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oi ee tee ery Jos capitulos precedentes vimos que nosso planeta encontra-se em processo continuo de transformagio, modificando sua forma, estrutu- ta ¢ caracteristicas fisiograficas. Em sua grande maioria sio modificagdes imperceptiveis pela exis- téncia humana, sendo, contudo, significativas ‘quando consideradas em relagio ao tempo geologi- co, Tais modificagdes podem entao resultar no surgimento de oceanos, nos deslocamentos de gran- des massas continentais e na formagio de grandes cadeias de montanhas, que sio acompanhadas da deformacio das camadas de rochas, como jé estu- dado anteriomente A Geologia Estrutural, disciplina das Ciéncias da Terra, estuda os processos deformacionais da litosfera ¢ as estruturas decorrentes dessas defor- magécs. Investiga, de maneira detalhada, as formas geométricas que se desenvolvem em decorréncia do dinamismo de nosso planeta, abrangendo da escala microsedpica & mactoscépica; portanto, deforma- es desde a escala dos cristais formadores de rochas até a escala continental, neste ultimo caso voltan- do-se a0 exame do deslocamento de blocos de grandes dimensdes. O estudo € reconhecimento das estruturas geo- logicas possuem importancia cientifica e pratica. Do ponto de vista cientifico, os estudos em geologia estrutural tém mostrado que nosso plancta ¢ dina- mico ¢ que vivemos sobre placas litosféricas de dimensdes continentais, que se movem de maneira lenta e continua (Cap. 6). Esta movimentagao é, em grande parte, responsivel pela formagao das estru- tras geol6gicas, Do ponto de vista pritico, muitas destas estruturas sio tesponséveis pelo armazenamento de hidrocarbonetos (petrdleo e gas), égua, minérios ete. S30, importantes também em obras de engenharia civil, onde ‘oolevantamento das estruturas geolégicas constitui a base para as grandes obras de engenharia, como barragens, pontes, tineis, estradas ete. ‘A primeira parte deste capitulo é dedicada ao estu- do dos principais tipos de deformagio e processos pelos quais as estruturas sio formadas, isto é, como as r0- chas respondem aos esforcos, baseando-se 0 comportamento dos materiais rochosos ¢ seus meca- rnismos deformacionais. A segunda parte contém uma descrigio das principais estruturas, formadas pela di- nimica de nosso planeta 19.1 Principios Mecdnicos da Deformagio Pot que as deformacdes ocorrem? Esta é uma ques- to que tem instigado os cientistas desde o século XVIII. Com base na observacio, eles concluiram que as rochas sedimentares eram depositadas originalmen- te como camadas horizoniais em fundos de lagos, rios € oceanos. Contudo, questionavam como essas eam: das eram modificadas de sua posicio original, pasando «ser inclinadas e deformadas. Qual o tipo de forga que poderia deformar uma rocha dura e resistente? Seriam cessas deformagies relacionadas a um processo maior do planeta? $6 recentemente, no final da década de 1960, com 0 advento da tecténica de placas, & que os avangos no conhecimento geolégico permitiram que 08 cientistas chegassem 4 conclusio de que essas de- formacdes exam o resultado de moviment placas litosféricas, 4 semelhanga de outros fendmenos, tais como terremotos ¢ vuleanismo, entre as Antes de iniciar © estudo descritivo das principais estruturas geologicas conhecidas, serio discutidos os ptincipais tipos de processos que conduzem & defor- ‘magio dos corpos rochosos. 19.1.1 Processos deformacionais: conceitos basicos Um corpo rigido rochoso, uma vez submetido a agio de esforgos, qualquer que seja a causa, pode so- fret modificacdes em relagio 4 sua posicao, por translagio ¢/ou rotacio (Figs. 19.1a € 19.16), ou em relagao a sua forma, por dilatacio ¢/ou distorcio (Figs. 19.4a.€ 19.1d). No conjunto, considera-se que o corpo sofreu uma deformacio, resposta das rochas submetidas a esfor- 08, 08 quais si o gerados por forcas. Os conceitos de forea ¢ esforco sio considerados basicos em Geologia Estrutural, pois esto diretamen te relacionados com a formacio das estruturas geol6gicas. Para compreender os processos mecinicos envolvidos na dinimica de nosso planeta, é necessirio antes conhecermos os conceitos de forca e esforco. Forca é definida, classicamente, como uma entida- de fisica que altera, ou tende a alterar, 0 estado de repouso de um corpo ou 0 seu movimento retilineo —t Imogem de sotélite mostrondo dobras na Foixa Poraguoio, na regide de Caceres, oeste de Cuiaba, MT. uniforme. Es defini¢io refere-se 4 primeira lei de Newton, Em relagio a sua segunda lei, Newton obser- vou que a aceleracio de um objeto € diretamente proporcional 4 forca resultante que atua sobre 0 corpo € inversamente proporcional a sua massa ~ express matematicamente, pela equagao: Fema (19.1) O newton (N), a unidade basica de forga no Sistema Intemacional (MKS), é a forga necessiria para imprimir accleragio de Im/.s* em um corpo de Tkg de massa. No sistema CGS, a unidade baisica de forca chama-se dina, que & a forea necessiria pata imprimir aceleragio de 1 cm/s? a um corpo com massa de 1 grama Descrever a magnitude de uma forga, seja em newton ou em dina, nio é suficiente pata definir forca. Forgas sio entidades vetoriais, sendo necessiria a especificagio de sua diregio e sentido, A caracteriza- fo das propriedades vetoriais da forga utiliza-se, por sua vez, dos prineipios de Algebra Vetorial wi a Be ae UC CO Uma forga, vertical F, atuando sobre um plano in- clinado @ graus em relagio a um plano horizontal, pode ser decomposta em um componente vertical, denomi nado forca normal Fn € outro componente paralelo 0 plano, denominado forga cisalhante Fs, sendo que Fn = F cos ¢ Fs = F senO (Fig, 19.2s), Consideram-se dois tipos fandamentais de foreas que afetam os corpos geoligicos: forgas de compo (ou de vo- lume) ¢ foreas de contato (ou de superficie). As forcas de volume atuam sobre a massa de um corpo como um todo, a exemplo das forcas gravitacional e eletromagnéti- ‘ca, As forgas de contato atuam empurrando ou pusando determinado corpo ao longo de uma superficie imagini ria, como uma fratura, Quando uma fora F atua sobre uma superficie, tem-se uma outra entidade fisico-matemitica denomi- nada esforgo. Isto significa quea magnitude do esforgo ao é simplesmente fancio da forga F, mas nna também com a rea sobre a qual essa forga atua, ou seja, esforgo é a relagio entre forga e a relacio- 92) No Sistema Internacional cos. tumamos quantificaro esforgo em termos da forga ¢ érea (Newton/ m® caraterizando a unidade Pascal, Devido a pequena mag- nitude desta unidade comparada magnitude dos esforgos que atuam em nossct planeta, o Pascal énormalmente empregad prece dido de um prefixo como quilo, ‘mega ou giga. Outra unidade de esforco utifizada em Geologia & 10° Pa. Pres- sbes clevadas no interior da’Terra o bar, que equival sfo freqiientemente dadas em kbar, que Ikbar corresponde a 100MPa. sendo Para melhor ilustrara impor- tincia do assunto, seri utilizado um caso nao geolégico, que exemplifica a estratégia utilizada para resgatar um patinador de gelo que se exercitava num lago Fig. 19.1 Movimentos bésicos devido 8 acao de esforgos: (a) Dilatagéo - variagée de volume; (b} Translagéo - mudanga de posicéo; (c) Rotagéo - variagio de orientacdo; (4) Distorgéo - mudanca de forma. 402 DeciFRANDO a TERRA [Ful = F cos [Fs] = F sin to 2 [Gul = 0 cos 0 lo] =2 sin 20 Fig. 19.2 llustracao mostrando « decomposicéo de ume forca F e esforcos sobre um plano inclinado (P| de 0 grous em relagée 00 plano A, congelado (Fig. 19.3). Em razto do “peso” do patinador (77 ky), houve a ruptura da delgada cama- da de gelo do lago. Fste “peso” estava distribuido uniformemente sobre as liminas dos patins e a Area de contato com o gelo era de apenas 5,08 em, o que significa que o esforgo atuando sobre a delgada ca mada de gelo era F _Tkex98ms A 3,08x10~ nr 1.485.433 Pa = 14,85bar A Figura 19.3 mostra que 0 nosso “heréi” para se aproximar da vitima, utilizou uma tabua suficientemen- te larga, evitando assim que a camada de gelo se rompesse. A explicacio para isso esta no fato da ti- bua apresentar uma maior superficie, fazendo com que 0 esforco exercido sobre a camada de gelo fosse distribuido numa rea maior, sendo vejamos: 0 “peso da prancha somado ao “peso” do nosso “herdi” & igual a 81,64hg, com a érea da tibua de 5.486,¢ ca Deste modo, © peso do homem passou ser distri buido de tal maneira que a concentracio do esforco, em qualquer ponto sob a tabua, é bem menor, €, por tanto, bem abaixo da resisténcia 4 rupeura do gelo, _ F _81,6kgx9,8m. A 0,54864m1 1.458Pa = 0,01bar Neste caso, observa-se que a pressio exercida so. bre o gelo € cerca de 1.500 vezes menor do que a do patinador. Eu peso 754,6N 00 LxL=A (érea do patins) & de 5,08 x10" onto =14, ber mas eu peso BOON e a Grea da tabue é de 0,548", entao = 0,01 bar. Portanto o gelo no rompel Fig. 19.3 Salvamento de um patinador e « imporiéincie da intensidade do esforco, 19.1.2 Nogies basicas de reologia A Geologia Estrutural interessa, particularmente, © estudo dos corpos deformados (seja por translacio, rotagio ou distoreio), bem como a investigagao de suas spectos geométricos. causas, processos A disciplina que estuda o comportamento dos ma- teriais submetidos 4 acio de esforcos denomina-se Reologia, termo cujo sentido ctimoldgico é 6 estudo da deformacio e do fluxo da matéria As condigdes fisicas reinantes durante a deforma- gio s is no comportamento do corpo submetido 4 agio de esforgos, Para um material geolé- gico qualquer, as condigées fisicas slo: i) pressio hidrostitica/litostitica e temperatura, as guais depen- dem da profandidade onde ocorre a deformagio, ii) condiges termodinamicas e ii) esforgo aplicado & ro- cha. Nessas condigdes, as deformacées podem ser ripteis ou dicteis, isto é, podem ocorrer, respectiva- mente, quebras ¢ descontinuidades ou apenas deformagio plastica, sem perda de continuidade. A Fig. 19.4 mostra 0 comportamento deformacional dos ma- ‘criais em fungdo da temperatura e pressio hidros itica. Pressao hidrostética P=0 Fig. 19.4 Dominios de deformacéo natural em funcio do presséo hidrostética/litostética e temperotura. As linhas BP-AT 2 AP-BT representam o comportamento esperado em regimes de alto e boixo gradientes térmicos, respectivamente, AP=Alla pressdo; BP=Boixa presto; AT Alta temperatura; 8T=Boixo temperatura jtuLo 19° Esrrururas em Rocuas 403 Um corpo ao se deformar pode softer distorgdes, que apresentam comportamentos mecinicos distintos, deformagdes podem ser recuperiveis, isto é um cor po pode sofrer contrac¢ao ou estiramento quando submetido & agio de esforgos, porém, quando esses esforcos sio retirados, 0 corpo retorna a sua forma e posicio originals. Este tipo de deformagio é denomi- nada elistica (2. Um exemplo é a expansio térmica de um corpo rochoso, 0 que nio envolve quebra ou ruptura, mas apenas alongamento (dilatagao). Encurta- mento ou flexura € outro exemplo de deformagio elistica. Para ilustrar es tipo de deformacio, considera-se um cospo submetido a um esforgo uniaxial (6). Sua deformacao é definida fisicamente pela relaclo Al (onde ¢é a clongagio ¢ | o comprimento), I Supondo-se que 0 corpo sofra um encurtamento relativo homogéne, isto pode ser representado em grifico Of), ou Seja esforco em funcio do encurta- mento (Fig, 19.50). O grifico resultante deste tipo de deformacio mostra, inicialmente, uma relagio linear entte 0 esforgo © a deformacio, isto é, 0 esforgo & proporcional a deformagio (6 = Ee), onde E é uma constante denominada modulo de Young, Porém, se 0 esforco ¢ retirado, a deformagio ¢ instantaneamente reversivel, ou seja elistica. A partir de um determina do valor do esforco, denominado esforco limite (.), conhecido também como limite de elasticdade, ocor re uma diminuicio da inclinagio do grifico, deixando de existir uma relagio linear com a deformagio do corpo. Neste sctor do grifico, caso 0 esforco aplicado seja retirado, tornando:se zero, a deformagio ¢ restita- e ida apenas parcialmente (trajetoria XX’), permanecendo ainda uma deformagio, denominada deformagio plis- tica (¢). Se a carga é reaplicada neste mesmo corpo, verifica-se, no grifico 6 versus &, a trajetoria X’; onde ‘© novo limite de elasticidade é agora 6. 0 qual é maior que G,. Notar a nova deformacio elistica (¢,) em rela. io a0 novo limite de clasticidade 6, Quando isso :ndurecimento” do material, ou seja a deformacao phistica mudou o esta- do do material, que pode ser quantificado no eixo das abcissas por (¢). Fi justamente o aumento da deforma- ho que leva & ruptura do corpo, Quando as rochas Jo deformadas sob condigdes de pressio ¢ tempera- tuta ambientes, ocorre a ruptura sem haver uma deformagio plistica significativa. corre, diz-se que houve um “ Ce eee er Waa ty Examinando 0s fatores que determinam uma rocha se romper ou sofrer apenas flexto exame da influéneia da press > hidrostitica/ da temperamra © da velocidad de defer magio no comportamento dictil ou niptil das rochas, durante o proceso deformacional, permite uma me- Titostitic thor compreensio do processo. * Pressio Hidrostitica/Litostitica > é a pressio vertical em um determinado ponto da crosta terres- tte, que ¢ igual 4 pressio exercida pelas rochas sobrejacentes, Rochas submetidas a pressdes clevadas, por longos periodos de tempo, no apresentam gran des resisténcias aos esforcos, a0 contritio, fluem como se fossem um liquido extremamente viscoso, Este é 0 caso do comportamento do manto terrestre que se mo- vimenta, lentamente, por estar submetido a pre litostitieas elevadas, entre outras condigies. A py litostitica no interior da ‘Terra aumenta com a profuun didade de acordo com a equagio: P= pee (19.3) onde p é a densidade da rocha, x é a aceleragio da gravidade ¢a profundidade. © 3=35 MPa 9 = Rupr o 05 4 2 3 €% b o Re aumento da velocidade de deformagao Fig. 19.5 Graficos do deformacéo em fungdo do esforco: (o] Para um cilindro sob compresséo uniaxil; (b) Deformacdo sob temperatura constante e presses de confinamento varidveis; (c) Deformacto sob presséo confinante constante temperatura variével; (4) Deformogao sob condigées de velocidade e deformagio varidveis, Os ensaios laboratoriais, em amostras de rochas, ‘mostram que o aumento da pressao confinante, que desempenha o papel da pressio litostitica, torna as, tochas mais resistentes 4 deformacio, isto é, elas necessitam de uma pressio de carga maior para se deformar, Se a pressio litostitica for muito cleva- da, as rochas se deformam, sem no entanto ocorrer a ruptura, Denomina-se deformacio dictil (Fig. . Conclui-se que um aumento da pressio litostitica tem por efeito tornar as rochas mais resistentes 20 fraturamento, fazendo com que a deformagio ocorra ‘no campo diictil. * Temperatura —> sabemos que a temperatura no interior da ‘Terra aumenta com a profundidade; 0 gra- diente térmico médio é da ordem de 20°C/km, podendo entretanto, em algumas regides, chegar a cerca de 100°C studos experimentais, sob pr constante (,=40MPa) ¢ temperatura variével, mos- tram, em geral, que © comportamento mecnico das rochas varia conforme o grifico da Fig, 19.5c. Com 0, aumento da temperatura, a rocha se deforma mais, facilmente, isto , um menor esforgo € necessirio para causar uma deformacio, fenémeno este acompanha- do pelo abaixamento do limite de plasticidade do material, Com a profundidade, hi o aumento da pressio litostatica e da temperatura, fazendo com que a socha se deforme plasticamente, retardando assim a ruptura. * Velocidade ou taxa de deformacio > corresponde i deformacio ocorrida em uma rocha durante um in- tervalo de tempo. Na natureza, essas deformagies extremamente lentas, da ordem de 5 a 10% em um milhio de anos. Desse modo, a velocidade de defor- magio pode ser representada pela seguinte equacio: v= = , onde ¢é 0 tempo em segundos es a medida t da elongacio, que é adimensional. A taxa de deforma- lo & é fornecida em s! im ensaios de laboratério, as taxas de deforma- «lo sio da ordem de 10° a 10° s', chegando a 10° s! para o fluxo experimental, Estes valores estio longe de representar as velocidades dos fendmenos geol6gi- cos naturais, que sio da ordem de 10" a 10" s para ‘6s deslocamentos horizontals. Qual seria entio 0 com- portamento dos materiais rochosos em Fungo da taxa Oe rd de deformagao? Experiéncias semelhantes aquelas re- presentadas na Fig. 19.5a foram realizadas com diferentes velocidades de colocagio das cargas, sobre testemunhos de material rochoso. A Fig, 19.5d mostra ‘que, com o aumento da velocidade de deformacio, ha uma diminuigio considerivel do dominio referente a deformagio plistica ¢ um aumento do limite de elasti- cidade @., Portanto, para velocidades de deformagio crescentes, 0 dominio da plasticidade diminui, com a rocha tornando-se réptl ou friével, 19.1.3 Dominios deformacionais em fungio da profundidade na crosta Os fatores fisicos descritos acima, em particular a temperatura ¢ a pressio hidrostitica/litostatica, so fungio da profundidade na crosta terrestre ¢ permi- tem distinguir dois dominios deformacionais distintos: © superficial ¢ 0 profundo. Estes do deformacionais sio caracterizados pela formagio de estruturas geoldgicas distintas. © dominio superficial caracteriza-se por uma de- formagio essencialmente niptil, enquanto o dominio profundo caracteriza-se por uma deformagio diictil. Neste tltimo, a rocha pode softer fusio parcial, se a temperatura for suficientemente elevada. Portanto, ¢s truturas formadas a cerca de 40) km de profundidade, ‘com presses da ordem de 10 kilobares temperatu- ras de 800° a 1.000°C sio muito diferentes de estruturas formadas em subsuperfici. Isto significa dizer que, para 6 estudo das estruturas geolégicas, € necessitio levar em consideragio o nivel erustal em que ela foi forma- da, Cada nivel apresenta estruturas com geometria ¢ mecanismos de formacio similares que, no entanto, sio diferentes de outros aiveis crustais por conta das leis reol6gicas especificas. Denominamos niveis es teuturais os diferentes dominios da crosta, onde focorrem os mesmos mecanismos dominantes da de- formagio. Entende-se, aqui, como mecanismos da deformacio, a deformagio riptil, isto é a formagio de falhas, fendas e fraturas marcadas por planos de descontinuidades, enquanto a deformagio dictl é en- tendida como deformago sem perda de continuidade, porém com a rocha sofrendo distorcio. A Fig. 19.4 representa, esquematicamente, os cam- pos da deformagio natural em funcio da pressio hidrostitica e da profundidade. Contudo, como ja vi- mos, deve-se levar em conta 0 gradiente térmico regional, isto é, a variagio da temperatura em fungio

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