-vos porque queremos suprimir a propriedade prvada, Mas em vossasoctedade # propriedade prvada tld suprimida para nove décimos de seus membros. £& precisamente porque nio existe para estes nove decor que ela existe para vos, Censure ness Po tanto, por queretmos aboli uma forma de propredade que presse como condigao necessria que a tmensa maria da sociade nao poss propiedad dade. De foto, so que queremes. “ _ * partir do momento em gue o taba nao possa mais ser conver: {do em capa em dinero, em renda data nua ploura eh poser social capar de ser monopoizado so €, apart do momen, tG-em que a propriedade Individual nao possa mals se converter er propiedad Burgues, declarais que o inv et suprimide Conesas, no enanto, que cuando falis do indivi, quel fe: rinyos unicamente a0 burgués, 0 proprieirio burgues. este Ind dt sem did, deve ser suprimide © comunisme ni priv inguém do poder de se apeopiar de sua pe dos produtos soci apenss supine poder de subjgar 9 balho de cutos por melo desta apropracto Alega-se ainda ue corn a abo da propriedae privada toda atvdade estar, ua nei gral apoderare ado mundo, Se sso fosse verde, hi muito que a socleade bursa teria su cumbido 8 ocosidade, pols ox que no regime burgutstabalham na Iucram eos que lieram no tabalhar, Toda a objegao se edu ena Intent hovers mast lino gud rasa hs objegdes feta a0 modo comunista de producio e de apropia: Ge dos proditos materia foram gualmente amplades a producao e 2 spropriaco dos prodos do taba intelectual Assim come de saparecimento da propriedade de case cquvale, para burg, 0 desaparecimento de oda produc, o desaparecimento a clr de clase signifies, para ee, 0 desapaecimento de toda cultura "culira, cja pera burguésdeplor,¢ par mensa maior dos homens apenas um adestramento que os tansforma em maquina as ndo discus conosco aplicando 8 aboicao ds propiedad be gas eo te vss nes Bei trad al Tein et. Vosts propria dean so prdtos das relacoes de prods ts propiedade tanguesas, asim Como 0 von donde pana 54 Manifesto Comenista vontade de vossa classe erigida em lei, vontade cujo contetido € deter- minado pelas condicoes materiais de vossa existéncia como classe, Essa concepsio interesseira, que vos leva a transformar em leis eter nas da natureza e da razio as relagdes sociais oriundas do vosso modo de produsio e de propriedade — relagbes transitorias que surgem © de- saparecem no curso da produce —, 6 por vis compattilhada com to- das as classes dominantes ja desaparecidas. O que aceitais para a pro priedade antiga, o que aceitais para a propriedade feudal, jé nao podeis cellar para a propriedade burguesa. Supressio da familial Até os mais radicals se indignam com esse pro- pésita infame dos comunistas. Sobre que fundamento repousa a familia atual, a familia burguesa? Sobre 0 capital, sobre 0 ganho individual. A familia, na sua plenitude, ‘6 existe para a burguesia, mas encontra seu complemento na auséncia forcada da familia entre os proletarios e na prostituigao publica. ‘A familia burguesa desvanece-se naturalmente com o desvanecer de seu complemento, ¢ ambos desaparecem com o desaparecimento do capital ‘Censurai-nos por querermos abolir a exploracao das criangas pelos seus proprios pais? Confessamos este crime. Dizeis também que destruimos as relagoes mais intimas, ao substi- tuirmos a educagio doméstica pela educacao social E vossa educagao nio é também determinada pela sociedade? pelas condigaes sociais em que educais vossos filhos, pela intervengao direta ou indireta da sociedade, por meia de vossas escolas etc.! Os comu- histas nao Inventaram a intromissay da sutfedale na educagao; apenas procuram modificar seu cariter arrancando a educasao da influéncia da classe dominante. © palavreado burguds sobre a familia e a educagao, sobre os doces lagos que unem a crianca aos pais, torna-se =ada vez mais repugnante 2 medida que a grande indéstria deste6i todos os lagos familiares dos proletirios ¢ transforma suas criancas em simples artigos de comércio, fem simples instrumentos de trabalho. 'Vés, comunistas, quereis introduzir a comunidade das mulheres!”, agrita-nos toda a burguesia em coro. Para o burgués, a mulher nada mais & do que um instrumento de pro- duga0, Ouvindo dizer que os instrumentos de producao serao explora- dos em comum, conclui naturalmente que o destino de propriedade co- letiva caberd igualmente as mulheres. Nao imagina que se trata preci 55 Marx e Engels samente de arrancar a mulher de seu papel de simples instrumento de produgao. De resto, nada & mais ridicule que a vinuosa indignaco que os nos- sos burgueses, em relagao & pretensa comunidade oficial das mulheres «que adotariam os comunistas. Os eomunistas no precisam introductt 8 comunidade das mulheres. Ela quase sempre exist NNossos burgueses, no contentes em tera sua disposigao as mulhe- "6s © as flhas dos proletarios, sem falar da prostituig oficial, em sin- gular prazer em seduzir as esposas uns dos outros. © casamento burguds é na realidad, a comunidade das mulheres ea- satlas. No maximo, poderiam acusae os comunistas de querer substitu {ura comunidade de mulheres, hipécriae dssimulada, por outra que sera franca e oficial, De resto, é evidente que com a aboligao das aunis tela ‘8 de producao desaparecerd também a comunidad das mulheres que deriva dessa relagbes, ou seja, a prosttucao oficial e no-ofica Os comunistas também so acusados de querer abolir a patria, a nacionalidade. pee © opetrios nao tém patria. Nio se thes pode tirar auilo que nao possuem, Como, porém, 0 proletariado tem por objetivo conquistar poiler politico e elevarse a classe drigente da nacao, tomarse ele pré prio nagao, ele & nessa medida, nacional, mas de modo nenhum no sentido burgués da palava 9s isolamentos ¢ 0s antagonismos nacionais entre os poves d lesapa recem cada vez mais com o desenvolvimento da burguesia, com a I betdade de comércio, com 6 mercado mundial, com a uniformidade da penchizso industrial @ com ae condigdcs de enistencia tla cores. pondentes 4 supremacia do proletariado faré com que desaparecam ainda mais dlepressa. A agi comum do proletariado, pelo menos nos paises chi 220s, 6 uma das primeiras condisdes para sua emancipacso. ‘A medida que for suprimida a exploragao do homem pelo homem sera suprimida a exploragao de uma nagio por outa Quando os antagonismos de clases, no interior das nagoes, tiverem desyparecido, desapareceré a hostlidade entre as proprias nagoes. As acusagdes fetas 20s comunistas em nome da religio, da filosofia € da ideologia em geral nao merecem um exame aprofundado. Sera preciso grande inteligéncia para compreender que, ao mu: darem as relagoes de vida dos homens, as suas relagdes sociais, a sua existencia social, mudam também as suas representagdes, as suas 56 ‘Manifesto Comunista concepcoes e conceitos; numa palavra, muda a sua consciéncia? Que demonstra a historia das idias senao que a produgao intelec: tual se transforma com a producio material? As idéias dominantes de Luma época sempre foram as idéias da classe dominante. ‘Quando se fala de idéias que revolucionam uma sociedade inteira, isto quer dizer que no seio da velha sociedade se formaram os elemen- tos de uma sociedade nova e que a dissoluc3o das velhas idéias acom- panha a dissolucao das antigas condiicoes de existéncia, Quando 0 mundo antigo declinava, as antigas religides foram vencidas pela religiao crista; quando, no séaulo XVI), as idéias cristas ccederam lugar as idéias Hluministas, a sociedade feudal travava sua ba talha decisiva contra a burguesia entio revolucionatia. As idéias de li- berdade religiosa e de consciéncia nao fizeram mais que proclamar 0 império da livre concorréncia no dominio do conhecimento, "Mas" — dirdo — “as idéias religiosas, morais, filoséficas, politicas, juridicas etc, modificaram-se no curso do desenvolvimento hist6rico. A teligiao, a moral, a filosofia, a politica, o dire to sobreviveram sempre a essas transformagies. “Alem disso, ha verdades eternas, como a liberdade, a justisa etc., {que si0 comuns a todos os regimes sociais. Mas 0 comunismo quer abo- lir estas verdades eternas, quer abolir a religito € a moral, em lugar de Ihes dar uma nova forma, ¢ isso contradiz todos os desenvolvimentos historicos anteriores". ‘A que se reduz essa acusagao? A hist6ris de toda a sociedade até rnossos dias moveu-se em antagonismos de classes, antagonismos que se 16m revestido de formas diferentes nas diferentes épocas. ‘Mas qualquer que tenha sido a forma assumida, a exploragao de uma parte da sociedade por outra é um fato comum a todos os séculos ante- Fiores, Portanta, ndo é de espantar que a consciéncia social de todos os séculos, apesar de toda sua variedlade e diversidade, se tenha movido sempre sob certas formas comuns, formas de consciéncia que s6 se dis- solverio completamente com o desaparecimento total dos antagonis- mos de classes, A revolucao comunista é a ruptura mais radical com as relagoes tradicionais de propriedade; nao admira, portanto, que no curso de seu desenvolvimento se rompa, da modo mais radical, com as idéias trad ‘Mas deixemos de lado as objecdes feitas pela burguesia ao movimen- to comunista a Mare ¢ Engels ios antes que primeira fase da revolucao operiia€a elevagao do proletariad a classe dominant, a conqulsta da demoact, © proetaradoulizara sua supremaciapoica par rrancar pouca 2 pouco todo capital da buruesia, para cenalzar tes os Ins Inentos de prducao nas mor do Estado, ito edo poletariedo orga rizado como classe dominante, © para aumentar © Mas apidamete possivelo total das forgasproduivas iss0 ntualmente x6 poder ser elizado, a principio, por interven es despaticas no dilto de propriedade nas rlagoes de prodoeso bunguesas, isto 6, pela apicagao de medidas que, do pont de vista com nome, parece nice ester, Ins uo esos cr do movimento ulrapastrao asl mesmase sera indopenséues para transformar radicalmente todo o modo de prod a ® Essas medidas, cla, sero diferentes Ros diferentes paises Nos paises mats adantados,contudo,quase tors as segues me- das poderio sor posts em prin | Expropriacao da propriedade fundisria e emprego da renda da terra para despesas do Estado. 2. Imposto fortemente progressivo. 4. Aboligio do dieeita de heranga 4%. Confisco da propriedade de todos os emigrados ¢ rebels, 5. Centralizagao do crédito nas maos do Estado por meio de um ban- c0 nacional com capital do Estado e com a monopélio exclusive, 6 Centralizacao de todos os meios de comunicacao e transporte nas mais do Estado, 7, Multiplicagao das fabricas nacionais ¢ dos instrumentos de produ ‘S80, arroteamento das terras incultas e melhoramento das tetras cul- tivadas, segundo um plano geral. {8 Unificagao do trabalho obrigatério para todos, organ citos industiais, particularmente para a agricultura. 9. Unificagao dos trabalhos agricola ¢ industrial; abolicao gradual da distingao entre a cidade e 0 campo por meio de uma distribuigao 'mais-igualitatia da populagao pelo pats. 10. Educacao publica ¢ gratuita a todas as criangas; aboligao do traba- tho das criangas nas fabricas, tal como ¢ praticado hoje. Combina 680 da educagao com a produgio material ete ago de exér- Quando, no curso do desenvolvimento, desaparecerem os antagonis- 58 Manifesto Comunista mos de classes e toda a producao for concentada nas maos dos indivi duos associados, o poder publico perders seu carater politico. O poder politico € o poder organizado de uma classe para a opressio de outa, Se a proletariado, em sua luta contra a burguesia, se organiza forgosa- ‘mente como classe, se por meio de uma revolugio se converte em clas- se dominante e como classe dominante destri violentamente as antigas relagées de produc, destei, juntamente com essas relagdes de produ ‘so, a8 condicdes de existéncia dos antagonismos entre as classes, des- {ri as classes em geral e, com isso, sua propria dominacao como classe. Em lugar da antiga sociedade burguesa, com suas classes © antago- nismos de classes, surge uma associacio na qual o live desenvolvimento de cada um é a condigo para o livre desenvelvimento de todos. ur Literatura socialista e comunista 1. O socialismo reacionario 4) © socialismo feudal Por sua posicao histérica, as aristocracias da Franca e da Inglaterra viram-se chamadas a lancar libelos contra a sociedade burguesa. Na revolucao francesa de julho de 1830, no movimento inglés pela refor- ‘mat, tinham sucumbido mais uma vez sob os golpes desta odiada arri- vista, A partir dat ndo se podia teatar de uma luta politica séria; s6 thes restava a lutaliterdtia. Mas também no dominio literario tornara:se im= possivel a velha frascologia da Restauracao. Para despertar simpatias, a aristocracia fingiu deixar de lado seus pré- prios interesses e dirigiu sua acusacao contra a burguesia, aparentando defender apenas os interesses da classe operaria explorada. Desse modo, lentregou-se ao prazer de cantarolar satiras sobre 05 novos senhores e de thes sussurrar a0 ouvido profecias sinistras. ‘Assim surgiu 0 socialismo feudal: em parte lamento, em parte pas- ‘quim; em parte ecos do passado, em parte ameacas ao futuro. Se por vezes a sua critica amarga, mordaz e espirituosa feriu a burguesia no Sob a peso des ass, « Care do Comms ingle apovou em 1831 se refora cle tor qe sitaeo aces da barge srl ao pron Nao ce tata da Restaura Inglis de 16600 1689, mas de Resturao Frances de 1814 1830. (Nota def. Engels lipo ingle de 1885) 59 Marae Engels coragdo, sua impoténcia absoluta em compreender a marcha da Hist6- ra moderna terminou sempre produzindo um efeito comico. Para atrair 0 povo, a aristocracia desfraldou como bandeira a sacola do mendigo; mas assim que 0 povo acorreu, percebeu que as costas da bandeira estavam omadas com os velhos bras6es feudais e dispersou- se com grandes e irreverentes gargalhadas, Uma parte dos legitimistas franceses e a “Jovem Inglaterra” oferece- ram ao mundo esse espeticulo. ‘Quando os feudais demonstraram que o seu modo de exploragio era diferente do da burguesia, esqueceram apenas uma coisa: que 0 feuda- lismo explorava em circunstancias e condigses completamente diver- «2s, hoje em dia ultrapassadas, Quando ressaltam que sob o regime feu- dal 0 proletariaclo moderno nao existia, esquecem que a burguesia foi precisamente um fruto necessirio de sua organizacao social. ‘Além disso, acultam tio pouco 0 caréter reaciondrio de sua critica {que sua principal acusacio contra a burguesia consiste justamente em dizer que esta assegura sob seu regime o desenvolvimento de uma classe {que fard ir pelos ares toda a antiga ordem social. (© que reprovam & burguesia & mais o fato de ela ter produzido um proletariado revolucionsrio, que o de ter criado © proletariado em geral. Por isso, na luta politica participam ativamente de todas as medidas de repressao contra a classe operiria. E, na vida diaria, a despeito de sua pomposa fraseologia, conformam-se perfeitamente em colher as ‘magas de oure da drvore da indlstria, e em trocar honra, amor e fideli- cde pelo comércio de I, agticar de beterraba e aguardente.* ‘Da mesmo modo que padre e o senhor feudal marcharam sempre de maos dadas, 0 socialismo clerical marcha lado a lado com 0 socia- lismo feudal, Nada é mais facil que recobrie 0 ascetismo cristio com um verniz socialista. © cristianismo também nao se ergueu contra a propriedade privada, o matrimonio, o Estado? E em seu lugar nao pregou a caridade © pobreza, 0 celibato © a mortficagio da came, a vida mondstica e a Tose jee sobre Alea, onde a aritcrci lafndiria elisa por ante pr- te grande prt de sue tera, com jue de administrador elem din pour de ‘ar de bela edetatre de aguardente. Os ai prosper arstoosacbilitn se ‘ncontrary, por enquonta acina dso, mc tombs abe come compensa adminis de [has red pesado us noma fare dscns ania de repag ae a manos davis. (Nota de Engel ep inglere de 1868.) o Manifesto Comenista Igrejat O socialismo cristao nao passa da agua benta com que o padre abencoa o desfeito da aristocracia. ) © socialismo pequeno-burgués A aristocracia feudal nao é a Unica classe zrruinada pela burguesia, do & a dnica classe cujas condigdes de existEncia se atrofiam e pe ccem na saciedade burguesa moderna. Os pequenos burgueses © 0s pe- {quenos camponeses da Idade Média foram os precursores da burguesia maclerna. Nos paises onde 0 comércio e a indistria sao pouco desen- volvidos, esta classe continua a vegetar a0 lado da burguesia em as- Nos paises onde a civilizagao moderna ests florescente, forma-se uma nova classe de pequenos burgueses que oscila entre © proleta- Fiado © a burguesia fragio complementar da sociedade burguesa, re- constituindo-se sempre como os membros cessa classe, no entanto, se véem constantemente precipitados no proletariada, devido 2 con: ccorréncia, e, com a marcha progressiva da grande industria, sentem aproximar-se o momento em que desaparecerao completamente como fragao independente da sociedade moderna ¢ em que serao substitui- dos no comércio, na manufatura e na agricultura por supervisores, ca patazes e empregados. Em paises coma a Franca, onde os camponeses constituem bem mais dda metade da populagao, era natural que os escritores que se batiam pelo pproletariado e contra a burguesia aplicassem a sua critica do regime bur- _2Us crtérios do pequeno burgués e do pequero camponés e defendes. som a eausa operivia ro pont de vista da pecwena burguesia, Desse ‘modo se formou 0 socialismo pequeno-burgues. Sismondi € o chefe des- sa literatura, ndo somente na Franga, mas também na Inglaterra Esse socialismo dissecou com muita perspicacia as contradig6es ine- rentes as modernas relacdes de produgao. Pés anu as hip6critas apolo- ‘gias dos economistas. Demonstrou de um mado irrefutavel os efeitos Imortiferos das maquinas e da divisao do trabalho, da concentragao dos capitais © da propriedade territorial, a superprodugao, as crises, a deca- déncia inevitavel dos pequenos burgueses © pequuenos camponeses, a miséria do proletariado, a anarquia na produgao, a clamorosa despro- porcio na distribuicao das riquezas, a guerra industrial de exterminio centre as nagbes, a dissolugio dos velhos costumes, das velhas relagbes de familia, das velhas nacionalidades. Quanto ao seu “contedido positive”, porém, o socialismo pequeno- 6 ars ¢ Engels burgués quer ou restabelecer os antigos meios de producao e de troca €. com eles, as antigas relagdes de propriedade e toda a antiga soci dade, ou entao fazer entrar & forca os meios modernos de produgo € ide traca no quadro estreito das antigas relagdes de propriedade que fo- ram destruidas e necessariamente despedagadas por eles. Num e nou- two caso, esse socialismo é ao mesmo tempo reacionsrio e ulbpico. Sistema corporativo na manufatura e economia patriarcal no campo: es suas ttimas palavras. Por fim, quando 0s obstinados fatos historicos dissiparam-the a embria- guez, essa escola socialista abandonou:se a uma covarde ressaca, €1 0 socialismo alemo ou o “verdadeiro” socialismo A literatura socialista e comunista da Franca, nascida sob a pressao cde uma burguesia dominante e expressdo Iiterdria da revolta contra esse dominio, fo introduzida na Alemanha quando a burguesia comecava a sua luta contra o absolutismo feudal, Fil6sofos, semifilésofos e impostores alemaes langaram-se avidamente sobre essa literatura, mas esqueceram-se de que, com a importacao da literatura francesa na Alemanha, nao eram importadas ao mesmo tem- po as condigbes de vida da Franga. Nas condigées alemas, a literatura francesa perdu toda a significacao pratica imediata e tomou um cari tes puramente literirio. Aparecia apenas como especulagao ociosa so- bie a realizagao da esséncia humana, Assim, as reivindicacoes da pri- imeira revolucio francesa s6 eram, para os filésofos alemaes do século X¥IIl, as reivindicagdes da “razdo prética” em geral; e a manifestacao da vontade dos burgueses revolucionarios da Franca nao expressava, a seus olhos, senao as leis da vontade pura, da vontade tal como deve ser, da vontade verdadeiramente humana, © trabalho dos literatos alemaes limitou-se a colocar as idéias fran- ccesas em harmonia com a sua velha consciéneia filoséfica, ou melhor, 4 apropriar-se das idéias francesas sem abandonar seu proprio ponto de vista floséfico. Apropriaram-se delas da mesma forma com que se assimila uma, gua estrangeira: pela traducao. Sabe-se que os monges escreveram hagiografias cat6licas insipidas sobre os manuscritos em que estavam registradas as obras classicas da artiguidade paga, Os literatas alemaes agiram em sentido inverso a res: peito da literatura francesa profana. Introduziram suas insanidades filo- séficas no original francés. Por exemplo, sob a critica francesa das fun- a Manifesto Comunista {goes do dinheiro, esereveram “alienago da esséncia humana"; sob a Ltitica francesa do Estado burgués, escreveram “superacao do dominio dda universalidade abstrata”, e assim por diante ‘A esta interpolagao do palavreadbo filosofico nas teorias francesas de- ram 0 nome de “filosofia da agao", “verdadeiro socialismo", “ciéncia alema do socialismo", "justificagao filoséfica do socialismo" ete Desse modo, emascularam completamente a literatura socialista © co: munista francesa. & como nas maos dos alemaes essa literatura tina dk xxado de ser a expressio da luta de uma classe contra outta, eles se felici- taram por terem-se elevado acima da “estreiteza francesa”, e terem de- fendido nio verdadeiras necessidades, mas a “necessidade da verdade', ’ndo 0s interesses do proletirio, mas os interesses do ser humano, do ho: mem em geral, do homem que nao pertence a nenhuma classe nem realidade alguma ¢ que s6 existe no céu brumoso da fantasia filoséfica, Esse socialismo alemao que levava tao solenemente a sério seus canhestros exercicios de escolar e que os apregoava tao charlata~ nescamente, foi perdendo, pouco a pouco, sua inocéncia pedante. ‘A luta da burguesia alema e especialmente da burguesia prussiana contra os feudais ¢ a monarquia absoluta, numa palavra, o movimento liberal, tornou-se mais séria esse modo, apresentou-se ao “verdadero” socialismo a tao desejada ‘oportunidade de contrapor a0 movimento poltico as reivindicagoes so- cialistas, de langar os anstemas tradicionais contra 0 liberalismo, 0 regi- ‘me representativo, a concoreéncia burguesa, a liberdade burguesa de im= prenca, 0 dieito burgués, a liberdade e a igualdade burguesas; de pregar Aas massas que nacla Linhrt a yale, tas, pelo contra, tudo a perder rnesse movimento burgués. © socialismo alemio esqueceu, bem a pro- pésito, que a critica francesa, da qual era o eco mondtono, pressupunha 1 sociedade burguesa modema com as condigoes materials de existén- ‘cla que Ihe correspondem e uma constituicio politica adequada ~ preci- samente as coisas que, na Alemanha, estava ainda por conquistar Esse socialismo serviu de espantalho — para amedontrar a burguesia, ameagadoramente ascendente — aos governos absolutos da Alemanha, ‘com seu cortejo de padres, pedagogos, fidalgos rurais e burocratas. Juntow sua hipocrisia adocicada aos tiros de fuzil e as chicotadas ‘com quie esses mesmos gavernos respondiam aos levantes dos opers: Flos alemdes. Se 0 “verdadeiro” socialismo se tornou assim uma arma nas maos dos governos contra a burguesia alem3, representou também diretamente 6 Mane ¢ Engels um interesse reacionstio,o ineresse da pequena burguesiaalema. A classe dos pequenos burgueses,leada pelo século XVI, © desde enito renascend sem cessar sob formas diversas, consitul na Alemanha verdadeira base social do regime estabelecido, ‘Mantéla é manter na Alemanha o regime estabelecido. A suprema-

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