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Dominância Cerebral

Constatamos que no decorrer do tempo as pesquisas sobre o potencial humano cada vez
mais vêm confirmando a natureza dual do nosso cérebro. Os antigos filósofos chineses
chegaram aos conceitos de Yin (hemisfério direito) e Yang (hemisfério esquerdo) há
milhares de anos; todavia só a partir do século passado foi que os médicos ocidentais
começaram a pesquisar e constatar que os danos resultantes de derrames cerebrais tinham
repercussões diferentes a depender da área do cérebro atingida (hemisfério direito ou
esquerdo).

No início da década de 1960, Dr. Roger Sperry e sua equipe trabalhando em um grande
hospital americano realizaram várias experiências com pacientes epiléticos, os quais tiveram
as conexões entre os seus hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) desfeitas através de
uma cirurgia como uma maneira de reduzir os efeitos da epilepsia. Os estudos de Sperry
confirmaram que os dois lados do cérebro cumprem funções diferentes.

O lado esquerdo (que controla o lado direito do corpo) lida principalmente com a
linguagem, a lógica e o tempo; e o lado direito, principalmente, com emoção,
imaginação, visão, intuição e orientação espacial.

Como era de se esperar, esse conhecimento chegou ao mundo organizacional e aquelas


mais avançadas e inovadoras começaram a utiliza-lo como uma maneira interessante e
inteligente, principalmente, para se montar equipes de trabalho, considerando que a
diversidade favorece com que tenhamos equipes mais desenvolvidas e conseqüentemente
melhores resultados.

Esses estudos foram se tornando cada vez mais sofisticados até que o pesquisador
americano Ned Herrmann apresentou a sua pesquisa, reconhecida mundialmente e
dividindo o cérebro em quatro quadrantes com as seguintes características:

Esquerdo Superior Direito Superior


ANALÍTICO EXPERIMENTAL
· Lógico · Gosta de riscos
· Quantitativo · Intuitivo
· Baseado em fatos · Sintetizador
· Integrador
Esquerdo Inferior Direito Inferior
CONTROLADOR RELACIONAL
· Planejador · Emocional
· Organizado · Baseado em Sentimentos
· Detalhado / Confiável · Cinestésico
· Seqüencial / Pontual . Expressivo

Analítico - ANALISA os fatos - trata-os de forma lógica e racional


A pessoa com este tipo de dominância gosta de analisar as informações disponíveis e de entender o funcionamento
dos processos. Tem clareza no entendimento dos fatos. Gosta de esclarecer questões e ser desafiado.
Para este resultado, percebe-se, normalmente, como ponto forte, o raciocínio lógico e, como aspecto a desenvolver,
o relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe

A pessoa com este tipo de dominância é alguém que define objetivos, coleta dados e fatos e analisa as informações
disponíveis. É lógico, crítico e realista. Para este resultado, percebe-se, normalmente, como ponto forte, a
capacidade de análise e como aspecto a desenvolver, o relacionamento interpessoal.
Experimental - VISUALIZA os “fatos” - trata-os de forma intuitiva e holística

A pessoa com este tipo de dominância tende a sintetizar, integrar idéias e inventar soluções. Pessoas deste tipo
gostam de correr riscos, de ter variedade em suas vidas e causar mudanças. Para este resultado, percebe-se,
normalmente, como ponto forte, a busca incansável por novas oportunidades e como aspecto a desenvolver, a
capacidade de lidar com procedimentos e regras, além de planejamento e organização.

Controlador - ORGANIZA os fatos - trata os detalhes de forma realista e cronológica

A pessoa com este tipo de dominância é alguém pontual, confiável e que ordena as ações para atingir os objetivos
propostos. Faz análise de risco para avaliar as consequências da abordagem adotada, toma providências e é atento
aos detalhes.
Para este resultado, percebe-se, normalmente, como ponto forte, a organização e o planejamento e como aspecto a
desenvolver, a capacidade de lidar com riscos e a criatividade.

A pessoa com este tipo de dominância é alguém que planeja, estabelece procedimentos e acompanha os resultados.
É organizado e gosta de cumprir cronogramas. Para este resultado, percebe-se, normalmente, como ponto forte, a
capacidade de planejamento e, como aspecto a desenvolver, a criatividade e o relacionamento interpessoal.

Relacional - SENTE os “fatos” - trata-os de forma expressiva e interpessoal

As pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que a maioria dos altos executivos,
gerentes e supervisores tendem a ser indivíduos que desenvolveram fortemente
preferências para utilizar o lado esquerdo do cérebro e, conseqüentemente, como resultado
disto as organizações tendem a focar as suas atividades em áreas que são primariamente
orientadas para essas características.

Portanto quais são as implicações para tudo isto? Quando uma organização foca apenas as
atividades que estão mais dirigidas para o lado esquerdo, logo de cara estão utilizando -
quando muito 50% da sua capacidade. Ao mesmo tempo por não valorizarem as funções do
lado direito tendem a ser muito burocráticas, e têm os seus focos muito mais dirigidos para
a área operacional e por este motivo não conseguem se conectar com o todo.

Quando consideramos que o pensamento criativo gera um processo, através do qual


utilizamos dois tipos de pensamento, ou seja, o pensamento divergente que é resultante
da ação focada no hemisfério cerebral direito (adiar julgamento, imaginar, ousar, buscar
novas alternativas, sair do velho paradigma), ao passo que o pensamento convergente é
resultante da ação focada no hemisfério esquerdo (julga, avalia e escolhe).
É a partir daí que entendemos a importância do processo criativo nas organizações, já que o
mesmo tende a gerar um movimento entre os centros de pensamento divergente e
convergente.

O individuo criativo não é aquele que apenas usa o lado direito do cérebro, mas
principalmente aquele que sabe utilizar bem os dois hemisférios cerebrais e, portanto, por
utilizar mais seu potencial cerebral, consegue além do sucesso profissional, também
encontra o desejado, procurado e importante sucesso financeiro da sua carreira.

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