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CLEM) ‘E DE LIMA DIFAMACAO, 7 DIFAMACAO DE AUTORIDADE PUBLICA PESSOA COLECTIVA RECURSO PENAL, NEGADO PROVIMENTO I~ Uma vez que um Inboratério de produtos farmacéuticos nfio tem poderes de autoridade pitblica nao se Ihe aplica a proteceao dos interesses, designadamente a eredibilidade, o prestigio e a confianca que sao protegidos pelo crime de ofensa a pessoa colectiva, p. ¢ p. no art’ 187°, n° 1, do C. Penal, Tl - O direito civil 6 0 meio idéneo para satisfazer os interesses de uma sociedade que pretende sor indemnizada por ilegitima violagio da respectiva eredibilidade, Acordam, em conferéncia, na 3.* Seccio (criminal) do Tribunal da Relagio de Lisboa: I 1, A M,, SA, participou contra H., imputando-Ihe a pratica de factos consubstancindores da autoria material de um crime (dito) de difamagao, previsto e punivel nos termos do disposto nos arts, 187.° e 183."/2, do Cédigo Penal. Encerrado 0 consequente inquérito, a queixosa, admitida a intervir nos autos na qualidade de assistente, deduziu acusagfo contra o arguido imputando-Ihe a priiticn do crime denunciado. O Ministério Piblico nao acompanhou a acusagio particular, A requerimento do arguido, realizou-se instrugio. A final, o Tribunal « quo decidiu néo pronunciar o arguido!, 2, A assistente interpds recurso daquele despacho de nfo proniineia, Pretende que se justifica a prondneia do arguido pela priitica do crime (dito) de difamagio, p. e p. nos termos do disposto mos arts, 187,° ¢ 183.°, do CP, Extrai da motivagio do reeurso as seguintes conclusées: 1. O despacho de promimcia do arguido assenta em pressupostos de facto e de direito erréneos, pelo que deve ser revogado, 2. As imputagées feitas pelo arguido ao jornal X, em 31-10-2003, ofendem a honra, prestigio e dignidade da recorrente, 3. Dos autos decorrem indicios suficientes de que o arguido, ao imputar A recorrente comportamentos de aliciamento dos médicos com entregas em dinheiro, televisores ¢ Jogos para os filhos, sabia de antemio nAo existirem quaisquer comprovativos da veracidade de tais imputagdes ou insinuagses, 4.0 préprio relatério da Inspeccio-Geral da Satide ¢ inconclusivo quanto A head ‘ exist@ncia ou verificagiio de uma conduta violadora dos deveres de zelo, lealdade ¢ isengiio por parte da recorrente, 3, O Tribunal ¢ quo admitiu o recurso, O Ministério Pablico ¢ o arguido contra-motivaram, 4.1, O Ex." Magistrado do Ministério Piblico, em 1.* instincia, sem cuidar de extractar conclusies da minuta, propugna pelo nfo provimento do recurso, 4.2, O arguido defende que o recurso nfo merece provimento. Extrai da minuta as seguintes conclusdes: 1, As imputagies proferidas pelo arguido eram inteiramente verdadeiras. 2, Mas nfo apenas: o mesmo arguido tinha todas as razdes para, de boa fé, a3 repufar como verdadeiras. 3. Como as produzin com o nico propésito de denunciar ~ como efectivamente fez, junto da Procuradoria-Geral da Repdblica ~ situagdes irrogulares e ilfcitas praticadas pela assistente, 4, Ora, se j4, correctamente, 0 M.° P.° nfo deduzira acusagio, a instrugho serviu para comprovar, judicialmente, tal decisfo e infirmar, por completo, a acusagio particular, 5. Sh que a absolvigio do arguido seria, com toda a probabilidade, o resultado da submissio a julgamento daquele, 6. 0 despacho recorrido aplicou correetamente a lei aos factos demonstrados (». g. art, 308.° n.° 1 2.* parte, do CPP) nos autos, nenhum preceito normativo tendo infringido (nom alids a assistente o referenciando). Consequentemente, 7. O recurso interposto pela assistente nao tem qualquer fundamento de dircito ow de facto, 5. O Ex." Procurador-Geral Adjunto, nesta instn dove ser julgado improcedente, » 6 de parecer que o recurso 6. Os poderes cognitivos deste Tribunal ad quem: estio demarcados, desde logo, pelo disposto no art, 428.°, do CPP. Por outro lado, em vista do disposto no art, 412.°/1, do CPP, o objecto do recurso € parametrizado pelo teor das conclusdes com que o recorrente encerra a minuta”l, ‘Como assim, cumpre, no caso, examinar a iiniea questio aportada pelo assistente recorrente, de saber se dos autos resultam indicios suficientes da pratica, pelo arguido, de factos consubstanciadores da autoria material de um crime (dito) de difamagao, previsto € punivel nos termos do disposto nos arts. 187.” e 183.°/2, do CP. n 8, Vejamos, antes de mais, 0 sentido ¢ fungho da fase processual de instrugio eo conceito de indicios suficientes, Importa comegar por sublinhar que a instrugio visa a comprovagtio judicial da decisio de deduzir acusagio ou de arquivar o inquérito em ordem a submeter ou nijo a causa 2 julgamento - art, 286./1, do CPP -, no sentido de que niio se esté perante um novo inquérito, mas apenas perante um momento processual de comprovagao. Ora, um dos fandamentos do arquivamento do inquérito pelo Ministério Pitblico ¢ do despacho de nfio promiincia pelo juiz de instrugho é a insuficiéncia dos indicios da verificagtio de crime ou de quem foram os seus agentes (arts, 277.92 ¢ 308.°/1, do CPP), ‘A promineia s6 deve ter lugar quando tiverem sido recolhidos indicios suficientes de se ter verificado crime e de quem foi o seu agente (arts. 283.° e 308.°/1, do CPP). Na docisfio instrutéria de nao promincia, o juiz decide que os autos nio estfio em condig6es de prosseguir para a fase de julgamento por nfio se verificarem os pressupostos de que depende a aplicagiio ao arguido de uma pena ou medida de seguranga criminais, ‘Cumpre depois ter presente o disposto nos arts. 283.° e 308.°, do CPP. Por indiciag&o suficiente, entende-se «a possibilidade razoavel de ao arguido vir a ser aplicada, em razio dos meios de prova jé existentes, uma pena ou medida de seguranga».Trata-se da «probabilidade, fundada em elementos de prova que, conjugados, convengam da possibilidade razofvel de ao arguido vir a ser aplicavel uma pena ou medida de seguranga criminals) Como refere o Prof. Figueiredo Dias «os indicios s6 sero suficientes, e a prova bastante, quando, jf em face deles, seja de considerar altamente provavel a futura condenagio do acusado ou quando esta seja mais provavel do que a absolvigfion. E adianta: «tem pois razfo Castanheira Neves quando ensina que na suficiéneia dos indfcios esté contida a mesma exigéncia de verdade requerida pelo julgamento final, 86 que a instrugiio preparatéria (e até a contradit6ria) nao mobiliza os mesmos elementos probatérios que estariio ao dispor do juiz na fase do juigamento, ¢ por isso, mas s6 por isso, 0 que seria insuficiente para a sentenca pode ser bastante ou suficiente para a acusagaion. No mesmo sentido, afirmaya j4 Luis Osério“ que «devem considerar-se indicios suficientes aqueles que fazem nascer em quem os aprecia a conviegao de que 0 réu poderd vir a ser condenadon, Indicios, no sentido em que a expressio & ulilizada no art. 308.°, do CPP, sao pois meios de prova enquanto sfio causas ou consequéncias, morais ou materiais, recordagGes ou sinais, do erime, Para a prondineia ou para a acusagio, a lei nfio exige a prova, no sentido da certeza moral da existéncia do crime, bastando-se com a existéncia de indicios, de sinais dessa ocorréneia, No juizo de quem acusa, como no de quem pronuncia, deverd estar sempre presente a defesa da dignidade da pessoa humana, nomeadamente a necessidade de protecgio contra intromiss6es abusivas na sua esfera de direitos, mormente os salvaguardados na DUDH e que entre nés se revestem de dignidade constitueional (art. 2.°, da DUDH e art, 27.°, da CRP). ¥ por tal razio que quer a doutrina quer a jurisprudéncia vém entendendo que aquela possibilidade razoavel de condenagio é uma possibilidade mais positiva do que negativa; 0 juiz sé deve pronunciar 0 arguido quando, pelos elementos de prova recolhidos nos autos, forma a sua conviectio no sentido de que é mais provavel que o arguido tenha cometido o crime do que 0 nao tenha cometido, isto 6, os indicios so suficientes quando haja uma alta probabilidade de futura condenagio do arguido ou, pelo menos, uma probabilidade mais forte de condenagiio do que de absolvigao. Vale por dizer, a final em stimula, que constitui indicia¢io suficiente 0 conjunto de elementos que, relacionados e conjugados, persuadem da culpabilidade do agente, fazendo vingar a conviesiio de que este vir a ser condenado pelo crime que Ihe € putado!, 9. A assistente imputa ao arguido a pratica de factos consubstanciadores da autoria material do crime de ofensa a pessoa colectiva, organismo ou servigo, previsto € puntvel nos termos do disposto no art. 187.°/1, do Cédigo Penal. O Ex." Magistrado do Ministério Publico sublinha que, a montante da questio suseitada no recurso, a materialidade imputada ao arguido nfo poderia, desde logo, configurar 0 ilicito acusado, pois que fica-tquém da exigtvel tipicidade. Com inteira razio ¢ impressiva acuidade. Importa ressaltar, desde logo, que é a propria assistente, no enquadramento tipico da (imputada) conduta do arguido, a fazer a selecgho do referido crime de ofensa a pessoa colectiva. Ora, tendo este tipo em presenga, nfo pode desconhecer-se que o crime em presenga apenas protege interesses, designadamente o bom nome, de entidades que exergam autoridade publica! Com efeito, salienta o Prof, José de Faria Costa, «o exerefelo da autoridade publica € uum elemento condicionante para todas as entidades que o tipo desereve. Kassim, adianta, por que «s6 aquele elemento 6 que se pode considerar capaz de dar sentido # uma incriminagao desta natureza». Ib que «proteger — proteger penalmente - a credibilidade, o prestigio ou a confianga de uma pessoa colectiva quando ela no exerga autoridade publica e quando se sabe que essa mesma pessoa coleetiva pode ser vitima de uma difamacao ou injaria seria um alargamento a todos os titulos injustificado ¢ insustentivel. Pensar-se assim ou ajuizar-se dessa forma seria dar maior protecgiio a pessoa colectiva do que A prépria pessoa individual», Para além do mais, importa ter presente o princfpio da intervengfio minima do diveito ponal— figurado o direito penal como uma extrema ratio, tem de salientar-se que o dircito civil pode perfeitamente satisfazer (de modo sistematieamente mais coerente ¢ eficaz) os interesses da sociedade que pretenda ver ressarcidos os prejuizos causados por uma ilegitima violagio da sua credibilidade®, Assim, revertendo a0 caso, nfo dispondo a assistente da referida autoridade piblica, 86 por extravagante interpretagio do art. 187.°/1, do CP, se poderia considerar que este normativo tipico concede proteccHo ao seu bom nome, 10, Admitindo que, com a revistio do Cédigo Penal, operada pelo Decreto-Lei n.° 48/95, que aportou o novo tipo legal de crime configurado no referido art. 187°, 0 legislndor nao quis afastar a ineriminagdo pelos tipos de difamagao e de injaria (cometidos contra pessoas colectivas), dos arts. 180," ¢ 181." também por esta via o alegado pela recorrente nfo poderia proceder. E assim, tendo por referéncia 0 disposto no art, 180.°/2 b), do CP, na medida em que, come ressaltam, com inarredivel impressividade, os recorridos, a partir dos elementos probatérios recolhidos, no inquérito ¢ na instrugHo, tem de conceder-se a conclusio, designadamente, de que o arguido agiu de boa fé, com fundamento sério para reputar as acusagdes prolatadas relativamente & assistente como verdadeiras, podendo mesmo estender-se a inferéncia ao ponto de se poder concluir que, a0 menos indiciariamente, o arguido logrou mesmo a comprovacio das imputagées denunciadas, pela via da imprensa e da dentincia apresentada & Procuradoria-Geral da Repiiblica, Com efeito, revisto o material probatério constante dos autos, no pode deixar dese acompanhar, na sua irrepreensivel assertividade, o despacho revidendo, no ponto em que salienta que: (j) as testemunhas ouvidas referem comportamentos por parte de laboratérios farmacéuticos ~ nomeadamente B. e M. S.A ~ id@nticos aos narrados pelo arguido na entrevista a X em 31 de Outubro de 2003, tendo salientado que, em 1998/1999, A InspeceHo-Geral da Satide chegaram diversas denimeias de factos similares aos denunciados pelo arguido, formuladas por «particulares» e por «delegados de propaganda médica»; (ii) os documentos oferceidos pelo arguido impiem a constatagiio do pagamento a médicos de diversas quantias, a titulo de «formagio pés-graduagion, efectivamente disseminadas no pagamento, p. ex., de vingens de lazer, refeigdes, presentes de aniversério, para além do dep6sito, em contas bancérias de médicos, a titulo de «eomparticipagion, de ponderosas quantias em dinheiro; ¢ (ii) do velat6rio final do proceso de inquérito realizado pela I-G da Smide, relativo a «factos relacionados com a eventual obtencio de beneficios por parte de médicos do SNS ao prescreverem medicamentos do Iaboratério M., SA», resulta indieiado que varios médicos presereveram medicagio deste laboratério em percentagem muito superior a da média da generalidade dos médicos, vindo a Propor-se # prosseongio do inquérito para apuramento de comportamentos violade-es dos deveres de isengio, zelo c lealdade, . Isto posto, nfio pode deixar de reconhecer-se que 0 indiciado comportamento do arguido sempre ganharia relevo no plano das causas de justificagao prevenidas no n.°2 do art. 180.°, do CP, pois que, em face do material probatério submetido a juizo, sempre teria de concluir-se, indiciariamente, néo apenas que a imputagio do arguido relativamente A assistente foi feita para realizar interesses legitimos, designadamente o interesse publico no conhecimento das sensiveis relagdes entre a indistria farmacéutica ¢ os médicos, mas também que o arguido nfio apenas logrou comprovar a verdade de (pelo menos uma parcela) da imputagio, mas que, ao menos, tinha fundamento sério para, em boa f6, reputar as ditas imputagées como verdadeiras, Assim, na prognose possivel, sempre teria de se concluir pela injustifieabilidade da submissio do arguido a julgamento, pois que, em tal sede, o resultado prognosticavel seria a abso Termos em que o despacho de nao pronincia revidendo no merece qualquer reparo, improcedendo, de todo, conforme exposto, a alegacso recurséria da assistente, 11. A improcedéncia do recurso acarreta a condenagio da assistente recorrente em custas, nos fermos conjugadamente previstos nos termos do disposto nos arts. 515.1 b) ¢ $18.", do CPP, a fixar com base na situagiio econémica do devedor ena complexidade do processo, conforme prevenido nos arts. 82.°/1 ¢ 87.°/1 b) e 3, estes do Cédigo das Custas Judicinis, mr 12, Nestes termos ¢ com fais fundamentos, decide-se: (a) negar provimento ao recurso interposto pela assistente, M., SA (®) condenar a assistente nas eustas, com a taxa de justiga em 7 (sete) UCs, Lisboa, 26/01/2005 RELATOR: Anténio M, Clemente Lima ADJUNTOS: Maria Isabel Duarte / Antonio V. eira Simbes 1. Despacho de 7 de Outubro de 2004, a fls. 324-328. 2 Despacho (da noite) de 27 de Outubro de 2004, a fs, 339. 21% a partir das conclusdes que o recorrente extrai da sua motivacio que se determina 0 Ambito de intervengio do tribunal ad guem, sem prejuizo para a apreciagao de questées de oficioso conhecimento e de que ainda se possa conhecer. 1 GERMANO MARQUES DA SILVA, «Curso de Processo Penal», Vol. Il, 2." edligfio, Verbo 1999, pp, 99/100. 8! FIGUEIREDO DIAS, «Direito Processual Penal», Vol. I, Coimbra Editora, 1974, pag, 133. 14 LUIS OSORIO, «Comentério ao Cédigo de Processo Penal Portugués», Vol, IY, pig. 41. 1 Sobre o conceito de «indicios suficientes», vejam-se, com especial interesse, GERMANO MARQUES DA SILVA, ob. e loc. citados e os Acérdfios, do ‘Tribunal Constitueional, n.” 388/99 (Ditirio da Republiea, 2." série, de 8-11-99, p, 16 764 ¢ segs.) © 583/99 (Ditrio da Repitblica, 2," série, de 22-2-2000, p. 3 599 segs.). HAA este respeito, vejam-se os Acérdaos, da Relagho de Coimbra, de 13-1-99 (Proc, 968/98, om www.dgsi.pt) ¢ de 12-1-2000 (Colectinen de Jurisprudéncia, ano XXV, tomo I, p. 44 e segs.) e, da Relagho do Porto, de 2-10-2002 (Proc. 0141459), de 8-1-2003 (Proc. 0210963), de 19-2-2003 (Proc. 0242153) e de 7-1- 2004 (Proc, 0343089), em www.dgsicpt, 21 JOSE DE FARIA COSTA, no «Comentirio Conimbricense do Cédigo Penal», Parte Especial, Tomo I, Coimbra Editora, 1999, p, 675 ¢ segs. (683). 110! Salientava FIGUEIREDO DIAS, na Comissio de Revisio, que «o surgir deste artigo /187."] no tem por base a ideia errada de que os artigos anteriores nfo cobrem as pessoas colectivas, niio passiveis de titular o bem juridico protegido pela difamagao ou injiria, O objectivo deste artigo & diferente: é criminalizar acces (ou rumores), nfo atentatérios da honra, mas sim do crédito, do prestigio ou da confianca de uma determinada pessoa colectiva, valores que nfo se incluem, em rigor, no bem juridico protegido pela difamagio ou injaria» - Actas € Projecto da Comissio de Revisio, Rei dos Livros, p. 279. No mesmo sentido, JOSE DE FARIA COSTA afirma que continua a ser indesmentivel que toda ¢ qualquer pessoa colectiva pode ser vitima de um especifico crime contra a honra ~ Ob. citada, p. 675/676. Veja-se também OLIVEIRA MENDES, «O Direito a Honra ea sua Tutela Penal», Almedina, 1996, p. 111 ¢ segs. e, com cuidado excurso sobre a matéria, 0 Acérdio, da Relagio do Porto, de 7-1-2004, neima citado, com relato da Kx.ma Juiza Desembargadora Dr.* Isabel Pais Martins, Em sentido divergente, vd. LEAL-HENRIQUES / SIMAS SANTOS, no «Cédigo Penal», Anotado, Vol. II, Rei dos Livros, 2.* edigho, p. 350/351.

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