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Uma peregrinação (do latim per

agros, isto é, pelos campos) é uma


jornada realizada por um devoto de
uma dada religião a um lugar
considerado sagrado por essa
mesma religião.

O termo "Peregrino" aparece na


nossa língua na primeira metade do
século XIII, para denominar os
cristãos que viajavam a Roma ou à Terra Santa (onde actualmente se
encontra o Estado de Israel e os territórios palestinos) para visitar os lugares
sagrados, às vezes como castigo auto-imposto com o objectivo de pagar
determinados pecados e outras vezes para cumprir penas canônicas.
Desses peregrinos surgiria mais tarde a ideia das Cruzadas, enviadas para
"reconquistar" os lugares que os cristãos consideravam sagrados e que
estavam em poder de povos de outras religiões.

O acto de peregrinar e as peregrinações ocorrem desde os tempos mais


remotos, mesmo nos chamados tempos primitivos em que predominavam
os costumes ou ritos pagãos. Existem escritos de locais de peregrinação
muitas vezes ofuscados pela própria religião cristã, como o caso da Catedral
de Santiago de Compostela que fora construída sobre templo pagão.

As primeiras peregrinações do Cristianismo datam do início do século IV ,


tinham por destino a Terra Santa (a mais conhecida e a primeira a deixar
um relato da peregrinação é a histânica Erétria, muito provavelmente
familiar de Teodósio I, imperador romano). Mais tarde, tiveram grande surto
devido à pregação de São Jerónimo.

Para peregrinar há que ter em conta que não se trata apenas do acto de
caminhar (no caso da peregrinação a pé), ou executar um trajecto com um

Mariana Alves Teixeira


determinado número de quilómetros; é reconhecido que peregrinar carece
caminhar-se motivado "por" ou "para algo".

A peregrinação tem, assim, um sentido e um valor acrescentado que é


necessário descobrir a cada pessoa que a executa.

Mariana Alves Teixeira

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