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afp” infopharma Revista da Associacdo de Farmacias de Portugal Editorial Orgulho de ser farmacéutico (a) ==> Opiniao / Cientifico Dispens4o Clinica de Medicamentos. Dra. Paula Iglésias-Ferreira = Entrevista Farmacia das Avenidas Dra. Conceicao Pereira => « a 3 32 Incice Ficha Técnica ae eee ae eee tesa Noticias do Sector Logétine 20 anos ‘Almogo associados AFP Artigo Opiniao / Cientifico Dispensacao Cnica de Mecicamentos Conhega a Farmacia Farmacia das Avenicas Dra. Conceigae Pereira Artigo Cientifico Osteoporose Eventos Euro Noticias Indice 19 Ey) ne Ei B10 20 anos a servir as farmacias Uma associacao de pleno direito Desde 0 momento fundador em 1990, a AFP, fiel a uma filosofia de respeito pela autonomia dos seus associados procurou, em primeiro lugar o pleno reconhecimento das instituigdes e o estabelecimento das parcerias necessarias A pressecucdo da sua actividade e a proteccao dos interesses das farmacias. Marcos de uma histéria a servir as farmacias Neste processo hé marcos que pela sua relevaincia deve ser hoje recordados: - 0 acordo com o Ministério da Satide que conduziu a legislagao que garante que o Estado assume 0 pagamento directo e atempado as farmacias sem necessidade de inter. mediarios, - 08 acordos com os sub-sistemas de sade, ~ 0 reconhecimento pela Infarmed da AFP como parceiro de leno direito, ~ a vitbria da nossa posigdo junto da comissdio de protecedo de dados relativamente as garantias de confidencialidade nao cruzamento de ficheiros dos utentes ~ a ultrapassagem dos 100 associados. Este foram apenas alguns passos que nos colocaram num patamar de consolidacao e crescimento e nos permitem olhar com confianga 0 acerto do posicionamento que nos distingiu, Outras propostas de simbolo para a celebragao dos 20 anos. Damos Valor asua Farmacia Editorial Orgulho de ser farmacéutico(a) Ouvi, hd poucos dias, num evento, uma colega dizer que comega a ter vergonha da carreira que abracou. Nao podia concordar menos. Nao foi op¢éio minha tirar 0 curso de farmacia. Tirei-o numa altura em que a descrigao de uma farmacéutica era a de alguém que conversava um pouco com 03 doentes, vendia umas caixinhas e fazia malha. Muitas eram as chamadas “testas de ferro"ou tinham técnicos de farmacia a trabalhar por elas. Foi, sem duvida, com a minha geragao que as coisas comegaram a mudar. Um longo e proveitoso percurso em termos de valorizacao profissional foi feito desde entao. Quando as minhas filhas me dizem no perceber como consigo, ao fim de um dia de trabalho, ter energia para ira cursos, palestras, reunides, eu tento explicar- -Ihes que é dai que ver a minha energia para chegar a farmacia, no dia-a-dia, e tentar um servigo ao utente cada vez melhor. Numa altura em que esté estudada a elevada morbilidade e mortalidade associada, a0 uso dos medicamentos, cabe a nés, farmacéuticos, intervir, cada vez mais, Paula Corin no processo da sua utiizacao ena avaliacdo dos seus efeitos, de forma a minimizar Seieeeteneen nen aa ae 68 resultados negativos associados aos mesmos. Com uma populagao envelhecida como a nossa, 0 farmacéutico tem um papel ainda mais importante na sociedade. Para estarmos a altura de um bom servigo, temios de nos consciencializar disso e levar muito a sério a implementago de Cuidados Farmacéuticos nas nossas farmacias. Mais uma vez isto significa investimento de nossa parte em formagéo. Ena methoria de qualidade de servicos prestado que devemos apostar. Ainda acredito que 6 0 que a maioria dos meus colegas faz. A medida que os anos passam e vivo mais a minha profissao, cada vez gosto mais do que faco e tenho, sim, muito orgulho na minha profissao. Noticias Realizou-se, no passado dia 20 de Margo, o encontro anual de associados da AFP. Este encontro, 0 primeiro sob a presidéncia de Maria Helena Machado, contou com a presenca da direcgao, da equipa de colaboradores da AFP e de numerosos novos associados constituiu um excelente ensejo para a troca de idelas, informages e debate sobre a situagao do sector e as questées do exercicio e perspectivas da actividade farmacéutica. A promogao do contacto e do conhecimento directo entre associados e destes com a direccao e o staff da AFP. é uma lespécie de via de dois sentidos que por um lado da rosto as pessoas que no dia-a-dia ida com as questées e problemas das farmdcias, habitualmente do “lado de lé da linha” e por outro fornece um retrato mais real do quotidiano dos associa- dos, com vantagens miituas ébvias. No &mbito do inicio da celebragao do 20° Aniversério da AFP, foram homenageados as pessoas de cuja decisao nasceu, em 1990, a AFP. ‘Apés receberem da directora de servigos, Dra. Inés Martins, um prémio simbolo do reconhecimento pelo papel que desempenharam, o Sr. Correia, em representacao de um dos associados fundadores, a Farmacia da Prelada do Porto, tragou, num breve improviso, a histéria das vicissitudes do arranque, as dificuldades dos primeiros anos, os momentos ‘mais marcantes da afirmacdo do lugar especifico da AFP e a satistagao com aquilo que hoje a AFP representa, Almocgo Associados Foi ainda entregue a Dra. Aline Aguiar, uma lembranga pela 2 chavenas por dia) * Consumo excessivo de bebidas alcodlicas * Baixo peso (indice de massa corporal menor do que 19 koma) * Perda de peso superior a 10% relativamente ao peso do individuo aos 25 anos + Imobilizacao prolongada Factores de risco para fracturas osteoporoticas A investigacao clinica identificou diversos factores de risco para a ocorréncia de fracturas osteoporéticas para além ‘duma DMO reduzida. Embora alguns desses factores de risco contribuam para uma DMO baixa, eles estao associados um aumento do risco de fracturas independentemente desse efeito sobre a DMO. Factores de risco nao alterdveis * Idade avangada * Historia de fractura em idade adulta * Historia de fractura em parente de 1° grau * Raca caucasiana re 4 — £ i } W. * Sexo feminino + Deméncia ‘+ Mau estado geral de satide (nao prevenivel) Factores de risco alteraveis: + Fumador * Baixo peso corporal * Deficiéncia em estrogénios + Reduzida ingestao de céicio/vitamina D * A\coolismo * Visto diminuida * Quedas recorrentes * Actividade fisica inadequada * Mau estado geral de satide (prevenivel) O isco associado a estes factores de risco 6 aditivo, Le quanto mais factores de risco um individuo tiver, maior 0 risco de vira softer fracturas osteoporsticas. A identificagao dos individuos com risco mais elevado de desenvolver osteoporose e fracturas permite o diagnéstico precoce e, Portanto, uma intervengao atempada. Prevengdo da Osteoporose De acordo com a organizagéio Mundial de Satide (OMS), a prevengdo da osteoporose define-se como a forma de impedir a perda de massa éssea na mulher recentemente menopau- sica © ainda sem osteoporose - ou seja, na mulher com valores do indice T (T-Score) da densidade mineral ossea (DMO) entre -1 € -2,5 (osteopenia) e com risco aumentado de fractura. No entanto, num sentido mais lato, a OMS reconhece que a melhor forma de lidar com a osteoporose é através da sua prevengao logo desde nascimento e ao longo da vida. Algumas intervengées para maximizar e preservar a massa 6ssea tém miitiplos efeitos benéficos na satide. Alteragdes, 1a dieta e no estilo de vida - aumentar a ingesto de céicio, deixar de fumar, reduzir 0 consumo de alcool (< 30 g por dia) - podem contribuir para prevenir a osteoporose e, potencialmente, diminuir de forma significativa a taxa de ocorréncia de fracturas. 0 exercicio fisico também contribui para aumentar a DMO durante o crescimento e minimizar a perda éssea numa idade mais avangada. Quanto mais precocemente se adoptar um estilo de vida saudavel, maiotes os ganhos em DMO. No entanto, as alteragdes so benéficas em qualquer idade. Tratamento ‘A recomendagao para a terapia farmacolégica esté reservada para as mulheres ou homens acima dos 50 anos de idade ‘que apresentem: * Fractura da anca ou vertebral + Fracturas prévias ou T-score entre -1,0 @ -2,5 + T-score inferior a -2,5 sem mais factores de rico secundérios * Fscore entre -1,0 e-2,5 e factores de rico associados. Existe actualmente uma grande diversidade de medicamentos Uiteis para a prevencdo e tratamento da osteoporose pos- -menopéusica: * 0s bisfosfonatos, que inibem a reabsorgao dssea, so 0s medicamentos mais utilizados, podendo ser administrados de forma intermitente. (alendronato,risendronato, ibandronato, Ac. Zolendronico) * Os moduladores selectivos dos receptores de estrogénios (SERM's), que exercem no osso uma accao semelhante a dos estrogénios, inibindo a reabsorgao éssea. (Raloxifeno) * As calcitoninas, que inibem a reabsorcao éssea. ‘+ Ranelato de estroncio - Agente com uma dupla accao no metabolismo ésseo, aumentando a formagao éssea ¢ dimi- nuindo, simultaneamente, a reabsorc&o 6ssea. * Outros medicamentos que actuam no osso ¢ no metabo- lismo ésseo. © aumento da ingestao de alimentos ricos em calcio © vitamina D, a toma, quando julgado necessario, de suple- mentos contendo estes nutrientes e o aumento do nivel de actividade fisica complementam a terapéutica farmacolégica. rtiga Centitica 1. Kenny AM, Prestwood KM. Osteoporosis. Pathogenesis, diagnosis, and treatment in older adits. Rheum Dis Clin North Am. Aug 2000;26(8)509-91 2. Intemational Osteoporosis Foundation. Facts and statistics about osteqporosie adit impact. May 5, 2008, 3. Burge R, Dawson-Hughes B, Solomon DH, etal Incidence and economic burden of osteopoross- related fractures in the United States, 2005-2025. ‘J Bone Miner Res, Mar 2007 22(8):465-75. 4. Bone CM, Einhom TA, Overview of osteoporosis: pathophysilogy and determinants of bone strongth, Eur Spine J. Oct 200812 Suppl2'860-6. 55, Ralez LG, Pathogenesis of osteoporosis: concepts, contlcts, and prospects. J Clin Invest, Dec 2005:118(12)3318-25, 6. Ringe JD, Farahmand P Advances inthe management of cortcnsteoidinduced osteoporosis wih bisphosphonates. Cin Rheumatol. Apr 2007:26(8):474- 24, 7. Who are candidates for prevention and treatment for ostooporosis?, Osteopores Int. 1997:7(1) 16. 8. Kelman A, Lane NE. The management of secondary osteoporosis, Best Pract Res Cin Rheumatol. Dec 2005:19(6) 1021-37, 8. Resnick D, Kransdort M, Osteoporosis. In: Bone and Joint Imaging. Third Eton, 2008551 10, Keen A Osteoporosis: strategies for prevention and management. Best Pract Res Clin Rheumatol Feb 2007:21(1) 109-22 “11, Mulder JE, Koltkar NS, LeBol! MS, Drug insight Enlsting and emerging therapies or osteoporosis, Nat Cin Pract Enlocrinol Metab, Dee 20062(12):670- 80 12. Strampel W, Emkey B, Chill R. Safety considerations wit bisphosphonates forthe treatment of osteoporosis. Drug Saf, 2007 80(8):755-63 05-06-2010 © 06-06-2010 I SANA Lisboa Hotel, Lisboa ‘A Associagao Portuguesa de Licenciados em Farmacia (APLF) vai organizar 0 seu Vil Congresso Nacional nos dias 5 @ 6 de Junho de 2010, no SANA Lisboa Hotel, em Lisboa, sob o lema «Seguranga e Qualidade - Os desafios em Farmécial». No émbito do encontro decorrera 0 | Seminario Europeu de Farmcia. http://www jasfarma. pt/noticia,php?id=2762 22-06-2010 ocal: Institute for International Research, Lisboa Controlo do circuito dos medicamentos e minimizacao de erros; Os canais de comunicacao como ferramentas de monitorizagao} Criagao e gestao dos programas de controlo de erro na medicagao. http://wwrw.irportugal.com/Evento/evento.asp?idConvocat oria=21908idEvento=2247 (02-08-2010 a 06-06-2010 ‘To beells Rott Eventi = Praga de Espana) Roma (tala) ‘Medicamentos Genéricos com realce para 0 Sector Farmacéutico (Generic Medicines Enhancing Pharmaceutical) Concorréncia e Assegurar’a Sustentabilidade dos Cuidados Médicos (Competition and Ensuring Healthcare Sustainabiity) htlp:/ivuee.gpaconferences.com/egatO;htin 80-08-2010 a 01-07-2010 Hotel Vier Jahreszeiten Kempinski, Muniaue, Alermanha, © parecer de um Lider de Opiniao ( Key Opinion Lider, KOL) deve-se estender para além da aprovaeao do produto. As relacdes entre KOLs € farmacéuticas funcionam melhor quando 0 KOL colabora em todas as fases de desenvolvimento dos farmacos. A 2* Conferéncia Anual do Grupo SMI para KOLs Europeus, tera apresentacoes de actuais KOLs e profissionais sSniores da industria ‘com grande experiencia de gestao de relacoes Cientificas. Participe e ganhe uma nova perspactiva sobre o papel dos KOLs e explore novas maneiras: Ge colaboracao para aicancar 0 desenvolvimento de farmacos e estratégias de sticesso na area do marketing. hittp:/iveweesmi-online.co.uk/events/overview.asp? is=48ref=3251 08 de Abril de 2010 Fumadores de risco na mira 0s farmacéuticos terdo mais facilidade na identificago de pacientes que possam estar prontos a deixar de fumar, gracas a existéncia de um novo programa educacional. O programa, do National Prescribing Service (NPS) esté estru- turado de forma a dar apoio a pacientes que estejam a considerar deixar de furnar, e ajuda na estruturacao de programas de cessagao tabagica adaptados a cada um. A concelheira clinica do NPS, Judith Mackson diz que as tentativas para deixar de fumar tm maior hipétese de sucesso se fore acompanhadas de informacao correcta, produtos e apoio, especialmente para pacientes com doenga pulmonar obstrutiva crénica (DPOC). “Fumar é a principal causa, evitavel, de morte e de doengas nna Australia’, diz Ms Mackson. “Mesmo que os pacientes ‘no tenham mostrado vontade de deixar de fumar, 0s profis- sionais de satide tém a responsabilidade de discutir a cessagao tabagica uma vez que estéo na posigo de preparar ‘as pessoas para dar inicio a um programa sério de cessacAo” De acordo coma pesquisa do Instituto de Cancro do NSW, ‘© numero de fumadores que procuram ajuda junto dos médicos de clinica geral e dos farmacéuticos duplicou desde 2007. O programa terapéutico do NPS, Cessacao tabagica ea tentativa de manter estavel a doenca pulmonar obstrutiva crénica, encoraja os protissionais de satide a discutir a cessagao tabagica com todos os pacientes que fumam, particularmente os que sofrem de DPOC, ¢ determinarem a intencéo de deixar de fumare controlar a dependéncia na nicotina. Os farmacéuticos sao, assim, encorajados a discutir com os doentes sobre a preferéncia pela terapia de substi- tuicdo de nicotina, vareniclina ou bupropiona caso a farma- coterapia seja mais indicada, e usar espirometria para confirmar 0 diagnéstico de DPOC e saber o grau de severi- dade. "A preocupagao com a satide é muitas vezes a razao pela qual as pessoas decidem deixar de fumar. Isto é particular- ‘mente persuasivo para os pacientes com DPOC, embora aproximadamente um em cada seis doentes com DPOC continuem a fumar*, diz Ms Mackson. Euro 31 de Margo de 2010 Obesidade A industria direccionada a perda de peso, pode estar a contribuir para a crise de obesidade em vez de fazé-la diminuir, No seu discurso inaugural do Congresso de Obesidade na Australia, que teve lugar em Sidney de 29 a 30 de Marco, © chefe executivo da Associagaio Claire Hewat de Dietistas da Australia disse serem necessérios mais apoios para iniciativas de prevengdo a obesidade de forma a diminuir os 58 bilhdes de délares gastos no sistema de satide, Na sua recomendagao para leis mais rigorosas para a industria da comida, a Ms Hewat disse que a Administracao de Produtos Terapéuticos deveria um mais alargado papel na verificagao de produtos para emagrecimento tais como suplementos alimentares, comprimidos, chés e produtos de herbanaria, “Ha muitos cowboys por ai, algumas coisas bastante peri- gosas, e se as pessoas nao perdem peso e os largam, entram, um ciclo de yo-yo", disse Ms Hewat a AAP. A informagao recolhida pelo Departamento Australiano de Estatistica como parte do seu Estudo Nacional de Satde em 2007-2008, mostrou que um quarto da totalidade dos adultos australianos eram obesos - um aumento de 19 por cento em 1995 - ¢ outros 37 por cento tém excesso de peso. Ms Hewat disse que era altura de sujeitar os produtos e praticas das companhias de perda de peso a um novo nivel de seguranga. “Parece haver uma atitude de “Bem, nao parece estar a fazer nenhum mal por isso vamos focar-nos no que & erigoso”, disse Ms Hewat. “Estamos a falar de satide, da longevidade das pessoas, e é por isso que é realmente importante que nao se deixe isto continuar sem regulamen- tagao”. Contudo, os representantes da indéstria da alimentacao e das bebidas argumentaram que a auto-regulacao tem, em muitos casos, levado a um progresso significante, enquanto 08 representantes governamentais recomendam a implernen- tacao de padrdes a serem aplicados as promogées de alimentagao saudavel por parte das companhias.

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