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Educação Física para Idosos:

Por uma Prática Fundamentada

Marisete Peralta Safons e


Márcio de Moura Pereira
(Organizadores)

2ª Edição
Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre
Atividades Físicas para a 3ª Idade

Faculdade de Educação Física – UnB


Marisete Peralta Safons e Márcio de Moura Pereira

Princípios Metodológicos da
Atividade Física para Idosos
(Organizadores)

2ª Edição (Revisada e Atualizada)


Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre
Atividades Físicas para a 3ª Idade

Faculdade de Educação Física – UnB

BRASÍLIA
2007
Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região – CREF7
Endereço: SGAN 604 conjunto C – Clube de Vizinhança Norte
CEP: 70840-040 - Brasília-DF
Tel: (61)3321-1417 (61)3322-6351
Site: www.cref7.org.br

CONSELHEIROS: DIRETORIA EXECUTIVA:

Alex Charles Rocha Presidente


Alexander Martinovic Alexandre Fachetti Vaillant Moulin
Alexandre Fachetti Vaillant Moulin
André Almeida Cunha Arantes 1º Vice-presidente
Cristina Queiroz Mazzini Calegaro Paulo Roberto da Silveira Lima
Elke Oliveira da Silva
Geraldo Gama Andrade 2º Vice-presidente
Guilherme Eckhard Molina Marcellus R. N. Fernandes Peixoto
João Alves do Nascimento Filho
José Ricardo Carneiro Dias Gabriel 1º Secretário
Lúcio Rogério Gomes dos Santos Marcelo Boarato Meneguim
Luiz Guilherme Grossi Porto
Marcellus Rodrigues N. Fernandes Peixoto 2ª Secretária
Marcelo Boarato Meneguim Elke Oliveira da Silva
Márcia Ferreira Cardoso Carneiro
Paulo Roberto da Silveira Lima 1º Tesoureiro
Ramón Fabián Alonso López José Ricardo Carneiro Dias Gabriel
Ricardo Camargo Cordeiro
Telma de Oliveira Pradera 2º Tesoureiro
Waldir Delgado Assad Alex Charles Rocha
Wylson Phillip Lima Souza Rêgo

COMISSÃO EDITORIAL:

Alexandre Fachetti Vaillant Moulin


Elke Oliveira da Silva
Luiz Guilherme Grossi Porto
Márcia Ferreira Cardoso Carneiro
Márcio de Moura Pereira
Telma de Oliveira Pradera
Universidade de Brasília – UnB
Faculdade de Educação Física – FEF
Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos – GEPAFI
Endereço: Campus Universitário Darcy Ribeiro – Gleba B – Asa Norte
CEP: 70910-970 Tel.: 3307 – 2252
Site FEF: www.unb.br/fef
Blog GEPAFI: http://www.gepafi.com

Diretor: Prof. Dr. Jônatas de França Barros


Vice-diretor: Prof. Dr. Jake do Carmo
Chefe do Centro Olímpico: Profa. Dra. Marisete Peralta Safons
Coordenador de Graduação: Prof. Dr. Alexandre Rezende
Coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação: Profa. Dra. Ana Cristina de David
Coordenador de Extensão e Atividades Comunitárias: Prof. Dr. André T. Reis.
Coordenador de Prática Desportiva: Prof. William Passos
Editores
CREF/DF e FEF/UnB/GEPAFI

Autores
Marisete Peralta Safons
Doutora em Ciências da Saúde pela UnB

Márcio de Moura Pereira


Mestre em Educação Física pela UCB

Editoração Eletrônica
Aderson Peixoto Ulisses de Carvalho

Publicação
CREF7

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Safons, Marisete Peralta.
Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada / Marisete
Peralta Safons; Márcio de Moura Pereira - Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI,
2007.

218 p.:il.
ISBN 978-85-60259-04-5

1. Educação física para idosos. 2. Metodologia do ensino. 3. Esporte e educação.


I. Pereira, Márcio de Moura. II. Título.

CDU 796.4-053.9
AGRADECIMENTO:

Agradecemos à Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAP/DF, pelo

apoio financeiro concedido no âmbito do edital FAP/DF 01/2004, ao CESP/UnB, à

Universidade de Brasília e ao CREF7 pelo efetivo apoio à realização deste trabalho.


APRESENTAÇÃO

Esta publicação apresenta posições de renomados pesquisadores do Brasil e do

Exterior, atuantes no campo de intervenções e pesquisas sobre atividades físicas para idosos.

Ela é fruto do ―VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira

Idade – VII SIAFT‖ apresentada aos estudiosos e pesquisadores da área agora em sua segunda

edição, no formato digital.

O VII SIAFT promoveu a integração dos profissionais e estudiosos para divulgar e

discutir as tendências nacionais e internacionais das pesquisas no campo das atividades físicas

para idosos; disseminar informações sobre a produção científica e publicações especializadas

sobre atividade física para a terceira idade. Além disso, o VII Seminário proporcionou espaço

para apresentação das produções e experiências de intervenção na área da atividade física para

idosos.

Este livro apresenta o resgate histórico sobre a disseminação do conhecimento sobre

atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Júnior.

Este livro apresenta o resgate histórico sobre a disseminação do conhecimento sobre

atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Junior.

Traz também as questões do envelhecimento nas suas idiossincrasias, fragilidades e

possibilidades humanas, como espaço de revisão e construção como bem apresenta o texto da

Prof.ª Altair Lahud. Ao mesmo tempo em que com a Prof.ª Maria Lais as questões políticas e

sociais são levantadas e discutidas.

À luz de três teorias psicossociais sobre o envelhecimento bem sucedido, a Prof.ª

Jessie Jones destaca que o sucesso do envelhecer centra-se na capacidade de adaptação do

indivíduo às mudanças provenientes da existência humana. A questão é tratada, ainda, sob a

ótica da influência de fatores ambientais pelo Prof. Eino Heikkinen.


Enquanto a Prof.ª Sandra Matsudo revê a produção que relaciona envelhecimento,

atividade física e saúde; a Prof. Ana Patrícia apresenta a atividade física como recurso

terapêutico inserido no rol de opções disponíveis para a manutenção da saúde óssea.

Os professores Linda Ueno, Paulo Farinatti e Sandor Balsamo levantam importantes

questões relativas à fisiologia circulatória, fisiologia da marcha e à fisiologia muscular,

respectivamente. A Prof.ª Roberta Rikli apresenta e discute a questão da avaliação física e

funcional do idoso.

As bases teóricas e metodológicas da Educação Física para idosos são discutidas pelos

professores José Francisco, Silene Okuma, Maria Luíza e Márcio Moura que apresentam

experiências e sugestões de intervenção.

Nas produções científicas - temas livres e pôsteres - o foco central das discussões é a

atividade física e suas relações com o ser idoso. A temática é abordada nas dimensões:

Educação, Esporte e Lazer, Psicossocial e Saúde.

Procuramos, desta forma, integrar percepções e posicionamentos acerca de alguns

fatores relacionados à atividade física que influenciam as diferentes formas de viver e

envelhecer.

Os organizadores
SUMÁRIO

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E


ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO
Alfredo Faria Junior ............................................................................................................. 16

ESCOLA, IMAGINÁRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSÍVEIS PRECONCEITOS


Altair Macedo Lahud Loureiro ............................................................................................. 25

SAÚDE ÓSSEA E O ENVELHECIMENTO


Ana Patrícia de Paula ........................................................................................................... 28

PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE


Eino Heikkinen .................................................................................................................... 35

PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE


C. Jessie Jones ..................................................................................................................... 46

ALGUNS BONS PRINCÍPIOS A SEREM LEVADOS EM CONTA NA ATIVIDADE


FÍSICA COM O IDOSO
José Francisco Silva Dias ..................................................................................................... 51

MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E SENSITIVIDADE BARORREFLEXA EM


INDIVÍDUOS IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS
Linda Massako Ueno ........................................................................................................... 53

PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS


Márcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons ............................................................. 56

O PRAZER DE SER IDOSO


Maria Lais Mousinho Guidi ................................................................................................. 59

A PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS NO PROJETO


SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA DA USJT: UMA EXPERIÊNCIA RUMO À
AUTONOMIA
Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marília Velardi ........................... 62

ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA MARCHA EM PESSOAS IDOSAS: FATORES


DETERMINANTES E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO
Paulo de Tarso Veras Farinatti ............................................................................................. 70

EVALUATING FUNCTIONAL ABILITY OF OLDER ADULTS


Roberta E. Rikli ................................................................................................................... 76

TREINAMENTO DE FORÇA E ENVELHECIMENTO


Sandor Balsamo ................................................................................................................... 88

ENVELHECIMENTO, ATIVIDADE FÍSICA & SAÚDE


Sandra Mahecha Matsudo .................................................................................................... 92

UM MODELO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS


Silene Sumire Okuma ........................................................................................................ 105
ANAIS DO VII SEMINÁRIO SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS PARA A
TERCEIRA IDADE – VII SIAFT ............................................................................. 113

Presidente do seminário ..................................................................................................... 114


Comissão Organizadora ..................................................................................................... 114
Comissão Científica ........................................................................................................... 114
Convidados Nacionais ........................................................................................................ 114
Convidados Internacionais ................................................................................................. 114
Programação ...................................................................................................................... 115

TEMA LIVRE: EDUCAÇÃO ....................................................................... 130

AFINAL, ―QUEM SOU EU?‖ PERGUNTA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO


COM A TERCEIRA IDADE
Marco Aurelio Acosta ........................................................................................................ 131
EDUCAÇÃO FÍSICA GERONTOLÓGICA: REVOLUÇÃO A CURTO PRAZO NA
EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL
Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues..................................................................... 132
EFEITO DA INSTRUÇÃO NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE MOTORA EM
IDOSOS
Paula GEHRING, Maria Fernanda de OLIVEIRA, Maria Cecília Oliveira da FONSECA,
Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS ................................................................... 133
PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE IDOSO ATIVOS NO CED DE RIO VERDE
Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues ................................................ 134
PROCESSO DE ENSINO DA ATITUDE CRÍTICA SOBRE ATIVIDADE FÍSICA PARA
IDOSOS
Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma ............................................................................. 135
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E
ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ALGUMAS REFLEXÕES
Rafael Botelho ................................................................................................................... 136

TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER ...................................................................... 137

CINCO MOTIVOS BÁSICOS PARA PERMANÊNCIA DE GERONTES PRATICANDO


GERONTOVOLEIBOL DURANTE 10 ANOS
Josué Lima Néri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues ....................................................... 138

TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL ............................................................................. 139

A INFLUÊNCIA DO APRENDIZADO NA IMAGEM CORPORAL DE IDOSOS


ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
Federici, Ericka; Nascimento Letícia; Okuma, Silene Sumire; Lefèvre, Fernando ............... 140
APOSENTADORIA DO JOGADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL
Regina Celi Lema Santos ................................................................................................... 141
DINAMISMO SOCIAL NO ENVELHECIMENTO
Rita Puga Barbosa - UFAM-FEF, Nazaré Marques Mota - SEDUC-SEMED, Dione Carvalho
Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF ........................................ 142
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE ESTADOS AFETIVOS
E CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA DE IDOSOS
NASCIMENTO, Letícia, FEDERICI *, Ericka, OKUMA, Silene ........................................ 143
IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E ATIVIDADES FÍSICAS: O FENÔMENO DA
ADESÃO-EVASÃO-REINSERÇÃO
Luís Carlos Lira ................................................................................................................. 144
MOTIVOS DE ADESÃO AO PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA
Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda ................................................................................ 145
PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS QUANTO AO ESTADO DEPRESSIVO
Santos, Jessiane Alves; Leite, Glênio Fernandes; Martins, Maria Angelica; Carrijo, Poliana de
Lourdes; Costa, Geni de Araujo ......................................................................................... 146
RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E A ATIVIDADE DE HIDROGINÁSTICA PARA
TERCEIRA IDADE
Patrícia Vieira do Nascimento, Lucélia Justino Borges, Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo
Costa.................................................................................................................................. 147

TEMA LIVRE: SAÚDE .............................................................................................. 148

ANÁLISE DO SENTIDO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA, DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO


DE VIDA E DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DE IDOSOS
BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; NASCIMENTO, Patrícia Vieira do;
SANTOS, Eliane Rosa dos................................................................................................. 149
ANÁLISE DA FORÇA MUSCULAR DOS MEMBROS SUPERIORES, EM IDOSAS
PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO PROJETO AFRID
BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; SOUZA, Luiz Humberto Rodrigues de;
NASCIMENTO, Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos ........................................ 150
AUTONOMIA FUNCIONAL, ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM
IDOSAS
Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo Rech (bolsista
CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski ..................................................................... 151
AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADE
FÍSICA REGULAR
Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG ................................................. 152
CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL FUNCIONAL EM IDOSAS PRATICANTES DE
HIDROGINÁSTICA
Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando Roberto Nunes
Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa .................................................... 153
COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA EM
INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS
Ana Tereza Coelho 1, Regina Soares 1 e Rosangela Villa Marin 1,2 ..................................... 154
COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS NEUROMOTORAS DA APTIDÃO FÍSICA E
CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS
Méris Sayuri Tanaka, Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo .............. 155
COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E
HIDROGINÁSTICA
NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Araújo;AZEVEDO, Paula Guimarães de ............ 156
DECLÍNIO DA MEMÓRIA EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS
Azevedo, Paula Guimarães; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Araújo ........................... 157
HIDROGINÁSTICA: IMPACTOS NO ENVELHECIMENTO ATIVO
Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Giovanni
Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni
Signori ............................................................................................................................... 158
O IDOSO NA MÍDIA IMPRESSA
Raquel Guimarães Lins, Juliana Benigna de Oliveira ......................................................... 159
PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM HOMENS COM IDADE ACIMA DE 50
ANOS PRATICANTES DE DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS
Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo ................................................ 160

PÔSTER: EDUCAÇÃO .............................................................................................. 161

A ADAPTAÇÃO DO IDOSO À PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO


Rosemary Rauchbach1 ; Laiza Danielle de Souza2 .............................................................. 162
ANÁLISE DO CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA QUANTO À FORMAÇÃO PARA O TRABALHO
COM IDOSOS
Thiago Nunes, Camila Gonçalves, Cláudia Esteves, Roberta Salvini, Marisete P. Safons ... 163
DANÇA FOLCLÓRICA COMO MEIO DE INCLUSÃO SOCIAL DO IDOSO
Marize Amorim Lopes ....................................................................................................... 164
DIÁLOGO INTERGERACIONAL E EDUCAÇÃO: UMA PRÁTICA COMPARTILHADA
GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco Aurélio;............................................................. 165
METODOLOGIA DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS
Márcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons ............................................................. 166
MOTIVO DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA E A
RELEVÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA EM GRUPO PARA OS IDOSOS
Patrícia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons ................... 167

PÔSTER: ESPORTE E LAZER ................................................................................ 168


PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSAS DO NÚCLEO DA TERCEIRA IDADE DO
CED/ FESURV
Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski ...................................... 169

PÔSTER: PSICOSSOCIAL ........................................................................................ 170

A DANÇA COMO FATOR MINIMIZANTE DA DEPRESSÃO NA 3ª IDADE


Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira ...................................... 171
CONCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,
Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni ........ 172
CORPOREIDADE, QUALIDADE DE VIDA E SUBJETIVIDADE NO PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO
Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues .............................................................................. 173
CRIANÇAS E VELHOS: A IMAGEM DO OUTRO NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA
AZEVEDO, Paula Guimarães, MELO ,Flávia Gomes, COSTA, Geni Araújo ................... 174
EU NO MEU CORPO AO LONGO DO TEMPO: O USO DAS DUAS PEÇAS NO BANHO
DE PRAIA
Nazaré Marques Mota1; Rita Puga Barbosa2; Maria Consolação Silva3 ; Alan de Souza
Rodrigues3 ......................................................................................................................... 175
QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR SUBJETIVO ANALISADO POR IDOSOS
PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA POR MAIS DE SETE ANOS
Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo
Costa.................................................................................................................................. 176
RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA E APTIDÃO FÍSICA
EM IDOSOS
Fabiano Marques Camara , Alessandra Galve Gerez, Maria Luiza Miranda, Maria Regina
Brandão, Marilia Velardi.................................................................................................... 177

PÔSTER: SAÚDE ........................................................................................................ 178

A ATIVIDADE FÍSICA COMO UM INSTRUMENTO DE MINIMIZAÇÃO DA


DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Dayanne Christine Borges Mendonça, Camilla Carvalho, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni
Araújo Costa ...................................................................................................................... 179
A CORRELAÇÃO DA IMAGEM E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS ATIVAS
Keila Lopes1,2, Cecília S.P. Martins1, Carlos Kemper2, Ricardo Jacó de Oliveira1 ............ 180
A ENDURANCE MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE
CAMINHADA DE 6 MINUTOS
José GS Junior§, Marco AV Caffarena§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡† .............. 181
A FORÇA MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO NO TESTE DE MARCHA
ESTACIONÁRIA
Marco AV Caffarena§, José GS Junior§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡† .............. 182
A PRATICA DA ATIVIDADE FISICA NA TERCEIRA IDADE NA ACM -BRASILIA E
INFLUÊNCIAS DESTA NA VIDA DIÁRIA
Tatiana Schneider Rocha, Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues ......................... 183
ANÁLISE COMPARATIVA DOS METS DO LIMIAR ANAERÓBIO DE IDOSOS NAS
ATIVIDADES OCUPACIONAIS E DE LAZER
Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior ..... 184
ATENDIMENTO NO SETOR DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE DO CENTRO DE
MEDICINA DO IDOSO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
Suiara PereiraTeixeira ........................................................................................................ 185
ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA
Renata Marcela Ornellas Targa, Paula Ferraz da Silva, Vinícius Silva de Oliveira, Marcelo
Cardozo, Walter Jacinto Nunes .......................................................................................... 186
AVALIAÇÃO DO GANHO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE
EXERCÍCIOS RESISTIDOS
Antônio Carlos de Souza Vasconcelos, Ana Carolina S. Vasconcelos,Eduardo Teixeira
Câimbra,Rogério Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons ............. 187
BENEFÍCIOS ANTROPOMÉTRICOS DE UM PROGRAMA DE HIDROGINÁSTICA EM
IDOSAS
NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães ............... 188
CADEIAS MUSCULARES: A POSTURA CORPORAL DE ADULTOS ACIMA DE 55
ANOS
STERN, Claudia Rossi e GOMES, Sônia Beatriz da Silva. ................................................ 189
CAMINHADA, HIDROGINÁSTICA E ALONGAMENTO SÃO AS ATIVIDADES MAIS
INDICADAS PARA PESSOAS IDOSAS
Vagner Raso†§‡, Ivete BalenŦ, Mônica SchwarzŦ, Cristiane Ribeiro CoppiŦ. ....................... 190
COMPORTAMENTO DO VO2, EJabs, EJrel, FCE, %FCM E PSE NO TESTE DE
MARCHA ESTACIONÁRIA
Ricardo SG Costa§, Leandro V Silva§, Paula I Toyansk§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner
Raso§‡† ............................................................................................................................... 191
CONSCIENTIZAÇÃO DA MELHOR IDADE NO CULTIVO DA ATIVIDADE FÍSICA
Gisele Pugliese e Rosemari Frackin. .................................................................................. 192
CORRELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COM A MASSA CORPORAL,
ESTATURA E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM HOMENS E MULHERES IDOSAS
Luciane Moreira Chaves .................................................................................................... 193
ESTUDO TRANSVERSAL DA APTIDÃO FÍSICA NA VIDA ADULTA
Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,
Giovanni Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego
Guillermo Cardoso ............................................................................................................. 194
EVOLUÇÃO DA SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL PERCEBIDA POR
MULHERES FISICAMENTE ATIVAS
NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães de;
ARANTES, Luciana Mendonça ......................................................................................... 195
FCM NO TESTE DE MARCHA ESTACIONARIA COMO INDICADOR PARA A
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO
Paula I Toyansk§, Leandro V Silva§, Ricardo SG Costa §, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner
Raso§‡† ............................................................................................................................... 196
FLEXIBILIDADE EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE
ATIVIDADE FÍSICA
Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Amanda Soares; Joseani Paulini Neves Simas;
Giovana Zarpellon Mazo .................................................................................................... 197
IDADE CRONOLÓGICA, PESO CORPORAL, ESTATURA, IMC, ADIPOSIDADE
CORPORAL E ALTURA DE ELEVAÇÃO DO JOELHO NÃO INFLUENCIAM O
DESEMPENHO NA MARCHA ESTACIONÁRIA
Adriana G Nardi§, Rodrigo G Quito §, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†.................. 198
MARCHA ESTACIONÁRIA ATÉ A FADIGA VOLUNTÁRIA MENSURA CERCA DE
98% DO CONSUMO DE OXIGÊNIO DE PICO – ESTUDO PILOTO
Rodrigo G Quito§, Adriana G Nardi§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†.................. 199
MOBILIDADE GERAL EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA
Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa. ......... 200
MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS DA TERCEIRA IDADE A PRATICAREM
EXERCÍCIOS FÍSICOS
Emerson de Melo ............................................................................................................... 201
NIVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS
Giovana Zarpellon Mazo 1; Jorge Mota2; Lucia Hisako Takase Gonçalves3 ......................... 202
NÍVEL DE DEPRESSÃO EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS
Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho, Dayanne
Christine Borges Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa ................................. 203
NÍVEL DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS
Tibúrcio, Fernando Roberto Nunes Tibúrcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Maria Alcione
Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa ................................. 204
NÚMERO DE ELEVAÇÕES DO JOELHO PREDIZ CERCA DE 37% DO CONSUMO DE
OXIGÊNIO NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA
Marcel B Rocha§, André R Quina§, Vivian A Martins§, Sabine A Oliveira§, Francisco L
Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡† ............................................................................................... 205
O LAn OBTIDO NA MARCHA ESTACIONÁRIA NÃO É DIFERENTE DO
ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO
Leandro V Silva§, Ricardo SG Costa§, Paula I Toyansk§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner
Raso§‡† ............................................................................................................................... 206
OS DESCOMPASSOS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A POPULAÇÃO
IDOSA
Raquel Guimarães Lins ...................................................................................................... 207
PARÂMETROS MOTORES E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE
DANÇA DE SALÃO
Luiz Alberto Simas; Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Joseani Paulini Neves Simas;
Giovana Zarpellon Mazo .................................................................................................... 208
PERFIL DA CAPACIDADE DE MEMÓRIA DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Carrijo, Poliana de Lourdes; Leite, Glênio Fernandes; Santos, Jessiane Alves; Martins, Maria
Angélica; Costa, Geni Araújo. ............................................................................................ 209
PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA E RISCO CARDÍACO EM IDOSOS
PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA
Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas e Silva, Patrícia Vieira
do Nascimento, Geni Araújo Costa .................................................................................... 210
RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DENSIDADE MINERAL
ÓSSEA EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA
Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo Rech (bolsista
CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski ..................................................................... 211
RELAÇÃO ENTRE O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS E ATIVIDADE
AQUÁTICA PARA IDOSAS
Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Geni Araújo
Costa, Silvio Soares Santos ................................................................................................ 212
RESPOSTA DO DUPLO PRODUTO EM IDOSOS DURANTE UM EXERCÍCIO DE
FORÇA PARA MEMBRO SUPERIOR, UTILIZANDO COMO IMPLEMENTO UM
ELÁSTICO
Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons ............................................... 213
RESULTADOS DE DIFERENTES FREQUÊNCIAS SEMANAIS NA APTIDÃO FÍSICA
DE IDOSOS ATIVOS
Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Cibele
dos Santos Xavier, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo
Cardoso, Ivanete Bredow Faber ......................................................................................... 214
SAÚDE DO IDOSO: A POTÊNCIA MUSCULAR COMO PREVENÇÃO DE QUEDAS E
LESÕES
Fernanda Guidarini Monte1, Adilson A. M. Monte2, Adriana C. A. Guimarães3, Renildo
Nunes4. .............................................................................................................................. 215
SERÁ QUE EXISTE MELHORA DA FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES
DE MUSCULAÇÃO HÁ NO MÍNIMO DE 1 ANO?
Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Júnior ............................................................ 216
TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA MENSURA CERCA DE 73% DO VO 2PICO
ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO
André R Quina§, Marcel B Rocha§, Sabine A Oliveira§, Vivian A Martins§, Francisco L
Pontes Jr§‡, Vagner Raso§‡† ................................................................................................ 217
VIVÊNCIAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM PARKINSON E MACHADO-
JOSEPH218
Marize Amorim Lopes ....................................................................................................... 218
SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E


ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

Alfredo Faria Junior


Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma análise da origem e do


desenvolvimento da disseminação do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento
no Brasil. Essa análise calcou-se nos resultados de uma pesquisa feita para integrar o Atlas do
Esporte no Brasil (COSTA, 2004). Assim, todas as citações feitas neste texto têm suas
referências nesse Atlas, criado exatamente para ser um banco de dados com acesso direto
através da Internet.
O argumento central desta comunicação é que a disseminação do conhecimento
naquela área apresentou mudanças paradigmáticas influenciadas por tendências
internacionais, mas foram demarcadas temporalmente por elementos do contexto nacional.
Cristina Oliveira, Rafael Botelho e Alfredo Faria Junior definiram ‗disseminação do
conhecimento‘ como o procedimento que permite propagar informações, fatos, conclusões,
idéias e trabalhos provenientes da capacidade e inteligência humanas, nos mais diversos
suportes de informação. Na perspectiva daquela pesquisa, foram incluídos livros, separatas,
opúsculos, folhetos, desdobráveis [folders], anais, periódicos, CD-ROM e vídeos (FARIA
JUNIOR, BOTELHO, In: COSTA, 2004).
No período que chamo de ‗propedêutico‘, que teve início na década de 30 e se
estendeu até 1969, persistia um tradicional e sedimentado entendimento que a educação física
deveria voltar-se, prioritariamente, para crianças e jovens. Assim, atividades físicas para
adultos e para idosos eram encaradas como menos importantes e menos relevantes (FARIA
JUNIOR, RIBEIRO, 1995). Entretanto, evidenciou-se a emergência de um novo paradigma
com o lançamento da primeira campanha TRIM, em 1967, na Noruega, elaborada dentro dos
princípios do que ficou mundialmente conhecido como Esporte para Todos, idealizada pelo
professor de educação física, Per Hauge-Moe.
No Brasil, a disseminação do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento
parece ter tido início nas décadas de 30 e 40, do Século XX, feita através de artigos
publicados nas Revista Educação Physica e Revista Brasileira de Educação Física (RBEF). Os
temas buscavam estabelecer relações entre exercícios físicos, desporto e longevidade e
levantavam preocupações com a maturidade de crianças, jovens e adultos, envelhecimento

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precoce, aposentadoria e alimentação. Na RBEF encontram-se ainda fotos que fazem


proselitismo da prática de atividades físicas em idades avançadas, como a do Rei Gustavo, da
Suécia, aos 88 anos, ―jogando sua partida diária de tênis‖ (TISSÉ, 1946) e de ―membros do
Parlamento sueco, de várias idades, em pleno trabalho ginástico‖ (RBEF, 1947). No final do
período propedêutico, destaca-se o texto de Fernando Telles Ribeiro sobre ―Exercícios físicos
e longevidade‖, inspirado em autor romeno (1968).
Em 1970 iniciou-se um segundo período, o do ‗entusiasmo inconseqüente‘, que se
estendeu até 1994, ano em que foi sancionada a Política Nacional do Idoso. Em 1990, o país
tinha 4717 milhões de pessoas com mais de 60 anos, e em 1980, 7215 milhões, sendo possível
perceber que o Brasil entrava no que os demógrafos chamavam de ‗transição demográfica‘.
Da percepção clara da nossa transição demográfica resultou a expansão massiva e
descontrolada da oferta de programas de atividades físicas para idosos, mas que geralmente
incluíam pessoas mais jovens como forma de completar turmas e inchar estatísticas. Assim,
proliferaram por todo o país, em praias, hortos, ruas e praças públicas, estacionamentos de
supermercados, clubes sociais e desportivos, condomínios residenciais e até em universidades,
esses programas, ―geralmente oferecidos por voluntários, e concebidos sem qualquer base
teórica. Esses programas, ministrados geralmente por leigos, pessoas sem qualquer tipo de
qualificação ou treinamento para o exercício profissional no campo das atividades físicas para
idosos, eram movidos apenas pelo que chamo de ―entusiasmo inconseqüente‖ (FARIA
JUNIOR, In: MOTA, CARVALHO, p. 37).
A primeira mudança paradigmática no campo do conhecimento das atividades físicas e
do envelhecimento no Brasil deve-se a quatro principais influências teóricas. A primeira, já
mencionada, refere-se às idéias de Per Hauge-Moe que deram origem ao movimento
denominado de Esporte para Todos. Em 1970, a questão das atividades físicas e
envelhecimento já estava posta e incluída no livro Esporte para Todos – as atividades físicas e
a prevenção de doenças‘ - Sport pour Tous – les activités physiques et la prevention des
maladies (RÉVILLE, 1970), publicado pelo Conselho da Europa.
A segunda influência teórica, diz respeito às idéias de Kenneth H. Cooper, que
estimulavam a inclusão de adultos e idosos nos programas de atividades físicas. Nessas idéias
difundidas por Cláudio Coutinho, Cooper recomendava ―aos brasileiros de todas as idades ... a
observância das prescrições ... como um meio de continuar vivendo ... saudáveis de corpo e
de espírito‖ (1970). O livro de Cooper apresentava ―tabelas adicionais‖ para pessoas com ―50
anos ou mais - andar, basquete, ciclismo, corrida, corrida no mesmo lugar, handball e
natação‖ (ibid).

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A terceira influência diz respeito às idéias de Helmut Schultz que se referem à


Matroginástica (1975), uma atividade física entre mães e seus filhos, de diferentes idades,
cooperando mutuamente na execução dos exercícios. Schultz recomendava ainda a
participação de todo o grupo familiar nas atividades físicas.
Posteriormente, as idéias de Kurt Meinnel (1984) influenciaram na constituição da
base teórica e na denominação dada ao Projeto desenvolvido na Universidade do Amazonas
por Rita Maria dos Santos Puga Barbosa. Para Meinnel (ibid), a Terceira Idade Adulta é
―caracterizada como a fase da crescente diminuição do rendimento motor‖ (p. 378).
No início do ‗período do entusiasmo inconseqüente‘ os periódicos continuaram a ser
os meios preferenciais para a disseminação do conhecimento.
Uma tendência inicial observada foi traduzir e publicar artigos de autores estrangeiros.
Possivelmente o primeiro foi ―A chegada da Velhice‖, de Rona e Laurence Chery (1974),
seguindo-se os de Fernand Landry, Mark Sarner, W. Hollmann Herbert de Vries, Jean-Michel
Lehmans, John Piscopo, Janis A. Work, Patrick Fitzgerald e Roy Shephard.
Quanto aos autores nacionais, não existindo revistas especializadas em atividades
físicas para idosos no Brasil, publicavam seus artigos nas revistas de educação física.
Inicialmente observou-se uma dispersão desses artigos por amplo e variado leque de
temáticas: atividade física e lazer na terceira idade, longevidade desportiva, terceira idade no
EPT; treinamento físico na terceira idade; atividade física, envelhecimento e questões de
gênero; exercícios aeróbicos; a higidez das pessoas idosas através da natação, segurança,
descontração e saúde na terceira idade e o idoso e o desporto.
No período constatou-se o surgimento de uma segunda tendência no sentido de os
livros começarem a aumentar sua importância na disseminação do conhecimento
especializado. Assim, foi publicado pelo Serviço Social do Comércio (SESC) de São José
dos Campos, possivelmente, o primeiro opúsculo brasileiro sobre a temática – ―Características
da terceira idade e atividades físicas‖, de Sérgio S. Araújo (1977).
No contexto internacional, em 1982, a Organização das Nações Unidas (ONU)
recomendou que os países membros declarassem-no como o Ano Internacional do Idoso.
Além disto organizou, em Viena, a Assembléia Mundial do Envelhecimento, que reuniu
representantes de todos os países membros e teve repercussão mundial.
Isto parece ter despertado a atenção da área da educação física para as questões do
envelhecimento, tendo o SESC de São Paulo (Bertioga) publicado um opúsculo intitulado
Esporte e cultura para a terceira idade (1982). Dois anos depois, a Universidade de São Paulo
(USP) publicou cinco cadernos sobre envelhecimento sob o título - Problemas do idoso. Um

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desafio social. O quarto Caderno foi escrito por Antônio Boaventura da Silva e teve como
subtítulo ―Aspectos físicos e psicológicos do envelhecimento‖ (1984).
Começamos também a ter acesso a obras estrangeiras ou a traduções de obras de
autores estrangeiros. Isto se deu tanto em partes de obras gerais sobre o envelhecimento como
na ―A Boa Idade‖, de Alex Confort (1997) quanto em obras completas como o livro
―Ginástica, jogos e esportes para idosos‖ [Gymnastik, Spiel und Sport fur Seniorem] (BAUR,
EGELER, 1983). Este livro foi recomendado à editora Ao Livro Técnico por Jürgen Dieckert,
professor alemão, visitante na Universidade de Santa Maria (UFSM) e coordenador da série
‗Educação Física – Prática‘. No prefácio Dieckert, criticava o preconceito de encarar o jogo e
o esporte como ―atividades somente para gente jovem, especialmente homens‖ (p. III). A
mesma coisa ocorreu com o livro ―Motricidade – O desenvolvimento motor do ser humano‖
[Bewegungslehre]‖ de Kurt Meinnel (1984), que mais tarde viria a influenciar na construção
teórica do Projeto ―Universidade na Terceira Idade Adulta‖ (1993) desenvolvido na
Universidade Federal do Amazonas, por Rita Puga Barbosa.
Em 1990, os brasileiros tomaram conhecimento do livro publicado em Portugal
intitulado ―Educação Física Geriátrica‖ (FRADINHO, 1990), da tradução do livro de C. Raul
Lorda Paz, intitulado ―Educação física e recreação para a terceira idade‖ (1990) e mais tarde
do livro ―Actividade física e saúde na terceira idade‖ (MARQUES, BENTO,
CONSTANTINO, 1993).
A hegemonia dos livros estrangeiros, traduzidos do alemão e do espanhol ou editados
em Portugal, só começou a se desfazer com a publicação da obra ―A Atividade Física para a
Terceira Idade‖, de Rosemary Rauchbach (1990), seguido de outros dois títulos: ―O idoso e a
atividade física‖, organizado por Alfredo Faria Junior (1991), e ―Yoga para a Terceira Idade‖,
escrito por Beatriz Esteves (1991).
Quanto aos artigos de autores nacionais publicados em periódicos, os temas
continuaram dispersos: envelhecimento, atividade física, lazer e esporte (natação, ioga,
exercícios aeróbicos, desporto máster, segurança, prescrição e benefícios, questões de
gênero); atividade física – um imperativo para todas as idades; treinamento (físico, aeróbico,
com pesos) na terceira idade; atitudes, auto-estima, auto-conceito, expectativas dos idosos
frente às atividades físicas; longevidade desportiva; gênero e saúde na terceira Idade;
diagnóstico da situação do idoso em Santa Maria (RS).
A partir da segunda metade dos anos 80, os temas dos artigos começaram a se voltar
mais para uma vertente acadêmico/científica, com enfoque médico ou não – osteoporose,
envelhecimento e atividade física; respostas cardiorrespiratórias em função da intensidade do

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exercício; alterações do sistema cardiovascular; consumo de oxigênio e características


antropométricas do idoso.
No final dessa década, em 1989, foi criado um Projeto de intervenção e pesquisa
denominado: Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA), hoje Instituto
de Educação Gerontológica IMMA, em Niterói, uma Organização Não Governamental
(ONG), possivelmente um dos únicos fora da esfera pública a fazer pesquisas e disseminar
conhecimentos.
No contexto internacional, em 1991, foi fundado o European Group for Research into
Elderly and Physical Activity [EGREPA], que viria a ter grande influência na disseminação
do conhecimento no campo das atividades física para idosos. A filiação ao EGREPA era
franqueada tanto para membros individuais, como para instituições. O EGREPA era dirigido
por um Comitê Executivo composto pelo presidente em exercício, pelo presidente eleito, pelo
presidente anterior, pelo vice-presidente, pelo secretário e pelo tesoureiro. A entidade tinha
um Comitê Gestor (The Board of Directors) integrado por 13 membros, e apenas um
brasileiro integrou esse Comitê, Alfredo Faria Junior. Em termos institucionais, o Centro de
Estudos do Projeto Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia (Projeto IMMA) era o
representante do EGREPA no Brasil. Para cumprir suas disposições estatutárias, o EGREPA
realizava, periodicamente, Congressos Internacionais, todos gerando Actas [proceedings]. Em
Congressos do EGREPA dois únicos brasileiros foram convidados como conferencistas
[keynote speakers]: Victor Matsudo, em 1993 (Oeiras) e Alfredo Faria Junior, em 2000
(Bruxelas). A partir de outubro de 1997 o EGREPA passou a editar um Boletim [Bulletin]
distribuído a todos os membros e em agosto de 2004 lançou o periódico European Review of
Aging and Physical Activity (EURAPA).
Com a Política Nacional do Idoso (BRASIL. Lei nº 8.8842/94) iniciou-se um novo
período que denominei de Em busca de fundamentação teórica e científica, que se estende de
1994 até hoje. Essa Política determinava o ―apoio a estudos e pesquisas sobre as questões
relativas ao envelhecimento; adequar currículos, metodologia e material didático aos idosos;
... inserir nos currículos mínimos ... conteúdos voltados para o processo de envelhecimento;
incluir Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores‖.
Em 1996, deu-se um importante fato que muito contribuiu para incentivar a
disseminação do conhecimento: a realização, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Alfredo
Faria Junior e com o apoio do Projeto IMMA, do ―I Seminário Internacional sobre Atividades
Físicas para a Terceira Idade‖. Hoje, em sua sétima versão, esse Seminário é considerado o
mais reputado evento científico da área graças às exigências sempre crescentes para aceitação

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de comunicações e por sua regularidade. Nestes sete anos, os organizadores locais dos
Seminários sempre colocaram à disposição os Anais dos encontros (FARIA JUNIOR, 19996;
FARIA JUNIOR, MARQUES, KRIGEL, 1998; FARIA JUNIOR, DECARO, SANCHES,
2000; GUEDES, 2001a; 2001b; OKUMA, 2002) com exceção do realizado em Belém, no
Pará.
No período, continuou-se a não ter periódicos especializados, sendo o que mais se
aproximaria disto o ‗Caderno Adulto‘, do Núcleo Integrado de Apoio à Terceira Idade, da
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1997). Entretanto, alguns periódicos lançaram
números temáticos - ‗Terceira Idade‘ (Ano I, n. 10, jul. 1995), ‗Motus Corporis‘ (v. 4, n. 2,
nov. 1997), ‗Revista do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte‘ (v. 23, n. 3, maio 2002) e
‗Fitness & Performance‘ (maio/jun. 2002).
Quanto aos artigos em periódicos, em alguns casos, os temas passaram a refletir os
rumos que as pesquisas estavam tomando, com temas mais voltados para a vertente biomédica
- capacidade funcional de idosos, avaliação isocinética e isotônica, composição corporal, risco
cardiovascular, desenvolvimento motor, e menos para as ciências humanas e sociais –
atividade física e bem estar psicológico, motivação para a prática regular do exercício físico
e/ou atividade desportiva, atitudes dos idosos quanto à prática de atividade física.
A publicação de livros aumentou no período, destacando-se as obras de autores
nacionais: Terceira Idade: uma experiência de amor: terapia corporal para idosos (VILAS-
BOAS, 1994), Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia: evolução e referencial
teórico (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995), Idosos em Movimento: Mantendo a Autonomia.
Ensaios e Pesquisas (FARIA JUNIOR, NOZAKI, RIBEIRO, 1996), Exercício,
envelhecimento e promoção da saúde (LEITE, 1996), Atividades Físicas para a Terceira Idade
(FARIA JUNIOR et al. 1997), Atividade Física na 3ª Idade (MEIRELES, 1997), ―Saúde na
Terceira Idade‖, com temas sobre ginástica, Yoga para idosos (HERMÓGENES, 1997). O
Idoso e a Atividade Física (OKUMA, 1998), Por que não Educação Física Gerontológica?
(BARBOSA, 1998a), Manual de Regras e Súmulas de Esportes Gerontológicos (BARBOSA,
1998,b) e Universidade e Terceira Idade: percorrendo novos caminhos (MAZO, 1998),
Ginástica, Dança e Desporto para a terceira idade (FARIA JUNIOR, 1999), Hidroginástica na
Maturidade (BONACHELA, 199 -), Avaliação do Idoso – física & funcional (MATSUDO,
2000), Idoso, Esporte e Atividade Física (GUEDES, 2001b), Atividade física na maturidade
(MOREIRA, 2001), Terceira Idade & Atividade Física (CORAZZA, 2001); Idoso, Esporte e
Atividades Físicas (GUEDES, 2001); A Atividade Física para a Terceira Idade
(RAUCHBACH, 2001) e Envelhecimento e Atividade Física (MATSUDO, 2001),

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Contribuições para o Trabalho com a Terceira Idade (ACOSTA, 2002), Longevidade e


Esporte (LENK, 2003), Atividade Física na 3ª Idade (MEIRELES, 2003), A Atividade Física
para a Terceira Idade (RAUCHBACH, 2003), Atividade física na 3ªidade: o segredo da
longevidade (FERREIRA, 2003), Atividades físicas no processo de envelhecimento: uma
proposta de trabalho (MARQUES FILHO, 2003), Exercício, Maturidade e Qualidade de Vida
(DANTAS, OLIVEIRA, 2003) e Educação Física Gerontológica. Construção
sistematicamente vivenciada e desenvolvida (BARBOSA, 2003).
Foi possível encontrar no período alguns livros sobre envelhecimento que incluíam
capítulos sobre idosos e atividade física, como: O corpo em movimento, no livro
―Rejuvenescer a velhice‖ (NICOLINI, In: GUIDI, MOREIRA, 1994); Ciência e Consciência:
tatuagens no corpo do idoso, em ―Corpo Presente‖ (SIMÕES, In: MOREIRA, 1995), A
mulher idosa e as atividades físicas sob um enfoque multicultural, em ―Mulheres em
Movimento‖ (FARIA JUNIOR, In: ROMERO, 1997), Efeitos do exercício físico na
senilidade, em ―Exercícios em Situações Especiais I‖ (SILVA, 1997), Atividade física e bem-
estar na velhice, no livro ―E por falar em boa velhice‖ (VITTA, In: NERI, FREIRE, 2000),
Atividade física, movimentação e transferência, em ―Como cuidar dos idosos‖ (DIOGO,
RODRIGUES, In: RODRIGUES, DIOGO, 2000), e Atividade física e envelhecimento, na
obra ―Envelhecendo com qualidade de vida‖ (CUNHA, TERRA, 2001) e Corporeidade,
atividade física e envelhecimento: desvelamentos, possibilidades e aprendizagens
significativas, em ―Longevidade, um novo desafio para a educação‖ (COSTA, In: KACHAR,
2001).
Algumas editoras, como a Manole e a Phorte, prosseguiram na estratégia de oferecer
tradução de obras de autores estrangeiros, como por exemplo: ―Hidroginástica na terceira
idade‖ (SOVA, 1998), ―Treinamento de força para a Terceira Idade‖ (WESTCOTT,
BAECHIE, 2001) e ―Envelhecimento, atividade física e saúde‖ (SHEPARD, 2003).
Em outubro de 2003 foi instituído o Estatuto do Idoso (BRASIL. CONGRESSO
NACIONAL, Lei nº 10 741 de 1º de outubro de 2003) que no Capítulo V trata das questões
relacionadas com Educação, Cultura, Esporte e Lazer. Este Estatuto, entretanto, não mais
deixa consignada a preocupação com a pesquisa, como o fazia a Política Nacional do Idoso
(op. cit.). Quanto à preocupação com a disseminação do conhecimento menciona apenas que
o Poder Público ... ―incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão
editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da
capacidade visual‖.

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Em conclusão, a disseminação do conhecimento sobre atividade física e


envelhecimento passou por três momentos influenciados por mudanças paradigmáticas. Essas
mudanças foram causadas, em grande parte, por tendências internacionais. Entretanto, as
demarcações temporais dos três períodos ocorreram por influência de elementos do contexto
nacional. Assim, o segundo período pode ser contado a partir do momento em que o
Município de Itapira-SP ampliou, em 1970, a oferta de atividades físicas fora das escolas e
clubes, atendendo toda a população em parques e áreas livres. Pessoas de várias idades se
reuniam então, ao ar livre, para a prática de atividades físicas conforme preconizava o
movimento do Esporte para Todos. Quanto ao terceiro, o ano da sanção da Política Nacional
do Idoso (1994) marca seu início e se caracteriza pela busca de melhor fundamentação
científica, sobretudo com a inclusão da temática em programas de pós-graduação stricto
sensu.
Hoje em dia, apesar da predominância dos artigos em periódicos, se observou um
crescimento digno de registro do número de livros e de autores brasileiros que passaram a se
dedicar à temática. Observou-se, também, o crescimento do número de capítulos sobre
atividades físicas para idosos em livros sobre o envelhecimento em geral e em periódicos não
especializados em educação física. Com o incentivo dado pelo Estatuto do Idoso espera-se
uma popularização dos conhecimentos através de livros de auto-ajuda e de periódicos não
acadêmico/científicos, vendidos em bancas de jornal.
O pesquisador brasileiro que deseja publicar seus achados em periódicos dispõe de
revistas interdisciplinares: ―Revista Kairós Gerontologia‖ (PUC/SP), ―A Terceira Idade‖
(SESC), ―Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento‖ (UFRGS), ―Gerontologia‖
(SBGG/SP) que, sob a ‗ditadura do Qualis‘ (2004), são C Nacional. Cabe lembrar ainda que,
em 2004, o Caderno Adulto (UFSM) entrou em ―fase de mudança de sua estrutura, sendo a
partir de então suprimidas da revista as sessões de Vivências e Opiniões‖. Os periódicos
brasileiros geralmente não têm periodicidade, têm péssimo sistema de assinatura e
distribuição, e têm impacto quase nulo na massa de estudantes de graduação em educação
física, e pequeno na de estudantes de pós-graduação.
No contexto brasileiro, no campo da disseminação das atividades físicas para idosos, o
maior impacto é produzido por livros. O termo impacto aqui é entendido como a importância
que tem uma publicação tanto sobre a formação do leitor, estudante ou professor de educação
física, quanto sobre o contexto para provocar mudanças paradigmáticas. Para isto influem a
atuação das Comissões Editoriais, as tiragens em torno de 3000 exemplares, a existências de
redes nacionais de distribuição montadas pelas editoras e o sistema de permuta, doações e

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compra implantado pelas Instituições de Ensino Superior (IES). Assim é nesses livros que os
mais de 116 mil estudantes de educação física do país encontram os conhecimentos básicos
sobre o tema, dentro de uma ótica de professor generalista. Este fato é desconsiderado pelos
consultores da CAPES, que desvalorizem os livros nas avaliações dos programas de pós-
graduação stricto sensu, só permitindo que a ―a produção de livros e capítulos‖ seja
―considerada até o máximo de 25% da produção qualificada em A ou B‖ (CAPES, Grande
Área da Saúde).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARIA JUNIOR, A.; BOTELHO, R. G. Esporte e inclusão social – Atividades físicas para
idosos In: COSTA, L. P. da (org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.

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ESCOLA, IMAGINÁRIO E VELHICE: DESFAZENDO POSSÍVEIS PRECONCEITOS

Altair Macedo Lahud Loureiro


Professora pesquisadora da PGE/UNIC/MT e da PGGerontologia/UCB
Conselheira de Educação do DF – CEDF; Assessora de pesquisa do NEPTI/CEAM/UnB

Escola, lugar de consideração das diferenças, de formação e


mudança de atitude. Velhice, espaço de revisão e construção.
Imaginário, potência organizativa

Apresenta-se aqui, de forma preliminar, o processo e alguns dados obtidos, carentes


ainda da análise mais aprofundada, em pesquisa em andamento; dá-se notícias da
investigação, com dados já levantados no campo, em fase de organização, que relacionam,
temas, fenômenos, processos e realidades considerados: a escola, no processo de formação e
de mudança de atitudes, na dinâmica curricular e no ensino aprendizagem, como lugar de
consideração das diferenças; a velhice nas suas idiossincrasias, fragilidades e possibilidades
humanas e cidadãs, como espaço de revisão e construção; e o imaginário na sua complexidade
e força organizativa. A pesquisa relaciona, com postura interdisciplinar, Educação,
Gerontologia, Imaginário e Complexidade, privilegiando neste momento apenas as falas, os
depoimentos, mas que privilegiará, em ação culturanalítica, o AT-9, de Yves Durand (1988),
para desvendar o imaginário de um grupo formado por alunos e dirigentes de uma escola
fundamental e identificar as representações imagéticas de um grupo de alunos idosos e de
idosos asilados e depois entrecruzar estes olhares. Além da simples escuta, a pretensão é
maffesolianamente ―escutar a relva crescer‖, transcender o que é dado e posto de forma
patente, quer dizer, ir ao latente submerso, ouvir o inaudível, enxergar o invisível e perceber o
imperceptível. A pesquisa situa-se no rol das investigações que, não-satisfeitas com os
preconceitos, com os etnocentrismos desgastados, os estereótipos, enfim, com as seguranças
apenas do discurso ―competente‖, propõem a ação instituinte na escola. Vê a escola na sua
potência transformadora, no seu poder de mudar visões de mundo, de atualizar e,
principalmente, de criar a construção crítica não-excludente e, assim, diminuir ou eliminar os
bachelardianos ―complexos de cultura‖, notadamente com relação à velhice. Vê o homem, em
qualquer idade, como um neóteno, quer dizer, que tem a condição de mudar sempre: de
aprender e reaprender.

A criança e o adolescente têm presente, no elenco de imagens pessoais, uma imageria


que pode estar desequilibrada nas suas polaridades de natureza/pulsões internas e de

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cultura/pressões externas. Pode ser que o convívio familiar, religioso, social, escolar, cultural
e as condições por vezes precárias de sobrevivência tenham pressionado o eu interior pulsante
de humanidade e de solidariedade para com o diferente, no caso para com o velho, pesando,
de forma não-harmônica, no ―trajeto antropológico‖, o caminho circular simbiótico de interior
e exterior. Mas Seefeldt e col. (apud Néri, 1991: 51) registra – em investigação sobre as
percepções de crianças sobre velhos –, ―que atitudes e estereótipos se desenvolvem
precocemente e tendem a permanecer como influências relativamente estáveis‖. Pressupõe-se,
então, que a visão de mundo gerada e permeada com as influências da escola, na tenra idade,
desperte, aprimore ou incentive no aluno – o homem em formação – a compreensão do
fenômeno da velhice e da(s) realidade(s) do velho, entendendo o ser humano velho na sua
singularidade, tão digno e com direitos e deveres, como qualquer outro em qualquer idade –
como na infância e na adolescência, ―fase‖ em que os alunos se encontram. Isto fará a
diferença no encarar, entender e se relacionar com os seus idosos de casa, da comunidade e da
sociedade em geral. Erikson (1984: 156 in Andrade, 2002) diz que ―a velhice precisa encontrar
um lugar significativo na ordem social e econômica – significativa para os velhos e para os que
fazem parte de todos os outros grupos de idade, começando pela infância‖.
Acompanhar o olhar, descobrir o imaginário destas crianças/destes adolescentes e dos
dirigentes da escola, nas suas ações e na organização, sobre a velhice, o processo do
envelhecimento e a(s) realidade(s) do velho, do idoso, possibilitará, por um lado, a influência
formadora da escola na elaboração ou na revisão dos seus projetos pedagógicos e na
formulação ou reformulação curricular, notadamente na sua possibilidade transversal e, por
outro, o possível sair do idoso da inatividade segregada e quiçá solitária, desenvolvendo ou
imiscuindo-se em atividade, por ele desejada, no convívio intergeracional saudável, na
interação com escolares crianças e/ou adolescentes. As vantagens serão recíprocas quando os
avós se desenrugam no sorriso que resulta da estima recuperada ou ampliada na possibilidade
de se sentir útil e prestigiado, ouvido e considerado, da interação com criaturinhas, que
sempre lembram seus netos, em uma escola, enquanto as crianças terão ao vivo a evidência
das possibilidades dos idosos, contando histórias vividas, reais ou fictícias, cantando canções
folclóricas ou não, aprendidas em um passado há tempos vivido e agora revivido mas ainda
desconhecido das crianças. É preciso deixar falar nestes momentos tanto os velhos como as
crianças, sem a imposição da hierarquia rígida vazia do apenas respeito sem fundamento. O
velho deve ser respeitado como todo ser humano, mas precisa também respeitar. Ao
demonstrarem sua atenção para com as crianças, os avós, os idosos, estarão recuperando ou
condicionando o resgate do respeito aparente ou realmente perdido nesta época de violência e

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de desprezo pelo que não é novo, pelo velho ou envelhecido; pelo que não mais entra no
mosaico preconcebido de uma sociedade desamorosa do apenas lucro e produção. O que se
considera é que, no caleidoscópio da vida, o velho feliz pode ainda ser produtor de felicidade
e neste movimento ser considerado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Contributos para a formação pessoal e social dos alunos de uma escola secundária. Lisboa:
Instituto de inovação educacional, Ministério de Educação, 2002.
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DURAND, Yves. L’exploration de l’imaginaire: introduction à la modélisation des
univers mythiques. Paris: L‘Espace Bleu, 1988.
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de idosos e pistas para a criação de um espaço cultural. Tese de Doutorado. São Paulo:
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l‘Université de Montréal, 1977.

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SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

SAÚDE ÓSSEA E O ENVELHECIMENTO

Ana Patrícia de Paula


Reumatologista doHospital Universitário de Brasília

A osteoporose é um problema de saúde pública com importantes conseqüências


físicas, psicossociais e financeiras. O reconhecimento daqueles indivíduos com risco e a
identificação dos pacientes com osteoporose e encaminhamento para prevenção e tratamento
deve ser uma preocupação de todos, principalmente daqueles que trabalham visando à
promoção da saúde.
Aproximadamente 13 a 18% das mulheres norte-americanas acima dos 50 anos têm
osteoporose e cerca de 50% têm osteopenia, segundo critério densitométrico da Organização
Mundial de Saúde, 1990 (normal = T score ≥ −1.0; osteopenia = T score < −1.0 e > −2.5;
osteoporose = T score ≤ −2.5, onde T score é o desvio padrão em relação a média da
densidade mineral óssea de adultos jovens). A Sociedade Brasileira de Osteoporose, a
Sociedade de Osteoporose de Brasília e a Sociedade Brasileira de Reumatologia têm como
meta verificar os dados nacionais relacionados à osteoporose em nosso país.
Osteoporose é definida atualmente como uma desordem esquelética caracterizada por
força óssea comprometida predispondo a um aumento do risco de fratura. Força óssea
primariamente reflete integração entre densidade óssea e qualidade óssea.
Sendo esta uma doença silenciosa, precisamos estar atentos para identificar as pessoas
com fatores de risco tais como: história familiar de fratura por osteoporose, raça branca, baixa
estatura e peso, sexo feminino, menarca tardia, menopausa precoce, nuliparidade, baixa
ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, sedentarismo,
tabagismo, alcoolismo crônico, uso de medicamentos (corticóides, heparina, methotrexate,
fenobarbital, fenitoína, ciclosporina, agonistas de GnRH). A história clínica e o exame físico
são importantes na identificação de fatores de risco para osteoporose, e o nosso objetivo deve
ser diagnosticar os pacientes antes do acontecimento da primeira fratura.
Seguindo critérios da Organização mundial de Saúde o diagnóstico de osteoporose é
feito de maneira quantitativa através do exame de densitometria óssea. A densidade mineral
óssea representa um dos melhores determinantes da resistência óssea. A densitometria de
dupla emissão com fontes de raios X (DXA) é considerada padrão-ouro para a medida de

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 28


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massa óssea, sendo um método não-invasivo que, além de fornecer o diagnóstico, permite o
seguimento dos pacientes. Através da densitometria óssea mensura-se o conteúdo mineral
ósseo ou a densidade mineral areal, que corresponde à quantidade mineral divida pela área
óssea estudada. O exame deve ser realizado rotineiramente em coluna lombar e fêmur
proximal.
É importante lembrar que o nosso esqueleto constitui-se de ossos cortical (80%) e
trabecular (20%), ressaltando-se que o colo femoral tem 75% de osso cortical e a coluna
lombar tem 66% de osso trabecular. O Osso trabecular tem um metabolismo mais ativo que o
cortical, portanto sendo este o que primeiro apresenta redução frente a um desequilíbrio no
processo de remodelação óssea. A remodelação óssea é um processo contínuo de formação e
reabsorção ósseas, resultante do acoplamento das funções dos osteoblastos e osteoclastos,
relacionado a homeostasia de cálcio e fósforo. O remodelamento ósseo ocorre em unidades
circunscritas, disseminadas por todo o esqueleto. O remodelamento de cada unidade requer
um período estimado em cerca de três a quatro meses. A seqüência dos fenômenos celulares é
sempre a mesma: ativação dos precursores dos osteoclastos e depois reabsorção óssea
osteoclástica, seguida de formação osteoblástica do osso.
A puberdade é o período crucial para a aquisição da massa óssea, após a menarca, a
taxa de aumento de massa óssea é desacelerada e entre os 17 - 20 anos os ganhos são
mínimos. É de fundamental importância reconhecer que maximizando o pico de massa óssea
estaremos contribuindo para uma redução do risco de fraturas anos depois. Sabe-se que um
aumento de 10% no pico de massa óssea pode representar uma redução de até 50% no rico de
fratura após os 50 anos de idade. Existe um declínio da densidade mineral óssea com a idade e
a mulher inicia uma perda rápida, logo nos primeiros anos após a menopausa (observe o
gráfico abaixo). Os homens têm uma curva desviada para a direita já que a pubarca acontece
um pouco mais tarde e a perda rápida ocorre mais tarde do que nas mulheres.

Pico de
massa
óssea Menopausa
Massa Óssea

Sem reposição hormonal

0 10 20 30 40 50 60 70 80
Idade (anos)

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É relevante lembrar alguns dos determinantes do pico de massa: Fatores genéticos


(responsáveis por 60 a 80% da variabilidade da massa óssea), nu
utrição adequada (cálcio,
vitamina D, proteínas e calorias adequadas), nível dos hormônios sexuais na puberdade, nível
do hormônio do crescimento e exercício físico.

FRATURA

O risco de fraturas de qualquer sítio entre os homens é similar ao risco de desenvolver


câncer de próstata (13%), e o risco entre as mulheres (39,7%) é maior que o risco de
desenvolver câncer de mama, ovário ou endométrio.
Risco de fratura em idosos associa-se a vários fatores:
 Menor ingestão e absorção de cálcio (aumento de PTH);
 Redução dos hormônios estimuladores da formação óssea;
 Hipogonadismo;
 Maior risco de queda. Menor atividade física;
 Fatores genéticos – responsáveis por 60 a 80% da variabilidade da massa óssea
 Geometria femoral (comprimento do eixo do quadril, largura do colo femoral)
 Microarquitetura óssea alterada

Fraturas Vertebrais

A maioria das fraturas vertebrais é assintomática. Menos de 1/3 dos pacientes com
deformidades vertebrais procuram assistência médica. Após a primeira fratura vertebral
aumenta-se em 2 a 5 vezes o risco de nova fratura. Nenhum tratamento medicamentoso ou é
tão eficiente quanto antes da primeira fratura.

Fratura de quadril

A mortalidade nos primeiros seis meses após fratura de quadril é de 18-34%, sendo
maior entre os homens do que entre as mulheres. Após um ano a mortalidade é de 20%. Seis
meses após o evento fratura mais de 50% dos pacientes ainda queixam-se de dor e requerem
assistência para deambular e cerca de 1/3 dos pacientes perdem a independência e necessitam
de cuidados familiares ou de outro cuidador permanente.

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Incidência de Fraturas Vertebrais, de Quadril e de Antebraço


nas Mulheres com mais de 50 anos
Incidência anual por 1000 mulheres

Vertebral

40

30

20
Quadril

10 Antebraço

50 60 70 80
idade(anos)

Tratamento

 Exercício físico com ação da gravidade


 Prevenção - reconhecimento das pessoas de maior risco
 Prevenção de quedas
 Medicamentos que:Aumentam a formação óssea
Reduzem a reabsorção óssea

Nutrição e saúde óssea no idoso

Não há dúvidas de que para prevenção ou tratamento efetivo da osteoporose necessita-


se no mínimo de cálcio e vitamina D adequados para manter ou restaurar a saúde do esqueleto
ósseo. Proteínas, fósforo, sódio também são nutrientes críticos no processo de manutenção da
saúde óssea. Não podemos esquecer que deficiências nutricionais contribuem para um maior

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 31


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risco de queda por alterar a homeostasia do sistema músculo-esquelético. Lembrar que


excesso de proteínas e excesso de sódio favorece a eliminação urinária de cálcio.

Cálcio

 11-24 anos  1200 a 1500 mg/dia


 25 - 50 anos  1000 mg/dia (51-64 com TRH)
 51 (mulher sem TRH) ou > 65 anos  1500 mg/dia
 A absorção de carbonato de cálcio é de 40% do total ingerido (1250 500)
 Melhor ingerir 500 mg ou menos várias vezes ao dia

Vitamina D

 País tropical - 15 minuto de sol/dia


 Idoso - em asilo é necessário suplementar
 Doses de calcifero l - 400 a 800 u/dia
 Alfacalcidio l - 1 mcg/dia
 Calcitrio l - 0,50 microgramas/dia

TRH

 Diminui a reabsorção óssea


 Previne perda de osso trabecular e cortical
 Aumenta densidade óssea da coluna (5 - 6%) e quadril (2-3%)
 Há comprovação sobre o efeito em redução de fraturas de quadril

Raloxifeno (modulador seletivo do receptor de estrogênio)

 Redução em 49% do risco da primeira fratura vertebral após 4 anos


 Redução em 34% do risco de uma fratura vertebral subseqüente em mulheres co m fratura
vertebral prévia após 4 anos
 Redução de uma nova fratura clínica em 68% durante o primeiro ano de tratamento

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Alendronato

 Prevenção - 5 mg
 Tratamento: 10 mg/ dia
 70 mg/ semana
 Reduz reabsorção óssea
 86% dos indivíduos tratados apresentam aumento de massa óssea
 Reduz taxa de fratura vertebrais, não-vertebrais e de quadril.

Risedronato

 Prevenção e tratamento - 5mg/dia ou 35 semanal.


 Reduz incidência de fraturas e aumenta massa óssea no primeiro ano de tratamento.
 Estudos feitos com pacientes sem excluir aqueles com úlceras pépticas.
 Reduz taxa de fratura vertebrais, não-vertebrais e de quadril.

Teriparatida

 Teriparat ida é uma nova forma de tratamento da osteoporose severa de mulheres e ho mens
 Teriparat ida aumenta a DMO em mulheres e ho mens.
 Teriparat ida reduz o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais em mulheres e ho mens
com osteoporose

Considerando o acima exposto consideramos essencial prevenir: o baixo pico de


massa óssea, a redução da massa óssea, o aparecimento da primeira fratura e o aparecimento
de novas fraturas. Portanto sempre poderemos agir em benefício daqueles com diagnóstico de
osteoporose.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NIH Consensus Conference. Chicago: 2001.

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PHYSICAL ACTIVITY FOR ELDERLY PEOPLE: HEALTH PERSPECTIVE

Eino Heikkinen
The Finnish Centre for Interdisciplinary Gerontology
University of Jyväskylä, Finland.

Background

The individual and social burden of diseases increases in parallel with the
increase in human life expectancy and the proportion of elderly people in both the developing
and industrialized countries. The ongoing demographic change has sometimes been called as
an ―apocalyptic demography‖ referring to the mass nature of the issue which would require
mass solutions (e.g. Ebrahim 2002). The increase in the proportion of people over 80 years of
age presents a particular challenge. It has been estimated that in many developed countries
their proportion will increase by about 40% during the first two decades of the 21 st century,
and that the most rapid relative increase in life expectancy will occur in this age group. On the
other hand the uncomfortable and uncompromised consequences of ageing are the increasing
number of diseases, functional limitations and disabilities (E.g. Heikkinen 2003). Only about
10% of people aged 80 years are free of a clinically diagnosed disease, and various disabilities
decrease the quality of life. In the industrialized European societies approximately 20% of
people aged 70 years or older and 50% of people aged 85 and over report difficulties in basic
activities of daily living (e.g. BURDIS report, 2004). It has been estimated that the use of
social and health services increases in parallel with the increase in various disabilities.
Disability increases, e.g., the risk of need for home help, hospitalization, nursing home
admission and premature death. Disability prevention has become an important public health
concern.
Osteoporotic fractures and falls are common, interrelated conditions in elderly
people. Approximately one third of community-dwelling older people fall at least once each
year, multiple falls are common and the cumulative incidence of falls has led to an epidemic
of osteoporotic fractures, particularly among postmenopausal women. Fractures are associated
with increased mortality and healthcare costs.
Significant increase in life expectancy has occurred in both developed and
developing countries during the 20th century. In many developed countries the average life

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expectancy at birth is over 80 for women and over 75 years for men. In addition, among
women the average life expectancy at 65 is over 20 years and in men over 15 years. It has
been estimated that genetic factors determine about 25 % of the difference in the age of death;
the environmental factors in different phases of life seem to be more important in modifying
the differences in life expectancy.
Physical activity level decreases with advancing age. There does not seem to be,
however, any consensus about the definition of physical inactivity or sedentary behavior in
elderly populations. People whose physical activity is limited to mainly sitting in one place or
practicing only light physical activity can be regarded as sedentary people. According to our
observations their proportion among people aged 75-80 years vary between 20 and 40 percent
among, for example, urban populations in the Nordic countries Denmark, Finland and Sweden
(NORA studies 2002). The proportions of those regarded as moderately active (moderate
physical activity for about 3 hours per week) vary between 30 and 50% whereas the
proportion of physically active (moderate physical activity over 4 hours per week or intense
physical activity up to 4 hours per week or active sports at least 3hours per week) vary
between 15 and 40%. It is obvious that at least one third of elderly populations should start
practising some form of physical exercise and that an additional one third should consider
increase of their physical activity.
This paper aims at describing, on the basis of the current scientific literature,
including our own research work, the roles of physical activity in the prevention of disability,
falls and fall related fractures in old age and as a determinant of longevity.

Disability and physical activity

Research on disability in old age has identified several factors that contribute to
shaping the dimensions of disabilities in old age. These factors include both non-modifiable
risk factors such as age, gender and genetics and modifiable risk factors such as unhealthy
behaviors, and characteristics of the environment and the degree to which it is free from, or
encumbered with physical, social and cultural barriers. A part of the modifiable risk factors
stem from earlier phases of life. Currently some, if limited knowledge exists on the role of
genetic factors predisposing older people to functional limitation and disability (Tiainen et al.
2004). There is a marked gender difference in longevity. In European countries women often
live about five years longer than men but women have a longer duration of life lived with
disability.

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Much research has been dedicated to identifying risk factors for the onset of
disability by applying the disablement model developed by Nagi (1976). The main pathway of
the model consists of four components: pathology, functional impairments, functional
limitations, and disability. In elderly people, pathology causes impairments (e.g. decreased
muscle strength, low oxygen consumption, poor balance). Impairments predispose people fo
functional limitations (e.g. poor walking speed) which may lead to disabilities (e.g.
difficulties in carrying out daily activities and in mobility). In a systematic literature review
Stuck et al. (1999) listed various behavioral and health factors that at on individual level
contribute to the development of disability in old age. The highest strength of evidence for an
increased risk in functional status decline, defined as disability or physical function limitation
was found for (in alphabetical order):
- cognitive impairment - low level of physical activity
- depression - no alcohol use compared to
- disease burden - moderate use
- increased and decreased body mass index - poor self-perceived health
- lower extremity functional limitation - smoking
- low frequency of social contacts - vision impairment

Other risk factors include elevated blood lipids and glucose, low bone density
and alcohol and drug misuse. Research has also shown that certain psychological and
psychosocial characteristics, such as poor self-efficacy, coping strategies and social
integration predict the development of disability. Recent evidence suggests that the
accumulation of deficits across multiple domains (co-impairment) may better explain the
development of functional limitation than decline in a single domain.
Disability can be defined as a gap between a person´s abilities and
environmental requirements. Identical physical and mental conditions may results in different
patterns of disability depending, for example, on the occupation, housing conditions or family
structure of a person. On the other hand, a similar type of disability may arise from different
types of health conditions. Women have a longer duration of life lived with disability and it
has been suggested that they may suffer from ‖multiple jeopardy‖, i.e. have combinations of
social and health disadvantages. Also cultural factors may produce disability. Prejudice and
discrimination in different arenas of life may disable and restrict people´s activities even more
than impairments and functional limitations.

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Current research suggests, however, that among other factors physical activity is
associated and may counteract several individual level risk factors of old age disability.

Chronic illnesses

Current studies suggest that the health benefits of physical activity that have
been observed in middle-aged persons also are likely to occur in elderly men and women.
Sedentary lifestyle and aging increase a person´s risk of many chronic diseases including
coronary heart disease, hypertension, stroke, cancer, certain metabolic disorders (e.g. non-
insulin dependent diabetes) and osteoporosis (e.g. Spirduso 1994, Carlson et al. 1999,
Christmas et al. 2000). It has been estimated that about one third of deaths from coronary
heart disease, colon cancer and diabetes could be prevented if all American adults were
vigorously active (Powell & Blair 1994). It has also been estimated that individuals of all
ages with established osteoarthritis can benefit from exercise programs.
Both aerobic and resistive exercises have resulted in diminished pain and
disability scores and enhanced measures of physical function without worsening of the
disease radiographically. Diseases are often associated with sarcopenia which may result from
disease related nutritional deficiencies and inflammatory reactions. Sarcopenia on the other
hand may lead to functional limitations and disability. The current physical activity guidelines
for adults of 30 minutes of moderate intensity activity preferably all days a week is of
importance for reducing health risks for a number of chronic diseases (ACSM 1998). The
dose-response relationship shows that ―a moderate physical activity program is likely to give
important health benefits and indicates that some activity is better thant none, and that more is
better than less‖ (e.g. Bokovoy & Blair 1994).

Depression

Depression is one of the most common mental health disorders in older people.
The prevalence of clinically important depressive symptoms among community-dwelling
older adults ranges from approximately 8 % to 16% (Blazer 2003).
Depression is associated with physical illness and disability, and it is often accompanied by
decreased physical activity, resulting in functional limitations and disability. On the other
hand exercise may reduce depressive symptoms among older persons (0´Connor et al. 1993,
Penninx et al. 1998).

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An observational study among a representative population sample aged 65-84


year at baseline showed that over the follow-up of 8 years the amount of depressive symptoms
increased among sedentary people compared to their physically more active counterparts
(Lampinen et al. 2000). It appears that physical activity participation rather than physical
fitness per se may be related to psychological well-being in elderly people (McAuley &
Rudolph 1995).
There is, however, no compelling experimental evidence that exercise per se is
effective in preventing or treating depression in elderly people.

Self-rated health

Despite the high prevalence of clinical diagnoses in elderly people many of


them evaluate their health as good. The factors underlying these evaluations include
functional performance (muscle strength in particular), physical activity, severity of diseases,
sensory performance (vision in particular), and cognitive performance. Decreased physical
activity has emerged as the most powerful variable predicting a negative change in self-rated
health (e.g. Leinonen et al. 2001). Older people´s cognitive interpretation of being physically
active may impart a sense of vigor, which is considered an important aspect of health. It may
be that older people are likely to emphasize attitudinal and behavioral factors in assessing
their own health.

Leannes and obesity

A change in body composition is one of the most apparent findings with human
aging. There is a loss of muscle mass and strength (sarcopenia), and a relative increase in
body fat. In the 70- to 79-year-old age group about one third has been reported to be Obese
(BMI >- 27.8 for men and 27.3 for women; Kuszmarski et al. 1994). The decline in daily
physical activity is clearly a major factor contributing to the current obesity epidemic
affecting both developed and developing countries. The required amount of physical activity
to maintain a recommended BMI values may be higher compared to the guidelines concerning
chronic diseases. Although definite data are lacking, it seems likely that moderate intensity
activity of approximately 45 to 60 minutes per day is required to prevent the transition to
overweight or obesity (Erlichman et al. 2002b, Saris et al. 2003). The low BIM also seems to
be a risk factor of disability. Both chronic diseases and lack of physical activity reduce muscle

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mass and may increase the proportion of fat tissue leading to a lower BMI which is associated
with poor functional performance and increased mortality.

Functional limitation

According to the model of Verbrugge and Jette (1994) functional limitation is a


precursor of disability. It has been demonstrated that among non-disabled older persons living
in the community, objective measures of lower-extremity function are highly predictive of
subsequent disability (Guralnik et al. 1995). It has also been shown that grip strength in
middle-age independently predict levels of functional independence at the follow-up 25 years
later (Rantanen et al. 1999).
Strength loss in elderly people is well established and has repeatedly been linked
to poor performance and falls. In particular, lower extremity strength loss has been associated
with increased time to rise from a chair, climb stairs, and walk, and with a decrease in the
amount of walking performed per week (e.g. Chandler & Hadley 1996). Decline in muscle
strength is partially reversible with exercise. The consistency of strength gain with training
across elderly age groups and levels of frailty is very promising but the clinically meaningful
strength change is not yet clear.

Social factors

The low levels of social activity and social contacts seem to be associated with
poor functional outcomes, even if correcting for potential confounding factors such as
cognitive functioning (Moritz et al. 1995). It has also been observed that a greater frequency
of emotional support from social networks has a favorable impact on functional outcomes
(Seeman et al. 1995).
Physical activity facilitates the involvement of elderly people in social activities
through preventing functional limitations, which may become obstacles to social
participation. In addition, physical exercise often involves group activities being thus able to
maintain and create social contacts.

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Injurious falls and physical activity

Several risk factors have been identified for non-vertebral fracture, which is
ultimately determined by bone strength, the risk of falling and the force of impact in the event
of fall. Established risk factors for falls in older adults include lower-extremity muscle
weakness, impaired balance and vision, decreased reaction time, impaired cognition,
decreased body mass, and impaired mobility in general. In addition, medications, alcohol
intake, inappropriate footwear, physical factors in the environment and acute situational
factors have also been identified as important risk factors for falls.
A review of the epidemiologic evidence on the relationships between physical
activity, falls and fractures among older adults (Gregg et al. 2000) suggests that
higher levels of leisure time physical activity prevent hip fractures, and that certain exercise
programs may reduce risk of falls. In addition to preventing functional limitation physical
activity helps maintain mobility and bone mineral density and in doing so, may prevent falls
and osteoprotic fractures. It is, however, unclear whether physical activity is associated with
the risk of osteoporotic fractures at sites other than the hip. Future research is also needed to
identify which populations will benefit most from physical activity and to evaluate the types
and amount of exercise needed for protection of falls in old people.

Longevity and physical activity

Several prospective observational studies have shown that low physical activity
levels predict an increased risk of mortality among older people (E. g. Bokovoy & Blair 1994,
Erlichman et al. 2002a). The highest mortality rates, both overall and from cardiovascular
disease has been found in sedentary men, and on the other hand physically active elderly
people have a longer life-expectancy compared to their more sedentary counterparts (Äijö et
al. 2002). The differences between the sedentary and physically active elderly people remain
after controlling for their status of health.
It has been suggested that the effect of physical activity on survival is most
important among those elderly individuals who already have disabilities such as mobility
difficulties (e.g. Hirvensalo et al. 2000). It is, however, difficult to control for all the factors
(health behaviors, socio-economic position, education, genetic factors, severity of diseases)
which may modify or confound the relationships between physical activity and survival
among elderly people. Additional research is, therefore, needed to determine the amount and

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quality of physical activity to be recommended as well as the characteristics of individuals


who will benefit from physical activity from the point of view of an increased survival.

Concluding remarks

There now exists a wealth of data demonstrating that physical activity and
exercise may ameliorate diseases, reduce depressive symptoms and delay the occurrence of
functional limitations and disabilities in elderly populations. Physical activity may also
contribute to increased longevity compared to sedentary lifestyle.
There are, however, both conflicting finding and gaps in our knowledge
concerning the importance of physical activity amongst the various risk factors and the
effectiveness of physical activity interventions aimed at maintaining health and preventing
diseases and disabilities in elderly people and increasing longevity.
The situation is complex and has recently rendered even more complex by
observations showing that individuals of the same age, gender and ethnic group vary
markedly in their physiological responses to the same dose of physical activity and that this
variability is characterized by a familial aggregation of these responses, which has both
genetic and environmental components (Bouchard & Rankinen 2001).
There is, however, enough evidence regarding the beneficial health effects of
physical activity in older people to start strengthen research activities with the aim of
developing effective interventions for the prevention of physical inactivity and facilitation of
physically active lifestyles. An important goal for exercise scientists and sport medicine
clinicians is to discover new ways to encourage physical activity in the unfit and most
sedentary elderly people.
A step forward would be to consider the disablement concept in the context of
the newer concept of enablement. Disabling processes are described as those that increase the
needs of help of the individual and also often lead to isolation and dependency. Enabling
processes, including physical activities, restore and improve function and expand access to
social and physical environment.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 42


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

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SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PROGNOSIS FOR A SUCCESSFUL OLD AGE

C. Jessie Jones
FACSM - Division of Kinesiology and Health Science
California State University, Fullerton

“We cannot go back and make a new start,


but we can start now to make a new ending”.

Introduction

Chances are you‘re going to live a long life because of the advances in sanitation, public
health, medical and pharmaceutical technology, and food science. However, what is your
prognosis for a successful old age? First it is important to understand want is meant by the
phrase ―successful old age‖. It is difficult to define because the term ―success‖ itself is quite
ambiguous. The concept of successful aging dates back several decades (Baltes & Baltes,
1980; Havighurst, 1961; Palmore, 1979; Rowe & Kahn, 1987). Havighurst (1961) coined the
term ―successful aging‖ referring to it as ―adding life to the years‖ and ―getting satisfaction
from life‖. Palmore (1979) defined successful aging as including longevity, lack of disability,
and life satisfaction. Rowe and Kahn (1987) further defined successful agers as people with
better than average physiological and psychosocial characteristics in late life, and positive
genes. Other experts in the field have added the following indicators of successful aging:
autonomy (independence), financial and social status, sense of meaningful purpose in life, and
self-actualization.
Successful aging is not something that begins in later life; rather it is an accumulation of
where and how we have lived our lives, experiences we have encountered, people in our lives,
how we feel about ourselves, our attitudes, and choices we make regarding how we care for
ourselves and manage our lives (see figure 1). In fact, people who seem to age successfully
tend to be those who stay ―actively‖ involved with the many pleasures of everyday living, and
have a passion for living life to the fullest.

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Genetics

Culture & Gender Health & Social Services

Physical & Social Successful Lifestyle Choices &


Environment Aging Behaviors

Socio-economic Status Psychological Attributes

Life Events

Figure 1. Predictors of Successful Aging. Adapted from the determinants of Active Ageing,
Figure 8, pg19, Growing Older – Staying Well, World Health Organization (2002).

While heredity contributes to the age-associated changes in the physical body, the rate
of change is determined for the most part by our lifestyle behaviors (e.g., physical activity
patterns, eating habits, tobacco and alcohol use, regular physical examinations, work ethic,
and engagement in leisure and social activities). Research that focuses on the prevention of
physical declines and health problems associated with aging is important, however far too
little research has focused on better understanding the predictors of successful aging. The
purpose of this paper is to discuss three prominent psychosocial theories for predicting a
successful old age, Maslow‘s (1943) hierarchy of needs, Erikson‘s (1986) psychosocial stages
of development, and the theory of selective optimization with compensation developed by
Baltes (1990).

Maslow’s Hierarchy of Needs

One of the most popular theories related to successful aging is Maslow‘s hierarchy of
needs (1943). He described a hierarchy of human needs in which lower level needs must be
satisfied before moving to the next higher level (Maslow & Lowery, 1998). According to
Maslow, the more one becomes self-actualized and transcendent, the wiser an individual
becomes. Self-actualization is defined as finding self-fulfillment and realizing one‘s potential.
Transcendence is defined as helping others find self-fulfillment and realize their potential.
Although there is little agreement about the order of basic human needs, or wording used to
describe basic needs, it is at least generally accepted that people age in a more successful way
when their basic needs are fulfilled (Deci & Ryan, 2002; Ryan, 1991).

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Erikson’s Psychosocial Stages of Development

One of the early theories of personality development is Erikson‘s psychosocial stages


of development (Erikson, Erikson, & Kivnick, 1986). According to Dr. Eric Erikson,
personality development proceeds through eight stages of development, each one
characterized by some type of psychosocial ―crisis‖ which must be resolved for successful
aging to occur. The last three stages (between young and late adulthood) describe positive
personality development leading to successful aging as the ability to (1) form close
relationships with friends and lovers, (2) be productive by raising a family or through some
form of work, and (3) look back on one‘s life with pride and satisfaction.

Selective Optimization with Compensation

Baltes and Baltes (1990) provide yet another perspective on the prognosis of a
successful old age in their theory of selective optimization with compensation. According to
this theory, successful aging has much to do with the ability of an older adult to adapt to
physical, mental, and social losses in later life. This theory focuses on three behavioral life
management strategies for maintaining functional independence in later life: (1) focusing on
high priority areas of life, areas that result in feelings of satisfaction and personal control, (2)
optimizing personal skills and talents that a person still has that will enrich and enhance life,
and (3) compensating for losses of physical and mental function by using various personal
strategies and technological resources, either one‘s own or others‘, to achieve objectives. For
example, one strategy might be to use a cane or walker so he or she can continue to participate
in various occupational, social, and recreational activities.

Conclusion

In conclusion, successful aging is best defined through the eye of the beholder. What
we do know is successful aging is dependent on the interplay of such factors as genetics,
personal and social environment, lifestyle behaviors, attitudes, adaptability, social supports,
and certain personality characteristics. The key then to successful aging is to integrate positive
physical, social, mental, emotional, and spiritual activities into our daily lives. Everything I
have learned from my research, literature reviews, and working with older adults has led me

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to believe that the prognosis for a successful old age lies within our ability to adapt to change
in our lives, to stay connected with other people, to be positive about life, to devote ourselves
to improving the welfare of others, to have faith and spirituality in our lives, and to have
found a purpose to life. It also involves intelligence (e.g., ability to learn and adapt to new
environments, ability to think nonverbally, knowledge of important facts in one‘s culture),
cognitive capacity (e.g., central processing speed, ability to solve problems, and memory),
self-efficacy (i.e., a belief in one‘s capabilities to handle situations and tasks in life), self-
esteem (i.e., feelings about self), personal-control, (i.e., belief in one‘s ability to exert control
over life), coping styles (e.g., how well a person adapts to transitions and handles daily hassles
and crises, and resilience (i.e., ability to overcome adversity), and mental and physical
stimulation. In closing, after interacting with thousands of older adults in various
environments, I agree with Pelletier (1994), that perhaps the most important determinant of
successful aging is in the wisdom to cultivate moral virtue, self-discipline, compassion, and a
deep commitment to a spiritual purpose beyond ourselves.

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ALGUNS BONS PRINCÍPIOS A SEREM LEVADOS EM CONTA NA ATIVIDADE


FÍSICA COM O IDOSO

José Francisco Silva Dias


NIEATI/ CEFD/ UFSM/ RS.

Quando pretendemos iniciar um trabalho de atividades físicas com idosos, com o


objetivo de realmente melhorarmos a sua performance para as questões da vida cotidiana, faz-
se necessário levarmos em conta alguns princípios básicos, daqueles que lá pelos idos de 1989
já colocávamos em nosso livro ―Atividades Físicas na Terceira Idade‖ editado pela editora da
UFSM:
A - O princípio da manutenção da atividade física – o professor quando fizer uso desse
principio, deverá fazer uso de uma série de estímulos, a fim de que o praticante mantenha um
ritmo de trabalho sem perder o interesse pela atividade física proposta, de forma regular. A
ciência do comportamento nos diz que o mesmo é estimulado pelo reforço positivo. Portanto,
quanto mais estimulado positivamente, mais motivado poderá ficar para a atividade para a
qual está sendo motivado. Nesse mesmo enfoque TARGA (1983), nos diz que a motivação é
um dos problemas mais delicados para o profissional, uma vez que exige ao mesmo tempo
uma grande experiência, aliada a conhecimentos psicológicos, de modo a atingir os mais
variados temperamentos no conjunto dos alunos. A motivação está relacionada diretamente
com a personalidade do professor. É necessário despertar o entusiasmo nas pessoas
estimulando-as, orientando-as e não apenas sendo um cobrador de tarefas.
B - O principio da individualização na atividade física – A própria condição pessoal de
cada indivíduo deve determinar o programa individual de atividades físicas. A partir de testes
de avaliação física, o programa deverá ser organizado levando em conta:
I – um bom alongamento;
II- o controle da freqüência cardíaca;
III- o exame médico é indispensável, antes de iniciar o programa;
IV- não se deve realizar exercícios quando houver qualquer desconfiança de que
alguma coisa não está bem.
Deverá ser notado durante o programa que aqueles que estão em pior forma, na
realidade, são os que irão demonstrar uma melhora mais acentuada na condição física.
C - O princípio da continuidade da atividade física – A atividade física carrega um
aspecto cumulativo. Diz a lei biológica que ―a função faz o órgão‖, sendo assim, a atividade

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 51


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física adequada irá preparando, gradativamente, o organismo para suportar estímulos cada vez
mais exigentes.O essencial aqui é que seja desenvolvido o hábito da atividade física,
introduzindo-se, gradualmente, pequenas modificações que resultem em um melhor
condicionamento físico.
D - Princípio da sobrecarga da atividade física – Aumentando-se gradativamente, a
freqüência, a duração e a intensidade, pode-se dosar a atividade física. Uma maneira boa de
melhorar a condição física na terceira idade é aumentar, de forma lenta e gradual, o tempo de
duração dos exercícios, mantendo-se a mesma intensidade.
E - Princípio da totalidade da atividade física - Segundo TARGA (1983), não basta
que exercitemos a maior parte dos grupos musculares, é necessário que consigamos também
exercitar o espírito do individuo de modo a que todo seu corpo vibre. Totalidade quer dizer
participação geral de todos os componentes do ser, isto é, a perfeita integração nas
manifestações físicas, psíquicas e espirituais.
A atividade física cada vez mais se apresenta como verdadeiro seguro de vida para
todas as idades, em especial para o idoso. Estar em constante movimento faz parte de nossa
composição de ser que precisa sempre estar interagindo com o meio, num ir e vir, numa troca
constante de energia. Isto nos mantém vivos!
O exercício físico produz uma necessidade que conduz a uma finalidade ou meta, que
dá margem a uma filosofia de vida, de profissão, e até mesmo de mundo. É através do
movimento que se concentra tudo o que existe, o que inclui, segundo SOBRAL (1985):
- satisfação;
- consideração com os demais;
- os grandes e pequenos valores;
- a realização dos desejos mais queridos;
- o efeito (bom ou mal) sobre a vida dos outros.
Através dessas premissas é que podemos dimensionar a função socializadora,
vitalizadora, recreadora e também reabilitadora que a prática da atividade física, caracterizada
pelo fomento e implementação de exercícios físicos, pode proporcionar ao homem e,
principalmente, ao homem idoso.

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Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 52


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MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA E SENSITIVIDADE BARORREFLEXA


EM INDIVÍDUOS IDOSOS FISICAMENTE ATIVOS

Linda Massako Ueno


Instituto do Coração (InCor), Universidade de São Paulo, Escola de Medicina, São Paulo

INTRODUÇÃO

O Envelhecimento está relacionado com o declínio da modulação vagal sobre o


coração e atenuação da sensibilidade barorreflexo da freqüência cardíaca. Estes fatores
acarretam a hipotensão postural, a qual tem sido associada ao aumento da taxa de mortalidade
em indivíduos idosos. Estudos também têm reportado que a atenuação da sensibilidade
barorreflexa está associada a um maior risco de fibrilação ventricular e a incidência de
eventos cardíacos. O declínio da modulação autonômica cardíaca e sensibilidade barorreflexa
são conseqüências inevitáveis do envelhecimento, que predispõe a desregulação da pressão
arterial, episódios de síncopes e eventos cardíacos em indivíduos idosos. Por outro lado,
poucos estudos têm investigado os efeitos da prática do exercício físico regular no
envelhecimento do sistema cardiovascular e seus mecanismos compensatórios durante um
estresse hemodinâmico. Neste sentido é importante investigar os efeitos de um estilo de vida
fisicamente ativo, incluindo o exercício físico regular sobre o controle autonômico cardíaco
em repouso assim como durante mudança ortostática nos indivíduos idosos.

OBJETIVO DO ESTUDO

A proposta deste estudo foi avaliar os efeitos de um estilo de vida ativo na


modulação autonômica cardíaca em repouso e na sensibilidade barorreflexa avaliada durante
um estresse hipovolêmico em indivíduos idosos saudáveis.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 53


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MÉTODO

Vinte e quatro homens saudáveis da comunidade foram voluntários para participar


deste estudo. A idade dos participantes era de 60-70 anos. Todos os indivíduos eram
normotensos, sem histórico de síncope, doença neurológica ou doença cardiopulmonar. Este
estudo foi aprovado pela Comissão Científica e de Ética da Escola de Graduação dos Estudos
Humanos e Meio Ambiente. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi assinado por
todos os participantes deste experimento. O grupo fisicamente ativo (FA, N = 14) constituiu-
se de idosos que participavam de programas de exercício físico com uma freqüência de três ou
mais vezes por semana com duração de 11.2  3.9 anos de prática consecutiva. O grupo
sedentário (SED, N = 10) constituiu-se de idosos que não participavam de programas de
exercício físico ou aqueles que participavam de programas de exercício com uma freqüência
de uma vez por semana. As modalidades de treinamento físico entre os participantes do grupo
FA constituíram-se de atividades físicas predominantemente aeróbias tais como: caminhada,
dança social, natação. A modulação autonômica cardíaca basal foi avaliada pela variabilidade
da freqüência cardíaca no domínio do tempo [desvio padrão do intervalo R-R do ECG
(DPIRR) e pelo coeficiente da variação da freqüência cardíaca (CV)]. A sensibilidade
barorreflexa foi avaliada durante o Tilt Test (60°) utilizando-se a medida simultânea de
freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica batimento-a-batimento.

RESULTADOS

Não houve diferença significativa na idade média (66.9  0.8 versus 65.4  1.0 anos,
p > 0.05) assim como nas características físicas com relação à altura (164  1.7 versus 162.1 
1.4 cm, p > 0.05), peso (61.8  1.6 versus 61.0  1.8 Kg, p > 0.05) e índice de massa corpórea
(22.9  0.4 versus 23.2  0.5 Kg·m2, p > 0.05) entre os respectivos grupos FA e SED. Houve
uma diferença significativa nos hábitos de atividade física no grupo FA comparado ao grupo
SED com relação à freqüência semanal em programas de exercício físico (4.3  0.4 versus 0.3
 0.2 dias/semana, p < 0.05), tempo por sessão em programas de exercício físico (88.3  13.6
versus 36  18.3 min/sessão, p < 0.05) e anos consecutivos de participação em programas de
exercício físico (11.2  3.9 versus 0.2  0.1 anos, p < 0.05), respectivamente. Os valores de
DPIRR e CV foram significativamente maiores no grupo FA comparado ao grupo SED
durante a condição basal (59.5  10.4 versus 27.7  7.8 ms, p < 0.05; 5.5  0.8 versus 2.81 

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0.7 %, p < 0.05), respectivamente. A sensibilidade barorreflexa foi significativamente maior


no grupo FA comparado ao grupo SED (6.4 ± 0.8 vs. 3.8 ± 0.6 msmmHg-1, p < 0.05).

CONCLUSÕES

Os resultados deste estudo sugerem que a sensibilidade barorreflexa e a modulação


autonômica cardíaca são bem mantidas em indivíduos idosos saudáveis, fisicamente ativos
quando comparados aos seus pares sedentários. Esta melhor modulação autonômica no grupo
de indivíduos idosos fisicamente ativos pode ser considerada um fator cardioprotetor, por
reduzir a suscetibilidade de fibrilação ventricular, assim como uma melhor regulação da
pressão arterial durante um estresse hemodinâmico.

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PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS

Márcio de Moura Pereira e Marisete Peralta Safons


GEPAFI – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos
Universidade de Brasília

INTRODUÇÃO

Embora as danças de salão sejam uma modalidade relativamente nova, tendo suas
primeiras manifestações nos bailes das cortes do final da idade média e início do
renascimento, o hábito de dançar e o prazer a ele associado acompanham a humanidade desde
seus primórdios e se faz presente ao longo da história de todas as culturas. A dança é uma
atividade capaz de proporcionar condicionamento físico, integração social e lazer a indivíduos
idosos, além de inúmeros benefícios psicológicos (HANNA,1979; PETERS, 1994).

METODOLOGIA DE TRABALHO

Objetivos

Educar adultos idosos utilizando a atividade física como meio para promover
incrementos na saúde física e mental, no condicionamento físico e na qualidade de vida, numa
perspectiva inclusiva e centrada na conquista de autonomia, paz e integração com a natureza.

Recursos

 espaço físico: piso nivelado, ventilado, protegido do sol e de mudanças bruscas na


temperatura;
 recursos materiais: equipamento de som e seleção de ritmos capazes de
proporcionar não apenas experiências e desafios fisiológicos, mas que também
permitam trabalhar conteúdos cognitivos, afetivos e psicossociais;

Planejamento

Com a finalidade de tornar mais objetiva a seleção dos ritmos e permitir uma margem
de segurança maior na prescrição para grupos, os diversos ritmos foram classificados de

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acordo com a expectativa de intensidade e distribuídos dentro das diversas fases da aula
(Tabela 1).

Tabela 1- Ritmos da dança de salão e fases da aula


Fase da aula Ritmo
Aquecimento Valsa, Tango
Zona alvo1: Marchas, Chamamé, Xote, Baião, Vanera, Mazurca, Pagode,
iniciantes Rumba, Mambo, Quadrilha, Boi-Bumbá, Carimbó, Foxtrote
Zona alvo2: Salsa, Cúmbia, Samba, Xaxado, Merengue. Com algum cuidado
condicionados pode-se introduzir também: frevo, samba de gafieira e samba no pé.
Volta à calma Bolero, Slow fox

Avaliação

Avaliação da intensidade tanto para fins de prescrição do exercício, quanto para o


acompanhamento durante a aula é feita utilizando-se a PSE - Percepção Subjetiva do Esforço
(Escala CR10 de BORG, 2000).

CONCLUSÃO

Os resultados deste trabalho abrangem o complexo biopsíquico e social que constitui o


indivíduo, promovendo saúde, autonomia, inclusão social e integração ao meio.
Do ponto de vista físico verifica-se que os exercícios melhoram o condicionamento
físico tanto do ponto de vista cardiovascular quanto muscular, incrementam a consciência
corporal, aumentam a eficiência mecânica e a coordenação motora, corrigem a postura e
diminuem os riscos de lesões por acidentes ou quedas (BLANKSBY & REIDY, 1988).
Quanto aos efeitos psicológicos, os exercícios com música e ritmo promovem intensa
descontração psíquica, combatendo o estresse ao mesmo tempo em que estimulam a
criatividade e a disciplina; proporcionando ao indivíduo um contato mais íntimo com seus
estados emocionais e a administração mais eficiente de suas capacidades físicas e intelectuais
(PICART, 1988). Com relação ao aspecto social, normalmente as práticas são feitas em
grupo, de maneira descontraída e bastante lúdica, permitindo ao indivíduo aprimorar sua
noção de participação em equipes, times e trabalhos coletivos. Os exercícios procuram

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desenvolver o respeito pelos próprios ritmos e limitações, bem como pelos ritmos e limitações
das pessoas ao redor (PICART, 1988).
Durante a aula de dança de salão nota-se que o trabalho integrado dos diversos
componentes do ser (biopsíquico e social) ajuda a despertar a consciência de que também no
cosmos os diversos componentes do universo estão interligados e harmonizados numa grande
rede de interações. Essa rede por vezes é associada à ecologia outras vezes à espiritualidade,
mas a sensação de pertencer a essa rede é sempre descrita como uma experiência de
transcendência. E isto estimula no indivíduo o sentimento de ser uma parte importante do
equilíbrio social, ecológico e universal (MASLOW, 1943; HOLME, 2003; MOOKERJEE &
KHANNA, 1977). Com isso se reduzem os níveis de ansiedade decorrentes da vida moderna,
permitindo ao praticante tornar-se mais participante, cooperativo, integrado tanto no trabalho
quanto na família e na comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BLANKSBY, B.A. & REIDY, P.W. Heart rate and estimated energy expenditure during
ballroom dancing. British Journal of Sports Medicine, v. 22, n. 2, p. 57-60, 1988.
BORG, G. Escalas de Borg para a dor e o esforço percebido. São Paulo: Manole, 2000.
115 p.
HANNA, J.L. Movements toword understanding humans though the anthropological study of
dance. Current Antropology, v. 20, p. 313-339, 1979.
MASLOW, A. A theory of human motivation. Psychological Review, v. 50, p. 370-396,
1943.
MOOKERJEE, A. & KHANNA, M. La voie du tantra. Art, Science, Rituel.Londres:
Thames & Hudson Ltd, 1977.
PETERS, S. From eroticism to transcendence: ballroom dance and the female body. In:
Goldstein, L. (ed.), The female body: figures, styles, speculations (p. 145-148). Ann Arbor:
University of Michigan Press, 1994.
PETTER, H. Network dynamics of ongoing social relationships. Europhysics Letter, v. 64,
p.427-433, 2003.
PICART, C.J. Dancing Through Different Worlds: An Autoethnography of the Interactive
Body and Virtual Emotions in Ballroom Dance. British Journal of Sports Medicine, v. 22,
n. 2, p. 57-60, 1988.

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O PRAZER DE SER IDOSO

Maria Lais Mousinho Guidi


Doutora em Geografia; livre-docente em Antopologia;
pesquisadora do CNPq e do Nepti/Ceam/UnB

Mudanças velozes de ordem científica, tecnológica, social e ideológica exigem uma


política para educação continuada durante todo o ciclo de vida. Seria enfadonho citar aqui as
transformações estruturais intensas, tanto quanto a explosão demográfica ocorrida no mundo
nos dois últimos séculos. O sociólogo Otávio Ianni, em entrevista ao Jornal da UNICAMP
(2003) diz que... ―no fim do século XX e no começo do século XXI nós estamos metidos
numa grande ruptura histórica‖.
No Brasil, no início do século XX a população era de 17,4 milhões de pessoas,
passando a 169,9 milhões no ano 2000. Na passagem da ―Era Industrial‖ para a ―Era da
Informática‖, adveio um vertiginoso desenvolvimento da ciência, da tecnologia e também da
ordem social, como uma ―revolução‖.
A nosso entender, a maior revolução de todos os tempos foi a revolução social da
mulher, com a invenção dos anticoncepcionais, a popular ―pílula‖, que reduziu a taxa de
fecundação. Além disso, os avanços na medicina fizeram com que, entre 1940 e 2000, a
esperança de vida, no Brasil, passasse de 42,7 anos para 64,7 no caso dos homens e de 47,1
anos para 72,5 no caso das mulheres. Temos, hoje no Brasil, cerca de 20 idosos para cada 100
crianças. Estes 20 homens e mulheres não constituem um povo, mas são cidadãos capazes de
grandes conquistas por um mundo melhor, porque são pessoas mais experientes e mais
confiantes no Brasil.
Hoje, já possuímos o ESTATUTO do IDOSO – (Lei 10741/2003) e, anterior a este, a
Lei 8842 de 4 de janeiro de 1994 e a regulamentação desta última, segundo o Decreto nº
1948, de 3 de julho de 1996. Estas duas Leis e o Decreto foram atos oficiais para despertar a
sociedade brasileira para ações, como as ONGs que procuram melhorar a qualidade de vida de
seus concidadãos, em seus novos ciclos de vida, a partir dos 60/65 anos.
Neste novo período do Ciclo de Vida, denominado terceira idade, velhice, melhor
idade, ou outro nome carinhoso, em vez do conceito de educação, seria mais próprio
chamarmos de socialização, porque se associa educação à cultura, no sentido antropológico de
educação continuada. Lahud Loureiro, A. M. – 2000, nos abriu a cabeça para a ―Antropologia

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do Imaginário‖ para compreendermos melhor as novas formas de organização, estruturadas na


vida social e na visão do mundo.
A nossa preocupação consiste em lembrar que podemos existir por mais de 100, até
200 anos (De Méis, 1998), em ―CIÊNCIA E EDUCAÇÃO – conflito humano e tecnológico"
acrescenta à qualidade de vida, a felicidade de sentir, nesta luta, maior solidariedade humana.
Vivemos o grande momento em que o grupo social humano aumenta, diminuindo o número
de membros do núcleo familiar, ampliando os laços dos grupos de trabalho, além de eleger a
comunidade, defender nosso bairro e outras formas visíveis nas múltiplas doutrinações
religiosas.
Pensando na situação daqueles que chamamos nossos ―irmãos‖ que aposentados da
labuta profissional ou doméstica, deixam um tempo livre. Acreditamos que chegamos ao
momento de educar, melhor dizer socializar, construindo a ―ESCOLA DA VIDA‖, assim
denominada por funcionária do setor de saúde do MEC, ou a conhecida UNIVERSIDADE
DA TERCEIRA IDADE. Seria uma educação ou socialização do denominado ―adulto maior‖,
assim chamado o velho de língua espanhola.
Temos o exemplo de proposta multidisciplinar de Marisete Peralta Safons, a qual
parabenizo. Esta proposta abrange, além das ―atividades físicas, artísticas, culturais,
formativas, etc. de caráter diversificado... e a manutenção da saúde bio-psicossocial‖.
Nossos estudos e pesquisas sempre se apoiaram, na teoria e na prática, de conceitos de
cultura e educação, formulados por Darcy Ribeiro (1955 e 1996) – aqui reproduzidos:

Conceito Operativo de Cultura


Conjunto e integração dos modos de fazer, pensar e sentir desenvolvidos e adotados por
uma sociedade, como solução para as necessidades de vida humana associativa.
Museu do Índio – RJ 1955.

Conceito de Educação
A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (Lei
nº 9.384 de 20.12.96 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional).

Estes dois conceitos, no sentido lato, abrangem e valorizam a criatividade para os


numerosos velhos de hoje e do porvir, envolvendo-os no ritmo de vida compatível com os
emergentes trabalhos e tecnologias, sejam eles científicos, artesanais ou artísticos de suas

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opções. O tempo livre da aposentadoria será mais ativo e satisfatório se o seu preenchimento
corresponder a interessantes novidades para o idoso.
Governos estaduais e municipais (prefeituras) assim como as universidades, pessoas
esclarecidas, organizadoras das ONGs e de cursos esporádicos destinados a melhorar a
qualidade de vida dos idosos, desenvolvem ações que buscam a valorização do idoso e
aumentam a sua auto-estima, tornando prazerosa a terceira idade. O relacionamento no
trabalho ou no estudo leva o idoso a usufruir momentos importantes, agradáveis e
significativos, que evitarão a solidão considerada pelos idosos a maior queixa, como
insatisfação, psicose, estresse, ansiedade, nostalgia, e outras doenças de ordem neurológica.
Estes milhões de velhos brasileiros ainda não foram reconhecidos pelo Ministério de
Educação - MEC, que tem estado sempre ausente na elaboração das leis, decretos e,
principalmente nos estudos e reuniões para chegarmos ao ESTATUTO DO IDOSO (Lei n°
10.741, de 1º de outubro de 2003). O MEC ainda não assumiu o seu papel na gestão do ensino
para a terceira idade, na didática, nos programas e nos currículos. Os cursinhos avulsos para
os idosos vão se multiplicando, principalmente, com interesses financeiros ou religiosos, com
professores despreparados, sem formação geriátrica e ou gerontológica.
Terminamos com a máxima de MARTIN LUTHER KING (1929/1968) PRÊMIO
NOBEL, pela paz e não violência, em 1964:
―Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não
aprendemos a conviver como irmãos‖.

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A PRÁTICA PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS NO


PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA DA USJT: UMA EXPERIÊNCIA RUMO À
AUTONOMIA.

Maria Luiza de Jesus Miranda, Alessandra Galve Gerez e Marília Velardi


Grupo de Estudo e Pesquisa Sênior – Universidade São Judas Tadeu – São Paulo

Um fato notório e amplamente reconhecido, tanto pela comunidade científica como


pela sociedade em geral são os efeitos benéficos da prática de atividades físicas sobre a
manutenção da saúde e do bem-estar, principalmente sobre a população idosa (Okuma, 2002;
Miranda, 2001; Velardi, 2003).
Nesse sentido, as discussões atuais em Saúde Pública sugerem que a implementação
de programas educacionais, que possam esclarecer a esta população sobre os benefícios
decorrentes desta prática, bem como sobre as recomendações mais apropriadas para que estes
incorporem atividades físicas em suas vidas cotidianas, são de suma importância na mudança
de atitudes, no sentido de construir hábitos de vida mais saudáveis (Reski apud Velardi,
2003).
Por isso, as práticas educacionais adquirem um importante papel para a disseminação
de informações e na construção de ações que preconizam estilos de vida saudáveis entre a
população, contribuindo assim, para um envelhecimento bem-sucedido. Diante disso, foi
implantado na Universidade São Judas Tadeu o Projeto Sênior para a Vida Ativa, que integra
as áreas de Educação Física, Nutrição e Farmácia. É uma proposta com caráter educacional
que visa, no âmbito geral, contribuir para que os idosos vivam uma velhice bem-sucedida. O
núcleo do projeto é formado pelo programa de Educação Física, que tem como objetivos
difundir conhecimentos conceituais e procedimentais sobre a atividade física relacionada ao
processo de envelhecimento, com intuito de possibilitar a essas pessoas praticarem atividades
físicas de forma autônoma como parte integrante do constante autocuidado e, ainda, obterem
conhecimentos para posicionarem-se criticamente frente a outros programas oferecidos.
Assumir que o Projeto Sênior é de caráter educacional faz surgir, então, questões de
caráter eminentemente filosófico: qual o fim a que se destina a educação, ou seja, queremos
educar para que? Qual concepção de homem e seu papel na sociedade norteiam nosso modo
de ver o aluno idoso? Em que tipo de envelhecimento acreditamos? Sendo a Educação Física
uma das estratégias de Educação em Saúde, o que entendemos por Saúde?

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Refletir sobre essas questões tornou-se especialmente importante, principalmente,


quando Pereira (2003) nos lembra que muitas práticas de saúde requerem práticas educativas,
que por sua vez, trazem em seu bojo as representações de homem e de sociedade que se quer
efetivar. Isso significa, que não há processo educativo que seja neutro ou livre de ideologias,
pois a partir da educação são adquiridos os valores culturais e reproduzidos ou transformados
os códigos sociais de cada sociedade. Assim, essas questões tornaram-se cruciais para a
escolha de uma prática educativa coerente com o desenvolvimento humano no qual
acreditamos, qual seja, o compromisso com a construção da autonomia dos sujeitos.
O conceito de autonomia é entendido aqui como a capacidade que o indivíduo tem
para o exercício do autogoverno, construída a partir do conhecimento que o sujeito tem de si
mesmo e do mundo que o rodeia. Numa ação autônoma, o indivíduo leva em conta os valores
e as necessidades individuais, assim como, os valores sociais e a responsabilidade com a
coletividade, numa concepção de escolha que seja consciente (Czeresnia, 2003; Farinatti,
2000; Freire, 2002a; Neri, 2001).
Seguramente, poderíamos defini-la também, como a possibilidade de ―transcendência‖
do ser humano, que a partir do autoconhecimento e da tomada de consciência sobre o mundo
e pela sua capacidade de transformá-lo, poderá superar o que o determina, escolhendo com
responsabilidade e projetando sua própria vida, sendo esta, do ponto de vista filosófico a
―condição primeira de humanidade‖. Sendo assim, não se pode negar, então, que a
possibilidade de construí-la, bem como de mantê-la, torna-se imprescindível para o alcance de
uma vida satisfatória e do aumento da saúde entre os sujeitos, pois ser autônomo significa ser
responsável, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.
No contexto do envelhecimento, refletir sobre as estratégias educacionais que
colaborem no desenvolvimento e manutenção da autonomia torna-se especialmente
importante se pensarmos que o aumento dos anos de vida, dependendo de como forem
vividos, poderá provocar a perda da autonomia que, de acordo com Teixeira (2002), se dá
principalmente devido à imagem negativa do envelhecimento, associada a perdas fisiológicas,
psicológicas e sociais, com impacto na saúde do idoso.
É nesse contexto que, na atualidade, se estabelece a construção de uma nova forma de
se compreender o fenômeno da saúde que se aproxima muito mais das noções de qualidade de
vida e humanidade plena, sendo esta última determinada pelas condições gerais de existência
do indivíduo. Neste sentido, discussões atuais tentam reorientar as novas práticas em Saúde
Pública, girando em torno do ideário da Promoção da Saúde, que concebe a saúde a partir de
um enfoque muito mais amplo se comparado ao paradigma biomédico, considerando uma

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gama de aspectos que, em nível macro, envolve fatores como os determinantes sociais,
políticos e econômicos e, em nível micro, coloca o desenvolvimento da autonomia dos
sujeitos no centro de suas discussões, reconhecendo que a perda desta constitui um fator de
risco para o adoecimento (Buss, 2003; Teixeira, 2002).
Assim, esta vertente congrega a combinação de apoios educacionais, que visam
capacitar (empowerment) os indivíduos e comunidades com os meios adequados para
cuidarem de si próprios com autonomia, com apoios ambientais, que visam a atingir ações e
condições de vida que transformem a realidade e garantam saúde (Buss, 2003; Czeresnia,
2003; Pereira, 2003).
Diferentemente do paradigma biomédico, que concebe a saúde como ausência de
doenças e reduz suas intervenções unicamente ao domínio biológico, a Promoção da Saúde
concebe a saúde pelo prisma biopsicossial e, desta forma, sugere que suas intervenções,
principalmente aquelas em educação para saúde, devam estar se desenvolvendo também sobre
os outros determinantes, atribuindo à população maior controle e aumento nas possibilidades
de escolhas sobre os comportamentos de saúde.
Entendendo que a Educação Física se insere no campo da Saúde Publica como uma
das estratégias de Educação em Saúde, consideramos essas reflexões bastante pertinentes para
pensar sobre a nossa prática docente, pois somente ―fazer‖ atividade física não seria o
suficiente para a construção de um posicionamento autônomo e crítico diante dela. Ou seja,
os idosos precisariam aprender de maneira crítica sobre o que realizam, para que pudessem
adotar ou não as atividades, julgando a partir daquilo que consideram ser importante para si
(Velardi, 2003).
Por influência do paradigma biomédico, observamos ainda com bastante freqüência
nesta área, uma tendência em reduzir as práticas educativas ao mero treinamento das
capacidades físicas, desconsiderando todas as outras dimensões da existência humana,
concebendo autonomia como sinônimo de independência física (Farinatti, 2002). Entendemos
que este posicionamento, além de trazer uma visão dicotômica de homem, poderá reforçar os
estereótipos, preconceitos e a falta de respeito às diversidades de quem não se enquadra num
padrão físico determinado como bom ou normal pela ciência.
Obviamente, não podemos negar que a independência física é um fator importante
para o exercício da autonomia. No entanto, o que não podemos é reduzi-la somente a isso,
pois assim não estaríamos considerando a possibilidade de um deficiente físico ou um idoso,
por exemplo, continuar a manter o controle sobre sua vida mesmo na presença de alguma
limitação física. Dessa forma, buscamos olhar o sujeito idoso na perspectiva do que ele tem

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para ser desenvolvido, das suas diversas potencialidades, pautados numa visão mais
humanizadora, não negando suas limitações, mas reforçando o que o sujeito possui como
qualidades e como potencial, levando-se em conta os desejos e as necessidades individuais.
Neste caso, a autonomia passa a ser concebida não só a partir da independência física, mas
como algo que envolve a reflexão, tomada de decisão e escolhas conscientes.
Diante deste olhar entendemos que a Educação Física como uma das estratégias em
educação para a saúde, deve proporcionar ações educativas a partir da realidade e das
necessidades de quem aprende, para que os indivíduos se apropriem de maneira significativa
dos conhecimentos difundidos por essa área, conhecendo e respeitando suas potencialidades e
limitações, podendo praticá-la de maneira autônoma, a partir de uma escolha consciente.
Reconhecendo, neste ponto, o enorme potencial que a educação apresenta para impulsionar o
desenvolvimento da autonomia, as questões que se colocaram para refletir o processo
educativo no Projeto Sênior foram: será qualquer educação capaz de contribuir para a
construção da autonomia frente à prática de atividades físicas? Admitir que a sua construção é
facilitada pelos processos de aprendizagem, nos conduziu a uma outra reflexão, como o
homem aprende? Aqui, estamos diante de uma grande questão epistemológica: qual a origem
do conhecimento?
A teoria histórico-cultural ou sócio-interacionismo, formulada por Vigotsky para
caracterizar aspectos tipicamente humanos do comportamento psicológico, como a
plasticidade do cérebro, fornece subsídios para refletir sobre os processos de aprendizagem, a
partir de uma perspectiva de construção do conhecimento. Explica, ainda, como os processos
intelectuais podem se desenvolver durante toda vida do indivíduo, considerando que o
pensamento adulto é culturalmente mediado, sendo a linguagem o principal meio de
mediação. A cultura torna-se, então, parte integrante da natureza humana, uma vez que os
processos psicológicos superiores se desenvolvem a partir da relação dialética que o indivíduo
estabelece em seu universo social e cultural (Rego, 2001; Vigotsky e Cole, 2000).
Both (2002) ressalta a importância de refletir sobre as considerações de Vigotsky no
contexto da educação de idosos, pois destaca que as operações mentais são resultado de
formas culturais de lidar com a realidade.
Embora Vigotsky não tenha desenvolvido nenhuma teoria pedagógica, pois o seu
objetivo era estudar os processos psicológicos superiores tipicamente humanos, muitas foram
as contribuições deixadas por ele na área da educação, principalmente pela grande ênfase que
deu aos estudos sobre a relação entre pensamento e linguagem, indicando a importância do
diálogo nos processos de formação da mente humana e da internalização de novas formas

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culturais de comportamento. Além disso, apresentou as noções de ―zona de desenvolvimento


real e proximal‖, sendo que a primeira refere-se às conquistas já efetivadas, ou seja, aquilo
que o indivíduo consegue ―fazer‖ sozinho a partir de suas experiências e observações e, a
segunda, às capacidades que podem ser construídas com a ajuda de outros mais experientes.
Dessa forma, fica bastante clara a idéia de que a prática educativa deve ter como ponto
de partida o diálogo e o universo sócio-cultural do sujeito, pois é a partir disso que ele irá
atribuir significado aos novos conhecimentos, sendo o educador o mediador deste
aprendizado, partindo sempre dos conhecimentos prévios em direção à construção de novos
conhecimentos que conduza o educando a conquista de sua autonomia.
Desta maneira, a perspectiva educacional que pode ser coerente com a busca da
autonomia que procuramos estimular no Sênior é aquela que atribui ao educador a função de
instaurar métodos em função de despertar no educando a curiosidade; aquela que estimula a
busca constante do conhecimento, portanto não submissa e, então, por extensão, formadora do
senso crítico. Aprender criticamente é, em suma, formar a autonomia. Não é um estado de
apropriar-se do conhecimento do professor, mas um ato de formação e de interação da própria
capacidade cognitiva do indivíduo com o meio. Assim, o professor provém o aluno dos
instrumentos apenas, do ferramental para a formação crítica do aluno. Essas proposições têm
como alicerce os estudos de Paulo Freire que, como educador que influenciou toda uma
geração de outros tantos educadores em todo o mundo, apontou caminhos para a educação
como prática da liberdade – premissa básica da construção da autonomia (Velardi, 2003).
Para Freire (2002b), autonomia não se constrói sozinha, embora, por vocação
ontológica o homem seja capaz de apreender as coisas do mundo. Basta ser homem para
apreender e por isso não há ignorância ou sabedoria absoluta. Em todas as nossas relações,
sejam elas com intenções educacionais ou não, estamos constantemente aprendendo, mas
sozinho torna-se difícil captar a realidade pela sua raiz, pela sua causalidade autêntica. Para
tanto, deve haver por parte de quem educa uma intenção em seu ato educacional que o leve a
tais relações. Um processo de ensino-aprendizagem que a partir do diálogo crítico colabore na
organização reflexiva de situações existenciais, considerando que é a partir disso que o
conhecimento passa a ter significado, capaz de mexer profundamente com a maneira de ―ser‖.
Neste sentido, Velardi (2003) considera que seguramente qualquer informação pode
gerar aprendizagem, mas sem a intencionalidade daquele que se propõe ensinar poderá ser
transformada em outro tipo de aprendizagem, diferente daquela almejada. Desta forma, torna-
se necessário organizar e planejar o processo educacional a partir da definição e do tipo de

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desenvolvimento que se deseja, de quais objetivos são importantes serem atingidos para que
seja possível garantir o processo de desenvolvimento.
Assim, em consonância com a perspectiva filosófica que embasa as ações no
programa, optou-se então, por uma direção construtivista de ensino, tornando fundamental a
reflexão sobre como organizar os conteúdos de Educação Física no Projeto Sênior com vistas
a atingir os objetivos aos quais se propõe. Com base nisto, adotou-se a proposta de Coll e
colaboradores (1998) para a organização das intenções educacionais, pois este parece apontar
na direção de um ensino que considere a aprendizagem como um processo que conduza à
autonomia.
Embora estes autores tenham desenvolvido suas propostas curriculares refletindo a
Reforma Educacional no ensino formal, podemos considerar suas reflexões bastante
pertinentes na organização e ensino dos conteúdos de Educação Física do Projeto Sênior,
primeiro porque suas proposições têm como base de sustentação os estudos sobre o
funcionamento psicológico humano e o caráter construtivista de qualquer aprendizagem;
segundo porque atualmente, cada vez mais se ampliam os espaços de ensino e aprendizagem
no que se denomina de ensino não-formal, como é o caso do Projeto Sênior, trazendo também
a necessidade de reflexões sobre ―o que, para que e como ensinar‖.
Desta maneira, os conhecimentos são transmitidos por meio de ações pedagógicas que
promovem o desenvolvimento dos conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e
atitudinais, julgados necessários para favorecer as mudanças no comportamento dos
indivíduos. Através de aulas teórico-práticas os idosos são estimulados à reflexão sobre sua
realidade e à compreensão da atuação do processo de envelhecimento sobre os diversos
sistemas do corpo bem como em que medida a atividade física pode colaborar para o estímulo
desses sistemas, promovendo adaptações.
Tendo como temas geradores os sistemas cardiovascular-respiratório, nervoso,
articular e músculo-esquelético, são propostas atividades que estimulem cada um desses
sistemas. A partir da prática das atividades os idosos são levados a refletirem sobre o que
sentem ao realizar os exercícios, ao mesmo tempo em que são propostas associações entre
aquilo que é feito no Projeto e a vida cotidiana. Além disso, é a partir daquilo que é
experimentado que os alunos aprendem os fatos e conceitos associados a cada sistema e a
realizarem os exercícios específicos. Espera-se que cada vivência encerre em si o ensino e
aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos, valores e atitudes pertinentes à atividade
física.

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Nesse contexto os alunos são também levados a refletir sobre como seriam capazes de,
com base nos conhecimentos adquiridos, superarem as barreiras mais comuns para a
manutenção da prática de atividades físicas. Para isso são propostas tarefas do tipo solução de
problemas, em que os alunos são colocados em situações concretas para que possam criar
alternativas a partir daquilo que os impediria de manterem-se ativos. Com base em suas
respostas, são estabelecidas discussões em grupo que podem se transformar, futuramente, em
soluções individuais ou coletivas.
Ainda em consonância com a proposta de favorecer a autonomia para a atividade
física, o idoso deve deixar o programa após os 12 meses para que possa se inserir em
programas já disponíveis, ou procurar atuar junto à comunidade ou às autoridades no sentido
de buscar soluções para a criação de novos programas ou espaços para a prática de atividades
físicas das pessoas idosas.
A criação de um momento final para o Projeto segue os princípios de autonomia
adotados para a solidificação das intenções educacionais do Sênior, segundo os quais faz-se
também necessário o enfrentamento das "situações-limite", ou seja, os obstáculos e barreiras
que precisam ser vencidos ao longo de nossas vidas pessoal e social. Segundo Paulo Freire
(Freire, 1993) as pessoas têm várias atitudes frente a essas situações-limite: "ou as percebem
como um obstáculo que não podem transpor; ou como algo que não querem transpor; ou
ainda como algo que sabem que existe e precisa ser rompido e então se empenham na sua
superação" (p. 205).
Para que seja possível sentirem-se apoiados nas mudanças, para que tenham auxílio na
resolução de problemas concernentes a essas modificações ou mesmo para que continuem
aprendendo, estabeleceu-se uma fase de transição, caracterizada por uma supervisão à
distância no intuito de levantar as atitudes dos idosos frente ao desligamento do programa e,
também, para complementar conhecimentos que favoreçam tomadas de decisão no que diz
respeito a incluir a prática sistemática de atividades físicas em suas vidas.

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ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA MARCHA EM PESSOAS IDOSAS: FATORES


DETERMINANTES E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO

Paulo de Tarso Veras Farinatti


Professor Adjunto e Coordenador do Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LABSAU-UERJ).

Introdução

A presente comunicação tem por objetivo apresentar dados relativos à marcha em


pessoas idosas, em duas perspectivas diferentes: na primeira, o padrão da marcha é analisado
em relação a alguns de seus fatores determinantes, mais especificamente a força muscular e
flexibilidade. Na segunda, a marcha é discutida no contexto da prescrição do exercício, em
comparação com a corrida, partindo-se da noção de velocidade de transição caminhada-
corrida. A pergunta que se fez, nesse caso, referiu-se à conveniência de prescrever-se uma ou
outra atividade em idosos e jovens, analisando-se o impacto fisiológico nas duas situações.
Para tanto, foram apreciadas variáveis cardiorrespiratórias associadas à intensidade relativa e
fadiga imposta pelas atividades.
As próximas seções descrevem ambos os estudos, resumindo seus pressupostos
teóricos, aspectos metodológicos e conclusões a que se pôde chegar.

1) Amplitude e cadência do passo e componentes da aptidão muscular em idosos

Parece existir uma relação entre a manutenção da capacidade de marcha e o nível de


independência funcional das pessoas idosas. Há evidências, nesse sentido, de que a marcha
seja um bom – senão o melhor – indicador do risco de perda de autonomia com o
envelhecimento. Mesmo a auto-apreciação do estado funcional ou a intensidade do receio de
sofrer quedas parecem estar associadas à manutenção de um modelo e velocidade eficaz de
marcha.
Por outro lado, o processo de envelhecimento associa-se a modificações importantes
no padrão da marcha: a amplitude do passo tende a diminuir e a cadência a aumentar. Além
de contribuírem para limitações na autonomia funcional, as alterações da marcha em pessoas
idosas tendem a aumentar o risco de quedas, cujas conseqüências podem ser graves.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 70


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As razões para as modificações no padrão de marcha em idosos são multifatoriais –


talvez por isso não estejam totalmente esclarecidas. Alguns estudos, porém, buscaram lançar
luz sobre esta questão, e muitos deles colocam a aptidão muscular no centro da discussão. A
fraqueza muscular e a limitação do movimento articular estariam associadas a uma fase mais
ampla de apoio e passadas reduzidas durante a marcha, bem como à dificuldade de
equilíbrio. Independentemente dos seus motivos, portanto, o declínio pronunciado da força
nos membros inferiores associa-se a problemas funcionais sérios, dentre eles alterações
desvantajosas do modelo de marcha.
Da mesma forma, níveis reduzidos de flexibilidade, em várias articulações, têm sido
associados a dificuldades de desempenho em muitas atividades cotidianas importantes, como
a utilização de transportes públicos, subir degraus, lavar-se, vestir-se ou calçar-se, assim como
a uma menor eficiência no padrão de marcha e maior incidência de quedas. No que toca aos
movimentos de quadril, além de contribuírem com medidas de flexibilidade de tronco,
principalmente na flexão anterior, associam-se à manutenção de padrões de marcha mais
eficientes, uma vez que deles em muito depende a amplitude da passada. Uma diminuição da
força dos músculos flexores do tornozelo e um aumento da resistência muscular implicariam,
igualmente, em uma menor flexão dos tornozelos, contribuindo para a alteração do padrão de
marcha em indivíduos idosos.
O exame da literatura, contudo, revela que as relações entre os componentes da
aptidão muscular, a amplitude e cadência do passo não vêm sendo investigadas de forma
integrada. A marcha é uma situação funcional para a qual concorrem força e flexibilidade
simultaneamente – sua descrição isolada, portanto, fornece informações importantes, mas
incompletas para uma melhor compreensão da sua contribuição real para a eficiência da
deambulação. Em que pese esse fato, não foram localizados estudos que analisaram os
componentes da marcha e a importância relativa de força e flexibilidade, consideradas
simultaneamente. Esse foi o objetivo do presente estudo, ao correlacionarem-se componentes
da aptidão muscular, isolada e combinadamente, com variáveis do passo, a saber, sua
cadência e amplitude.
Foram observadas 25 mulheres com idades entre 60 e 86 anos (média=797 anos),
fisicamente independentes e cujas condições clínicas não contra-indicassem a realização dos
testes propostos. As seguintes variáveis foram estudadas: a) amplitude e cadência do passo
(AMP e CAP); b) peso, estatura e altura sentada em um banco com medida padronizada
(44cm); b) marcha estacionária de dois minutos (número de repetições) (RESISR); c) força
máxima relativa de extensão de joelhos (carga/peso corporal) (FORCAR); e) flexibilidade de

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 71


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tornozelo e quadril (graus) (FLEXT e FLEXQ). A AMP e CAP foram comparadas com as
variáveis dos componentes de aptidão muscular, por meio de técnicas de correlação simples e
multivariada. Os resultados indicaram que: a) AMP e CAP associaram-se significativamente
com o conjunto das variáveis de força e flexibilidade, conforme sugerido pela boa correlação
canônica (rcan=0,79; p<0,05); b) A AMP teve correlação mais forte com a força máxima e
endurance de força que com a flexibilidade de membros inferiores; c) a associação conjunta
das variáveis dos componentes de aptidão muscular (FLEXT, FLEXQ, FORCAR e RESISR)
com as do passo (AMP e CAP) foi mais forte do que as correlações identificadas para cada
variável tomada isoladamente. Com base nos resultados, foi possível propor uma equação
para prever a eficiência da marcha a partir dos CAM, exibida no Quadro 1.

Quadro 1 – Equações para previsão da eficiência da marcha a partir de componentes da


aptidão muscular

EMB=7,53-0,26(FLEXQ)+0,29(FLEXT)-1,87(FORCAR)-0,05(RESISR)

EMF=7(EMB)+76
onde EMB = Escore de Marcha Bruto, EMF = Escore de Marcha Final
(r2=0,90; SEE=0,35; p<0,0001).

2) Estudo comparativo da transição caminhada-corrida em jovens e idosos

O valor do exercício físico na prevenção de doenças, em qualquer idade, vem sendo


objeto de estudo. No que diz especificamente respeito a indivíduos idosos, além do aspecto
epidemiológico, a atividade física surge como fator importante da manutenção da
independência funcional. A análise de alternativas para programas de prescrição de exercícios
para essa população, portanto, é importante. Para tanto, é preciso aprofundar o conhecimento
sobre as respostas fisiológicas em situação de exercício, à medida que se envelhece.
Estudos comparativos entre indivíduos jovens e idosos são comuns na literatura.
Todavia, tendem a concentrar-se, principalmente, na capacidade para o trabalho de um e outro
grupo, seja em termos de potência aeróbia máxima ou relação entre trabalho produzido e
consumo de oxigênio em cargas submáximas. As evidências permitem pensar que, apesar de
uma tendência à diminuição progressiva da potencia aeróbia máxima com a idade, a
capacidade de realização de trabalho em cargas submáximas parece manter-se, ao menos em
intensidades abaixo do limiar anaeróbio. Esta peculiaridade permite uma razoável

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 72


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flexibilidade no tipo e intensidade de atividades de que se pode lançar mão na elaboração de


programas de exercício.
Quando se tratam de opções para a prescrição do exercício, especialmente de atividades
de cunho aeróbio, os dados são mais raros. Contudo há um certo consenso em que a
caminhada pode mostrar-se como uma forma alternativa de treinamento, já que muitas vezes a
realização de atividades com características mais vigorosas não é viável. O ato de caminhar,
porém, está associado a diferentes intensidades de esforço – em determinadas situações, pode
representar um estresse fisiológico até mesmo maior que o de atividades aparentemente mais
intensas, como a corrida. Isso leva ao conceito de velocidade de transição entre a caminhada
e a corrida (VT). A VT representa a velocidade em que o individuo, espontaneamente, passa
se um deslocamento sob forma de caminhada para outro, em que corre.
Estudos foram conduzidos com a finalidade de compreender melhor os mecanismos que
determinam a VT. Os argumentos que justificam a mudança de padrão de deslocamento vão
desde aqueles com base em relações antropométricas, até análises que sugerem diferenças de
eficiência mecânica e, portanto, de dispêndio energético, em uma e outra forma de
deslocamento. Contudo, não foi possível encontrar na literatura trabalhos que analisaram suas
diferenças entre indivíduos jovens e idosos, tanto em relação ao momento da VT, quanto no
tocante às respostas fisiológicas a ela associadas. No entanto, isso seria interessante, já que
talvez haja diferenças no padrão das respostas cardiovasculares, ventilatórias e de demanda
energética durante o deslocamento entre grupos jovens e idosos. Essa possibilidade é tão mais
factível quando se sabe que o processo de envelhecimento é marcado por modificações
desfavoráveis na capacidade funcional, com repercussões sobre o padrão e velocidade da
marcha e corrida.
Informações comparativas sobre a transição caminhada-corrida em jovens e idosos
contribuiriam, além disso, para esclarecer dúvidas no delineamento de programas de
exercícios, principalmente quando voltados para pessoas sedentárias de idade avançada. Por
exemplo, caminhar seria mais aconselhado do que correr em todos os casos? O ato de
caminhar implica em demanda fisiológica semelhante em idosos e jovens? Correr é uma
atividade obrigatoriamente mais intensa do que caminhar, considerando-se a evolução das
condições cardiorrespiratórias associadas ao envelhecimento? Muitas dessas questões
permanecem sem respostas na literatura. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi
observar o comportamento de variáveis cardiorrespiratórias na velocidade de transição sob
diferentes formas de deslocamento (caminhada e corrida), em indivíduos jovens e idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 73


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Com esse fim, os participantes do estudo foram divididos em dois grupos, sendo o
primeiro grupo composto por indivíduos com faixa etária de 23±3 anos (G1, n=10) e um
segundo grupo por voluntários com faixa etária de 55±6 anos (G2, n=10). Todos os
voluntários foram submetidos a uma rotina de três testes, com intervalos de no mínimo 48
horas entre eles. O primeiro teste foi realizado para a identificação da VT, além da obtenção
de medidas antropométricas, o segundo teste para a determinação das respostas fisiológicas
em teste retangular na VT utilizando-se a caminhada como forma de deslocamento, e no
terceiro teste repetia-se o teste retangular utilizando-se a VT como intensidade de esforço,
porém com os indivíduos testados se deslocando em forma de corrida.
Para coleta dos dados antropométricos tanto, foi utilizada uma balança munida de um
estadiômetro de metal (Filizola® Br.) e um antropômetro de metal. Os teste físicos foram
®
feitos com auxílio de uma esteira rolante (Imbramed KT-ATL, Br), além de um
cardiotacômetro para a mensuração da freqüência cardíaca (Polar ® Acurex Plus, Finlândia).
Um analisador de gases (MedGraphics® VO2000, USA) foi usado para as medidas
metabólicas. A eficiência mecânica (EM) foi obtida pela razão entre o equivalente calórico da
carga e o produto final da diferença entre o equivalente calórico do consumo na carga e o
equivalente calórico do consumo em repouso. Utilizou-se estatística descritiva em forma de
média e desvio padrão, além do teste-t de student e uma ANOVA de duas entradas com teste
post-hoc de Tukey (p0,05).
Não houve diferenças nas intensidades referentes a VT entre os grupos, (G1 =
7,04km/h; G2 = 6,84km/h). Pode-se notar uma tendência de aumento no consumo de oxigênio
em G2 quando comparados valores de caminhada e corrida (VO 2 caminhando = 21,362,03
ml/kg/min. E VO2 correndo = 25,012,65 ml/kg/min.). No deslocamento em forma de
corrida, ainda em G2, observou-se um aumento significativo tanto na produção de gás
carbônico (VCO2 andando = 18,732.51ml/kg/min. e VCO2 correndo = 23,183,49
ml/kg/min) como na ventilação pulmonar (VE caminhando = 43,889,08 L/min e VE
correndo = 54,619,68L/min), sendo que o mesmo não foi observado no comportamento
dessas variáveis para G1. Observou-se também uma tendência de queda da EM em G2
durante o teste retangular com deslocamento em forma de corrida (EM caminhando
=12,931,35% e EM correndo =10,79 1,6%).
Em conclusão, os dados obtidos no presente estudo sugerem uma maior intensidade de
esforço para os idosos durante o deslocamento em forma de corrida em relação à caminhada
em intensidade de esforço referente a VT. O mesmo não se deu para os sujeitos mais jovens.

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Esses resultados indicam a necessidade de cuidados especiais para prescrição de


treinamento para uma população de idade avançada, para a qual a caminhada acelerada parece
ser uma atividade menos extenuante que a corrida, mesmo quando feita de forma lenta.

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EVALUATING FUNCTIONAL ABILITY OF OLDER ADULTS

Roberta E. Rikli
College of Human Development and Community Service
California State University, Fullerton

Introduction

The dramatic growth projections in older adult populations throughout most of the
world has important implications for researchers and practitioners everywhere, particularly for
those interested in addressing the high cost of disease, disability, and reduced quality of life
often associated with aging. Statistics show that even in well-developed countries, one-third
of the people over the age of 70 have difficulty performing one or more common everyday
activities, such as walking 400 meters, climbing stairs, carrying their groceries, or doing their
own house work (Older Americans 2000). Maintaining good physical ability well into the
later years contributes to the quality of life for individuals and has important social and
economic implications. Not only can high-functioning older adults continue to be productive
in the work force and within their communities, but they also are less burden to society in
terms of health care costs and social services required.
An important concern in studying factors related to maintaining physical ability during
aging is the availability of valid assessment tools that can measure the underlying physical
parameters associated with mobility, especially measures that are easy to use in the "field"
non-laboratory setting. The purpose of this paper is to address the following topics: 1)
importance of fitness and fitness evaluation in older adults, 2) procedures for assessing
functional fitness in older adults, and 3) interpretation and use of test results.

Importance of Fitness and Fitness Evaluation in Older Adults

As people are living longer it is becoming increasing more important to ―pay


attention‖ to one‘s physical condition and to take steps to prevent or delay the onset of
physical frailty. Maintaining adequate strength, endurance, and agility is critical whether later
life interests include engaging in active work, playing sports, climbing mountains, or simply
being able to perform everyday tasks such as getting out of a chair or bathtub without

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assistance. Studies show that much of the physical frailty commonly associated with aging
could be prevented if weaknesses were detected and treated before they lead to an overt loss
of functional ability (Lawrence & Jette, 1996; Rikli & Jones, 1997; American College of
Sports Medicine, 1998; Morey, Pieper et al., 1998). Administering fitness tests to older adults
can be of benefit in several ways including: (1) evaluating the performance of individuals, (2)
in program evaluation, and (3) in conducting research.
Individual evaluation. Assessing the fitness level of older individuals can help them
see how they compare to others in their age group and can help identify weaknesses and plan
appropriate activity or therapeutic interventions. By assessing physical performance on
multiple occasions, it is possible to determine how a person‘s condition is changing over time.
Also, because most people are inherently curious about their own ability level and how it
compares to their peers, fitness evaluation can be a very motivating experience. Upon
receiving their test results, people often are motivated to begin working towards improving
their personal performance.
Program evaluation. Whether in a worksite, clinical, research, or recreational setting,
health/wellness program leaders increasingly are being asked to provide ―outcome measures‖
to document the effectiveness of their programs. Evidence showing changes in the physical
performance of older adults can provide important evidence of a program‘s success.
Research. A fitness test developed and validated for older adults can provide
important data for research studies on physical performance variables in later years. Fitness
tests for seniors can provide baseline scores for longitudinal studies, posttest measures for
evaluating intervention effects, and accurate measures for correlational analysis in cross-
sectional studies.
However, a limitation in the use of fitness testing in the older adult population has
been the lack of appropriate tests. To date, most physical performance tests have been
developed for younger people and are not appropriate for older individuals without
adaptations in testing protocols. In response to the need for a more appropriate battery of
fitness tests for older adults, we initiated (at the LifeSpan Wellness Clinic at California State
University, Fullerton) a series of studies to develop, validate, and norm a new fitness test
battery especially for men and women over the age of 60.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 77


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Procedures for Assessing Functional Fitness in Older Adults

To evaluate the fitness of older adults it is important to use a simple battery of tests
that can be administered in the field (non laboratory) setting. At our university we saw a need
for such a test and spent several years developing a suitable test battery with test items that
represent relevant functional fitness components--that is, test items that could assess the key
physiological parameters needed for performing common everyday activities in later years.
The functional fitness framework presented in Figure 1 illustrates the relationship
between activity goals, functional behaviors, and physical performance parameters. The
common activities in the far right column (shopping/errands, occupational activities,
housework, etc.) require the ability to perform the functions in column two (walking, stair
climbing, lifting/reaching, etc.). The functional behaviors in column two require adequate
reserve in the physical parameters listed in column one -- strength, endurance, flexibility, and
agility/balance, as well as a manageable body weight. Functional fitness, then (the type of
fitness that becomes increasingly important in later years), is defined as the capacity to
perform normal everyday activities safely and independently without undue fatigue (Rikli &
Jones, 1999a).
Figure 1: relationship between activity goals, functional behaviors, and physical performance
parameters
PHYSICAL
PARAMETERS FUNCTIONS ACTIVITY GOALS

Muscle strength/ Walking Personal care


endurance
Stair climbing Shopping/
Aerobic endurance errands
Standing up
Flexibility from chair Housework

Motor ability Lifting/reaching Occupational


speed/agility work
balance Bending/kneeling
Gardening
Body Jogging/Running
composition Sports/traveling

Physical impairment Functional limitation Reduced ability/


Disability

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In addition to the selection of functionally-relevant test items, other criteria utilized in


the development of the fitness test battery, now published as the Senior Fitness Test (Rikli &
Jones, 2001) were as follows:
• Tests must be reliable and valid. Each test item should have supporting data
documenting its reliability and validity based on studies involving older adults. Few tests that
have been developed and validated for young people are appropriate for older people without
some adaptation in testing protocols.
• Tests must be able to assess wide ranges of ability levels. Because physical
performance of older adults tends to be more variable than that of younger people, it is
important that test protocols be capable of assessing people with a wide range of ability
levels--from the borderline frail to the highly fit.
• The test protocols should provide continuous-scale scoring so that significant
changes can be detected in physical ability level. Although dichotomous or ordinal measures
(such as those with "yes/no" or "high, medium, or low" scoring systems) can be effective for
use in screening to identify broad categories of functional ability, they typically are not
sufficiently sensitive to detect the gradual changes that occur as a result of research
interventions or changes occurring during normal aging.
• Tests should be safe to perform, for most older adults, without medical release.
Regardless of the purpose of the assessment (for research, for screening, or for program
planning and evaluation), participation will be greatly reduced if people are required to obtain
physician approval prior to testing. Tests that require moderate, sub maximal physical
exertion generally are more functionally relevant for older adults, and are safer than are tests
that require maximal effort.
• Tests should be easy to administer in the "field" non-laboratory setting. Because
most physical assessment of older adults, whether for research purposes, individual
evaluation, or program evaluation takes place in clinical, worksite, community, or home
settings, it is important to have tests that require minimal equipment, time, space, and cost.
Rarely is it feasible to bring large groups of older adults into a laboratory setting for
assessment.
• Tests should have accompanying performance standards. Normative and/or
criterion-referenced standards improves the usefulness and interpretability of test scores.
Normative standards make it possible to compare scores of individuals with others of their
same age and gender. Criterion-referenced standards can provide important threshold values

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 79


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or 'reference points' for evaluating a person's performance relative to some performance goal
such as maintaining the ability to perform common everyday activities in later years.
Figure 2 provides an overview of each of the Senior Fitness Test items, along with its
purpose and a brief description of the test protocol. A full report of the test development and
validation procedures has been published elsewhere (Rikli & Jones, 1999a; 1999b; Rikli &
Jones, 2001), along with accompanying performance tables and charts. The test items were
designed to assess lower body strength, upper body strength, aerobic endurance, lower body
flexibility, upper body flexibility, and agility and dynamic balance.

The Senior Fitness Test Items—Brief Overview

30-Second Chair Stand

Purpose: To assess lower body


strength, needed for
numerous tasks such as
climbing stairs, walking and
getting out of a chair, tub, or
car. Also reduces the
chance of falling.

Description: Number of full stands that


Can be completed in 30
seconds with arms folded
across chest.

Arm Curl

Purpose: To assess upper body


strength, needed for
performing household and
other activities involving
lifting and carrying things
such as groceries, suitcases,
and grandchildren.

Description: Number of bicep curls that


can be competed in 30
seconds holding a hand
weight of 5 lbs (2.27 kg) for
women; 8 lbs (3.63 kg) for
men.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 80


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6-Minute Walk

Purpose: To assess aerobic


endurance—important for
walking distances, stair
climbing, shopping,
sightseeing while on
vacation, etc.
Description: Number of yards/meters that
Can be walked in 6 minutes
around a 50-yard (45.7
meter) course (5 yds = 4.57
meters.)

2-Minute Step Test

Purpose: Alternate aerobic endurance


test, for use when space
limitations or weather
prohibits giving the 6-
minute walk test.

Description: Number of full steps


completed in 2 minutes,
raising each knee to a point
midway between the patella
(kneecap) and iliac crest (top
hip bone). Score is number
of times right knee reaches
the required height.

Chair Sit-and-Reach

Purpose: To assess lower body


flexibility, which is
important for good
posture, for normal gait
patterns, and for various
mobility tasks such as
getting in and out of a
bathtub or car.

Description: From a sitting position at


front of chair, with leg
extended and hands reaching
toward toes, the number of
inches (cm) (+ or -) between
extended fingers and tip of
toe.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 81


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Back Scratch

Purpose: To assess upper body


(shoulder) flexibility, which
is important in tasks such as
combing one‘s hair, putting
on overhead garments, and
reaching for a seat belt

Description: With one hand reaching over


the shoulder and one up the
middle of the back, the
number of inches (cm)
between extended middle
fingers (+ or -).

8-Foot Up-and-Go

Purpose: To assess agility/dynamic


balance, important in tasks
that require quick
maneuvering such as getting
off a bus in time, or
getting up to attend to
something in the kitchen, to
go to the bathroom, or to
answer the phone.

Description: Number of seconds required


to get up from a seated
position, walk 8 feet (2.44
m), turn, and return to seated
position.

Figure 2. A brief overview of the Senior Fitness Test items. Adapted by permission from R.
E. Rikli and C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual, Champaign, IL: Human Kinetics.
1-800-747-4457. (Web site: www.humankinetics.com)

Interpretation and Use of Test Results

As a aid in interpreting test results, percentile norms were developed for the Senior
Fitness Test based on a study of over 7,000 men and women, ages 60-94. The normative data
were collected at 267 different test sites in 21 different states within the United States. All
participants were independent-living volunteers who were 89% white and 11% non-white.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 82


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Prior to testing, all participants engaged in 8-10 minutes of warm-up exercises and were given
the following standardized instructions: "Do the best you can on each test item but never
push yourself to a point of overexertion or beyond what your think is safe for you." Only the
participants who had one of the following conditions were required to obtain medical release
prior to testing: (1) had previously been told by their physician not to exercise because of a
medical condition, (2) had experienced congestive heart failure, (3) reported experiencing
chest pain, dizziness, or exertional angina during exercise, or (4) had uncontrolled high blood
pressure (greater than 160/100).
The results of the normative study produced four types of information: (1) percentile
norms for men and women in 5-year age groups on each of the test items, (2) graphs showing
the pattern and rate of physical decline over the 30-year period for men and women separately
on each test item, (3) graphs indicating the pattern and rate of physical decline over the 30-
year period for physically active older people compared to those who reported less active
lifestyles, and (4) charts showing the threshold or "reference" scores associated with having
low functional ability.
Although a complete discussion of the normative scores and other findings is beyond
the scope of this article (see Rikli & Jones, 2001 for additional details), Table 1 does contain a
summary of the normal range of scores of the participants ages 60-94. The 'normal range' is
defined as the middle 50 percent of the population tested for each age group, with the lower
limits being equivalent to the 25th percentile rank and the upper limits equivalent with the
75th percentile rank within each 5-year age group.

Table 1.0 – Normal range of scores on the SFT with ―normal‖ defined as the middle 50% of
the population. Those scoring above this range would be considered 'above normal' for their
age and those below the range as 'below normal'. Adapted by permission from R. E. Rikli and
C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual. Champaign, IL: Human Kinetics. 1-800-747-
4457. www.humankinetics.com

Normal Range of Scores


Age
60-64 65-69 70-74 75-79 80-84 85-89 90-94
Group
Chair stand (no. of
stands)
Women 12 - 17 11 - 16 10 - 15 10 - 15 9 - 14 8 - 13 4 - 11
Men 14 - 19 12 - 18 12 - 17 11 - 17 10 - 15 8 - 14 7 - 12
Arm curl (no. of reps)
Women 13 - 19 12 - 18 12 - 17 11 - 17 10 - 16 10 - 15 8 - 13

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 83


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Men 16 - 22 15 - 21 14 - 21 13 - 19 13 - 19 11 -17 10 - 14
6-min step (no. of meters walked)
457 - 439 - 393 - 352 - 311 - 251 -
Women 498 - 604
581 562 535 494 466 402
512 - 498 - 430 - 407 - 348 - 279 -
Men 578 - 672
640 622 585 553 521 457
2-min step (no. of
steps)
Women 75 - 107 73 - 107 68 - 101 68 - 100 60 - 91 55 - 85 44 - 72
Men 87 - 115 86 - 116 80 - 110 73 - 109 71 - 103 59 - 91 52 - 86
Chair sit/reach (cm)
Women -1 - +13 -1 - +11 -3 - +10 -4 - +9 -5 - +8 -6 - +6 -11 - +3
Men -6 - +10 -8 - +8 -9 - +6 -10 - +5 -14 - +4 -14 - +1 -17 - +1
Back scratch (cm)
Women -8 - +4 -9 - +4 -10 - +3 -13 - +1 -14 - 0 -18 - -3 -20 - -3
Men -17 - 0 -19 - -3 -20 - -3 -23 - -5 -24 - -5 -25 - -8 -27- -10
8-ft up-and-go
(seconds)
11.5 -
Women 6.0 - 4.4 6.4 - 4.8 7.1 - 4.9 7.4 - 5.2 8.7 - 5.7 9.6 - 6.2
7.3
10.0 -
Men 5.6 - 3.8 5.7 - 4.3 6.0 - 4.2 7.2 - 4.6 7.6 - 5.2 8.9 - 5.3
6.2

Other findings from the study indicated that the typical amount of decline in most
physical performance parameters was about 1 to 1 1/2% per year, or 10-15% per decade for
both men and women. Interestingly, the patterns of declines observed in the SFT "field test"
data is similar to that of previously published data based on laboratory studies, thus, adding
further support for these test items as reasonably valid measures of physical ability in later
years. In the SFT data, for example, lower body strength (as measured by the chair stand test)
declined by just over 40% over the three decades--from the early 60s to the early 90s (Rikli &
Jones 1999b), changes which are similar to the 15% per decade declines that have been
reported elsewhere (Vandervoort, 1992; White, 1995; Shephard, 1997; American College of
Sports Medicine, 1998). Also, the 30-40% declines in aerobic endurance as measured by the
SFT 6-minute walk and the 2-minute step tests is similar to the average 1% per year or 5-15%
per decade declines reported in laboratory-measured maximal oxygen uptake (Frontera &
Evans, 1986; Spirduso, 1995; Shephard, 1997; American College of Sports Medicine 1998).
Data from the SFT study also showed that people who maintained physically active
lifestyles (something equivalent to 30 minutes of brisk walking at least 3 times per week)

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 84


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

scored significantly higher on all test items within all age groups than did people who were
less active. In fact, the data suggest that at least 50 percent of the usual declines in physical
performance that are observed during aging could be prevented by regular participation in
moderate physical activity (Rikli & Jones, 2001). Again, these statistics are in line with those
from other studies suggesting that physical exercise can help reduce physical declines during
aging by half and can delay age-related functional losses by as much as 10 to 20 years
(Lacroix, Guralnik et al., 1993; Stewart, Hays et al., 1994; Seeman, Berkman et al., 1995;
Chandler & Hadley, 1996; Morey, Pieper et al., 1998).
Finally, the data from the Senior Fitness Study also provided information on fitness
scores of people who were highly functional versus those who, through self-report, indicated
that they were having difficulty performing many normal everyday activities such as walking
1/2 mile (800 meters), lifting and carrying 10 pounds (4.5 kg), or doing their own house work.
These data provided a type of "threshold score" or "reference point" for identifying fitness
scores that may indicate being "at risk" for losing functional mobility. Although further
research is needed to validate these reference scores, we believe that they provide an
important initial attempt at identifying criterion-referenced performance standards for
functional ability in older adults. Additional details, along with performance charts showing
the threshold cut-points can be found in Rikli and Jones (2001).

Summary

Although physical fitness traditionally has been mainly a concern of younger people, it
is becoming increasing clear that it is equally important for older adults. Adequate physical
ability (e.g., strength, endurance, and agility) is needed to perform the common everyday
activities required to remain active in the workplace and within the community. A past
limitation in studying variables related to physical ability and aging was the lack of
appropriate assessment tools for older adults, particularly tests that could be used in the
"field" (non-laboratory) setting. Based on this need, a new functional fitness test (The Senior
Fitness Test) has been developed and validated for use with adults over 60. The
accompanying performance standards (based on data collected on 7,000 Americans) make it
possible to evaluate physical performance of older adults compared to other people of their
same age and gender.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 85


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Recommendation

For the Senior Fitness Test to be of maximum benefit in evaluating older adults in
countries outside of the United States, it is recommended that normative data be collected on
populations of older adults where the test is going to be used. Such data would provide a
more relevant frame of reference for interpreting scores of people from other countries and
would make it possible to evaluate and compare aging patterns across different international
cultures.

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SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TREINAMENTO DE FORÇA E ENVELHECIMENTO

Sandor Balsamo
Companhia Atlética

Após a segunda guerra mundial aparece uma das primeiras metodologias de


progressão do treinamento de força (TF) com finalidade de reabilitação em militares.
DeLorme e Waltkins em 1948 estabeleceram a ―famosa‖ série de três séries de dez repetições.
A proposta surgiu na tentativa de aumentar a intensidade do treinamento sendo que a primeira
série era de 50% de 10RM, na segunda série treinar a 75% de 10RM e a terceira e última série
com 100% de 10RM (ACSM, 2002). O TF teve aumento da popularidade nos anos setenta,
porém sempre foi prescrito, especificamente, para atletas do sexo masculino. Associava-se
este tipo de exercício com a imagem de atletas de fisiculturismo. Entretanto, pesquisas
científicas têm demonstrado que a musculação tem sido também indicada para melhorar as
respostas à sobrecarga de glicose e a sensibilidade dos receptores de insulina (Pollock &
Evans, 1998), para aumentar a taxa metabólica basal (Wilmore & Costill, 1999; Mazzeo e
colaboradores, 1998), para reduzir a incidência de doenças cardiovasculares (Pollock &
Evans, 1998) e a pressão arterial (Wescott & Baechle, 2001), para aumentar a força muscular
(Fleck & Kraemer, 1999; Mazzeo e colaboradores, 1998) e para atenuar a sarcopenia
(Matsudo, 2001; Fiatarore-Singh, 1998). Além disso, é prescrita em fases da reabilitação
cardíaca (Pollock & Wilmore, 1993).
O estudo clássico de Fronteira e colaboradores (1988) demonstrou quantativamente a
dimensão da melhora da força muscular em idosos. A musculatura extensora do joelho após
12 semanas melhorou 117% e a musculatura flexora do joelho melhorou 227%. Havendo
também uma hipertrofia de 33% nas fibras tipo I e 27% nas fibras tipo II.
Este estudo demonstra a importância de minimizar fisiologicamente a perda de força
músculo esquelético causada pelo envelhecimento que poder ser de 10% ao ano após os 35
anos de idade e a atrofia predominante das fibras do tipo II de contração rápida (Aniansson e
colaboradores, 1980).
Estudos de Spirduso (1980) demonstram que as variáveis da força muscular que são
mais estáveis são: a) força dos músculos envolvidos nas atividades diárias; b) a força
isométrica; c) as contrações excêntricas; d) as contrações de velocidade lenta; e) as contrações

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 88


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

repetidas de baixa intensidade; f) a força de articulação de pequenos ângulos; g) a força


muscular no sexo masculino. No outro lado, sofrem maior declínio com a idade: a) a força
muscular dos músculos de atividades especializadas; b) a força dinâmica; c) as contrações
concêntricas; d) as contrações de velocidade rápida; e) a produção de potência; f) a força de
articulação de grandes ângulos; g) a força muscular no sexo feminino.
A redução da massa muscular e da força muscular que ocorre com o envelhecimento
representa o resultado combinado de processos neuromotores progressivos e de uma redução
no nível diário de sobrecarga muscular (Lexel, 1988). Devido à redução do nível de atividade
física diária total a perda de massa óssea decorrente do envelhecimento pode ser influenciado
pela redução da massa muscular – sarcopenia (Lexel, 1997). Esta redução pode ser em torno
de 40 a 50 % na massa muscular entre os 25 aos 80 anos de idade, sendo que esta perda afeta
principalmente os membros inferiores e especialmente as fibras tipo II (Lexel, 1997). Rossi e
Sader (2002) afirmam que a musculatura esquelética do velho produz menos força e
desenvolve suas funções mecânicas com ―lentidão‖, uma vez que diminui a excitabilidade do
músculo e da junção mioneural. Porém, as alterações das fibras do tipo I e II não se traduzem
em enfermidade muscular incapacitante.
Existem evidências recentes de que a atividade física pode reduzir os riscos de fratura
de quadril. As pesquisas mostram que a sua prática regular pode reduzir a incidência de
quedas entre 20 e 40%, sugerindo ser esta mais uma razão para que as pessoas idosas
mantenham-se ativas fisicamente (Gregg, 2000)
A diminuição da força muscular, particularmente dos membros inferiores relacionam-
se com o declínio do equilíbrio, com a qualidade da marcha e com um maior risco de quedas,
e, conseqüentemente maior risco de fraturas facilitadas pela desmineralização óssea típica do
idoso (Hart, 1985).
Outro benefício em relação ao TF observa-se em relação à densidade mineral óssea.
Dinàc e colaboradores (1996), verificaram que os levantadores de peso apresentam uma
densidade óssea cerca de 40% maior que a de um grupo controle de sedentários. Além disso,
os autores colocam que os exercícios com pesos constituem o mais eficiente estímulo
conhecido para o aumento da massa óssea.
O posicionamento oficial do ACSM de 1998 e o mais recente de 2002 reforça a
importância do TF e ressalta que sua prática regular desenvolve e mantém a estrutura
muscular e óssea. Além disso, a recomendação do ACSM (2002; 1998) em relação à sua
prática é que sejam feitos de 8 a 10 tipos de exercícios a uma intensidade de 60 a 80 % de uma

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 89


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

repetição máxima (1RM), de 8 a 12 repetições por exercício e uma regularidade de duas a três
vezes por semana.
A prática de atividade física regular e sistemática aumenta ou mantém a aptidão física
da população idosa e tem o potencial de melhorar o bem-estar funcional e, conseqüentemente,
diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre essa população (Okuma, 1998), sendo
que o treinamento de força (TF) é o meio mais eficaz de aumentar a força e melhorar a
condição funcional nos idoso (Fleck & Kramer, 1998).
Verifica-se, portanto, que considerando o processo natural do envelhecimento no
organismo humano, as atividades físicas, principalmente o TF, contribuem sobremaneira para
a manutenção de uma vida saudável e com qualidade de vida considerável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ENVELHECIMENTO, ATIVIDADE FÍSICA & SAÚDE

Sandra Mahecha Matsudo

INTRODUÇÃO

Devido a que grande parte das evidências epidemiológicas sustenta um efeito positivo
de um estilo de vida ativo e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade
física e exercício na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento
(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1998), os cientistas enfatizam cada vez
mais a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas mundiais
de promoção da saúde. Não se pode pensar hoje em dia em ―prevenir‖ ou minimizar os
efeitos do envelhecimento sem que além das medidas gerais de saúde se inclua a atividade
física. Esta preocupação tem sido discutida não somente nos chamados países desenvolvidos
ou do primeiro mundo como também nos países em desenvolvimento como é o caso do
Brasil.
O Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul tem
dedicado atenção especial nos 26 anos de atividades ao estudo da relação entre
envelhecimento, atividade física e aptidão física, 81% das pesquisas nesta área têm sido feitas
na última década. Dando continuidade a esses estudos científicos dos últimos 15 anos do
nosso Centro e pela pouca disponibilidade de dados longitudinais surgiu em 1997 a idéia de
iniciar um projeto longitudinal para analisar o efeito do processo de envelhecimento na
aptidão física, nível de atividade física e capacidade funcional. Surgiu assim o Projeto
Longitudinal de Aptidão Física e Envelhecimento de São Caetano do Sul que inclui a
avaliação de variáveis antropométricas e neuromotoras da aptidão física, avaliação da
capacidade funcional, mensuração do nível de atividade física, avaliação de variáveis
psicológicas (auto-imagem, perfil de estado de humor, depressão) e avaliação da ingestão
alimentar (MATSUDO 2000a; 2000b, 2000c; 2001a, 2001b; 2002).

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 92


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Efeitos do Envelhecimento - Nível Antropométrico

Uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da idade
cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o processo de envelhecimento
existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. Apesar do
alto componente genético no peso e na estatura dos indivíduos, outros fatores como a dieta, a
atividade física, fatores psico-sociais e doenças, dentre outros, estão envolvidos nas alterações
destes dois componentes durante o envelhecimento. Existe uma diminuição da estatura com o
passar dos anos por causa da compressão vertebral, o estreitamento dos discos e a cifose
(FIATARONE-SINGH, 1998a). Este processo parece ser mais rápido nas mulheres do que
nos homens devido especialmente à maior prevalência de osteoporose após a menopausa.
Embora a maioria dos dados provenha de estudos transversais e não longitudinais, outra
alteração da estrutura corporal é o incremento do peso corporal que geralmente começa em
torno dos 45 a 50 anos, se estabilizando aos 70 anos, quando começa a declinar até os 80. A
perda de peso é um fenômeno multifatorial que envolve mudanças nos neurotransmissores e
fatores hormonais que controlam a fome e a saciedade, a dependência funcional nas
atividades da vida diária relacionadas com a nutrição, o uso excessivo de medicamentos, a
depressão e o isolamento, o estresse financeiro, as alterações na dentição, o alcoolismo, o
sedentarismo extremo, a atrofia muscular e o catabolismo associado a doenças agudas e a
certas doenças crônicas.
Com estas mudanças no peso e na estatura o índice de massa corporal (IMC) também
se modifica com o transcorrer dos anos. De acordo com dados da população americana os
homens atingem seu máximo valor de IMC entre os 45 e 49 anos apresentando em seguida
um ligeiro declínio. Por outro lado, as mulheres somente atingem o pico entre os 60 e 70 anos
o que significa que elas continuam aumentando seu peso em relação à estatura por 20 anos
mais, depois dos homens terem estabilizado o seu valor (SPIRDUSO, 1995). A importância
do IMC no processo de envelhecimento se deve a que valores acima da normalidade (26-27)
estão relacionados com incremento da mortalidade por doenças cardiovasculares e diabetes,
enquanto que índices abaixo desses valores, com aumento da mortalidade por câncer, doenças
respiratórias e infecciosas. Além deste aumento da mortalidade, FIATARONE-SINGH (1998)
cita também a maior prevalência em idosos obesos de osteoartrite do joelho, apnéia do sono,
hipertensão, intolerância à glicose, diabetes, acidente vascular cerebral, baixa auto-estima,
intolerância ao exercício, alteração da mobilidade e níveis elevados de dependência funcional.
Da mesma forma a autora coloca que o peso abaixo do ideal está associado com depressão,

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 93


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úlceras, fratura do quadril, disfunção imune, aumento da susceptibilidade de doenças


infecciosas, prolongado período de recuperação de doenças e hospitalizações, exacerbação de
doenças crônicas e alteração na capacidade funcional.
Mas talvez um dos fenômenos da dimensão corporal mais estudados associados com o
aumento da idade cronológica são as alterações na composição corporal, especialmente a
diminuição na massa livre de gordura, o incremento da gordura corporal e a diminuição da
densidade óssea. O ganho no peso corporal e o acúmulo da gordura corporal parecem resultar
de um padrão programado geneticamente, de mudanças na dieta e no nível de atividade física
relacionados com a idade ou a uma interação entre estes fatores. Embora a taxa metabólica de
repouso diminua aproximadamente 10% por década, essas alterações metabólicas per se não
explicam o aumento da gordura com a idade. Dentre as alterações antropométricas, o aumento
da gordura nas primeiras décadas do envelhecimento e a perda de gordura nas décadas mais
tardias da vida parece ser o padrão mais provável de comportamento da adiposidade corporal
com o processo de envelhecimento. Tal fato aconteceria por causa das diferenças nas técnicas
de mensuração da gordura, o desenho experimental das pesquisas (transversais e
longitudinais) e os métodos de amostragem como analisado nas amplas revisões realizadas
por GOING et al., (1995) e FIATARONE-SINGH (1998). Segundo os autores o padrão de
aumento da gordura seguido por um decréscimo provém dos estudos com medidas
antropométricas e apesar das limitações metodológicas este comportamento pode estar
sugerindo uma substituição da gordura subcutânea para a gordura visceral e uma maior
sobrevivência dos mais magros nos idosos mais velhos.
A distribuição da gordura também foi analisada pelos autores citados anteriormente. A
partir dos dados analisados pelos autores parece existir uma redistribuição da gordura corporal
dos membros para o tronco com o avanço da idade, ou seja, parece tornar-se mais
centralizada. Mas além deste fenômeno os autores descrevem também que existe um aumento
da gordura da região superior do corpo em relação à inferior quando determinado pelas
circunferências da cintura e do quadril, embora estas sejam medidas limitadas e indiretas da
distribuição da gordura na parte superior do corpo. As análises das tomografias
computadorizadas descritas por FIATARONE-SINGH (1998) revelam depósito de gordura
intramuscular nos membros inferiores de idosos asilados e um aumento da gordura visceral na
região abdominal com o envelhecimento. Dados similares têm sido também encontrados por
BEMBEN et al. (1995) em um estudo transversal com homens de 20 a 79 anos, em que a
gordura corporal subcutânea nos membros foi similar em todas as faixas etárias, mas a

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gordura do tronco, especialmente a abdominal, aumentou significativamente com o avanço da


idade.

Efeitos da Atividade Física na Composição Corporal

Uma das revisões mais completas nos aspectos antropométricos do envelhecimento e


sua relação com a atividade física foi a realizada por FIATARONE-SINGH (1998a), que
assinalou que a maioria dos estudos transversais sugere que a atividade física tem um papel de
modificação das alterações do peso e composição corporal relacionadas à idade. De acordo
com a análise da autora, os sujeitos que se classificam como mais ativos têm menor peso
corporal, índice de massa corporal, porcentagem de gordura corporal e relação cintura/quadril
do que os indivíduos da mesma idade sedentários. É interessante o posicionamento da autora
em relação ao acúmulo e distribuição da gordura corporal, em que considera que a
modificação dessas variáveis que acontece com incrementos generalizados da atividade física
(como caminhada) pode ser explicada por alterações no balanço energético durante muitos
anos, ao contrário do que acontece com a massa muscular que requer adaptações mais
específicas obtidas com atividades de alta resistência.
De acordo com os dados apresentados por FIATARONE-SINGH (1998a), a maioria
das revisões e meta-análises apresenta poucas evidências de que o exercício isoladamente
contribua para modificar significativamente o peso e a composição corporal em idosos
normais. Da mesma forma, nos idosos obesos faltam estudos metodologicamente adequados
que permitam concluir que o exercício aeróbico sem restrição dietética pode reduzir
significativamente o peso corporal, a porcentagem de gordura corporal, a adiposidade central
ou o perfil de lipídeos. No entanto, algumas das evidências apresentadas por HURLEY e
HAGBERG (1998) mostram que tanto o treinamento aeróbico como o treinamento de
resistência provocam redução dos estoques de gordura em homens e mulheres idosos, mesmo
sem restrição calórica. De acordo com os autores, os dois tipos de treinamento são efetivos em
diminuir os estoques de gordura intra-abdominal de pessoas idosas e, surpreendentemente, o
treinamento aeróbico não resultou em um impacto muito maior que o treinamento de força, o
que poderia ser explicado em parte pelo aumento da taxa metabólica de repouso com este
último tipo de treinamento, mecanismo ainda controverso.
Fazendo também uma análise crítica dos resultados disponíveis na literatura, GOING
et al. (1995) enfatizaram que a maioria dos estudos comparativos conclui que os sujeitos
idosos fisicamente ativos ou que treinam apresentam porcentagens menores de gordura

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 95


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

corporal, valores menores de dobras cutâneas do tronco e menor circunferência da cintura,


embora muitos desses dados podem ter vindo de estudos com limitações metodológicas
importantes na seleção da amostra. Da mesma forma, mais recentemente FIATARONE-
SINGH (1998) relatou resultados conflitantes em relação ao efeito do exercício físico na
porcentagem de gordura corporal de indivíduos idosos: diminuição, sem alteração e até
aumentos de gordura em 10 anos contínuos de treinamento de endurance em idosos.
Baseados nestas experiências a literatura nesta área é limitada pela falta relativa, ao
nosso conhecimento, de dados especialmente em mulheres na faixa etária acima de 60 anos,
com estudos randomizados, controlados e com mensurações adequadas da gordura corporal,
que limitam a nossa conclusão sobre o papel que o exercício desempenha na redução da
gordura corporal. No entanto, independente destas limitações consideramos que o incremento
da atividade física é fundamental no controle do peso e da gordura corporal durante o
processo de envelhecimento, podendo também contribuir na prevenção e controle de algumas
condições clínicas associadas a estes fatores, como as doenças cardiovasculares, o diabetes,
hipertensão, acidente vascular cerebral, artrite, apnéia do sono, prejuízo da mobilidade e
aumento da mortalidade como citadas por FIATARONE-SINGH (1998b).

Efeitos do Envelhecimento - Nível Neuromuscular

Entre os 25 e 65 anos de idade há uma diminuição substancial da massa magra ou


massa livre de gordura de 10 a 16% por conta das perdas na massa óssea, no músculo
esquelético e na água corporal total que acontecem com o envelhecimento. A perda gradativa
da massa do músculo esquelético e da força que ocorre com o avanço da idade, também
conhecida como sarcopenia (BAUMGARTNER et al., 1998), tem sido definida por alguns
autores como a perda de massa muscular correspondente a mais de dois desvios padrão
abaixo da média da massa esperada para o sexo na idade jovem ou para outros com o mesmo
critério, em termos de desvio padrão, mas utilizando a massa esquelética apendicular (massa
em quilogramas dividida pelo quadrado da estatura).
A perda da massa muscular e conseqüentemente da força muscular é ao nosso modo
de ver a principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade funcional do
indivíduo que está envelhecendo. Por essa razão tem despertado o interesse de pesquisadores
a procura das causas e mecanismos envolvidos na perda da força muscular com o avanço da
idade e desta forma criar estratégias para minimizar este efeito deletério e manter ou melhorar
a qualidade de vida nessa etapa da vida. A sarcopenia é um termo genérico que indica a perda

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da massa, força e qualidade do músculo esquelético e que tem um impacto significante na


saúde pública pelas suas bem reconhecidas conseqüências funcionais no andar e no equilíbrio,
aumentando o risco de queda e perda da independência física funcional, mas também
contribui para aumentar o risco de doenças crônicas como Diabetes e osteoporose.
De acordo com a maioria dos estudos analisados por CARTEE (1994) e PORTER et
al. (1995) as conclusões são bem consistentes: o tamanho da fibra do tipo II é reduzido com o
incremento da idade enquanto que o tamanho da fibra do tipo I (fibra de contração lenta)
permanece muito menos afetada. A atrofia preferencial das fibras do tipo II é a possível
explicação de acordo com VANDERVOORT (1992) para o maior risco de fratura traumática
do quadril, já que as pessoas que habitualmente caem têm significativamente menor
velocidade de andar. Na nossa opinião tal fato se explica por as fibras do tipo II serem
também muito importantes na resposta a urgências do dia-a-dia, pois contribuem com o tempo
de reação e principalmente de resposta, que assim inviabilizariam uma apropriada resposta
corporal para situações de emergência como a perda súbita de equilíbrio. Da mesma forma, a
área das fibras do tipo II tem sido encontrada significativamente menor nos membros
inferiores do que nos superiores, particularmente nas mulheres, o que indicaria diferenças no
processo de envelhecimento e/ou diferenças no padrão de atividade dos membros.
A perda da massa muscular é associada evidentemente a um decréscimo na força
voluntária, com um declínio de 10-15% por década, que geralmente se torna aparente somente
a partir dos 50 a 60 anos de idade. Dos 70 aos 80 anos de idade tem sido relatada uma perda
maior que chega aos 30%. Indivíduos sadios de 70-80 anos têm desempenho de 20-40%
menor (chegando a 50% nos mais idosos) em testes de força muscular em relação aos jovens.
Essa perda do desempenho pode também ser explicada pelas mudanças nas propriedades
intrínsecas das fibras musculares.
Considerando as informações expostas por ROGERS e EVANS (1993) e BOOTH et
al. (1994) podemos concluir que a perda de fibras musculares, motoneurônios, unidades
motoras, massa muscular e força muscular começa entre os 50-60 anos; sendo que por volta
dos 80 anos idade essa perda alcançaria 50% desses componentes. Parece que os dois
maiores responsáveis por este efeito do envelhecimento são o progressivo processo
neurogênico e a diminuição na carga muscular, o que poderia levar a hipotetizar que essa
atrofia muscular não seria necessariamente uma conseqüência inevitável do incremento da
idade. É claro que as pessoas que se mantêm fisicamente ativas têm somente perdas
moderadas da massa muscular, mas quanto dessa perda de massa muscular é uma

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 97


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conseqüência do envelhecimento e/ou de uma diminuição do nível de atividade física é


desconhecido.

Efeitos do Exercício nas Variáveis Neuromotoras

Será que um apropriado programa de treinamento da força muscular consegue reduzir


ou prevenir as alterações na massa e força muscular associadas ao envelhecimento? Em
estudo tradicional realizado por FIATARONE et al. (1990), foram avaliados indivíduos de
86-96 anos que participavam de um programa de treinamento de 8 semanas (3 vezes/semana)
para fortalecer a musculatura dos membros inferiores, que mostraram melhora, em média, de
174% na força e 48% na velocidade do passo. No entanto, 4 semanas de suspensão do
treinamento foram acompanhadas de diminuição de 32% na força, ressaltando a importância
da continuidade do treinamento. A mesma autora publicou em 1994 (FIATARONE et
al.,1994) outro estudo dos efeitos do treinamento de resistência e suplementação nutricional
em idosos frágeis institucionalizados de 72 a 98 anos. Foi demonstrado incremento na
velocidade de andar (11%), potência de subir escadas (28%) e, talvez o fato mais interessante
da pesquisa, incremento da atividade física espontânea (34%), evidenciando assim como os
ganhos em força muscular podem representar melhora no desempenho das atividades da vida
diária. Por outro lado, em estudo posterior, os autores concluíram que a preservação da massa
livre de gordura prediz a função muscular e a mobilidade no idoso (FIATATRONE-SINGH
1998).
No nosso Centro de Pesquisas temos desenvolvido nos últimos anos diversos
protocolos de treinamento de força muscular em mulheres acima de 50 anos de idade (RASO
et al., 1997a,b; 2000; SILVA et al., 1999a,c). RASO et al. (1997a,b) procuraram determinar o
efeito de um programa de exercícios com pesos sobre o peso, a adiposidade e o índice de
massa corporal em mulheres com idade média de 65,80  8,15 anos. O programa foi
constituído de 3 séries de 10 repetições a 50% de uma repetição máxima (1-RM) em seis
exercícios (supino reto e inclinado, flexão e extensão de cotovelo, agachamento e ―leg press‖
em 45º), 3 vezes por semana. Os autores concluíram que 4, 8 ou 12 semanas não foram
suficientes para produzir efeito estatisticamente significativo em nenhuma das variáveis
analisadas. O teste 1-RM foi realizado a cada 4 semanas para possibilitar estímulo constante
de acordo com a adaptação funcional à evolução do treinamento. Foi verificado incremento
estatisticamente significativo após o período de treinamento para todos os exercícios
(p<0,05). Com exceção do exercício de flexão de cotovelo, todos os demais demonstraram

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 98


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

aumento significativo a partir da 8ª semana. Os exercícios direcionados aos membros


superiores incrementaram sua capacidade de produzir força muscular em valores que variaram
de 25,6% a 66,8%, enquanto que o aumento observado para os membros inferiores variou de
69,7% a 135,2%. Estes dados confirmam os resultados de trabalhos anteriores em que o
incremento da força muscular é maior para os membros inferiores quando comparado aos
superiores.
No protocolo de ginástica localizada, realizado por SILVA et al. (1999) no
CELAFISCS, evidenciou-se que 4 meses de atividades realizadas duas vezes por semanas em
sessões de 90 minutos não foram suficientes para promover alterações da aptidão física de um
grupo de mulheres de 59 a 68 anos de idade. Em estudo similar de SILVA et al. (1999), com
mulheres previamente sedentárias submetidas a um programa de exercícios dos membros
superiores e inferiores com pesos de 1 kg confeccionados com tecido, velcro e areia pela
própria autora, foi encontrado que 6 semanas de exercícios realizados duas vezes por semana
promoveram um aumento significante do equilíbrio (38,8%) e da velocidade de andar (18,1%)
no grupo experimental em relação ao grupo controle. Esses dados sugerem, portanto, que
talvez as intensidades baixas e moderadas de treinamento da força muscular não sejam
suficientes para promover melhoras na mobilidade em indivíduos idosos.

Efeitos do Envelhecimento - Nível Cardiovascular e Respiratório

Em ordem de prioridade consideramos que após o impacto das alterações do sistema


neuromuscular na mobilidade e capacidade funcional do idoso, as alterações do sistema
cardiovascular e respiratório exercem um impacto negativo nestas variáveis da saúde e
qualidade de vida do idoso. Um dos primeiros e mais clássicos estudos que verificaram o
impacto da idade na potência aeróbica foi o desenvolvido por ROBINSON em 1930,
conforme citado por SPIRDUSO (1995). Naquele estudo o autor analisou dados transversais
da potência aeróbica de homens ativos de 25 a 75 anos de idade, encontrando um declínio
desta variável de 10% por década (1% por ano) que são valores similares aos encontrados
mais recentemente (e descritos pela mesma autora) de 0,8% a 1,1% por ano.
Trabalhos similares aos realizados com o sexo feminino foram feitos posteriormente
por INBAR et al. (1994) e JACKSON et al. (1995) com homens de 20 a 70 anos de idade. De
acordo com os dados encontrados por INBAR et al. com 1424 homens sadios, houve um
declínio médio na ventilação pulmonar por minuto de 29% e de 21% na frequência
respiratória. A potência aeróbica diminuiu em uma taxa média anual de 0,33 ml/kg -1.min-1

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 99


SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

(35% no período ou seja em torno de 25,5 ml.min -1.ano) e a freqüência cardíaca máxima a
uma taxa de 0,685 batimentos.min-1.ano-1 (em torno de 13%). No estudo de JACKSON et
al.com uma amostra similar ao de INBAR et al.de 1499 homens sadios, analisados
transversalmente e longitudinalmente (em média 4 anos), o declínio do pico de VO 2 máx.
relacionado à idade foi de 0,46 ml/kg -1.min-1/ano. Esses dados foram bem similares aos
cálculos realizados por SHEPHARD (1991) de 0,4-0,5 ml/kg-1.min-1 por ano e de WIEBE et
al. (1999) de 0,51 ml/kg -1.min-1/ano. No entanto, segundo SHEPHARD (1991), sempre
deveriam ser consideradas a atividade física e a porcentagem de gordura corporal quando se
avalia a diminuição do VO2máx. com a idade, o que corrobora o posterior posicionamento de
JACKSON et al. (1995) de explicar 50% dessa diminuição pelo aumento da porcentagem de
gordura corporal, a diminuição no peso de massa magra (0,12 – 0,15 kg/ano) e o auto-relato
do nível de atividade física.

Efeitos do Exercício nos Aspectos Metabólicos:

O ganho normal no VO2 máx. com um programa de atividade física é


aproximadamente de 10-15%, embora tenham sido observados incrementos de 40%
(CUNNINGHAM e PATERSON, 1990). Essas diferenças dependem basicamente de dois
fatores: o VO2máx. inicial (menor valor ao começar é associado a maiores incrementos) e a
intensidade do programa. Para observarmos melhor este efeito do exercício no VO 2,
analisamos um estudo realizado no nosso laboratório, em que foi comparado o VO 2 em
diferentes faixas etárias a partir dos 18 anos até os 81 anos. Os autores mostraram claramente
que mulheres nas faixas etárias de 60-69 e de 70-81 anos, praticantes regulares de atividade
física, possuem maiores valores de VO2 quando comparadas às mulheres da mesma faixa
etária não praticantes de atividade física. Talvez o fato mais importante foi que as mulheres
daquelas faixas etárias apresentaram valores de VO2 máx., similar ao obtido por mulheres
sedentárias quase uma ou duas décadas mais novas (MACEDO et al., 1987).
Os mecanismos que explicam as respostas cardiovasculares ao treinamento no idoso
têm sido analisados por diversos autores (POULIN et al., 1992; SPINA et al., 1993; TATE et
al., 1994; SEALS et al., 1994; STACHENFELD et al., 1998; SPINA, 1998). A maioria
desses estudos relata um aumento em torno de 10-25% no consumo máximo de oxigênio após
alguns meses de treinamento aeróbico. POULIN et al. (1992) quantificaram a resposta de
idosos a um programa de treinamento de uma hora a 70% do VO 2máx., realizado quatro vezes

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 100


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por semana durante 9 semanas e encontraram aumentos significantes no VO 2 máx., ventilação


máxima, limiar ventilatório e tempo de desempenho no exercício submáximo.

Promoção do Estilo de vida ativo:

Os programas de promoção da atividade física na comunidade para indivíduos acima


de 50 anos de idade têm crescido em popularidade nos últimos anos. Considerando as novas
propostas internacionais de atividade física como forma de promover saúde na população,
surgiu o Programa Agita São Paulo que tem como objetivo aumentar o nível de
conhecimento da população sobre os benefícios da atividade física e aumentar o nível de
atividade física da população do Estado de São Paulo (MATSUDO, 2000). Um dos focos
principais do programa é a população da terceira idade e a proposta de prescrição de atividade
para essa população é realizar atividades físicas de intensidade moderada, por pelo menos 30
minutos por dia, na maior parte dos dias da semana, se possível todos, de forma contínua ou
acumulada. O mais importante deste novo conceito é que qualquer atividade da vida cotidiana
é válida e que as atividades podem ser realizadas de forma contínua ou intervaladas, ou seja, o
importante é acumular durante o dia 30 minutos de atividade (MATSUDO et al., 2002).

CONCLUSÕES

As evidências epidemiológicas apresentadas nos permitem concluir que a atividade


física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são necessários para a promoção da saúde
e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. A atividade física deve ser
estimulada não somente no idoso, mas também no adulto como forma de prevenir e controlar
as doenças crônicas não transmissíveis que aparecem mais freqüentemente durante a terceira
idade e como forma de manter a independência funcional. As atividades que devem ser mais
estimuladas são as atividades aeróbicas de baixo impacto mas preferencialmente o exercício
com pesos, para estimular a manutenção da força muscular dos membros superiores e
inferiores, deve ser a prioridade no idoso. Da mesma forma o equilíbrio e os movimentos
corporais totais devem fazer parte dos programas de atividade física na terceira idade. As
evidências sugerem que a atividade física regular e o estilo de vida ativo têm um papel
fundamental na prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente
aquelas que se constituem na principal causa de mortalidade: as doenças cardiovasculares e o
câncer. Mas além disto a atividade física está associada também com uma melhor mobilidade,

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capacidade funcional e qualidade de vida durante o envelhecimento. É importante enfatizar,


no entanto, que, tão importante quanto estimular a prática regular da atividade física aeróbica
ou de fortalecimento muscular, as mudanças para a adoção de um estilo de vida ativo no dia a
dia do indivíduo são parte fundamental de um envelhecer com saúde e qualidade.

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UM MODELO PEDAGÓGICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS

Silene Sumire Okuma


LAPEM – Escola de Educação Física e Esporte da USP

Esta é uma síntese do texto original: ―Cuidados com o corpo: um modelo pedagógico de
educação física para idosos‖. In: Freitas, EV et al (orgs). Tratado de Geriatria e
Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, cap.135, p. 1092-1110.

Está bem estabelecido que do mesmo modo que a qualidade do envelhecer depende de
competências comportamentais e de condições pessoais subjetivas, ou seja, do bem-estar
subjetivo, ela também depende das condições objetivas promovidas pelo contexto social.
Considerando que uma das condições para se envelhecer bem é ter acesso a serviços de saúde,
lazer e educação, é que se distingue o papel da educação física e da atividade física. Esta
última destaca-se como uma atividade que contribui marcadamente para a melhoria e
manutenção da saúde e da funcionalidade física do idoso e para o seu lazer, visto que tem
efeitos positivos sobre as funções fisiológicas, cognitivas, emocionais e, conseqüentemente,
sobre a qualidade de seu envelhecer. A educação física destaca-se como uma das
possibilidades de educação permanente, que contribui para atualização e inserção social do
idoso, as quais são condições necessárias para que acompanhe as transformações da sociedade
e adapte-se a elas, de modo a conviver bem com o próprio envelhecimento.
Várias são os efeitos positivos produzidos pela atividade física, fartamente
demonstrados por inúmeras pesquisas, particularmente os relacionados com o controle de
doenças. Isso, por si só, poderia parecer motivo mais do que suficiente para as pessoas a
praticarem sistematicamente. Entretanto, apenas saber dos efeitos benéficos que ela causa não
tem se mostrado eficaz para promover nas pessoas tal hábito. Há muito mais em jogo do que
apenas conhecer sobre tais efeitos, pois, antes de tudo, deve-se considerar a complexidade do
comportamento humano, que torna cada um peculiar, particularmente na sua relação com a
atividade física.
Entendendo que são inúmeros os fatores que influem no comportamento humano, em
especial no comportamento para a prática da atividade física e entendendo que seria
importante para os idosos praticá-la, de modo a ampliar suas possibilidades de envelhecer

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bem, é que propusemos um programa de educação física, com vista a ensiná-los sobre esta
prática e a motivá-los a serem fisicamente ativos.

PORQUE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA?

Achamos conveniente esclarecer o conceito de educação física para se compreender o


significado de um programa de educação física para idosos e não somente um programa de
atividade física. O conceito de educação física refere-se ao processo educativo que ensina às
pessoas os conhecimentos sobre movimento humano e os procedimentos/habilidades para
melhorá-lo e/ou mantê-lo, de forma a otimizar suas potencialidades e possibilidades motoras
de qualquer ordem e natureza, adaptando-se e interagindo com o meio ambiente, para ter
qualidade de vida. Por este caminho estabelecemos uma relação entre educação física e
educação, visto que esta última é um direito e uma necessidade que todos têm ao longo de
toda a vida para que continuem a se desenvolver. Ademais, é dever da sociedade oferecer
diferentes oportunidades para tal desenvolvimento, de modo que seus integrantes
acompanhem e adaptem-se constantemente às suas transformações. Uma das oportunidades a
ser oferecida é a aprendizagem contínua sobre os produtos que ela ininterruptamente cria,
dentre os quais destacamos a atividade física. Aprender sobre ela vai além de praticá-la, pois
significa dominar um conhecimento que gera cuidados pessoais e possibilidade de autonomia.
Uma das possibilidades que as pessoas têm de viver experiências positivas após
adentrarem na velhice, mas acompanhando e adaptando-se às transformações, é preservar suas
capacidades psíquicas e intelectuais e participar da vida coletiva. Isso, no entendimento de
Palma (2000), é possível através da educação permanente, como forma de ocupação
proveitosa e qualitativa do tempo livre, conquistado com o aumento da expectativa de vida.
De acordo com a autora, a educação permanente, ou educação ao longo da vida, permite
práticas de realização pessoal, autonomia e construção de um projeto individual e coletivo,
assegurando qualidade de vida às pessoas em qualquer faixa etária. Como afirma a autora, o
potencial do ser humano será aumentado se nas horas livres o idoso ocupar-se com novas
aprendizagens, o que também significa atualização permanente, sintonia com os tempos atuais
e a possibilidade de acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas e sociais.
Uma possibilidade de enriquecimento de conhecimento, de aumento do potencial do
idoso é ele saber sobre atividade física. Isto significa que as pessoas podem viver a atividade
física através de um processo educativo que as levem a aprender sobre suas limitações e
potencialidades motoras, além de aprender sobre a prática em si, instrumentalizando-se para

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realizá-la permanentemente. É viver um processo de aquisição de novos saberes, o que


significa atualização e responsabilidade para cuidar de si mesmas.
Ao se fazer uma análise crítica dos modelos de atividade física, propostos por vários
estudiosos desta área observamos a utilização de estratégias de intervenção cujo estímulo é,
freqüentemente, externo ao indivíduo. Tenta-se conduzi-lo a alcançar aquilo que é
considerado bom pela ciência e pelos profissionais e não, necessariamente, por ele. Em outras
palavras, estes modelos estabelecem, a priori, padrões de comportamentos a serem seguidos,
tais como ter melhor saúde, não ser obeso, e/ou ter excelente aptidão física, controlar
pessoalmente os próprios resultados, atingir determinado grau de auto-eficácia, dentre outros.
Parece que tais objetivos não têm sido suficientes para sensibilizar as pessoas para se
tornarem ou se manterem fisicamente ativas. De acordo com Dishman (1993) e Okuma
(1998), fórmulas únicas para todos têm-se mostrado inadequadas para manter a continuidade
das pessoas em qualquer tipo de proposta.
Esta análise crítica aponta que as necessidades reais e pessoais do indivíduo não vêm
sendo suficientemente consideradas, o que nos parece um ponto fundamental para o
desenvolvimento de comportamentos e atitudes positivas frente à atividade física.
Entendemos que, para cada indivíduo, há algo especial que pode estimulá-lo, ou não, a
praticá-la. Parece provável que este algo se relacione com o contexto pessoal de vida, que
inclui desde experiências passadas até o modo atual dele ser. Como toda experiência atual está
associada às experiências de vida, julgamos que há necessidade do programa de atividade
física adaptar-se à realidade pessoal e não à realidade de quem o institui. Deste ponto de vista,
acreditamos que a experiência da atividade física possa ter um significado positivo e,
sobretudo, pessoal. Acreditamos em modelos educacionais que olhem para as pessoas como
seres singulares, adaptando-se à sua realidade, de modo que ampliem e reforcem o valor
daquilo que é ensinado. No caso da educação física o ensino da atividade física como uma
estratégia para envelhecer bem, não só por aprender a praticá-la corretamente, mas por
constituir-se em uma possibilidade de educação ao longo do ciclo vital.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DO PROGRAMA

Esta proposta fundamenta-se no modelo da velhice bem-sucedida, proposto por Baltes


e Baltes (1991), que considera que sob condições e ambientes favoráveis muitos idosos
continuam a ter potencial para funcionar em altos níveis e adquirir novos domínios de
habilidades, de conhecimentos, de procedimentos e de fatos, em níveis avançados da

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personalidade e funcionamento social. Olha-se, portanto, a velhice como fase com potencial
para o desenvolvimento, à semelhança das demais fases do curso de vida, em que as fronteiras
do envelhecimento se modificam, contrariamente ao conceito que ainda se tem dele.
Considerando que o desenvolvimento está presente na velhice e levando em conta que
a maior parte das pessoas idosas é capaz e competente, devendo ter sua autonomia preservada,
entendemos que, com estas condições, elas podem ser responsáveis por si próprias. Desta
maneira, uma proposta educacional com tais preocupações deve fornecer conhecimentos
sobre atividade física, para que as pessoas se cuidem e não para que sejam cuidadas
(dependentes de profissionais de educação física para orientá-las e motivá-las nesta prática),
reconhecendo que é delas a responsabilidade por tal direcionamento.

PRINCÍPIOS QUE REGEM A PROPOSTA

Esta é uma proposta educacional para o autocuidado, que visa a mudar


comportamentos e estilo de vida do idoso, ou seja, levá-lo a ter atitude positiva frente a
atividade física, ter autonomia para praticá-la independentemente de supervisão e adquirir o
hábito de praticá-la regular e permanentemente. Os princípios que a orientam baseiam-se nos
aspectos de desenvolvimento presentes na velhice, o que possibilita o entendimento de que o
idoso é capaz de conhecer seus potenciais e limites físicos e motores objetivamente,
descobrindo novas possibilidades em si, não só nestas dimensões, como em outras
(emocional, social e cognitiva). A proposta é a de provê-lo com conhecimentos sobre
atividade física e despertá-lo para suas possibilidades de movimento, através de um processo
educacional, para que, usando tais conhecimentos, mantenha a autonomia e independência. É
uma proposta que se distingue de outras que se caracterizam por serem assistenciais, que
mantém o idoso dependente da determinação de terceiros.
É digno de destaque que os princípios que norteiam esta proposta pedagógica
direcionam-se para o desenvolvimento do ser idoso e não para a melhora da sua aptidão
física, da sua funcionalidade física ou da sua saúde, dentre outros. Estas são estratégias
utilizadas no processo pedagógico e não suas metas. São sete os princípios que fundamentam
nossa proposta pedagógica.

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Educação para o autoconhecimento

Aprender sobre o próprio corpo, ter consciência dele, perceber e reconhecer suas
limitações e potencialidades, através da atividade física, possibilita ao idoso ampliar um
pouco mais o conhecimento de si mesmo, pois o corpo é a dimensão concreta de sua
existência (Merleau-Ponty 1994). As experiências corporais permitem que ele descubra,
gradativamente, suas possibilidades de realização, propiciando novos modos de se perceber e
se autodescobrir, levando às transformações pessoais.

Educação para a autonomia

Este princípio refere-se à aquisição da autonomia para o idoso ser um praticante


independente e capaz de adaptar-se às diferentes situações que podem se apresentar, sabendo
praticá-la adequada e corretamente, em situações individuais ou coletivas. Aprender sobre
atividade física, porquê fazê-la (seus efeitos sobre o envelhecimento, saúde e bem-estar),
quais fazer (atividades mais adequadas para ativar sistemas e órgãos), quanto fazê-la
(duração, intensidade, número de repetições, etc.) e como fazê-la (correta de execução dos
movimentos e posturas do corpo) é o modo do idoso romper com sua dependência de
supervisão para praticá-la corretamente.

Educação para o aprender contínuo e atualização

Um outro princípio importante que sustenta esta proposta é a possibilidade do idoso


vislumbrar novas possibilidades de atuar no mundo, que lhe traz projetos de vida e busca de
realizações. Ao constatar que ainda pode aprender, muitos se dispõem a ir em busca de novas
aprendizagens, agora sem medo ou vergonha, pois reconhecem que são capazes,
independentemente disto se fazer de modo mais lento e com necessidade de maior dedicação.
Viver novas experiências na velhice significa, também, a possibilidade de se manter
atualizado, estar cognitivamente sintonizado com o ambiente, adequando-se às mudanças que
acontecem em si mesmo e ao seu redor, podendo com isso inserir-se e atuar em seu meio
(Okuma 1998).

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Educação para a descoberta de competências

Nossa proposta pedagógica considera que a atividade física é elemento importante


para o desenvolvimento das competências, pois quando o idoso vive experiências motoras
com sucesso, percebe-se fisicamente mais capaz, o que gera um sentimento de ser competente
e o leva a acreditar na própria capacidade de realizar tarefas. Além disso, aumentam sua
autovalorização, compreendendo que pode continuar a ser uma pessoa atualizada, dinâmica,
socialmente ativa, que mantém a cidadania e a competência social, fundamental para uma
velhice bem-sucedida.
Ademais, a consciência do próprio valor significa, também, um outro aspecto, talvez o
mais importante, que é o rompimento do idoso com um estereótipo negativo de incompetência
e incapacidade. Conscientizar-se da própria competência leva-o a reconhecer em si o que lhe é
próprio, e não a assumir o que lhe dizem que deveria ser. Isto muda a visão não só do idoso
sobre si mesmo, mas daqueles que convivem com ele, o que pode ser o início da
transformação nos conceitos que a sociedade tem de velho e de velhice.

Educação para ser responsável

Um outro princípio que se estabelece é o da responsabilidade de cuidar de si próprio,


que deve emergir naturalmente do processo educativo, na medida em que o idoso vai
experienciando melhoras no seu bem-estar, na sua saúde e na realização das atividades
diárias, reconhecendo o papel da atividade física nestes resultados. Ao relacionar a melhor
qualidade do viver com a atividade física, reconhece sua importância, não só para si, mas para
os idosos em geral. Isto o faz preocupar-se mais consigo, pois reconhece que merece cuidados
e atenções que talvez nunca pode se dar. Tal condição pode revelar-se num compromisso
consigo, não no sentido da obrigação, mas num modo prazeroso de cuidar da própria
existência.
Sentir-se comprometido consigo é ser responsável por seus próprios cuidados e isto
surge quando as pessoas percebem-se com poder de intervir na tomada de decisões, no
planejamento de suas ações e na sua consecução, reconhecendo que têm influência real neste
processo.

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Educação para usufruir do meio ambiente

Este princípio diz respeito à resolução de problemas que se apresentam quando o idoso
encontra-se em ambientes não comumente utilizados por ele para praticar sua atividade física
(Por exemplo, quando viaja; ou num período longo de chuva, que o prende em casa por
muitos dias). É necessário despertar na pessoa a capacidade de analisar objetivamente o
ambiente em que ela está, usando os recursos que o próprio ambiente fornece, que podem ser
adaptados em benefício da sua prática de atividade física. O uso do conhecimento sobre ela e
sobre si próprio e a busca de solução para adaptar os meios fornecidos pelo ambiente para
praticá-la, deve estar sempre integrado ao processo educativo que quer dar autonomia para o
idoso.

Educação para a fruição e prazer

Um outro aspecto a ser considerado é a experiência de fruição e do prazer possibilitada


pela atividade física. Estes surgem do envolvimento do idoso com o movimento em sintonia
com seu corpo, sem busca de recompensas externas para suas atividades. Isto lhe dá
tranqüilidade, pois não há preocupação com o efeito que sua ação causa nos outros,
possibilitando-lhe focalizar a si próprio, sentindo-se atraído para o que faz, numa percepção
de totalidade, vivendo uma sensação de ―desligamento‖. A experiência motora, o aprender
sobre o movimento, neste momento, não tem outro sentido senão o da realização pela
realização, sem fins utilitários. É o fazer pelo fazer, é viver o prazer pela realização do
movimento em si, sem pensar para onde os resultados deste momento o levarão.
Para o desenvolvimento destes princípios, certamente, se faz necessária uma ação
pedagógica que seja coerente com eles, o que nos remete aos fundamentos de uma proposta
pedagógica regida pelo processo de aprendizagem significativa (Coll et al., 1998), de modo
que o idoso tenha autonomia ao seu final.Vale destacar que o desenvolvimento das atividades
práticas, por si só, como é feito na maior parte dos programas de atividade física, leva a
ganhos fisiológicos e motores e, por decorrência, ao bem-estar promovido pelos efeitos da
atividade física. Entretanto, tais ganhos não possibilitam ao idoso a independência da
condução das próprias necessidades, ou seja, não o levam à autonomia. Uma proposta que tem
como preocupação mantê-lo com controle de sua vida, determinando ele mesmo o que fazer e
como fazer, pois tem conhecimentos para isso, só conseguirá tal resultado se o idoso aprender

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que é capaz de aprender, que tem competência para isso e que seu aprender depende de sua
participação ativa.

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Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ANAIS DO VII SEMINÁRIO SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS PARA A


TERCEIRA IDADE – VII SIAFT

LOCAL: Universidade de Brasília


CIDADE: Brasília – DF
DATA: de 13 a 15 de novembro de 2004

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VII SIAFT - EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS: POR UMA PRÁTICA FUNDAMENTADA

Presidente do seminário

• Profª. Drª. Marisete Peralta Safons

Comissão Organizadora

• Profª. Drª. Marisete Peralta Safons


• Maria Denise Inácio dos Santos
• Eduardo Meneses Chaperman
• Secretaria: Juliana Vieira

Comissão Científica

• Prof. Dra. Marisete Peralta Safons


• Prof. Dra. Silene Okuma
• Prof. Dra. Sandra Matsudo
• Prof. Dra. Maria Luiza de Jesus Miranda
• Prof. Dra. Linda Ueno
• Prof. Dr. Alfredo de Faria Jr.
• Prof. Dr. Paulo Farinatti
• Prof. Dr. Martim Bottaro
• Prof. Ms. Sandor Balsamo
• Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira

Convidados Nacionais

• Profa. Dra. Silene Okuma - São Paulo


• Profa. Dra. Sandra Matsudo (CELAFISCS) - São Paulo
• Profa. Dra. Maria Luiza de Jesus Miranda (USJT) – São Paulo
• Profa. Dra. Linda Ueno - São Paulo
• Profa. Dra. Altair Macedo Lahud Loureiro (UCB) - Brasília
• Profa. Dra. Lais Mousinho (UnB) - Brasília
• Prof. Dr. Alfredo de Faria Jr. (UERJ) - Rio de Janeiro
• Prof. Dr. Paulo Farinatti (UERJ) - Rio de Janeiro
• Prof. Dr. José Francisco Silva Dias (UFSM) – Santa Maria
• Prof. Dr. Martim Bottaro (UnB) - Brasília
• Dra. Ana Patricia de Paula - HUB
• Dr. Einstein F. Camargo - HUB
• Dra. Noemia da Conceição Neta Ramos Barra - HUB
• Dra. Sandra Regina Petriz de Assis - HUB
• Prof. Ms. Sandor Balsamo - Brasília
• Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira – Brasília

Convidados Internacionais

• Profa. Dra. Roberta Rikli - State University, Fullerton - USA


• Profa. Dra. Jessie Jones - State University, Fullerton - USA

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• Prof. Dr. Eino Heikkinen - Universidade de Jyvaskyla - Finland

Programação

Boas-vindas

A Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília sente-se honrada por


sediar o VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade. O
Seminário pretende integrar profissionais, atuantes em atividades de intervenção e pesquisa,
no campo das atividades físicas com idosos; divulgar e discutir as tendências internacionais
das pesquisas no campo das atividades físicas para idosos; disseminar informações sobre a
produção científica nacional e publicações especializadas sobre atividade física para a terceira
idade e proporcionar espaço para apresentação das produções e experiências com modelos de
intervenção na área da atividade física para idosos. Sejam bem-vindos!

Informações importantes

Sobre os Cursos:
No período da manhã, os cursos serão desenvolvidos nas dependências da Faculdade
de Educação Física. O horário dos cursos é de 08h30 até 11h30. Com um intervalo de 20
minutos por volta de 10h00. Este intervalo fica a critério do Professor do curso.
Na Faculdade de Educação Física estamos disponibilizando xerox (R$ 0,10 a cópia)
caso você deseje levar consigo algum material relativo ao curso.
Teremos uma Secretaria do Seminário funcionando na Faculdade de Educação Física
pela manhã e à tarde no auditório Dois Candangos.

Sobre Alimentação:
Como não existem restaurantes abertos no Campus Universitário aos sábados, muito
menos aos domingos. Organizamos uma “praça da alimentação” ao lado do auditório Dois
Candangos (local do Seminário à tarde).
Esta “praça” serve como opção de alimentação para quem quiser ficar no campus no
intervalo do almoço.
Aos sábados existe a opção de almoçar nos restaurantes self-service que ficam na
SCLN 407 Norte, perto do auditório Dois Candangos. Da para ir e voltar a pé sem problemas.

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Sobre transporte:
O ônibus 110 da Empresa São José faz a linha Rodoviária-UnB e Vice versa. Aos
sábados, domingos e feriados os horários de saída da rodoviária são:
06:10hs 06:50hs 08:10hs 09:30hs 10:10hs 10:50hs 11:30hs 12:10hs
12:50hs 14:10hs 15:30hs 16:50hs 17:30hs 18:10hs 18:50hs 19:30hs
20:10hs 20:50hs 21:30hs 23:00hs

Esta linha de ônibus pára na frente da Faculdade de Educação Física, e perto do


Auditório Dois Candangos e o trajeto Rodoviária/FEF fica em torno de 40 minutos.

Sobre os Horários do Seminário:

O Seminário está com uma programação bastante intensa. Vamos ser rigorosos com o
cumprimento dos horários de nossas atividades. Solicitamos ajuda de todos no que se refere
ao cumprimento de horários.

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA

13/11/2004 – Sábado

07h30 - Recepção dos participantes e entrega do material


08h30 - 11h:30 – Mini Cursos (Local: Faculdade de Educação Física)
1 – Avaliação física e funcional do Idoso: fundamentos e aplicação
Profª. Drª. Roberta Rikli e Profª Drª Jessie Jones (Auditório)
2 - Fatores de risco para a incapacitação na velhice e suas implicações no desenvolvimento de
programas de atividade física.
Prof. Dr. Eino Heikkinen (Sala 34)
3 - Princípios Didático-Pedagógicos da Dança de Salão para Idosos
Prof. Ms. Márcio de Moura Pereira (sala de dança Centro Olímpico)
4 - Princípios Básicos do Treinamento de Força para Idosos
Prof. Ms. Sandor Bálsamo (Sala 44 e sala de musculação FEF)

11h30 às 14h00 – Almoço

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 116


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

14h00 às 14h30 - Abertura Oficial do Seminário (Local: Auditório Dois Candangos)


14h30 às 15h30 - Conferência de Abertura: Mantendo a autonomia na velhice
Conferencista: Profª. Drª. Roberta Rikli
Coordenadora: Profª. Drª. Sandra Matsudo

15h30 às 15h45 - Intervalo

15h45 às 17h15 - Mesa Redonda 1 - Envelhecimento e atividade física: as intervenções


sob o ponto de vista biológico
Moderador: Profª. Drª. Silene Sumire Okuma

Prof. Dr. Paulo Farinatti


Convidados Profª. Drª. Linda Ueno
Profª. Drª. Sandra Matsudo

17h15 às 17h30 - Intervalo

17h30 às 19h00 - Sessão de Pôsteres Temáticos e Temas Livres

Tema Livre
Área Temática: Saúde

Sala 01

1 - Análise do sentido de auto-eficácia física, do nível de satisfação de vida e do perfil sócio-


demográfico de idosos.
Primeiro autor: Lucélia Justino Borges
Co-autores: Geni de Araújo Costa, Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos
Hora: 17h30
Sala 01

2 - Análise da força muscular dos membros superiores, em idosas praticantes de


hidroginástica do Projeto Afrid.
Primeiro autor: Lucélia Justino Borges
Co-autores: Geni de Araújo Costa, Luiz Humberto Rodrigues de Souza, Patrícia Vieira do
Nascimento, Eliane Rosa dos Santos
Hora: 17h45
Sala 01

3 - Autonomia funcional, atividade física e qualidade de vida em idosas.


Primeiro autor: Priscilla Marques

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 117


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Co-autores: Cassiano Ricardo Rech, Sheilla Tribess, Edio Luiz Petroski


Hora: 18h00
Sala 01

4 - Avaliação de força muscular em idosos praticantes de atividade física regular.


Primeiro autor: Marcela Mihessen
Co-autor: Arantes JT, Werkhauser LG, Calegaro CQ
Hora: 18h15
Sala 01

5 - Classificação do nível funcional em idosas praticantes de hidroginástica.


Primeiro autor: Maria Alcione Freitas e Silva
Co-autores: Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando Roberto Nunes Tiburcio, Joyce
Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa
Hora: 18h30
Sala 01

6 - Comparação das variáveis de atividade de vida diária em indivíduos institucionalizados.


Primeiro autor: Ana Tereza Coelho
Co-autores: Regina Soares e Rosangela Villa Marin
Hora: 18h45
Sala 01

7 - Comparação das variáveis neuromotoras da aptidão física e capacidade funcional de idosas


fisicamente ativas.
Primeiro autor: Méris Sayuri Tanaka
Co-autores: Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo
Hora: 19h00
Sala 01

Tema Livre
Área Temática: Saúde

Sala 02:

8 - Composição corporal de idosas praticantes de musculação e hidroginástica.


Primeiro autor: Francini Vilela Novais
Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães de Azevedo
Hora: 17h30
Sala 02

9 - Declínio da memória em idosos praticantes de atividades físicas.


Primeiro autor: Paula Guimarães Azevedo
Co-autores: Francini Vilela Novais, Geni Araújo Costa
Hora: 17h45
Sala 02

10 - Hidroginástica: Impactos no envelhecimento ativo.


Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 118


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Co-autores: Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Giovanni Sanchotene
Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni Signori
Hora: 18h00
Sala 02

11 - O idoso na mídia impressa.


Primeiro autor: Raquel Guimarães Lins
Co-autor: Juliana Benigna de Oliveira
Hora: 18h15
Sala 02

12 - Percepção da qualidade de vida em homens com idade acima de 50 anos praticantes de


diferentes tipos de atividades físicas.
Primeiro autor: Rosangela Villa Marin
Co-autores: Sandra Matsudo e Victor Matsudo
Hora: 18h30
Sala 02

13 - A influência do aprendizado na imagem corporal de idosos através da prática de atividade


física. (Área temática Psicossocial)
Primeiro autor: Ericka Federici
Co-autores: Letícia Nascimento, Silene Sumire Okuma, Fernando Lefèvre
Hora: 18h45
Sala 02

14 - Aposentadoria do jogador profissional de futebol. (Área temática Psicossocial)


Autor: Regina Celi Lema Santos
Hora: 19h00
Sala 02

Tema Livre
Área Temática: Psicossocial

Sala 03:

15 - Dinamismo social no envelhecimento.


Primeiro autor: Rita Puga Barbosa
Co-autores: Nazaré Marques Mota, Dione Carvalho Gomes, Alan de Souza Rodrigues
Hora: 17h30
Sala 03

16 - Efeitos de um programa de educação física sobre estados afetivos e crenças de auto-


eficácia física de idosos.
Primeiro autor: Letícia Nascimento
Co-autores: Ericka Federici, Silene Sumire Okuma
Hora: 17h45
Sala 03

17 - Idosos institucionalizados e atividade física: O fenômeno da adesão-evasão-reinserção.


Autor: Luis Carlos Lira

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 119


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Hora: 18h00
Sala 03

18 - Motivos de adesão ao projeto sênior para a vida ativa.


Primeiro autor: Marilia Velardi
Co-autor: Maria Luiza Miranda
Hora: 18h15
Sala 03

19 - Perfil dos idosos institucionalizados quanto ao estado depressivo


Primeiro autor: Jessiane Alves Santos
Co-autores: Glênio Fernandes Leite, Maria Angélica Martins, Poliana de Lourdes Carrijo,
Geni de Araujo Costa
Hora: 18h30
Sala 03

20 - Relação entre o estresse e a atividade de hidroginástica para a terceira idade.


Primeiro autor: Patrícia Vieira do Nascimento
Co-autores: Lucélia Justino Borges, Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo Costa
Hora: 18h45
Sala 03

21 - Afinal, ―Quem sou eu?‖ Pergunta a educação física no trabalho com terceira idade.
Autor: Marco Aurélio Acosta (Área Temática educação)
Hora: 19h00
Sala 03

Tema Livre
Área Temática: Educação

Sala 04

22 - Efeito da Instrução na aquisição de uma habilidade motora em idosos.


Primeiro autor: Paula Gehring
Co-autores: Maria Fernanda de Oliveira, Maria Cecília Oliveira da Fonseca, Jorge Alberto de
Oliveira, Suely Santos
Hora: 17h30
Sala 04

23 - Produção do conhecimento sobre atividade física e envelhecimento no Brasil: Algumas


reflexões.
Autor: Rafael Botelho
Hora: 17h45
Sala 04

24 - Educação física gerontólogica: Revolução a curto prazo na educação física atual.


Primeiro autor: Rita Puga Barbosa
Co-autor: Alan de Souza Rodrigues
Hora: 18h00
Sala 04

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 120


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Hora: 18h15

Sala 04
25 - Processo de ensino da atitude crítica sobre atividade física para idosos.
Primeiro autor: Tiemi Okimura
Co-autor: Silene Sumire Okuma

26 - Perfil do estilo de vida de idosos ativos no CED do Rio Verde.


Primeiro autor: Janine A. Viniski
Co-autores: Everton S. Borges, Daiane P. Rodrigues
Hora: 18h30
Sala 04

27 - Cinco motivos básicos para permanência de gerontes praticando gerontovoleibol durante


10 anos. (Área Temática Esporte e Lazer)
Primeiro autor: Josué Lima Néri
Co-autores: Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues
Hora: 18h45
Sala 04

Pôsteres
Área Temática: Saúde

A Atividade Física como um instrumento de minimização da depressão em idosos


institucionalizados.
Primeiro autor: Dayanne Christine Borges Mendonça
Co-autores: Camilla Carvalho, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa
Painel 01

A Correlação da imagem e composição corporal de idosas ativas.


Primeiro autor: Keila Lopes
Co-autores: Cecília S.P. Martins, Carlos Kemper, Ricardo Jacó de Oliveira
Painel 02

A endurance muscular não prediz o desempenho no teste de caminhada de 6 minutos.


Primeiro autor: José GS Junior
Co-autores: Marco AV Caffarena, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 03
A força Muscular não prediz o desempenho no teste de marcha estacionária.
Primeiro autor: Marco AV Caffarena
Co-autores: José GS Junior, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 04

A Prática da Atividade Física na Terceira Idade na ACM-Brasília e influênciasdesta na vida


diária.
Primeiro autor: Tatiana Schneider Rocha
Co-autores: Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues
Painel 05

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 121


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Atendimento no setor de atividade física e saúde do Centro de Medicina do Idoso do Hospital


Universitário de Brasília.
Autor: Suiara Pereira Teixeira
Painel 06

Atividade física e qualidade de vida.


Primeiro autor: Renata Marcela Ornellas Targa
Co-autores: Paula Ferraz da Silva, Vinícius Silva de Oliveira, Marcelo Cardozo, Walter
Jacinto Nunes
Painel 07

Avaliação do ganho de força muscular em idosos praticantes de exercícios resistidos.


Primeiro autor: Antônio Carlos de Souza Vasconcelos
Co-autores: Ana Carolina S. Vasconcelos, Eduardo Teixeira Câimbra, Rogério Herbert M.
Rezende, Victor Hugo Silva, Marisete Peralta Safons.
Painel 08

Benefícios antropométricos de um programa de hidroginástica em idosas.


Primeiro autor: Francini Vilela Novais
Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães Azevedo
Painel 09

Cadeias musculares: A postura corporal de adultos acima de 55 anos.


Primeiro autor: Claudia Rossi Stern
Co-autor: Sônia Beatriz da Silva Gomes
Painel 10

Caminhada, hidroginástica e alongamento são atividades mais indicadas para pessoas idosas.
Primeiro autor: Vagner Raso
Co-autores: Ivete Balen, Mônica Schwarz, Cristiane Ribeiro Coppi.
Painel 11

Comportamento do VO2, Ejabs, Ejrel,FCE,%FCM E PSE no teste de marcha estacionária.


Primeiro autor: Ricardo SG Costa
Co-autores: Leandro V Silva, Paula I Toyansk, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 12

Conscientização da melhor idade no cultivo da atividade física.


Primeiro autor: Gisele Pugliese
Co-autor: Rosemari Frackin
Painel 13

Correlação do índice de massa corporal com a massa corporal, estatura e a composição


corporal em homens e mulheres idosas.
Autor: Luciane Moreira Chaves
Painel 14

Estudo transversal da aptidão física na vida adulta.


Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 122


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Co-autores: Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier, Giovanni
Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo
Cardoso
Painel 15

Evolução da satisfação com a imagem corporal percebida por mulheres fisicamente ativas.
Primeiro autor: Francini Vilela Novais
Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães de Azevedo, Luciana Mendonça Arantes
Painel 16

FCM no teste de marcha estacionária como indicador para a prescrição de exercício.


Primeiro autor: Paula I. Tonyansk
Co-autores: Leandro V Silva, Ricardo SG Costa, Francisco L Pontes Jr. Vagner Raso
Painel 17

Flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividade física.


Primeiro autor: Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães
Co-autores: Amanda Soares, Joseani Paulini Neves Simas, Giovana Zarpellon Mazo
Painel 18

Parâmetros motores e qualidade de vida de idosos praticantes de dança de salão.


Primeiro autor: Luiz Alberto Simas
Co-autores: Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, Joseani Paulini Neves Simas,
Giovana Zarpellon Mazo
Painel 19

Idade cronológica, peso corporal, estatura, IMC, adiposidade corporal e altura de elevação do
joelho não influenciam o desempenho na marcha estacionária.
Autor: Adriana G Nardi
Co-autores: Rodrigo G Quito, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 20

Marcha estacionária até a fadiga voluntária mensura cerca de 98% do consumo de oxigênio de
pico-estudo piloto.
Primeiro autor: Rodrigo G. Quito
Co-autores: Adriana G Nardi, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 21

Mobilidade geral em idosas praticantes de hidroginástica.


Primeiro autor: Luiz Humberto Rodrigues Souza
Co-autores: Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa.
Painel 22

Motivos que levam as pessoas da terceira idade a praticarem exercícios físicos.


Autor: Emerson de Melo
Painel 23

Nível de atividade física e qualidade de vida de idosas


Primeiro autor: Giovana Zarpellon Mazo
Co-autores: Jorge Mota, Lucia Hisako Takase Gonçalves

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 123


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Painel 24

Nível de depressão em idosos praticantes de atividades físicas


Primeiro autor: Maria Alcione Freitas e Silva
Co-autores: Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho, Dayanne Christine Borges
Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa
Painel 25

Nível de qualidade de vida de idosos institucionalizados.


Primeiro autor: Fernando Roberto Nunes Tibúrcio
Co-autores: Joyce Buiate Lopes Maria, Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto
Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa
Painel 26

Número de elevações do joelho prediz cerca de 37% do consumo de oxigênio no teste de


marcha estacionária.
Primeiro autor: Marcel B. Rocha
Co-autores: André R Quina, Vivian A Martins, Sabine A Oliveira, Francisco L Pontes Jr.,
Vagner Raso
Painel 27

O gasto calórico e o uso de substrato energético no teste de Marcha estacionária são similares
aos do teste cardiopulmonar de exercício máximo.
Primeiro autor: Francisco L. Pontes Jr.
Co-autor: Vagner Raso
Painel 28

O Lan obtido na marcha estacionária não é diferente do alcançado no teste cardiopulmonar de


exercício máximo.
Primeiro autor: Leandro V. Silva
Co-autores: Ricardo SG Costa, Paula I Toyansk, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 29

Os descompassos na prática de atividade física para a população idosa.


Primeiro autor: Raquel Guimarães Lins
Painel 30

Perfil da capacidade de memória dos idosos institucionalizados.


Primeiro autor: Poliana de Lourdes Carrijo
Co-autores: Glênio Fernandes Leite, Jessiane Alves Santos, Maria Angélica Martins, Geni
Araújo Costa
Painel 31

Prontidão para atividades física e risco cardíaco em idosos praticantes de hidroginásticas.


Primeiro autor: Eliane Rosa dos Santos
Co-autores: Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas e Silva, Patrícia Vieira do
Nascimento, Geni Araújo Costa
Painel 32

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 124


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Relação entre o índice de massa corporal e densidade mineral óssea em mulheres pós-
menopausa.
Primeiro autor: Priscilla Marques
Co-autores: Cassiano Ricardo Rech, Sheilla Tribess, Edio Luiz Petroski
Painel 33

Relação entre o teste de caminhada de 6 minutos e atividade aquática para idosas.


Primeiro autor: Patrícia Vieira do Nascimento
Co-autores: Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Geni Araújo Costa, Silvio
Soares Santos
Painel 34

Resultados de diferentes freqüências semanais na aptidão física de idosos ativos.


Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves
Co-autores: Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Cibele dos Santos
Xavier, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo Cardoso, Ivanete
Bredow Faber
Painel 35

Saúde do Idoso: A potência muscular como prevenção de quedas e lesões.


Primeiro autor: Fernanda Guidarini Monte
Co-autores: Adilson A. M. Monte, Adriana C. A. Guimarães, Renildo Nunes
Painel 36

Teste de Marcha estacionária mensura cerca de 73% do VO2 pico alcançado no teste
cardiopulmonar de exercício máximo.
Primeiro autor: André R. Quina
Co-autores: Marcel B Rocha, Sabine A Oliveira, Vivian A Martins, Francisco L Pontes Jr,
Vagner Raso
Painel 37

Vivências corporais para pessoas com Parkinson e Machado-Joseph.


Autor: Marize Amorim Lopes
Painel 38

Resposta ao duplo produto em idosos durante um exercício de força para membros superiores,
utilizando como implemento um elástico.
Primeiro autor: Rafaella Parca
Co-autores: Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons
Painel 39

Será que existe melhora da força muscular em idosos praticantes de musculação há no


mínimo de 1 ano?
Primeiro autor: Sandor Balsamo
Co-autores: Renata Carneiro, Valdinar Júnior
Painel 40

Análise comparativa do equivalente metabólico (METs) do limiar anaeróbio de idosos nas


atividades ocupacionais e de lazer.
Primeiro autor: Sandor Balsamo

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 125


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Co-autores: Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior


Painel 41

Pôsteres
Área Temática: Psico – social

A dança como fator minimizante da depressão na terceira idade.


Primeiro autor: Daiane P. Rodrigues
Co-autores: Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira
Painel 42

Concepção de envelhecimento de universitários de educação física.


Primeiro autor: Andréa Krüger Gonçalves
Co-autores: Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier, Giovanni Sanchotene
Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni
Painel 43

Corporeidade, qualidade de vida e subjetividade no processo de envelhecimento.


Autor: Janine A. Viniski
Painel 44

Crianças e velhos: A imagem do outro num relato de experiência.


Primeiro autor: Paula Guimarães Azevedo
Co-autores: Flávia Gomes Melo, Geni Araújo Costa
Painel 45

Eu no meu corpo ao longo do tempo: O uso das duas peças no banho de praia.
Primeiro autor: Nazaré Marques Mota
Co-autores: Rita Puga Barbosa, Maria Consolação Silva, Alan de Souza Rodrigues
Painel 46

Qualidade de vida e bem-estar subjetivo analisado por idosos praticantes de hidroginástica por
mais de sete anos.
Primeiro autor: Eliane Rosa dos Santos
Co-autores: Lucélia Justino Borges, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa
Painel 47

Relação entre percepção de auto-eficácia física e aptidão física em idosos.


Primeiro autor: Fabiano Marques Câmara
Co-autores: Alessandra Galve Gerez, Maria Luiza Miranda, Maria Regina Brandão, Marilia
Velardi
Painel 48

Pôsteres
Área Temática: Educação

Motivo de adesão à prática de atividade física orientada e a relevância da atividade física


realizada em grupo para os idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 126


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

Primeiro autor: Patrícia Queiroz


Co-autores: Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons
Painel 49

Diálogo intergeracional e educação: Uma prática compartilhada.


Primeiro autor: Marivana Giovelli
Co-autor: Marco Aurélio Acosta
Painel 50

Dança folclórica como meio de inclusão social do Idoso.


Autor: Marize Amorim Lopes
Painel 51

A Adaptação do idoso à prática da musculação.


Primeiro autor: Rosemary Rauchbach
Co-autor: Laiza Danielle de Souza
Painel 52

Metodologia da dança de salão para idosos


Primeiro autor: Marcio de Moura Pereira
Co-autor: Marisete Peralta Safons
Painel 53

Pôsteres
Área Temática: Esporte e Lazer

Perfil antropométrico de idosas do núcleo da terceira idade do CED / FESURV


Primeiro autor: Leidimar A. F. Oliveira
Co-autores: Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski
Painel 54

19h00 às 19h15 - Intervalo

19h15 às 20h15 - Conferência 2: Atividade Física para Idosos numa perspectiva da saúde
Conferencista: Prof. Dr. Eino Heikkinen
Coordenador: Prof. Dr. Paulo Farinatti

20h15 às 22h30 – Exposição fotográfica ―O Idoso em Movimento‖


Local – Hall Dois Candangos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 127


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

14/11/2004 - Domingo

08h30 - 11h:30 – Mini Cursos 1, 2, 3 e 4 - (Local: Faculdade de Educação Física)

11h30 às 14h00 – Almoço

14h00 às 15h30 – Mesa Redonda 2 - Princípios Didático-Pedagógicos Norteadores da


atividade física para Idosos
Moderador: Prof. Dr. Alfredo Gomes de Faria Junior

Profª. Drª. Silene Okuma


Convidados Profª. Drª. Maria Luiza de Jesus Miranda
Prof. Dr. José Francisco Silva Dias

15h30 às 15h45 - Intervalo


15h45 às 17h15 - Mesa Redonda 3 - Programas e Pesquisas na área do Envelhecimento e
Atividade Física: experiências internacionais.

Moderador: Prof. Dr. Martim Bottaro

Profª. Drª. Roberta Rikli


Convidados Profª Drª Jessie Jones
Prof. Dr. Eino Heikkinen

17h15 às 17h30 - Intervalo

17h30 às 18h30 - Conferência 3 - Prognósticos para uma velhice bem-sucedida


Conferencista: Profª. Drª. Jessie Jones
Coordenador: Profª. Drª. Linda Ueno

18h30 às 18h45 – Intervalo

18h45 às 20h00 - Mesa Redonda 4 - Envelhecimento e Saúde Óssea


(Sociedade de Osteoporose de Brasília)
Moderador: Drª. Ana Patrícia de Paula (Presidente da Sociedade de Osteoporose de

Brasília)

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 128


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A Visão da Geriatria – Dr. Einstein F. Camargo


Convidados A Visão da Endocrinologia – Dr. Noemia da Conceição N. R. Barra
A Visão do Nutricionista – Dr. Sandra Regina Petriz de Assis

15/11/2004 – Segunda-feira

08h00 às 09h00 - Apresentação das candidaturas para sediar o VIII Seminário Internacional
sobre atividades físicas para a Terceira Idade.

09h00 às 10h30 – Mesa Redonda 5 - Aspectos Sócio-Antropológicos do Envelhecimento -


Novos Olhares sobre o Envelhecimento.

Moderador: Prof. Dr. José Francisco Silva Dias

Convidados Profª. Drª. Altair Macedo Lahud Loureiro


Profª. Drª. Maria Lais Mousinho Guidi

10h30 às 10h45 - Intervalo

10h45 às 12h00 - Conferência de Encerramento - Disseminação do conhecimento sobre


atividade física e envelhecimento no Brasil: Origem e desenvolvimento.

Conferencista: Prof. Dr. Alfredo Gomes de Faria Junior


Coordenadora: Profª. Drª. Marisete Peralta Safons

12h00 às 12h45 - Cerimônia de Encerramento


Coordenadora: Profª. Drª. Marisete Peralta Safons

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 129


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TEMA LIVRE: EDUCAÇÃO

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 130


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

AFINAL, “QUEM SOU EU?” PERGUNTA A EDUCAÇÃO FÍSICA NO TRABALHO


COM A TERCEIRA IDADE

Marco Aurelio Acosta


UFSM – marco.acosta@bol.com.br

Introdução.As reflexões que seguem, são fruto de 15 anos de trabalho e posteriores reflexões
sobre este mesmo trabalho junto à Terceira Idade, quando o movimento humano foi pensado
por diferentes matizes. Objetivo. Apresentar algumas contribuições para que pensemos
melhor nossas intervenções junto à população da terceira idade, visto que a educação física
historicamente se constituiu em uma área com característica de atividade ―prática‖.
Metodologia. Estas reflexões surgem do trabalho desenvolvido junto ao NIEATI da UFSM,
que já conta com 20 anos de intervenção junto aos idosos da região central do RS. Ocorre que
não construímos um consenso acadêmico mínimo quanto à justificativa científica de nossa
atuação, embora existam convencimentos de ordem emocional e até mesmo da ordem do
desejo (que de fato dê certo nosso trabalho). Devemos tentar definir qual seja nosso objeto na
atuação junto aos idosos, e isso implica um embate entre os pares, relegando para segundo
plano em nossos encontros, as tradicionais preferências por fatos pitorescos como: ―meu
grupo tem x velhos‖, ou então ―eu tenho uma aluna com TAL idade‖, ou ainda ―meu projeto
atende tantos mil velhos‖, o que representa a prevalência da dimensão quantitativa sobre
questões cruciais e a pouca maturidade dos profissionais da área nesta temática. Conclusões.
Acredito que vive a Educação Física um momento muito rico, onde algumas proposições
epistemológicas tem conseguido nos fazer superar a fase do ―ativismo do movimento‖,
enunciando possibilidades mais adequadas às diferentes populações. Portanto, se é verdade
que o ―fazer‖ sem discussões nos levou a este quadro confuso, também é verdade que nos
permitiu ficarmos mais velhos, e aí talvez, resida o caminho para qualificar nossas
intervenções.

Palavras-chave: educação física, gerontologia, envelhecimento

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 131


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

EDUCAÇÃO FÍSICA GERONTOLÓGICA: REVOLUÇÃO A CURTO PRAZO NA


EDUCAÇÃO FÍSICA ATUAL

Rita Puga Barbosa, Alan de Souza Rodrigues


UFAM-FEF - ritapuga@bol.com.br

Introdução: trabalhar em educação muitas vezes é, além de transformar seres humanos a


partir de processos educacionais, transformar-se a si mesmo dinamicamente. A Educação
Física nos aponta diversas vias a seguir, é claro que todas têm as suas limitações. Propor
adaptação Gerontológica à Educação Física foi a vertente que optamos. Objetivos do
programa: educar para o envelhecimento; oportunizar o contato com a universidade na
condição de universitário e; com a prática motora facilitar a nova identidade. Metodologia:
disciplinas de extensão universitária escolhidas em matrícula individual, de 60 horas anuais
cada, registrados em diários de freqüências e notas, mínimas exigidos 75% de freqüência e 5
pontos para aprovação em: Gerontocoreografia, Gerontotenis, Gerontovoleibol, Natação,
Hidromotricidade, Técnicas de Autopercepção, Musculação, Caminhada, Gerontoatletismo,
Dança de Salão, Karatê Dô Adaptado. Há também propostas como: Festival Folclórico e Feira
de Motricidade a Arte Popular, Esportes Gerontológicos e turísticas em excursões (Puga
Barbosa, 2003). Resultados: constamos o engajamento e a aderência de 2 a 10 anos na meia
idade 44,9% e idosos 74,6%, de participantes antes sedentários. Conclusão: isto nos faz
acreditar na Educação Física Gerontológica como uma revolução da adesão de sedentários em
fase de envelhecimento, o que é mais curioso é que convencemos com uma metodologia
adaptada para senhores e senhoras a aderir a Educação Física como parte sistemática de sua
vida, na qualidade de universitários e favorecendo sua nova identidade etária. Este fenômeno
se espalha cada vez mais pelo Brasil e precisa ser registrado e divulgado por nós que
estimulamos profissionalmente esta situação.

Palavras-chave: educação física, educação física gerontológica, gerontologia

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 132


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

EFEITO DA INSTRUÇÃO NA AQUISIÇÃO DE UMA HABILIDADE MOTORA EM


IDOSOS

Paula GEHRING, Maria Fernanda de OLIVEIRA, Maria Cecília Oliveira da FONSECA,


Jorge Alberto de OLIVEIRA, Suely SANTOS
Laboratório de Comportamento Motor/ EEFE-USP
paulagehring@uol.com.br

Introdução: A literatura tem evidenciado que com o envelhecimento as pessoas preferem a


precisão à velocidade na realização de tarefas motoras. Objetivo: Examinar os efeitos da
instrução na aquisição de uma habilidade de coordenação motora bimanual em idosos.
Materiais e Métodos: Sessenta participantes foram divididos em três grupos experimentais,
velocidade (G1); precisão (G2) e precisão mais velocidade (G3). O equipamento utilizado foi
o Bimanual Coordination Test Apparatus of Takey & Company, e a tarefa consistia em
percorrer um trajeto numa área delimitada em forma de ―V‖ invertido na fase de aquisição e
―V‖ na fase de transferência. Ao grupo de velocidade foi dada a instrução para que executasse
a tarefa o mais rápido possível; ao grupo de precisão, executar o trajeto o mais preciso
possível e; ao grupo precisão mais velocidade, foi a combinação das instruções anteriores. Os
dados foram agrupados em quatro blocos de cinco tentativas na fase de aquisição (de B1 a
B4) e mais um bloco na fase de transferência (BT). Resultados: A Anova não detectou
diferenças significantes entre os grupos na medida de erro, isto é, as instruções não afetaram a
performance. Com respeito ao tempo total para completar a tarefa, a análise não paramétrica
detectou que o G2 que demandava precisão, foi o que mais demorou em realiza-la, quando
comparado aos demais. Conclusão: Nesse sentido, concluímos que a performance dos idosos
foi afetada pela instrução, desde que essa esteja de acordo com um comportamento cauteloso,
pois demonstram monitorar seus movimentos evitando erros como o melhor que conseguem
realizar.

Palavras-chave: instrução verbal, aprendizagem motora, envelhecimento.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 133


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15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PERFIL DO ESTILO DE VIDA DE IDOSO ATIVOS NO CED DE RIO VERDE

Janine A. Viniski; Everton S. Borges; Daiane P. Rodrigues


UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
janine@fesurv.br

Introdução: Estilo de vida nos idosos deve ser considerado de forma subjetiva, porém
associada à qualidade de vida. Objetivo: Analisar o perfil do estilo de vida deste grupo,
devido ser necessário conhecer as mudanças ocorridas nesta fase da vida, para melhor
compreensão e elaboração dos trabalhos desenvolvidos. Metodologia: O estudo é baseado em
uma entrevista de campo, através de dois questionários, um (1 o) elaborado pelo pesquisador
abrangendo as atividades pregressas, e o outro (2o) sobre estilo de vida de indivíduo ou
grupo, validado por NAHAS (2000), conhecido como ―O Pentáculo de Bem Estar‖. Os
entrevistados foram 70 idosos de 60 a 80 anos, que participam do programa de atividades
físicas do Núcleo da Terceira Idade do CED – Centro de Excelência Desportiva da
Universidade de Rio Verde – Goiás. Resultados: O primeiro questionário relata que a maioria
é composta de mulheres, casadas, moravam com seus companheiros, tinham até seis filhos,
grau de instrução até a 4ª série do ensino primário. A principal profissão verificada era dona
de casa, os demais trabalhavam cerca de 8 à 9hs por dia e a maior parte não tinha lazer pois
não sobrava tempo, apesar que, nos horários de folga, distribuíssem o tempo descansando,
dormindo, vendo televisão, ouvindo música ou mesmo ficando sem realizar qualquer
atividade. Tinham bom relacionamento com família, parentes e amigos; Já o segundo
levantamento de dados aponta que a grande parte se alimenta, consideravelmente bem, tendo
de 4 a 5 porções ao dia incluindo frutas, verduras e evitando alimentos gordurosos. Metade
dos entrevistados divide as despesas em casa e tem no trabalho a principal fonte de renda;
realizam pelo menos 30 minutos de atividades físicas por dia, duas vezes na semana
Conclusão: Verificou-se que a maioria preocupa-se em prevenir-se ante a pressão arterial e
colesterol evitando cigarros e controlando o consumo de bebidas alcoólicas, além de praticar
atividades físicas, curtir horas de lazer e respeitar sinais de trânsitos ou seja, cuidam da saúde
física, mental e emocional.

Palavras-chave: estilo de vida, idosos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 134


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15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PROCESSO DE ENSINO DA ATITUDE CRÍTICA SOBRE ATIVIDADE FÍSICA


PARA IDOSOS

Tiemi Okimura, Silene Sumire Okuma


Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo
tiemi@usp.br

Introdução e objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar o processo de ensino e


aprendizagem para a formação da atitude crítica em relação à atividade física dos idosos do
Programa Autonomia para Atividade Física. Material e métodos: Participaram do estudo 18
sujeitos, com idade média de 65 anos. As aulas analisadas foram ministradas por professores
convidados para que os alunos experimentassem atividades diversificadas (atividade rítmica,
ioga, dança circular, tai chi chuan, dança de salão, aerobox e uma aula para idosos orientada
através de vídeo), de modo a desenvolverem atitude crítica em relação às práticas físicas que
o mercado oferece. Ao final de cada aula, os alunos respondiam a uma tarefa para que
refletissem sobre a atividade realizada. Resultados: A análise das respostas das tarefas
apontou que eles refletiram sobre suas necessidades considerando as preferências pessoais ou
percepções subjetivas e reconheciam movimentos impróprios ou outras inadequações
presentes na aula. Observou-se, também, alunos que demonstraram dificuldades no
procedimento da escrita. Conclusão: Os resultados da pesquisa indicam a presença de atitude
crítica em alguns alunos, porém verifica-se a necessidade da criação de estratégias que
favoreçam o processo de ensino e avaliação da aprendizagem para a população idosa que é tão
heterogênea em termos de escolarização e experiências de vida.

Palavras-chave: autonomia para atividade física; idosos; educação permanente.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 135


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PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA E


ENVELHECIMENTO NO BRASIL: ALGUMAS REFLEXÕES

Rafael Botelho
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
rafaelgbotelho@ig.com.br
―Bolsista do CNPq – Brasil‖

Introdução: pesquisa que retrata a produção do conhecimento sobre atividade física e


envelhcimento, no Brasil. Objetivo: proporcionar algumas reflexões sobre a produção do
conhecimento sobre atividade física e envelhecimento no Brasil. Materiais e métodos: ela se
baseia nos resultados de uma pesquisa intitulada Atividade física e envelhecimento II -
produção, disseminação do conhecimento e formação de recursos humanos‖ que integra o
Atlas do Esporte, Educação Física, Atividade Física e Lazer no Brasil (FARIA JUNIOR,
BOTELHO, In: COSTA, 2004). Utilizaram-se como fontes relatórios de pesquisas
apresentados sob forma de teses, dissertações, monografias, memórias e trabalhos de
conclusão de cursos – TCC – licenciatura, bacharelato e graduação (idem), sendo ainda
empregada a técnica de mapping. Resultados: No campo da produção do conhecimento, os
primeiros trabalhos de pesquisa foram desenvolvidos na pós-graduação em educação, como é
o caso da pesquisa voltada para as questões do auto-conceito dos praticantes de atividades
físicas (STERGLICH, 1978). Entretanto, na década de oitenta a produção ainda era incipiente
só alcançando maior expressão na década de noventa, com o crescimento do número de
memórias de licenciatura, especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Conclusões: a produção do conhecimento sobre envelhecimento e atividade física quando
comparada com outras subáreas dentro da educação física ainda não pode ser considerada
expressiva. Um outro ponto a ser destacado é a inclusão de adultos como sujeitos de pesquisa
em dissertações que versam sobre idosos tornando duvidosas as conclusões alcançadas.

Palavras-chave: produção do conhecimento; atividade física; envelhecimento.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 136


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TEMA LIVRE: ESPORTE E LAZER

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 137


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15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CINCO MOTIVOS BÁSICOS PARA PERMANÊNCIA DE GERONTES


PRATICANDO GERONTOVOLEIBOL DURANTE 10 ANOS

Josué Lima Néri, Rita Puga, Alan de Souza Rodrigues


FEF/UFAM - josueneri@yahoo.com.br

Introdução: a disciplina adaptada Gerontovoleibol tornou-se uma modalidade esportiva,


desde os I Jogos Olímpicos de Idosos (JOIA) em 1996. Observou-se que a permanência dos
sujeitos na atividade é de 3 a 10 anos. Objetivo: destacar os motivos básicos que influenciam
no fenômeno. Material e Métodos: esta pesquisa foi desenvolvida no Programa Idoso Feliz
Participa Sempre – Universidade na 3ª Idade Adulta (PIFPS – U3IA), em duas sessões
semanais de 50 minutos, média 5 e frequência 75%, é neste contexto que o ministrante faz
seus levantamentos catalogados no diário de classe e instrumentos de avaliação individual e
grupal. Resultados: o primeiro motivo é a identidade com o gerontovoleibol, mesmo para
aqueles que não tiveram experiência anterior com o voleibol, mas acalentavam o desejo de
praticá-lo, nestes é visível um sucesso satisfatório no aprendizado. O segundo motivo é o
perfil de pessoas com facilidade de relacionar-se favorecendo o desenvolvimento de amizades
que influenciam na permanência, confirmando que o senso coletivo promove a socialização
de gerontes. O terceiro motivo é a figura do professor, no aprendizado, na relação de respeito
mútuo, criando um vinculo positivo. Sendo o motivador, favorece a assimilação e
acomodação da aprendizagem e as relações sociais. A obtenção da melhoria da condição
física é o quarto motivo, que os tornam mais ativos. O quinto motivo é o sucesso ao
perceberem que ainda neste período da vida são capazes de ganhar uma medalha isso desperta
uma motivação sem precedentes, a ponto de afirmarem não possuir o desejo de parar.
Conclusão: Verificou-se que os motivos básicos para a permanência de idosos no
Gerontovoleibol são: a identidade com o mesmo, amizades/socialização, figura do professor,
melhoria da condição física e sucesso/ganhar uma medalha. Provando que não há limites
quando há motivos para viver valorizando sua condição e aceitando-se como um ser capaz de
realizar tudo aquilo que lhe é proposto.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia e gerontovoleibol.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 138


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TEMA LIVRE: PSICOSSOCIAL

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 139


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A INFLUÊNCIA DO APRENDIZADO NA IMAGEM CORPORAL DE IDOSOS


ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA

Federici, Ericka; Nascimento Letícia; Okuma, Silene Sumire; Lefèvre, Fernando


Universidade de São Paulo – erickaf@terra.com.br

Introdução: A velhice é representada socialmente de forma estereotipada, estigmatizada e


preconceituosa, interferindo naquilo que o idoso acredita ser ou não capaz de realizar, o que
se reflete na sua auto-imagem. A imagem corporal é a representação mental do nosso corpo,
que decorre das percepções que temos de nós mesmos e do mundo à nossa volta. Os valores
que o indivíduo atribui a si mesmo (auto-estima) e o que ele acredita que pode realizar (auto-
eficácia), estão intimamente relacionados à percepção que ele tem de seu corpo e interferem
na imagem corporal. A atividade física modifica os aspectos funcionais, físicos e
psicológicos. Objetivo: apreender a representação social da imagem corporal de idosos
participantes do Programa de Autonomia para Atividade Física (PAAF) sob a perspectiva do
aprendizado. Instrumento: uma entrevista aberta semi-estruturada e desenhos do próprio corpo
feitos pelos sujeitos antes do início, no quarto mês e final do PAAF. Amostra: 17 sujeitos,
com idade média de 65,1 anos, ambos os sexos. Método: para análise da entrevista aplicamos
a Metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados: indicam que através dos
exercícios e aulas teóricas os idosos ampliaram o conhecimento de si mesmos. Conclusão: a
participação no PAAF interferiu positivamente na imagem corporal dos idosos, modificando a
percepção sobre seu envelhecimento.

Palavras-chave: idosos, atividade física, imagem corporal

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 140


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

APOSENTADORIA DO JOGADOR PROFISSIONAL DE FUTEBOL

Regina Celi Lema Santos


Universidade Salgado de Oliveira - Universo
lemasantos@hotmail.com

Introdução: A imprensa tem freqüentemente noticiado o fim triste que muitos dos grandes
craques tiveram, mas pouco tem abordado sobre os outros jogadores que nunca tiveram
grande expressão e que envelheceram.Objetivo: apresentar um quadro da aposentadoria do
jogador profissional de futebol no Brasil, seus problemas, lutas e reivindicações.
Metodologia: Arthur Antunes Coimbra (Zico), ex-jogador e ex-Ministro dos Esportes
respondeu a um questionário e presidentes de associações, federações e sindicatos de
jogadores de futebol foram entrevistados. Resultados: Foram interpretados à luz do
referencial teórico da educação gerontológica e da teoria da sub-cultura. Os resultados
mostraram que: (a) o ex-jogador de futebol geralmente apresenta dificuldades de ajustamento
e adaptação após a aposentadoria; (b) que não existe, tanto nos setores governamentais quanto
em setores da sociedade civil, preocupação com aposentadoria do jogador de futebol; (c) os
jogadores e os ex-jogadores profissionais de futebol não vêm participando do processo de luta
pela aposentadoria da categoria e (d) não demonstram consciência da importância de sua
participação nessa luta. A legislação previdenciária brasileira não faz nenhuma menção à
aposentadoria do jogador profissional de futebol que fica desamparado após o encerramento
da carreira, o que em geral ocorre em torno dos 35 anos de idade. Conclusão: A sub-cultura
do futebol não prepara o jogador para uma segunda carreira fora do futebol e, sem apoio do
sistema previdenciário muitos craques do passado passam dificuldades e morrem pobres e no
ostracismo.

Palavras-chave: educação gerontológica, sub-cultura, adaptação

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 141


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

DINAMISMO SOCIAL NO ENVELHECIMENTO

Rita Puga Barbosa - UFAM-FEF, Nazaré Marques Mota - SEDUC-SEMED, Dione Carvalho
Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF
ritapuga@bol.com.br

Introdução: a Psicologia Social, busca romper com comportamentos que contribui apenas
para a manipulação e massificação da sociedade tanto individual quanto social. Objetivo:
efetuar o estudo sobre o dinamismo social no envelhecimento, a partir da Psicologia Social.
Material e Métodos: este estudo reuniu 6 grupos de gerontes na meia idade e idosos, 20
representantes entre professores e idosos, total de 120 pessoas, onde apresentaram 4 mesas
com os seguintes temas: Conflitos familiares no envelhecimento na visão do idoso; causas e
efeitos das posições religiosas no envelhecimento e; causas e efeitos da educação que
tivemos. A última mesa constou de uma síntese do que retratava os grupos, com a perspectiva
onde estamos e para onde vamos. Resultados: os resultados demonstram que a percepção dos
participantes está aumentada, assim como o grau de consciência das questões que deveriam
enfrentar, embora desorganizada pelo conflito de gerações. A comunicação é boa, mas
resumida por causa da educação formal opressiva. As atitudes são boas e começam a escolher
o melhor para eles. Sabem trabalhar em grupo, se unem para melhorar o comportamento.
Recíproca mudança de atitude de forma lúdica, mostra crescimento proporcionado pelo grupo.
O processo de socialização com maturidade, ajuda o de sensibilização. Há tolerância com a
crença de cada um. Os grupos apontam lideranças já definidas por áreas de identificação. Os
papeis sociais têm perspectivas comuns de comportamento. Conclusão: em suma querem que
o idoso seja respeitado, em qualquer acepção; Fortificam-se no grupo, sozinhos se percebem
frágeis, buscam usar ao máximo a oportunidade de participar. Este é um quadro do
dinamismo social no envelhecimento em grupos de Educação Física Gerontológica pintado
em Manaus.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia social, psicologia social.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 142


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE ESTADOS


AFETIVOS E CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA DE IDOSOS

NASCIMENTO, Letícia, FEDERICI *, Ericka, OKUMA, Silene


*
Bolsista FAPESP – LAPEM – Escola de Educação Física e Esporte da USP
leticisn@usp.br

Introdução: A velhice é comumente olhada como uma época da vida em que há a


prevalência das perdas e limitações, em detrimento da otimização dos ganhos e
potencialidades. Além disso, atribui-se ao idoso características sócio-afetivas e cognitivas
essencialmente negativas. Desta forma, com o intuito de desmistificar este olhar é que se
propõe este estudo. Objetivo: Investigar os efeitos de um programa de educação física sobre
o afeto positivo, afeto negativo, fadiga e nas crenças de auto-eficácia física de idosos.
Método: Participaram deste estudo 26 sujeitos (x=64,28±4,08 anos), submetidos ao
―Programa Autonomia para a Atividade Física‖ (PAAF 2002). Procedeu-se à coleta de dados
no início, após 6 e 12 meses da intervenção (avaliação 1, 2 e 3, respectivamente) através de
escalas tipo Likert (1) Escala para Experiências Subjetivas ao Exercício – SEES (McAuley e
Courneya, 1994) que avaliou os estados subjetivos e, (2) Escala de Auto-Eficácia Física -
EAEF (Rickman et al., 1982) que avaliou a capacidade física percebida (CFP), a confiança na
auto-apresentação física (CAAF) e a auto-eficácia física (AEF). Os dados foram analisados
através da estatística descritiva e inferencial, testes de Friedman e Wilcoxon para os dados de
SEES e, os testes de Anova e post hoc de Tukey para os dados de EAEF. Resultados:
Constataram-se diferenças significativas para: a) fadiga (x2 [N=26, 2]= 13,76; p= 0,001) entre
as avaliações 1-2 e 2-3; b) CFP (F [2,46]= 10,65; p= 0,0001) entre as avaliações 1-2 e 1-3; c)
AEF (F [2,50]= 7,18; p= 0,001) entre a avaliação 1-2. Conclusão: Pode-se inferir que o
PAAF 2002 afetou significativamente o estado subjetivo de fadiga e as cognições de CFP e
AEF, ao longo do tempo, porém, para esta última o efeito ficou restrito aos seis meses do
programa.

Palavras-chave: estados subjetivos, crenças de auto-eficácia física, idosos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 143


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E ATIVIDADES FÍSICAS: O FENÔMENO DA


ADESÃO-EVASÃO-REINSERÇÃO

Luís Carlos Lira


Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, luiscarloslira@ig.com.br

Introdução: A literatura indica que este tema vem sendo discutido no quadro teórico da
motivação que estuda o processo de adesão-evasão-reinserção em programas de atividades
físicas (A.F.). Os estudos relacionados à motivação de idosos em relação às A.F. são
geralmente estudados nos projetos freqüentados por idosos não institucionalizados. Objetivo:
analisar a evasão de idosos do projeto de A.F. no asilo situado em Montes Claros – MG.
Metodologia: observação sistemática de 112 idosos, idade entre 55 a 87 anos. Resultados: A
maior parte dos idosos não recebe visita de familiares. As doenças mais comuns são:
hipertensão, diabetes, Parkinson, esquizofrenia. As A.F. foram oferecidas para os idosos
fisicamente autônomos no Campus de uma faculdade. Iniciou-se com 23 idosos (18 mulheres
e 05 homens). Percebeu-se, que nos dois primeiros meses do segundo semestre de 2003, a
evasão de 07 idosos (05 mulheres e 02 homens) e os que continuavam a freqüentar não
mantinham uma regularidade. Neste período ocorreu a troca de coordenação do projeto e
término da parceria com a empresa de ônibus, com isso, as atividades passaram a ser
realizadas no asilo. Após a resolução destes fatos houve um retorno dos idosos evadidos e a
regularidade na freqüência. Conclusão: Tais fatos nos levam a concluir, preliminarmente que
um dos motivos para adesão de idosos em situação asilar em programas de A.F. (quando
oferecidas fora do ambiente), é a oportunidade de estarem em contato com outros locais e
pessoas diferentes de seu cotidiano.

Palavras-chave: atividade física, motivação, idoso institucionalizado

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 144


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

MOTIVOS DE ADESÃO AO PROJETO SÊNIOR PARA A VIDA ATIVA

Marilia Velardi, Maria Luiza Miranda


Universidade São Judas Tadeu
prof.mvelardi@usjt.br

Introdução: Embora a necessidade de prática de atividades físicas seja consenso entre


profissionais da área da saúde, a prevalência da inatividade física nos momentos de lazer é,
ainda, muito grande na população idosa. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar os
motivos de adesão de idosos inscritos no programa de educação física do Projeto Sênior para
a Vida Ativa. Metodologia: Foram analisadas 29 mulheres, com idades entre 60 e 84 anos
(x= 67,5; sd=5,9). Para a obtenção das informações foi utilizado um roteiro de entrevista
estruturada baseado no Self Talk Model de Weinstein (citado por O‘Brien Cousins, 1998). Os
sujeitos foram entrevistados individualmente, antes do início do Projeto e as respostas obtidas
foram analisadas segundo os procedimentos da análise do Discurso do Sujeito Coletivo
(Lefrévre, 2000). Resultados: Pela análise das respostas foram encontradas quatro categorias
relativas aos determinantes de adesão: categoria (1) influências sociais que deram suporte à
adesão; categoria (2) aspectos relacionados à saúde; categoria (3) gosto pela prática; e
categoria (4) aspectos psicológicos. Em todas essas categorias pode-se observar que o
conhecimento sobre os benefícios da prática de atividades físicas, a indicação de pessoas que
já haviam participado e a experiência pessoal pregressa favorável com a prática de atividades
físicas, determinaram a adesão ao Programa. Conclusões: Pode-se, assim, concluir que para
estimular a adesão de idosos, é de fundamental importância a criação de espaços educacionais
que, mais do que informar sobre os benefícios da prática de exercícios, permitam
aprendizagens conceituais e a descoberta do prazer pela prática, bem como a comunicação
dessas vivências a outras pessoas.

Palavras-chave: idosos; adesão; programa de educação física.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 145


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PERFIL DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS QUANTO AO ESTADO


DEPRESSIVO

Santos, Jessiane Alves; Leite, Glênio Fernandes; Martins, Maria


Angelica; Carrijo, Poliana de Lourdes; Costa, Geni de Araujo
Universidade Federal de Uberlândia
jessianesantos@yahoo.com.br

Introdução: O processo de envelhecimento vem provocando um aumento no número de


idosos que procuram atendimento médico por problemas de saúde. Uma doença, de alta
incidência e de grande impacto psicossocial é a depressão. Essa realidade é freqüente nos
idosos institucionalizados. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o nível de
depressão dos residentes destas Instituições. Metodologia: Para tanto foi utilizado o
inventário de Beck BDI (Beck et al.,1979), para pacientes não diagnosticados por meio de
avaliação clinica. É importante ressaltar que o inventário não é um diagnóstico por si só, mas
consegue medir o nível de estados depressivos. Foram analisados dois abrigos de Uberlândia.
O inventário foi aplicado em 10 idosos com lucidez e capacidade de comunicação.
Resultados: Foram constatados que 40% dos idosos entrevistados não apresentaram
depressão, 10% apresentaram disforia, ou seja, perturbação provocada pela ansiedade e 50%
passam por um estado depressivo ou possuem depressão de leve a moderada. Conclusão:
Concluiu-se que cerca de 60% dos idosos possuem perturbações emocionais causadas pela
depressão e tem como justificativa o isolamento social e o abandono familiar, de acordo com
depoimentos. Naqueles que não apresentaram índice de depressão, observamos que poderia
ser pela crença e/ou sentimento de dever cumprido. Sabendo que a depressão é uma patologia
grave torna-se preciso tentar remediar essa situação, através de atividades que proporcionem
ao idoso um estado de bem-estar social e emocional, como atividades físicas e recreativas.

Palavras-chave: depressão, idosos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 146


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RELAÇÃO ENTRE O ESTRESSE E A ATIVIDADE DE HIDROGINÁSTICA PARA


TERCEIRA IDADE

Patrícia Vieira do Nascimento, Lucélia Justino Borges,


Eliane Rosa dos Santos, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
patteduca2@yahoo.com.br

Introdução: O envelhecimento é um processo biológico normal, gradual, universal e


irreversível. Vários são os fatores que contribuem para a quantidade e a qualidade de anos que
se vive (Nahas,2001). O estresse se apresenta como uma resposta ao desequilíbrio do
organismo, o qual procura adaptar-se continuamente. Os agentes estressantes podem ser
físicos ou psicossociais e apresentam efeitos diretos nos sistemas psicológico e físico.
Objetivos: O objetivo deste trabalho foi verificar os possíveis benefícios da atividade física
regular na prevenção e controle dos efeitos do estresse na terceira idade. Metodologia: Para
alcançar tal objetivo aplicou-se o Questionário de Estresse (Saúde em Movimento). A amostra
foi constituída por 42 idosas com média de idade de 65,40 anos, divididas em dois grupos:
GI-iniciantes e GII - praticantes da atividade de hidroginástica por um período de um a dois
anos. A média de idade do GI =68,5 anos e do GII =66 anos. Os resultados foram analisados
de acordo com os seguintes escores: menos de 4 pontos, sem estresse; de 4 a 20 pontos,
estresse moderado; de 20 a 40 pontos, estresse intenso; acima de 40 pontos, estresse muito
intenso. Resultados: O GI apresentou uma média de 10,2 pontos e o GII 9,09 pontos. Diante
da análise das diferenças entre as médias (teste t de student), não foi constatada diferença
significativa entre os grupos. Conclusão: Conclui-se com este estudo que não há diferença
significativa entre as idosas iniciantes em atividade física e as já praticantes.

Palavras-chave: idosos, estresse, hidroginástica

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 147


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TEMA LIVRE: SAÚDE

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 148


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ANÁLISE DO SENTIDO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA, DO NÍVEL DE


SATISFAÇÃO DE VIDA E DO PERFIL SÓCIO-DEMOGRÁFICO DE IDOSOS

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; NASCIMENTO,


Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos
Universidade Federal de Uberlândia – luceliajb@yahoo.com.br

Introdução: Envelhecimento refere-se ao processo biológico natural, gradual, universal e


irreversível, que provoca uma perda funcional progressiva no organismo. Objetivos: O
objetivo foi identificar o perfil sócio-demográfico, o nível de satisfação de vida, bem como o
sentido de auto-eficácia, baseando-se nas capacidades e auto-apresentação, de idosos
praticantes de atividade física no Projeto AFRID. Metodologia: A pesquisa foi realizada com
97 pessoas (84 mulheres e 13 homens), com idade entre 60 e 89 anos. Os instrumentos
utilizados foram três questionários: sócio-demográfico, nível de satisfação de vida (Neri,
1998) e escala de auto-eficácia (Ryckman,1982). Resultados: Os resultados obtidos revelam
o perfil como: casados; possuem apenas o ensino básico; não trabalham; não são aposentados,
nem pensionistas; moram com cônjuge e filhos; não possuem doença crônica; hidroginástica é
a atividade mais praticada; praticam mais de 30 minutos por dia e mais de 3 vezes por
semana, há mais de 5 anos. Quanto ao sentido de auto-eficácia, verificou-se que os idosos, se
auto-apresentam bem fisicamente e têm confiança nas suas habilidades físicas. Quanto à
satisfação de vida, estão muito satisfeitos em relação a aspectos como saúde, capacidade
mental e física, envolvimento social. Conclusões: Diante disso, a prática de atividades físicas
melhora o envolvimento social, aumenta a auto-estima, a auto-apresentação, a satisfação e a
auto-eficácia física.

Palavras-chave: auto-eficácia, satisfação de vida, atividade física

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 149


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ANÁLISE DA FORÇA MUSCULAR DOS MEMBROS SUPERIORES, EM IDOSAS


PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA DO PROJETO AFRID

BORGES, Lucélia Justino; COSTA, Geni de Araújo; SOUZA, Luiz Humberto


Rodrigues de; NASCIMENTO, Patrícia Vieira do; SANTOS, Eliane Rosa dos
Universidade Federal de Uberlândia – luceliajb@yahoo.com.br

Introdução: Força muscular é a capacidade derivada da contração muscular, que nos permite
mover o corpo, levantar objetos, puxar e empurrar, resistir a pressões ou sustentar cargas.
Objetivos: O presente estudo tem por objetivo analisar a influência da prática de
hidroginástica, na aquisição de força de membros superiores, utilizando-se como referência
um pré-teste, com média e desvio padrão, realizado há 8 meses. Metodologia: O instrumento
utilizado foi o teste de flexão de cotovelo protocolado por Rikli & Jones (1999). A pesquisa
foi realizada com 85 idosas, com idade entre 60 a 79 anos. A amostragem do pré-teste foi
dividida em 4 grupos, de acordo com a idade cronológica: 60- 64 anos (19,12; 3,98); 65-69
anos (20,68; 2,84); 70-74 anos (18,06; 3,74) e 75-79 anos (17,45; 4,27). Verificou-se na
análise dos dados do pós-teste: 60- 64 anos (22,54; 3,93); 65-69 anos (23,14; 3,82); 70-74
anos (21,55; 3,26) e 75-79 anos (20,45; 3,49). Resultados: Diante dos dados obtidos o teste t
Student para variáveis dependentes, mostrou que os 3 primeiros grupos apresentaram
significância para p<0,05 e somente o grupo de 75-79 anos, não apresentou significância
estatística. Porém pôde ser observado aumento da média e diminuição do desvio padrão neste
grupo. Conclusão: Conclui-se que as atividades de hidroginástica têm influência na aquisição
de força dos membros superiores, tendo em vista a comparação dos dados do pré-teste.

Palavras-chave: força de membros superiores, hidroginástica.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 150


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

AUTONOMIA FUNCIONAL, ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM


IDOSAS

Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo


Rech (bolsista CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski
Nucidh/CDS/UFSC
nucidh@ufsc.br

Introdução: O sedentarismo é uma epidemia mundial que resulta na perda da autonomia


funcional, afetando a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Assim, o propósito
deste estudo foi examinar a relação entre atividade física e qualidade de vida em idosas com
idade superior a 60 anos, residentes em instituições asilares ou que viviam de modo
independente participantes de um programa de atividade física orientada. Metodologia:
Participaram do estudo 44 idosas, sendo 21 residentes em asilos (80,37,1 anos) e 23 que
viviam de modo independente (684,8 anos). Aplicou-se uma entrevista referente à
autonomia funcional (Índice de Katz), nível de atividade física (Escala de Atividade Física) e
de qualidade de vida (Whoqol-Bref). Resultados: Entre as idosas institucionalizadas 76,5%
apresentaram algum tipo de limitação e 29,6% não apresentam limitação. Entre as idosas
independentes ocorreu o inverso, 70,4% não apresentaram nenhum tipo de limitação funcional
e 23,5% com algum tipo de limitação. Os resultados indicaram que idosas que viviam de
modo independente tiveram maiores níveis de atividade física (p0,01) quando comparadas
com as institucionalizadas. Os escores referentes à qualidade de vida geral e nos domínios
físico e psicológico apresentaram-se mais elevados e diferentes significativamente (p0,01)
entre os grupos analisados. A análise correlacional entre o dispêndio energético e o tempo de
atividade física total foi significativa com os domínios: físico (r=0,48; r=0,54) e psicológico
(r=0,55; r=0,53). Conclusões: Conclui-se que há uma relação entre os níveis de atividade
física e os indicadores de qualidade de vida, demonstrando que idosas institucionalizadas
apresentam menor autonomia funcional e atividade física quando comparadas com idosas que
vivem de modo independente.

Palavras-chave: atividade física, qualidade de vida e idosas.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 151


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

AVALIAÇÃO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES DE


ATIVIDADE FÍSICA REGULAR

Mihessen MC; Calegaro CQ; Arantes JT; Werkhauser LG


Recor – Reabilitação e Condicionamento Físico
marcelamihessen@yahoo.com.br

Introdução: A perda de massa muscular parece ser a principal razão da diminuição de força
nos idosos. Em média há uma perda de 30% de força muscular entre 20 e 70 anos de idade
(NIEMAN, 1999). Objetivo: Verificar se há aumento significante na força e resistência
muscular de idosos que já praticam atividade física regular. Material e métodos: Foram
avaliados 48 idosos praticantes de atividade física regular (3x/semana durante 1 hora), sendo
15 do sexo feminino (71,6 ±7,4 anos) e 33 do sexo masculino (66,5±5,5 anos). Foram
realizados os testes de sentar e levantar da cadeira e teste de flexão de cotovelo (RIKLI &
JONES, 1999) com intervalo de seis meses entre eles (T1 e T2). Neste intervalo os idosos
continuaram a praticar regularmente suas atividades sendo 40% de exercícios aeróbios e 60%
de exercícios resistidos. Resultados: Os resultados mostraram aumento estatisticamente
significativo do número de repetições realizados nos testes, quando comparados o T1 com o
T2 de ambos os grupos (usou-se Teste t de Student.). O resultados, para o sexo feminino
foram: T1: 14,2±2,1, e T2: 15,5±3,1 repetições para membros inferiores (p<0,003); T1: 18,8 ±
3,8 e T2: 20,7 ±5,1 repetições para membros superiores (p<0,03). E para o sexo masculino:
T1: 15,6±2,1, e T2:16,8±2,6 repetições para membros inferiores (p<0,001); e, T1: 20,0±5,4,
T2 23,0±4,8 repetições para membros superiores (p<0,0004). Conclusão: o estudo verificou
que a atividade física regular promoveu aumento na força muscular nos idosos analisados.

Palavras-chave: força muscular, idoso, atividade física.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 152


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CLASSIFICAÇÃO DO NÍVEL FUNCIONAL EM IDOSAS PRATICANTES DE


HIDROGINÁSTICA

Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Fernando


Roberto Nunes Tiburcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
mafsilva05@yahoo.com.br

Introdução: Na terceira idade os exercícios podem contribuir para compensar determinada


deficiência, satisfazer as necessidades fisiológicas básicas, aumentar a capacidade funcional
ou simplesmente para proporcionar prazer. Objetivos: A finalidade deste estudo é verificar a
capacidade funcional dos idosos, incluindo as AVDs e AIVDs, em idosos praticantes de
hidroginástica. Metodologia: Para a realização desta pesquisa foram avaliadas 38 idosas, com
idade entre 50 e 79 anos, praticantes de hidroginástica. Foram utilizadas duas escalas de Auto-
avaliação da capacidade funcional, uma proposta por SPIRDUSO (1995) com 18 tipos
diferentes de AVDs e AIVDs, e outra proposta por RIKLI e JONES (1999) com 12 tipos de
atividades. Para a realização da avaliação foram utilizados os materiais e procedimentos
protocolados por Matsudo, 2004. Resultados: Foi comprovado que, de acordo com
questionário descrito por SPIRDUSO (1995) a média geral da capacidade funcional dos
idosos de 50-59 anos foi de 90,27%, de 60-69anos foi 84,78% e de 70-79 anos foi 91,26%. A
escala proposta por RIKLI e JONES (1999) mostrou que dos indivíduos de 50-59, 60-69 e 70-
79 anos, respectivamente, 25%, 17,39%, 14,28% alcançaram a classificação avançada,
enquanto 50%, 65,21%, 57,14% e 25%, 65,21%, 28,57%, enquadraram-se nas duas próximas
classificações. Conclusão: A partir desta pesquisa, pode-se dizer que os exercícios realizados
vêm contribuindo para a benfeitoria das atividades diárias dos idosos praticantes de
hidroginástica.

Palavras-chave: capacidade funcional, AVDs, idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 153


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA EM


INDIVÍDUOS INSTITUCIONALIZADOS.

Ana Tereza Coelho 1, Regina Soares 1 e Rosangela Villa Marin 1,2


1 Universidade do Grande ABC - UNIABC
2 Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul- CELAFISCS –
rose@celafiscs.com.br

Introdução: sabe-se que o trabalho multidisciplinar pode ser considerado uma maneira
facilitadora para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Objetivo: comparar
as variáveis de força muscular e atividade de vida diária de indivíduos institucionalizados
cadeirantes e não-cadeirantes. Métodos: foram analisadas 17 fichas de pacientes de uma
instituição de longa permanência ―Abrigo Irmã Tereza à velhice desamparada‖, São Caetano
do Sul. A amostra foi composta por 17 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 57 e 98
anos (x = 77,0  11,0 anos), sendo 10 pacientes não cadeirantes e 7 cadeirantes. Estes
indivíduos apresentavam um tempo de internação que variou de 11 meses a 13, 6 anos. Estes
são acompanhados por fisioterapeutas e educadores físicos. Para analisar as variáveis, foi
utilizado o questionário de atividade de vida diária – AVD (MATSUDO, 2004), com questões
relacionadas a atividades de higiene pessoal e alimentação independente (Q2 – lavar cabelos;
Q5 – cortar pedaço de carne; Q6 – levar uma xícara à boca; Q13 – levantar um objeto de 2,5
kg;Q16 – abrir um pote que já fora aberto;Q17 – abrir e fechar torneiras). Para análise dos
dados foi utilizado o teste Qui Quadrado com a finalidade de comparar os valores de
indivíduos cadeirantes e não-cadeirantes. O nível de significância adotado foi p<0,05.
Resultados: Apresentados na tabela em freqüência:
QUESTÕES CADEIRANTES NÃO-CADEIRANTES
0 1 2 3 0 1 2 3
Q2 * 2 1 3 2 8 1 0 0
Q5 * 2 2 1 3 7 2 0 0
Q6 * 6 0 0 2 9 0 0 0
Q13 * 3 0 1 4 5 4 0 0
Q16 * 2 0 2 4 7 1 1 0
Q17 * 3 0 1 4 9 0 0 0
* p<0,05. 0=s/qualquer dificuldade; 1=c/alguma dificuldade; 2= c/muita dificuldade; 3= incapaz
Conclusão: Foi observada diferença significativa para as variáveis analisadas, nas quais os
indivíduos institucionalizados não cadeirantes obtiveram melhores valores de desempenho nas
atividades de vida diária relacionadas. Os indivíduos cadeirantes mostraram maior
dependência para estas variáveis citadas.

Palavras-chave: atividade de vida diária

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 154


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS NEUROMOTORAS DA APTIDÃO FÍSICA E


CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS FISICAMENTE ATIVAS

Méris Sayuri Tanaka, Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo
CELAFISCS. meris_sayuri@ig.com.br;
Apoio CNPq processo: 309481/2003-1

Introdução: há uma crescente preocupação por parte da comunidade científica em investigar


os benefícios da atividade física nos idosos já que 75 % desses têm uma ou mais doenças
físicas crônicas o que faz com que modifiquem o modo de ver seu estado físico.Objetivo: o
objetivo do estudo foi comparar as variáveis neuromotoras da aptidão física e a capacidade
funcional de mulheres idosas fisicamente ativas de acordo com a idade cronológica.
Metodologia: foram avaliadas 210 mulheres com idade entre 60 e 87 anos (72,6 ± 5,2 anos)
praticantes de atividade física há pelo menos um ano, duas vezes por semana, com duração de
50 minutos por sessão, no Centro da Terceira Idade ―Dr Moacyr Rodrigues‖, em São Caetano
do Sul. A amostra foi dividida por faixa etária: A:60-69 (n=99), B:70-79 (n=96) e C:80-87
(n=15) anos. Para análise da capacidade funcional foram utilizados os testes de mobilidade
geral (padronização CELAFISCS): velocidade de levantar da cadeira (VLC), velocidade de
andar (VA) e velocidade máxima de andar (VMA). Na avaliação das variáveis neuromotoras
da aptidão física foram verificados equilíbrio (EQL), força de membros superiores (FMMSS)
– flexão de cotovelo e membros inferiores (FMMII) – teste de levantar da cadeira em 30
segundos, flexibilidade - teste de sentar e alcançar no chão (FLEX) e agilidade (shuttle run).
Na análise estatística foi utilizada a ANOVA one-way. O nível de significância adotado foi de
p<0,05. Resultados: na tabela são apresentados os valores de acordo com a idade.
VARIÁVEIS Grupo A Grupo B Grupo C
FLEXIBILIDADE (cm) 27,6  6,7 27,4  8,8 23,6  8,7
AGILIDADE (seg) 18,8  3,2 20,9  3,31 24,3  5,02,3
EQUILÍBRIO (seg) 23,4  7,9 17,8  9,91 11,9  9,92,3
FORÇA MMSS (rep.) 23,0  4,8 22,7  4,6 21,8  4,0
FORÇA MMII (rep.) 18,6  4,0 18,4  4,7 18,5  5,3
VEL LEVANTAR CADEIRA (seg) 0,7  0,3 0,7  0,3 0,7  0,3
VEL ANDAR (seg) 3,0  0,5 3,2  0,6 3,7  0,82,3
VEL MÁX ANDAR (seg) 2,4  0,2 2,4  0,2 2,6  0,42,3
*p<0,05 1
- B X A; - C X A; 3- C X B 2

Conclusão: dentro das limitações de uma análise transversal, os achados sugerem que o
processo de envelhecimento teria um impacto negativo na agilidade, equilíbrio, velocidade de
andar e velocidade máxima de andar de mulheres fisicamente ativas, que por outro lado não
demonstraram a mesma repercussão nas variáveis flexibilidade, força de membros superiores
e inferiores e velocidade de levantar da cadeira; reforçando a expectativa do papel positivo da
atividade física nessa fase da vida.
Palavras-chave: variáveis neuromotoras, aptidão física, capacidade funcional

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 155


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E


HIDROGINÁSTICA

NOVAIS, Francini Vilela;COSTA, Geni Araújo;AZEVEDO, Paula Guimarães de


Universidade Federal de Uberlândia-UFU
frannovais@yahoo.com.br

Introdução: A população brasileira, até pouco tempo considerada jovem, está envelhecendo.
No envelhecimento é normal a observação de lentas e progressivas mudanças, dentre elas
estão as alterações na composição corporal. Vários estudos sugerem que a atividade física
tem um papel fundamental nestas modificações antropométricas relacionadas à idade.
Objetivo: Verificar a composição corporal de idosas praticantes de musculação e
hidroginástica. Metodologia: As mensurações foram feitas em 160 idosas, pertencentes ao
Projeto AFRID da Universidade Federal de Uberlândia. A amostra foi dividida em, GI-
musculação (n=29) e GII-hidroginástica (n=131). Para análise dos dados, utilizou-se a
estatística descritiva e teste t de Student para amostras independentes, em nível de p<0,05.
Resultados:Tabela 1-Características descritivas e teste t independente de Student das duas
diferentes modalidades.
Idade MC EST CC CQ DT
GI 65,3 ± 8,9 60,1± 9,1 1,54±0,06 84,6±9,07 98,9±7,79 19,07±5,2
GII 63,5±6,21 66,5±13,9 1,52±0,05 87,9±11,6 102,8±11,9 26,5±10,5
P 0,218 0,021 0,082 0,172 0,106 0,0003
DSE DSI DA %G RCQ IMC
GI 18,5±6,79 23,6±8,37 31,9±9,9 20,0±4,07 0,854±0,05 25,3±3,8
GII 28,5±11,8 29,6±11,6 42,4±14,3 25,2±6,3 0,855±0,06 28,6±5,3
P 3,35421E-05 0,01 0,0003 6,11696E-05 0,93 0,001
Conclusão: Pode-se concluir que há diferenças antropométricas estatisticamente relevantes
entre as duas modalidades em questão. Estas diferenças podem ser especialmente notadas no
que tange aos aspectos referentes à massa corporal, às dobras cutâneas, ao percentual de
gordura e ao índice de massa corporal.

Palavras-chave: antropometria, atividade física e idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 156


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

DECLÍNIO DA MEMÓRIA EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Azevedo, Paula Guimarães; Novais, Francini Vilela; Costa, Geni Araújo


Universidade Federal de Uberlândia-UFU
paullaazevedo@yahoo.com.br

Introdução: A memória é a capacidade psíquica de fixar, conservar e reproduzir, evocar ou


representar sob a forma de imagens representativas ou mnênicas, aquelas impressões
sensoriais, recebidas, transmitidas e conscientizadas, sob a forma de sensação. No
envelhecimento, alguns sistemas da memória sofrem declínio. As atividades físicas ajudam a
compensar essa perda. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo verificar o declínio
da memória de idosos praticantes de musculação, no intuito de conhecer suas deficiências
para melhorar a qualidade dos treinos. Metodologia: A pesquisa foi realizada com 22 idosos,
com idade entre 53 a 86 anos, 19 mulheres e 03 homens, praticantes de musculação.Os dados
foram coletados na FAEFI-UFU. Neles foram aplicados o Mini-Mental(Folstein, Folstein &
Mchugh,1975) e o teste das figuras(Morris et al, 1989; Bertolucci et al,1998). Resultados: O
mini mental ressaltou que 36.36%dos idosos possuem orientação espaço-temporal;
90,90%possuem memória imediata e 9.1% tiveram déficit da mesma; 31,81%possuem
atenção e capacidade de calcular, 36.36% tem evocação e todos têm uma linguagem
comprometida. O teste das figuras determinou que 100% possuem percepção visual e
nomeação, 30% possuem memória imediata após 2 min. de visualização. Conclusões: Os
testes puderam comprovar que os idosos têm um possível comprometimento cognitivo.Desta
maneira há a necessidade de vinculação de exercícios físicos e mentais para melhores
benefícios na prática das atividades e na realização das AVD‘s.

Palavras- chave: memória e idoso

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 157


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

HIDROGINÁSTICA: IMPACTOS NO ENVELHECIMENTO ATIVO

Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana


Mota Moreira, Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza
Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni Signori
Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)
Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas
ceafeulbra@yahoo.com.br

Introdução: A aptidão física de idosos está diretamente relacionada à capacidade funcional


devido a sua relação direta com a força, resistência, flexibilidade e equilíbrio. O padrão ativo
de vida precisa ser desenvolvido independente da faixa etária, porém a parcela da população
sedentária é ainda mais prevalecente sobre a ativa. A OMS tem enfatizado a atividade física
como variável diretamente relacionada à manutenção e/ou recuperação do estado saudável.
Contudo, existe uma carência de estudos que comprovem quanto eficaz é o exercício para
pessoas comuns. Objetivo: O objetivo do estudo experimental realizado foi analisar a
capacidade motora de idosos após um programa físico de hidroginástica. Metodologia:
Participaram da amostra 57 idosos praticantes de duas aulas semanais de hidroginástica, os
quais não realizavam nenhum outro tipo de atividade física. Os idosos eram praticantes de
hidroginástica no CEAFE (Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento) da
Educação Física ULBRA/Canoas. Os instrumentos utilizados foram testes de: força membros
inferiores e superiores, flexibilidade membros inferiores e superiores, resistência, equilíbrio e
agilidade, a partir do protocolo de Rikli e Jones (2001). Os idosos foram avaliados no início e
no final do primeiro semestre de 2004 (pré e pós-teste). A análise estatística empregada foi o
teste ´t´ para amostra dependentes com nível de significância de 5% (p<0,05) no programa
SPSS 10.0. Resultados: Os resultados indicaram diferença estatística significativa em todas
variáveis avaliadas, com exceção da flexibilidade de membros inferiores. Conclusões: Esta
pesquisa evidenciou que a hidroginástica propiciou resultados efetivos em variáveis físicas
essenciais na promoção de bem-estar e manutenção da capacidade funcional em idosos.

Palavras-chave: hidroginástica, envelhecimento, aptidão física

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 158


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

O IDOSO NA MÍDIA IMPRESSA

Raquel Guimarães Lins, Juliana Benigna de Oliveira


Universidade Católica de Brasília
raquelglins@ig.com.br

Introdução: A preocupação com o crescimento da população idosa brasileira permeia vários


setores da sociedade. O presente estudo está baseado na associação deste segmento da
população, que corresponde aproximadamente a 9% da população de Belo Horizonte, e o
veículo de comunicação de massa - Jornal Impresso – Jornal Estado de Minas. O jornal é um
veículo de comunicação direcionado para as questões sociais, políticas e que procura informar
e formar opiniões em sua totalidade. Objetivo: Com base nestas evidências objetivou-se
analisar como este meio de comunicação de massa enfoca a questão do idoso em um caderno
com caráter de bem estar e saúde. Metodologia: A metodologia consta de uma análise de
conteúdo do caderno Bem Estar, cuja periodicidade é semanal, no período compreendido
entre janeiro de 2004 a junho deste mesmo ano (25 no total). Resultados: os resultados
encontrados correspondem a 3 reportagens de capa, que se refere a apenas 12% de suas
edições, quando foi dado ao idoso um ―status‖ um pouco maior no que nas demais, ainda que
de maneira bem discreta e simplista. Pôde-se verificar ainda a ênfase na associação de saúde
para este grupo com os comprometimentos fisiológicos do envelhecimento. Conclusão: O
que se pode concluir é que, apesar do crescimento da população idosa ser um fato evidente na
sociedade brasileira, no se refere ao veículo de comunicação de massa – o Jornal Estado de
Minas, o mesmo cumpre, paulatinamente, seu papel social, político e cultural na questão da
informação sobre o idoso e suas atribuições, ainda que com uma preocupação maior aos
aspectos fisiológicos na associação entre saúde e envelhecimento.

Palavras-chave: jornal impresso, saúde, idoso.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 159


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM HOMENS COM IDADE ACIMA DE 50


ANOS PRATICANTES DE DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS.

Rosangela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo


CELAFISCS - Apoio CNPQ processo: 309481/2003-1
E-mail: rose@celafiscs.com.br

Introdução: Muitos estudos têm sido realizados objetivando a melhoria da qualidade de vida,
saúde e a importância de aspectos sociais na vida de indivíduos idosos. Objetivo: Comparar a
percepção da qualidade de vida entre homens acima de 50 anos de idade, praticantes de
ginástica localizada e hidroginástica. Qual a diferença na qualidade de vida de homens idosos
praticantes de dois diferentes estilos de atividades físicas. Metodologia: A amostra foi
composta por 20 homens, sendo 13 praticantes de hidroginástica e 7 praticantes de ginástica
pertencentes aos Centros da Terceira Idade ―Parque aquático Dirce Pereira Montanari‖ e ―Dr.
Moacyr Rodrigues‖, com média de idade de 67,7  7,37 e 64,3  6,0 anos respectivamente. O
tempo de prática variou entre 1 ano e 14 anos (7,2  4,0 anos). Mediante a utilização do
Questionário de Qualidade de Vida elaborado pela Organização Mundial de Saúde
(WHOQOL- Bref, 2000). O questionário está dividido em 4 domínios: Físico (máximo de 35
pontos), Psicológico (máximo de 30 pontos), Relações Sociais (máximo de 15 pontos), e
Meio Ambiente (máximo de 40 pontos). A análise estatística utilizada foi o teste ―t‖ de
Student para amostras independentes e o delta percentual (Δ%) para quantificar as diferenças
percentuais entre os praticantes de hidroginástica e de ginástica e as diferenças entre os
valores da percepção dos indivíduos e os considerados ideais. O nível de significância
adotado foi de p<0,01. Resultados: Na tabela estão resumidos
DOMÍNIO HIDRO IDEAL % GINÁSTICA IDEAL% ∆%
x s x s
Físico 25,0 1,8 - 28,6 27,6 * 0,9 - 21,2 - 9,3
Psicológico 19,6 1,8 - 34,7 20,7 1,3 - 31,0 - 5,3
Relações Sociais 10,9 1,3 - 27,3 13,1 * 0,8 - 12,4 - 17,0
Meio Ambiente 29,5 3,5 - 26,4 30,8 2,0 - 23,0 - 4,4
* p<0,01. IDEAL % - valor extraído do cálculo de porcentagem do valor encontrado e o valor máximo.
∆% - valores percentuais entre HIDRO e GINÁSTICA
Conclusão: Foi observada diferença significativa na percepção da qualidade de vida nos
domínios físico e relações sociais quando comparados os grupos. Quanto aos domínios
psicológico e meio ambiente os grupos apresentaram percepções similares.

Palavras-chave: percepção de qualidade de vida, homens ativos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 160


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PÔSTER: EDUCAÇÃO

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 161


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A ADAPTAÇÃO DO IDOSO À PRÁTICA DA MUSCULAÇÃO

Rosemary Rauchbach1 ; Laiza Danielle de Souza2

1 - Secretaria Municipal do Esporte e Lazer/ Programa Idoso em Movimento,


Curitiba; Curso de Educação Física – UNIANDRADE
rauchbach@brturbo.com
2 - Grupos Independentes/ Programa Idoso em Movimento/ SMEL, Curitiba
dslaiza@hotmail.com

Introdução: A musculação, pelas suas qualidades passou a ocupar lugar de destaque nas
academias, atendendo homens e mulheres de todas as idades, adaptando-se facilmente à
condição física individual. No entanto, para um trabalho eficaz e seguro com a terceira idade
são necessárias algumas adaptações. Objetivo: O objetivo principal foi analisar a forma com
que o idoso se adapta ao programa, como também salientar erros mais comuns na utilização
do equipamento e orientação da prática da atividade. Metodologia: Essa pesquisa é um relato
de experiência que teve sua origem nas observações feitas no cotidiano das academias, na
intervenção diária e orientação de idosos à prática da musculação. Resultados: Observou-se
que, no trabalho com a terceira idade são necessárias as seguintes adaptações: nos
equipamentos oferecer apoios, certificar-se quanto à carga, observar se as travas de segurança
realmente estão ao alcance, verificar se aquele corpo idoso se encaixa no equipamento, cuidar
para que o aluno não se empolgue com o ritmo do ambiente e exceda seu limite, estar sempre
presente. O grande desafio está em saber trabalhar com o idoso dentro das suas capacidades e
limitações físicas, consciência e aceitação corporal, timidez, vergonha dos próprios
movimentos, e ainda na arquitetura do ambiente das academias, nas projeções dos
equipamentos, no layout da sala de musculação, na iluminação, na dificuldade da leitura da
ficha de exercícios, no som, no público, geralmente jovem que contrasta com o idoso.
Conclusão: É necessário, tornar o ambiente da musculação adaptado e agradável, onde o
idoso possa criar vínculos com o local, com as pessoas da sua e de outras faixas etárias e com
seu professor de forma direta e aberta, tirando suas dúvidas e expondo suas necessidades.

Palavras-chave: idoso, musculação, academia.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 162


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ANÁLISE DO CURRÍCULO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO


FÍSICA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA QUANTO À FORMAÇÃO PARA O
TRABALHO COM IDOSOS

Thiago Nunes, Camila Gonçalves, Cláudia Esteves, Roberta Salvini, Marisete Peralta Safons
Faculdade de Educação Física – UnB - th-df@uol.com.br

Introdução: O curso de Licenciatura em Educação Física da UnB tem como objetivo formar
licenciados aptos para atuarem como professores na Pré-escola, Ensinos Fundamental, Médio
e Superior, na modalidade regular ou especial. A aptidão se dará também na Educação Física
não escolar, tais como recreação e esportes em academias, clubes, hotéis, centros
comunitários, condomínios, associações recreativas, empresas e outros, onde o profissional
demonstrará habilidade ao lidar com clientela diversificada, sejam crianças, jovens, adultos,
idosos, gestantes, sedentários, portadores de deficiência, etc. A formação do aluno abrange
conhecimentos humanísticos (filosóficos, do ser humano e da sociedade) e técnicos.
Objetivo: Traçar o perfil do currículo que contemple as particularidades e necessidades para o
trabalho com indivíduos na Terceira Idade. Metodologia: Foi aplicado um questionário
composto por três questões subjetivas aos alunos matriculados nas disciplinas Prática de
Ensino em Educação Física 1 e 2, participantes dos programas de Atividade Física para Idosos
da Universidade de Brasília. As respostas foram quantificadas e comparadas ao perfil do
curso de Educação Física. Resultados: Os alunos destacaram como essenciais as seguintes
disciplinas obrigatórias: Anatomia Humana, Fisiologia do Exercício 1 e 2, Cinesiologia,
Psicologia da Educação e Didática da Educação Física. Dentre as disciplinas optativas (de
escolha livre), as mais citadas foram as que versavam sobre os conteúdos: Atividades Físicas
para 3ª idade, Exercícios Físicos Terapêuticos, Musculação e conhecimento mais aprofundado
de Fisiologia Humana, Citologia e Histologia. Conclusão: Conforme sugerido pelos alunos,
idealiza-se um currículo com formação técnica e humanística, o que segue o proposto pelo
perfil do curso de Educação Física da Universidade de Brasília. Urge o problema da
indisponibilidade das disciplinas que atendam as expectativas dos alunos ainda na graduação,
contudo, tal complemento pode ser adquirido em cursos extra-curriculares ou especializações
lato/stricto sensu.

Palavras-chave: currículo, educação física, terceira idade

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 163


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

DANÇA FOLCLÓRICA COMO MEIO DE INCLUSÃO SOCIAL DO IDOSO

Marize Amorim Lopes


Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
marize@cds.ufsc.br

Introdução: Enraizada no modo de viver do ilhéu está a dança, como expressão legítima de
sua cultura, cultivada em diferentes rincões da Ilha de Santa Catarina. Objetivando preservar,
recriar e divulgar as danças folclóricas do litoral catarinense, criou-se um grupo folclórico. A
idéia de envolver idosos foi em virtude do seu próprio interesse e da baixa rotatividade dos
membros, ao contrário do que ocorria com os universitários. Objetivo: relatar experiência
bem sucedida de inclusão social através de um programa de dança folclórica. Metodologia:
este relato de experiência de um projeto de extensão e pesquisa desenvolvido a partir de 1989
com as danças do litoral catarinense. Foram avaliados: contexto sócio-cultural, movimentos,
gestos, músicas e indumentárias. As atividades são desenvolvidas 2 vezes por semana com 2
horas de duração, envolvendo montagens coreográficas enriquecidas com pesquisa histórica,
ensaios e apresentações. Resultados: destacam 9 danças com enfoque na etnia portuguesa de
base açoriana, que foram recriadas com a participação dos idosos. A divulgação destas
danças envolve 30 pessoas de 50 a 84 anos e 9 músicos, e se fazem presente em festas
comunitárias e beneficentes, de âmbito municipal, estadual, nacional e internacional. São
realizadas entre 35 e 40 apresentações num ano. O grupo transmite seus conhecimentos
folclóricos aos alunos e professores da rede escolar através da dança e entrevistas. Em 2002
foi lançado um CD com seis músicas folclóricas, que se constitui num acervo musical da
cultura regional de base portuguesa açoriana, disponível às escolas e comunidades.
Conclusão: a dança começou a fazer parte da vida destes idosos, favorecendo a comunicação
de seus ideais e descobertas. Este projeto de extensão proporciona aos idosos uma
oportunidade de pesquisar e de sentir-se útil na preservação da história cultural catarinense,
além de favorecer as trocas de informações entre gerações e da universidade com a
comunidade.

Palavras-chave: dança folclórica, idosos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 164


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

DIÁLOGO INTERGERACIONAL E EDUCAÇÃO: UMA PRÁTICA


COMPARTILHADA

GIOVELLI, Marivana; ACOSTA, Marco Aurélio;


Universidade Federal de Santa Maria
UFSM-marivanag@bol.com.br

Introdução: Os caminhos por onde estudamos o envelhecimento humano são muitos, e como
não poderia deixar de ser, instiga-nos a dúvida de como a educação pensa atuar nessa
população, quais os aspectos que a educação deve abordar para atingir plenamente o velho em
sua condição humana. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), juntamente com o
Centro de Educação Física e o NIEATI*, possui um projeto chamado Aluno Especial II, onde
pessoas acima de 55 anos podem matricular-se no saldo das vagas das disciplinas oferecidas
pelos diversos cursos. Este projeto leva às salas da universidade, três diferentes gerações: o
acadêmico regular, o professor e o idoso. Essa investigação teve como objetivo compreender
como se desenvolve o processo educacional, levando em consideração as relações
intergeracionais que ocorrem no projeto. Metodologia: Nessa investigação caracterizada
como Estudo de Caso, foram feitas entrevistas com amostras de professores, alunos regulares
e alunos especiais II matriculados no segundo semestre de 2003, e observações das aulas.
Como Principais Resultados destacamos, a influência do professor e sua formação
pedagógica nas oportunidades de relacionamento e crescimento mútuo com os idosos, o
aspecto humanizador que o idoso leva a sala de aula e a sua contribuição com experiência de
vida para a cultura e informação dos alunos mais novos, nos levando a concluir que o
processo de educação que se constrói dessa relação de três gerações pode-se chamar de uma
prática compartilhada de educação.

Palavras-chave: educação compartilhada, diálogo intergeracional, envelhecimento

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 165


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

METODOLOGIA DA DANÇA DE SALÃO PARA IDOSOS

Márcio de Moura Pereira, Marisete Peralta Safons


GEPAFI/UnB
mmourap@hotmail.com

Introdução: Há consenso entre os estudiosos que a dança é uma atividade capaz de


proporcionar condicionamento físico, integração social e lazer a indivíduos idosos, além de
inúmeros benefícios psicológicos. Entretanto, há carência de relatos a respeito de como se
estruturam as Aulas de Dança de Salão, com relação a conteúdos e intensidade, nos diversos
programas de atividades físicas voltados para idosos. Objetivo: apresentar à comunidade
acadêmica uma sugestão de Metodologia de Ensino de Dança de Salão para Idosos.
Metodologia: Estudo transversal em que a intensidade do esforço para cada ritmo utilizado
nas aulas de dança de salão foi avaliada a partir da PSE - Percepção Subjetiva do Esforço
(Escala CR10 de BORG, 1998). A amostra foi composta de 10 turmas de idosos (mín. 25 e
máx. 70 sujeitos de ambos os sexos), matriculados no curso de Dança de Salão do Programa
Qualidade de Vida, em Brasília, de 2000 a 2004.
Resultados: Os diversos ritmos foram organizados dentro da aula padrão de condicionamento
físico de acordo com a intensidade do esforço percebido (Tabela 1).
Tabela 1- Ritmos da dança de salão e esforço percebido
Fase da aula Ritmo PSE Intensidade
Aquecimento Valsa, Tango de 2 a 3 de fraco a
moderado
Zona alvo1 Marchas, Chamamé, Xote, Baião, de 3 a 4 de moderado a
Vanera, Mazurca, Pagode, algo forte
Iniciantes
Rumba, Mambo, Quadrilha, Boi-
Bumbá, Carimbó, Foxtrote
Zona alvo2 Salsa, Cúmbia, Samba, Xaxado, de 5 a 6 forte
Condicionados Merengue
Volta à calma Bolero, Slow fox 2 fraco
O frevo, a lambada e o samba de gafieira receberam classificações acima de muito forte (7 ou
mais na CR10). Conclusão: A classificação da intensidade dos ritmos de acordo com as
diversas fases da aula, além de trazer mais segurança, torna mais objetivo o planejamento do
professor que a partir daí pode traçar estratégias para utilização da dança de salão com os
mais diversos objetivos, sem prejuízo do condicionamento físico.

Palavras-chave: dança, exercício, metodologia

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 166


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

MOTIVO DE ADESÃO À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ORIENTADA E A


RELEVÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA REALIZADA EM GRUPO PARA OS
IDOSOS

Patrícia Queiroz, Alexandre Almeida, Rodrigo Luna, Marisete Peralta Safons


Faculdade de Educação Física – UnB
jtppatriciaqueiroz@bol.com.br

Introdução: Há consenso entre os estudiosos que a prática de atividade física orientada em


grupos de idosos traz grandes benefícios para a saúde dos mesmos. Porém não há consenso
quanto ao principal motivo que os leva a buscar a atividade física, e se preferem fazer
atividade em grupo ou individual Objetivo: Avaliar o motivo pelo qual os idosos aderem à
prática de atividade física orientada e o nível de importância que eles atribuem às aulas de
condicionamento físico orientado feitas em grupo, para que estas se tornem mais prazerosas.
Metodologia: A amostra foi composta de 51 aulas de condicionamento físico, ministradas
para um grupo de 40 alunos divididos em duas turmas, que fazem parte do Programa de
Qualidade de Vida, oferecido no clube da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal
(APCEF). O motivo de adesão à prática de atividade física orientada e o grau de importância
atribuído à atividade física em grupo para que a mesma se torne mais prazerosa foram
avaliados respectivamente por meio de um questionário e uma entrevista, sendo seus
resultados interpretados através de estatística descritiva. Resultados: A aquisição e a
manutenção do condicionamento físico foram apontadas como o principal motivo de adesão a
prática de atividade física orientada por 76,19% do grupo. 23,80% apontam a indicação
médica como fator determinante para terem aderido à prática de atividade física orientada.
Quanto à relevância da atividade em grupo, 100% dos entrevistados relatam que a atividade
física em grupo é mais agradável e prazerosa do que a atividade individualizada. Conclusão:
Apesar da maioria dos alunos atribuírem sua adesão à atividade física ao desejo de melhorar
seu condicionamento físico, o grupo é unânime quanto à importância da atividade física
coletiva para que esta se torne mais agradável e prazerosa. Mais estudos são necessários para
esclarecer se esta é uma característica local ou uma tendência dentro da atividade física com
idosos.

Palavras-chave: atividade física orientada, condicionamento físico, grupo

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 167


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PÔSTER: ESPORTE E LAZER

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 168


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSAS DO NÚCLEO DA TERCEIRA IDADE DO


CED/ FESURV

Leidimar A. F. Oliveira; Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski


UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
e-mail: janine@fesurv.br

Introdução: O envelhecimento é um processo irreversível que não se resume à velhice e tem


a avaliação física como auxilio no diagnóstico das potencialidades e dificuldades individuais,
referentes à prática do exercício. Objetivo: Traçar o perfil antropométrico de um grupo de
idosas praticantes de atividades físicas no CED (Centro de Excelência Desportivo) Fesurv –
Rio Verde. Material e Métodos: Fizeram parte do grupo 57 idosas, divididas em três
subgrupos, o primeiro de 50 a 59 anos, o segundo de 60 a 69 anos e o terceiro de 70 a 79 anos.
A metodologia aplicada foi descritiva, onde foi aplicado uma ficha de anamnese elaborada
pelo Núcleo da Terceira Idade/CED, além de uma bateria de testes com as variáveis
antropométricas: peso, estatura, tronco-cefálico, índice de massa corporal, adiposidade e
circunferências de cintura/quadril.; Variáveis Metabólicas com o teste de 6' de caminhada;
Variáveis Neuromotoras: força dos membros superiores e inferiores; da avaliação da agilidade
e do equilíbrio. Resultados: a análise estatística foi de forma não paramétrica, salientando a
média e desvio padrão, onde observamos que a estatura dos grupos é de média a baixa; no
IMC encontram-se moderadamente obesas; no teste de circunferência as avaliadas estão com
alto risco em relação a cintura/quadril. Nos testes de força verificamos que os membros
inferiores são mais fracos em relação aos membros superiores. Conclusão: Traçado assim o
perfil antropométrico do grupo avaliado, recomenda-se a adequação do programa de
atividades físicas no qual o mesmo está inserido, com suporte científico para obtenção de
melhores resultados priorizando suprir as necessidades encontradas, além de abrir caminho
para novos questionamentos, ficando claro a importância deste perfil como fonte de inúmeras
outras pesquisas a serem realizadas futuramente com base nestes dados.

Palavras-chave: perfil, idosos, ativos

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 169


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PÔSTER: PSICOSSOCIAL

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 170


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A DANÇA COMO FATOR MINIMIZANTE DA DEPRESSÃO NA 3ª IDADE

Daiane P. Rodrigues; Janine A. Viniski; Leidimar A. F. Oliveira


UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
e-mail: daiane.pires@bol.com.br

Introdução: A depressão pode ser confundida com as alterações psicológicas ocorridas no


período de envelhecimento, sendo difícil ser constatada no idoso. Objetivo: Verificar a
importância da prática regular de atividade física, através da dança de salão, para idosos de 60
a 80 anos como agente minimizador dos quadros de depressão. Metodologia: Este estudo foi
realizado através de revisão bibliográfica de 21 publicações (artigos, monografias e revistas),
no período de 1996 a 2003. Resultados: Considerando a dança como uma arte e um meio
que interage o físico, o emocional e o social das pessoas, principalmente a dança de salão que
promove a sociabilização, constatamos que os idosos, com a prática desta modalidade,
sentem-se alegres, bem dispostos, adquirem uma melhora na auto-estima, da capacidade
cardiorespiratória ou seja, melhoram o condicionamento físico, a convivência em grupo e a
auto imagem. Conclusão: Enfim, de acordo com os dados obtidos observamos que com a
prática da dança de salão os idosos alteram positivamente a qualidade de vida reduzindo e, em
alguns casos, eliminando os quadros de depressão.

Palavras-chave: dança, idosos, depressão

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 171


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CONCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO DE UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO


FÍSICA

Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,
Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni
Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)
Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas
ceafeulbra@yahoo.com.br

Introdução: A adoção de comportamento é influenciada pela avaliação de diferentes grupos


sociais, sendo necessário identificar a percepção destes mesmos sobre as variáveis que podem
influenciar a ação. Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar a percepção do
envelhecimento em estudantes universitários de Educação Física e sua relação com a adoção
(ou não) do comportamento ativo de indivíduos idosos. Metodologia: A amostra foi composta
por 30 universitários de Educação Física da ULBRA/Canoas. O instrumento utilizado foi uma
entrevista composta por questões abertas e analisado a partir de análise categorial temática.
Resultados: Os universitários indicaram que as imagens da sociedade referentes ao
envelhecimento foram predominantemente negativas, associando ao desgaste físico e
deterioração mental. Este grupo também indicou que existia preconceito relacionado à idade
´velhismo´, o qual interferia nas relações intergeracionais. Ficou evidente nas categorias
analisadas que o convívio com pessoas idosas não foi uma constante, ou seja, pouco convívio
direto com familiares idosos. Os universitários acreditavam que a atividade física era uma
necessidade na fase da terceira idade, porém pouco estimulada. Conclusões: Uma das
principais constatações deste estudo foi que embora estudantes de um curso com ações
voltadas ao envelhecimento, a estereotipia de papéis foi identificada, refletindo a ausência ou
deturpação de informações quanto ao processo de envelhecimento. Esta pesquisa indicou a
necessidade de mais estudos sobre a identificação de fatores relacionados à percepção de
envelhecimento em diferentes grupos sociais, visto que a adesão de idosos à atividade física
pode ser influenciada por essas diferentes avaliações.

Palavras-chave: envelhecimento, concepção, universitários

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 172


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CORPOREIDADE, QUALIDADE DE VIDA E SUBJETIVIDADE


NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Janine A. Viniski; Daiane P. Rodrigues


UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
e-mail: janine@fesurv.br

Introdução: O ser humano é indivisível, com um corpo em constante mutação. Objetivo:


Correlacionar corporeidade, subjetividade e qualidade de vida dentro do processo de
envelhecimento. Metodologia: Revisão bibliográfica de 39 publicações (livros, artigos,
reportagens, monografias e resumos) realizadas entre 1990 a 2004. Resultados: Caracterizar
o envelhecimento, requer a descrição de uma diversidade de aspectos, pois ao envelhecer,
menos semelhantes e mais diferenciadas ficam as dimensões de vida de uma pessoa. A
qualidade de vida possui parâmetros objetivos e subjetivos, tem um componente de avaliação
pessoal, onde o indivíduo compara a sua competência comportamental com as condições
ambientais que ele dispõe, com os apoios e recursos, além da satisfação que tem em relação a
isso. Falar sobre o corpo é uma tarefa desafiadora, onde ao passar dos anos são implantados
novos valores e significados, apesar de sempre ser visto de forma fragmentada. O corpo é
presença, revela, esconde, recebe e expressa a maneira de ser-no-mundo, é essa ambigüidade
que permite a produção da intersubjetividade. Existe um constante conflito entre aparência e
essência, desejo e instinto, tensão interior e a exterior, prazer e dor. O corpo sempre foi objeto
de atenções especiais e, muitas vezes, é apresentado como máquina ou simplesmente igualado
a certos corpos de animais, mas este é sujeito, objeto, regulado, manipulado, disciplinado,
com normatização do prazer, obediente, produtivo, é dualista entre alma e corpo. Sempre a
sociedade e os meios de comunicação usaram modelos, evidenciando-os carregados de
conceitos de beleza, sensualidade e saúde. Conclusão: Portanto, é necessário que a sociedade
e todo integrante do processo ininterrupto de envelhecimento, lancem um novo olhar para o
caso, que incluam corpos inteiros e únicos; corpos gente, razão e emoção; corpos inseridos na
história, que fazem história e que clamam por qualidade de vida.

Palavras-chave: corporeidade, envelhecimento, qualidade de vida

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 173


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CRIANÇAS E VELHOS: A IMAGEM DO OUTRO NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA

AZEVEDO, Paula Guimarães, MELO ,Flávia Gomes, COSTA, Geni Araújo


Universidade Federal de Uberlândia- UFU
paullaazevedo@yahoo.com.br

Introdução: O perfil etário mundial está se alterando, sendo possível perceber o crescente
envelhecimento da população atual em relação a toda história social. Na vida em sociedade,
costuma-se aceitar tipos de imagens que facilitam a compreensão do processo civilizatório em
que nos situamos. A velhice apresentada através da imagem da vovó gorda, sempre calma,
sentada numa cadeira de balanço, internaliza em nós a imagem do velho benevolente e
alienado. Já as crianças são mostradas nestes meios como seres saudáveis, alegres, o que nos
remete à infância como a melhor fase de nossas vidas. Objetivos: O presente estudo tem
como objetivo analisar o pensamento de crianças, a respeito de sua percepção sobre os idosos.
Metodologia: A pesquisa foi realizada de forma descritiva com 40 crianças do Ensino
Fundamental, com idade variando entre 7 a 11 anos. Os dados foram coletados na Escola de
Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia. Utilizou-se a Escala Néri (1999) por
Todaro (1999), de acordo com o conceito ―os velhos são‖, contendo trinta itens com adjetivos
bipolares, só podendo escolher um grau de intensidade entre as duas palavras opostas.
Resultados: Os adjetivos bipolares selecionados foram os que obtiveram maior e menor
aceitação do grupo pesquisado.
Muito Sábios – 50% Ignorantes – 0% Entusiasmados-35% Deprimidos-7,5%

Muito Valorizados-52,5% Desvalorizados- 2,5% Agradáveis- 55% Desagradáveis- 2,5%

Muito Cordiais-37,5% Hostis- 0% Dependentes- 32,5% Independentes- 37,5%

Conclusão: A partir dos resultados podemos concluir que as crianças têm uma imagem
positiva dos idosos, pois se assemelham a seus avós.

Palavras-chave: idoso, criança e crença.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 174


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

EU NO MEU CORPO AO LONGO DO TEMPO: O USO DAS DUAS PEÇAS NO


BANHO DE PRAIA

Nazaré Marques Mota1; Rita Puga Barbosa2; Maria


Consolação Silva3 ; Alan de Souza Rodrigues3
1 - SEDUC-SEMED – nmmota@bol.com.br
2 – UFAM-FEF – ritapuga@bol.com.br
3 - UFAM-FEF - consola@ufam.edu.br

Introdução: a história familiar é um dos marcos na trajetória da composição das visões


psicológica e social do indivíduo, mas não é só isto, o marco educacional também é
fantástico. Objetivo: analisar uma situação específica do eu no meu corpo ao longo de minha
vida, através do uso espontâneo de biquíni. Metodologia: em 2003, durante excursão para ilha
de Margarita-Venezuela, acadêmicas da 3a. Idade adulta da UFAM observaram muitas idosas
usando duas peças de banho, sem qualquer constrangimento, nas praias visitadas. Isto
redundou em comentários junto a professora coordenadora da excursão, a qual desafiou-as a
em 2004 retornarem a Margarita estreando suas duas peças de banho. Nosso registro se deu
então com 5 acadêmicas que aceitaram tirar fotos e responder uma entrevista filmada, a sexta
acadêmica sempre usou o biquíni. Resultados: descobrimos que as educações recebidas em
seus seios familiares foram determinantes para o não uso das duas peças, embora após o
casamento tenha havido estímulo dos maridos ao uso do maiô. Foi unânime o depoimento de
estar se sentindo bem no seu corpo, com o traje e que também usariam em qualquer outra
ocasião e/ou lugar sem ligar para os comentários prováveis de surgirem no contexto social
dentro e fora da 3a. Idade Adulta da UFAM. Uma única que sempre usou biquíni diz que
jamais irá deixar de usa-lo, pois se sente perfeita em seu próprio corpo. Conclusão:
concluímos sobre a favorabilidade da motivação gerada pelo desafio colocado pela professora
e na capacidade da Educação Física Gerontológica em transpor barreiras psicossociais do eu
em meu corpo de longas datas entre eu e o meu corpo, o que nos parece um avanço.

Palavras-chave: educação física gerontológica, gerontologia, psicologia

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 175


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR SUBJETIVO ANALISADO POR IDOSOS


PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA POR MAIS DE SETE ANOS

Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Patrícia


Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
lilikapink@yahoo.com.br

Introdução: A relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo
enfoque da qualidade de vida. Objetivos: este estudo objetiva avaliar o efeito da atividade de
hidroginástica na qualidade de vida e no bem-estar subjetivo percebido por idosos a partir de
diferentes grupos de categorias etárias e de tempo de prática desta atividade. Metodologia: A
amostra contou com 54 idosos divididos em: GI com média de idade 60,2 anos e G II média
de 71,9 anos. Em relação ao tempo de prática de hidroginástica a amostra foi dividida em GI
com média de tempo de 8,7 anos e G II média de 13,4 anos. Foi realizada uma pesquisa de
campo com aplicação do questionário SF-36 (Medical Outcomes Study Short form 36-item
questionnaire) e um questionário do bem-estar subjetivo. Resultados: A análise da qualidade
de vida dos idosos demonstra que os benefícios gerados com a hidroginástica realizada há 8
anos são similares aos benefícios adquiridos pelos praticantes há 13 anos de atividade, sem
nenhuma diferença significativa entre os domínios analisados. Os praticantes de
hidroginástica com média de idade de 71,9 anos apresentam, na grande maioria dos domínios
analisados, maiores benefícios da atividade em relação à qualidade de vida do que o grupo de
idosos de 60 anos. Conclusão: A partir dos testes de avaliação subjetiva, os idosos julgam ,
de forma geral, favoravelmente a qualidade de suas vidas, englobando aspectos físicos e
emocionais, como pôde ser comprovado em relatos e anotações sistematizadas nos
questionários.

Palavras-chave: qualidade de vida, hidroginástica.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 176


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE AUTO-EFICÁCIA FÍSICA E APTIDÃO


FÍSICA EM IDOSOS

Fabiano Marques Camara , Alessandra Galve Gerez, Maria


Luiza Miranda, Maria Regina Brandão, Marilia Velardi
Universidade São Judas Tadeu
fabianocamara@terra.com.br

Introdução: a literatura aponta que atividade física tem importante impacto sobre os estados
subjetivos de idosos, dentre eles, o senso de auto-eficácia física (AEF). Objetivo: nesse
sentido, o objetivo deste trabalho foi determinar o grau de relação entre o nível de AEF e as
variáveis de aptidão física (VAF), obtidas em testes motores, no momento do ingresso dos
idosos participantes do Projeto Sênior para a Vida Ativa da Universidade São Judas Tadeu,
entre os anos de 2002 e 2004. Método: para avaliar a AEF foi utilizada a Escala de AEF
(Ryckman et al, 1982) e para mensurar a aptidão física foram utilizados os testes de potência
aeróbia, força de membros superiores e inferiores, flexibilidade, agilidade e equilíbrio estático
(Matsudo, 2000), em 83 idosos (68,6±5,5 anos). Os dados foram analisados utilizando-se a
estatística descritiva e a correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: os resultados
demonstraram apenas uma fraca e significativa correlação entre a AEF e força de membros
inferiores (r=0,28), não apresentando significância para as demais VAF, todavia a AEF e a
aptidão física mostraram-se elevados. Conclusão: isso pode indicar que a percepção de AEF
não corresponde ao nível de aptidão física deste grupo. Portanto, apenas um nível elevado de
aptidão física não garante uma percepção de AEF correspondente, mas talvez, a participação
sistemática em programas de educação física pode levar o idoso a melhorar essa percepção.

Palavras-chave: auto-eficácia, idosos, aptidão física

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 177


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PÔSTER: SAÚDE

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 178


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A ATIVIDADE FÍSICA COMO UM INSTRUMENTO DE MINIMIZAÇÃO DA


DEPRESSÃO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Dayanne Christine Borges Mendonça, Camilla Carvalho,


Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
bmdayaninha@yahoo.com.br

Introdução: No processo do envelhecimento, é importante observar as alterações


psicológicas, assim como o sentimento de abandono provocado pela família. A depressão
atinge cerca de 15% dos idosos, com até 2% de casos graves. Objetivos: O objetivo da
pesquisa foi analisar os benefícios da atividade física para os asilados no que tange a estados
depressivos. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de campo no Lar Alziro Zarur, no
município de Uberlândia, com sete idosos lúcidos. Foram utilizadas duas avaliações, Idade-
Traço e Idade-Estado, a 1ª aplicada antes e a 2ª após a atividade física. Resultados: Na 1ª
avaliação, os resultados obtidos foram: 14,29% dos idosos se sentem mal; 42,9% sentem-se
um pouco bem; 28,58% sentem-se bastante bem e 14,29% sentem muitíssimo bem; 14,29%
não se sentem tensos; 14,29% se sentem pouco tensos; 28,58% sentem-se bastante tensos e
42,9% sentem-se muitíssimo tenso. Na 2ª avaliação os resultados revelaram que 85,8% não
sentem tensos; 14,29% sentem se pouco tensos; 14,29% não se sentem descansados; 42,9%
descansados e 42,9% estão muitíssimos descansados; 14,29% sentem-se bem; 42,9% sentem-
se bastante bem; 42,9% sentem-se muitíssimo bem; 85,8% não se sentem preocupados;
14,29% são bastante preocupados. Conclusões: Baseados nos resultados, observamos que a
atividade física tem um efeito minimizador de aspectos negativos e estressores na vida dos
idosos asilados e que, certamente, podem contribuir para um melhor bem-estar subjetivo.

Palavras-chave: idoso, asilo, depressão.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 179


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A CORRELAÇÃO DA IMAGEM E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSAS


ATIVAS

Keila Lopes1,2, Cecília S.P. Martins1, Carlos Kemper2, Ricardo Jacó de Oliveira1
1-Universidade Católica de Brasília 2 - Universidade Paulista - Campus Brasília
lkeilal@yahoo.com.br

Introdução: A Imagem Corporal é uma figuração do próprio corpo formada e estruturada


na mente do indivíduo, dentro de uma estrutura complexa, subjetiva e mutável. A literatura
não aporta muitos estudos comparando a imagem corporal e composição corporal em
-
idosos. Objetivo: Verificar a correlação da imagem corporal com o Índice de Massa
_
Corporal (IMC), relação cintura-quadril
_ (RCQ) e percentual de gordura (%G) em idosas
ativas. Metodologia: A amostra de 29 voluntárias, idosas (x = 64,79 ± 6,21anos), residentes
no Distrito Federal, ativas, participantes do Projeto Geração de Ouro da Universidade
Católica de Brasília-UCB. Amostra foi submetida à avaliação da composição corporal:
massa corporal, estatura, RCQ e %G (DXA) e da Imagem Corporal (escala de SORENSEN
E STUNKARD, 1993) no LEEFS-UCB. Utilizou-se a correlação de Pearson na análise
estatística (SPSS 11.0) com o nível de significância de p ≤ 0,05. Resultados: A correlação
da imagem corporal atual foi significativa com o IMC (R=0,89), bem como a RCQ
(R=0,48) e %G (R=0,49). Também houve significância na correlação entre a avaliação feita
pelo avaliador e a imagem corporal atual (R=0,84). Conclusão: Houve correlação entre a
imagem corporal e os parâmetros mensurados da composição corporal (IMC, RCQ e %G)
em mulheres idosas ativas.

Palavras-chave: imagem corporal, idosas, composição corporal

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 180


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A ENDURANCE MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO


NO TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS

José GS Junior§, Marco AV Caffarena§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†


§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: A endurance muscular (EM) representa um dos principais parâmetros em


esforços de longa duração. Objetivo: Determinar o nível de associação entre EM e
desempenho no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Material e Métodos: A amostra
foi constituída por 67 voluntárias na faixa etária de 60 a 84 anos (x= 65,37 ± 4,48 anos). A
EM foi determinada por meio do teste de repetições máximas (RM) até a fadiga voluntária
concêntrica no exercício cadeira extensora. A sobrecarga empregada para executar o teste RM
foi baseada em 15% do peso corporal. O TC6M estabelece que o voluntário deve caminhar a
maior distância possível neste período de tempo (Rikli and Jones 1999). Resultados: São
apresentados na tabela abaixo:
Percentil TC6M (m) EM (reps) Pearson
< 33 684,8  86,01 5,9  1,5 -0,17 (p=0,510)
33 – 66 692,2  60,2 13,1  2,3 -0,35 (p=0,117)
> 66 696,4  94 31,3  16,1 0,09 (p=0,681)
Amostra Total 693,02 80,63 18,44  14,83 0,06 (p=0,622)
Não houve associação estatisticamente significativa entre a EM e o desempenho no TC6M
independente do ponto de corte empregado (mediana, quartil [dados não apresentados], tercil)
sugerindo que a endurance muscular não representa fator importante para predizer o
desempenho no TC6M mesmo entre as voluntárias que possuem baixa ou alta capacidade
muscular. Conclusão: A EM não exerce influência no desempenho do TC6M.

Palavras-chave: endurance muscular, idoso, teste de caminhada de 6 minutos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 181


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A FORÇA MUSCULAR NÃO PREDIZ O DESEMPENHO


NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Marco AV Caffarena§, José GS Junior§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†


§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: A força muscular tem sido referida como importante marcador de desempenho.
Objetivo: Determinar o nível de associação entre a força muscular e o número absoluto e
relativo de elevações do joelho no teste de marcha estacionária (TME). Matérial e Métodos:
A amostra foi constituída por 18 voluntárias na faixa etária de 54 a 70 anos (x=63,33 ± 5,90
anos). A força muscular foi determinada por meio do teste de uma repetição máxima (1-RM)
no exercício leg press 45º. O TME foi realizado de acordo com modelo proposto por Raso et
al. (2001). A contagem da elevação do joelho direito (EJabs) assim como a quantidade relativa
de elevações executadas (EJrel) foram feitas em intervalos de 30 segundos (Raso et al. 2001).
Resultados: São apresentados na tabela:
0 – 30 30 – 60 60 – 90 90 – 120 Total
EJabs 0,02 0,10 0,08
0,07 0,08
EJrel -0,02 0,20 0,05
*p<0,01
Os valores de força muscular variaram de 90 a 150 kg (116,67 ± 19,40 kg). Os valores
absolutos de elevação do joelho incrementaram progressivamente em função do tempo
enquanto que os valores relativos permaneceram constante (p<0,01). Não houve associação
estatisticamente significativa seja para o número absoluto ou relativo de elevações do joelho
independente do intervalo de tempo analisado. Conclusão: A força muscular não prediz o
desempenho no teste de marcha estacionária.

Palavras-chave: teste marcha estacionária, força muscular, idoso

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 182


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

A PRATICA DA ATIVIDADE FISICA NA TERCEIRA IDADE NA ACM -BRASILIA E


INFLUÊNCIAS DESTA NA VIDA DIÁRIA

Tatiana Schneider Rocha, Kátia da Silva Silveira, Igor Taciano Rodrigues


ACM - BSB
tatiana@acmbrasilia.com.br

Introdução: O envelhecimento é um processo contínuo no qual ocorre declínio progressivo


dos processos fisiológicos. Mantendo-se um estilo de vida ativo, pode-se retardar as
alterações morfofuncionais decorrentes da idade. Objetivo: mostrar resultados de
modificações bio–psico-sociais alcançados por indivíduos da terceira idade, nas modalidades
oferecidas pela ACM–Bsb. Metodologia: através de estatística descritiva apresentaremos
respostas a um questionário subjetivo de 60 indivíduos (entre 60 e 70 anos) praticantes de
atividade física regular, foi feita uma análise bio–psico–social de qualidade de sono, auto–
estima, socialização, doenças, medicamentos, depressão, fumo, atividades da vida diária.
Resultados: dos indivíduos questionados 93,33% observaram modificação corporal, 41%
apresentam algum tipo de doença, dentre, 16,66% tem hipertensão; 71,66% fazem uso de
medicamentos, e 28,33% diminuíram a quantidade de ingesta após a prática regular de
atividade física; dos que possuíam dor ou lesão aproximadamente 91% obtiveram
melhora.Entre 80 e 90% passaram a dormir melhor, ficaram mais calmos, melhoraram
convívio social e auto–estima e, tem mais disposição para as atividades da vida diária.
Conclusão: os resultados sugerem que a prática regular de atividade física por indivíduos da
terceira idade na ACM–Bsb ocasionaria diferentes modificações bio-psico-sociais na vida
destes indivíduos.

Palavras-chave: atividade física, influências na vida diária

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 183


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ANÁLISE COMPARATIVA DOS METS DO LIMIAR ANAERÓBIO DE IDOSOS NAS


ATIVIDADES OCUPACIONAIS E DE LAZER

Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior
Companhia Athletica
sbalsamo@ig.com.br

Introdução: O limiar anaeróbio (LA) é definido como intensidade de trabalho ou consumo de


O2 em que o metabolismo anaeróbio estabelece uma produção sanguínea crescente e rápida de
lactato. O LA é também marcado pelo aumento do sistema glicolítico concomitante com
maior recrutamento das fibras de contração rápida. A queda da aptidão física em idosos e a
inatividade ocasiona fadiga antecipada. Objetivo: Avaliar os METS do LA de idosos nas
atividades ocupacionais (AO) e de atividades de lazer (ALZ), bem como analisar o nível de
atividade física a que esses sujeitos podem ser submetidos. Material e métodos: A pesquisa
foi composta por 107 indivíduos com média de idade de 66,7 anos, sendo 56 do sexo
masculino e 51 do sexo feminino. O LA foi realizada no cicloergômetro technogym, modelo
bikerace HC 2000. Para mensurar o LA foi utilizado o modelo teen 100 da marca micromed.
Foi feita uma sub-divisão de intensidades das OA e ALZ em: ligeira, moderada, intensa e
muito intensa para o sexo masculino e feminino. Resultados e Discussão: A classificação da
das atividades podem ser vistas na tabela 1:
Homens METs nº de alunos % Mulheres METs nº de alunos %
Ligeiro 1,6 - 3,9 26 46% Ligeiro 1,2 - 2,7 13 23%
Moderado 4,0 - 5,9 19 34% Moderado 2,8 - 4,3 29 52%
Intenso 6,0 - 7,9 10 18% Intenso 4,4 - 5,9 9 16%
Muito intenso 8,9 - 9,9 1 2% Muito intenso 6,0 - 7,5 0 0%
Extre. intenso 10 + 0 0% Extre. intenso 7,6 + 0 0%
Conclusão: Os resultados demonstram que com envelhecimento ocorre um maior
predisposição a fadiga em OA e ALZ. Grande parte dos sujeitos avaliados atingiria ou
ultrapassariam o LA em atividades moderadas (homens 34% e mulheres 52%) e por
conseqüência teriam dificuldades em realizar OA e ALZ. Visto que as tarefas de AO e ALZ
representam uma percentagem crescente da capacidade máxima do indivíduo, torna-se óbvio
por que muitos adultos velhos cada vez mais querem evitá-las e, desse modo, exacerbam mais
seu declínio na capacidade aeróbia (Posner e et. al., 1995).

Palavras-chave: idosos, limiar anaeróbio, mets, atividades ocupacionais e de lazer.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 184


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ATENDIMENTO NO SETOR DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE DO CENTRO DE


MEDICINA DO IDOSO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

Suiara PereiraTeixeira
Centro de Medicina do Idoso – Hospital Universitário de Brasília - UnB
suiara@unb.br

Introdução: Seguindo uma tendência mundial no atendimento a saúde do idoso, o Centro de


Medicina do Idoso do Hospital Universitário da Universidade de Brasília implantou um setor
de atividade física e saúde. Objetivos: O setor desenvolve um programa de exercícios de
musculação e alongamento para pessoas da terceira idade, com o objetivo da melhoria das
condições funcionais, principalmente no que se refere a força muscular e ao equilíbrio.
Também são metas importantes, educar para a importância da prática da atividade física
sistematizada como fator imprescindível para a melhoria da qualidade de vida e auto estima.
Método: O alvo deste trabalho é apresentar o relato da experiência de um ano de atendimento
no setor de atividade física e saúde. O setor possui uma pequena sala de musculação, onde os
alunos são recebidos através de encaminhamento médico, especificando os seus problemas de
saúde. Após este encaminhamento, é feita uma anamnese, realizada por professores de
educação física, que avaliam as condições físicas e prescrevem quais exercícios poderão ser
desenvolvidos. O atendimento é individualizado, a freqüência é de duas vezes por semana,
com a duração de uma hora e atualmente estão sendo atendidas 46 pessoas, com idades que
variam de 50 a 96 anos. É recomendada a caminhada como atividade complementar ao
trabalho desenvolvido, visto que não há, no local, equipamentos específicos para a realização
de atividades aeróbias. Resultados: O treinamento de sobrecarga com pesos tem um papel
determinante no aumento da massa muscular e do tecido ósseo, contribuindo para uma
postura mais dinâmica, ativa e consciente. O exercício também tem como benefício a melhora
da auto estima e dos aspectos funcionais dos indivíduos. Conclusões A prática da atividade
física orientada, desenvolvida de forma segura, tem se apresentado como fator importante no
processo de prevenção, manutenção e recuperação da saúde dos idosos atendidos.

Palavras-chave: saúde, terceira idade.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 185


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA

Renata Marcela Ornellas Targa, Paula Ferraz da Silva, Vinícius


Silva de Oliveira, Marcelo Cardozo, Walter Jacinto Nunes
UFRuralRJ, renatarga@yahoo.com.br

Introdução: O aumento da perspectiva de vida tem levado à necessidade de se reavaliar o que


é uma vida saudável, não aceitando que as doenças e a diminuição da qualidade de vida sejam
conseqüências naturais e inevitáveis de uma idade avançada. Existe um consenso de que logo
após os trinta anos a capacidade funcional sofre uma deterioração refletindo uma queda das
medidas fisiológicas que são acentuadas com a inatividade. Os exercícios físicos exercem
efeitos contrários aos processos degenerativos do envelhecimento, desacelerando e
suavizando os desgastes deixados no organismo pelo tempo.Objetivo: Investigar como os
participantes do projeto percebem os benefícios da prática da atividade física.Metodologia:
Este estudo de caso caracteriza-se pela observação dos relatos e entrevistas para detectar, após
um período de 6 meses, as melhoras percebidas pelos participantes do Projeto Melhor
Qualidade de Vida em Paracambi que fornece atividade física de ginástica localizada,
alongamento, relaxamento e atividades recreativas, incentivando a descontração e a melhora
da auto-estima, assim como a integração interpessoal. Fizeram parte da amostra 63 pessoas,
sendo 60 mulheres e 3 homens, com idade variando de 40 a 78 anos (média de 55 anos).
Resultados: As principais melhoras percebidas pelos participantes foram: ganho de
resistência (49%), diminuição de dores articulares e musculares (47,61%), aumento do ânimo
(46,03%), melhora da flexibilidade (23,81%), diminuição das dores de coluna vertebral
(20,63%), queda do estresse emocional (11,11%) e redução dos sintomas da
depressão.Conclusão: A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a prática de atividade
física contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos participantes do projeto,
propiciando benefícios físicos e psicológicos.

Palavras-chave: exercício físico, envelhecimento e auto-estima

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 186


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

AVALIAÇÃO DO GANHO DE FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS PRATICANTES


DE EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Antônio Carlos de Souza Vasconcelos, Ana Carolina S. Vasconcelos,Eduardo Teixeira


Câimbra,Rogério Herbert M. Rezende,Victor Hugo Silva,Marisete Peralta Safons
Faculdade de Educação Física – UnB
mari7@unb.br

Introdução: Estudos revelam que dentre as conseqüências do processo de envelhecimento


humano estão a perda de força, de massa muscular e da densidade mineral óssea (DMO).
Pesquisas comprovam que o trabalho resistido com pesos (musculação), progressivo e
contínuo, aumenta a força e a resistência muscular, provoca um incremento da DMO nos
idosos, além de torná-los mais independentes nas suas atividades da vida diária. Objetivo:
avaliar, indiretamente, o percentual de ganho de força muscular nos membros superiores e
inferiores, em idosos praticantes de musculação. Metodologia: A amostra foi composta por 7
indivíduos do sexo feminino, na faixa etária de 65 a 78 anos, com diagnóstico de
osteoporose/osteopenia, submetidos a um treinamento de 2 sessões por semana , com 1 hora
de duração, durante 14 meses. Como forma de avaliação, foram utilizados os teste de
preensão manual e teste de sentar e levantar da cadeira em 30 segundos. Utilizando-se dos
resultados obtidos nos primeiros testes e comparando-os com o re-teste, foi possível calcular
os percentuais de aumento de força em cada indivíduo e assim alcançar as médias para o
grupo. Resultados: Foi encontrado um incremento de força de 10,7% em média, para
membros inferiores, 15,14 % em média para membro superior direito e 16,59% para membro
superior esquerdo, no grupo estudado. Conclusão: verificou-se nos idosos, um ganho de força
superior a 10%, durante a participação no programa de musculação.

Palavras-chave: força, idosos, osteoporose.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 187


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

BENEFÍCIOS ANTROPOMÉTRICOS DE UM PROGRAMA DE HIDROGINÁSTICA


EM IDOSAS

NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO, Paula Guimarães


Universidade Federal de Uberlândia-UFU
frannovais@yahool.com.br

Introdução: O número de pessoas que ultrapassam a linha dos 60 anos vem crescendo
paulatinamente e com o envelhecimento ocorrem mudanças significativas na composição
corporal associadas à inabilidade, dependência e morbidade. Estudos vêm demonstrando o
papel desempenhado pela atividade física regular no controle a estes declínios inerentes ao
processo de envelhecimento. Objetivo: verificar o quanto um programa de hidroginástica
pode influenciar na melhoria ou na manutenção de uma composição corporal saudável em
idosas. Metodologia: As mensurações foram feitas antes e após um período 12 semanas, em
uma amostra de 107 idosas, com idade média de 63 anos, selecionadas aleatoriamente do
grupo de praticantes de hidroginástica, três horas semanais, no Projeto AFRID da
Universidade Federal de Uberlândia. Enfocou-se o %G, o IMC, e a RCQ. Para a análise dos
dados, utilizou-se a estatística descritiva e teste t de Student para amostras dependentes, em
nível de significância de p< 0,05.
Resultados:
Tabela 1: Estatística Descritiva e teste t para os valores antropométricos do pré e pós-teste

Signif. (p<0,05) Pré-teste Pós-teste


%Gord 0,357 25,04 24,54
RCQ 0,037 0,85 0,84
IMC 0,695 28,58 28,43

Conclusão: Apesar de não ter significância estatística para os dados de %G e IMC, pode-se
notar também um decréscimo entre o pré e o pós-teste, e levando em consideração a
população em questão, podemos afirmar que a hidroginástica feita de forma regular presta-se
a minimizar os efeitos deletérios na antropometria causados pelo envelhecimento.

Palavras-chave: envelhecimento, antropometria e hidroginástica.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 188


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CADEIAS MUSCULARES: A POSTURA CORPORAL DE ADULTOS ACIMA DE 55


ANOS.

STERN, Claudia Rossi e GOMES, Sônia Beatriz da Silva.


Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. c.stern@terra.com.br

Introdução: O número cada vez mais expressivo de pessoas com posturas corporais
inadequadas e conseqüentes desconfortos, nos leva a questionar como o educador físico pode
contribuir para melhora na qualidade de vida destas pessoas. O presente estudo está
caracterizado por uma abordagem qualitativa de cunho exploratório descritivo. Objetivo:
Relacionar a autopercepção da postura corporal de adultos acima de 55 anos, participantes de
um programa de Ginástica Postural, com as estruturas psicocorporais definidas no método de
Godelieve Denys-Struyf - G.D.S., que se apóia na concepção das cadeias musculares.
Material e métodos: A amostra foi composta de 16 participantes (26% do total da população)
de ambos os sexos. Foram realizadas entrevistas e avaliações posturais. As entrevistas tiveram
duração média de vinte minutos, gravadas em fitas magnéticas. As avaliações posturais foram
feitas a partir de quatro fotos digitalizadas de cada indivíduo nas vistas anterior, posterior e
laterais direita e esquerda em um posturógrafo com base giratória. As informações coletadas
nas entrevistas foram analisadas com base nos procedimentos da análise de conteúdo. Os
dados das avaliações posturais foram obtidos através da observação das fotos e classificação
dos principais desalinhamentos das vistas laterais e posteriormente relacionados com as
estruturas psicocorporais definidas no método G.D.S. Resultados: A triangulação das
informações apontou os seguintes resultados: 62,5 % da amostra relacionou coerentemente a
sua autopercepção de postura corporal com as estruturas psicocoporais definidas no método
G.D.S. No terceiro ponto da triangulação identificou-se a coerência entre a escolha dos
participantes e os desalinhamentos posturais observados nas fotos da avaliação postural.
Conclusões: Os adultos acima de 55 anos conseguem perceber a sua estrutura psicocorporal e
relacioná-la com aspectos da sua vida e a participação no programa de Ginástica Postural.

Palavras-chave: postura corporal; cadeias musculares; adulto velho.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 189


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CAMINHADA, HIDROGINÁSTICA E ALONGAMENTO SÃO AS ATIVIDADES


MAIS INDICADAS PARA PESSOAS IDOSAS

Vagner Raso†§‡, Ivete BalenŦ, Mônica SchwarzŦ, Cristiane Ribeiro CoppiŦ.



Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU
Ŧ
Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET – Paraná
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: O conhecimento das características das atividades físicas (AF) indicadas para
pessoas idosas representa conhecimento adicional importante. Objetivo: Determinar tipo,
freqüência, duração e intensidade das AF que os profissionais da área de saúde acreditam ser
mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis. Material e Métodos: A amostra
foi constituída por 1572 voluntários de ambos os gêneros na faixa etária de 17 a 65 anos. Os
voluntários eram estudantes e/ou profissionais (Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia,
Medicina, Nutrição, Psicologia) de quatro estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo). As variáveis foram determinadas por meio de questionário semi-aberto
onde os voluntários estabeleciam em ordem de importância, as três atividades que
acreditavam ser mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis assim como
freqüência (diassem-1), duração (mindia-1) e intensidade (leve, moderada, vigorosa).
Resultados: A caminhada, a hidroginástica e o alongamento representam em ordem de
importância as atividades mais indicadas. A freqüência semanal varia de 3 (39,1% [atividade
3]; 41,4% [atividade 2]) a 5 diassem-1 (46,8% [atividade 1]). A duração variou de 43,18 
17,82 mindia-1 (atividade 1) a 45,15  23,95 mindia-1 (atividade 3). Existe consenso de que a
intensidade deve ser de leve (43,9% [atividade 2]; 54,2% [atividade 3]) a moderada (54,5%
[atividade 1]). Conclusão: Caminhada, hidroginástica e alongamento são as atividades mais
indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis.

Palavras-chave: atividade física, idoso, profissionais da área de saúde.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 190


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

COMPORTAMENTO DO VO2, EJabs, EJrel, FCE, %FCM E PSE NO TESTE DE


MARCHA ESTACIONÁRIA

Ricardo SG Costa§, Leandro V Silva§, Paula I Toyansk§,


Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†
§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: A informação do comportamento de variáveis psicofisiológicas permite maior


conhecimento das características cinéticas intervariáveis. Objetivo: Analisar o número
absoluto (EJabs) e relativo (EJrel) de elevações do joelho, freqüência cardíaca (FCE [bpm]) e
percepção subjetiva de esforço (PSE), porcentagem da freqüência cardíaca máxima predita
para a idade (%FCMidade) assim como consumo de oxigênio (VO2 [ml·kg-1·min-1]) a cada 30
segundos no teste de marcha estacionária com análise direta de gases (TME). Material e
Métodos: A mostra foi constituída por 27 voluntárias na faixa etária de 60 a 82 anos (x=
69,67  5,88 anos). O TME foi realizado de acordo com modelo proposto por Raso et al.
(2001). Resultados: São apresentados na tabela:
30s (a) 60s (b) 90s (c) 120s (d)
EJabs 26,44  4,94 54,50  8,17a 85,12  12,24ab 113,44  18,18abc
EJrel 26,44  4,94 28,05  5,25 30,62  5,00a 30,05  4,72a
FCE 105,14  14,29 115,74  16,52 127,00  16,57ab 135,44  14,94ab
%FCM 70,07  10,21 77,09  11,37 84,54  11,07a 90,08  9,36ab
VO2 7,42  2,60 11,05  2,95a 14,04  3,53ab 15,31 3,99ab
PSE 9,50  2,36 11,51  1,98a 13,22  2,06ab 14,29  2,46ab
Houve incremento estatisticamente significativo (abcdp<0,01) no comportamento de todas as
variáveis a partir dos 60 s (exceção para EJrel, FCE, %FCM). A EJrel foi estatisticamente
diferente somente nos 90 s e 120 s quando comparados aos 30 s. Conclusão: Houve aumento
progressivo nas variáveis psicofisiológicas analisadas.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, consumo de oxigênio de pico.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 191


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CONSCIENTIZAÇÃO DA MELHOR IDADE NO CULTIVO DA ATIVIDADE FÍSICA

Gisele Pugliese e Rosemari Frackin.


Faculdade Dom Bosco.
capeitu@yahoo.com.br

Introdução: O envelhecimento é um dos fenômenos que mais se evidencia na sociedade


contemporânea. Novos estudos e pesquisas demonstram que o decréscimo progressivo das
taxas de natalidade, o aumento significativo dos níveis de qualidade de vida e, por
conseqüência, o crescimento na expectativa de vida do brasileiro, aumenta a população de
idosos. Um dos componentes para o envelhecimento bem sucedido está nas modificações no
estilo de vida de cada um, tais como: controle da alimentação, controle dos níveis de estresse
e a inclusão de um programa de atividade física regular. O desenvolvimento de avaliações e
prescrições de exercícios é de domínio e responsabilidade de profissionais de Educação
Física, levando em consideração as diferenças inter individuais. Objetivos: Relatar
experiência de um projeto de pesquisa relativo à adesão de idosos a um programa de atividade
física, respondendo a pergunta: Quais os fatores que impedem o aumento da adesão de
indivíduos que se encontram na faixa etária de 65 anos a 70 anos em Programas de Atividades
Físicas regulares? Metodologia: Relato de Experiência de um projeto de pesquisa com idosos
desenvolvido em na cidade de Curitiba, em grupos de convivência da Fundação de Ação
Social sendo realizado com uma população de 50 idosos entre 65 a 70 anos, com um
questionário cuja análise servirá de base para o exercício profissional futuro com os mesmos.
Conclusão: Deve-se conscientizar a terceira idade sobre a importância da atividade física,
proporcionar meios de orientação para o ingresso em um Programa, despertar o interesse de
profissionais de Educação Física para este segmento de mercado. Resultados: As
dificuldades encontradas são de locomoção, falta de companhia, medo do novo, exclusão
social, falto de incentivo.

Palavras-chave: envelhecimento, adesão e atividade física.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 192


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

CORRELAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL COM A MASSA


CORPORAL, ESTATURA E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM HOMENS E
MULHERES IDOSAS

Luciane Moreira Chaves


Faculdade Alvorada
lumoreirachaves@yahoo.com.br

Introdução: Devido as diferenças entre indivíduos no padrão de deposição da gordura


corporal e composição corporal, é necessário mais informações a cerca das mudanças
advindas do processo de envelhecimento. Objetivo: O presente estudo procurou relacionar o
IMC com os parâmetros antropométricos e da composição corporal. Material e métodos:
Foram estudados 40 indivíduos, com faixa etária média de 70  5,63 para homens (n=20) e
67,9  3,57 para mulheres (n=20). O estudo foi realizado no laboratório de imagem da UCB.
Para a medida da MC, foi utilizada balança (Fillizola). A medida da estatura foi realizada
através de estadiômetro (Cardiomed). As medidas da MM e a MG, foram realizadas através
do densitômetro DXA (LUNAR), modelo DPX-IQ. As análises descritivas foram realizadas
através da média e desvio padrão. As relações entre as variáveis foram realizadas, através da
análise de regressão linear. Resultados: Através da análise de regressão linear foi possível
observar que a estatura explica 36% do IMC em homens, sendo estatisticamente significante
(r=0,600, p=0,01), o mesmo não foi observado com relação as mulheres. A MC apresentou
forte correlação (r=0,849, p=0,01) com IMC em homens, explicando 72%. Para as mulheres a
correlação com IMC e MC também foi estatisticamente significativa (r=0,932, p=0,01),
explicando 87%. A relação do IMC com a MG foi estatisticamente significativa (r=0,390,
p=0,05) somente para o grupo dos homens, explicando apenas 23%. O grupo das mulheres
obteve uma variação de 33% na relação do IMC com a MM apresentando significância na
correlação (r=0,572, p=0,01). Conclusão: As diferenças entre os gêneros evidenciaram que
um IMC menor é mais influenciado pela estatura, MC e MM em homens, indicando que em
mulheres existe a necessidade de aumentar a MM e diminuir a MC.

Palavras-chave: índice de massa corporal (IMC), massa magra (MM), massa gorda (MG).

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 193


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

ESTUDO TRANSVERSAL DA APTIDÃO FÍSICA NA VIDA ADULTA

Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia


Finamor Bavier, Giovanni Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke
Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo Cardoso
Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)
Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas
ceafeulbra@yahoo.com.br

Introdução: O desgaste físico é comumente associado ao processo de envelhecimento, porém


discute-se que o sedentarismo é um os principais fatores da deterioração e não simplesmente o
acúmulo dos anos de vida. Contudo, existe carência de estudos com dados longitudinais e,
mesmo, transversais, comparando as diferentes gerações ao longo da vida. Objetivo: O
objetivo deste estudo foi avaliar a aptidão física de adultos em diferentes fases da vida (anos
adultos, meia-idade, terceira idade), baseando-se na força, na flexibilidade e na resistência.
Metodologia: Participaram do estudo 30 adultos participantes do CEAFE (Centro de Estudos
de Atividade Física e Envelhecimento) da Educação Física da ULBRA/Canoas no início do
projeto de hidroginástica. Os 30 sujeitos foram avaliados a partir da dinamometria manual,
teste de sentar e alcançar e teste de 1,5 milha. Para análise dos resultados, foram organizados
três grupos de acordo com a idade, contendo 10 sujeitos em cada: 1 (20 aos 45 anos), 2 (46-60
anos), 3 (60 anos em diante). Os resultados foram analisados a partir da ANOVA no programa
estatístico SPSS 10.0. Resultados: O teste de milha não foi avaliado por não apresentar
homogeneidade de variância. A força e a flexibilidade indicaram que não houve diferença
estatística entre os três grupos de estudo. Conclusões: Esta pesquisa indicou que a aptidão
física na população adulta e idosa não parece ser muito diferenciada, refletindo que o padrão
de vida é mais indicativo do nível de aptidão física do que simplesmente a idade cronológica.
Os resultados permitem auxiliar na desmistificação de que o acúmulo de anos de vida seja
responsável pelas diferenças no organismo em diferentes idades, ou seja, não se pode associar
o idoso sempre como a pessoa mais fraca, menos flexível e menos resistente.

Palavras-chave: vida adulta, aptidão física

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 194


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

EVOLUÇÃO DA SATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL PERCEBIDA POR


MULHERES FISICAMENTE ATIVAS

NOVAIS, Francini Vilela; COSTA, Geni Araújo; AZEVEDO,


Paula Guimarães de; ARANTES, Luciana Mendonça
Universidade Federal de Uberlândia-UFU
frannovais@yahoo.com.br

Introdução: A imagem corporal é a percepção que temos de nós mesmos, é influenciada


pelos padrões estipulados pela sociedade e a cultura que nos rodeia. O modelo de beleza
imposto pela sociedade hoje, corresponde a um corpo magro sem, contudo, considerar
aspectos inerentes ao processo natural de envelhecimento.Objetivo: Verificar a evolução da
satisfação com imagem corporal percebida por mulheres ativas desde à adolescência à
velhice. Metodologia: Foram avaliadas através do ―Questionário de percepção de silhueta
corporal‖ de STUNKARD e SORENSEN (1993) 100 mulheres escolhidas aleatoriamente
entre as praticantes de atividades físicas em academias de ginástica e no Projeto AFRID na
cidade de Uberlândia-MG por pelo menos 3 horas semanais. A amostra foi dividida
etariamente, GI(10 a 20 anos) n=15, GII(21 a 30 anos) n= 20, GIII(31 a 40 anos) n= 10,
GIV(41 a 50 anos) n=10, GV(51 a 60 anos) n=15, GVI(61 a 70 anos) n= 15, GVII (71 a 80
anos) n= 20 e GVIII(+ de 80 anos) n= 5. Para análise dos dados utilizou-se a estatística
descritiva. Resultados:
GI GII GIII GIV GV GVI GVII GVIII
Idade Média 16,33 23,57 33,8 44,6 55,4 64,86 73,8 81,8
Desvio 2,28 2,61 2,07 2,59 2,84 1,55 3 0,83
Padrão
Satisfeitos 25% 37,03% 42,85% 20% 44,44% 40% 41,66% 44,3%
Insatisfeitos... 75% 62,97% 57,15% 80% 55,56% 60% 58,34% 55,7%
Conclusão: A análise dos dados demonstrou uma extrema insatisfação com a imagem
corporal percebida em todas as faixas etárias. Pôde-se notar também que com o acrescer da
idade há um maior conformismo com a atual imagem.

Palavras-chave: evolução, imagem corporal, idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 195


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

FCM NO TESTE DE MARCHA ESTACIONARIA


COMO INDICADOR PARA A PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO

Paula I Toyansk§, Leandro V Silva§, Ricardo SG Costa §,


Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†
§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: A freqüência cardíaca máxima (FCM) representa um dos parâmetros mais


empregados à prescrição de exercício aeróbico. Objetivo: Determinar o nível de associação
da FCM obtida no teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCEM) com a alcançada no
teste de marcha estacionária com análise direta de gases (TME). Material e Métodos: A
amostra foi constituída por 9 voluntárias na faixa etária de 65 a 78 anos (x= 69,00  3,64
anos). A FCE registrada em intervalos de 30s a partir dos 120s segundos assim como a FCM
obtida no TME até a fadiga voluntária foram associadas à FCM obtida no TCEM. O TCEM
foi realizado em esteira rolante com inclinação de 1% e aumento progressivo da velocidade
(1,2 km.h-1 ) a cada 2 minutos. O TME foi realizado até a fadiga voluntária de acordo com
modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: Houve correlação significativa que
variou de moderada (0,68: 150 segundos [p=0,04]) a muito alta (1,00: 450 segundos
[p=0,01]). Os únicos intervalos que alcançaram associação estatisticamente significativa
foram 150 s (0,68 [n: 9]), 180 s (0,82 [n: 9]), 270 s (0,88 [n: 8]) e 450 s (1,00 [n: 2]). Nos
demais intervalos, a correlação também variou de moderada (0,54 [210 s]) a alta (0,79 [420
s]), mas não foi estatisticamente significativa. Conclusão: A FCM alcançada no TME até a
fadiga voluntária pode representar um bom indicador para a prescrição de exercício. No
entanto, são necessários estudos futuros com maior número de voluntários.

Palavras-chave: freqüência cardíaca máxima, teste de marcha estacionária, teste


cardiopulmonar de exercício máximo

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 196


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

FLEXIBILIDADE EM IDOSOS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE


ATIVIDADE FÍSICA

Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães; Amanda Soares;


Joseani Paulini Neves Simas; Giovana Zarpellon Mazo
CEFID/UDESC – Florianópolis – SC; nanaguim@terra.com.br

Introdução: Estudos mostram que com o passar dos anos o ser humano perde flexibilidade, o
que pode acarretar prejuízos para a qualidade de vida. Objetivo: o presente estudo avaliou a
flexibilidade da articulação do ombro e do quadril em idosos praticantes e não praticantes de
atividade física. Metodologia: a amostra foi composta de 100 idosos, de ambos os sexos,
sendo que 50 praticavam atividade física 2 vezes por semana, e 50 não praticavam. Os
praticantes foram selecionados no GETI, no núcleo de cardiologia do CEFID e nos Grupos de
Convivência da comunidade de Coqueiros. Os não praticantes foram selecionados de forma
aleatória. Os instrumentos utilizados: a) formulário de dados pessoais; b) teste de flexibilidade
―coçar as costas‖, validado por Corbin e Lindsey (1985), e c) o teste de ―sentar e alcançar‖,
adaptado e validado por Nieman (1990), ambos citados por Nahas (2001). Para a análise dos
dados fez-se uso da estatística descritiva. Resultados: os dados obtidos sobre o perfil dos
idosos identificaram que a média de idade destes foi de 68,5 anos (SD= 6,9), 53% dos idosos
encontram-se na faixa etária dos 60 a 69 anos, sendo que 74% deles eram casados e 45% não
haviam completado o ensino fundamental. Como era esperado a maioria dos idosos são
aposentados (79%) e dos 50 não praticantes 30% alegaram falta de tempo o motivo principal
para não praticar atividade física. No índice de flexibilidade da articulação do ombro não
houve grande diferença entre os praticantes e não praticantes os quais apresentaram-se na
categoria de baixa condição e na articulação do quadril, 62% dos idosos apresentaram-se nas
categorias consideradas boas para a saúde e os não praticantes foram os que apresentaram
melhores resultados. Conclusão: desta forma a de se considerar que praticar atividade física
duas vezes por semana pode não ser suficiente para melhorar a flexibilidade, principalmente
desta população.

Palavras-chave: idoso, flexibilidade, atividade física

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 197


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

IDADE CRONOLÓGICA, PESO CORPORAL, ESTATURA, IMC, ADIPOSIDADE


CORPORAL E ALTURA DE ELEVAÇÃO DO JOELHO NÃO INFLUENCIAM O
DESEMPENHO NA MARCHA ESTACIONÁRIA

Adriana G Nardi§, Rodrigo G Quito §, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†


§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: A idade cronológica assim como a composição corporal têm sido implicadas
com decréscimo de desempenho. Objetivo: Determinar a influência da idade cronológica
(IC), peso corporal (PC), estatura (E), índice de massa corporal (IMC), adiposidade corporal
(Adp) e da altura de elevação do joelho (hEJ) no desempenho do teste de marcha estacionária
(TME). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 134 voluntários na faixa etária de
50 a 85 anos (x: 65,69  6,57 anos). A Adp foi determinada por meio da somatória de três
dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca). O TME foi realizado de acordo com
modelo proposto por Raso et al. (2001), mas somente o número máximo de elevações do
joelho foi considerado. Resultados: Não houve associação estatisticamente significativa
(p<0,01) para nenhuma das variáveis independentes (IC, PC, E, IMC, Adp, hEJ) analisadas
quando associadas ao desempenho no TME. Os valores de correlação foram muito baixos e
variaram de –0,15 (hEJ [p>0,01]) a 0,04 (PC [p>0,01]). Conclusão: O desempenho no TME
não é influenciado seja pela IC, PC, E, IMC, Adp ou pela hEJ. A ausência de deslocamento
assim como de transporte do peso corporal podem talvez serem os principais fatores que
explicam a baixa correlação. No entanto, trabalhos futuros são necessários para melhor
compreender esse fenômeno, visto a associação freqüentemente encontrada quando estas
variáveis independentes são correlacionadas com parâmetros similares que exigem
deslocamento.

Palavras-chave: composição corporal, idoso, teste de marcha estacionária.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 198


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

MARCHA ESTACIONÁRIA ATÉ A FADIGA VOLUNTÁRIA MENSURA CERCA DE


98% DO CONSUMO DE OXIGÊNIO DE PICO – ESTUDO PILOTO

Rodrigo G Quito§, Adriana G Nardi§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†


§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: Nosso serviço tem demonstrado que o teste de marcha estacionária (TME) de 2
minutos prediz 73% do consumo de oxigênio de pico (VO2pico [mlkg-1min-1]). Objetivo:
Determinar o nível de associação entre o VO2pico alcançado no teste cardiopulmonar de
exercício máximo (TCEM) com o obtido no teste de marcha estacionária com análise direta
de gases (TME) até a fadiga voluntária em intervalos de 30 segundos após 120 segundos.
Material e Métodos: A amostra foi constituída por 9 voluntárias na faixa etária de 65 a 78
anos (x= 69,00  3,64 anos). O TCEM foi realizado em esteira rolante com inclinação de 1%
e aumento progressivo da velocidade (1,2 km·h-1) a cada 2 minutos. O TME foi realizado até
a fadiga voluntária de acordo com modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: São
apresentados na tabela:
TCEM TME à Fadiga Voluntária
Duração (s) 457,50  92,87 390 (n: 4) 420 (n: 4)
VO2pico 20,20  3,39 17,03  2,51 16,78  3,05 (420 s)
Pearson  0,89 (r2: 0,79)* 0,99 (r2: 0,98)*
Somente quatro voluntárias conseguiram alcançar o intervalo de tempo de 420 segundos; após
este período, o número de voluntárias diminuiu proporcionalmente para 3 (450 s), 2 (480 s) e
1 (510 s). Houve correlação muito alta e estatisticamente significativa para ambos os
intervalos de tempo (390 s e 420 s), sendo que a melhor correlação ocorreu aos 420 s (0,99
[r2: 0,98]). Conclusão: O TME até a fadiga voluntária possui alta sensibilidade na
mensuração do VO2pico. Estes dados são superiores aos demonstrados em estudo anterior
quando o TME foi realizado até 120 s.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, consumo de oxigênio de pico .

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 199


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

MOBILIDADE GERAL EM IDOSAS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa.
Universidade Federal de Uberlândia.
luizhrsouza21@yahoo.com.br

Introdução: Segundo alguns autores, American College of Sports Medicine (2003); Shephard
(2003); Matsudo (2004), a velocidade pode ser considerada como a capacidade de realizar
ações motoras em curtos intervalos de tempo a partir das aptidões disponíveis do
condicionamento. Objetivos: Este estudo tem a finalidade de comparar os valores padrões de
referência de mobilidade geral, de acordo com a idade cronológica de mulheres fisicamente
independentes de São Caetano do Sul (SCS), com os resultados obtidos pelas idosas
pertencentes ao projeto AFRID. Metodologia: A amostra foi composta por 184 mulheres,
com idade cronológica entre 50 e 79 anos, praticantes de hidroginástica no projeto AFRID.
Utilizou-se os testes de mobilidade geral, protocolado por Matsudo, 2004, (velocidade normal
de andar – VNA -, velocidade máxima de andar – VMA - e velocidade de levantar da cadeira
– VLC), para obter os dados da amostra. Para a realização dos testes foram utilizados os
materiais e procedimentos descritos por Matsudo, 2004. Resultados e Conclusão: Valores
padrões de referência (tabela superior) e valores obtidos (tabela inferior), em média e desvio
padrão, da VNA, VMA, VLC (segundos), respectivamente, para os grupos analisados:
SCS 50-59 60-69 70-79
x 2,84 2,34 0,62 3,0 2,49 0,69 3,28 2,65 0,76
s 0,3 0,4 0,2 0,4 0,4 0,2 0,5 0,3 0,2

AFRID 50-59 60-69 70-79


x 2,74 2,2 0,47 2,97 2,35 0,50 3,27 2,64 0,54
s 0,61 0,43 0,2 0,57 0,4 0,13 0,63 0,47 0,15
Após a análise dos dados, pode-se notar que a variação em média nos testes das idosas do
AFRID foi de 0,53, 0,44 e 0,07, enquanto nas idosas de SCS foi 0,44, 0,31 e 0,14,
respectivamente.

Palavras-chave: mobilidade geral, atividades físicas

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 200


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

MOTIVOS QUE LEVAM AS PESSOAS DA TERCEIRA IDADE A PRATICAREM


EXERCÍCIOS FÍSICOS

Emerson de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
massoterapeutaemerson@bol.com.br

Introdução: As limitações de desempenho, decorrentes da idade, alteram o bem-estar físico e


psico-social dos idosos e a prática de exercícios físicos traz uma redução da depressão nestes,
quando comparados aos não praticantes, e a depressão é o principal problema de saúde mental
dessa população, trazendo uma acentuada mudança na vida social dos mesmos. Objetivo:
Verificar quais os motivos que levam as pessoas da terceira idade a iniciar e permanecer na
prática de exercícios físicos. Método: pesquisa descritiva com 30 sujeitos, de ambos os sexos,
faixa etária entre 50 e 80 anos, praticantes regulares de exercícios físicos há cerca de 4 anos,
sob orientação de uma professora de Educação Física. Resultados: 43,3% de sujeitos
participam do grupo há quatro anos, o que mostra um alto índice de permanência no programa
de exercícios físicos. Os problemas de saúde mais relatados foram os visuais, a hipertensão e
a osteoporose. Os motivos que os levaram a iniciarem a prática de exercícios físicos foram a
busca da melhoria da saúde (63,3%), a busca de um lazer (43,3%). A saúde é o principal
motivo para considerarem importante a prática. Dentre os motivos para continuarem
praticando exercícios físicos o gosto pela prática (23,3%) e os efeitos na melhoria da
saúde(20%) foram os mais citados. Conclusões: verificou-se que a maioria dos sujeitos do
estudo preocupa-se primeiramente com a saúde, sendo este o principal motivo para iniciarem
e permanecerem na prática de exercícios físicos, vindo em seguida o lazer e o gosto pela
prática.

Palavras-chave: terceira idade, exercícios físicos, motivação

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 201


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

NIVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSAS

Giovana Zarpellon Mazo 1; Jorge Mota2; Lucia Hisako Takase Gonçalves3


1 - Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Centro de Educação Física,
Fisioterapia e Desportos – CEFID. d2gzm@udesc.br
2 - Universidade do Porto – UP, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física –
FCDEF, Porto, Portugal. jmota@fcdef.up.pt
3 - Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Faculdade de Enfermagem.
lucia@ufsc.br

Introdução: O Brasil, como outros países, dispõe-se de poucos dados sobre a prevalência da
inatividade física e a sua relação com a qualidade de vida de idosos. Objetivo geral: Analisar
o nível de atividade física e a relação com a qualidade de vida (QV) de mulheres idosas
participantes de Grupos de Convivência de Idosos. Material e Método: A amostra foi do tipo
probabilística, com a técnica de seleção aleatória estratificada, composta por 198 mulheres
idosas ( =73.6 anos, DP=5.9), participantes em Grupos de Convivência de Idosos, em
Florianópolis, SC. Instrumentos: Formulário com os dados de identificação; Questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão 8, forma longa e semana normal, para
verificar o nível de atividade física das idosas; Questionário de Qualidade de Vida da
Organização Mundial da Saúde (WHOQOL abreviado). Coleta de dados: Os instrumentos
foram aplicados em forma de entrevista individual. Tratamento dos dados: Através do IPAQ,
a amostra foi dividida em dois níveis de atividade física: menos ativo (<150 min/sem) e mais
ativo (≥150 min/sem). Os dados foram analisados através da estatística descritiva, de testes
não-paramétricos e da análise de regressão logística binária. Adotou-se um nível de
significância de 5%. Resultados: Grande parte das idosas pertence ao nível de AF mais ativo.
O nível de atividade física menos e mais ativo fisicamente está relacionado com os domínios
de QV e as suas facetas. Os resultados indicam associações significativas entre o domínio
físico e os níveis de atividade física. As idosas que revelam um pior resultado no domínio
físico da QV apresentam um risco acrescido de terem um nível de atividade física menos
ativo. Conclusão: A AF tem um papel importante na melhoria da QV das idosas. Assim, torna-se
necessário intervir nesta realidade, para que as idosas menos ativas se tornem ativas e as mais ativas
se mantenham ou aumentem o seu nível de AF e, com isto, mantenham ou melhorem a sua QV.

Palavras-chave: nível de atividade física, qualidade de vida, idosas

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 202


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

NÍVEL DE DEPRESSÃO EM IDOSOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS

Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho,
Dayanne Christine Borges Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
mafsilva05@yahoo.com.br

Introdução: A prática de atividade física pode aumentar a longevidade à medida que


modificamos os processos de algumas doenças. A depressão é a principal doença mental da
terceira idade, por isso é um problema importante a ser encarado pelos profissionais que
trabalham com esta clientela. Objetivos: O objetivo deste trabalho é verificar a probabilidade
de quadros depressivos em idosos praticantes de hidroginástica, pertencentes ao projeto
AFRID. Metodologia: Foi realizado um teste com 35 indivíduos (10 homens e 25 mulheres)
praticantes de hidroginástica. O instrumento utilizado, protocolado por Matsudo (2004), foi
um questionário descrito por FIATARONE (1996), com 30 questões relacionadas à satisfação
com a vida e estados de ânimo do indivíduo, além de relatos dos entrevistados. Resultados e
Conclusão: A análise dos dados obtidos pelo questionário mostrou que 14,28% dos idosos
apresentaram tendência à depressão, sendo que um destes é homem e quatro são mulheres.
Acredita-se que as atividades desenvolvidas pelo projeto AFRID tiveram grande influência no
resultado desta pesquisa, pois relatos dos informantes confirmaram os dados, relacionando-os
a uma melhora do sentimento de bem-estar e satisfação com a vida.

Palavras-chave: depressão, atividades físicas, idosos.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 203


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

NÍVEL DE QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUICIONALIZADOS

Tibúrcio, Fernando Roberto Nunes Tibúrcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Maria
Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
frntiburcio@yahoo.com.br

Introdução: É notável o aumento da população de idosos no mundo. Considerando os


problemas familiares, dificuldades financeiras e principalmente a falta de compreensão e
afetividade para cuidar de um idoso, este é levado para viver em uma instituição asilar.
Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi conhecer o perfil dos idosos residentes em asilos em
relação à qualidade de vida. Metodologia: Para a realização desta foi utilizado um inventário
adaptado sobre qualidade de vida (Lipp e Rocha, 1996) aplicado em 25 idosos, de ambos os
sexos, residentes em asilos, situado no município de Uberlândia/MG, nos quais o projeto
AFRID (Atividades Físicas e Recreativas para a Terceira Idade) realiza atividades. O
inventário é composto por 35 perguntas, de respostas curtas. O instrumento foi aplicado aos
residentes dos asilos que apresentavam condições psicológicas e fonativas que lhes permitiam
o entendimento e a resposta correspondente. De acordo com o inventário, os resultados
considerados ideais nos aspectos social, afetivo e salutar devem estar acima de 60%, 80% e
73,3% respectivamente. Resultados: Os resultados obtidos nos aspectos social, afetivo e
salutar foram 57,8%, 66,8% e 49,2% respectivamente, os quais foram considerados abaixo
dos indicativos de sucesso. Conclusões: Assim pode-se concluir que há um indício de
qualidade de vida, dos asilados, abaixo do considerado ideal nas instituições pesquisadas.
Serão realizadas futuras pesquisas para corroborar com os dados obtidos.

Palavras-chave: asilo, qualidade de vida

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 204


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

NÚMERO DE ELEVAÇÕES DO JOELHO PREDIZ CERCA DE 37%


DO CONSUMO DE OXIGÊNIO NO TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA

Marcel B Rocha§, André R Quina§, Vivian A Martins§, Sabine A


Oliveira§, Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†
§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: O número de elevações do joelho (EJabs) pode ser um importante parâmetro de


intensidade de esforço. Objetivo: Verificar o nível de associação entre EJabs e consumo de
oxigênio (VO2). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 28 voluntárias com idade
entre 60 a 82 anos (x= 66,67 ± 5,88 anos). O TME foi realizado de acordo com modelo
proposto por Raso et al. (2001). O VO2 (mlkg-1min-1) foi obtido simultaneamente ao TME
com análise direta de gases em intervalos de 30s. O coeficiente de correlação linear de
Pearson assim como o coeficiente de determinação foram empregados para a análise dos
dados. Resultados: São apresentados na tabela:
30s 60s 90s 120s
EJABS 26,54 ± 4,88 54,59 ± 8,04 84,91 ± 12,07 112,96 ± 18,03
VO2 7,39 ± 2,53 11,18 ± 2,97 14,03 ± 3,51 15,16 ± 4,04
r(r2) 0,21(4%) 0,41(17%) 0,61(37%)* 0,52(27%)*
*p<0,001
Houve correlação baixa e não significativa entre número de elevações do joelho e consumo de
oxigênio nos 60 segundos iniciais do TME (0,21 [30s]; 0,41 [60s]), enquanto que moderada e
significativa para os 90s (0,61 [37%]) e 120s (0,52 [27%]). Conclusão: O número de
elevações do joelho pode representar um preditor razoável do consumo de oxigênio no teste
de marcha estacionária.

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, elevação de joelho, consumo de oxigênio.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 205


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

O LAn OBTIDO NA MARCHA ESTACIONÁRIA NÃO É DIFERENTE DO


ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO

Leandro V Silva§, Ricardo SG Costa§, Paula I Toyansk§,


Francisco L Pontes Jr.§‡, Vagner Raso§‡†
§
Faculdade de Educação Física – FEF – Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do exercício – LABEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E –mail: vraso@usp.br

Introdução: O limiar anaeróbico (LAn) representa importante parâmetro à prescrição de


exercício. Objetivo: Comparar o ponto de estabelecimento do LAn nos testes cardiopulmonar
de exercício máximo (TCEM) e na marcha estacionária com análise direta de gases (TME) de
acordo à freqüência cardíaca esforço (FCE [bpm]) e ao consumo de oxigênio (VO 2 [ml∙kg-
1
∙min-1]). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 5 voluntárias na faixa etária de
65 a 78 anos (x=69,2  5,07 anos). O TCEM foi realizado em esteira rolante com inclinação
de 1% e aumento progressivo da velocidade (1,2 km·h -1) a cada 2 minutos. O TME foi
realizado até a fadiga voluntária de acordo com modelo proposto por Raso et al. (2001). O
LAn foi estabelecido de acordo com o incremento da curva de VE/VO 2 e de PETO2.
Resultados: São apresentados na tabela:
TME TCEM r
FCE 124,80 ± 6,65 123,20 ± 4,55 0,98(p=0,004)
VO2 13,00 ± 2,55 13,20 ± 1,92 0,87(p=0,057)
Não foi detectada diferença estatisticamente significativa entre o LAn alcançado no TME com
o obtido no TCEM. Houve correlação muito alta e significativa quando a FCE foi considerada
de acordo com o ponto do LAn (0,98: p=0,004 [r 2: 96%]). No entanto, o mesmo fenômeno
não se repetiu para o VO2, embora a correlação tenha sido alta (0,87). Conclusão: O LAn
ocorre em momentos similares tanto no TME como no TCEM independente do parâmetro
analisado (FCE ou VO2).

Palavras-chave: teste de marcha estacionária, teste cardiopulmonar de exercício máximo,


limiar anaeróbico.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 206


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

OS DESCOMPASSOS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA A


POPULAÇÃO IDOSA

Raquel Guimarães Lins


Universidade Católica de Brasília
raquelglins@ig.com.br

Introdução: A Política Nacional do Idoso (PNI, 1994) visa o incentivo de programas de


atividades físicas que promovam a qualidade de vida para a população idosa. A Secretaria
Municipal de Esportes de Belo Horizonte oferece atividades físicas em 27 núcleos do
Programa Vida Ativa. Objetivo: A pesquisa tem como objetivo verificar se os indivíduos
idosos residentes próximo ao Parque Municipal Lagoa do Nado, na região norte, conhecem o
programa bem como participam do mesmo. Metodologia: A metodologia compreende
entrevista estruturada, com análise dos resultados quantitativamente. A amostra de
conveniência, com um total de 30 idosos, sendo 12 do sexo masculino (40%) e 18 do sexo
feminino (60%). A média de idade dos entrevistados é de 67 anos. Resultados: Os resultados
obtidos são: 57,14% desconhecem e 42,86 o conhecem, principalmente, por meio de amigos e
por freqüentarem o parque; 47,15 % praticam algum tipo de atividade física regular, nas quais
destacam-se a caminhada e a hidroginástica, 52,85% são sedentários. Sobre a freqüência, 62%
o fazem regularmente, 20% periodicamente e 18% não. Conclusões: Embora a PNI associe os
benefícios da atividade física à qualidade de vida, é possível perceber que a prática de
atividades físicas atinge uma pequena parcela desta população. Um dos motivos pode ser a
falta de espaço público, mas é possível verificar ainda que, nesta região o desconhecimento de
um programa da prefeitura compromete a proposta da PNI, sendo necessário criar estratégias
para atender, de forma mais abrangente, aos idosos residentes na região. Será a partir de uma
adesão maior de idosos, fato que depende do próprio conhecimento das possibilidades de
prática, que a atividade física poderá ser, de fato, contribuinte para a melhoria da qualidade de
vida dos idosos.

Palavras-chave: política nacional do idoso, programa vida ativa, qualidade de vida.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 207


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PARÂMETROS MOTORES E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES


DE DANÇA DE SALÃO

Luiz Alberto Simas; Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães;


Joseani Paulini Neves Simas; Giovana Zarpellon Mazo
CEFID/UDESC – Florianópolis – SC; nanaguim@terra.com.br

Introdução e objetivos: a autonomia do idoso está inteiramente relacionada com a prática de


atividade física e a dança, como uma atividade física, pode tornar a vida diária mais saudável,
atingindo os domínios do comportamento do ser humano: psicomotor, sócio-afetivo e
perceptivo-cognitivo. Neste sentido, o estudo diagnóstico descritivo teve o intuito de analisar
a qualidade de vida e os padrões motores de idosos praticantes de dança de salão, bem como
especificamente a Qualidade de Vida na percepção dos idosos, os parâmetros motores, a
aptidão motora geral e específica e o perfil dos idosos. Metodologia: a amostra foi composta
por 15 (quinze) idosos de ambos os sexos: 11 idosos do sexo feminino e 4 idosos do sexo
masculino, todos praticantes de Dança de Salão, selecionados intencionalmente pela (a)
idade, (b) tipo de prática e (c) interesse e possibilidade de participar. Os instrumentos de
medida utilizados foram: (1) entrevista semi-estruturada - atributos pessoais e percepção da
Qualidade de Vida (versão brasileira do SF-36 – Health Survey of the International Quality of
Life Assesment) e (2) Escala motora para a Terceira Idade (EMTI). Os dados foram
analisados mediante estatística descritiva (distribuições de freqüências e médias) utilizando o
programa SPSS e EPI-INFO versão 6.0 para análise dos parâmetros motores. Resultados e
Conclusões: após análise dos dados conclui-se que os idosos praticantes de dança de salão
são na maioria do sexo feminino, com faixa etária entre 65 e 75 anos, viúvos e aposentados;
apresentam uma qualidade de vida que de acordo com a percepção deles foi considerada
muito boa e boa; todos realizam atividades físicas e possuem relacionamentos e convívios
sociais considerados sadios; quanto à aptidão motora, esta é considerada muito boa de acordo
com a escala motora para a terceira idade.

Palavras-chave: dança de salão, qualidade de vida, idoso

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 208


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PERFIL DA CAPACIDADE DE MEMÓRIA DOS IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Carrijo, Poliana de Lourdes; Leite, Glênio Fernandes; Santos,


Jessiane Alves; Martins, Maria Angélica; Costa, Geni Araújo.
Universidade Federal de Uberlândia
polianacarrijo@yahoo.com.br

Introdução: Sabe-se que com o envelhecimento há perda de memória. Esta função cerebral
serve para armazenar informações e conhecimentos. Fatores como genética, nível
educacional, estilo de vida e relações sociais podem afetar o desempenho da memória de
forma geral. Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi analisar o nível da memória visual, tátil,
imediata e temporal de idosos institucionalizados. Metodologia: A amostra foi composta por
8 idosos (4 homens e 4 mulheres), todos com lucidez e poder de comunicação, com idade
média de 68,6 anos, residentes no asilo São Vicente e Santo Antônio no município de
Uberlândia/MG. Os testes utilizados foram: relógio (Clock Drawing Tast), mini-mental
(Folstein et.al.1975), figuras (Bertolucci et. al.1998 ) e objetos (Germano Neto, 1997).
Resultados: Os resultados estão demonstrados na tabela abaixo:
Avaliação Figuras Objetos Mini-mental Relógio
Percepção visual 91,2% 100%
Percepção tátil 91,2%
Memória incidental 45%
Memória imediata 60,6% 100%
Orientação 63,7%
Recordação 63,7% 66,2% 54,2%
Atenção e cálculo 62,6%
Linguagem 73,7%
Círculo fechado 100%
Seqüência horária 12,5%
Conclusões: Analisando os dados pudemos perceber que mesmo estando segregados em
abrigos, e apesar dos idosos possuírem um comprometimento cognitivo, apenas 12% não tem
noção bem definida do tempo presente e consciência da sua realidade atual. Esta realidade
sobre as capacidades de memória dos idosos pode enriquecer a realização de atividades que
remetem o envelhecimento bem sucedido.

Palavras-chave: memória, envelhecimento

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 209


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA E RISCO CARDÍACO EM IDOSOS


PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA

Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas
e Silva, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
lilikapink@yahoo.com.br

Introdução: O envelhecimento é um processo que afeta todos os indivíduos de forma lenta e


gradativa, provocado por fatores biológicos e sócio-ambientais. Neste processo há uma
tendência ao acúmulo de fatores patológicos e aos desgastes durante a vida, provocando
desequilíbrio biológico e o aparecimento de restrições para a execução de AVDs. Objetivos:
Este estudo procurou avaliar a prontidão para a atividade física e o risco de doenças
coronarianas de idosos praticantes de hidroginástica no Projeto VIDA ATIVA AFRID.
Metodologia: A amostra foi constituída por 25 idosos, que iniciavam a prática da atividade
física.Os alunos foram divididos em 2 grupos, GI - 51 a 60 anos e GII - acima de 61 anos. Foi
realizada uma pesquisa de campo com a aplicação do Questionário de Prontidão para a
Atividade Física (PAR-Q Validation Report. British Columbia Ministry of health, 1978) e um
questionário de Avaliação do Risco Cardíaco, através do auto-relato dos alunos. Resultados e
Conclusões: Com relação ao questionário PAR-Q o grupo I apresentou uma porcentagem
maior em relação ao grupo II quando respondiam sim em apenas uma das questões. Isso
demonstra a necessidade de uma avaliação médica antes do início da atividade. Já de acordo
com o questionário de avaliação do risco cardíaco, o GI apresentou uma maior porcentagem
que o GII em relação ao risco médio de doenças coronarianas, embora o GII tenha se
mostrado mais propenso a doenças do coração que o GI, pois apresentou um alto índice
quanto ao risco moderado que possui um escore maior.

Palavras-chave: idoso, prontidão e coração.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 210


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E DENSIDADE MINERAL


ÓSSEA EM MULHERES PÓS-MENOPAUSA

Priscilla Marques (bolsista do PIBIC/CNPq-Brasil); Cassiano Ricardo


Rech (bolsista CAPES); Sheilla Tribess; Edio Luiz Petroski
Nucidh/CDS/UFSC
nucidh@ufsc.br

Introdução: O Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador de sobrepeso e obesidade em


diversos grupos etários, assim como apresenta uma relação direta com a incidência de
doenças crônico-degenerativas. No processo de envelhecimento uma das grandes
preocupações tem sido a perda da Densidade Mineral Óssea (DMO), que é um dos fatores que
leva a osteoporose. Objetivos: Assim, este estudo teve como objetivo analisar a relação entre
IMC e os componentes de DMO e Conteúdo Mineral Ósseo (CMO) em mulheres pós-
menopausa. Metodologia: Foram mensuradas 45 mulheres entre 50 e 75 anos de idade, com
massa corporal (MC) 70,491,90kg, estatura (EST) 1,560,52m, IMC 28,824,30 kg/m2
(21,30-38,63 Kg/m2), DMO 1,03250,1010g/m2 e CMO 1933,65311,09g/m2 para o corpo
total, tendo valores médios de 334,5654,96 para os membros inferiores (MMII) e
153,02826,37g/m2 para os membros superiores (MMSS). Para o cálculo do IMC utilizou-se
a equação IMC=MC(Kg)/EST2(m), a DMO e o CMO foram determinados através da medida de
Densitometria Óssea (DXA) utilizando um aparelho HOLOGIC QDR 4500. Utilizou-se a
estatística descritiva e o coeficiente de correlação Linear de Pearson (p<0,05). Resultados:
Os resultados demonstraram uma correlação baixa mas significativa entre o IMC e a DMO Total
(r=0,38), DMOMMII (0,39), DOMMMSS (0,37) e DMOTronco (r=0,46). Também apresentou
correlação significativa entre o IMC e CMO (r=0,42). Conclusões: Conclui-se que, no grupo
estudado o IMC apresentou uma relação linear e positiva com a DMO, demonstrando que a
DMOTotal foi influenciada pelo IMC. Assim, indivíduos com baixo IMC apresentaram uma
menor DMO.

Palavras-chave: índice de massa corporal, densidade mineral óssea e mulheres.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 211


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RELAÇÃO ENTRE O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS E ATIVIDADE


AQUÁTICA PARA IDOSAS

Patrícia Vieira do Nascimento, Eliane Rosa dos Santos, Lucélia


Justino Borges, Geni Araújo Costa, Silvio Soares Santos
Universidade Federal de Uberlândia
patteduca2@yahoo.com.br

Introdução: Com o envelhecimento ocorrem alterações nas funções metabólicas e


neuromotoras como também nos aspectos antropométricos e na aptidão física, porém estes
efeitos podem ser minimizados a partir da prática regular de atividade física. Objetivos: O
objetivo deste trabalho foi determinar o efeito da atividade de hidroginástica sobre a condição
aeróbia de idosos através do teste de caminhada de 6 minutos. Metodologia: A amostra foi
constituída por 128 idosas com média de idade de 64,8 anos, divididas em três grupos: GI - 27
mulheres com idade entre 50 e 59 anos; GII - 71 mulheres com idade entre 60 e 69 anos e
GIII - 30 mulheres com idade acima de 70 anos. Realizaram-se testes protocolados por Sandra
Matsudo (2000) -caminhada de 6 minutos- antes e após um período de sete meses de prática
de hidroginástica. Esta atividade é realizada três vezes por semana com uma duração de 60
minutos, divididos em atividades fora d‘água (15 min) e atividades dentro d‘água (45 min).
Resultados: Como resultado, as médias apresentadas nos testes realizados depois do período
de atividades se mostraram superiores para duas entre três idades analisadas: GI 534,7 para
541,1; GII 528,7 para 525,8; GIII 478 para 483,7. Porém a análise das diferenças entre as
médias (teste t de student) não demonstrou diferenças significativas entre os grupos
analisados. Conclusão: Conclui-se com este estudo que a atividade de hidroginástica
aparentemente não se mostrou eficiente para melhorar a condição cardiorespiratória das
idosas analisadas.

Palavras-chave: idosas, hidroginástica, cardiorespiratória

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 212


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RESPOSTA DO DUPLO PRODUTO EM IDOSOS DURANTE UM EXERCÍCIO DE


FORÇA PARA MEMBRO SUPERIOR, UTILIZANDO COMO IMPLEMENTO UM
ELÁSTICO

Rafaella Parca, Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons


Faculdade de Educação Física – UnB
rafaudf@hotmail.com

Introdução: A análise das respostas fisiológicas durante a atividade física usa normalmente
como parâmetro qualitativo e de segurança cardiovascular, a freqüência cardíaca e a pressão
arterial, de forma isolada ou conjunta, por meio do duplo produto (DP). O DP é definido
como produto entre freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica (FC X PAS). Esse índice
tem forte correlação com o consumo de oxigênio do miocárdio apresentando-se como o
melhor preditor indireto do esforço cardiovascular. Exercícios de força realizados com
elásticos têm sido utilizados com a população idosa, mas há poucos estudos dos efeitos
cardiovasculares que esses exercícios desencadeiam durante sua execução. Objetivo:
Verificar a resposta do DP ao final de três séries (com 10 repetições) de flexão do cotovelo,
utilizando um elástico como implemento. Metodologia: A amostra foi composta de 10
idosos, 3 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, do Programa Melhor Idade (Brasília-DF) -
praticantes regulares das aulas de condicionamento físico há pelo menos 1 ano, com
freqüência mínima de 3 sessões semanais de treinamento. Os dados foram avaliados de forma
transversal e utilizou-se estatística descritiva para tratamento dos dados. Resultados: O
exercício de flexão de cotovelo, com elástico, impôs uma sobrecarga cardíaca média de 58%
quando comparado ao repouso. Conclusão: Como em toda forma de atividade física, a PA se
elevou, mas dentro de limites seguros, e a FC elevou-se em níveis discretos. O resultado é um
DP de baixo risco cardíaco. A variação do DP não alcançou o limiar de isquemia do
miocárdio, que a partir de 30000 é considerado como ponto de corte para a angina pectoris.

Palavras-chave: segurança cardiovascular, duplo produto, elástico.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 213


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

RESULTADOS DE DIFERENTES FREQUÊNCIAS SEMANAIS NA APTIDÃO


FÍSICA DE IDOSOS ATIVOS

Andréa Krüger Gonçalves, Doralice Orrigo da Cunha Pol,


Veridiana Mota Moreira, Cibele dos Santos Xavier, Carolina
Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo
Cardoso, Ivanete Bredow Faber
Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)
Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas
ceafeulbra@yahoo.com.br

Introdução: O aumento da expectativa de vida tem suscitado a necessidade de


implementação de ações que possibilitem um envelhecimento com qualidade. O exercício
físico regular tem sido reconhecido como um dos principais fatores intervenientes no estado
saudável. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a aptidão física de indivíduos com
idade superior aos 55 anos praticantes de exercícios físicos em diferentes freqüências.
Metodologia: Participaram da amostra 100 idosos praticantes de hidroginástica no CEAFE
(Centro de Estudos de Atividade Física e Envelhecimento) da Educação Física-
ULBRA/Canoas. Resultados: Os sujeitos participavam de duas aulas semanais de
hidroginástica há no mínimo seis meses, combinadas ou não com outros tipos de atividade. A
amostra foi dividida para análise em três grupos: 1 (duas horas), 2 (três horas), 3 (mais de três
horas). Os instrumentos utilizados foram testes de força MI e MS, flexibilidade MI e MS,
resistência, equilíbrio e agilidade (Rikli e Jones,2001). A análise estatística foi a ANOVA no
programa SPSS 10.0. Os resultados indicaram que no pré-teste a força MS foi a única variável
que indicou diferença estatística entre os três grupos, enquanto no pós-teste foi a resistência.
Quanto às outras variáveis, nas avaliações inicial e final, não ocorreu diferença significativa
entre os três grupos. O equilíbrio e agilidade não indicaram homogeneidade de variância no
pré e pós-teste, do mesmo modo que a flexibilidade no pré-teste. Conclusões: Os resultados
indicaram que a atividade física propicia resultados na aptidão física de idosos em diferentes
freqüências, condizentes com a perspectiva de bem-estar.

Palavras-chave: aptidão física, frequência semanal, idoso

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 214


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

SAÚDE DO IDOSO: A POTÊNCIA MUSCULAR COMO PREVENÇÃO DE QUEDAS


E LESÕES

Fernanda Guidarini Monte1, Adilson A. M. Monte2,


Adriana C. A. Guimarães3, Renildo Nunes4.
UDESC1,3,4 e UFSC2 .
fernandamonte@hotmail.com

Introdução: As quedas em idosos tornaram-se um grande problema de saúde pública, sendo


uma das maiores causas de lesões nesta faixa etária que muitas vezes levam à morte.
Objetivo: Investigar a relação entre potência muscular e prevenção de acidentes.
Metodologia: Pesquisa de revisão bibliográfica para a qual foram selecionados 103 artigos
publicados entre 1984 e 2004. Resultados: existem muitos fatores correlacionados com
quedas em idosos, dentre elas a baixa aptidão física principalmente no que se refere à potência
muscular diminuída. Dados estatísticos dos EUA esclareceram que as fraturas de quadril
adquiridas após a queda do idoso apresentam-se fatais, com margem de óbito de 15 a 20% ao
ano. Outros 15% de idosos necessitam de ajuda para realizarem a maioria das atividades da
vida diária. Estudos demonstraram que 40% das pessoas acima de 65 anos caem pelo menos
uma vez ao ano por fraqueza muscular, apresentando lesões e fraturas. Autores verificaram
que as principais causas de queda em 146 idosos enfermos foram 47,1% ultrapassando
obstáculos, 12,2% descendo obstáculos, 8,2% perda de equilíbrio. E constataram que as
causas mais graves de quedas, onde os idosos tornam-se dependentes, são problemas
relacionados principalmente a exercer força em velocidade (potência). Conclusões: Os
estudos sugerem que existe relação entre potência muscular e prevenção de acidentes em
idosos e que a potência muscular torna-se necessária no sentido de considerar possíveis
imprevistos e atividades motoras que exijam mais do que a força necessária para as atividades
de rotina, possibilitando uma maior margem de segurança em relação à saúde.

Palavras-chave: saúde; idoso e potência muscular.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 215


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

SERÁ QUE EXISTE MELHORA DA FORÇA MUSCULAR EM IDOSOS


PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO HÁ NO MÍNIMO DE 1 ANO?

Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Valdinar Júnior


Companhia Athletica
sbalsamo@ig.com.br

Introdução: Muitas pesquisas vêm comprovando a importância do treinamento de força (TF)


para os idosos. O trabalho clássico de Fronteira at al. (1988) demonstrou ganhos de 107% na
musculatura extensora do joelho e de 227% na musculatura flexora do joelho após 12
semanas de TF em idosos. Os elevados ganhos de força muscular nas primeiras 12 semanas
de treinamento são influenciados, principalmente pelos fatores neurais. Poucas são as
pesquisas avaliaram os ganhos da força muscular após a fase neural. Objetivo: Verificar os
ganhos de força muscular em 12 semanas em idosos praticantes há no mínimo 1 ano
anteriores a pesquisa. Material e métodos: A pesquisa foi composta por 13 idosos praticantes
de musculação há no mínimo 1 ano antes da pesquisa. Com a média de idade de 65 anos,
sendo 7 do sexo masculino e 6 do sexo feminino. Os testes neuromusculares foram: 1RM na
cadeira extensora marca Cybex; teste sentar e levantar do banco (SLB) durante 30 segundos;
flexão do cotovelo (FC) também em 30 segundos. Foi realizado o teste t de student para
amostras pareadas (p<0,05). Resultados: No teste de 1-RM houve um aumento médio de 6%,
porém esse aumento não foi estatisticamente significativo. O aumento médio do número de
repetições no teste de SLB foi de 26%, mas sem diferença significativa. No teste de FC
também ocorreu uma melhora no desempenho dos sujeitos em 20%, contudo, sem diferença
significativa.Conclusão: Os sujeitos avaliados apresentaram melhora em todas as variáveis
analisadas, sendo que no de 1RM teve menor aumento. Entretanto, sem diferença
estatisticamente significaticativa. Esses resultados pouco expressivos podem ser atribuídos ao
fato de se tratarem de indivíduos treinados. Kraemer et. al. (2002) sugerem que os ganhos de
força estejam por volta de 16% em indivíduos treinados. Os mesmos autores indicam ganhos
de apenas 2% de força em atletas, o que indica que a melhoria no desempenho são menos
evidentes para sujeitos com maior tempo de treino. Uma segunda hipótese seria a falta de
progressão das cargas de treinamento ou a insegurança dos idosos em aumentar os pesos.
Palavras-chave: idosos, força muscular

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 216


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA MENSURA CERCA DE 73% DO VO2PICO


ALCANÇADO NO TESTE CARDIOPULMONAR DE EXERCÍCIO MÁXIMO

André R Quina§, Marcel B Rocha§, Sabine A Oliveira§, Vivian


A Martins§, Francisco L Pontes Jr§‡, Vagner Raso§‡†
§
Faculdade de Educação Física – FEF - Centro Universitário UniFMU

Laboratório de Fisiologia do Exercício – LABFEx – Centro Universitário UniFMU

Departamento de Fisiopatologia Experimental – Faculdade de Medicina – USP
E-mail: vraso@usp.br

Introdução: O teste de marcha estacionária (TME) pode representar procedimento alternativo


à medida da capacidade cardiorespiratória. Objetivo: Verificar o nível de associação entre
consumo de oxigênio de pico (VO2pico [ml∙kg-1∙min-1]) obtido por meio do teste
cardiopulmonar de exercício máximo (TCEM) e do TME. A amostra foi constituída por 24
voluntárias com idade entre 60 e 81 anos (x= 69,4 ± 6,3 anos). O TCEM foi realizado em
esteira rolante com inclinação de 1% e aumento progressivo da velocidade (1,2 km∙h -1) a cada
2 minutos, com análise direta de gases simultânea. O TME foi realizado de acordo com
modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: São apresentados na tabela:
TCEM TME ∆%
VO2pico 19,8 + 4,2* 16,9 + 3,6 15,0
Pearson (r2) 0,86 (73,4%)*
Houve correlação forte e significativa (*p<0,0001) entre VO 2pico obtido no TME com o
alcançado no TCEM, sugerindo que o TME mensura cerca de 73% do VO2pico alcançado no
TCEM. Por outro lado, foi detectada diferença estatisticamente significativa quando os
valores médios foram comparados (19,8 + 4,2 x 16,9 ± 3,6 [p<0,0001]). Conclusão: O TME
representa um bom procedimento para mensurar o VO2pico, podendo então servir como
método adicional para populações idosas clinicamente saudáveis.

Palavras-chave: consumo de oxigênio de pico, teste cardiopulmonar de exercício máximo,


teste de marcha estacionária.

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 217


Anais do VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira Idade – VII SIAFT. UnB. Brasília-DF de 13 a
15/11/2004. In SAFONS, MP; PEREIRA, MM. Educação Física para Idosos: Por uma Prática Fundamentada. 2ª Ed.

VIVÊNCIAS CORPORAIS PARA PESSOAS COM PARKINSON E MACHADO-


JOSEPH

Marize Amorim Lopes


Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
marize@cds.ufsc.br

Introdução: Com o envelhecimento, doenças crônicas degenerativas tendem a se manifestar


nos humanos, dentre as quais podemos destacar o Mal de Parkinson e a Doença Machado-
Joseph (DMJ). O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, idiopática
e de progressão lenta, caracteriza-se por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez muscular e
perda dos reflexos do ajuste postural. A DMJ é uma rara ataxia cerebelar hereditária, causada
por uma repetição de três letras no código genético (DNA) em um gene do cromossomo 14q.
Esta anomalia provoca movimentos desequilibrados e desordenados, implicando em
alterações na fala, gestos, equilíbrio e marcha. Levando em conta todos os efeitos que essas
doenças provocam na pessoa, incluindo dificuldades em executar atividades diárias e o
preconceito social, a pratica de
atividade física é de suma importância para o tratamento e enfrentamento das mesmas.
Objetivo: relatar experiência bem sucedida de um programa de atividade física par pessoas
com Parkinson e DMJ. Metodologia: estudo de caso de um projeto de extensão iniciado em
maio de 2004, no Centro de Desportos da UFSC, em parceria com Associação Parkinson/SC,
objetivando oportunizar vivências corporais para pessoas com distúrbios de movimento,
buscando um melhor enfrentamento, mudança no estilo de vida e inclusão social destes
indivíduos. O projeto envolve dança, exercícios de soltura muscular, alongamento,
flexibilidade, equilíbrio, força, resistência e relaxamento. Resultados: foi verificada a
manutenção da flexibilidade, fortalecimento muscular, melhora nas condições físicas,
ampliação do convívio social, melhor disposição e autonomia. Conclusão: este programa de
vivências corporais contribuiu para uma melhor locomoção e domínio das atividades diárias
dos participantes, bem como propiciar trocas de experiências sobre a doença, o que, por sua
vez, favorece um melhor enfrentamento da doença.

Palavras-chave: distúrbio, movimento, vivências

Brasília: CREF/DF- FEF/UnB/GEPAFI, 2007. p. 218

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