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Segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007 MIADIA NA DEDIIRI IAA PMA WPL ike Viel VPA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste mimero — Kz: 180,00 Tada a comespondéncis, quer oficial, quer ASSINATURAS (© prego de cada linha publicada nos Diirios relativa a anineio e assinaturas do «Diiria Amo | a Rep *€2* séros 6 Kr: 75.00 paraa Ast sre. Ke: 400 275.00] 34 série Ke: 95,00, acrescide do espectivo da Replica, deve set dirigida & Impeensa rmeblioarn deve ser diinida BINDERS) 4» aig Kx: 236 250.00] imposto do Selo, dopendendo publicagio da Nacional — EP, cm Luanda, Caixa Postal 1306 | 4 2 serie Kx: 128 60000] 4 vie de dept prévioa eect oa Touran — Fed Tele: «inprense: AN tic Ke: 95 700,00 | a tnpensa Nacional — EP SUMARIO Art. 3.° "As duividas e omissdes surgidas da interpre- tagZo ¢ aplicago do presente diploma so resolvidas por Conselho de Ministros decreto do Conselho de Ministros. Decreto n* 13007: Portia n° 6260, de 19 de Abril de 1948 e (oda a legislagdo que coniraie 0 disposto no presente diplom, CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.° 13/07 de 26 de Fevereiro Com a aprovagio da Lei do Ordenamento do Tertitério ¢ do Urbanismo, ficou substancialmente alterado 0 quadro legal e institucional do ordenamento do (erritério ¢ do urbanismo. Tendo em conta que 0 Regulamento Geral de des Urbanas em vigor remonta de 1948; Convindo adaptar as matérias sobre edificagdes urbanas 4 Lei do Ordenamento do Territério e do Urbanismo; Nos termos das disposigdes combinadas da alfnea d) do n° 2 do artigo 68.° da Lei n.° 3/04, de 25 de Junho, da alinea d) do anigo 112° e do artigo 113° ambos da Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1° — E aprovade o Regulamento Geral das Edificagoes Urbanas, anexo ao presente decreto € que dele faz parte integrante. Art. 2° — E revogada a Portaria n.° 6269, de 19 de Abril de 1948 ¢ toda a legislagdo que contrarie 0 disposto no pre- sente diploma. Art. 4° — O presente decreto entra em vigor na data da sua publicagao. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 27 de Setembro de 2006. Publique-se. © Primeiro Ministro, Fernando da*Piedade Dias dos Santos. Promulgado aos 3 de Janeiro de 2007. Presidente da Republica, José Envarpo nos Santos, REGULAMENTO GERAL DAS EDIFICACOES URBANAS CAPITULO 1 Disposigées Gerals ARTIGO 1° Aexecugdo de novas edificagdes ou de quaisquer obras de construgio civil, a reconstrugdo, a ampliagao, a altera- gio, a reparagdo ou a demoligdo das edificagdes e obras existentes e bem assim como os trabalhos que implicam a alteragdo da topografia local, dentro do perfmetro urbano das zonas rurais de protecgdo fixadas para as sedes de muni- clpios e para as demais localidades sujeitas por lei a plano de urbanizagdo e a expansio, subordinam-se as disposigdes do presente regulamento. M6 § Unico: — Fora das zonas ¢ localidades a que faz refe- réncia este artigo, o presente regulamento aplica-se nas povoagGes a que seja tornado extensivo por deliberagdo dos Governos das Provincias ¢ em todos os casos, as edificagdes de cardcter industrial ou de utilizagio colectiva. ARTIGO 2° ‘Os Governos das Provincias ou a quem deleguem com- peténcias nao podem conceder licengas para a execugio de quaisquer obras sem que previamente se verifiquem que elas ndo colidam com o plano de urbanizagdo geral ou par cial, aprovado para 0 local ou que, em todo 0 caso, nio rejudicam a estética urbana. § Unico: — A concessiio de licenga para a execugao de quaisquer obras deve ser sempre condicionada & observan- cia das demais prescrigdes do presente regulamento, dos regulamentos locais em vigor e de quaisquer outras dis- posigdes legais, cuja aplicagaio incumba aos Governos Pro- vinciais ou Administragdes Municipais assegurar. ARTIGO 3° ‘A concessiio de licenga para a execugiio de qualquer ‘obra © © proprio exercicio da fiscalizagao dos Governos Provineiais ou Administragdes Municipais, no seu decurso, nfo isenta 0 dono da obra ou seu representante da respon- sabilidade pela condugio dos trabalhos em estrita con- cordancia com as prescrigdes regulamentares © no podem desobrigé-los da obedigncia a outros preceitos gerais ou especiais a que a cdificago, pela sua localizagio ou natureza, tenha de subordinar-se. ARTIGO 4° Os pedidos de licenga para a execugtio de obras devem ser acompanhados dos elementos estritamente necessérios a0 exacto esclarecimento das condigies da sua realizacio, conforme o disposto nos regulamentos locais, na elaboragao dos quais se deve ter em conta a importancia, a localizagaio a finalidade de cada tipo de obra. § Unico: — Os Governos Provinciais devem submeter & aprovagiio da autoridade competente os regulamentos Tocais, cuja claboragto é prevista neste artigo. ARTIGO 5 Nos projectos de novas construcdes e de reconstrugio, a ampliagdo e a alteragao de construgdes existentes devem ter sempre indicados 0 destino da edificagdo e a utilizagao pre~ ‘vista para os diferentes compartimentos. ARTIGO 6° ‘As obras relativas as novas edificagées, &s reedificagoes, as ampliagies as alterages das edificagdes existentes nio podem ser iniciadas sem que pela respectiva entidade com- DIARIO. DA REPUBLICA petente para o licenciamento seja fixado, quando neces- sério, 0 alinhamento de acordo com o plano geral e dada a cota de nivel ARTIGO 7° A utilizagdo de qualquer edificagdo nova, reconsteutda, ampliada ou alterada, quando da alterago resultar modifi- cages importantes nas suas caracteristicas, carece de licen- ciamento. § 1° — As licengas previstas no presente artigo sé podem ser concedidas pelas entidades competentes apés vistoria das obras e que tenham cumprido com 0 projecto aprovado e as disposigdes legais e regulamentares. ap! caveis, § 2. —A licenca de utilizagdo s6 pode ser concedida depois de decorrido sobre a conclusio das obras 0 prazo fixado nos regulamentos locais, tendo em vista as exigéncias da salubridade réfacionadas com a natureza da utilizagio. § 3° —O disposto neste artigo € aplicdvel & utilizagio das edificagdes existentes para fins diversos dos anterior- mente autorizados, nfo podendo a licenga para este efeito ws ‘anformidade cam as disposigoes legais e regulamentares aplicéveis. ARTICO 82 As edificagdes existentes devem ser reparadas e benefi- ciadas pelo menos uma vez em cada perfodo de oito anos, com o fim de remediar as deficiéneias prowgrientes do seu uso normal e de as manter em boas condigées de utilizagao, ‘sob todos os aspectos de que trata o presente regulamento. ARTIGO 9° Independentemente das obras periGdicas de conservagio referidas no artigo anterior, 0s Governos Provinciais e as Administragdes Municipais podem, em qualquer altura, Geterminar, em edificagbes existentes, precedendo vistoria, alexecugiio de obras necessérias para corrigir mas condigées de salubridade, solidez ou seguranga contra 0 risco de incéndio. § 1° — Aos Governos Provinciais ¢ as Administragdes, ‘Municipais compete ordenar, precedendo vistoria, a demoligdo total ou parcial das construgdes que ameagam ruina ou oferegam perigo para a satide piiblica, bem como das pequenas casas abarracadas com um ou dois pavimen- tos, em construcdo ou j4 construfdas, e de quaisquer con: trugdes ligeiras, desde que 0 seu projecto ndo tenha sido aprovado, nem tenha sido concedida licenga para a sua construgio. § 2° — As deliberagées tomadas pelos Governos Pro- vinciais e pelas Administragdes Municipais em matéria de 1 SERIE — N° 25 —DE 26 DE FEVEREIRO DE 2007 beneficiag’o extraordindria ou demoligao, sio notificadas 20 proprietirio do prédio no prazo de trés dias, a contar da aprovagio da respectiva acta. Podem ser expropriadas as edificagdes que, em conse- {quéncia de deliberagdo dos Governos Provinciais baseada ‘em prévia vistoria, devam ser reconstrufdas, remodeladas, beneficiadas ou demolidas, total ou parcialmente, para realizago geral ou parcial dos planos de urbanizagio aprovados. ARTIGO 11° ‘A execugio de pequenas obras de reparagio sanitiria, como, por exemplo, as relativas a roturas, obstruges ou ‘outras formas do mau funcionamento, tanto das canaliza- ‘bes interiores e exteriores de Aguas ¢ esgotos como di instalagdes sunitirias, as deficigneias day coberturas © a0 mau estado das fossas, € ordenada pelos Governos Provinciais e pelas Administragdes Municipais, indepen- dentemente de vistoria § Unico: — £ da competéncia dos Governos Provinciais ‘¢ das Administragdes Municipais a aplicago das penas pre- vistas na lei pelo nao cumprimento das determinagdes a que este artigo se refere. ARTIGO 12° Quando determinadas obras so impostas por um servigo publico, a notificagao ao interessado deve ser feita por intermédio do respective Governo da Provincia ou da Administragdio Municipal. ARTIGO 13! ‘As obras executadas pelos servigos do Estado no care- ccem de licenciamento, mas devem ser submetidas & prévia apreciagio dos respectivos Governos Provineiais, a fim de se verificar a sua conformidade com o plano geral ov par cial da urbanizago aprovado e com as prescrigdes regula- mentares aplicdveis. CAPITULO TI Condigdes Gerais das Edificagdes SECCAO 1 Dieposighes Gerais ARTIGO 142° Todas as edificagées, seja qual for a sua natureza, devem ser construfdas com perfeita observaneia das melhores nor- mas da arte de construir e com todos 0s requisitos neces- sérios para que Ihes sejam asseguradas, de modo duradouro, 1s condiges de seguranga, de salubridade e de estética mais adequadas & sua utilizago e As fungdes educativas que devem exercer, ARTIGO 15° ‘A qualidade, a natureza e o modo de aplicagéio dos mate- riais utilizados na construgdo das edificagdes devem ser de 347 molde que satisfagam as condigdes estabelecidas no artigo aplicéveis, anterior ¢ as especificages ofic ARTIGO 16° A apticagao de novos materials ou procersos de 4 trugtio para os quais nao existam especificagbes oficiais nem suficiente pritica de utilizagio & condicionada a0 prévio parecer do Laboratério de Engenharia de Angola. SECCAO Fundagtes ARTIGO 17° ‘As fundagaes dos edificios devem ser cstubelecidas sobre terreno estvel e suficientemente firme, por natureza ou por consolidacZo artificial, para suportar com seguranga ‘as carpas que Ihe so transmitidas pelos elementos da cons- trugdo, nas condigées de wtilizagiin mais desfavordveis, ARTIGO 18° Quando as condigdes do terreno € as caracteristicas da edificagio permitam a fundagdo continua, deve ser obser- vados 0s seguintes preceitos: 6) os waiicos deve profundidade de 50cm, pelo menos, excepto quando se trate de rocha dura, onde pode ser menor, ) a profundidade referida na alinea a) do presente artigo deve, em todos os casos, ser suficiente para assegurar a distribuigio regular quanto possivel das pressdes na bys¢ do alicerce; ©) @ espessura da base dos aliceréés ou a Targura das sapatas, quando requeridas, devem ser fixadas por forma que a pressio unitéria no fundo dos caboucos nfio exceda a carga de seguranga admiss{vel para 0 terreno de fundacio; d) os aliverces devem ser construidos com a téenica exigivel para que a humidade do terreno nio se comunique as paredes da edificagio, devendo, sempre que necessario, intercalar-se entre eles as paredes uma camada hidréfuga; ©) na execugtio dos alicerces ¢ das paredes até 50cm acima do terreno exterior deve ser aplica- da alvenaria hidrdulica, resistente ¢ imper- medvel, fabricada com materiais rijos e nfo porosos; ‘) nos alicerces constituidos por camadas de dife- rentes larguras a saligncia de cada degrau, desde que 0 contrario se nao justifique por calculos de resisténcia, no deve exceder a sua altura rc ARTIGO 19° Quando o terreno, com as caracterfsticas requeridas, esteja a uma profundidade que no permita fundagio con- tinua directamente assente sobre ela, devem ser adoptados 4B _ processos especiais adequados de fundagdo, com observan- cia além das disposigées aplicaveis do artigo anterior, de quaisquer prescrigdes especialmente estubelecidas para garantir a seguranga da construgao, ARTIGO 20° Os Governos Provinciais ou as Administragdes Mu cipais, atendendo A natureza, importincia e demais condigdes particulares das obras, podem exigir que do respectivo projecto conste, quer o estudo suficientemente pormenorizado do terreno de fundagao, de forma a ficarem definidas com clareza as suas caracteristicas, quer a justifi- cago pormenorizada da solugio prevista, ov ambas as coisas, ARTIGO 21. A compressiio do terreno por meios mecdnicos, a cravagdo de estacas ou qualquer outro processo de construir as fundagdes por percussio devem ser claramente men- cionadas nos projectos, podendo os Governos Provinciais ‘ou as Administragdes Municipais condicionar, ou mesmo niio autorizar, 0 seu uso sempre que possa afectar cons- trugdes vizinhas. puedes ARTIGO 22° As paredes das edificagées devem ser constitufdas tendo em vista nido s6 as exigéncias de seguranga, como também as de salubridade, especialmente no que respeita pro tecgio contra a humidade, as variagdes de temperaturas e a propagagao de rufdos e vibragies. ARTIGO 23° Na construgio das paredes das edificagdes de cardcter Permanente devem ser utilizados materiais adequados & natureza, importancia, cardcter, destino e localizagio dessas edificagdes, os quais devem oferecer, em todos os casos, suficientes condigdes de seguranca e durabilidade ARTIGO 242 Para ae paredes habitagdo, quando construidas de alvenaria, de pedra ou de tijolo ceramico macigo de I. qualidade, com as dimensdes de 0,23m x 0,11m x 0,07m, pode ser considerada assegu- rada, sem outra justifieagio, a sua resistencia, sempre que sejam adoptadas as espessuras mfnimas a fixar em regula mento especifico das tipologias de construgio, edificagées correntes destinadas & ARTIGO 25° Os Governos Provinciais ou as Administragdes Muni- cipais 86 podem autorizar, para as paredes das edificagdes correntes destinadas 2 habitagio, construfdas de alvenaria DIARIO DA REPUBLICA de pedra ow de tijolo, espessuras inferiores aos minimos fixados no artigo anterior, desde que: 2) sejam asseguradas ao mesmo tempo as disposi- des porventura necessdrias para que niio resul- tem diminutdas as condig&es de salubridade da edificagao, particularmente no que se refere & protecgo contra a humidade, variagdes de tem- peratura e propagagio de ru(dos e vibragées; +) sejam justificadas as espessuras propostas, por ensaios em laboratérios oficiais ou por calculos rigorosos em que se tenham em consideragio a resisténcia verificada dos materiais empregados € as forgas actuantes, incluindo nestas nio 86 as cargas verticais, como também a acgio do vento, as componentes verticais e horizontais das forgas obliquas e as solicitagées secundériag a que as paredes possam estar sujeitas por vir- tude de causas exteriores ou dos sistemas de construgio adoptados. § Unico: — Pode também ser exigido o cumprimento do prescrito no corpo deste artigo, auaisquer que sejam as espessuras propostas, quando na construgio das paredes sejam empregues outros materiais ou elas tenham consti- luigdo especial ARTIGO 26¢ A justificagdo da resisténcia das paredes pode ainda ser exigida quando tenham alturas livres super esiejam sujeitas a solicitagées superio correntes, particulurmente quando a edificago se destine a fins susceptiveis de se Ihe impor sobrecargas superiores a 300kg/m? de pavimento ou de a sujeitar a esforgos dina tmicos considerdveis. ARTIGO 27° Nas edificagdes construfdas com estruturas indepen- dentes de betio armado ou metélicas, as espessuras das paredes de simples preenchimento das malhas verticais das, estruturas, quando de alvenaria de pedra ou de tijolo, podem ser reduzidas até aos valores minimos de cada grupo fixa- dos no artigo 24, desde que o menor vio livre da parede entre os elementos horizontais ou verticais da estrutura nio exceda 3,50m. ARTIGO 28° ‘A construgio das paredes das caves que esto em con- tacto com o terreno exterior nos termos das alineas d) ¢ e) do artigo 18° do presente regulamento, consideradas habitaveis, quando no sejam adoptadas outras solugdes comprovadamente equivalentes do ponto de vista da salu- bridade da habitagao, a espessura das paredes mio pode ser inferior a 0,60m e o seu paramento exterior deve ser guar- 1 SERIE — necido até 0,20m acima do terreno exterior, com revesti- mento impermedvel resistente, sem prejuizo de outras pre- caugdes consideradas necessérias para evitar a humidade no interior das habitagoes. ARTIGO 29° Todas as paredes em elevacio, quando no sejam cons- trufdas com material preparado para ficar vista, devem ser guarnicidas, fanty interior com cates timentos apropriados, de natureza, qualidade espessura tais que, pela sua resisténcia & acco do tempo, garantam a manutengio das condigdes iniciais de salubridade ¢ bom aspecto da edificagao. niente, LUI EVES 1. Os revestimentos exteriores devem ser impermedveis sempre que as paredes estejam expostas & acco frequente de ventos chuvosos, 2. O revestimento exterior das paredes das mansardas ou das janelas de trapeira devem ser de material impermedvel, com reduzida condutibilidade calorifera e resistente a acgo. dos agentes atmosféricos e ao fogo. ARTIGO 30° As paredes das casas de hanho, das retretes, das eopas, das cozinhas e de locais de lavagem devem ser revestidas, até, pelo menos, 3 altura de 1,50m, com materiais imper- medveis, de superficie aparente lisa ¢ facilmente lavével ARTIGO 312 Os paramentos exteriores das fachadas que marginem as vias piiblicas mais importantes designadas em postura municipal devem ser guamecidos inferiormente de pedra aparelhada ou de outro material resistente ao desgaste facil de conservar limpo ¢ em bom estado. ARTIGO 22° 1. No guarnecimento dos vos abertos em paredes exte- riores de alvenaria, quando no se empregar cantaria ou betdio, deve ser utilizada a pedra rija ou tijolo macigo e arga- massa hidréulica. 2. Para a fixagdo dos aros exteriores deve ser utilizado material resistente, com exclusio da madeira. ARTIGO 33° Todas as cantarias aplicadas em guamecimento de vos ‘ou revestimento de paredes devem ser ligadas ao material das mesmas paredes por processos que déem suficiente garantia de solidez e duragao. SECCAO IV Pavimentos e Coberturas ARTIGO 4° Na constituigdo dos pavimentos das edificagdes devem atender no s6 as exigéncias de sepuranca, como também as ° 25 —DE 26 DE FEVEREIRO DE 2007 349 de salubridade e & defesa contra a propagacao de ruidos ¢ vibragoes. ARTIGO 35." 1. As estruturas dos pavimentos e coberturas das edifi- cages devem ser construidas de madeira, de betdo armado, de ago e de outros matetiais apropriados que possuam satis- fat6rias qualidades de resisténcia e duracao. 2. As secgdes transversais dos respectivos elementos, devem ser justificadas pelo célculo ou por experiéncias, devendo atender para este fim, & disposigo daqueles ele- mentos, & capacidade de resisténcia dos materiais empre~ gados ¢ as solicitagdes inerentes & utilizagdo da estrutura ARTIGO 36° 1. Nos pavimentos de madeira das edificagdes correntes destinadas & habitagdo, as secgdes transversais das vigas podem ser as justificadas pelo uso para idénticos vaos e cargas méximas, nao sendo, todavia, consentidas secgdes inferiores a de 0,16m x 0,08m ou equivalente a esta em resisténcia e rigidez. 2. Aeste valor numérico deve corresponder afastamento entre eixos nao superior a 0,40m, 3. As vigas devem ser convenientemente tarugadas, quando 0 vo for superior a 2,5m. ARTIGO 37. Nas coberturas das edificagdes @bmrentes, com incli- nagio nio inferior a 20°, nem superior a 40°, apoiadas sobre estruturas de madeira, podem ser empregues, sem outra jus- ificagtio, as secgdes mfnimas seguintes ou suas equiva- lentes em resistencia e ngidez, desde que nao se excedam as distancias méximas indicadas. Secgde minima Elemento da extrtura Distincia méxt- | “Gos elementos sma entre ezos | ature por argue] Madres 2,00 16x8 ‘Varas para tea 050 1oxs Varas para telha tipo canudo 040 14x7 Ripas para tetha tipo marselha comprimento| 32,8 ddacelha ARTIGO 38° As estraturas das coberturas e pavimentos devem ser devidamente assentes nos elementos de apoio e construfdas de modo que estes elementos nao fiquem sujeitos a esforgos horizontais importantes, salvo se para Ihes resistirem se tomarem disposicdes apropriadas. 350 § Unico: — Quando se utiliza madeira sem tratamento prévio adequado, 0s topos das vigas das estruturas dos pav’ ‘mentos ou coberturas, introduzidos nas paredes de alvena- ria, devem ser sempre protegidos com induto ou revesti- mento apropriados que impegam o seu apodrecimento. ARTIGO 39° 1. O pavimento dos andares térreos deve assentar sobre uma camada impermedvel ou, quando a sua estrutura for de madeira, ter caixa de ar com a altura minima de 0,50m e ventilada por circulagao transversal de ar, assegurada por aberturas praticadas nas paredes. 2. Das aberturas referidas no mimero anterior as situadas nas paredes exteriores devem ter dispositivos destinados a impedir, tanto quanto possivel, a passagem de objectos ou animais. ARTIGO 40" Os pavimentos das casas de banho, retretes, copas, cozinhas © outros locais onde haja risco de infiltragdo devem ser assentes em estruturas imputresciveis e consti- tufdas por materiais impermedveis com superficie plana, lisa e facilmente lavavel. ARTIGO 41° As coberturas das edificagdes devem ser construidas ‘com materiais impermedveis, resistentes a0 fogo e a acgio dos agentes atmosféricos, e capazes de garanuir o isolamen- to calorffico adequado ao fim a que se destina a edificagao. ARTIGO 42 Nas coherturas de hetin armada dispastne em terragac, devem ser utilizados materiais e processos de construgo gue assegurem a impermeabilidade daqueles e protejam a edificagdo das variagdes de temperatura exterior. § 1.° — As lajes da cobertura devem ser construidas de forma que possam dilatar ou contrair sem originar impulsos considerdveis nas paredes. § 2° — Devem ser tomadas as disposigdes necessérias para 0 répido e completo escoamento das fguas pluviais e de lavage, uae podendo 0 declive das superticies de escoamento ser inferior a 1%. ARTICO 43° 1. Os algerozes dos telhados devem ser forrados com ‘materiais apropriados para impedir infiltragbes nas paredes © 0 forro deve ser prolongado sob o revestimento da cober- tura, formando aba protectora de largura varidvel com a érea e inclinagdo do telhado, e nunca inferior a 0,25m. ___DIARIO DA REPUBLICA. 2. As dimensdes dos algerozes devem ser proporcionais A extensio da cobertura, 3.0 seu declive, nv sentido longitudinal, deve ser o sufi- ciente para assegurar 0 répido escoamento das éguas que recebem e nunca inferior a 2mm/m. 4.A rea itil da secgdo transversal deve ser, pelo menos, de 2cm? por cada metro quadrado de super horizontal. 5. Devem ser tomadas as disposigdes necessdrias para assegurar, nas condigdes menos nocivas possivel, a extra- vasiio das 4guas dos algerozes, no caso de entupimento acidental de um tubo de queda. ‘SECGAO V ‘Comunicagies Verticais ARTIGO 44° 1. As escadas de acesso aos diferentes andares das edifi- ‘cages devem ser seguras, suficientemente amplas, bem ilu- minadas, ventiladas e proporcionar cémoda utilizagao. 2, Em todas as editicagdes, para além das escadas deve ser obrigatério a implantagao de rampas de acesso para defi- cientes, ARTIGO 45" L.A largura dos langus das eseaulas 1a, miliares deve ser, no minimo, de 0,80m, 2. Nas edificagdes para habitagdo colectiva até dois pisos ou quatro habitagdes, servidas pela mesma escada, os angus desta Jeveut ter & largura minima de 090m. 3. Nas edificagdes para habitagdo colectiva com mais de dois pisos ou com mais de quatro habitagdes, servidas pela mesma escada, os langos devem ter a largura minima de 110m 4, Nas edificagdes para habitagdo colectiva, quando os langos se situam entre paredes, a sua largura mfnima deve ser, nos casos referidos no n.° 2, de 1,10m e nos casos do ne 3. de 1.20m. 5. Para edificios que integram um corpo de altura supe- rior a 30m, a largura minima admissivel das escadas deve ser de 1,40m. 6. As larguras minimas dos patamares para onde se abrem as portas de acesso as habitagées devem ser de 1,10m, nos casos contemplados no n° 2, de 140m, nos casos referidos no n.° 3, e de 1,50m, nos casos do n° 5. 1 SERIE — N° 25 — DE 26 DE FEVEREIRO DE 2007 7. Os degraus das escadas das edificagdes para habita- do colectiva devem ter a largura (cobertor) minima de 0.25m e a altura (espetho) maxima de 0,193m. 8. Nos edificios de trés, quatro ou cinco pisos € sempre que nao seja instalado ascensor, a largura (cobertor) minima deve ser de 0,280m ¢ a altura (espelho) maxima de 0.175m. 9. As dimensées adoptadas devem manter-se constantes nos langos eritre pisos consecutivos. ARTIGO 46° 1. As escadas de acesso comum nas edificagées com mais de trés pisos, sempre que posstvel, devem ser ilumi- nadas e ventiladas por meio de aberturas praticadas nas paredes em comunicacdo directa com 0 exterior. 2, Nos dois andares superiores das edificagées referidas ro niimero anterior, bem como no seu conjunto, nas edifi- cages até trés pisos, a iluminagio e a ventilagiio das escadas de acesso comum podem ser feitas por clarabdias providas de ventiladores, devendo as escadas ter no seu exo ‘um espago vazio com largura néo inferior a 40cm, 3, Em todos os casos deve ter-se em atengdo o disposto no artigo 47° ARTIGO 47° I. As escadas de acesso aos andares ocupados das edifi- ‘cagées, incluindo os respectivos patamares, ¢ bem como os, acessos comuns a estas escadas, salvo nos casos referidos nos n= $e 4, do presente artigo devern set construfdos cout ateriais resistentes ao fogo, podendo, no entanto, serem revestidos com outros materiais. 2. As escadas, desde que sirvam mais de dois pisos, devem ser cucerradas em caixas de paredes igualmente resistentes ao fogo, nas quais no sao permitidos outros ‘vos em comunicacdo com o interior das edificagdes além das portas de ligago com diversos pisos. § Univo: — As cainas de escadas que sirvam mais de dois pisos, devem ser sempre providas de dispositivos de ventilagdo da parte superior e de bomba de escadas para acgdes de salvagio, nomeadamente, extingao de incéndio. 3, Nas habitagSes com © méxima de dois andares sobre orés-do-chio, incluindo sétdo, quando habitdvel, as escadas podem ser construidas de materiais nao resistentes ao fogo desde que sejam dotadas inferiormente de um revestimento continuo, sem fendas ou juntas, resistente ao fogo. 351 § Unico: — Nas pequenas habitagdes com o méximo de um andar sobre o rés-do-chao pode ser dispensado este revestimento. 4. 0 disposto no niimero anterior pode ser aplicdvel a ‘uma das escadas de acesso comum das habitagées com ‘maior nimero de andares, providas de escadas de servigo, desde que o nimero total de pisos habitiveis, ineluindo cave e sétio, no exceda cinco ARTIGO 48° 1 Nas edificacdes para habitacdo colectiva, quando a altura do iltimo piso destinado & habitagao exceder 11,5m, € obrigatéria a instalagdo de ascensores a altura referida, deve ser medida a partir da cota mais baixa do arranque dos 6 5. O tipo de fogo deve ser definido pelo niimero de quar- ‘Area em metros quadrados (iia) tos de dormir, e para a sua identificagao utiliza-se o simbolo , enta o ntimero: i Queen [-|n}a)e)elelel 2 T(X), em que (x) representa de quartos de dormir. Quarto duplo —j—pupuparyidn ARTIGO 65° Quaro dupto.....J-|—]—Jufufufuf a . quaroaio | —-|—}—]—] Ju fa 1, As éreas brutas dos fogos devem ter os valores mini- licados nos quadros seguintes: Quarto simples... —|—|—|—] 0] 9 | 9 Quarto simples. ...] —] —] — —|-|9 ° 4) reas brutas de fogos de habitagao corrente: Sale | 12| 15] 15 18] 20] 22 | 22] sempre + “Tipes de foro Smfpessoa Mais de 8 Clas stelelelwlol wo to| 11] 12 13| r4[15| 16] “tw> 6 vm 6 " ' 39 | 62 | 96 | 108] 126|155] 163] 16x Ab ‘Suplemento de trea ‘obvigatrio 6|6|s|s] 8/10] 0 1b) reas brutas de fogos de habitagao ) compartimentos de habitagio social: Tinos eae o| 1] 12] 23 _ > de compartimentos «pan de fogo 33[2| 2 273 ‘le AP a] Maisde 8 To] Ti] 72 }13]T4 [TS] T6} tars | 2. Para os fins do disposto no presente regulamento, ‘Area em mtros guadrados mina) considera-se: odecast ..| ros 10,3 @) «Area bruta (Ab)», € a supefficie total do fogo, tijop - J medida pelo perimetro exterior das paredes Quarto duplo.....] —| —] 9 exteriores e eixos das paredes separadoras dos Quarto duple ....| =| =| — fogos e inclui varandas privativas, locais aces- ‘Quarto duplo ... | =} — | = sOrios € a quota-parte que Ihe corresponda nas “pO circulagdes comuns do edificio; Quarto simples ..] —| —| — a i wesinee | —|—[— 4) «Area itil (Au>>, € a soma das dreas de todos os pf fo fo ‘compartimentos da habitagdo, incluindo vesti- Sala os 0| 10 | 10 _ bulos, circulagdes interiores, instalagdes sani- Corinhas élele tdrias, arrumos, outros compartimentos de 4 4- fungio similar e armérios nas paredes, e mede- ‘Suplemento de Sea ant i obrieatsrio slok -~se pelo perimetro interior das paredes que limi- 2. No ntimero de compartimentos acima referidos nio esto incluidos os vestibulos, as instalagdes sanitérias, os arrumos ¢ outros compartimentos de fungdo similar. 3. 0 suplemento de Area obrigatério referido no n.° | nio pode dar origem a um espago auténomo ¢ encerrado, deve ser distribuido pela cozinha e sala, e ter uma parcela afec- tada ao tratamento de roupa, na proporgao que estiver mais de acordo com os obiectivos da solucao do projecto. tam 0 fogo, descontando encalgos até 0,30cm, aredes intetiores, di ©) «Area habitdvel (Ah)>» € a soma das dreas dos ‘compartimentos da habitagio, com excepeao de vestibulos, circulagdes interiores, instalagées sanitérias, arrumos ¢ outros compartimentos de fungio similar, ¢ mede-se pelo perimetro interior das paredes que limitam 0 fogo, descon- tando encalgos até 0,30cm, paredes interiores, divis6rias e condutas. Srias € condutas; L SERIE — N2 25 —DE 26 DE FEVERFIRO DE 2007 ARTIGO 66° 1. Nas habitagdes TO ¢ TI, a drea minima para insta- ages sanitérias deve ser de dm’, sendo o equipamento minimo definido de acordo com o artigo 84. 2. Nas habitagdes T2 ¢ T3, a drea minima para insta~ lagdes sanitérias deve ser de Sm’, subdividida em dois espagos com acesso independente. 3. Nas instalagdes sanitirias subdivididas deve haver como equipamento minimo uma banbeira e um lavatério, num dos espagos, uma bacia de retrete, um bidé e um lavat6rio no outro espace. 4, Nas habitagdes T4 e TS ou com mais de seis compar- timentos, a rea minima para as instalagdes sanitérias deve ser de 8m*, desdobrada em dois espacos com acesso inde- pendence. 5. Nas instalagSes sanitérias desdobradas deve haver como equipamento minimo uma banheira, uma bacia de retrete, um bidé e um lavatério, num dos espagos e uma bacia de duche, uma bacia de retrete © um lavatériv, no outro. ARTIGO 67° Os compartimentos das habitagdes, com exclusio apenas de vestibulos, retretes, casas de banho, despensas ¢ outras divisées de fungio similar, devem ser delineados de tal forma que © comprimento niio exceda 0 dobro da Jargura ARTIGO 68° 1. As dimensoes dos compartimentos das habitagoes referidos no n° I do artigo 64.° obedecem as exigéncias seguintes: a) quando a respectiva érea for menor que 6m", a dimensdo do lado menor deve ser 2,101, ) quando a respectiva drea for maior ou igual a 60m? € menor que 1,20m, a dimenso do lado menor deve ser no mfnimo de 3m; ©) quando a respectiva area for maior ou igual fa 12m © menor que 15m’, a dimensio do lado ‘menor deve ser no mfnimo de 3m; 4) quando a respectiva rea for maior ou igual a 15m?, 0 comprimento nao deve exceder o dobro da largura, ressalvando-se as situagdes em que nas duas paredes opostas mais afastadas se pra- tiquem vos. 2. Quando um compartimento se articular em dois, ‘espagos nao auténomos, a dimensio horizontal que define 355 seu contacto nunca é inferior a 2/3 da dimensio menor do espago maior, com o minimo de 2,10m. 3. Exceptua-se do preceituado no mimero anterior 0 compartimento destinado a cozinha, em que a dimensio minima admitida deve ser de 1,70m, sem prejuizo de que a distancia minima livre entre bancadas situadas em paredes opostas seja de 1,10m. ARTIGO 69° 1. Os compartimentos das habitagdes referidos no n? 1 do artigo 64.° devem ser sempre iluminados e venti- lados por um ou mais véos praticados nas paredes em ‘comunicagdo directa com o exterior e cuja rea total nao deve ser inferior a 1/10 da area do compartimento com 0 inimo de 1,08m, medidos no tosco. 2. Nos casos em que as condigoes climsticas e de rufdo se jusificar, deve ser permitido 0 uso de varandas envidra- cadas, consideradas para efeito deste artigo como espaco exterior, de acordo com os condicionamentos seguintes: a) a largura das varandas nio pode exceder 1,80m; b) as areas dos vaos dos compartimentos confinantes nfo devem ser inferiores a 1/5 da respectiva ‘rea nem a 3m%, ©) a Area do envidragado da varanda niio deve ser inferior a 1/3 da respectiva 4rea, nem a 43m, 4) a rea de ventilagio de envidragado da varanda deve ser, no minimo, "gual a metade da érea total do envidragado. 3. As frestas praticadas em paredes confinantes com terrenos ou prédios contfguos nao devem ser considerados ‘vaos de iluminagio ou ventilag3o para os fins do disposto esse artigo. ARTIGO 702 Deve ficar assegurada a ventilagZo transversal do conjunto de cada habitagdo, em regra por meio de janelas dispostas em duas fachadas opostas. Apricn 716 As janclas dos compartimentos das habitagdes devem ser sempre dispostas de forma que o seu afastamento de qualquet muro ou fachada fronteiros, medido perpendi- cularmente ao plano da janela e atendendo ao disposto no artigo 73°, ndo seja inferior a metade da altura desse muro ‘ou fachada acima do nfvel do pavimento do comparti- mento, com o minimo de 3m. Além disso, ndo deve existir num e no outro lado do eixo vertical da janela qualquer 356 obstéculo a iluminagdo a distancia inferior a 2m, deve ser garantido em toda essa largura, o afastamento minimo de 3m acima do fixado. ARTIGO 72° A ocupagio duradoura de logradouros, patios ou recan- tos das edificagdes com quaisquer construgdes, designada- ‘mente telheiros € coberturas e 0 pejamento dos mesmos Jocais com materiais ou volumes de qualquer natureza s6 pode ser efectuada com expressa autorizagao dos Governos Provinciais e das AdministragSes Municipais quando se Verifique nao advir dai prejuizo para o bom aspecto condigoes de salubridade € a seguranca de todas as edit ‘cages directa ou indirectamente afectadas. ARTIGO 73° Scmpte que nas fachadas sobre logradouros ou patios haja varandas, alpendres ou quaisquer outras construgées salientes das paredes, susceptiveis de prejudicar as condi- ges de iluminagio ou ventilacao, as distancias ou dimen- s6es mfnimas fixadas no artigo 72.° devem ser contadas a partir dos limites exuemius dessas vumstruyoes. ARTIGO 74° 1. Nos logradouros ¢ outros espagos livres deve haver a0 longo da construgio uma faixa de, pelo menos, Im de largura, revestida de material impermedvel ou outra disposigo igualmente eficiente para proteger as paredes contra infiltragies. 2. A frea restante deve sor ajardinada ov tor outiy atranjo condigno. 3. Os pavimentos dos patios e as faixas impermedveis dos espacos livres devem ser construidos com inelinagées que assegurem répido e completo escoamento das éguas pluviais ou de lavagem para uma abertura com ralo e vedagio hidréulica, que poderd ser ligada a0 esgoto do prédio, ApTicn 76° 1. S6 deve ser permitida a construgao de caves desti- nadas & habitag3o em casos excepcionais, em que a orien- tagdo € 0 desafogo do local permitam assegurar-Ihes boas condicdes de habitabilidade. reconhecidas pelos Governos Provinciais ou petas Administragdes Municipais, devendo, neste caso, todos os compartimentos satisfazer &s condigdes especificadas no presente regulamento para os andares de habitago e ainda ao seguinte: DIARIO DA REPUBLICA @) a cave deve ter, pelo menos, uma parede exterior completamente desafogada partir de 0,15m abaixo do nfvel do pavimento inferior; b) devem ser adoptadas todas as disposigées constru- tivas necessarias para garantir a defesa da cave contra infiltragdes de Aguas superficiais e contra a humidade teltrica e para impedir que quais- quer emanagdes sublerrineas penetrem no seu interior, ©) 0 escoamento dos esgotos deve ser conseguido por gravidade 2. No caso de habitagGes unifamiliares isoladas que tenham uma fachada completamente desafogada e, pelo menos, duas outras desafogadas, s6 a partir de Im de altura acima do pavimento interior se pode dispor de comparti- mentos habitacionais contiguos a qualquer das fachadas, 3, Para o caso de habitagdes unifamitiares geminadas, deve ser exigido, para’ esse efeito, além de uma fachada completamente desafogada, apenas uma outra desafogada, nos termos jé referidos para a outra hipétese. 4, Se da construgdo da cave resultar a possibilidade de se abrirem janelas sobre as ruas ou sobre o terreno circun- dante, no podem aquelas, em regra, ter os seus peitoris a menos de 0,40m acima do nivel exterior. ‘ARTIGO 76° ey 1. Pode ser autorizada a construgao de caves que sirvam, exclusivamente de arrecadago para uso dos inquilinos do pr6prio prédio ou de armazém ou arrecadagiia de astahe- lecimentos comerciais ou industriais existentes no mesmo prédio. 2. Neste caso, 0 pé-direito minimo deve ser de 2,50m ¢ as caves devem ser suficientemente arejadas e protegidas contra a humidade e no possuir qualquer comunicagio directa com a parte do prédio destinada & habitago. § Unico: — Os Governos Provinciais podem ainda fixar vuuas disposiges expeciais a que devam obedecer as arrecadagdes nas caves, tendentes a impedir a sua utilizagio eventual para fins de habitagdo. ARTIGO 72° 1. Os s6tdos, éguas-furtadas e mansardas s6 podem ser utilizados para fins de habitagdo quando satisfagam a todas as condigdes ¢ salubridade previstas neste regulamento para ‘os andares de habitacdo. 1 SERIE — N.* 2. No entanto, € permitido que os respectivos comparti- mentos tenham o pé-direito mfnimo regulamentar s6 em. metade da sua érea, no podendo, porém, em qualquer ponto afastado mais de 30cm do perimetro do compri- mento, o pé-direito ser inferior a 2m, 3. Em todos os casos devem ficar devidamente assegu- radas boas condigées de isolamento térmico. ARTIGO 78° 1, As caves, sétdos, dguas-furtadas ¢ mansardas s6 podem ter acesso pela escada principal da edificacao ou ele- vador quando satisfagam as condigdes minimas de habi- tabilidade fixadas no presente regulamento. 2. Deve ser interdita a construgo de cozinhas ou retretes nos locais referidos no nimero anterior, quando nio retinam ay demais cundigdes de habitabilidade. ARTIGO 79° 1. Pode ser autorizada a construgio de habitagées do tipo «dupleo» baseada na criacdo de duplos pavimentos. em galerias, com a principal finalidade de dar, com a redugdo dos pés-direitos, um maior cardcter de intimidade ‘acertas zonas de habitagao. 2. Como a redugio dos pés-direitos inferiores resul- tantes dessas zonas contratia o disposto no artigo 63°, por ‘motivos de salubridade, ventilagZo e arejamento e a solugdo do tipo «duplex» resolve de mancira aceitavel ¢ melhor, que a solugo clissica, o problema da ventilago natural tirando partido das diferengas de pressio € temperatura entre as fachadas opostas e os diferentes pisos, os Governos Provinciais podem autorizar a construgdo de habitagdes do tipo «duplex» desde que se obedegam as seguintes regras: 4) a sala comum tenha o pé-direito mfnimo de 5,20m, numa frea minima de 1/4 da érea do 1.° piso da habitagio: b) a zona da sala comum, referida na alfnea anterior, deve ter uma profundidade nao inferior & altura da galeria e uma largura igual a do médulo cortespondente & habitagio; ©) 0s pés-direitos das zonas intimias ¢ de servigo niio sejam inferiores a 2,50m. arTiao sn* Os Governos Provinciais podem’ estabelecer nos seus regulamentos a obrigatoriedade de adopedo, em zonas infestadas por ratos, de disposigées construtivas especiais 25 —DE 26 DE FEVEREIRO DE 2007 387, tendo por fim impossibilitar 0 acesso destes animais ao inte- rior das edificagdes. ARTIGO 81° ‘Os Governos Provinciais, nas regides sezoniticas ov infestadas por moscas, mosquitos e outros insectos prejudi- ciais a satide, podem determinar que os vaos das portas janelas sejam convenientemente protegidos com caixilhos fixos ou adequadamente mobilizaveis, com rede mosqui- teira ou com outras modalidades construtivas de adequada eficiéncia, SECCAO IV Instalagées Sanitrias¢ Fsgotos ARTIGO #2° ‘Todas as edificagdes devem ser providas de instalagdes sanitarias adequadas ao destino e ulilizagao efectiva da construgao ¢ reconhecimento salubres, tendo em atengéo, além das disposigdes deste regulamento, as do Regulamento Geral das Canalizagdes de Esgoto. AKTIGU 33" 1. Em cada habitagdo, as instalagées sanitérias devem ser quantitativamente proporcionadas ao nimero de com- partimentos e devern ter, como minimo, uma instalago com lavatrio, banheira, uma bacia de retrete © um bide, 2. Em cada cozinha deve ser obrigatéria a instalagao de um Tava-louga e uma saida de esgoto através de um ramal de ligagdo com 50mm de didmetro ¢ construida com mate- ais que peritam o escoanento a lemperaturas até 70°C, sem alteragdo no tempo das caracteristicas fisicas das tuba- gens desse ramal ARTIGO 84° 1. As instalagSes sanitérias das habitagdes devem ser normalmente incorporadas no perimetro da construgdo, em locais iluminados e arejados. 2. Quando seja impossfvel ou inconveniente fazer e, especialmente, tratando-se de prédios jd existentes, as insta- lagdes sanitdrias podem ser dispostas em espagos contfguos A habitagdo, de acesso facil e abrigado, localizado para que no prejudique o aspecto exterior da edificago. ARTIGO 85° 1. As retretes ndo devem normalmente ter qualquer ‘comunicagdo directa com os compartimentos de habitacdo. 358 2. Pode, todavia, ser consentida a comunicagao referida no niimero anterior quando sejam adoptadas as disposigdes necessarias para que desse facto no resulte difusio de maus cheiros nem prejuizo para a salubridade dos compartimen- tos comunicantes e estes no sejam a sala de refeigdes, cozinha, copa ou despensa. ARTIGO 86° 1. As instalagdes sanitérias deve ter iluminagio ¢ reno- vagio permanente de ar asseguradas directamente do exte- tior da edificagdo, e a Srea total envidragada do vio ou vios abertos na parede, em contacto directo com o exterior, no deve set inferior a v,24m‘, medida no tosco, devendo a parte de abrir ter, pelo menos, 0,36m’. 2. Em casos especiais, justificados por caracterfsticas proprias da edificagdo no seu conjunto, pode ser exceptua- do o disposty nu numero anterior, desde que Nye efieas- mente assegurada a renovacdo constante e suficiente do ar, por ventilacdo natural ou forgada e desde que 0 respectivo sistema obedega ao condicionalismo previsto no artigo 16.° 3. Em caso algum nv deve ser prevista utilizayao de aparelhos de combustio, designadamente esquentador a ‘94s, nas instalagdes sanitérias. ARTIGO 87° 1, Todas as retretes devem ser providas de uma bacia munida de sifao ¢ de um dispositive para a sua lavagem. 2. Onde exista rede puiblica de distribuigao de agua deve ser obrigatéria a instalagdo de autoclismo de capacidade conveniente ou de outro dispositivo que assegure a répida remogio das matérias depositadas na bacia. ARTIGO 88° Dever ser aplicaveis aos urindis as dispusigdes du pre- sente regulanenta relativas as condigses de salubridude das retretes. ARTIGO 89° 1. As canalizagSes de cegoto dos prédios devem ser delineadas e estabelecidas de maneira a assegurar em todas as circunstincias a boa evacuagto das matérias recebidas, 2. As canalizagées devem ser acessiveis ¢ facilmente inspecciondveis, tanto quanto possivel, em toda a sua exten- so, sem prejutzo do bom aspecto exterior da edificacao. 3. Nas canalizagées dos prédios deve ser interdito o ‘emprego de tubagem de barro comum, mesmo vidrada. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 90: 1. Deve ser assegurado 0 rapido € completo escoamento das éguas pluviais caidas em qualquer local do prédio. 2. Os tubos de queda das dguas pluviais devem ser inde- pendentes dos tubos de queda destinados a0 esgoto de dejectos e Aguas servidas. ARTIGO 91 1. Devem ser tomadas todas as disposigdes nevessérias para rigorosa defesa da habitagdo contra emanagdes dos ‘esgotos susceptiveis de prejudicar a satide ou a comodidade dos ocupantes. 2. Qualquer aparetho ou orificio de escoamento, sem excepgiio, desde que possa estabelecer comunicagao entre canalizagdes ou reservatérios de dguas servidas ou de dejec- tos e a habitagdo, incluindo os escoadouros colocados nos logradouros ou em outro qualquer local do prédio, deve ser ligado ao ramal da evacuacdo por intermédio de um sifio acessivel e de facil limpeza e em condigdes de garantir uma vedagao hidréulica efectiva e permanente. ARTIGO 92° 1. Devem ser adoptadas todas as precaugdes tendentes a assegurar a ventilagdo das canalizagdes de esgoto e a impedir o esvaciamento, mesino tmpordriv, dus sifoes © consequente descontinuidade da vedacio hidréulica. 2. Os tubos de queda dos dejectos e Aguas servidas dos prédios devem ser sempre prolongados além da ramificagio > clevada, sem diminulyav de sevyau, abiindy ti mente na atmosfera a, pelo menos, 50cm acima do telhado ou, quando a cobertura formar terrago, a 2m acima do seu nivel e a Im acima de qualquer vdo ou simples abertura em ‘comunicagio com os locais de habitago, quando situados a uma distancia horizontal inferior a 4m da desembocadura do tubo. 3. Nas edificagées com instalagées sanitérias distri- bufdas por mais de um piso deve ser obrigatéria a instalagao de um tubo geral de ventilago, de secedo stil constante, adequada & sua extensdo e ao mimero e natureza dos aparelhos servidos. 4. O tubo referido no n.° 3, ao qual se ligam os ramais. da ventilagao dos sifées ou grupos de sifSes a ventilar, pode ser inserido no tubo de queda Im acima da iltima rami cago ou abrit-se livremente na atmosfera nas condigdes estabelecidas para os tubos de queda.

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