Você está na página 1de 13
J.M. COULSON ¢ J. F. RICHARDSON TECNOLOGIA QUIMICA Uma Introdugio ao Projecto Volume VI | em Tecnologia Quimica por R. K. SINNOTT Departamento de Engenharia Quimica, Colégio Universitario de Swansea ‘Tradugto de © RAMALHO CaRLos: FUNDAGAO CALOUSTE GULBENKIAN | LISBOA CAPITULO 2 Fundamentos Sobre Balangos de Massa 2.1. Introdugio Os balangos de massa constituem a base do projecto dum processo. ‘Um balango de massa estabelecido sobre todo 0 processo determinard as quantidades de matérias primas necessirias © 05 produtos produzidos, Balangos sobre cada uma das unidades do processo estabelecem os cau- dais e as composigées das correntes desse mesmo process0. Em projecto de processos é essencial compreender bem os eéleulos de balango de massa. Estudame neste capitulo 0s fundamentos do assunto, wsando exem- los simples para ilustrar cada tépico. E preciso pratica para ganar des- freza no manejo daguilo que poke muita vezes resulta em céleulos muito complicados, Em numerosos livros especializados sobre computagio de balangos de massa e de energia podem encontrar-se mais exemplos ¢ um ‘tudo mais pormenorizado sobre’ o assunto. Sob o titulo de “Leitura suplementar” apresenta-se no fim deste capitulo uma lista de virios livros apropriados. 'No capitulo 4, sobre Diagramas de Fabrico, estuda-se a aplicagio de balangos de massa a problemas mais complexos. (Os balangos de massa sio também instrumentos iteis no estudo do ‘uncionamento da instalagio ¢ no eliminar de dificuldades. Podem ser usados para verificar a eficiéncia do funcionamento face a0 projecto; para cxtrapolac os valores, muitas vezes em mimero limitado, disponiveis a partir da instrumentaeao da instalaglo; para verficar calibragdes de ins- trumentos; e para localizar causas de perda de material 2.2. A equivallncia de massa e energia tin provou que massa e energi so equivalentes. A energia pode converter-se em massa e a massa em energia. Elas esto relacionadas pela equagio de Einstein: E=me Ql) 38 em que A perda de massa associada com a produgio de energia apenas ¢signi- ficativa em reacgSes nucleares. Considera-se sempre que a energia € a massa se conservam separadamente em reacyées quimicas. 2.3, Conservagiio de massa ‘A equagio geral de conservago para qualquer sistema em proces- samento pode escrever-se assim: Material saido= Material entrado + Geracfio— Consumo —Acumulagio No caso de um processo em estado estacionario o termo de acumulagio serd nulo. Excepto em processos nucleares, 2 massa nfo é gerada nem & ‘consumida; mas se se da uma reac¢o quimica, uma determinada espécie uimica pode formar-e ou consumir-se no processo. Se no houver nenhu- ‘ma reacgio quimica o balango em estado estacionaiio reduz-se a: Material saido= Material entrado Pode escrever-se uma equago de balango para cada uma das espécies separadamente identificiveis que esteja presente, elementos, compostos ou radicais; e para a totalidade das substincias, Exemplo 241 Pretende-se preparar 2000 kg de uma suspensio a $ por cento de hidrOxido de cielo em agua, mediante diluglo Ge uma polpa's 20%, Caleuar as quatidadesnecesei- Fas. AS percentagens so ponderas, Resolugio ‘Sejam Xe ¥ a quantidades deconhecidas da suspensio a 20% ede gua, respec Bilan de massa sobre Ca(OH): ® Balan sobre agua xe © 10 Da equario (a) X= S00 kg Sabstiuindo na equagio(b) obtimse Y= 1500 ks » \erificaro blango de massa sobre a quantiade ttak 2+ ¥= 2000) ‘500+ 1500 = 200, onto 2.4. Unidades usadas para expressar composigées, Quando se especifica uma composigio como uma percentagem é importante indicer claramente a base: ponderal, molar ou volumétrica, Usam-se as abreviaturas p/p e v/v para designar base ponderal e base volumétrica. Exemplo 22 [Acido clririco de pureza industrial em uma concentragio de 28 por eeto p/p xpress sto como uma fracyio molar. Resolugio Base decile: 100g de Sido 2 28 por eeno p/p. Pesos moleculares: gua 18, HCI 36,5 Massa HCI Massa HO, moe HCL Jmol H.0 ‘Total de mols {racgd0 moar HCL 4.00 racgho molar HjO= 400 —o,84 trace mole HO= $20 <0. ‘Total, verifiessio 10 Dentro da presto requtrida pelos clas industri, as frais voluméias ode considers equivalents fncgdes molars a caso de pst at presses made ‘Ras (Gigamos 35 arose). “ ‘Guanilades qe jam vest expres muta es como pares por mio imi E neni nda al as, po on vue nanidade de consiuinte ms sao Nova: | ppm= 10" por ento tardaes minimas expresam-se por vezes em ppb, pares por bili. Neste caso peta prac os monde boson (0) en obs botanic 10"), 40 25. Estequiometria A estequiometria (do grego stoikeion-elemente) € a apicagio pratica dia kei das proporgées miltiplas. A equagao estequiométrica de uma reac- ‘io quimica indica sem ambiguidade os nimeros de moléculas dos rea- zentes ¢ dos produtos que intervém; a partir destes podem caleular-e as massas. A equaro tem de estar acertada. No easo de reacgdes simples € normalmente possivel acertar a equa o estequiométrica observando-a ou calculando por tentativas. Se se sen tr dficuldade no acertar de equagdes complexas, pode sempre resolver-se ‘© problema fazendo um balango para cada elemento presente. No exem- plo 23 ilustea-se 0 process. Exemplo 23 Escrevere acertar a equagio global para afabrcagio de eloreto de vino partir de «lena clo ¢oxignie. Resolgio Método: tserever a equagio wsande ltrs pra os nimeres desconbecos de molé- clas de cada reageate e produto. Fazer um balango para cada element, Resolver o com junto de equagdesresutane ‘A(CAH) + BIC)+ C(O.)= D(CHLCH+ ECHO) Balangs sabre 0 carbone 2A=20, A: 44230426. substiuindo sobre ohidrogénio Atemse B= A/2 sobre 0 doro 2B=D, donde B=A/2 sabre 0 oxigénio 2C=8, fazendo A= 1, equa fea CHL [Ck+ 10s= GHLAL+ $140 J2= a4 ‘muliplicando tudo pelo maior denominador para cimina as fragtes ACH, +20) + r= 4CHLCI+ 28,0 2.6. Escolha da fronteira do sistema A Ici de conservacio é valida para a totalidade do processo e para qualquer subdivisio do processo. A fronteira do sistema define a parte ddo processo que se considera. Os caudais de entrada e de saida do sistema so os que airavessam a fronteira e devem equilibrar-se com a substincia sgerada ou consumida no interior da fronteira. 41 {Qualquer processo pode ser subdivide de modo arbitririo para faci litar os edlculos de balango de massa. A escolha criteriosa das fronteiras do sistema pode muitas vezes simplificar consideravelmente os cieulos. ‘Nao se podem dar regrasrigidas e répidas para a escolha de frontei- as apropriadas para todos os tipos de problemas de balango de massas. ‘A escolha da melhor subdivisio para qualquer processo concreto € uma guestiio de apreciagio e depende da visio da estrutura do problema, a ual s6 pode adquiir-se através da pritica. As seguintes regras gerais servirdo de guia 1. Em processos complexos, colocar primeiro a fronteira em torno de todo 0 processo e se possivel calcular os caudais de entrada & de saida Entrada de matérias primas e saida de produtos ¢ sub- =produtos. 2, Escolher as fronteiras para subdividir 0 processo em etapas sim- ples e fazer um balango sobre cada andar separadamente. 3. Escother a fronteira em torno de qualquer andar de forma a reduir tanto quanto possivel o nimero de correntes desconhecidss 4. Como primeira etapa, abranger quaisquer correntes de recirculs- {Glo dentro da frontcira do sistema (ver Secgio 2.14). tras do sistema organiza da solugo. Saco, | 1D) QO GH ‘eeu ‘eoupento Tem ‘diagrams mosta as etaps pring nm rez para produ de poe, A partie dos dados seguintes, calcular os caudais das correntes para uma produgio de Toow ke Reno senimento no polio 1 por ceo coments oyun tacoma poe 32 por ces moto Sinenr Hiern seemed page Stal tote montero nie apo a Filo, dgua de lavagem aprox. 1k 1k io ox. | ke/ kg polimero Coluna de recuperagio, rendimento 98 pr conte (percentagem recuperad) Secador,slimentacio ~S por cent de gua epecinca or. alinentacio 3 por ua, especiteagio de produto O5 ends de pole notre seador ~1 poreeata Resto Na luo presente pens os cad sa oN acts ems ais mst pr Ia aes ‘Base: ! hora — Const rine om de sites cm torn do to ¢ do sendor roa eee no subsstema seri: 1101 ke Considerar a fontira sequin em trno do ss ce alt 3 rie do ssema reactor, podem entiocalevlarse nn TS Peicer arorig eceoute (Com $07 de conversio, a alimentagio em monimero sed 10101 09 Monémero no reagido= 1122310101 atest] 122g ‘Agente de paragem, 205 ke 1000 ke de mondmero no reagido 11223x035% 10" = 06kg Catalcador a1 ig 000g mondmero, temas S12x 1x10! = I hy Séi Fa ua inoturida paao reactor seas para monde 20% oan TH amo 02 892 ke Const got nova oie Rr 10 plmeo para cade, por cane (capesndo peda ror sao sogag NOPE ce polo) 4a Balango sobre o subsstema reactor filro-secador dé oscaudais para a coluna de reeu- ergo. gua, 4492+ 10101 ~ 505 = 54448 kp smondmero, monémere no transformad ‘Agora consideraro sistema de recuperagto Com 98% de recuperaeo,reireulaso para orestor 81123 1100 Composigio de efluente 23 kg monémero, 54488 kg dave. {Considerar alimentagio do reactor em mondmero Aieenaeto ___-___ Aiogto ce sasuhe Balanco em tomo do t# dé a quamidade necessria de mondmero fresco 223 1100= 10123 kg 2.7. Escolha da base de cileulo A escotha correcta da base para um cileulo determinaréi muitas vezes 4 sua simplicidade ou complexidade. Tal como na escolha das fronteiras do sistema, ndo se podem estipular regras ou métodos de aplcacio geral ppara a escolha da base apropriada em relago a um determinado pro- blema. A escolha depende da capacidade de apreciaglo resultante da expe- riéncia, Algumas regras orientadoras que ajudartio na escolha |. Tempo: Escolher a base de tempo em que se pretende apresentar 105 resultados; por exemplo kg’, tonelada/ano. 2, No caso de processos descontinuos usar uma carga. 3, Escolher para base de massa o caudal de corrente em relagio 20 {qual se possuir mais informacio. 4, Muitas vezes torna-se mais fécil trabathar em moles, em vex de peso, mesino quando nao hi qualquer reacydo em jogo. 5, No caso de gases, e as composigdes forem dadas em volume, usar tuma base volumétrca lembrando que as fraegSes em volume si0 equivaentes as fracgdes molares a presses moderadas. 2.8. Numero de constituintes independentes Pode esrver-se uma equagio de balango para cada constinte independente. Nem todos os costitvintes num balango de massa Srdo independents Sistemas fisicos, av ia de reacg 0 Se niio houver qualquer reacgo quimica, o niimero de constituintes independentes igual a0 nimero de estes quis distinas presents, sc, WoBsidere-se a produgdo de um aeido de nitragao por mistura de ‘cido nitrico « 70 por cento com dco sulfrico a 98 por cento, O nimero deespécies quimicas distintas é 3; gua, dcidosulfdrco e éeido nitico, 40,0 —_-———}, {us HNO,1,0 —— we Sistemas quimicos, com reacgo Se 0 processo envolver reacgio quimica 0 nimero de ss mica 0 nimero de constituintes independentes nfo serd necessariamente igual ao nimero de espécies gu rics, ito gue alum poem eer rasionads pela quae quik, situagZo o niimero de consttuintes independentes pode ealcular-se pela relagio seguinte: . ae Namero de constituintes independentes = Numero de espécies quimicas — —Niimero de equagées quimicas independentes 22) Exemplo 25 Sese prepara o acide de nitragio usando oleum em ver de io sliico a cenio,havera quatro expcesguimiasdatinas sido sulluico #98 por ent, wore ‘een, dani, Sg. O tino decane ag com a Ags produ suc plo que ht apenas constitu independents, no So ¥239,7m.0/50;—— aio, No, 740 ——| 50, Eau da eas $0,+ 140 = H0. Nidonte mince ‘ Nodes i Node constiuimesindependentes 3 45 2.9. Constrangimentos sobre caudais e composi¢des E obvio, mas deve realear-se, que a soma dos caudais dos diversos constituintes em qualquer corrente nfo pode exceder 0 caudal total da corrente, E também, que a soma das diversas fracgdes molares ou em peso tem de ser igual a I. Portanto, a composigdo de uma corrente fica com- petamente definida se forem dadas as concentragées de todos os consti- twintes excepto um. (Os caudais constituintes numa corrente (ou as quantidades numa carga) serio completamente definidos por qualquer das seguintes maneiras: 1. Especificando o caudal (ou quantidade) de cada constituinte. 2. Especificando o caudal total (ou quantidade) e a composigio. 3, Especificando o fluxo (ou quantidade) de um constituinte © @ compesigio. Exemplo 26 ‘A comtente de alimentsgdo para umn reactor contém: filo 16 por cent, oxigéio 9 porcemo,azoto 31 por entoe aide coridrco, Seo caudal de etileno fbr $00 b/s cle nla os caudais dos diversoé constitutes e o caudal total. Todas as percenagens $40 ponders, Resolugio Percentagem HCI= 100 ~ (16+9+31) 5000 Percentage de ain = S000. 109 100 caudal ttal= 5000% ‘ sal e ion portanto, caudal de oxiginio= 38-31 2 =g0e7 kh = 12750 ugh Reg geal: 0 quociente entre o caudal deur qualquer constitute e 0 de gus! quer outro constitunt €igul ao quociente entre as eomposgdes nes dois consiunis, (0 caudal de qualquer consttuinte no Exemplo 26 podia ter sido caleulado die=- ‘amen a partir da quoriente ene a respeciva percentagem e a do elena e entrando fom o caudal dese dtimo. Caudal de Scio clove 2.10. Método algébrico geral Problemas simples de balango de maisa, envolvendo apenas um ppequeno niimero de correntes e com um pequeno niimero de incégnitas, podem normalmente resolver-se por métodos directos simples. A relagio entre as grandezas desconhecidas ¢ a informagio dada pode normal. ‘mente ver-se com clareza. No caso de problemas mais complexos, ¢ no ‘caso de problemas com virias etapas de processamento, pode usar-se um, método algébrico mais formal. O método & sofisticado ¢ muitas vezes fas- tidioso no caso de terem que se efectuar os céleulos manualmente, mas, desde que se disponha de informacdo suficiente, deverd conduzir a uma solugo mesmo no caso dos problemas mais complicados Atribuerse simbolos algébricos a todos os caudais e composigdes desconhecidos. Escrevem-se depois equagées de balango em torno de cada subsistema para os constituintes independentes (espécies quimicas ou ele- mento), Os problemas de balango de massas so exemplos particulares do pro- blema geral de projecto apresentado no Capitulo I. As incégnitas sao, composigdes ou caudais ¢ as equagGes de relago resultam da lei de con- servacdo e da estequiometria das reacgdes. Para que um dado problema ‘enha uma tnica solugdo deve ser possivel escrever um niimero de equa Bes independentes igual ao niimero de inedgnitas. Considere-se 0 problema de brlanga de massa geral, em que hi N; ccorrentes cada qual contendo W, constituintes independentes. Nesse caso, © miimero de variiveis, N,, € dado por: N= NX Ny es Se pucerem escrever-se N, equagbes de balango independentes, nesse caso © nlimero de variéveis, N, que é necessério especificar para que a soli fio fique determinada, € dado por: Na= (NX No) Ne 4) Considere-se um simples problema de misturs 2 tua 3 Fry 0 total da corrente de entrada 1, € x,» a eoncentragio do consti- tuiinte m na corrente n, Nesse caso a equagio de balanco geral pode esere- verse assim: Fixit Fit t Ftc = Faken es a Pode também escrever-se uma equagio de balango para o total de cada corrente: A+ ht i= 26) c ia obterse somando as diversas equagdes consttuintes e, puri ndo€ una euuno independents aon Ham guns nde Dendentes, 0 nimero dos consttuintes independentes. Considere-se uma unidade de separagao, como seja uma coluna de dex, qual vide uma coment do proeso em dons cores de produto, Seja 0 caudal de alimentacéo 10000 kg/h; eomposicéo, benzeno 60 por cento tolueno 30 por cento,xileno 10 por cent. a Hi ts correntes, alimentagio, destilado e residuos e trés constituin- tes em cada corrente, ‘Niimero de variveis (caudais constituintes)=9 Numero de equagGes de balango de massa independentes | 3 Numero de variives a especiticar para haver solugdo determinada 9-3 “Tet vives esto especiieadas o caudal de limentago ¢ a com- posigo fixam o caudal de cada constant naa ‘Nimere de vanivel a eopesfiar pelo praetista = 6 — esctherse quisquer és cana contiuntes, onormalmene esalerseiam a compeskgo ¢ caudal do dstindo ona composiioecnudal do residue Sea fungio primordial da coluna for separaro benzeno dos oueos consitunts,eopsifearsiam o maximo de aluenoe de xeno no dee tiado; digamosra 5 kg/h 3 kgf he especiicarseda tambem a perda de tenveno no resid, digamos, 2 ig/h no méximo, Esto expeieados ts caus, pelo qu se padem calles outs. Benzeno no destlado = benzeno na alimentago —benzeno no residuo 0,6 x 10000 ~ 5= $995 kg/h Tolueno no residuo: tohieno na alimentago — tolueno no destilado 0,3 x 10000 — $= 2995 ke Xileno no residuo= xileno na alimentagio — xileno no destilado 0,1 x 10000 — 3= 997 kg/h 2.11. Constituintes de ligagio No parigrafo 29 provou-se que 0 quociente entre os eaudais de qua «quer consttuints era igual ao quociente das respectivas concentragDes. Se lim constituinte passarinaltrado através de um processo, pode ser usado para “igar® as composigbes de entrada com as de saida. Esta téenica é partcularmente til ao lidar com céleules de combus- to, em que o azoto no ar da combustio atravessa sem reagir e€ usado como constituinte de Figagio. Exemplifica-se isto no Exemplo 28, Pode também usars este principio para mediro caudal de uma cor- rente do processo, introduzindo um caudal medido de uma determinada substincia facil de anise Exemplo 27 Aiciona-seanidridoearbénico a caudal de 10 kg/h a una correne e are fase Juma amostragem deste ara uma distancia suficiente pars jusante de mod a asepurar ‘mistura completa, Se a anilse apresentar 0.45 por ceo v/v de COs, caleular o cael Ue Resolugio (© teor normal em anidrido carbnico do ar € 003 por cento 20,1080 Base: mole), vst as percentagen serem volumes mol h COs introdurido = 10/44= 02273 Soja Vo caudal de ar. Balango em COs, o constiuins de igagio entrada de COs== 0.0003 ¥-+0,2273 sala de Ce S60 keh 0 ip 8 . oo eee so. sNemenaz gs cain rp Sp ‘arbénico 9,1 por cento, mondxido de carbone 0,2 por cento, oxigénio 4,6 por cento, azoto teh mars me st "Cheater ‘a percentagem de excesso de caudal de ar (percentagem acima da estequic Resolugio Resogio: CH. 20)~COs+2 ve sin pra cent ann nt yan sl we ee 7 Seer aca an veocen ie peak cn ne stout tee canes ence ee a Se aa ee nettle tenis ei 095x=9,1-+02, portance Balango em azoto (composigio do ar O: 21 por eento, N: 79 por cent) Seja ¥ 0 caudal dear por 100 moles de gascs da combust secos. sno ar Ns no combustvel= Ns no gis de combustio 9 1+ O98 x9.79= 861, donde [Ar etequomérico; a patr da equacSo da reacgo | mole de metano requcr 2 males de ong, fornecido— arestequiomtrico) ‘aresiequiométrieo 8.4886 100 eames a gua anos gists da combust pode clelarseCazendo wn an ttc ns deste parr dn qantas de combust ae ip mos 2.12. Excesso de reagente Nas reacgGes industriais raramente se alimenta o reactor nos consti- twints ein proporeies estequiometreas exacts, Pode fornecense um reagente em excesso para promover a reacco desejada; para maxim aproveitamento de um reagente dispendioso; ou para assegurar reac¢io completa de um reagente, como na combustio. A percentagem de excesso= quantidae fornecida — estequiometrca quanta fone x10 . quantidade estequiométrica an E necessirio indicar claramente a que reagente se refere o excesso, Este designasse inuitas vezes como o reagente controlador. Exempla 29 Para assegurar uma combust complet, fornce- ar com 20 por cento de excesso & um formo que queima gis natural A composi do ps (em volume) £95 por cent de metano eS por cento de eno, sleular a8 moles dear necessrias por mole de combustvel. Resolugio Base: 100 moles de gs, vito a andlse estar em percentagem volumes. Reacydes: CH, + 20)~ CO:+2H.0 G43 405 200-4 31.0 Moles de Os esequiomericamente nscessris Moles de a (21 por sento 0: Ar por mok de combustvel 2.13. Conversio e rendimento _E importante distinguir entre conversdo e rendimento (ver Volume 3, pitulo 1). Conversio diz respeito aos reagentes; rendimento diz res: peito aos produtos. Conversiio Conversio ¢ uma medida da fracgio do reagente que reage, Para optimizar o projecto de um reactor e para minimizar a forma- ‘gdo de subprodutos, a conversio de um dado reagente & muitas veres ‘menor que 100 por cento. Se houver mais do que um reagente, deve espe- cificar-se o reagente em que se baseia a conversio. A conversio deline-se pela seguinte expressic {quantidade de reagente consumido Conversa ‘quantidade fornecida 28) (quantidade na corrente de alimentagiio) — ~(quantidade na corrente de produto) ‘(@uantidade na corrente de alimentagio) st Esta definigdo dé a conversio total de um determinado reagente em todos 9s produtos, Por vezes dio-se valores de conversdo que se referem a um determinado produto, normalmente o produto desejado. Neste caso hii ‘que especificar além do reagente também o produto, Na realidade trata-se de um modo de expressar um rendimento. Exemplo 2.10 Na fabreago de clreto de iio (CV) pee pins do dlovoetano (DCE), 3 cone ersio do reactor et imiada a $5 por eenta para redurt formado de carbono, ue {hj os tbos do eater. Calcular »guaniiade de DCE newessria para produre S020 kg/h CY. Resolugio ‘ase: $000 kg/h CW (a quantidade deseada) RenceSo: CHC ~ CHCl HCL pesos moleulares DCE 98, CV 62,5 mol CV produsii Da equagto estequiométrica, 1 kmol DCE produs ! kmol CV. Seja X a alimemasio em DCE kel 2 Percentagem de conversio= 55= x 109 7 x HSS kanal 0s este exemplo desprezou-se a pequena perda de DCE para earbono € outros produtos. Supdsse que todo © DCE que feapu se comerieuem CV. Rendimento rendimento uma medida da qualidade de funcionamento de um reactor ou instalagao. Usam-se virias definigSes diferentes de rendimento, 2 é importante declarar com clareza a base de quaisquer valores de ren- dimento. Muitas vezes no se faz isto a0 apresentar valores na literatura hd que fazer uma apreciaco para decidir o que é que se pretende relatar. No caso de um reactor o rendimento (ie. rendimento relativo, Volu- me 3, Capitulo 1) define-se por: moles de produto produzido x x factor estequiométrico e» Rendimento= —— es de reagente converto No caso de reactores industria é necessrio dstinguir entre “Ren- dimento da reaegio” (rendimento quimico), o qual apenas inclu as per- das quimicas para subprodutos, ¢ 0 *Rendimento do reactor” global, © dual inclu perdas fisicas 2 Se a conversio for préxima de 100 por cento pode nao ser compen- sador separar ¢ recircular 0 material que néo reagi; 0 rendimento global 4 reactor incuiria nesse caso a perda de material no reagido, Se o mate- Fal nio reagido far separado e recirculado, o rendimento global, cons derado sobre o reactor e a etapa de separagio, ineluiria quaisquer perdas fsicas devidas & etapa de separagio, Rendimento da instalaglo é uma medida da qualidade de funciona mento global da instalaedo e incui todas as perdas quimicasefsicas, Rendimento da instalagdo (aplicado a toda a instalagfo ou a qual- quer etapa) = Moles de produto produridd>

Você também pode gostar