Minha filha Jenna e eu passamos vários dias na velha cidade de
Jerusalém. (Eu prometera levar cada uma de minhas filhas a Jerusalém, quando completassem doze anos.) Uma tarde, quando saíamos pelo portão Jafa, vimo-nos atrás de uma família de judeus ortodoxos — um pai e suas três filhinhas. Uma das garotas, talvez com quatro ou cinco anos, ficou alguns passos atrás, e não pôde enxergar o pai. "Aba!", chamou ela. Ele parou e olhou. Só então compreendeu que se afastara de sua filha. "Aba!" chamou ela, novamente. Ele a localizou, e imediatamente estendeu-lhe a mão. Ela a segurou, e eu, mentalmente, tomei nota enquanto eles prosseguiam. Eu queria ver as ações de um aba. Ele segurou firmemente a mão da filha, enquanto desciam a rampa. Quando ele parou numa rua movimentada, ela caminhou pelo meio- fio, e ele a puxou de volta. Quando o semáforo abriu, ele guiou-a juntamente com suas irmãs através da interseção. No meio da rua, ele abaixou-se, tomou-a nos braços, e continuou a jornada. Não é disso que todos precisamos? Um aba que ouve quando chamamos? Que segura nossa mão, quando estamos fracos? Que nos guia através das interseções agitadas da vida? Não carecemos todos de um aba que nos tome nos braços, e nos carregue para casa? Todos precisamos de um pai. - Max Lucado, capítulo "O Aposento Familiar" em "A Grande Casa de Deus" Copyright, 2001 CPAD.