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Taquaritinga, 12 de Março de 2010 - Ano 9

AUTO-HEMOTERAPIA: As gotas da esperança


Recurso terapêutico de baixo custo quadruplicaria a defesa do organismo

Uma técnica de quase 100 anos avança


neste início do século 21 no Brasil.
Denominada de auto-hemoterapia,
pacientes retiram sangue da própria veia
da prega do cotovelo e aplicam no
músculo do braço ou nas nádegas para
prevenir e curar doenças crônicas, além
de uma série de infecções. A terapia é
disseminada pelo País. Em Taquaritinga,
há número significativo de adeptos.
O responsável pela divulgação da auto-
hemoterapia no País é o clínico geral Luiz
Moura, 81. Natural do Rio de Janeiro, o
especialista explica por meio de DVD a
técnica que faz há 20 anos no Brasil. Cita
exemplos de casos que aconteceram com
ele desde os 40 até 70 anos de idade.
Em Taquaritinga já circulam várias
unidades desses DVDs. O interesse é
geral, tanto por parte de pacientes, que
querem se submeter ao tratamento,
quanto de profissionais, a fim de realizá-
lo em seus consultórios. O médico carioca garante no seu documentário que a auto-hemoterapia é um
procedimento que aumenta a defesa do organismo.
Segundo Luiz Moura, após a retirada de sangue de uma das veias da prega do cotovelo, aplica-se
imediatamente no músculo do braço ou nádegas. Esse procedimento estimularia o aumento dos
macrófagos, que são células responsáveis pela limpeza do organismo. (fonte: Diário da Manhã - Goiânia)
"Baixo custo"
O jornalismo do Canal Um é Notícias entrevistou esta semana uma das alunas de Luiz Moura, a médica
Zulmira Kirchiner da Silva, especialista em ginecologia, obstetrícia e homeopatia, que atende em
Descalvado e no Núcleo de São Carlos, além do naturopata Wiliers Ulisses de Mello, de Bragança Paulista,
e que atende mensalmente em Taquaritinga, na Clínica Acolher.
Na opinião de Zulmira, a auto-hemoterapia, por ser um recurso de muito baixo custo, não dá lucro, e por
isso não é divulgado pelos grandes laboratórios. "Essa terapêutica é estudada desde 1911 e de fato
funciona. Não existe nenhuma contra-indicação", diz. "Eu não aconselho paciente nenhum a abandonar
tratamentos convencionais. Continuem com seus médicos e usem a auto-hemoterapia como recurso
terapêutico auxiliar", indica.
"Não estamos substituindo nenhuma outra terapêutica, a idéia é acrescentar a terapêutica em pacientes
com doenças tidas como terminais, auto-imunes, alérgicas, cujos tratamentos têm pouca resposta, ou
resposta paliativa".
Segundo a profissional, o procedimento também pode ser utilizado e associado ao tratamento de várias
patologias, como infecções, cistos ovarianos, acne, viroses, miomas, artrites reumatóides, lupus
eridematoso, verrugas e doenças da pele (veja quadro abaixo).
Zulmira diz que a auto-hemoterapia é indicada a gestantes e até mesmo a portadores de HIV. A médica,
que utiliza a auto-hemoterapia há dois anos, afirma que a prática é segura, porque se usa o sangue do
próprio paciente sem qualquer modificação.
Zulmira informa que pacientes que estão fazendo quimioterapia estariam tendo resultados excelentes. "Eu
recebi uma carta de um chefe de cadeira de Oncologia do HC de Ribeirão Preto. Ele relata que uma jovem
paciente teria apresentado sensível melhora com o tratamento e revelou que residentes estariam fazendo
estudos sobre a auto-hemoterapia".
O naturopata Wiliers confirma as informações de Zulmira e informa que a técnica é eficiente, porque o
sangue que será aplicado no paciente não recebe tratamento. De acordo com o naturopata, a principal
finalidade dessa técnica é aumentar a defesa orgânica.
Procura silenciosa
A procura pela auto-hemoterapia ocorre de maneira silenciosa porque o procedimento não é reconhecido
como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O órgão regional (Cremesp)
desconhece o uso da técnica por médicos no Estado.
Em Taquaritinga, há um enfermeiro que utiliza a auto-hemoterapia e sua clientela já é superior a 30
pacientes. De acordo com nota do Cremesp à imprensa, a Resolução nº 1.499/98 do CFM proíbe os
médicos de adotar práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica.
O documento veda também qualquer vinculação de profissionais a anúncios sobre o tema.

Como funciona?
A técnica é simples: retira-se o sangue de uma veia comumente da prega do cotovelo e aplica-se no
músculo, braço ou nádega, sem nada acrescentar ao sangue. O volume retirado varia de 5ml à 20ml,
dependendo da gravidade da doença a ser tratada. O sangue, tecido orgânico, em contato com o
músculo, tecido extra-vascular, desencadeia uma reação de rejeição do mesmo, estimulando assim o
S.R.E. (Sistema Retículo-Endotelial) A medula óssea produz mais monócitos que vão colonizar os tecidos
orgânicos e recebem então a denominação de macrófagos. Antes da aplicação do sangue, em média a
contagem dos macrófagos gira em torno de 5%. Após a aplicação a taxa sobe e ao fim de 8h chega a
22%. Durante 5 dias permanece entre 20 e 22% para voltar aos 5% ao fim de 7 dias a partir a aplicação
da auto-hemoterapia. A volta aos 5% ocorre quando não há sangue no músculo.
As doenças infecciosas, alérgicas, auto-imunes, os corpos estranhos como os cistos ovarianos, miomas, as
obstruções de vasos sangüíneos são combatidas pelos macrófagos, que quadruplicados conseguem assim
vencer estes estados patológicos ou pelo menos, abrandá-los. No caso particular das doenças auto-
imunes a auto-agressão decorrente da perversão do Sistema Imunológico é desviada para o sangue
aplicado no músculo, melhorando assim o paciente. (fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Hemoterapia).

Indicações de tratamento

É difícil encontrar trabalhos sobre o uso da auto-hemoterapia, mas este procedimento já foi utilizado nas
seguintes condições:

Alcoolismo
Alergias
Artrite
Asma
Acne juvenil
Artrite reumatoide
Bronquite
Coréia
Colite ulcerativa
Depressão
Diabetes melitus
Dermatose alérgica
Doença de Crohn
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Doenças mentais
Doenças pancreáticas
Doenças virais
Encefalite
Epilepsia
Enxaqueca
Esterilidade - ovário policístico
Esclerodermia
Esclerose múltipla
Gangrena por picada de aranha
Glaucoma
Herpes zoster e simplex
Hipertensão arterial
Iridociclite
Insuficiência vascular periférica
Infecção da cavidade bucal
Lupus
Miastenia gravis
Pênfigo
Pneumonia
Poliomielite
Psoriase
Prevenção de infecção pulmonar no pós operatório
Prevenção de infecções cirúrgicas
Plaquetopenias
Púrpura trombocitopênica
Reumatismo
Úlcera de estomago

Fonte: http://intercanalum.com.br/tribuna/index.php?id=4572

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