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RELATÓRIO DA CAMPANHA 2010

Descrição:

Este ano, o quarto em que o projecto decorre sob coordenação local do Município de Aljezur,
constituiu num “re-arranque” do mesmo, já que no ano transacto não foi possível ao município
dinamizar o Coastwatch devido ao facto da técnica responsável não ter estado ao serviço por
motivos de licença de maternidade.

Verificou-se que este ano a campanha ficou bastante condicionada pelas condições
climatéricas muito adversas que se fizeram sentir no período de monitorização (Janeiro-
Março), o que condicionou a deslocação aos locais, nomeadamente por motivos de
segurança, tendo sido assim mais limitada a participação. Com efeito, não foram
monitorizados tantos blocos como em anos anteriores, sendo que a participação da escola
EBI/JI de Aljezur também foi mais modesta (apenas 3º ciclo).

As visitas de campo para monitorização realizaram-se no mês de Março de 2010, tendo os


resultados da monitorização apresentado semelhanças com os anos anteriores

Participantes:

Escola Básica Integrada Aljezur: 3º Ciclo


Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur
1 pessoa individual

Blocos Monitorizados:

151-74 - Praia do Amado, Pedra de Valverde Ponta de A do Pau.


151-75 – Praia da Bordeira, Pontal da Carrapateira, Palheirão, Ilha do Forno,
151-78 – Praia da Arrifana, Pedra das Gralhas, Pedra das Ameias, Pedra da Carraça,
Barranco do Porto
151-80 – Praia de Monte Clérigo
151-81 – Praia Amoreira

Metodologia:

Os questionários do coastwatch foram preenchidos pelos participantes nas visitas de campo,


tendo os serviços do município introduzido na base de dados a informação recolhida e
encaminhado os mesmos para a coordenação nacional – GEOTA para alimentar a base de
dados nacional.

Resultados:

Os principais problemas detectados foram a acumulação de resíduos no areal e arribas -


sacos de plástico, embalagens de plástico, latas, vidro, aparelhos de pesca (redes, linhas,
anzóis, covos), resíduos de construção e demolição, a presença de plantas infestantes nas
dunas, nomeadamente o chorão (Carpobrutus edulis), e a erosão das arribas (com algumas
zonas com derrocadas). As derrocadas de arribas constituiu uma questão a assinalar, uma
vez que se verificou um maior número que em anos anteriores devido à intensa precipitação
que se verificou neste inverno.

A avaliação de possíveis fontes de contaminação das águas não foi efectuada uma vez que
não se dispôs, este ano, dos kits (fitas) para a realização de testes de nitratos, não tendo sido
contudo identificadas quaisquer descargas poluentes líquidas no mar.

De entre os vários aspectos detectados, será importante destacar os seguintes:

a) Praia da Bordeira
Detectado um depósito de resíduos nas dunas e na linha superior da maré.
Detectada a presença de restos das paliçadas colocadas outrora para suporte ao
desenvolvimento do sistema dunar, no troço final da Ribeira da Carrapateira, actualmente em
estado lagunar, destacando-se a presença de arames que podem por em risco a segurança dos
banhistas na praia.

b) Praia de Monte Clérigo


Foram detectados vestígios de óleo na linha de água no dia da monitorização, tendo sido no
entanto verificado posteriormente que estes resíduos já foram removidos pela acção natural da
chuva.
Nesta praia, de destacar ainda que, no local de onde foi retirada uma passadeira em madeira
que já havia sido soterrada pelas dunas em formação, se mantém a passagem pedonal pelas
dunas. O local apresenta bastante pisoteio, encontrando-se o cordão dunar interrompido nesse
local

c) Praia da Amoreira
A duna em formação continua a soterrar a passadeira que atravessa o sistema dunar até ao
areal, obrigando as pessoas a pisoteá-la para aceder à praia. Mantém-se marcas de erosão e
degradação das arribas.

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