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CANTIGAS DE Viti eee CANTIGAS DE ORIXAS integra a co- legao Pontos Cantados / Pontos Riscados, jun- tamente com Cantigas de Boiadeiro, Cantigas de Exu, Cantigas de Obaluaé e Omolu e Cantigas de Pretos- Velhos. O sucesso da colegao esta relacio- nado a facilidade com que cada volume pode ser consultado, estan- do todas as cantigas dispostas de acordo com 0 orixa correspon- dente e com as versdes para o Candomblé e para a Umbanda, em um livro amplamente | CANTIGAS DE 1 PONTOS CANTADOS 9GRre RISCADOS 5% edicao Desde as mais remotas épocas, os povos dirigiam as suas preces e pedidos As divindades através a co- 5 municagao mental, seguida de uma forma qualquer de edo Leal Jouvacao Assim 6 que nds, umbandistas, utilizamo-nos de pon- tos cantados para elevarmos 0s nossos pensamentos i € irmos ao encontro das forgas da Natureza que nos orientam a vida terrena, Em outras palavras: através | das cantigas aos guias, conseguimos 0 nosso objetivo — se 0 capeamos de {é inabaldvel ¢ se tivermos 0 de- : vido merecimento. Ho orids : 198 ‘ Em assim sendo, tomamos a liberdade de alertar eganiza¢o: Hernar | a0s nossos irmaos’no sentido de que atentem bem para 0 uso dos pontos cantados, uma vez que sou eteito benéfico — quando usados conveniente e res- do Crenga : 4 peitosamente — pode se transtormar. S6 devemos utilizar as cantigas para as Entidades em ambiente propicio @ com limpeza mental; 0 ponto cantado leva © nosso pedido as Entidades e, se o mesmo nao : esté conforme, pouco ou nada nos valerd entoarmos — | : ‘ 8 pontos. © ogan de um Terreiro exerce uma fung&o " de suma importancia e, em funcao disso, deve desen: : volver um trabalho sério e bem intencionado a fim de 86 atrair Entidades positivas Cantemos os pontos, louvemos as Entidades, mas com todo o respeito’ e humildade. Saravé téda a Umbandal | a a ator rei ear S 1 a — ( PALLAS a OS PONTOS CANTADOS | } fr -. ©. INTRODUCAO Como as primeiras obras por nds editadas, cole cionando grande numero de “Cantigas de Caboclos”, Cantigas de Ext" e “Cantigas de Boiadsiro rigorosa ordem alfabética para facilitar 0 uso, excelente aceitagio por parte de todos, mais esta, objetivando desta feita os Orixas, enriquecer a cole¢éo dos nossos leitores. Nesta composigao, os tilhos-de- a Umbanda como na Nacaéo de consideravel nimero de toadas dos Orixds mais reve- renciados, haja vista que julgamos excessivo falar em Tempo, Oba, Eud, etc. Para nao perder o sentido que sempre vem caracterizando as nossas obras, qual seja © de ilustragdes, expomos as “ferramentas” corres: pondentes & cada Orixé, mais utilizadas no Gandom- bié; fizemos também ligeira dissertagéo sdbre os Santos mencionados, visando ampliar 0 j& largo co- nhecimento de todos. Desia maneira, prezamos que “As Cantigas dos Orixas" venha engrossar a colegio de todos que nos honraram com a leitura dos nossos primeiros livros. | Algo mais jé est4 no prelo e a satistagao dos leltores | 6 @ nossa malor recompensa. Saravé todos os Orixés! | Saravé Umbanda! Sauré Candombié! 6 encontrar Ro a OXALA (definigao} (terramentas) OXAGUIAN (ferramentas) ZAMBI (definicao) Cantigas de Oxalé na Umbanda "no Candombié OMULU (detinigao) (ferramentas) Cantigas de Omuld na Umbanda "no Candombié OBALUAIE (dofinigao) (ferramentas) baluaié na Umbanda no Gandombié Cantigas de NANA (definic&o) (ferramentas) de Nana Buruqué na Umbanda Nana no Candombié a Cantis YEMANJA (detinicao) (ferramentas) Cantigas de Yemanjé na Umbanda XANGO (definicao) (ferramentas) Cantigas de Xango na Umbanda no Gandombié YANSA (definicao) " (terramentas) Cantigas de Yansa na Umbanda ig no Candombié OXUM (definigao) (ferramentas) Cantigas de Oxum na Umbanda no Candombié OGUM (definigéo) (ferramentas) Cantigas de Ogum na Umbanda no Candombié OXOSSI (definigao) (ferramentas Cantigas de Oxéssi na Umbanda Oxéssi no Gandombié OSSAE (definigao) ” (ferramentas) Cantigas de Ossae na Umbanda "no Candomblé OXUMARE (definigao) (ferramentas) Cantig IBEJADAS (definigao) Cantigas de Ibejadas na Umbanda) mo no Candombié as de Oxumaré no Candomblé ESTORIA... QUE E HISTORIA Com a vinda dos escravos africans aqui para o Brasil, nasceu proprlamente dito 0 Candombié em nossa terra, pois, segundo sabemos, os tombadilhos dos “navios negreiros” que faziam 0 tratico de escra- vos também era a condugéo das suas crencas rellgio- sas, dos sgus costumes de onde provinham. Ainda que 0 peso da chibata se fizesse sentir a todo ins ante, a f€ que os nossos ancestrais negros tinham em seus Orixés mais se arraigava Aqul chegados, cada grupo origindrio de determ nada regio africana — destacando-se Loanda, Guiné, Congo e Angola, logo formaram seus grupos para Prosseguirem suas praticas religiosas, a fim de to- rem uma fonte de onde brotassem forcas para re- sistir aos castigos corpéreos. Ao terminar sua tarefa, banhados de suor @ sangue, com grossas lagrimas banhar-ihe as faces, o negro se reunia aos seus com- Panheiros @ iniclava suas rezas aos Deuses da Na- tureza TN Como a religido aqui predominante, na época, era a catdlica, os senhores — donos de engenhos — jul- garam aquelas préticas como “arte do deménio”, pas- sando, entdo, a manter terrivel persegui¢éo aos que a professassem. Todas as vezes que 08 grupos de escravos se reuniam, os senhores chegavam de sur- presa e davam castigo redobrado, até mesmo com © sacrificio de muitas vidas, tentando extinguir um culto religioso que aqui se iniclava @ que, anos mais tarde ... mal sablam eles ... serviria para aliviar tantos ¢ tantos males!. A situacdo estava calamitosa. N&o era possivel a extingéo do culto, mas também nfo estava sendo possivel resistir aos castigos inflingidos. Havia de sur- gir uma solugéo comum! Entdo, iluminados pelas luzes dos Orixas, os ne- gros tiveram uma idéia brithante: 20 fazerem su Teunides para a reza dos “ingorossis” e dos “doro- sans”, colocavam um sentinela em local estratégico, bem escondido, para que os avisasse quando da apro- ximagéo dos senhores, por um sinal discreto e an- tecipadamente convencionado. Ao receberem dito al, 0 negros aglam de uma forma ligeira e meca- nica: abaixavam a cortina que haviam suspenso para Fezarem junto aos seus “ités” sagrados, ocasiéo em que ficavam & vista diversas Imagens de santos cato- licos que, antecipadamente, haviam espalhado sobre © altar. Quando os senhores chegavam, encontravam 8 negros rezando baixinho, de forma a n&o serem escutados; meio ressabiados, os senhores inquiriam 08 escravos: — “Negro, quem é esse Oxala? Respondiam os escravos: — “é Nosso Senhor! Ogun, negro?" “€ Santo Anténio, meu senhor!" — E assim, de embromagdo & embromagao, 0s “sabidos senhores” foram iludidos @ podemos, até os nossos FO dias, louvar nossos Orixés gragas a um ardil muito inteligente surgido da ignorancia dos negros de en- to. Nasceu, desta forma, o sincretismo afro-brasilel- fo, ou seja, da religido africana com o calolicismo, razdo das imagens dos santos catélicos serem en. contradas nos Terreiros de Umbanda e de Candombié. Como no Estado da Bahia foi onde aportaram os grupos mais importantes, ali nasceu a primeira Casa de Candombié, 0 até hoje existente Engenho Velho, aberto por trés escravas de origem nobre: Ya Detd. Ya Bihy @ Ya Nassd. Do Engenho Velho, quando da separagéo de Ya Nassd, surgiu a Irmandade Cruz San- ta Ylé do Opé Alonia, em So Gongalo do Retiro, Gnica Roga que tem o Culto dos Doze Ministros de Xango entronizados, como na Africa. Dizem que no Engenho Velho, quando da saida de Y4 Nassd, um distico de bronze grosso existente logo na entrada da Roga, representando duas maos enirelagadas, ra- chou em toda a sua extensao. Apés o Opd Afonja, foram surgindo as demais Casas: — Gantois, Manusi Falela, Olga de Alakétu, Rufino Beird, etc. etc., que até nossos dias nos brindam com a pureza dos pre- ceitos © de todos os tundamentos alticanos. Nao existem, a nosso ver, diferengas fundamentals entre a Umbanda e 0 Candomblé e ambos os cultos Podem coexistir pacificamente. O essencial @ que Seus adeptos se respeitem mutuamente e nao tentem, de parie alguma, sobrepor suas préticas, pois tao lindo e fundamentado € um "Toque de Orixé" em uma Roca de Candombié como, também, uma sesséo de Umbanda; dependera essencialmente do zelador da Roca ou do Chete do Terreiro! ed | OXALA Divindade suprema, 0 Creador, visto sob duas for- ‘mas distintas: OXALUFAN (Deus) e OXAGUIAN (Jesus Cristo). Veste-se todo de branco e sua ferramenta, no Candombié, 6 0 Paxord, espécie de cajado de ‘metal niquelado, levando também o Piléo. A sauda- go do primeiro (Oxalufan, o Velho) é “Ex, 6x, Baba inlé"; @ do segundo (Oxaguian, 0 Moco) 6 Bab: CAPACETE DE PRATA CANTIGAS DE OXALA, na Umbanda Oxalé, meu Pal, Tem pena de nés, tem dé, A volta do mundo 6 grande Poder de Zambi 6 maior. Oxalé 6 nosso Pai Filho da Virgem Maria (bis) Valei-nos, Nossa Senhora. Nossa Senhora da Guia (bis) Sete anjos nos acompanham, Sete estrélas nos alumiam (bis) Valei-nos, Nossa Senhora, Nossa Senhora da Guia (bis) Oxald, Oxala, Pelo amor de Deus, Oxald, Pelo amor de Deus, Oxala (bis). ZAMBI © Creador (Deus). Como no Candombié (Oxalufan), Deus € a Divindade Suprema. Forga que apenas & cultuada na Umbanda. € desta tdrga que provém tddas as outras em har- monia, 16 FOS Abre a porta, 6 gente, Que al vem Jesus, Ele vem cansado Com o peso da cruz (bis) Vem de porta em porta, Ver de rua em rua, Vem salvar as almas, Sem culpa nenhuma (bis) Estréla que clareia o céu Estréla que ilumina éste gonga. Estréla que clareia nossa banda E a estréla bendita de Oxald Viva a cruz de Cristo, Viva Deus, Nosso Senhor (bis) Nos pés de Oxalé eu peo Vida e sade, paz e amor (bis) Meu glorioso Sao Bento, Meu Jesus de Naza Oxalé & nosso Pai Valei aos fithos de 16. Oxala 6 nosso Pai Criador do mundo inteiro Protegel a nossa Umbanda lluminai nosso Terreiro. © branco @ cor de Oxalé O lirio @ sua linda flor ‘A Umbanda, seara de caridado, Cumprindo sua igualdade, Em nome de Nosso Senhor (bis). Jesus nasceu, Padeceu e morreu, oh Umbanda (bis) Quando Jesus, oh’ Umbanda, Ressussitou, oh Umbanda A passarada, oh Umbanda, © Glorificou, na Aruanda. CANTIGAS DE OXALA, no Candomblé Odoré, odoré, Mamanjd d'Oxaguian Mamanju dori keté Mamanjd d’Oxaguian Mamanji dori keté. € fila la eu Ex, ebe um fila E fila la eu, 6 Ex, ebe um fild Fild, fila 14 14 6, €p, eu eu Fila, filé 14 14 0 (bis) Elajd um afeté Elajo um afeté Ajocd pra Bab& Tami 4 un kolofé (bis) OMULG “Ajubers, atotol" Saravé Omuld. Deus da peste & ge todas as moléstias, Omulu 6 um dos Orixés mais feverenciados no Candomblé e 86 utilizado na Um- banda em casos multo especials e de cardter grave. ‘Sua ferramenta 6 0 “xaxard”, espécie de um bastfo, feito de palitos e Palha da Costa d’Africa, enteltado de bizios © missangas. Sua combinacao de cores, na Angola, 6 amarelo e preto; no Kéto, preto e branco, podendo ser ainda preto-vermelho-branco. € sincretizado em So Lazaro. 21 20 CANTIGAS DE OMULG, na Umbanda Omulu aid, atoto, E um Orixa, Pede que éle dé, atotd, Ble 6 Orixa. Mou Pai Oxald, Meu Deus, venha me valer (bis) Meu velho Atotd, Omulu, Balualé (bis) Que, queré, que qué, 0 ganga, Pisa na macumba de ganga Qué, queré, qué qué, 6 ganga, Sarava Seu Omulu, qui 6 ganga. Joao Pepé, Sarava sua 16 (bis) Fa.u.. .. ° » CANTIGAS DE OMULG, no Candomblé Catulemboracime cum senzéla E 6 6 um cafunga Catulemboracime cum senzéla E 6 6 cafungd Catulemboracime 6 cum senzala E @ e catungé, E cum senzala @ @ cafunge. Aé a8, um cafuman Aé a8, um ¢afuman Omuld qui belunjé ‘Aé a6, um cafuman (bis) Joao Pepé E lobeud, mentori tori Joao Pepé € lobeud, mentori tori Sambué, & sambunangué (bis) Um sambu samuquenda € Lemba di 18 Maid qui fita é fia Maié qui samuquenda, Sambué reré Sambu € popo de monan Sambué rere Sambu € popd de monan, ‘Cumbe, cumbe, lassim 6 aé ‘cafunge Cumbe cumbe, iassim LA se vai meus cavalheiros. fObaluaié, ay CANTIGAS DE OBALUAIE, na Umbsnds jou pai Oxala ‘© Rei, venha is Atotd Balusié Atoto 6 OrixA (bis) CANTIGAS DE OBALUAIE, no Candombié Mona quéla sambué, £ 6 um belé Monaquéla sambué, Obaluais. Quem louva 0 Santo, No caminho pede abencao (bis) Deus abengoe, Deus abengoe, Deus abengoe, Obaluaié, Deus abengoe (bis) Consenzé, consenzé Lembé Obaluais Consenza, consenzé Orixé cafungeré. Salve esta Roga linda Que Deus fez abengoada Eu louvei Obaluaié Que 6 o Santo desta morada Deus da peste, Deus da lepra Meu Deus, seja louvado Me dé agd, ago de Benan Obaluaié seja adorado, Lemba, Lembé, Cafunge & di monan Lemba, lemba di lé Obaluaié € di monan. NANAK Sincretizada em Senhora Santana, Nana, ou Nan Bu- tukd, 6 a mais velha dos Orixés, considerada como Avé (Yié Oka ou Yié Inia). Sua saudagdo ¢ “Saluba, Nan", sua ferramenta é 0 “abirl", espécie de cetro com © qual aparece no “barraco" © a sua vestimenta 6 0 chitéo, onde predomina o roxo. Be Nana ABIRI AZE DE NANA CANTIGAS DE NANA BURUQUE, na Umbanda Atraca, atraca, Que ai vem Nana, 6 & (bis) E Nana, 6 Oxum, E Sereia do mar, 6 4 € Nani, @ Oxum, Que vem nos sarava, 8 4 Nana vem das neves, Ela vem pelas ondas do mar (bis) Sarava, Oxumaré Sarava a Serela do Mar Sarava Nana Buruqué, saluba Sarav, Nand Buruqué, salubal Yemanjé ¢ minha mée, Saluba Nana 6 minha avé (bis) Sarava Nana Buruqué Eu the pego nao me deixe $6 (bis) 1 Nand, Santa serena, Eu Ihe pego sua bengéo (bis) Irma de Nosso Senhor, Livrai-me da afliglo (bis) Quando Nand vem a terra Filhos pedem, ajoelhados, Sua missura, Nand Divina, N&o nos deixe abandonados. Saravé, Nand, Sua protecao; Sarava, Nand, Dal-nos sua bengao (bis/estribilho). Minha mae 6 Nana E 0 orixa mais velho do céu Nana, 6 Nand Buruqud, Firma seus filhos Agora que eu quero ver. Senhora Santana, Dai-nos vossa protecao, Valei-nos avo de Aruanda Valei-nos com a sua béncdo. Com seu manto consagrado Com sua estréla bendita Valei-nos Senhora Nand, fe bros te, of N CANTIGAS DE NANA, no Candombié Nan Buruki que um j ossi, Alodé (bis) Nan Buruki que um jé sit Alodé (bis) © Nand nanjé, Nan j@ tuna gerd (bis) © Nana Buruqué, Qui pembé aird Qui_pembs Arué, oreré aira © qui pembé. No Quarto do Santo Quvi Nana, Ai, ouvi Nand, No Quarto do Santo Ouvi Nand, Ouvi Nand, minha Mae, Buruqué. ‘Acaju cold, Eu vi Nana ola Old, 014, 014 Eu vi Nana old. YEMANJA Senhora da Gléria, das Candeias ou da Conceicao, Yemanjé 6 a Mae dos Orixés, sendo que os seus seios volumosos representam a fecundidade. Suas contas sdo de cristal transparente. Dansa com o “‘ababé" imi- ftando as ondas do mar. No Candomblé, @ Mie de Ext... ABEBE DE LATAO CANTIGAS DE YEMANJA, na Umbanda Sereia, sereia, Sereia como nada no mar (bis) Sereia como nada no mar Sambaguéla 6 dona do aid. Mae D’Agua, rainha das ondas, seria do mar, Mae D’Agua, seu canto € bonito quanto tem luar (bis) Oh, Yemanja, rainha das ondas, sereia do mar, Rainha das ondas, sereia do mar. E tdo bonito 0 canto de Yemanjé, Que até faz 0 pescador sonhar, Quem escuta a Mae D'Agua cantar, Vai com ela pro fundo do mar. Brithou, brithou, brilhou Brithou no mar, © Manto de nossa Mae Yemanjé (bis) Brithou, brilhou, brilhou no mar, (bis) Agora val brilhar neste gongé. ——___ A minha Mae ¢ Sereia Ela € Rainha do Mar (bis) Sereia, sereia, Sereia Rainha do Mar (bis). Botei meu barquinho nagua, Pra éle poder navegar, Mas pedi licenca primeiro A nossa Mae Yemanja No fundo do mar tem uma pedra, Por cima da pedra tem outra, Por baixo da pedra tem areia, Quem manda no mar, Sereia ( Quem manda no mar, Sereia ( bis Quem manda no mar, Sereia. ( Minha doce mobé No ard ard Yemanjé assobé No ara ard Eram duas ventarolas, Duas ventarolas que ventam no mar Se uma 6 de Ynhaca ou éparrei A outra € de Yemanjé, odéciaba. Yemanja 6 Olha seus filhos na beira mar Yemanja 6 Olha seus filhos na beira mar. E i na areia Quando britha o Ivar Oh que noite to linda, De nossa mae Yemanja, Yemanj4 cum mard, ‘Oh, que caminho de espinhos, Que caminho longo de arela Sarava Yemanja, Nossa Senhora das Candelas, Que caminho de espinhos, Que caminho longo de arei CANTIGAS DE YEMANJA, no Candombié Feriman, feriman, Feriman abaiz6 Olird, olird, Assoba abaizd. Micaia, ‘Selumbanda quero minda Di mamde 6, 6 micaia, selumbanda. Quero minda de mamae 6, micaid 6. Yemanjé assobé, Soba mi reré (bis) Soba mi reré, 6 dola Soba mi reré’ (bis) Micaia, micaia, Micaia a8, ‘Selumbanda, querominda Micala a6. XANGO Rei de Oy6, Xangd @ © Orixé do trovao. Sincretiza. do em Sao Jerénimo, Sd0 Jodo Batista, Sao José e Sao Judas Tadeu, tem como “ferramenta” um machado de duas faces. No Gandomblé as suas cores sao verme- Iho e branco (de 3 em 3 contas) e na Umbanda, mar- ron. A “ara” (pedra do raio) 0 seu fetiche. a“ ~ y \ Xango CANTIGAS DE XANGO, na Umbanda Meu Pai Xango, olha seus filhos, Que eu também sou filho seu (bis) Seu Agodd, Yemanja soba, Yemanja soba, Seu Aganjd, Yemanja soba, Yemanja soba. Dizem que Xangé mora na pedreira, Mas néo é lé sua morada verdadeira. Ele mora na Aruanda, numa cidade de luz, + onts Aonde mora Oxumaré e Jesus, (bls) Onde canta © rouxinol (bis). Pega no sou livro e vai lendo, Pega na pena vai escrever (bis) Xango, Xango Saravé Umbanda, seu Alatim, Seu Agodd (bis) No alto daquela pedreira, Tem um livro que é de Xango (bis) Xangd, Kad, Kad Kabiecile (bis) Que pedreira tao alta, Quanto limo criou (bis) Nao me role a pedra Que a morada € de Xango. Xango ja birlbd na aldela, Xango j4 birib na aldeia XangO Menino biribd na aideia, Xang6 ja birib6 na aldeia. © munhanha, 6 munhanha, © cauiza. (bis) © Gino, olha sua banda, © Gino, olha seu gongé (bis) Aonde © rouxinol cantava ‘Aonde XangS morava. Ele & Gino da Cobra Coral, Ele 6 Gino da Cobra Coral, (bis) Ele 6 Gino da Cobra Coral, Kaé. Quem rola pedra na pedreira @ Xango, Quem rola pedra na pedreira @ Xango, Xango do acarajé, Do acarajé. (bis) Ele 6 Xango das Almas, Ele 6 feito nas Almas, (bis) Almas, 6 minhas Almas, (bis) Seu Agodd, que venha me valer. f=: |e, 9 Quem mora na pedreira 6 Xango Senhor do meu destino até o fim —_____—~y Se um dia me faltar a {6 no meu senhor CANTIGAS DE XANGO, no Candomblé Que caia esta pedraira sébre mim. 6 Zaze 6, © Zaze 4, Na pedreira da mata virgem Zaze 6, maiongolé Onde mora meu Pai Xangd Maiongola. A 4gua rolou, Nand Buruqué, Pedra rolou, sarava Pai Xango. Zaze qu! nambo Ae a, cum I Zazi Zaze qui nambd ‘a8, a6, cum l& Zazt Ele é Rei dos Astros, © seu nome 6 Sao Jer Ele 6 Rel do trovdo, Mas 0 seu nme é Xangé Lou! © Leui, Leui, Leul, Ele 6 Xangé Leui. (bis) Machadinha do cabo de ouro E de ouro, 6 de ouro Machadinha que corta mironga a machada de Xang6 (bis). 10 Eram dez horas Quando 9 sino tocou Na marambaia Cidade da jurema Eram dez horas Quando 0 sino tocou Com licenga de Zambi I Sarav Pal Xang6. Zaze que vem d'Angola, Xango de maracaié. Zaze cura amaci Zaze que vem d'Angola Cum bela Zaze Qui banda Angol, Katéto cum banda. (bis) Xango é de ba 6 de baé Seu Ayré 6 de ba é de bas. Xango € de ba é de baé Xangé Menino € de ba € de bad. YANSA Orixé de temperamento agitado, sensual, autorité- rio, Yans& 6, por muitos, tida como uma das mulhe- res de Xango ¢, por outros, como filha do Orixé do trovo. Despacha os espiritos de morto como 0 “erue- xim" (espécie de rabo de cavalo), faculdade que di- vide um pouco com Nan. Suas cores: na Umbanda amarelo; no Candomblé, vermelho forte ou coral. € sincretizada em Santa Barbara, e Santa Joana D'Arc. 50 CANTIGAS DE YANSA, na Umbanda Lele 18 18 Lelé 18 16 Aruanda ad Lolé 18 18 Lolé 18 16, Aruanda 4. Eparrei, Aruanda @ Inhaga, Aruanda 4. Inhaga, menina, Dos cabelos louros Onde € sua morada, Moro na Mina do Ouro. ‘Tempo que rola tempo Tempo que vai rolar ‘Tempo que rola tempo, Inhaga que vem saravar. Olha a sala dela, Olha a sala dela, Otha a saia dela que o vento leva Otha a saia dela. E ventania, Venta aqui, vento acolé Minha Mae Inhaga, Rainha déste jacuta, Ela 6 uma moga bonita E 6 dona deste jacuté (bis) Parrei, parrel, parrel, Minha’ mae de Aruanda Segura a gira que eu quero ver (bis) Santa Barbara virgem, Segura meu jacuté Saravé Yansd no tempo Segura o meu onda. A sua espada 6 de ouro A sua saia bem rodada Ela vem na venlania Santa Barbara abengoada. Meu Deus do céu, Temporal ventou na mata Valel-me minha Santa Barbara Qi SS CANTIGAS DE YANSA, no Candombié Oyd, Oya Gia 6 Gia'matamba de cacuruka, gingue Oya, Oya ola @ 6 Oia matamba de cacuruké, gingud 6. Oya, dia 6 dia 6 Ynhatopé, dia 6 dia 6. Oya, dia 8 oia & Egun Nita, dia @ dia 6. Indemburé, Indemburé- mavanja Indemburé mavanja, Inkice ik6 1 mavanja. Oy4 di vige vige © tempo 6 maiongé Querémo queu azé © tempo 6 porold. Sinha_vanjé E sinha vanjé é Sinha vanja Bamburucena vanja 6. indemburé, Samba guena maiongo Bamburucena, Samba guena maiongo. mona zangue £ monozangué Da milodun £ mona zangue € monozangue, a6 26. Oya, Oya E um aberecd (bis) No ayra de Ossde No ayré de Oya (bis) Guirilé, guirilé, Relampejou Pelo calice, pela héstia Relampejou. ia, Oya, Que ela 6 dona do mundo Oia, Oya Que Yans& venceu guerra. £ Yansa, Do_relampue £ Santa Barbara, Do relampua. 6ia_matamba, € tata ime ia matamba, E tata ime & (bis). Ynhatopé na muinganga E tata imé, Gia matamba, € tata ima. Berunja queré loa Berunja queré loia, Oya, Oya Berunja queré loid (bis Oya, Oya, Berunja queré lola Oxum, uma das mulheres de Xang6, 6 0 Orixé da faceirice, do sentimentalismo, do ouro e pedras pre- ciosas. Sincretizada em N. Sa. da Conceigéo (Umban- da), pega o azul claro como cor de representagao. Candomblé danga com o “abebé”, leque de cobi feitado, tendo no centro um espelho, onde se mira @ imita pentear-se; sua cor, no Candomblé, 6 amarelo ouro. 87 CANTIGAS DE OXUM, na Umbands Eu vi Mame Oxum na cachoeira Eu vi Mamde Oxum na cachoeira Colhendo lirio, trio & Colhendo tirio, lirio 4 Colhendo lirio’ pré enfeitar este gongé. Mamae Oxum, olha eu, Mame Oxum é guia meu. (bis) Mame Sinda, olha Umbanda, Vem saravar 0 enda, Mamée Sinda, olha Umbanda, Sarava este abagd Sinda Mamae, 6 sindé, Mamae Sinda da cobra coral, Sinda Mamée, sindé Ela 6 Sinda da cobra coral. (bis) Brilhou no céu uma estrela Era uma estrela azul (bis) Vinha do manto sagrado, oi sarava, Bendito, de Mamde Oxum. Com seu manto bordado de ouro Diadema cheio de estrelas Sarava nossa Mae Suprema, saravé Saravé Oxum dona da cachoeira. Ai ié feu, Ai 16 jeu’ Mame Oxum Ai i ieu Mamae Oxum Mame Oxum que @ nossa mao. Estréla que ilumina 0 céu Estréla que clareia a cachoeira Saravé Mamae Oxum, ol sarava, Protegei-me por esta vida inteira. Ora ai ieiou Mame citada na Umbanda Ora ai ieiew Protegao da Aruanda. CANTIGAS DE OXUM, no Candomblé Aie feu, Alodd ya 3 (bis) Alod6 ya 6, Onde mdia’ieieu Alodé ya 8, Onde méia ieieu. leieu, Nhenhé um xorodé (bis) E man feriman, Nhené um xorod6 E man feriman, Nhenhé um xorodd 6. Coromt ma Coromi maié Coromi maié Abadéra ieieu. aie: | Adabad um boté Fé lorid Adabad um boté Of6 lori. També, Tamba mona méta, comira quinan, Tamba 6 Tamba mona méta, comira quinan Oh menina, oh menina, Aiviou, Oxum Menina, Oh menina, oh menina, Aieieu, Oxum Menina. ‘Oh mae, oh mae, Oh Mae Aieieu, Seus filhos choram, Oh mae, Aieieu. Filho dileto de Oloriin, Ferreiro de Oxala, Orix& que deu 20 mundo condigdes de sobrevivéncia, fazendo do ferro as ferramentas necessérias, Ogum é um dos Orixds mais solicitados na Umbanda ou no Candom- ble. Sé0 Jorge, na Umbanda, e Santo Antonio, no Candomblé, Ogum tem a cor vermelha nos, Terrelros ea cor azul forte nas Ragas. Aos gritos de “Ogunhie” fou “Roxemucumbe, patakori", Ogum ¢ 0 Orica das lutas @ demandas, sendo mostrado-como irméo de Exu, quando 6 Ogum Xoroké. Togum ESPADA DO OGUM CAPACETE FERRAMENTAS DE OGUM XOROQUE CANTIGAS DE OGUM, na Umbanda Oh, que céu 140 estrelado, Oh, que noite t&o formosa (bis) Carruagem tao bonita, Carruagem t&o bonita, Que Ogun ganhou (bis) Quvindo um toque de um clarim na Lua Era 0 toque do Major do Dia, Ogum foi praca de cavalaria, Foi ordenanga da Virgem Maria, Ogunhid, Laid 14 ra, lara, lara, lard, lalalalalaid Laid 14 ra, lara, lara, lard, lalalalalaid. Ogum, meu Pai, Se éle Timbiri Timbiriga, as Aguas rolam. De quando em quando Ele vem |4 de Aruanda, Trazendo pamba Pra salvar filhos de 16, 6 japonés © japonés olha as costas do mar, 6 japonés, Otna as costas do mar. (bis A j ain - oN Quando Ogum foi para a guerra Ele mandou orar, orar, Quando ele voltou da guerra Ele mandou orar, orar, Orar, orar, (bis) Orar, orar e vencer (bis) Tava na beira da praia, Eu vi Sete Ondas passer (bis) Abre a porta, gente, que ai vem Ogum, Com seu cavalo marinho éle vem saravA (bis). Ogum 6 pai de toda E pai de toda lei, tumba (bis) Quem quer Ogum Sereia Ele da, ele da, éle da (bis) Ogum ' marié Ogum mario Quem. quer Ogum, € de mim chorord Quem quer Ogum, @ de mim chorord Quem quer Ogum, 6 de mim chorord. Que cavaleiro é aquele Que vem cavalgando pelo céu azul € Seu Ogum Matinada Que 6 defensor do Cruzeiro do Sul. Re, 18 18 Re, 18 ra Ré, ré ré, seu cangira, Pisa na Umbanda (bis). Seu cangira ta de ronda Toda noite, todo o dia, Seu Ogum’ com sua espada, Era quem nos detendia, cangira, Re, ré 18 Re, re 1d Ré, ré 18, seu cangira Pisa na Umbanda (bis) Quando Ogum foi para a guerra, Oxaié deu carta branca Para Ogum vencer a guerra Seus filhos vence demanda, cangira, RO, re 18 R68, 1 ra Ré, ré 18, seu cangira, Pisa na Umbanda (bis) A sua espada britha no ralar do dia Seu Beira Mar filho da Virgem Maria (bis| Beira Mar, beirando a areia, Seu Beira’ Mar é 0 Santo que nos guia (bis) Ele @ Ogum Matinada No paranga Chama no ariré, caindé Guerreou (bis) Na sua banda caiu congoma (bis) Ogum pisa na cangira de Umbanda, Ogunhis, Ogum pisa na cangira de Umbanda, Ogum Megs. © homem que fuma e bebe, 6 ganga € Ogum Narué, 6 ganga Ire, ire iré, 6 ganga, E Ogum Narué, 6 ganga. Seu Ogum Beira Mar, Que trouxe do mar (bis) Quando ele vem, Beirando a areia, Na mao direita Traz 0 rosério de Mamae Sereia (bis) Seu capacete € de ouro, Sua espada @ dourada Na ponta da sua langa eu vi Um lago de fita encarnada, Ogum Yara, Ogum Magé Ogum Yara, Ogum Megé. A sua espada € de ouro, Sua coroa é de lei (bis) Ogum é Tata na Umbanda Seu Cangira Munganga, ogunhié Ogum é Tata na Umbanda Seu Cangira Munganga, ogunhié. Eu vi raiar do dia Eu vi estrela brilhar Eu vi Seu Rompe Mato Ogum das matas vem louvar e trabalhar (bis) Capacete de ouro, Espada de prata, Aud, aué, Salve Ogum Matinac ‘A marola do mar que vem rolando Salve Ogum Beira Mar que vem chegando. Estrela Dalva brithou lluminando a Aruanda (bis) Sarava Ogum Yara, saravé Ogum Yara, Na Umbanda vem chegando. Estrelinha de mam&e Oxum, Rolando pela linda cachoelra, Sarava Ogum Sete Espadas qua 6 meu pal, Sarava a sua forca, sarava sua bandelra. Eu sou um Rel que no peco licenca, Na sua aldeia quando estou para chegar Eu sou um Rel vencedor de batalhas, aué, Eu sou Ogum Carirl, Rei do Mar. Ye FS OY CANTIGAS DE OGUM, no Candombié Roxemucumbe Taramenz6 dengud Goe a6, a8, gée, ab. Roxemucumbe Para manda caia Gée a, a6, gée, ad. Como sendala senza rdxe, Camungueré, E turamo Como sendala senza roxe, Camungueré, Ae Roxe. Qgum braga daé & Ogum braga da Ogum braga da 6 Ogum braga da. Ogum ola Ogum oia 4 di mené (bis) Patakori, Ogum oid & di mené (bis). FO Tabalacime no tabalamé Tabalacime no tabalamé, a& Roxe, Eno tabalamé, a@ Roxe E no tabalamé 6 (bis) Roxe biolé, biolé € Réxe (bis) E no tabalamé, Roxe, No tabalamé 6. Roxe bambe 6 Ab Roxe Roxe bambe 6 turamé AG Roxe. Como sendala & Roxe Como sendala & Roxe Como sendala aé Fomo sendala a8. Ogum D'Oniré Onire d’Ogum DA coroma di 16 Dobalé Olorin, - Donde vem Ogum Marinho Donde vem Ogum Marinho Vem das ondas Veio das ondas do mar, Vem das ondas. Ogum ja venceu Ja venceu, ja venceu. Nas guerras ¢ batalhas Com Ogum sé Deus. Ogum j& venceu, JA venceu, venct Ogum ja Venceu Esta bataiha real Sou Ogum que venho de longe Muito além do Gantois Sou Ogum e pago agd onde chegou Sou Ogum Cariri, Rei do Mar Qgum pa, lelé, pa, Ogum pa mujare é Qgum pa, lele, pa, Cgum pa d'Onire. Marud aja € marud Maruo lajé Ogum ai te. —_ SS Salaré, Ogum'd'Oniré doriketé (bis) gum d'Oniré doriketé Da coroma di 1é como taj6. Ele é marud, ¢ marud (bis) Ogum d'Onire Ele € marud, € mamd (bis). Ogum, Ogum, Ogum d'Oniré, Tenha dé de_mim. Ae, a8 a@ d"Onire, Tenha do de mim. Ogum 6, £ meu Tata qui malembé Ogum 6, € meu Téta qui malembé. Donde vem Ogum Marinho, Donde vem Ogum Marinho Veio das ondas do mar Com a cruz de Deus na frente Pra vencer e vencerd, Me ajude a vencer Esta bataiha real Morty) Poms oxossi Deus das matas e da caga, Oxéssi 6 um dos Orixas mais solicitados na Umbanda ou no Candombié. Sin- cretizado em Sdo Sebastiao na Umbanda,e Sao Jorge no Candompié, tom suas cores: verde, na primeira, e azul claro, no segundo. Sua “ferramenta” € um arco-e-flecha numa so pega, que ele empunha em atitude de cagador. #8 .— Oxossi FERRAMENTA CANTIGAS DE OXOSSI, na Umbanda ita luz ele irradia, ( ee YY ro FJ? OOF Atira, atira, Ele atirou, No bambé ele vai atirar ( Veado no mato é corredor, Oxossi na mata € cagador (bis) Oxéssi_assoviou na mata, Ogum bradou no Humalt .(bis) Filhos de Umbanda louvaram Sarava, Oxdssi, sarava (bis) Assovia, assovia, Ele assoviou (bis) Cadé seu Oxossi na mata, Que ainda nao chegou (bis) Correu terra, correu mar, Até que chegou 14 no seu pais (bis) Ora viva Oxossi 1 na mata Que a folha da mangueira inda ndo caiu (bis) Oxéssi 6 Capitio de Marambaia, Oxéssi 6 Capitéo de Marambaia, Oxéssi 6 Capito de Marambala, Mas ele 6 Seu Oxéssi d’Arucaia. Eu vi chover e vi relampejar, Mas mesmo assim 0 céu estava azul (bis) Firma seu ponto na foiha da Jurema, Que Oxéssi é bambe no alaquajé (bis) Oxéssi_ 6 bambi, Ele 8 cagador, Oxdssl 6 bambi o clime, E Rel Matalumbé. © vento na mata zuniu, Folha seca balanceou Saravé Oxéss|_nessa banda, sarav, Ele vem com Deus Nosso Senhor. Ae bs x Wi a cr dE 7 Banda 6, banda 6 PAI AE 2 ty Oxéssi 6 Rei da Mato, ¥ Qed Banda 4, banda 6 2. * ) Oxéssi @ Rel da Guiné (bis) | ar Te ays, 1 o, oF A lua nasce por detrés da serra, Hoje € dia de festa, na Vila Nova Oxossi 6, Oxéssi & Oxossi 6, ele sei da guiné (bis) Oxéssi 6 cagador real Das matas 6 dono e protetor Quando ele vem na nossa Umbanda, au Ele é rei, 6 um rei, ele 6 senhor A folha do Oxéssi caviza dende, Onde esta o Rel da Mata que nao quer descer. CANTIGAS DE OXOSSI, no Candombié Adeu cutala gingué Oia gingué o (bis) Mina auiza culdia caiza cura Aid, aid, ala Adeu cutala gingué Adeu cutaia gingué Oia gingué, 6 Qui me fareua, qui me fareua, Mina auiza culdla caiza cura Ai, ai Salaré, Odé oreré Loke. Ode mi salerdco Odé como faqueran. Cambila tem pai, Tem sim senho' Cambila tem mae, Tem sim senhor. Camblla ué v4 ua E cambila Cambila ua ué ud E cambila, Camblia 6 meu, Ago Le Odé muchauerd Agé donan Farolodé ibd Ode fidd Farolamolodé Abacoché € Lua Branca Jelué Qdé Queboang! € Lua Branca lelud Odé Queboang!, pila qui uaza sala mucuré, oriré tala coméla na Luanda aé, ja qui udza'sdla mucuré gimbeua. (bis) a Mina, taud, Bambea Mina, tauam/, Bambe @ @ 6, Bambea Mina tau (bis). Oxdssi @ Mutalambé Aus, tauami, Mina auiza cangira muncanga enganga, Tauami aé, tauami aua! (bis). Oxéssi € tala no mussamb Oxessi tala no ariré. (bis) Lomata Quilondira Oxéssi € Mutalambé. Lomata Quilondira. (bis) motumbé, Arué, cacador, Cabaranguange matd sumaé Tauami, Arua, cagador, Cabaranguange mat® sumaé Tavami. Caga na Luanda, E coroa, Oxossi é cagador, E coroa. Oxéssi mora na lua, $6 vem ao mundo para clarear (bis) Queria ver um Oxéssi Para com ele eu falar (bis) Eu vi a lua, Eu vi a lua, Eu vi a lua e falei com ela Eu vi a lua, Eu vi 2 lua, Matalumbé mora dentro dela. Eu tenho meu Pai, eu tenho, E tenho um beija-tlor, Eu tenho meu Pai, eu tenho, Sou de Oxdssi Mutalumbd OSSAE Orixa das fothas, também chamada Ossanha, 6 um dos principais “‘assentamentos” de qualquer Casa de Santo, uma vez que o que mais se manipula nos Terreiros sfo as ervas dos Orixés. Pouco usada na Umbanda, Ossde-tem o seu “Assentamento” plantado no tempo, sobre os telhados das Rogas de Candom- bié. Dominando o reino das ervas, folhas @ plantas, por vezes ¢ sincretizado, por semelhanga, @ Caipora. I sien sieiptacahinain sa ssnace CANTIGAS DE OSSAE, na Umbanda Pedrinha rolou no telhado, Corro logo pra ver quem & (bis) Deve ser Orixd Ossae, Meu Deus you ver 0 que quer (bis) Apanha maracana, mi tata mird Apanha foiha por folha, mi tata miro Eu sou filho do Ossae, mi tata miro Meu Pai é'o Rei das Foihas, tata mird, tata mird 6 Quina erva 14 no tempo Pra fazer 0 amaci (bis) Gata folha 1 no mato Entrega para o Ossae E pede o que tem pra pedir (bis) ASSENTAMENTO DE OSSANHE nn: | CANTIGAS DE OSSAE, no Candombié Catendé, & Catendé, Catendenganga, Catendé Na Luanda ¢, Catende, Catendé, Que eu Que eu 6 bibicdia € bibicdia amé, @ bibicoi amé, & bibicdi Catendé, @ @ Catendé, Catendenganga Catendé Catendenganga Catends. Catendenganga curuzu Catulé d'Angola turamd Catendenganga curuzu Catula d’Angola turamo. Catendé qui 14 digina, Na Luande Meu catendé, 14 digina. Catendé & meu Quina erva no oberé Catendé é meu Orixa Ossae 4 um ol6. OXUMARE Oxumaré, ou Bessén, & Orixé filho de Inlé e Oxum, sendo sincretizado em Séo Expedito. Tem a faculdade de ser seis meses homem, comendo carne @ vivendo de cagas, e sels meses mulher, comendo pelxe @ vi- vndo nas aguas. Seu simbolo é uma cobra engolindo a propria cauda, mostrando areprodugo. Seu assen- tamento leva, entre outras coisas, selxos rolados de rio. Na Umbanda, confunde-se muito com o Orixé Oxum. As cores de Oxumaré s&o verde-amarelo (co 1a 1 conta), no Candombié. 89 = r CANTIGAS DE OXUMARE, no Candomblé Oxumaré dandalad, Ela se chama jo (bis) Eno ald, no ald ( No ala, no alé (bis No al no ala ( Na beira do rio 6, Na beira do rio 4, Na beira do rio &, Dandalunda. Oxumaré dandalunda cecé ‘Oxumaré dandalunda cecé Oxumaré dandalunda cecé, lejé Oxumaré dandalunda cecé, lej4. ‘Oxumaré adeo Oxumaré Oxumaré aded Olaba onidé, Dandalunda maribanda kok, Dandalunda micala koké, Dandalunda micala koké 4. IBEJADAS Uma das falanges mals consultadas na Umbanda, é das mais utllizadas também no Candomblé ("‘erés"), Com sincretismos em todos os santos. criancas — Cosme, Damido, Crispim, Crispniano, etc., os mesmos adoram guloseimas, na Umbanda, acompanhadas de retrigerantes. O Candombié oferece ‘‘caruri”, claras batidas com agdcar. Quando da “feitura” de um {ilho de santo no Candomblé, 0 “eré" correspondente 2c 0x4 desempenha pepel importante. CANTIGAS DE IBEJADA, na Umbanda Brincadeira de Ibéje, 28, Segura um reino— Brincadeira de Ibéje, aé, Segura um reino. Se eu pedir, Voc8 me dA (bis). Um balancinho, papal, Prd eu brincar (bis) in jardim das rosas, Cosme ® Damigo vem na Umbanda trabalhar Louvando © nome de Santa Barbara Louvando 0 nome de Yemanjé. Meu ane! de pedra verde Que eu perdi no mar azul, Quem achou Foi Doum. Me joga na lama Eu n&o sou camarao, Camaro 6 quem me chama. E @ @, baiana, Na Bahia deu sinal € 6 @, baiana, Na Bahia deu sinal. Vamos apanhar, caruri, No mato tem. Vamos apanhar caruri, Beira do rio. Vamos apanhar carurd Com o Faisca Vamos apanhar caruré Com Estrelinha Vamos apanhar earuri Com 0 Tutdo Vamos apanhar caruri: Com 0 Chuvisco. Formiguinha d’Angola Como brinca Formiguinha d’Angola Vamos brincar. Cosme e Damiao, Sua santa ja chegou Velo do fundo do mar Yemanjé foi quem mandou Dois dois, sereia do mar, Dois dois, mam&e Yemanja (bis). Cosme e Damiao, A sua banda cheira Cheira a cravo, cheira a rosa E a botao de jaranjeira. Meu anel de pedra verde Que eu perdi pelo caminho, Quem achou Foi 0 Cosminho Meu anel de pedra verde Que eu perdi, caiu no chao, Quem achou Foi 0 Damido, Quando o tuar nasceu ) A lua escureceu ) bis Madrugada chegava A lua clareia a mata Ela ¢ prateada Seu Ogum clareia a beira mar Eu vi as criancas brincando Na beira da areia Eram os 7 filhos de Yemanja. ilustrado com elemen- tos caracteristicos de cada entidade e suas ferramentas. Nesta obra, sao encontradas cantigas tradicionais e novas. recolhidas junto aos pro- prios orixas Que os ogans e demais _ freqlientadores dos terreiros fagam bom uso da presente obra, desenvolvendo um trabalho sério e bem intencionado, de modo a atrair apenas entidades positivas e que os orixas abram os nossos caminhos! CANTIGAS DE ORIXAS A colecao Pontos Cantados / Pontos Risca- dos busca oferecer aos seguidores dos cul- tos afro-brasileiros um vasto ntimero de canti- gas e pontos, para que dentro das casas de culto melhor possam saudar Exus, Boiadei- ros, Caboclos, Orixas e Pretos-Velhos!

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