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FACULDADE DE CALDAS NOVAS – UNICALDAS

MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA DE MELO

SIRLEY SOARES DA SILVA

A LITERATURA INFANTIL COMO RECURSO


PEDAGÓGICO

CALDAS NOVAS

2010
MARIA DAS GRAÇAS PEREIRA DE MELO

SIRLEY SOARES DA SILVA

A LITERATURA INFANTIL COMO RECURSO PEDAGÓGICO

Trabalho apresentado á disciplina


Fundamentos e Metodologia
Cientifica do 1º Período de
Pedagogia da Faculdade de Caldas
Novas – Unicaldas orientado pela
profª. Eliane A. Silva Rodrigues

CALDAS NOVAS

2010
A proposta desse trabalho é observar o interesse das crianças para o
uso da literatura infantil na sala de aula. Fazendo desta uma das soluções
para a melhoria da leitura e da escrita nos anos iniciais (1º ao 5º ano) do
ensino fundamental.

Observamos enquanto problemática as dificuldades encontradas em


relação ao ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita.Dificuldades essas
relacionadas a educadores e educandos.Tanto os professores encontram
dificuldades em ensinar quanto o aluno em aprender,através de diferentes
recursos.

Percebe-se que o uso da literatura infantil no ensino escolar como


recurso pedagógico tem estimulado as crianças a despertarem a imaginação
e o prazer pelos contos e histórias, desenvolvendo a percepção e o gosto pela
leitura e pela escrita.

A leitura visual inicia-se desde os primeiros anos de existência, quando


a criança tem oportunidade de observar os adultos no cotidiano,fazendo uso
da leitura de livros, jornais e também visualizando gravuras de histórias
ilustradas. Conforme Zilberman, (1981,p.65) diz:

“O contato com leitura infantil se faz inicialmente através de seu anglo sonoro a
criança ouve histórias narradas pelos adultos, podendo eventualmente acompanhá-
las com os olhos na ilustração. É essa última que introduz a epiderme gráfica do livro,
de modo que a palavra escrita apresenta- se de regra como o verdadeiro elo de uma
cadeia que une o indivíduo à obra literária. Contudo, tão logo ela se instala no domínio
cognitivo de um ser humano converte- o num leitor, isto, é, modifica sua condição.
Portanto, é a posse dos códigos de leitura que muda o status da criança e integra- a
num universo maior que signos, o que nem a simples audição, nem a decifração das
imagens visuais permitem”.

Percebe-se que o contato que a criança tem com a literatura infantil a


leva para a formação de um bom leitor.
Nota-se também, que o professor precisa conhecer o livro que irá
apresentar a turma , discutindo algumas partes do livro, relacionando-as com
a realidade da criança. Pois sem dúvida, é o trabalho do professor que
despertará a motivação do aluno e garantirá uma boa leitura.

A literatura infantil é um material rico quando usado de maneira


descontraída, por ser de natureza lúdica. Reflete o mundo de brinquedos
podendo ser classificada de acordo com a idade.

Entende-se que os textos literários, também são de suma importância


para a formação do leitor como sujeito crítico e reflexivo, com conhecimentos
e apitidões de mais fácil entendimento

A literatura proporciona ao leitor o desenvolver da reflexão, e o senso


crítico nas diferentes áreas do conhecimento, principalmente no senso de
humor. Esse pode ser representado em forma de brincadeira, que é o humor
lúdico, baseado no jogo com as palavras, e nas gargalhadas dos contos
engraçados. O mau humor é mostrado na irritação, no aborrecimento e no
tédio. Esse humor também pode ser marcado pelas queixas, as lamúrias, as
lamentações no reforço das incompetências adultas como, também, nas
histórias de sustos e espantos.

O professor tem a grande responsabilidade em propor atividades


estimulantes,para reforçar a criatividade de seus alunos, em refletir e construir
conhecimentos por meio da literatura infantil.

A escola deve ser um espaço que possibilite o acesso da criança com a


literatura infantil e o professor, a alma da instituição do ensino, que deve
conduzir o educando à aprendizagem. Assim, os profissionais da educação
precisam de instrumentos, recursos adequados para trabalhar com sua
clientela, empregando recursos eficazes que estimulem às crianças a leitura.
Conforme Zilberman, (1998, p. 21);
“Preservar relações entre literatura e escola, ou uso do livro em sala de aula,
decorre do fato de que ambos compartilham um aspecto em comum a
natureza formativa.De fato tanto a obra de ficção como a instituição de ensino
estão voltadas à formação do indivíduo a qual se dirigem.”

A literatura infantil possui recursos de ficção semelhante a realidade


vivenciada pelo leitor no seu cotidiano.Por mais exagerada que seja a fantasia
do autor e nas mais variadas circunstâncias comparadas, ela oferece
contribuição pelo prazer de leitura e conhecimento reflexivo numa numa
contínua ampliação dos saberes.

A literatura infantil atual é dos recursos pedagógicos que deverá ser


utilizado pelos educadores em sala de aula, para enriquecer seus conteúdos
visando atingir a principal meta que vem a ser a leitura e a escrita.

Os textos literários, por serem repletos de fantasias e aventuras,


estimulam o prazer pela leitura em busca de descobertas capacitando o leitor
á compreensão de mundo, e ao mesmo tempo analisando os valores que o
autor pretende transmitir por meio de suas obras literárias. Fazendo com que
o aluno esteja apto a discernir e refletir, posicionando-se criticamente diante
da realidade de seu cotidiano.

A literatura não é apenas o ato de ler, decodificar símbolos, decifrar a


escrita, copiar textos e aprender gramática. Mas é saber interpretar e entender
o que leu. Para ABRAMOVICH (1989, p.16),”Ser leitor é ter um caminho
absolutamente infinito de descobertas e de compreensão de mundo.”

Nota-se as dificuldades dos educadores mudarem suas práticas


educativas a respeito da leitura porque já estão enraizadas na sua formação.
Por isso os professores tem uma grande responsabilidade diante do desafio
de reeducação de suas próprias atitudes, em busca de resgate de valores que
foram abandonados em função de uma educação normativa.

Na medida em que o professor vai reeducando sua prática educativa,


passa a transmitir aos alunos os valores que necessitam para a formação do
sujeito com capacidades de criar sua própria autonomia.
Ao trabalhar textos literários, não deve-se estabelecer critérios em
escolha, mas deixar que a criança estabeleça sua própria escolha, procurando
os livros que tem mais afinidade. Entende-se portanto que cabe ao educador
oferecer uma variedade de textos, mas a escolha deve partir do interesse de
cada aluno. Pois é por meio da liberdade de escolha que se possibilita o
prazer na leitura.

Conforme explica ABRAMOVICH (1989, p. 14);

“Ler sempre significou abrir todas as portas para entender o mundo através
dos olhos dos autores e da vivência dos personagens...Ler foi sempre
maravilha, gostosura, necessidade primeira e básica, prazer insubstituível...E
continua lindamente, sendo exatamente isso!”

Conforme a autora, os livros infantis apresentam-se significativos ás


crianças por ser de natureza lúdica.Proporcionam alegria ao ouvir ou ler
contos, fábulas e histórias de diferentes tempos e lugares. Esse contato com a
literatura aproxima a criança da realidade, e estimula o interesse pela leitura e
escrita de forma descontraída e agradável.

A literatura infantil sempre foi um conteúdo de interesse das crianças,


por apresentar o lúdico e o imaginário. Então, cabe à escola e ao professor
trabalhar com esse recurso pedagógico, de forma atraente e agradável,
deixando os alunos curiosos por descobertas e então interessados pela
leitura.

A literatura não pode ser tratada apenas como atividade educativa, mas
como atividade que auxilia na difusão do conhecimento para que o educando
possa refletir sobre o mundo que o rodeia, com propósito de construção do
ser e do saber.

Nas fases de evolução de vida humana ocorre muitas mudanças no


comportamento infantil tato em nível de desenvolvimentos cognitivos como
também nas transformações físicas relacionadas ao crescimento do corpo.

Além do desenvolvimento cognitivo, e físico a criança passa também


pelos desenvolvimentos intelectual, emocional e cultural. O grau desse
desenvolvimento depende porém, do meio em que essa criança está inserida
dos limites e possibilidades que cada uma possui e dos estímulos recebidos
para desenvolver as potencialidades. Segundo CUNHA (1997, p. 100)

“Parece-nos fundamental alertar para a relatividade dessas informações.Os


limites apresentados são teóricos.Na realidade cada criança tem seus
próprios limites num desenvolvimento peculiar definido por muitos diferentes
fatores. Mais do que conhecer as fases do desenvolvimento infantil, importa
conhecer a criança, sua história, suas experiências e ligações com o livro.”

Percebe-se que a autora faz uma observação quanto aos limites


referidos nas fases de evolução da criança desde a fase do mito até a fase do
pensamento racional. Segundo ela, embora existam as fases da evolução
dentro de uma determinada faixa-etária, esse desenvolvimento e
conhecimento pode sofrer variações dependendo de cada criança, conforme o
meio que esta vivencia, do contato com pessoas e acesso aos livros.

Daí então a importância de observar a faixa-etária apenas como ponto


de referência, mas ciente que existem variações nos interesses e aptidões
das crianças. Pois cada pessoa possui estímulos e interesses próprios e as
escolhas variam de pessoa para pessoa.

Para realização desse trabalho foi necessário leituras bibliográficas nas


quais encontrei embasamento teórico nos autores pesquisados.

O uso da literatura infantil como recurso pedagógico exige dos


educadores rupturas do seu modo de ensinar. Uma vez que a literatura requer
do professor um trabalho de motivação para o desempenho das habilidades
perceptivas e cognitivas as quais vão se ampliando de acordo com os
conteúdos assimilados transformando-a em leitor.

É importante lembrar que a literatura infantil não é um conteúdo


específico dos anos iniciais, mas apenas um instrumento motivador para
facilitar a concretização desta.

A primeira motivação ao exercício da leitura depende das habilidades


recém-adquiridas, do domínio mecânico dos códigos e o prazer da criatividade
intelectual recém-descoberta. Surge então, a importância da escolha do
professor em relação aos recursos pedagógicos de leitura que venha
corresponder ao interesse dos alunos com textos significativos, com leitura
fácil, interessante e apropriada ao nível de compreensão dos alunos. A esse
respeito CUNHA(1997, p. 101) diz: “O importante mesmo é que crianças ou jovens
estejam em contato com todo tipo de obra literária e façam as suas opções.”

Assim, cabe a escola

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