INTRODUÇÃO
c
Toxemia gravídica, termo utilizado há muitas décadas, inapropriadamente, para
definir esta doença, pois se pensava que havia interferência de agentes tóxicos na
circulação sangüínea causando os distúrbios hipertensivos, consagrando-se assim,
universalmente pelo seu uso corrente na literatura. Em nosso estudo, utilizaremos o
termo Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG), por melhor expressar as
características desta entidade.
Sabemos que, na gestação mesmo havendo alterações anatômicas, endócrinas,
hemodinâmicas e imunológicas importantes, o organismo feminino se mantém em
equilíbrio dinâmico por mecanismos compensatórios. Contudo, o limite entre a
normalidade e a doença é extremamente tênue e o desequilíbrio representa risco elevado
de morbimortalidade materno-fetal.
DEFINIÇÕES
c
A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é o distúrbio mais
comum na gestação, ocorrendo habitualmente no final da prenaz, e caracterizado por
manifestações clínicas associadas e peculiares:
c
cc
, sendo
estes chamados de tríade da DHEG. Classifica-se a DHEG em duas formas básicas: pré-
eclâmpsia (forma não convulsiva marcado pelo início da hipertensão aguda após a
vigésima semana de gestação) e eclâmpsia, que é um distúrbio hipertensivo gestacional
que se caracteriza pelos episódios convulsivos conseqüentes a efeitos cerebrais
profundos da pré-eclâmpsia.
A eclâmpsia é responsável por uma parcela significativa dos casos de
mortalidade materna e perinatal sendo freqüentemente associada à complicações de
órgãos vitais como SNC, o fígado e os rins. Apesar de submetida à extensiva
investigação nos últimos anos, a fisiopatologia da eclâmpsia continua matéria
puramente especulativa, sendo sua etiologia desconhecida.
CLASSIFICAÇÃO
ð c
. Correspondente a caso com aumento de pressão
sanguínea, sem proteinuria, após 20 semanas de gravidez,retornando os níveis
tenssionais elevados ao normal no pós-parto. Hipertensão =140x90 mmHg
Síndrome multissistemica caracterizada por hipertensão,
proteinuria e edema. Sem que ocorra convulsão.
cAumento de peso igual ou superior a 500g/semana.
c c
c
P.A =160x110(2 ocasiões em 6h).
cÉ a presença de convulsões em mulheres com pré-eclampsia.
ð c
cP.A = 140/90mmHg ocorrido antes de 20 semanas e ainda
presente decorridos 6-12 semanas pós-parto.
c
O inicio agudo da proteinuria e as pioras da
hipertensão sugerem pré-eclampsia superajuntada.
ETIOLOGIA
INCIDÊNCIA
A toxemia gravídica é a doença mais importante em Obstetrícia. Índice em cerca
de 10% das primigestas sendo a maior causa de mortalidade materna e Perinatal.
Aproximadamente 70% das desordens hipertensivas na gravidez são decorrentes
da toxemia.
Em prmiparas, a maior parte(2/3) dos casos de pré-eclampsia é leve e ocorre no
termo, quando parto resolve o problema e a maioria dos infantes tem crescimento
normal e é saudável.
O cenário em multíparas parece ser diferente uma vez que a pré-eclampsia incide
em uma nova gravidez é menor que 1% em mulheres normotensas na primeira gestação,
mas presente naquelas que apresntam pré-eclampsia na gravidez inaugural.
FISIOPATOLOGIA
Alterações Renais
c
Na pré-eclampsia a TFG diminuem entre 30-40% em relação aos valores da
gravidez normal, enquanto a uréia e a creatina sanguínea ainda permanecem na faixa
normal para mulheres não-grávidas.
c c
Alterações Cardíacas
Alterações Hidroelétricas
MANIFESTAÇÃO CLINICA
ßc Pré-Eclâmpsia:
÷c
20 semanas de gestação.
÷c Rara no primeiro trimestre de gestação.
÷c Distúrbios visuais, escotomas e fosfemas.
÷c Cefaléia tipo enxaquecosa.
÷c Desconforto epigástrico (congestão hepática).
÷c Edema das extremidades.
÷c Rápido ganho de peso (
1Kg/sem): reflexo do edema e nefropatia.
÷c Oligúria.
÷c Sinais de ICC.
c c
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Achados físicos
ßc =
c vertigem; sincope; taquicardia; irregularidade do pulso; edema
generalizado progressivo.
ßc a
ccianose.
ßc °
dispineia; ortopineia; tosse, com ou sem hemoptise; estertores basais.
ßc ` fadiga; palpitação; sensação de sufocação.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para lesão materna relacionada com a disfunção de um órgão ou sistema, causada
por vasospasmo e por elevação da pressão sanguínea.
RESULTADO ESPERADO
c c
A paciente não apresentara sinais de lesão materna, conforme se evidencia pela pressão
arterial dentro dos limites normais e ausência de proteinúnria e edema.
INTERVENÇÕES
ßc Use o mesmo braço e certifique-se de que a paciente esteja na mesma posição, todas
as vezes que você medir a pressão arterial.
ßc Confirme os valores pré-concepcionais e monitore as tendências; incorpore o perfil
de risco aos resultados da avaliação.
ßc Monitore a pressão arterial media (PAM)da paciente.
AVALIAÇÃO
MEDIDAS TERAPEUTICAS
REFÊRENCIA
MEDICIA ON LINE - Revista Virtual de Medicina Volume 1- Número 1- Ano I (mês
Jan/Fev/Mar de 1998) disponível em:
http://www.medonline.com.br/med_ed/med1/preeclampsia.htm. Acesso em: 2 maio
2010.