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- Os testes surgiram para quantificar a sanidade mental e também são usados como critérios para se contratar
funcionários;
- Com os testes os psicólogos conseguiram sua autonomia e também conseguiram medir as características mentais de
um indivíduo;
- O diagnóstico psicológico se dá através de determinada teoria e seu método. Toda teoria tem um método. Não se pode
usar a teoria comportamental e o método psicanalítico, por exemplo, pois não são compatíveis, e isso será transmitido
ao paciente, estaremos pedindo coisas diferentes, trabalhando de forma diferente e o paciente pode não ter essa
flexibilidade, ele pode cindir.
MODELOS PSICODIAGNÓSTICOS
MODELO COMPREENSIVO (engloba os três modelos subjetivos num só: humanismo, psicanálise e fenomenologia)
- Visão globalizadora, analisa funcionamento interno e externo, psíquico, social e orgânico.
- Estrutura do processo compreensivo:
a) Significado das perturbações: os sintomas sempre têm uma função.
b) Ênfase na dinâmica inconsciente: avaliam a mesma coisa que a psicanálise.
c) Material e julgamento clínico: resultado dos testes é somado ao raciocínio clínico, não vale testes isolados.
d) Aspectos centrais e nodais: não analisa a vida toda do paciente, avalia só o que é relevante para o diagnóstico.
- Proposta do modelo compreensivo:
a) Avaliação global: não detecta só o fenômeno, mas analisa seu funcionamento;
b) Natureza e intensidade da perturbação: quais são os riscos do paciente;
c) Orientação a outros profissionais;
d) Prognóstico: quais as possibilidades de melhora deste paciente;
e) Encaminhamentos: encaminhar para terapia em grupo, familiar ou para o psiquiatra, etc.
POSICIONAMENTO EPISTEMOLÓGICO
- Personalidade é indecomponível, por isso todos os elementos são parte de um todo: conjunto.
- Bases teóricas do método compreensivo:
01) Desenvolvimento e maturação: Analisa o desenvolvimento motor, intelectual e social
- Spitz citou a síndrome do hospitalismo: crianças que não se desenvolvem no hospital
- Winnicolt diz que se falharem as defesas primárias pode se tornar uma psicopatologia. Também usou o
conceito de mãe suficientemente boa (capacidade de proporcionar mais satisfação do que frustração).
02) Dinâmica familiar: Família pode ser patogênica (início da patologia)
- Observar o papel que o paciente exerce na família.
03) Relação psicólogo-paciente: Dados transferenciais e contra-transferenciais
04) Teorias que fundamentam os testes: - Psicométricos (teoria cognitiva, do desenvolvimento)
- Projetivos (Psicanálise)
05) Processos intra-psíquicos: Teorias de Freud (conflitos latentes e fantasia), Bion (funcionamento psicótico),
Anna Freud (mecanismos de defesa) e Melaine Klein (édipo precoce)
- Precisa ter os papéis bem definidos, uma relação bipessoal e uma duração limitada.
- Passos: entrevista inicial; testes; devolutiva e laudo
- Enquadramento: Definir regras de lugar, horário, honorários, duração do processo.
- Problemas gerados pela quebra do enquadramento (problemas de transferência e contratransferência)
- Na prolongação do processo: Fantasia do psicólogo: sente-se inseguro ou não que quebrar o vínculo
Fantasia do paciente: meu quadro é grave ou me tornei mero objeto de estudo
- Na redução do processo: Fantasia do psicólogo: Onipotência, questões contra-transferenciais.
Fantasia do paciente: Meu caso não é complexo, não preciso me implicar.
MANIFESTO: Motivo que preocupa o paciente, ou motivo pelo qual ele foi encaminhado para avaliação. É para o
paciente o mais fácil de dizer, o que causa menos ansiedade.
LATENTE: Causa mais ansiedade, o paciente vai trazendo aos pedaços, é aquilo que ele deixou de falar e só falou
depois porque não achou tão relevante dizer. Nem sempre é outro sintoma, pode ser uma fantasia.
- Identifica-se pelas contradições, pela seqüência de fatos contados e pelas interrupções no discurso.
- Observar o momento em que o paciente tomou consciência do latente.
MECANISMOS DE DEFESA
- Os mecanismos de defesa são formas estáveis de preservação dos vínculos com os objetos
- O indivíduo sempre cria essas mesmas defesas para lidar com as coisas de sua vida
- Esses mecanismos que eu crio, revelam a forma de como eu me relaciono com os objetos (pode se achar o melhor de
todos, ou pode ter medo de rejeição, ou pode ser arrogante, etc).
- Dessa forma eu vou repetir esses mecanismos em todas as minhas relações.
- Se verificarmos a maneira como esse indivíduo lida com esse objeto nessa situação, quais são os tipos de defesa que
cria, isso facilita o nosso diagnóstico, porque ele tende a sempre repetir essas relações.
MECANISMOS DE DEFESA
Exemplo: A mãe tinha o filho como seu objeto, e achava que esse objeto era fraquinho (uma fantasia que ela criou), e
sua defesa era a super proteção pelo filho, essa era a forma como ela se vinculava com ele.
Através da minha fantasia, eu crio uma defesa para me relacionar com meu objeto.
TIPOS DE MECANISMOS
- São os tipos de vínculos que um sujeito pode criar com seus objetos. As pessoas tendem a repetir os mesmos
mecanismos.
- Será patológico sempre quando for extremo.
+ +
EGO OBJETO
- -
MECANISMOS DE SPLITTING
EGO OBJETO
MECANISMOS DE REGRESSÃO
MECANISMO DE DESLOCAMENTO
MECANISMO DE SUBLIMAÇÃO
- Mais nobre e mais produtiva defesa, causa menos sofrimento, pois gera uma produção socialmente aceita.
- A criança é avaliada através das brincadeiras, o brincar permite que a criança fale o que deseja sem cortar os laços
com a sociedade, é só falar na brincadeira (chistes), porque dessa forma não causa angústia.
- A sala de jogos e materiais não deve ter muitos brinquedos, senão não temos como avaliar se ela se distrai com
facilidade.
- Os brinquedos devem estar colocados de forma organizada mas não categorizada, pois crianças psicóticas não
conseguem se organizar simbolicamente, só mecanicamente.
- Pode-se usar brinquedos estruturados (induz a criança a algo, como os vídeo-games), ou não estruturados (criança usa
criatividade, como o lego, ela da a interpretação simbólica dela)
- O psicólogo não deve se infantilizar pra falar com a criança, deve falar olhando em seus olhos, pra ver se ela sustenta
isso.
- Deve informar a ela onde vai ser a sessão e quanto tempo isso vai durar.
- É importante transmitir a regra de que a criança não pode se machucar ou machucar o psicólogo.
- O papel do psicólogo pode ser de passivo-observador, ativo investigador (psicólogo sugere outras formas de
interação), ou complementor-participativo (brinca junto com a criança, sem fingir mas também sem competir).
- Deve se avaliar a transferência e contratransferência, pois só o que os pais disseram não basta
- O que observar:
- A escolha dos brinquedos: criança psicótica não tem muita regra, já a criança neurótica tem intenção
na escolha do brinquedo.
- A modalidade das brincadeiras: crianças psicóticas tem brincadeira caótica, sem lógica, ou pode repetir
uma brincadeira estereotipada, como jogar bolinha na parede (não tem plasticidade)
- A personificação: Se ela consegue assumir papéis teatrais, porque ela precisa deixar o eu de lado pra
assumir um personagem e depois vai sair dele para assumir seu eu – precisa ter plasticidade.
- Motricidade: Se tem algum problema de equilíbrio, se ficou muito tempo no berço, se demorou para ir
à escola. Um problema motriz pode ser por falta de estímulos, problemas neurológicos ou psicose.
- Criatividade: Relacionar brinquedos diferentes para diferentes funções – plasticidade.
- Tolerância e frustração: A criança consegue aceitar suas limitações?
- Capacidade simbólica: forma de se expressar, intelecto.