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ornsz0%6 Lair 1428 Presidéncia da Republica Casa Civi Subchefia para Assuntos Juri LEI N° 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006, Mensagem de veto Dispée sobre a utilizagéo © protecao da vegetacao nativa do Bioma Mata Atlantica, e dd outras Regulamento providéncias. © PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Congresso Nacional decreta ¢ eu sanciono a seguinte Lei TITULO | DAS DEFINIGOES, OBJETIVOS E PRINCIPIOS DO REGIME JURIDICO DO BIOMA MATA ATLANTICA Art. 12 A conservacao, a protegao, a regeneragdo e a utilizagao do Bioma Mata Atlantica, patriménio nacional, observardo o que estabelece esta Lei, bem como a legislacéio ambiental vigente, em especial a Lei n® ATT, de 1 bro de 1 CAPITULO | DAS DEFINIGOES Art, 22. Para os efeitos desta Lei, consideram-se integrantes do Bioma Mata Atldntica as seguintes formagées florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitagdes estabelecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombréfila Densa; Floresta Ombréfila Mista, também denominada de Mata de Araucdrias; Floresta Ombréfila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetacdes de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste, (Vide Decreto n° 6.660, de 2008) Paragrafo Unico, Somente os remanescentes de vegetagao nativa no estagio primério e nos estagios secundério inicial, médio e avangado de regeneragao na érea de abrangéncia definida no caput deste artigo teréo Seu Uso @ conservagao regulados por esta Lei Art. 32 Consideram-se para os efeitos desta Let | - pequeno produtor rural: aquele que, residindo na zona rural, detenha a posse de gleba rural ndo superior a 50 (cinqienta) hectares, explorando-a mediante o trabalho pessoal e de sua familia, admitida a ajuda eventual de terceiros, bem como as posses coletivas de terra considerando-se a fragao individual néo superior a 50 (cinqiienta) hectares, cuja renda bruta seja proveniente de atividades ou usos agricolas, pecudrios ou silviculturais ou do extrativismo rural em 80% (oitenta por cento) no minimo; I - populagao tradicional: populagao vivendo em estreita relagzo com o ambiente natural, dependendo de seus recursos naturais para a sua reprodugao sociocultural, por meio de atividades de baixo impacto ambiental; II - pousio: pratica que prevé a interrupgao de atividades ou usos agricolas, pecuarios ou silviculturais do solo por até 10 (dez) anos para possibilitar a recuperagao de sua fertilidade; IV - pratica preservacionista: atividade técnica e cientificamente fundamentada, imprescindivel & protegao da integridade da vegetagao nativa, tal como controle de fogo, erosao, espécies exéticas e invasoras; V = exploragao sustentavel: exploragéo do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovaveis e dos processos ecolégicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolégicos, de forma socialmente justa e economicamente vidvel; pst planale.gou breil 08_ate2004- 2008200661428 wo ornsz0%6 Lair 1428 VI - enriquecimento ecolégico: atividade técnica e cientificamente fundamentada que vise a recuperagao da /ersidade biolégica em areas de vegetacao nativa, por meio da reintrodugao de espécies nativas; VII - utiidade péblica a) atividades de seguranga nacional e protegdo sanitaria; b) as obras essenciais de infra-estrutura de interesse nacional destinadas aos servigos publicos de transporte, saneamento e energia, declaradas pelo poder puiblico federal ou dos Estados; VIII - interesse social a) as atividades imprescindiveis protecdo da integridade da vegetagdo nativa, tals como: prevengao, combate e controle do fogo, controle da erosdo, erradicagao de invasoras e protego de plantios com espécies nativas, conforme resolugao do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; b) as atividades de manejo agrofiorestal sustentdvel praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar que nao descaracterizem a cobertura vegetal e nao prejudiquem a fungao ambiental da area; c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolugao do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Art. 42 A definiggo de vegetagao priméria e de vegetagdo secundaria nos estagios avangado, médio e inicial de regeneragao do Bioma Mata Atlantica, nas hipéteses de vegetagdo nativa localizada, serd de i do Consetho Nacional do Meio Ambiente. § 12 0 Conselho Nacional do Meio Ambiente tera prazo de 180 (cento e oitenta) dias para estabelecer 0 que dispée 0 caput deste artigo, sendo que qualquer intervengao na vegetacao primaria ou secundéria nos estagios avangado e médio de regeneragéio somente poderd ocorrer apés atendido o disposto neste artigo. § 22 Na definigdo referida no caput deste artigo, serdo observados os seguintes parametros basicos: isionomia; Il - estratos predominantes; IIL - distribuigéo diamétrica e altura; IV - existéncia, diversidade e quantidade de epifitas; V - existéncia, diversidade ¢ quantidade de trepadeiras; VI - presenga, auséncia e caracteristicas da serapilheira; VII - sub-bosque; VIII - diversidade e dominancia de espécies; IX - espécies vegetais indicadoras. Art. 52 A vegetacdo priméria ou a vegetagdo secundaria em qualquer estagio de regeneragao do Bioma Mata Atlantica néo perderdo esta classificagao nos casos de incéndio, desmatamento ou qualquer outro tipo de intervengao nao autorizada ou nao licenciada. CAPITULO I DOS OBJETIVOS E PRINCIPIOS DO REGIME JURIDICO DO BIOMA MATA ATLANTICA Art, 62 A protecao e a utilizacéo do Bioma Mata Atlantica tem por objetivo geral o desenvolvimento sustentével e, por objetivos especificos, a salvaguarda da biodiversidade, da salide humana, dos valores paisagisticos, estéticos e turisticos, do regime hidrico e da estabilidade social. pst planale.gou breil 08_ate2004- 2008200661428 20

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