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Escola Secundária de Lousada

Efeitos de Campos Eléctricos e


Magnéticos na Saúde Humana

2010
Escola Secundária de Lousada

Em qualquer local onde exista um fluxo de cargas eléctricas


são criados campos eléctricos e magnéticos.
Com a explosão populacional, a ciência evoluiu para
acompanhar as necessidades da sociedade.

Com esta evolução os campos eléctricos e magnéticos de


origem humana são agora de maior número e intensidade do
que os de ocorrência natural.

Um dos objectivos deste trabalho é procurar informação


cientificamente credível sobre os eventuais efeitos destes
campos na saúde humana.

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Qual a sua origem?

Campos eléctricos (CE):

Uma carga eléctrica cria á sua volta um campo eléctrico, cuja


unidade SI é V/m (volt por metro).

Os campos magnéticos (CM):

O campo magnético tem origem em cargas em movimento


(correntes eléctricas). A unidade SI é o T (Tesla).

Efeitos na Saúde:
Exposição aguda:

A exposição a fortes campos magnéticos causa a indução


de campos eléctricos no corpo que alteram a normal estimulação
dos nervos, afectando o sistema nervoso central. Se esse campo
magnético for de intensidade muito elevada pode afectar a
polaridade das partículas do nosso organismo, fazendo com que
elas se alinhem com o campo magnético, o que seria de graves
consequências.
Também se verificou experimentalmente que quando
expostos a campos magnéticos superiores a dois Tesla (valor
muito elevado) um individuo irá começar a sofrer de náuseas,
vertigens e percepção de flashes de luz.

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Exposição contínua:

É ainda difícil estabelecer uma relação concreta entre


exposição contínua a campos eléctricos e magnéticos e a
aparição de certas doenças.
As doenças mais vezes apontadas para essa relação são
desenvolvimentos cancerígenos, nomeadamente a leucemia
infantil, onde após estudos, a acção de campos
electromagnéticos foi, em 2002, nomeada de “possível
carcinogênico” pela IARC. (1)
Estudos para esta relação são baseados normalmente em
dois tipos de estudos: estudos epidemiológicos e estudos com
animais.
Nos estudos epidemiológicos é estudada a população geral.
A essa população geral é registada condições e exposições a
vários factores (neste caso exposição a Campos Eléctricos e
Magnéticos intensos), e registos médicos. Com esses registos faz-
se um cruzamento de dados da população e identifica-se que
pessoas tem x doença e quais os seus níveis de exposição. Se
uma grande percentagem de indivíduos da doença em estudo
tiver certa exposição em comum, então conclui-se que a
exposição a esse elemento (neste caso, Campos Eléctricos e
Magnéticos intensos) é um factor de aparecimento ou
desenvolvimento dessa x doença.
Em estudos com animais, um determinado grupo de estudo
é exposto a determinado elemento (Campos Eléctricos e
Magnéticos intensos) e são registados mudanças na saúde dos
indivíduos. No fim do tempo de experiencia são comparadas as
observações com as feitas num grupo de controlo feito de
indivíduos semelhantes, mas não expostos ao elemento.
No caso da leucemia infantil, apesar de alguns estudos
apontarem para uma certa relação, a maior quantidade diz o
contrário. Os resultados de estudos epidemiológicos apontam
para um pequeno círculo de incidência da doença em pessoas
expostas a elevados campos Magnéticos, o que levava a

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entender que existe uma relação entre os dois. No entanto, os


resultados dos testes com animais foram altamente negativos,
havendo varias experiencias onde aparecia cancro, mas
repetindo o estudo esse cancro já não aparecia, não permitindo
resultados validos. Estes conflitos de experiências levam a que
esta relação, apesar de existir, não seja forte o suficiente para
ser considerada.
Também outras doenças são apontadas como tendo uma
relação causal com exposição a Campos magnéticos intensos,
mas segundo as FACT SHEETs da OMS, em “depressões, suicídio,
distúrbios cardiovasculares, disfunções na reprodução, distúrbios
no crescimento, alterações imunológicas, efeitos neuro-
comportamentais e doenças neuro-degenerativas”(1) não foi
encontrada nenhuma ou quase inexistente relação causal.

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Limites máximos recomendados:

Campos Eléctricos Campos Magnéticos


(kV/m) (µT)
População geral
4,17 83,33

População
Ocupacional* 8,33 416,67

Fonte: OMS (2)

* População sujeita a CM e CE no local de trabalho.

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Bibliografia:

Referencias:

(1) OMS, Fact Sheet nº322, Junho 2007


(2) Resoluçao Normativa ANEEL nº398, 23 Março de 2010
OMS, Fact Sheet nº299, Março de 2006

Paginas/trabalhos Web visitados:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%B5es_electromagn%C3%A9ticas

http://www.eric-jacob.com/malapedia/forum-
saude+e+eletricos+ou+campos+magneticos-pt-RISKANTREL-621-saude.php#621

http://193.136.221.5/item/administracao/project_documentation/monIT_Ext_Tec_06
17_03_FactSheet299.pdf

http://www.who.int/peh-emf/publications/facts/fs322_ELF_fields_portuguese.pdf

http://www.aps.org/policy/statements/05_3.cfm

http://www.quackwatch.com/01QuackeryRelatedTopics/emf.html

http://www.iarc.fr/index.php

http://www.drashirleydecampos.com.br/notic
ias/20097

http://www.abdir.com.br/legislacao/legislacao
_abdir_31_3_10_3.pdf

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