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Comprometimentos emocionais influenciam na escolha

profissional
Época dos vestibulares se aproxima e, com ela, a necessidade do
estudante decidir pela escolha do curso, algo que aterroriza boa
parte dos alunos

Para grande parte dos estudantes em fase de vestibular universitário


escolher o curso que realizará nos próximos anos é um grande sacrifício.
Mas por que é tão difícil realizar tal escolha? “Porque escolher uma
opção significa renunciar a todas as outras possibilidades; esse é o
maior de todos os problemas”, afirma a psicoterapeuta Dra. Léa
Michaan.

Segundo a profissional, o melhor caminho para acertar na escolha é o


diálogo. “É preciso conversar bastante. Com a família, profissionais das
áreas em que deseja atuar, amigos, professores e, principalmente,
consigo mesmo. O estudante precisa se questionar, analisar o que gosta
e o que não gosta de fazer, definir quais são seus maiores anseios. Isso
tudo auxiliará na decisão a ser tomada”, declara.

Seguir a mesma profissão dos pais, ou a profissão que eles desejam que
o estudante siga, é uma das questões mais polêmicas. “Os fatores que
levam uma pessoa a escolher uma profissão são diferentes e pessoais,
portanto, existem muitos jovens que escolhem a profissão de seus pais
por afinidade, por terem um exemplo próximo de sucesso profissional,
por segurança e até por sentirem vontade própria de dar seguimento ao
trabalho que deu certo para seus pais. Isto não é problema algum,
desde que a influência seja saudável e natural e não obrigatória nem
competitiva”, revela a psicoterapeuta.

Dra. Léa alerta ainda para a possibilidade do erro. “Em muitos casos,
mesmo após diversas conversas e questionamentos, o estudante opta
por um curso que, posteriormente, entende não ser o que desejava.
Casos assim são bastante comuns e o mais importante é não se
desesperar. Errar é o caminho para aprender. Se não tivesse feito a
escolha que agora considera errada, como seria? Provavelmente ficaria
almejando isto eternamente”, finaliza a profissional.
*Dra. Léa Michaan é Psicoterapeuta e Psicanalista, graduada em psicologia
pela Universidade Mackenzie, Pós-graduada em Psicoterapia Psicanalítica
pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestranda em psicologia clínica na
Pontifícia Universidade Católica (PUC).

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